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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES A República e a Vontade de Constituição! Um relato sobre a viagem acadêmica da disciplina “A Cidade Constitucional: Capital da República IX” Gabriel Marques Tonelli 8513560 São Paulo, 20 de Outubro de 2015 ACH3666 A Cidade Constitucional Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling e Prof. Dr. Douglas Roque Andrade

A República e a Vontade de Constituição! Um relato sobre a viagem acadêmica da disciplina “A Cidade Constitucional: Capital da República IX”

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Este é um relato do aluno Gabriel Marques Tonelli para a Disciplina ACH3666 - A Cidade Constitucional, da Universidade de São Paulo, com os Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling e Prof. Dr. Douglas Roque Andrade.A disciplina é composta por uma viagem didática, para Brasília, durante a Semana da Pátria.

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES

A República e a Vontade de Constituição!

Um relato sobre a viagem acadêmica da disciplina “A Cidade Constitucional: Capital da

República IX”

Gabriel Marques Tonelli 8513560

São Paulo, 20 de Outubro de 2015

ACH3666 – A Cidade Constitucional

Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling e Prof. Dr. Douglas Roque Andrade

O Congresso Nacional. Foto por Gabriel Tonelli.

Durante a Semana da Pátria, um grupo de alunos da Universidade de São Paulo (USP) se

juntou a alunos da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e a alunos da

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para participar da disciplina “A

Cidade Constitucional: Capital da República IX”. Este projeto envolve a imersão dos

estudantes em Brasília, para que conheçam os Poderes e o funcionamento da burocracia.

Praça dos Três Poderes. Foto por Gabriel Tonelli.

O projeto contou com diversas palestras e visitas que serviram no aprendizado desses alunos.

Esta experiência, com a imersão na realidade, trouxe diversos aprendizados e, com certeza, foi

capaz de ampliar a visão de todos. Desta forma, cabe ressaltar a importância de disciplinas

como esta, que fogem da estrutura padrão de ensino e que trazem ganhos intangíveis.

O relato será baseado na minha visão, o aluno do terceiro ano do curso de Gestão de Políticas

Públicas da USP Gabriel Marques Tonelli. Assim, além de relatar os eventos e discussões que

participamos, enquanto coletivo, tentarei mostrar as minhas impressões, questionamentos,

pensamentos, aprendizados e experiências pessoais vividas decorrentes desta viagem.

A imagem da Justiça, no Supremo Tribunal Federal, atrás das grades. Foto por Gabriel Tonelli.

Um ponto importante, que deve ser ressaltado, é o financiamento da viagem. Os alunos da

USP praticamente não pagaram nada para realizar esta viagem. Transporte, alojamento e

alimentação (salvo bebidas, em Brasília) foram pagos pela USP. Assim, devemos ter em

mente que, esta viagem didática, se torna ainda mais importante a partir do momento em que

a consideramos como um investimento na educação superior do país.

05/09/2015 - Sábado

Os alunos da USP se encontraram na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) para

saírem com destino à Brasília. Fomos em dois ônibus, com conforto (muitas vezes com um

aluno para cada duas poltronas) e a viagem durou dezessete horas. Como viajamos durante a

noite, a viagem foi tranquila e, praticamente a cada quatro horas, fazíamos uma parada para

lanches e idas ao banheiro.

06/09/2015 - Domingo

Chegamos a Brasília por volta das onze horas da manhã. Para aproveitarmos o dia e

cumprimos o cronograma, assim que chegamos (ou seja, sem irmos para o alojamento) fomos

realizar as atividades.

Os ônibus nos deixaram na Praça dos Três Poderes, de onde nos encaminhamos para o

Palácio do Planalto. Após ficarmos um tempo na fila, sob o sol, nos sentamos para assistir os

vídeos iniciais, apresentados do lado de fora do prédio, antes da visita. Cabe ressaltar um

ponto, neste momento: o segurança, antes de passar o primeiro filme, nos disse que o local

(Palácio) não era o espaço para nos manifestarmos, por mais que não gostássemos da

Presidente; Disse, inclusive, que ele, por mais que poderia não gostar da Presidente (ele não

afirmou em si, apenas deu a entender), a respeitava e trabalhava lá para garantir a ordem e o

respeito a ela.

