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Mala Direta Básica 29.983.269/0001-17 Comunidade Emanuel A REVISTA DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA – ANO 41 – EDIÇÃO 478 – MAIO 2018 – WWW.DOMCIPRIANO.ORG Quebrando o controle do DINHEIRO R$13,90

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Mala DiretaBásica

29.983.269/0001-17Comunidade Emanuel

A REVISTA DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA – ANO 41 – EDIÇÃO 478 – MAIO 2018 – WWW.DOMCIPRIANO.ORG

Quebrando o controle do

DINHEIRO

R$1

3,90

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2018 • edição 478 • Jesus Vive e é o Senhor 1

DOM CIPRIANO CHAGAS, OSB

Oração Inicial

Com minha bênção sacerdotal

Dom Cipriano Chagas, OSB

Oração para honrar os paisSenhor meu Deus, enchei minha alma com tal honra e reverência por vossa santa majestade que tanto

eu quanto meus filhos possamos aprender o que é a honra. Ensinai-me a exigir honra de meus filhos com

o santo propósito de levá-los a honrar-vos acima de tudo. Que o fato de honrar seus pais e seu Deus crie

em meus filhos o espírito de humildade. Que eu seja preservado do terrível pecado de honrar meus filhos

mais do que meu Deus. Senhor, espero de vós a graça que assegure o cumprimento deste mandamento

dos filhos em minha casa. Que o treinamento dos jovens para guardar os vossos mandamentos, honrar-

vos e servir-vos, seja o fruto da obra de vosso Espírito em mim. Peço-vos isto em nome de Jesus. Amém.

ORAÇÃO DE PROTEÇÃO PARA OS FILHOS

Pai, só vós sois o meu refúgio, minha força, minha fortaleza. Peço-vos que honreis vossa Palavra e

sejais um refúgio para a minha família (Pr 14,26) Peço-vos, pela intercessão de Jesus, que nos concedais

vossa soberana proteção do mal. Mostrai-me qualquer pecado de desobediência que roube de mim e mi-

nha família a vossa proteção (1Jo 5,18). Mostrai-me, Espírito Santo, qualquer coisa que prejudique vossa

bênção em nossas vidas (Ef 4,3).

Confio-vos meus filhos. São vossos dons para mim. Peço-vos que envolvais …………........…com a vossa

presença, e o protejais do poder de Satanás. Deus, lançai vossa luz sobre vossos servos, banhai-nos com

a alegria de vossa redenção (Sl 96,11). Cobri ………………com o poder do sangue de vosso Filho (Ap 12,11).

Peço-vos, Pai, que exponhais e destruais os planos do inimigo contra ……………….. e que mandeis vossos

santos anjos a protegê-lo, de acordo com a vossa vontade perfeita (Sl 90,11-13; Mt 18,10; Hb 1,14).

Senhor Jesus, muito obrigado por intercederdes por nossa proteção. Pela fé, eu recebo a vossa proteção

para a minha família.

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2 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

MAURO MOITINHO MALTA

Mauro Moitinho Malta Membro do conselho da Co-munidade Emanuel, autor do livro “Perdão, o caminho da felicidade”.

Carta ao Leitor

O Pontífice direciona sua mensa-gem para seguirmos o exem-plo de Jesus. Assim como sua

maior riqueza foi fazer-se pobre e ir ao encontro da miséria humana, nós também, remidos por ele, devemos ir ao encontro daqueles que mais necessitam, diz ele. E continua,“Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza” (2Cor 8,9). A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Ele não se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragi-lidade e da pobreza: “sendo rico, Se fez pobre por vós”. Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproxi-mou-Se de cada um de nós; despojou-Se, “esvaziou-Se”, para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fl 2,7; Hb 4,15).

A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, gene-rosidade, desejo de proximidade, não he-sitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias”.

Dom Cipriano também nos alerta sobre a tentação da riqueza dizendo: “Infelizmente, a conversão e o batismo de muitos cristãos parecem nunca ter alcan-çado o seu bolso”. De fato, a maioria dos cristãos parece atada por um conceito inadequado do senhorio de Jesus Cristo com relação às suas finanças.

Examinando as Escrituras sobre a reivindicação do Senhor sobre nossos bens, podemos encorajar alguns a es-quecer a atitude materialista do “o que eu tenho é meu”, em favor da atitude escriturística de que o homem não é proprietário, mas administrador daqui-lo que ele tem, e que “ o que se exige dos administradores é que cada um se

mostre fiel” (1Cor 4,2). Essencialmente o que buscamos é chegar a uma maior realização do senhorio de Jesus Cristo sobre nossas posses materiais. Pelo menos três passos necessários parecem ser indicados:

– Devemos abandonar nossas am-bições egoístas com relação a conseguir riqueza e prosperidade;

– Precisamos aprender a confiar na capacidade de Deus de atender abun-dantemente todas as nossas necessida-des materiais, e;

– Precisamos estar prontos para co-locar tudo o que temos à sua disposição.” E nos lembra: “Embora não desejemos tempos difíceis para ninguém, nossa pre-sente crise econômica tem um efeito cola-teral espiritualmente salutar. Ela mostrou a milhões os perigos de confiar nas posses materiais como segurança final.

Em seu segundo artigo Dom Cipriano continua a nos explicar a diabólica pressão do dinheiro em nossa vida: “Se Deus tem o nosso coração, Ele deve ter também o nosso tempo, os nossos relacionamentos, o nosso dinheiro. Nós precisamos ter a certeza de que somos nós que dirigimos o nosso dinheiro.

