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Victor Mestre Agosto 2009 | pág. 1 www.vmsa-arquitectos.com
A (Real) Fábrica de Gelo ou a Fábrica da Neve de Montejunto:
Uma proposta para o seu usufruto enquanto lugar e circuito dinamizador da
preservação de valores históricos e ecológicos excepcionais
Texto publicado na monografia A Fábrica de Neve da Serra de Montejunto
Câmara Municipal de Cadaval, Cadaval, 2008, pp. 107-112
Por Victor Mestre
A Fábrica da Neve da Serra de Montejunto localiza-se na antiga Quinta da Serra, Freguesia de
Lamas, concelho do Cadaval. A escolha do local terá sido determinante para a sua implantação,
destacando-se desde logo o microclima da vertente Norte acima da cota 500, propício à
permanência de temperaturas negativas durante um largo e constante período do ano. Registe-
se também, e segundo a tradição local, que anteriormente à construção da fábrica, já teria
ocorrido a recolha de neve por parte dos monges do Convento Dominicano, localizado no alto da
serra desde o século XIII, actualmente em ruínas. A recolha de gelo é algo que se desenvolveu
um pouco por toda a Europa, incluindo na nossa vizinha Galiza. Em Portugal, o seu uso para a
conservação de alimentos esteve, até ao século XX, num plano secundário relativamente ao sal
que sempre teve uma importância vital na economia, nomeadamente nas concessões e
respectiva colecta do dízimo. Só um uso restrito para a "nevada" ou gelado, uma iguaria de elite,
despertou a sua recolha, preparação e consumo.
Mas apesar da pouca tradição e de uma primeira experiência de recolha e armazenamento em
poços na Serra da Estrela, a especificidade tecnológica da também conhecida Real Fábrica de
Gelo de Montejunto, segundo os investigadores, torna-a modelar, no conjunto das suas
congéneres europeias. Não se trata da recolha casuística do gelo numa área difusa de uma
determinada zona, antes estamos na presença de um complexo planeado para a produção
regular, com quantidades estimadas, para a sua exploração económica. Todo o sistema de
produção, transformação, armazenamento, transporte e distribuição foi estudado, tal como as
estruturas físicas que apresentavam um desempenho notável.
O sucesso do produto evolui lentamente devido ao seu uso condicionado a uma elite que
caprichava nas suas ementas gastronómicas com a presença da "nevada", símbolo de prestígio
social, até à sua democratização, ao chegar às lojas do Café e Neve, no Terreiro do Paço e no
Largo de Camões de Martinho Bartolomeu Rodrigues (1797-1881).
A investigação histórica tem divulgado nestes últimos anos, novos e reveladores dados sobre a
fundação, desenvolvimento, apogeu e queda deste ícone da primeira fase da Arqueologia
Industrial Portuguesa da Era Moderna (1). Sobretudo permitiu estabelecer um adequado
enquadramento histórico, social e funcional da sua existência, bem como se estabeleceu um
processo comparativo com outras fábricas, localizadas no contexto europeu.
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Projecto e campanhas de obra
À data em que elaborámos o projecto (2) de conservação e restauro do complexo, procurámos
em simultâneo proceder à recolha de diversa informação bibliográfica, como também analisar os
resultados dos trabalhos iniciados pelo Espélio Clube de Torres Vedras, pela Associação para o
Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Alenquer, usufruindo ainda do
acompanhamento do Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico, com
especial relevância no campo da Arqueologia (3).