Vista da Praça dos Três Poderes a partir do Palácio do Planalto. Foto por Gabriel Tonelli.

Sala de Conferências no Palácio do Planalto. Foto por Gabriel Tonelli.

Imagem da Presidente da República no Palácio do Planalto. Foto por Gabriel Tonelli.

Termo de Posse da Presidente da República no Palácio do Planalto. Foto por Gabriel Tonelli.

Após esta visita, nos dirigimos ao Itamaraty, onde pudemos conhecer o funcionamento das

relações exteriores. A bela arquitetura nos chama a atenção, obra de Oscar Niemeyer. Um fato

interessante, que foi o contado pelo guia da visita, Randes, que nos informou que Niemeyer

projetou o prédio, porém, o Engenheiro Joaquim Cardoso foi o responsável pelos cálculos

necessários para a sustentação do prédio. Ele acabou sendo renegado pelas pessoas,

principalmente após um prédio calculado por ele ter caído (descobriu-se, posteriormente, que

o erro no prédio não foi culpa dos cálculos dele) e, assim, quase nunca é lembrado pelas

pessoas.

Palácio do Itamaraty. Fonte: Jornal GGN. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/noticia/o-

itamaraty-em-tempos-de-crise-por-motta-araujo>. Acesso em: 18 de Outubro de 2015.

No final das visitas, nos dirigimos para a Escola de Administração Fazendária (ESAF), local

que nos acolheu em seus alojamentos e que foi o espaço de diversas palestras que assistimos

nos demais dias. Cabe ressaltar, aqui, as ótimas condições dos quartos (com grandes espaços,

dois andares, três camas e banheiro próprio) e do restaurante (com ótimas refeições).

Fachada da Escola de Administração Fazendária. Foto por Gabriel Tonelli.

Após jantarmos, tivemos uma palestra de acolhimento propedêutico, onde os Prof. Marcelo

Nerling e Prof. Douglas Andrade nos mostraram como funciona o projeto Cidade

Constitucional, além de contarmos com as falas da Profa. Raimunda, da ESAF, que nos

acolheu muito bem.

07/09/2015 – Segunda-feira

O dia começou cedo. Acordamos por volta das quatro e meia da manhã, pois tínhamos um

destino especial: ver a alvorada no Palácio da Alvorada! A foto nos diz mais do que qualquer

palavra:

A alvorada no Palácio da Alvorada. Foto por Gabriel Tonelli.

Com esta bela paisagem para fazer uma das fotos oficiais do projeto, contando com a

presença de todos os participantes do projeto.

Participantes do Projeto A Cidade Constitucional. Foto por Danilo Davanso.

Em seguida, nos dirigimos para o Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro. Após recebermos

nossos convites, nos dirigimos para as arquibancadas, de onde pudemos ver alunos de

diversas escolas desfilando e, depois, pudemos acompanhar os desfiles das forças armadas e

suas diversas brigadas, tropas, comandos e etc.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile Cívico Militar de 7 de Setembro, em Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Um fato curioso: o Comandante das Forças Armadas se dirige ao Presidente da República

para “pedir” para abrir e para encerrar o desfile. Porém, ele esta em cima de um tanque de

guerra, com sua força apontada para a Presidente. Ora, quem em sã consciência negaria tal

“pedido”? É um fato a se pensar: logicamente esta movimentação faz parte do show, mas

devemos nos lembrar de que ela possui uma forte simbologia, principalmente em um país que

teve uma Ditadura Militar recente...

Comandante das Forças Armadas pedindo autorização à Presidente da República para encerrar do

desfile. Foto por Gabriel Tonelli.

Desfile final do Comandante das Forças Armadas. Foto por Gabriel Tonelli.

No encerramento do Desfile, tivemos uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça!

Esquadrilha da Fumaça. Foto por Gabriel Tonelli.

Coração elaborado pela Esquadrilha da Fumaça. Foto por Gabriel Tonelli.