Nós não devemos permitir que seja o dinheiro que nos dirija, que mande em nós. Os pais, especialmente os ricos, também usam o dinheiro como meio de controlar seus filhos adultos. Os cônju-ges, marido e mulher, também usam o dinheiro como alavanca de controle, es-pecialmente quando os dois trabalham.

Outra influência conflitante é a dívida. Estar em dívida, significa que você está, até certo ponto, sob o controle de outras pessoas. A dívida pode diminuir a sua ale-gria, o nível de sucesso na vida das pessoas.”

Dom Anselmo, por sua vez, aproveita a passagem do Evangelho de São Mateus 19,6-29 para enfatizar o papel do cristão diante da riqueza. “Esta passagem do Evangelho nos fala de alguém que veio correndo ao encontro de Jesus e lhe faz uma pergunta: “Bom Mestre, o que devo

fazer para alcançar a vida eterna?” (v.17). Com este questionamento tem início o breve diálogo de Jesus com um jovem.

A pergunta do Evangelho contempla o futuro, mas é um compromisso com o presente: o sentido da vida.” E continua: “Antes de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta: “Por que me chamas de bom?” (v. 18). Ao contrário dos rabinos e doutores da lei, que amavam títulos honrosos, Jesus dirige tudo a Deus: Somente Deus é bom no sentido pleno do termo.” O jovem do Evangelho teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo”. Trata-se de uma pessoa bem intencionada, realmente preocupada com a obtenção da vida eterna e manifesta o seu desejo sincero de alcançar a vida eterna, vivendo a sua existência terrena de maneira honesta e virtuosa.

Jesus convida o homem rico a passar para uma outra direção: segui-lo, pois para ganhar a vida eterna é preciso estar com Jesus. Mas antes de fazer o con-vite a segui-lo, Jesus fixa nele um olhar cheio de amor: o olhar de Deus (cf. v. 21). E compreende qual é o ponto frágil da-quele homem: precisamente o seu apego aos muitos bens que possui e, por isso, lhe propõe que dê tudo aos pobres, de modo que o seu tesouro já não esteja na terra, mas no céu. Mas aquele homem, em vez de aceitar com alegria o convi-te de Jesus, sai entristecido (cf. v. 23), porque não consegue desapegar-se das suas riquezas.”

Saibamos todos nossas limitações como cristãos e procuremos nos desape-gar das coisas que só servem para entupir nossos armários e gavetas, mas podem significar muito para quem nada tem.

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A revista “JESUS VIVE E É SENHOR” é uma publicação mensal da Co-munidade Emanuel, entidade sem fins lucrativos, declarada de Utilidade Pública pelo Decreto 8.969 de 13/05/86. A COMUNIDADE EMANUEL tem entre seus Ministérios a Evangelização através da Palavra escrita, servindo à Renovação Carismática da Igreja. Sua espiritualidade é centrada em Jesus Cristo, guiada pelo Espírito Santo de Deus, incentivando os seus leitores à vida sacramental, à oração pessoal e ao uso comunitário dos Dons e Carismas.Orientação da COMUNIDADE EMANUEL. Uma Associação Particular de Fiéis Leigos, assim reconhecida por Decreto, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Revista com Aprovação Eclesiástica.® Copyright 1996 – Direitos ReservadosCOMUNIDADE EMANUEL CNPJ 29.983.269/0001-17 - ISSN:0103-8133- Rua Cortines Laxe, nº 2 Centro - CEP 20090-020 - Caixa Postal 941 CEP 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ Brasil - Tel.: 0+XX+21 2263-3725 Fax: 0+XX+21+2233-7596.

Órgão Fundador da Associação Latino-americana de Revistas de Renova-ção no Espírito Santo.

• Fundador: DOM CIPRIANO CHAGAS, OSB.

• Diretor-Presidente: Dom Cipriano Chagas, OSB• Diretor Responsável: Mauro Moitinho Malta• Conselho de Redação: Dom Cipriano Chagas, Maria Teresa Malta, Anna Gabriela Malta, Alexandre Honorato D. Ferreira

• Redator Responsável: Jeannine Leal• Revisor: Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar• Coordenador de Edição: Comunidade Emanuel• Projeto Gráfico e Diagramação: Comunidade Emanuel• Revisão e Tradução: Comunidade EmanuelOs artigos publicados nesta revista são de responsabilidade dos autores. Todo material para a revista, sendo publicado ou não, não será devolvido.“A este Jesus, Deus o ressuscitou, e disto nós todos somos testemunhas. Portanto, exaltado pela direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e o derramou, e é isto o que vedes e ouvis” (At 2,32-33).

“Saiba, portanto, com certeza, toda a casa de Israel: Deus o constituiu Senhor e Cristo, a este Jesus a quem vós crucificas-tes” (At 2,36).

