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cção Militar no 5 de Outubro a Queda da Monarquia Prof.ª Ana Maria Oliveira Luís Gouveia Andrade Disciplina: História e Geografia de Portugal Trabalho Realizado por: Beatriz Moscatel Nº5

A República

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A acção Militar no 5 de Outubro e a Queda da Monarquia

Prof.ª Ana Maria Oliveira Luís Gouveia Andrade Disciplina: História e Geografia de Portugal Trabalho Realizado por: Beatriz Moscatel Nº5

6ºF

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D. Carlos nasceu no Palácio da Ajuda, a 28 de Setembro de 1863, recebendo o nome de Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão e morreu assassinado em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908, sendo sepultado no Panteão Real de S. Vicente de Fora. Casou em Maio de 1886 com a princesa Maria Amélia Luísa Helena (n. na Inglaterra, a 28 de Setembro de 1865; f. em Versalhes, a 25 de Outubro de 1951), filha de Luís Filipe Alberto, conde de Paris e duque de Orleães, e de sua esposa, Maria Isabel Francisca de Assis, infanta de Espanha. Do casamento nasceram:

D. Luís Filipe (n. no Palácio de Belém, a 21 de Março de 1887; f. assassinado em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908; sepultado no Panteão Real de S. Vicente de Fora). Chamava-se Luís Filipe Maria Carlos Amélio Francisco Vítor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento e usava os títulos reais de príncipe da Beira e duque de Bragança e da Saxónia. Foi jurado príncipe herdeiro do trono em Julho de 1901 e a partir de 13 de Abril de 1906 passou a fazer parte do Conselho de Estado.

D. Maria Ana (n. no Paço Ducal de Vila Viçosa, de parto prematuro, a 14 de Dezembro de 1887; morreu com poucas horas de vida; sepultada no Panteão Real de S. Vicente de Fora).

D. Manuel II, que sucedeu no trono.

Quem foi D. Carlos?

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Nos finais do século XIX, Portugal continuava a ser um país pouco desenvolvido. Apesar da modernização verificada na segunda metade desse século, a maior parte da população continuava a viver mal.

Eram muitos os problemas que afectavam o País: - Os pequenos agricultores e operários viviam com muitas dificuldades,

enquanto a alta burguesia enriquecia cada vez mais; - Portugal pediu elevados empréstimos a países estrangeiros, especialmente

à Inglaterra, para construir obras públicas, o que endividou bastante o País;

- O rei D. Carlos estava ausente de Lisboa muitas vezes, em caçadas e em outras actividades que gostava de praticar, sendo acusado de gastar demasiado dinheiro dos cofres do Estado.

Estes problemas económicos conduziram ao descontentamento da população. Para agravar ainda mais a situação, em 1890 surgiu uma questão relacionada com as colónias africanas - Ultimato inglês – de que falaremos a seguir.

Portugal Nos Finais Do Século XIX

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Más condições de vida da maioria da população

Dívidas ao estrangeiro

Governo ditatorial de João Franco

Ultimato inglês

Descontentamento face à Monarquia Aumento dos Adeptos da República

Propaganda republicana

Ideia de liberdade

Promessa de melhores

condições de vida

Ideia de que o chefe do Estado

devia ser escolhido pelo

povo

Razões da Queda da Monarquia e da Implantação da República

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Na segunda metade do século XIX, alguns países, como a Alemanha, a Bélgica, a França e Portugal, tentavam aumentar os seus domínios em África para trazerem de lá matérias – primas para a indústria.

Em 1884 – 86, os países que tinham colónias em África reuniram – se na Conferência de Berlim (Alemanha) para resolver algumas divergências sobre os territórios africanos. Portugal apresentou uma reivindicação, segundo a qual tinha direito aos territórios entre Angola e Moçambique. Esses territórios, no mapa apresentado na Conferência de Berlim, estavam representados a cor – de – rosa, pelo que este ficou conhecido por mapa cor – de – rosa. Aquela reivindicação não foi aceite pela Inglaterra, porque sabia que nesses territórios havia muitas riquezas, especialmente minérios. Portugal, no entanto, insistiu na sua pretensão de domínio sobre os referidos territórios.

Como resposta à questão do mapa cor – de – rosa, a Inglaterra, no dia 11 de Janeiro de 1890, enviou ao rei D. Carlos um Ultimato. Este documento exigia que Portugal desocupasse imediatamente aqueles territórios ou, caso contrário, a Inglaterra declarava guerra a Portugal.