Após o desfile, nos dirigimos para a Praça dos Três Poderes, para esperarmos os ônibus da

USP. Enquanto esperávamos, ouvíamos ao fundo diversas palavras de ordem contra o

Governo. Com tal movimentação, eu e o Renan Borges decidimos voltar à frente do

Congresso Nacional para vermos como estava esta manifestação:

Cordão de isolamento de policiais em frente ao Congresso Nacional. Foto por Gabriel Tonelli.

Fechamento do acesso ao Congresso Nacional pela polícia. Foto por Gabriel Tonelli.

Batalhão de Choque ao lado do Congresso Nacional. Foto por Gabriel Tonelli.

Manifestação contrária ao Governo Federal (foto com efeito). Foto por Gabriel Tonelli.

Cartazes iniciais da manifestação contrária ao Governo Federal. Foto por Gabriel Tonelli.

Manifestação ao fundo vindo em direção ao isolamento da polícia. Foto por Gabriel Tonelli.

Placa do estacionamento reservado à Rede Globo no Congresso Nacional. Foto por Gabriel Tonelli.

No final do dia, tivemos a apresentação do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF),

que nos mostrou a importância da discussão do tema com a sociedade, principalmente para

levar o conhecimento sobre a administração pública e seus tributos para o cidadão.

08/09 – Terça-feira

Neste dia começamos com o V Seminário USP-ESAF – A educação fiscal e a

sustentabilidade no gasto público, que continuou com os debates sobre a educação fiscal e a

importância de criar relações harmoniosas entre o Estado e o Cidadão.

Palestra na ESAF (foto com efeito). Foto por Gabriel Tonelli.

Em seguida, nos dirigimos para a Universidade de Brasília (UnB), onde tivemos um encontro

com os profissionais do Ministério da Saúde. Diversos temas foram apresentados e discutidos,

onde pudemos tomar conhecimento do Programa Nacional de Promoção da Saúde, do

Programa Mais Médicos, do Programa Saúde na Escola e etc. Desta forma, tivemos uma

ampla visão do funcionamento dos programas da saúde, importantíssimos para a população

brasileira.

Prof. Douglas Andrade na abertura das palestras do Ministério da Saúde. Foto por Gabriel Tonelli.

Palestra do Ministério da Saúde. Foto por Gabriel Tonelli.

Um fato, no início das palestras, me fez refletir: a sala de apresentação estava cheia e, assim,

me sentei na primeira fileira. Uma funcionária do Ministério estava juntando um livreto e um

folder, na mesa da frente da sala, pois depois iria distribuí-los para os alunos. Assim,

perguntei se ela precisava de ajuda e ela me informou que sim. Ajudei a montar diversos

desses livros e comecei a repassar para os demais alunos.

Para isto, repassei um bloco de livretos para o aluno que estava na fileira atrás de mim. Na

primeira vez em que fiz isto, o aluno pegou os livretos e repassou (mesmo, porque, ele não

tinha o livreto), na segunda vez ele repassou os livros normalmente, porém, na terceira vez em

que passei os livros para ele, ele me olhou feio e disse que já tinha passado os livretos e que

devíamos entregar para outro aluno. Este fato me espantou e me mostrou que, mesmo em um

espaço em que estamos discutindo políticas públicas e que deveríamos pensar no coletivo, um

dos alunos presentes mostra que não pode ajudar os demais. Foi um fato que me fez refletir...

Saindo de lá, nos dirigimos para a Receita Federal do Brasil, onde tivemos uma das melhores

palestras! Com o Seminário “A Rede de Educação Fiscal da Receita Federal na Cidade

Constitucional”, o palestrante Antonio Henrique Lindemberg Baltazar nos levou pela Teoria

do Direito Positivo, passando pela Primeira Guerra Mundial, até chegarmos aos modelos de

tributação atual no Brasil. Foi uma conversa interessante e que fez com que os alunos

pensassem, principalmente, em como a tributação pode prejudicar ou beneficiar determinados

setores da sociedade.