Impressão:VIAMAN GRÁFICA E EDITORA LTDA

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4 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

EnsinoO ressentimento e sua curaPor Dom Cipriano Chagas, osb

EnsinoAs sete características do bom administradorPor Dom Cipriano Chagas, osb

Vida e ConhecimentoGuarde sua língua, guarde seu tempe-ramento, guarde seus pensamentos

3 Carta ao leitor Por Mauro Moitinho Malta

1 Oração Inicial ORAÇÃO PARA HONRAR OS PAIS E ORAÇÃO DE PROTEÇÃO PARA OS FILHOSPor Dom Cipriano Chagas, osb

6 Alma FemininaPROCURE A “SUA VERDADE”Por Anna Gabriela Malta

8 Em PautaUM ATEU (STEPHEN HAWKING) E QUATRO PAPAS Por Ary Waldir Ramos Díaz

38 Curso – Nossa Aliança com Deus – aula 4A NOVA ALIANÇA E O NOSSO RELACIONAMENTO COM JESUSPor Dom Cipriano Chagas, osb

Seções5 Testemunho | Frases

41 Agenda

HomiliaO DESAPEGO ÀS COISAS MATERIAIS Por Dom Anselmo Chagas de Paiva, osb

FESTA DA ASCENSÃO DE JESUSPor Mons. Domingo S. Castagna

18

20

Nossa SenhoraBENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES Madre Basileia Schilink

34

AtualidadesELEIÇÕES: PUNIÇÃO PARA OS MAUS POLÍTICOSPor Pe. César Moreira, C.Ss.R.

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JV Informa•MISSA DE SÃO JOSÉ, DE SÃO BENTO

E CURA DAS HERANÇAS NEGATIVAS Fotos das Missas Solene

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Entre o Céu e a terraA ORAÇÃO CARISMÁTICAMichele Franco

O PERFIL DE SÃO JOSÉPor Papa Emérito Bento XVI

27EnsinoO SENHOR DO DINHEIROPor Dom Cipriano Chagas, osb

10 Comunhão EclesialCRISTO FEZ-SE POBRE, PARA NOS ENRIQUECERPapa Francisco

14 COMO COMBATER SEU DEFEITO DOMINANTE?Por Encuentra

16 ENCONTRANDO A MISSÃO NA DOR DOS IRMÃOSPor Pe. Alfonso Pastore

Vida e Conhecimento12 OS MALES QUE TRAZ O APEGO AO DINHEIRO

Por Frei Raniero Cantalamessa, ofmcap

30 Quebrando o jugo do dinheiroPor Dom Cipriano Chagas, osb

Se Deus é Senhor o nosso coração, também deveria ser o Senhor também do nosso tempo, dos nossos relacionamentos... e do nosso dinheiro. Nós precisamos ter a certeza de que somos nós que dirigimos o nosso dinheiro.

Revista Jesus Vive On Line

Colunistas

Capa

36 SantoSÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT Por Jeannine Leal

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10 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

Comunhão eclesial

Cristo fez-se pobre, para nos enriquecer

PAPA FRANCISCO

O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto, encorajando-os a serem generosos na ajuda aos

fiéis de Jerusalém que passam neces-sidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A GRAÇA DE CRISTOTais palavras dizem-nos, antes de

mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: “sendo

rico, Se fez pobre por vós”. Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, “esvaziou-Se”, para Se tornar, em tudo, semelhante a nós (cf. Fl 2,7; Hb 4,15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus “tra-

balhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhan-te a nós em tudo, exceto no pecado” 1.

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – “para vos enriquecer com a sua pobreza”. Não se trata de um jogo de palavras, de uma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salva-ção sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si, o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E, todavia, São Paulo conhece bem a “inson-dável riqueza de Cristo” (Ef 3,8), “herdeiro de todas as coisas” (Hb 1,2).

Em que consiste, então, esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós, como fez o bom samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10,25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, to-mar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre, e apenas, a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um mo-mento sequer do seu amor e da sua ternura.

“Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por vós,

para vos enriquecer com a sua pobreza” (2Cor 8,9).

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12 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

Vida e conhecimento

Os males que traz o apego ao dinheiro

POR FREI RANIERO CANTALAMESSA, OFMCAP

D e n t r o d a h i s t ó r i a d i v i n o /humana da paixão de Jesus ex i s t e m m u i t a s p e q u e n a s

histórias de homens e de mulheres que entraram no raio da sua luz ou da sua sombra. A mais trágica delas é a de Judas Iscariotes. É um dos poucos fatos comprovados, com igual desta-que, por todos os quatro Evangelhos e pelo resto do Novo Testamento. A primitiva comunidade cristã refletiu muito sobre ele e nós faríamos mal se não fizéssemos o mesmo. Ela tem muito a nos dizer..

JUDAS, UM DOS PRIMEIROS NO DISCIPULADO

Judas foi escolhido desde a primeira hora para ser um dos doze. Ao incluir o seu nome na lista dos apóstolos, o evangelista Lucas escreve “Judas Iscariotes, que se tornou ‘o traidor’ ” (Lc 6,16). Portanto, Judas não tinha nascido traidor e não o era quando foi escolhido por Jesus; tor-nou-se! Estamos diante de um dos dramas mais obscuros da liberdade humana. Por que se tornou? Em anos não distantes, quando estava na moda a tese do Jesus “revolucionário”, tentou-se dar a seu ges-to motivações ideais. Alguém viu no seu apelido “Iscariotes” uma deformação de “sicariota”, ou seja, pertencente ao grupo de zelotes extremistas que atuavam como “sicários” contra os romanos; outros pensa-ram que Judas estivesse desapontado com a maneira como Jesus realizou a sua ideia do “reino de Deus” e que quisesse forçá-lo a agir no plano político contra os pagãos. É o Judas do famoso musical “Jesus Cristo Su-perstar” e de outros espetáculos e novelas recentes. Um Judas muito semelhante a um outro célebre traidor do próprio benfeitor: Brutus, que matou Júlio César para salvar a República!

