7/24/2019 a quem pode

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a quem pode.

QUINZE ANOS

Que so quinze anos, quando a virgem cora?

Quando, j !ris!e, na so"ido vagueia?

Que so quinze anos, se ao surgir da aurora,

A em#a"a em son$os em#riagan!e ideia?

Se ao %m da !arde, em "anguidez ca&da,

'o pei!o sen!e o pa"pi!ar inquie!o,

E aspira, ansiosa, mas arden!e vida,

(ida de amores, de pai)*es, de a+e!o?

Que so quinze anos, quando um sangue arden!eNo pei!o in+unde a#rasadora "ava?

Quando aos assomos da pai)o nascen!e,

A a"ma da virgem se su#me!e escrava?

Ai, quan!as vezes nesses jovens seios

Se esvai #em pres!es a in+an!i" #onan-a?

Quan!as se ocu"!am juvenis en"eios,

Nas apar ncias de pudor, crian-a?( s a pa"meira, que no nosso c"ima

Ar#us!o $umi"de, um vendava" derru#a,

/omo nas p"agas, que o ca"or anima,

E"eva a"!iva a majes!osa ju#a?

A mesma vida, que rece#e a p"an!a

Nessas paragens onde o So" dardeja,

O amor, o as!ro que a e)is! ncia encan!a,A mesma vida ao cora-o #a+eja.

E !u, que dei)as os pueris +o"guedos,

/omo a grina"da que es+o"$ada vis!e,

E erras em c$oro por jardins e o"medos,

Ai, virgem, virgem, j o amor sen!is!e.

0 o aspiras!e, percorrendo a re"va,

En!re per+umes de vio"e!a e rosas1

7/24/2019 a quem pode

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2a"ou3!e de"e o rou)ino" na se"va,

E a es!re"a em noi!es de (ero +ormosas.

2a"ou3!e de"e a ma!u!ina #risa,

4or en!re as +o"$as sussurrando meiga1

No prado a "in+a, que a correr des"iza,

E a #or#o"e!a nos rosais da veiga.

2a"ou3!e de"e es!a gen!i" paisagem,

O azu" dos c5us, a secu"ar 6ores!a.

Esse o mis!5rio que em su#!i" "inguagem

7s virgens con!a a na!ureza em +es!a.

Ouvindo, pois, as namoradas +a"as,Que eu de"iran!e !e +a"ei, donze"a,

O que receias? porque assim !e ca"as,

8u#ra de pejo, que !e +az mais #e"a?

Esconde a cara no meu pei!o, esconde,

9as no $esi!es ao dizer3me que amas.

Que so quinze anos, "inda 6or? responde,

Quando o !eu seio se devora em c$amas?