09/09 – Quarta-feira

A quarta-feira começou com mais uma palestra interessante, desta vez com o Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Pudemos conhecer o funcionamento do IPEA, como

funciona a gestão do conhecimento destinado aos órgãos públicos, como são os cursos

ofertados por eles, como funcionam as pesquisas no órgão e etc. Tivemos a dimensão da

grandeza e da organização de um dos principais órgãos de pesquisa e dados do Brasil.

Após as palestras, nos dirigimos para a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida,

mais uma grande obra arquitetônica de Oscar Niemeyer.

Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Foto por Gabriel Tonelli.

Interior da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Foto por Gabriel Tonelli.

Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Foto por Gabriel Tonelli.

Em seguida, nos dirigimos para o prédio da Caixa Econômica Federal.

Entrada do prédio da Caixa Econômica Federal. Foto por Gabriel Tonelli.

Logo na entrada ao prédio, pudemos observar os vitrais e a exposição de vidros, no térreo do

prédio.

Vitral do Estado de São Paulo no prédio da Caixa Econômica Federal. Foto por Gabriel Tonelli.

Exposição de obras feitas em vidro no prédio da Caixa Econômica Federal. Foto por Gabriel Tonelli.

Em seguida nos dirigimos para o prédio do Banco Central do Brasil.

Entrada do prédio do Banco Central do Brasil. Foto por Gabriel Tonelli.

Dirigimo-nos para um dos auditórios, onde tivemos uma palestra sobre o Programa Melhores

Práticas de Gestão Local, realizado pela Caixa Econômica Federal. Este programa é

interessantíssimo principalmente por difundir e fomentar diversos projetos que impactam

diretamente a vida dos cidadãos.

Auditório no Banco Central do Brasil. Foto por Gabriel Tonelli.

Em seguida, tivemos uma palestra do Banco Central, a qual nos mostrou a Estratégia

Nacional de Educação Financeira e como os cidadãos podem utilizar as ferramentas

disponibilizadas pelo Banco Central. Desta forma, percebemos mais uma das visões sobre a

importância da Educação Fiscal.

Participantes do projeto no auditório do Banco Central do Brasil. Foto por Danilo Davanso.

Por fim, visitamos o Museu de Valores, que contém a história e as imagens das moedas

brasileiras, as moedas atuais de diversos países do mundo e a explicação do processo de

criação das barras de ouro.

Exposição no Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Foto por Gabriel Tonelli.

Exposição no Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Foto por Gabriel Tonelli.

Exposição no Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Foto por Gabriel Tonelli.

10/09 - Quinta-feira

No penúltimo dia de atividades, após diversos encontros e discussões, nos dirigimos para a

UnB para o Seminário Tributo à Darcy Ribeiro. Quem nos recepcionou com suas belas

palavras foi o Prof. Dr. José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da UnB, nos falando sobre o

“direito achado na rua” e sobre as grandes questões educacionais e sociais abordadas por

Darcy Ribeiro.

Palestra “O Direito Achado na Rua”, na Universidade de Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

Fato interessante é que a palestra ocorreu em um auditório que fica em um local conhecido

como Beijódromo (inclusive, podemos perceber que parece que há uma língua saindo do

prédio):

Beijódromo, prédio na Universidade de Brasília. Foto por Gabriel Tonelli.

No período da tarde, fomo ao Congresso Nacional. Primeiro não nos deixaram entrar pela

frente do Prédio, pediram para que passássemos pelo estacionamento para nos dirigirmos aos

fundos do prédio. Não bastasse isto, nos fizeram esperar por um longo tempo até liberarem a

nossa entrada.

Fila de espera na entrada dos fundos do Congresso Nacional. Foto por Gabriel Tonelli.

Ao entrarmos, nos dirigimos a um plenário, onde tivemos uma apresentação e discussão com

o Senador João Capiberibe, para discutirmos a Comissão de Direitos Humanos. O Senador

explorou diversas questões que envolvem os direitos dos cidadãos e conseguiu nos mostrar,

superficialmente, o funcionamento da Comissão e alguns dos temas discutidos por eles.