O DINHEIRO, O DEUS VISÍVELSão reconstruções que devem ser res-

peitadas quando contém alguma dignidade literária ou artística, mas não têm nenhuma base histórica. Os Evangelhos – as únicas

fontes confiáveis que temos sobre a per-sonagem – falam de um motivo muito mais terra-a-terra: o dinheiro. Judas tinha a res-ponsabilidade da bolsa comum do grupo; na ocasião da unção em Betânia havia protesta-do contra o desperdício do perfume precioso derramado por Maria aos pés de Jesus, não porque se preocupasse pelos pobres, assinala João, mas porque “era um ladrão e, como tinha a bolsa, tirava o que se colocava dentro” (Jo 12,6). A sua proposta aos chefes dos sacerdotes é explícita: “Quanto estão dispostos a dar-me, se vo-lo entregar? E eles fixaram a soma de trinta moedas de prata” (Mt 26,15).

Mas por que maravilhar-se desta expli-cação e achar que ela é banal? Não foi quase sempre assim na história e não é, ainda assim, hoje em dia? O dinheiro, não é um dos muitos ídolos; é o ídolo por excelência; literalmente, “o ídolo de metal fundido” (cf. Ex 34,17). E se entende o motivo. Quem é, objetivamente,

se não subjetivamente (ou seja, nos fatos, não nas intenções), o verdadeiro inimigo, o rival de Deus, neste mundo? Satanás? Mas nenhum homem decide servir, sem motivo, a Satanás. Se o faz, é porque acredita que vai ter algum poder ou algum benefício temporal. Quem é, nos fatos, o outro patrão, o anti-Deus? Jesus no-lo diz claramente: “Ninguém pode servir a dois senhores: não podeis servir a Deus e o dinheiro” (Mt 6,24). O dinheiro é o “deus visível” [16], em oposi-ção ao verdadeiro Deus que é invisível.

O dinheiro é o anti-Deus, porque cria um universo espiritual alternativo, muda o objeto das virtudes teologais. Fé, esperança e caridade não são mais colocadas em Deus, mas no dinheiro. Ocorre uma sinistra inver-são de todos os valores. “Tudo é possível ao que crê”, diz a Escritura (Mc 9,23); mas o mundo diz: “Tudo é possível para quem tem dinheiro”. E, em certo sentido, todos os fatos parecem dar-lhe razão.

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14 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

Vida e conhecimento

PARA LHE AJUDAR A VIVER COM MAIOR MOTIVAÇÃO ESSE PROGRAMA DE VIDA ESPIRITUAL É CONVENIENTE ENCONTRAR UM LEMA QUE O AJUDE

Como combater seu defeito dominante?

POR ENCUENTRA

N este momento, você pode se perguntar: o que vou fazer com meu defeito dominante?

A primeira coisa que pode fazer é felicitar-se. Sim, felicitar-se porque conheceu um pouco mais de si mes-mo. Se escolheu ser um católico me-lhor, lutar para alcançar a santidade de vida a qual todos são chamados, então, parabéns! Já sabe onde focar todas as suas forças, já sabe qual é o inimigo que deve vencer: sua soberba ou sua sensualidade.

Santo Agostinho, esse grande pen-sador e filósofo, homem de seu tempo e de todos os tempos, nos deixou uma frase que tem muito a ver com o que estamos começando a fazer: o caminho de nossa santidade. Ele dizia: “Conhece-te, aceita-te, supera-te”. E é o que vamos seguir em nossas vidas. Conhecer-nos no mais íntimo de nosso ser. E isto, temos conseguido, meditando dia após dia, sem necessidade de aparentar nada, sendo muito sinceros a nós mesmos, chegando à realidade de nossa vida: minha soberba é do tamanho do mundo. Ou aceitar que, no que concerne a sensualidade, não existe quem me supere. Deve aceitar esta realidade, se quer seguir em frente. Re-flita atentamente no que Agostinho diz para aceitarmos. Ele não diz: “Deve resig-nar-te”. Porque entre aceitar e resignar-se há uma diferença muito grande. Resig-nar-se é reconhecer-se como sou e crer que já não se pode mudar. “Muitas vezes

já tentei ser paciente, especialmente com a minha mãe... Mas eu sei que não posso mudar. Está além de minhas forças.” “Não me diga que é possível que eu possa deixar de ser um mulherengo. Por favor, nem você acredita nisso.” Estas pessoas pensam dessa forma, no profundo de seu ser, estão resignadas a ser como são. Não se aceitam. Porque aceitar é reconhecer o ‘quem sou’ e estar disposto a mudar, a transformar-se em outro, a converter-se em católico melhor. “Eu aceito que me custa muito guardar a castidade em

meu noivado”. “Eu aceito que não é fácil viver sempre com um sorriso de orelha a orelha, tentando compreender o humor tão instável de minha esposa”. É uma postura muito diferente entre o aceitar e o resignar-se.

Uma vez que aceitamos o que somos e queremos mudar para sermos melho-res, então, vem a superação, o trabalho constante e contínuo para alcançar a san-tidade. Porém, não corramos com pressa e não nos adiantemos. Estamos ainda nos

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18 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

Homilia

JESUS NOS ENSINA A NÃO CENTRALIZAR A PRÓPRIA VIDA NOS BENS PASSAGEIROS DESTE MUNDO, MAS ASSUMIR

A PARTILHA E A SOLIDARIEDADE PARA COM OS IRMÃOS

O desapego às coisas materiais

POR DOM ANSELMO CHAGAS DE PAIVA, OSB

E sta passagem do Evangelho nos fala de alguém que veio correndo ao encontro de Jesus e lhe faz uma

pergunta: “Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna?” (v.17). Com este questionamento, tem início o breve diálogo de Jesus com um jovem, assim identificado no Evangelho de São Mateus (cf. Mt 19,6). A pergunta do Evangelho contempla o futuro, mas é um compro-misso com o presente: o sentido da vida.