O nosso trabalho tinha por objectivo a conservação do conjunto arquitectónico e dos tanques de
congelamento, que se encontravam ao abandono, em estado de pré-ruína, cobertos por
infestantes e diversos depósitos de lixo. A primeira aproximação ao complexo enquanto
memória arquitectónica, ocorreu no Inverno de 1997, numa subida matinal à serra no meio da
neblina, onde apenas uma luz penumbrosa envolvia as estruturas que libertavam novelos de
vapor de água a partir dos tanques onde se observavam toalhas de água coalhada. As árvores
esguias e despidas rodeavam os volumes que mal se percebiam. Em redor, as encostas verde-
escuro cobertas de silvado, deixavam transparecer de quando em vez, os afloramentos rochosos
e alguns arbustos da flora da serra mediterrânica. Um sítio encantador, algo misterioso,
desligado do nosso tempo, da nossa perceção de paisagem. Pareceu-nos nessa primeira
Ocorreu-nos no momento, o pensamento, a reflexão e a materialização dos valores do período
romântico dos finais do século XIX, cujas intervenções no património histórico lançaram à
discussão pública, os primeiros critérios de intervenção, rodeados de algum misticismo de um
tempo perdido, difuso, oculto...
O contexto que envolvia o conjunto parecia-nos assim tão valioso quanto o objecto e, por isso, a
intervenção no edifício principal que acolhe os silos, deveria ponderar a manutenção da ruína e
da ambiência que a natureza tinha "construído" em redor das estruturas, após o seu abandono.
Notámos também uma certa ambivalência na expressão arquitectónica dos volumes. Se por um
lado se anichavam na orografia do terreno, como construções tradicionais de volumetrias
contidas, por outro deixavam transparecer na forma prismática erudição, ou seja, uma certa
elevação de conhecimentos, da arte de projectar onde a escala, proporção, harmonia e
sobretudo alguns apontamentos reveladores da aplicação de traçado canónico, se destacam no
pórtico (4). Quando o observamos pela primeira vez, parcialmente coberto pela vegetação e
envolvido pela névoa gelada, sentimos a densidade do imaginário literário, algo secreto e
envolvido pela cápsula do tempo a ocultar a ruína, de um templo perdido numa qualquer selva,
que depois de fustigada pelos exploradores, lentamente retomou o seu lugar, ocultando sofridas
vivências e respectivas materializações. Este pórtico poderia ser encontrado numa floresta da
costa do Índico, numa floresta do Rio Mondavi, às portas de Goa, ou numa feitoria ou
entreposto do Oriente, de África ou do Brasil, tomada pela floresta, após o seu declínio. A força
deste lugar reforçou a excepcionalidade do "achado", há muito conhecido por dedicados
homens de cultura, mas entregue ao acaso do destino.
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O tempo histórico, como o tempo estético de um determinado momento perpetuado num
objecto arquitectónico, será determinante nas opções a tomar em termos de ética da
intervenção, ao procurarmos prolongar-lhe o tempo de existência. Intervir em património
arquitectónico com este enquadramento, está para além da decisão dos materiais a restaurar,
da estabilização e/ou reconfiguração da ruína, dos usos a retomar ou a instalar. Soçobra algo
maior, um conjunto de "valores abstractos" que constituem a “Alma do Lugar” que deve ser
preservada para interpretação livre de quem visita o conjunto.
A nossa intervenção percorreu, deste modo, um complexo e cauteloso processo de
aproximação, compreensão e enquadramento filosófico antes de ser "apenas matéria", coisa
física a tratar nas suas patologias expostas à intempérie, é assim o método com que lidamos com
convicção através do projecto de execução e sobretudo com a própria obra.
Propôs-se então a intervenção mínima que garantisse a segurança dos visitantes, face às
aberturas para os poços de armazenamento e a respectiva conservação/estabilização do edifício
principal, com a possibilidade de mais tarde vir a integrar um pequeno núcleo interpretativo da
unidade fabril. Simultaneamente, e não menos importante, foi "cuidar" da envolvente,
preservando na íntegra o pequeno carvalhal, o tipo de arbustivas endémicas, os afloramentos, os
ancestrais percursos em terra batida, procedendo ainda à limpeza das linhas de água e
procurando reduzir o impacto das construções e da vedação do posto militar, resultado da
expropriação da Quinta de Montejunto para a instalação do radar militar, nos anos 40.