Como não estava em condições de lutar contra a Inglaterra, o Governo português foi obrigado a aceitar o Ultimato. Esta decisão aumentou o descontentamento da população face ao rei. Os Portugueses consideraram que Portugal foi humilhado pela Inglaterra.

A questão do Mapa Cor – De – Rosa

e o Ultimato Inglês

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Nos finais do século XIX, para além das dificuldades económicas e financeiras, Portugal tinha também problemas políticos.

O rei D. Carlos e a família real eram acusados de gastar muito dinheiro em viagens e divertimentos, preocupando – se pouco com os problemas do reino.

Em 1875, formara – se em Portugal o Partido Republicano. Este partido político tinha como objectivo acabar com a monarquia e instaurar um novo regime político: a República.

A maior diferença entre estes dois regimes políticos é que na monarquia o Estado é chefiado por um rei, que herda o trono, enquanto que na República o Estado é chefiado por um presidente, escolhido pela população para exercer as funções durante um período de tempo limitado.

O Partido Republicano aproveitou este clima de crise e de descontentamento da população para conseguir mais adeptos. Os republicanos organizaram comícios e manifestações e distribuíram propaganda onde afirmavam que o rei e a monarquia eram os principais responsáveis pelos problemas do País.

Aproveitando o descontentamento da população por causa do Ultimato inglês, os republicanos organizaram, no Porto, em 31 de Janeiro de 1891, uma primeira tentativa de implantação da República. Nesta revolta, os republicanos foram derrotados pelas tropas leais ao rei. Contudo, esta revolta foi importante porque, pela primeira vez, em Portugal, se tentou pôr fim à monarquia.

O Partido Republicano

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Adeptos do republicanismo, acusados de conspirarem contra a monarquia, são presos (1908).

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Representação da República.

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Em 1907, o rei D. Carlos entregou a chefia do Governo a João Franco. Este tornou – se um ditador, tomando algumas medidas que desagradaram muito aos Portugueses.

Entretanto, continuavam as manifestações de descontentamento da população , vivendo – se um clima de violência em Portugal.

No dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o seu herdeiro, o príncipe D. Luís Filipe, foram assassinados no Terreiro do Paço.

Após o regicídio subiu ao trono D. Manuel II. Este, que não fora preparado para governar, não conseguiu repor a ordem no País. Os republicanos tinham cada vez mais seguidores.

Estavam, então, criadas as condições para fazer uma revolução e substituir a monarquia pela República.

O Regicídio

D. Manuel II

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A revolução republicana começou em Lisboa na madrugada de 4 de Outubro de 1910.

Partiu de pequenos grupos de conspiradores a que a população aderiu. O exército monárquico não se conseguiu organizar e os revoltosos

venceram. Na manhã de 5 de Outubro de 1910, dirigentes do Partido Republicano,

na varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, proclamaram a implantação da República em Portugal.

A mudança da Monarquia para a República trouxe alterações nos principais símbolos da Nação. Assim, foram criados:

- Uma nova bandeira; - Um novo hino, A Portuguesa; - Uma nova moeda, o escudo. O rei e a sua família foram obrigados a abandonar o País, tendo partido

para o exílio, na Inglaterra. Chegava, assim, ao fim o regime monárquico, que durara quase oito

séculos (desde a formação de Portugal).

Revolução Republicana

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Bandeira da Monarquia e bandeira daRepública. A coroa desaparece e dá lugar à esfera armilar. As novas cores representam a esperança no futuro (o verde) e a coragem e o sangue derramado pelos portugueses (o vermelho).

Os Símbolos O escudo passou a ser a moeda oficial portuguesa. Mesmo assim se passaram alguns anos até a nova moeda substituir efectivamente as moedas de «reis».

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Heróis do mar, nobre povo,Nação valente e imortalLevantai hoje de novoO esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória,Ó Pátria, sente-se a vozDos teus egrégios avósQue há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,Às armas, às armas!Pela Pátria lutarContra os canhões marchar, marchar!

Hino Nacional “A Portuguesa”

O Hino é executado, oficialmente, em cerimónias nacionais, civis e militares onde é rendida homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República. Quando se trata de saudar, oficialmente, em território nacional, um chefe de Estado estrangeiro, a sua execução é obrigatória, depois de ouvido o hino do país representado.

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Fim!!!