Antes de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta: “Por que me cha-mas de bom?” (v. 18). Ao contrário dos rabinos e doutores da lei, que amavam tí-tulos honrosos, Jesus dirige tudo a Deus: Somente Deus é bom, no sentido pleno do termo. Mas, aquele jovem, anônimo, percebeu que Jesus é bom e que é mes-tre. Um mestre que não engana. Quem reconhece o bem é sinal que ama. E quem ama, na feliz expressão de São João, conhece a Deus (cf. 1Jo 4,7). O jovem do Evangelho teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo. Ele se ajoelha diante de Jesus, o que mostra, nesta sua postura, o reconhecimento da divindade de Jesus Cristo. Trata-se de uma pessoa bem in-tencionada, realmente preocupada com a obtenção da vida eterna. Em um curto diálogo, manifesta o seu desejo sincero de alcançar a vida eterna, vivendo a sua existência terrena de maneira honesta e virtuosa.

No Antigo Testamento, a ideia de vida eterna aparece, pela primeira vez em Dn 12,2. Para alguns teólogos da época do judaísmo helenístico, os justos que se mantiverem fiéis a Deus e à Lei, não serão condenados ao sheol, local onde os espíritos dos mortos levam uma existência obscura, no reino das sombras, mas ressuscitarão para uma vida nova, de alegria e de paz (cf. 2Mac 7,9.14.36). A vida eterna, segundo os teólogos desta época, parece já incluir a ideia de imor-talidade (cf. Sb 3,4; 15,3). Provavelmente é isto que inquieta o jovem e ele deseja saber o que é necessário fazer para ter acesso a essa vida imortal que Deus reserva aos justos. De acordo com a cate-quese feita pelos mestres de Israel, quem

vivesse de acordo com os mandamentos da Lei, receberia de Deus a vida eterna. Reconhecendo a divindade de Jesus, o jovem quer certificar a verdade.

Em sua catequese, Jesus mesmo explicita: “Conheces os mandamentos?” O jovem explica a Jesus que desde sem-pre a sua vida foi vivida em consonância com os mandamentos da Lei de Deus (v. 20). É uma afirmação segura e serena, que o próprio Jesus não contesta. As questões por ele apresentadas mostram a sua inquietação, a sua procura, a sua busca da definição do verdadeiro cami-

nho para a vida eterna. Jesus reconhece a sinceridade, a honestidade, a verdade da busca deste homem; por isso, olha para ele “com amor” (v. 21).

O Evangelho nos assegura que aquele jovem era muito rico. A pró-pria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la. Jesus convida o homem rico a passar para uma outra direção: segui-lo, pois para ganhar a vida eterna é preciso estar com Jesus. Mas antes de fazer o convite a segui-lo, Jesus fixa nele um olhar cheio de amor: o olhar de Deus (cf. v. 21). E compreende

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24 Jesus Vive e é o Senhor • edição 478 • 2018

O perfil de São JoséPAPA EMÉRITO BENTO XVI

quando ainda era Cardeal Ratzinger

(SÃO JOSÉ) RENUNCIOU À SUA VONTADE PARA SE ENTREGAR À DE UM OUTRO, À VONTADE GRANDIOSA DO ALTÍSSIMO

H á pouco tempo vi em casa de uns amigos, uma representação de São José que me fez pensar

muito. Era um alto-relevo proveniente de um retábulo português da época barroca, em que se mostra a noite da fuga para o Egito. Vê-se uma tenda aberta, e, perto dela, um anjo de pé. Dentro da tenda, José está a dormir, mas vestido com a indumentária própria de um peregrino, calçado com botas altas, necessárias para uma caminhada difícil. Se na primeira impressão parece um pouco ingênuo que o viajante apareça também como adormecido, pensando melhor, começamos a perceber o que a imagem nos quer sugerir.

OS SILÊNCIOSJosé dorme, é verdade, mas está

simultaneamente disposto a ouvir a voz do anjo (Mt 2,13ss). Parece depreender-se da cena, o que o Cântico dos Cânticos tinha proclamado: “eu dormia, mas o meu coração estava vigilante” (Cânt 5,2). Os sentidos exteriores repousam, mas o fundo da alma pode ser tocado. Nessa tenda aberta temos a representação do homem que, desde o mais profundo do seu ser, pode ouvir o que vibra no seu interior ou lhe é dito desde as alturas, do homem cujo coração está suficientemen-te aberto para receber aquilo que o Deus vivo e o seu anjo lhe querem comunicar. Nessa profundidade, a alma de qualquer homem pode encontrar-se com Deus. Nessa profundidade, Deus fala a cada um de nós e mostra-nos como está próximo.

Contudo, na maior parte das vezes, encontramo-nos invadidos por cuidados, inquietações, expectativas e desejos de toda a espécie, tão repletos de imagens e carências produzidas pela vida de

cada dia, que, por muito que vigiemos exteriormente, é-nos pedida a vigilân-cia interior e, com ela, o som das vozes que nos falam desde o mais íntimo da alma. Esta está tão sobrecarregada e são tantas as muralhas erguidas no seu interior, que a voz suave do Deus próxi-mo não consegue fazer-se ouvir. Com a chegada da Idade Moderna, os homens têm vindo a dominar cada vez mais o mundo e a dispor das coisas, à medida dos seus desejos; mas estes avanços no nosso domínio sobre as coisas, e no conhecimento do que com elas pode-mos fazer, limitaram, por outro lado, a nossa sensibilidade, de tal maneira que o

nosso universo se tornou unidimensio-nal. Estamos dominados pelas nossas coisas, por todos os objetos que as nossas mãos alcançam, e que servem de instrumentos para produzir outros objetos. No fundo, não vemos outra coisa senão a nossa própria imagem, e estamos incapacitados para ouvir a voz profunda que, desde a Criação, nos fala, também hoje, da bondade e da beleza de Deus.