Por fim, o projecto "construiu-se", enquanto conjunto de trabalhos a executar, perfeitamente
identificados e registados em desenho. Contudo, tratou-se de um "instrumento" para ser
aperfeiçoado em obra. E assim ocorreu. No dia-a-dia, foi-se ganhando o edifício e a envolvente,
surgindo o "verdadeiro projecto", quase no processo inverso ao habitual. Com delicadeza se
intervencionaram as estruturas construídas de modo a manter o espírito de ruína de um tempo
incerto em que tudo era valioso, como os rebocos e mesmo algumas lacunas, clarificadoras da
construção e do uso. O edifício revelava-se como uma escrita antiga, nem sempre fácil de
decifrar.
A dada altura, detectamos um conjunto de incisões regulares numa parede interior, como uma
escrita simplificada, onde se anotam quantidades, provavelmente relacionadas com as remessas
de gelo. Tudo fizemos para garantir a sua permanência, e não podemos deixar de registar o
sobressalto causado pelos salteadores do templo que, num fim de semana, literalmente
levantaram as lajes do piso danificando algumas e alterando a sua localização.
Os trabalhos mais complexos resultaram da consolidação das abóbadas gateadas pelo
extradorso e a ligação estrutural de cunhais e contrafortes, recorrendo a pregagens em aço inox
e argamassas de preenchimento. Toda a secular construção foi erguida com alvenarias de pedra
da serra e, nos casos específicos do pórtico, das abóbadas, dos aros interiores dos vãos e
algumas estruturas, com tijolo tradicional. As lajes do pavimento da nave são igualmente de
calcário da Serra.
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O vandalismo voltou e desta vez abateu-se sobre as lajes de calcário, que cobriam em leque, a
cobertura exposta a Norte. Procedeu-se à sua recolha e recolocação e durante dias recolhemos
lajes idênticas na encosta da serra de onde terão vindo as que se partiram e as que
permaneceram intactas no seu ancestral lugar. Por não existirem meios mecânicos, depois de
identificadas e limpas, eram carregadas a ombro até à sua recolocação. Toda esta intervenção
foi uma espécie de "epopeia" pela especificidade da obra e localização.
Para a consolidação das estruturas e rebocos experimentaram-se vários traços de argamassa,
sempre com cal e areia de furna recolhidas em locais próximos, por vezes traçada com areias do
rio. Durante semanas experimentámos diferentes traços de argamassas, para observarmos a sua
reacção ao clima agreste, tendo sido os primeiros resultados desanimadores, até se encontrar o
traço com comportamento adequado, com reduzida micro-fissuração e que nos garantiu uma
coloração almareada de ocres, próxima das tonalidades em presença. Rebocou-se apenas em
locais de extrema necessidade para consolidação das paredes e sobretudo, por meio de
injecções manuais nas zonas sensíveis do interior, onde se localizam as incisões, preencheram-se
os vazios interiores. O reboco terá sido um dos processos de restauro mais complexos em
termos de execução, em sintonia com a opção de não se caiar o conjunto. Assim, os tempos de
cura, a constância dos materiais e respectiva proporção, obrigaram a um exigente
acompanhamento e dedicação do arquiteto e dos executantes.
Uma nova armação de madeira retomou o seu lugar, cujas secções encontravam-se registadas
nos orifícios regulares deixados nas paredes após a derrocada anterior. Um tabuado tradicional
sobreposto à armação, uniformizou os tectos e reforçou a reconfiguração do espaço pré-
existente. Colocou-se uma subtelha sobre o tabuado e finalmente, a telha com fieiras de canal e
capa, seguindo a tradição em edifícios desta época e repondo-as a partir dos beirais que
permaneceram. O meio piso ou pequeno sobrado sobre a porta Poente, não foi contemplado
nesta fase. Este lugar poderá estar relacionado com uma zona de dormida como de arrumo.
Contudo recuperou-se o piso sobre o silo Poente.
Por último, integraram-se os vãos, portões de grande densidade, compostos por pranchões
entaleirados por travessas fixas por pregos de madeira que, pela sua coloração (madeira de
carvalho), se distinguem da madeira dos pranchões (mogno). Abriram-se postigos quadrados da
largura dos pranchões para permitir a ventilação e simultaneamente a observação do espaço
interior a partir do exterior. Nas portas dos poços implantaram-se grades (amovíveis quando
necessário para limpeza dos poços), citando no desenho a tradição dos ferros pombalinos,
esbeltos e com engenhosas soluções de ferragens.
