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A REPRESENTAÇÃO FEMININA NA OBRA AUTO DA BARCA DO INFERNO, DE GIL VICENTE
Isabela Santos Braga¹ Nikolas Paolo Alves Dias²
Prof. Drª. Silvia Sueli Santos da Silva (Orientadora)³
Resumo: O presente texto apresenta a pesquisa realizada a partir das atividades regulares
desenvolvidas no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), especificamente
no projeto “Arte e Literatura”, desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará (IFPA). O texto objetiva analisar o modo como Gil Vicente (século XVI)
autor medieval, retrata a imagem feminina em sua obra Auto da Barca do Inferno,
representada pela primeira vez em 1517, na câmara da rainha D. Maria de Castela (Portugal).
A metodologia utilizada na referida pesquisa foi o levantamento bibliográfico e análise de
personagens da obra, seguindo a reflexão teórica de Bakhtin (1987); Berardinelli (1985); Le
Goff (1995). Nessa farsa a principal representante feminina é a alcoviteira (intercessora em
relações amorosas) e feiticeira, que tem por nome Brizida Vaz. A personagem, assim como as
demais (Fidalgo, onzeneiro, parvo, sapateiro, entre outros), procura corroborar sua inocência,
para então “conquistar” seu lugar ao céu. Justamente por Gil Vicente ter vivido em um
período de transição entre o medievo e o humanismo, ele revela em seus personagens
características marcantes. O autor enfatiza a mediocridade da mulher em vista, algo que se
contradiz com a visão dominante que se tem sobre as mulheres medievais, puras, inocentes,
idealizadas. Brizida Vaz, após todo seu discurso buscando convencer tanto anjo como diabo,
de adentrar na barca celeste, é condenada à barca do inferno por praticar a feitiçaria, a
prostituição e a alcovitagem.
Palavras-chaves: Gil Vicente; Auto da Barca; Alcoviteira.