O SONO DE SÃO JOSÉ

Esse José que dorme, mas que ao mesmo tempo está preparado para ou-vir o que ecoe no seu íntimo e desde o

Entre o céu e a terra

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2018 • edição 478 • Jesus Vive e é o Senhor 27

I nfelizmente, a conversão e o ba-tismo de muitos cristãos parecem nunca ter alcançado o seu bolso.

De fato, a maioria dos cristãos parece atada por um conceito inadequado do senhorio de Jesus Cristo com relação às suas finanças.

Examinando as Escrituras sobre a reivindicação do Senhor sobre nossos bens, podemos encorajar alguns a es-quecer a atitude materialista do “o que eu tenho é meu”, em favor da atitude escriturística de que o homem não é proprietário, mas administrador daquilo que ele tem, e que “ora, o que se exige dos administradores é que cada um se mostre fiel” (1Cor 4,2).

Essencialmente, o que buscamos é chegar a uma maior realização do senho-rio de Jesus Cristo sobre nossas posses materiais. Como realizamos isto? Pelo menos três passos necessários parecem ser indicados:

• Devemos abandonar nossas ambições egoístas com relação a conseguir ri-queza e prosperidade;

• Precisamos aprender a confiar na ca-pacidade de Deus de atender abundan-temente todas as nossas necessidades materiais, e;

• Precisamos estar prontos para colocar tudo o que temos à sua disposição.

REORDENANDO NOSSAS PRIORIDADES

Primeiro, é necessário abandonar nossa ambição de adquirir riqueza. Jesus disse a seus discípulos em Lucas 12,15: “Tomai cuidado, e precavei-vos da cobiça: pois a vida do homem consiste não na abun-dância das coisas que possui.” Em seguida, relatou a parábola do homem rico que guardou sua riqueza para que pudesse viver no luxo e morreu antes que pudesse gozar dela.

Jesus disse que Deus considerou o homem um insensato (Lc 12,20) e acrescentou que assim é todo aquele que “acumula um tesouro para si mesmo, e não é rico segundo Deus”.

Não é coincidência que quando Jesus repreende todo o que “acumula tesouro para si mesmo”, acrescenta a frase “e não é rico segundo Deus”. Tudo aquilo a que alguém dedica seu tempo, torna-se seu mestre e seu deus, e Jesus sabia disto quando declarou que: “Ninguém pode servir a dois senhores”(Mt 6,24).

O que é necessário para realizar este primeiro passo de renunciar a nossas ambições de riqueza? Uma decisão da vontade. Precisamos decidir a levar o Senhor a sério neste assunto. Infeliz-mente, somos bombardeados dia e noite por uma multidão de vozes insistindo em que façamos aquilo mesmo que Jesus nos diz para não fazer. Somos induzidos a ganhar; a ser ambiciosos; a adquirir riquezas; a investir; a ganhar mais; a reinvestir; a ganhar mais riqueza!

Embora não desejemos tempos difí-ceis para ninguém, nossa presente crise econômica tem um efeito colateral espiri-tualmente salutar. Ela mostrou a milhões, os perigos de confiar nas posses materiais como segurança final. Com investimentos financeiros rapidamente devorados pelos dois monstros gêmeos da inflação e da recessão, muitas pessoas são confronta-das com o problema que o profeta Ageu descreve, com relação àqueles que ficam preocupados com seu próprio bem-estar, esquecendo sua responsabilidade para com Deus. (cf. Ag 1,5-6).

Nossa primeira responsabilidade, pois, é reordenar nossas prioridades: um ajuste de ambições em obediência à instrução de Jesus de que “busquemos primeiro o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescen-tadas… (Mt 6,33).

O Senhor do dinheiroPOR DOM CIPRIANO CHAGAS, OSB

Continuação

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Ensino

Quebrando o jugo do dinheiroDOM CIPRIANO CHAGAS, O.S.B.

N ós não devemos permitir que seja o dinheiro que nos dirija, que mande em nós. Se algum de

vocês tem permitido que o dinheiro dirija sua vida, saiba que está em terreno peri-goso. Muitas pessoas poderão controlar você, pelo dinheiro, na sua vida. Começa quando criança. Geralmente, a criança deve fazer algumas tarefas para ganhar a sua mesada. Mais tarde, seus patrões exercem muito controle sobre o seu comportamento ou desempenho no seu trabalho, mediante o seu salário.

Esses tipos de controle pelo dinheiro são normais desde que eles não sejam excessivos de alguma maneira. Os pais, especialmente os ricos, também usam o dinheiro como meio de controlar seus filhos adultos. Os cônjuges, marido e mulher, também usam o dinheiro como alavanca de controle, especialmente quando os dois trabalham. Outra influên-

cia conflitante é a dívida. Estar em dívida, significa que você está, até certo ponto, sob o controle de outras pessoas. A dívi-da pode diminuir a sua alegria, o nível de sucesso na vida das pessoas. E a pressão das dívidas pode destruir o casamento. Precisamos ter cuidado na área da dívida para que ela não nos consuma. A dívida é um obstáculo furtivo, escondido. Pode vir devagar em cima de nós e arruinar as nossas vidas, se não formos prudentes.