Exteriormente, instalou-se um dreno no subsolo, no perímetro do edificado e procedeu-se ao
reforço de uma linha de empedrado no exterior, de modo a minimizar o efeito das águas pluviais
pendentes livremente dos beirais. Todos os ancestrais caminhos, após limpeza e
reposicionamento de pendentes, foram compactados com areão.
Os resultados da intervenção em termos de primeiros objectivos cumpriram-se no sentido em
que se evitou o acelerado processo de degradação. Contudo ficou por cumprir parte substancial
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do projecto. Desde logo terminar as prospecções arqueológicas para melhor compreensão de
todo o conjunto, seguindo-se a reabilitação do poço, edifício anexo e tanques, a construção de
um pequeno edifício integrado na paisagem, a localizar na entrada do complexo (tardoz
Nascente dos tanques), e para recepção / loja, sanitários e arrumos diversos, nomeadamente
para recolher bicicletas de todo o terreno e dois pequenos buggys eléctricos para visitantes com
dificuldades físicas, e finalmente musealizar o local integrando-o num roteiro, com percurso
pedonal pela serra associado ao cais da vala com possibilidade de embarque até Belém.
A aventura do transporte e sua distribuição
Assim surgiu o Projecto do Núcleo Museológico da Fábrica do Gelo composto por distintos
sectores, respectivamente o poço para a extracção de água, tanques de congelamento, silos de
armazenamento e edifício de transformação/preparação e expedição de gelo, bem como o lugar
das construções precárias de apoio à fábrica, como estábulos, palheiros, casas de
armazenamento de alfaias, etc. Este último "elo" encontra-se por localizar, apesar de se ter
ainda iniciado uma muito precária prospecção para identificação dos vestígios arqueológicos,
para futuramente se integrarem no circuito de visita.
Durante os trabalhos de consolidação e restauro do núcleo de transformação (em termos de
preparação do produto recolhido em granel), armazenamento e "embalagem" do gelo, para
distribuição, procurámos percorrer as prováveis veredas da serra, até à Vala Real, numa
tentativa de trazer aos nossos dias os diversos passos e vivências do que supostamente teria sido
a força de trabalho e todo o conjunto de acções, deste lugar, áspero e distante da vida palaciana,
ou do buliço do Martinho da Arcada, entre outros lugares de destinos do gelo (5).
Propusemos também a reposição do percurso até à Vala Real e respectivo Cais do Tejo, onde se
procederia à transferência do produto para barcas de vela até Belém. Ainda no final da Vala Real
da Azambuja temos a possibilidade de visitar o Palácio das Obras Novas ou a Hospedaria da Vala,
mandada construir pelo Marquês de Pombal nos finais do século XVIII e que se encontra por
reabilitar. Todo este percurso teria sinalética indicativa para permitir a viagem ao "tempo do
gelo". Por último, pretendíamos instalar na cafetaria do Palácio da Ajuda, um painel evocativo e
naturalmente integrar junto da mesma a "nevada" associada a uma fotografia da família real à
mesa e a respectiva venda ao público. Do mesmo modo , se deveria integrar outro painel no
Martinho da Arcada e respectiva venda da "nevada". Esta "nevada" deveria ser um produto de
marca própria a surgir e a explorar entre a instituição na altura IPPAR, hoje IGESPAR, com o
patrocínio do Café Martinho da Arcada.
Objectivos
O projecto de Reabilitação da Fábrica do Gelo pretendia, por nossa iniciativa, cumprir um
programa mais vasto do que apenas a conservação do conjunto arquitectónico. Tinha assim a
ambição de se tornar num espaço de cultura e divulgação da indústria do gelo, associado a uma
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forma dinâmica de intervir e valorizar o património nacional, para usufruto directo da
comunidade e de todos os que habitualmente nos visitam e que cada vez mais procuram a
excepção, a especificidade de um turismo temático com forte ligação aos valores naturais, com
ligação à preservação ecológica desses mesmos locais.