Fato interessante é que o Senador, grande atuante na causa de transparência e autor da Lei

Complementar 131, ao tomar conhecimento de que o Portal de Transparência da USP não

continha diversos dados que deveriam estar disponíveis (inclusive, o Senador acessou o site

durante a palestra), firmou compromisso com os alunos avisando que ele e sua equipe

investigariam o site e, caso fossem constatadas de fato tal irregularidades, ele fariam uma

denúncia ao Ministério Público, para que tomasse as devidas providências. Cabe, agora,

acompanhar as movimentações do Senador, para verificar se não teremos apenas uma

promessa...

Em seguida, fizemos uma visita guiada ao Congresso, onde pudemos conhecer o plenário da

Câmara dos Deputados e do Senado, além dos ambientes, corredores e obras de arte

localizados nas instalações dos prédios.

Câmara dos Deputados. Foto por Cícero Silva.

Senado Federal. Foto por Cícero Silva.

E, no final do dia, nos dirigimos para o Ministério da Justiça. A palestra foi com o Secretário

Nacional de Justiça, Beto Ferreira Martins Vasconcelos e também foi uma das melhores que

presenciamos. O Secretário abordou dois temas: Enfrentamento da corrupção e Imigração e

refúgio.

Além de nos mostrar como os órgãos e instituições têm crescido e tem aumentado seu cerco

contra a corrupção, algo muito interessante para termos uma dimensão da atuação destas

instituições, o Secretário nos mostrou os principais problemas que têm levado milhares de

pessoas a fugirem de seus países e como o Brasil tem realizado suas ações na área, assunto

extremamente pertinente no nosso contexto mundial atual.

Participantes do projeto após palestra no Ministério da Justiça. Foto por Danilo Davanso.

11/09 – Sexta-feira

Este foi o nosso último em Brasília. Como atividade, fomos à Comissão de Legislação

Participativa, da Câmara dos Deputados. Foi um evento onde tivemos a oportunidade de

conhecer o dia-a-dia dos Deputados, simulando o andamento de uma sessão, com discussões,

assessores, proposições e tudo mais. Foi uma das atividades mais lúdicas e que nos trouxe

grandes conhecimentos!

Alunos na Comissão de Legislação Participativa. Foto por Danilo Davanso.

Por fim, retornamos à ESAF para pegarmos nossos pertences e voltarmos à São Paulo. Depois

de uma semana repleta de atividades, com muitos aprendizados, novas amizades, diversos

pensamentos e reflexões, pegamos o ônibus para voltarmos (todos estavam tão cansados, que

viemos dormindo praticamente durante toda a viagem...).

Conclusões

A experiência proporcionada por este projeto didático foi extremamente enriquecedor! A

viagem nos cansa, mas este cansaço é de colocarmos nossos cérebros para funcionar! Não

paramos em nenhum dia, estávamos sempre aprendendo e, isto, com certeza, se refletirá na

formação de cada um dos que estavam presentes.

Enquanto futuros gestores públicos, foi de estrema importância conhecermos as diversas

realidades existentes, principalmente dos diversos atores envolvidos nos processos públicos.

Entender o dia-a-dia e as experiências destes servidores nos faz pensar de maneira mais

ampla, para, o dia em que formos atuar, pensarmos neles. E, neste contexto, é que entendemos

a frase dita pelo Prof. Dr. Marcelo Arno Nerling, “Quem sabe faz! Quem não sabe ensina!”,

ou seja, precisamos entender e fazer, para não ficarmos apenas “falando e tentando ensinar

algo” que não conhecemos na prática.

Materiais coletados ao longo da disciplina. Foto por Gabriel Tonelli.

Agradeço a todos os envolvidos por esta experiência maravilhosa. Tenho certeza que saí desta

viagem com grandes ensinamentos e, espero, que eles se reflitam no futuro profissional que

virei a ser. Assim, encerro dizendo que “Viva a República!”, de forma que possamos atender

aos interesses de nossos cidadãos, sempre os tendo como soberanos, e à “Vontade de

Constituição!”, que nos dá as diretrizes e preceitos para fazermos esta sociedade cada vez

melhor!

Participantes do projeto no Itamaraty. Foto por Danilo Davanso.