Se vem a sedução da dívida: “Ah, não, venha que é fácil! Você pode comprar tudo que quiser, paga quando quiser. É só assinar o papelzinho.” E, quando você assina o papelzinho, você está dizendo que você aceita ficar sob controle daque-la pessoa, daquela firma, daquela coisa. E vocês todos conhecem pessoas que ficam à mercê de agiotas. Tomaram di-nheiro pagando 50% ao mês, de juros. E o resto da vida vão passar trabalhando

para aquele agiota. Não vão conseguir pagar nunca aquela dívida. E muita gente tem experiência da Caixa Econômica. Comprar uma casa na CEF. Ah, o plano é ótimo! Vinte anos, quarenta anos, cin-quenta anos e não pagou ainda. Satanás pode usar a dívida para amarrar-nos e im-pedir-nos de ajudar as obras do Senhor.

O DÍZIMOE esta é outra coisa que vocês têm

que pensar. Por que é que vocês não pagam dízimo? Por que é que vocês evi-tam o Senhor não atendendo à palavra da Sagrada Escritura? Que têm que dar 10% daquilo que ganham para o Senhor. E o Senhor diz: “Entreguem o dízimo na minha casa e verão como eu abro as com-portas do céu sobre vós”. É uma maneira de libertação, o dízimo; o dízimo é uma libertação. É um caminho de libertação

Se Deus é Senhor o nosso coração, também deveria ser o Senhor também do nosso tempo, dos nossos relacionamentos... e do nosso dinheiro.

Nós precisamos ter a certeza de que somos nós que dirigimos o nosso dinheiro.

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JV Informa

Mês de celebrações especiais

EM MARÇO TRÊS GRANDES CELEBRAÇÕES NA COMUNIDADE EMANUEL

A primeira celebração foi no dia 19, em honra de São José, presidida pelo Pe. Marco Túlio. Ao final da missa o cele-brante abençoou a imagem de São José, a mesma represantação do santo que o Papa Francisco possui.

No dia 21 de março, foi celebrada a missa – chamada pelos beneditinos – do “Trânsito de São Bento”, onde se celebra o dia de falecimento do Pai dos monges do ocidente. A missa presidida pelo monge beneditino e diretor da Escola Teológica do Mosteiro de São Bento, Dom Anselmo Chagas de Paiva, que durante a homilia relembrou a trajetória do santo monge.

No dia 26 de março, a Comunidade Emanuel recebeu o Pe. Jorge André, afilhado de ordenação da diretora da Co-munidade, Maria Teresa Malta e de Dom Cipriano Chagas. O celebrante conduziu a missa de Cura entre Gerações.

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Nossa Senhora

Bendita és tu entre as mulheresPOR MADRE BASILEIA SCHILINK

L utero escreveu sobre Maria: “Quem são todas mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas

da Terra comparados com a Virgem Ma-ria que, nascida de descendência real é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exal-tar bastante, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” (comentário ao Magnificat).

Quem lê essas palavras de Lutero, do qual se sabe que até o fim da sua vida honrava a Maria, santificava sua festas e cantava diariamente o Magnificat, com-preenderá perfeitamente o quanto nós temos nos afastado do correto enfoque com relação a ela, conforme Lutero nos demonstrou dentro da perspectiva da Sagrada Escritura. Por essa razão, os her-deiros da Reforma, em cujas confissões lemos frases como esta: “Maria é digna de suprema honra na maior medida” (art. IX da Apologia em torno da Confissão de Augsburgo), temos o dever de perguntar a nós mesmos se não fomos envolvidos mais ou menos conscientemente em uma atitude ou maneira de pensar racionalista.

Com efeito, o racionalismo não aceita nada do mistério da conceição sobrenatural da Virgem Maria por obra do Espírito Santo. Ante esse mistério, não há senão uma atitude: adoração humilde. Pois não é fácil compreender o mistério pelo qual o Criador dos céus e da terra pôde fazer-se homem, coisa que o cristão chamado “modernista” rechaça olimpicamente e o expõe com todo deta-lhe e delicadeza.

Porque o racionalismo só deixa em pé o que pode explicar com a razão

humana. Suprimiram-se, na Igreja Evan-gélica, em tempos posteriores à Reforma, todas as festas a Maria e tudo o que nos trazia sua lembrança, isto é, perdeu-se toda classe de relação bíblica em torno de Maria. E ainda estamos padecendo as consequências dessa herança de receio e temor.

Entretanto, se Lutero nos diz aquela frase citada anteriormente, que nunca poderemos exaltar sufi-cientemente a mulher que constitui o

maior tesouro da cristandade depois de Cristo, eu própria me devo contar entre as pessoas que não o fizeram durante longos anos da sua vida e, por conseguinte, não seguiram a Sagrada Escritura segundo a qual “desde agora chamar-me-ão bem-aventurada todas as gerações da Terra” (Lc 1,48).

Não, não me havia incluído entre es-sas gerações. É verdade que havia lido na Escritura que Isabel – a mulher abençoa-da por Deus – havia falado, inspirada pelo

Sob a ótica mariana de Martin Lutero

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São Luís Maria Grignion MontfortPESQUISA JEANNINE LEAL

Santo

Louis-Marie Grignion, sacerdote francês, é reconhecido por ser um pregador e escritor cujos livros são

amplamente lidos nos dias atuais e con-siderados de extrema importância no Magistério da Igreja Católica. Tanto que o próprio Santo Papa João Paulo II o ressal-tou como uma grande influência na fé em Maria: escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”. E, por viver o que São Luís nos partilhou, João Paulo II adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”.