(1) O recente trabalho de investigação da responsabilidade de Deolinda Folgado, revelou novos e
cruciais dados para o conhecimento da Fábrica de Gelo de Montejunto.
(2) A investigação e o projecto iniciaram-se em 1997, na Direcção - Geral dos Edifícios e
Monumentos Nacionais, tendo sido interrompido em 2003, sendo autor e responsável pelas
obras o autor deste texto. O projecto desenvolveu-se em 4 fases de projeto de arquitetura e
uma última de musealização, tendo ocorrido apenas três campanhas de obras
respectivamente 1991, 1998 e 2001/2002.
(3) O trabalho desenvolveu-se com o acompanhamento do Dr. Fernando Lourenço.
(4) São conhecidos os sucessivos concessionários da Neve de Montejunto e as diversas
peripécias a eles associados, desde o Sr. Trofimo Paillete, que fugiu de Portugal em 1744, aos Srs.
J. Rose e P. Francalanze, supostamente burlados por, curiosamente Paillete. Curiosamente um
requerimento de J. Rose e P. Francalanze, dirigido à Câmara de 1749, anexa uma certidão de
Carlos Mardel, de 14 de Dezembro de 1748. Terão estes solicitado a Carlos Mardel, ilustre
arquitecto do Reino, o projecto da Fábrica? Ou apenas do pórtico, num ímpeto renovador e
eruditizante dos novos donos para convencerem a Câmara? Fica a hipótese...
Mais tarde, a fábrica teve um novo concessionário, tratou-se de Julião Pereira de Castro, Capitão
de Malta, Reposteiro e Neveiro da Casa Real, que a re-edificou em 1782 (segundo uma placa
alusiva entretanto retirada do pórtico do edifício principal). Será este o responsável pela
arquitectura do pórtico, enquanto autor, enquanto homem culto conhecedor de tratados de
Arquitectura utilizados por arquitectos e engenheiros militares? Ou poderá ter simplesmente
encomendado o projecto a um técnico que o projectou e construiu. Pela sua condição de capitão
de Malta, pressupomos seguidor da Ordem de Malta, como todas as ordens militares, também
esta tinha uma profunda tradição arquitectónica de onde se destaca o elevado grau cultural do
Grão Mestre, D. António Manoel de Vilhena (1663-1736), que logrou construir em Malta uma
fortaleza que em sua homenagem ficou conhecido pelo Forte Manoel, edificou um Teatro, uma
zona urbana denominada Citta Vilhena, e ainda um excelente Palácio em La Valetta.
(5) As intrigas, favores e "desfavores" com que se obtiveram alvarás de exploração, distribuição
e comercialização do gelo, são uma parte da história social deste lugar que deverá ser recordado
pela sua relevância no contexto da nossa sociedade.
Dezembro 2008
Victor Mestre Agosto 2009 | pág. 7 www.vmsa-arquitectos.com
Bibliografia
LOURENÇO, Fernando; Carvalho, Emanuel - Real Fábrica de Gelo de Montejunto – Actas das
IV Jornadas Arqueológicas (Lisboa, 1990). Lisboa: Associação de Arqueólogos Portugueses.
1991, pp. 147-152.
LOURENÇO, Fernando Severino; ALMEIDA, Fernando António; MESTRE, Victor – Real
Fábrica do Gelo. Monumentos, Nº15; Lisboa: Direcção - Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais; Setembro 2001, pp. 121-157
MESTRE, Victor – Projecto de Consolidação e Restauro da Real Fábrica do Gelo; D.G.E.M.N.
– D.R.M.L. 1998/01
FOLGADO, Deolinda – À procura de uma identidade da Real Fábrica de Gelo – Fábrica de
Gelo à Fábrica de Neve da Serra de Montejunto. Património Estudos. Nº 9; Lisboa:
Ministério da Cultura. Instituto Português do Património Arquitectónico, 2006, pp. 135-149