São Luis é mesmo considerado como um dos primeiros defensores da mariolo-gia, como é conhecida atualmente, e um candidato a tornar-se um doutor da Igreja. A sua estátua está agora colocada no nicho superior da Nave Sul da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Nascido na França, no ano de 1673, de uma família numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e estudou muito para isso. Com 12 anos de idade, entrou no colégio jesuíta de São Thomas Becket, em Rennes. Decidiu ser missionário e começou a desenvolver a sua forte devo-ção a Nossa Senhora. Teve oportunidade de estudar em Paris,no Seminário de Saint Sul-pice. Depois de um período de provações, quando teve que viver como os pobres, sem recurso nenhum, mas conseguindo assistir às aulas de Teologia na Sorbonne, universidade francesa, foi empregado como bibliotecário em St Sulpice mesmo.

Foi ordenado sacerdote em junho de 1.700 e atribuído à Nantes. Suas cartas deste período mostram que ele sentiu-se frustrado com a falta de oportunidade para pregar, atividade esta que considerava o motivo de sua vocação. Cinco meses depois de sua ordenação, em novembro de 1700,

ele escreveu: “Estou perguntando conti-nuamente em minhas orações para que (…) os bons padres preguem missões e retiros no âmbito da (…) proteção da Santíssima Virgem”. Este pensamento inicial acabou por conduzi-lo à formação da Companhia de Maria. Nessa mesma época, reuniu-se com Marie Louise Trichet quando foi no-meado capelão do hospital de Poitiers. Foi o início de trinta e quatro anos de serviço aos pobres de Marie Louise e Luís.

Como padre, São Luís tinha mesmo a vocação de pregador e começou a comu-nicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, frisando que é possível viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Homem de ora-ção, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres, fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.

São Luís já era um homem que prati-cava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que sofreu. Tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, o que não lhe foi conce-dido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.

Durante vários anos, pregou em mis-sões na Bretanha, a partir de Nantes, e sua reputação como um grande missionário cresceu, tornando-se conhecido como o “Bom pai de Montfort”. Em Pontchapeau atraiu milhares de pessoas para ajudá-lo na construção de um grande calvário – outra decepção, já que o bispo local não permitiu a bênção, por ordem do rei de França, então sob a influência de membros da escola

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Curso

Em nossa quarta aula sobre Nossa Aliança com Deus examinaremos que a Nova Aliança vem para acabar definitivamente com a distância provocada pelo pecado.

Em Jesus, nos tornamos filhos de Deus reconciliados com o Pai.

Em aliança com Deus

A Nova Aliança e o nosso relacionamento com Deus

Aula 4

POR DOM CIPRIANO CHAGAS, OSB

É muito bonito, é de uma beleza incomparável a fidelidade de Deus ao seu amor por nós, ao seu amor

por você. E Jesus é a palavra de Deus. A palavra que existia antes que o tempo começasse.

DEUS CRIOU-O ATRAVÉS DESSA PALAVRA.Deus disse; essa palavra no céu para

o seu povo, através dos anos da Antiga Aliança. Alguns ouviram essa palavra por si mesmo. Nós vimos: Noé, Abraão, Moi-sés, Oseias, Jeremias, Ezequiel. Outros ouviram essa palavra indiretamente atra-vés de relações dadas a esses homens.

E, muitas vezes essa palavra foi igno-rada e esquecida. E sobre a nova aliança Deus quis que todo o seu povo ouvisse, essa palavra, por si mesmo através do seu próprio Espírito vivendo dentro dele.

Antes que pudesse vir o Espírito, a palavra de Deus tinha que vir em carne humana. Então poderiam ouvir claramente o que Deus estava dizendo. Poderiam, então ouvir diretamente sem necessidade de intermediários. Pode-riam ouvir as promessas que Deus queria realizar em suas vidas, faladas por Ele diretamente.

Jesus é a palavra de Deus, descreveu a sua missão nesses termos em João

10,10. Vim para que os homens possam ter vida e tê-la abundantemente.

Mas os homens estavam todos vivos, como é que Ele disse: vim para que os homens, possam ter vida e abundante-mente. É a vida nova; é a vida de Deus, a vida eterna, vida em toda a sua plenitude. Isso é o que Deus quer , para os filhos da sua nova aliança. Que o conheçam e vivam a sua vida. A vida, a vida de Deus neles. Ouvir as palavras de Jesus, não

era suficiente para receber esta palavra. Essas palavras tinham que ser acredi-tadas. Crer em suas palavras, era crer em Jesus. Descrer delas, era descrer de Jesus e no Pai que o enviou como Ele diz em João 5,24.

“Em verdade, em verdade eu vos digo: aquele que ouve as minhas palavras e crer naquele que me enviou, tem a vida eterna; não irá a julgamento, pois passou da morte para a vida”.

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AgendaSEMANAL

/comunidade_emanuel @comEMa_RJ

Casa de Maria e JoséSede da Comunidade Emanuel – Rio de Janeiro

rua cortines laxe, nº 2, centro - rio de janeiro – (21) 2263-3725

ATENDIMENTO E ACONSELHAMENTOcom hora marcada | 13h às 16h

TERÇO DOS HOMENS | ON LINE – FACEBOOKNa capela | 12h30 às 13h

ORAÇÃO PELO PAPA FRANCISCONa capela | 15h às 16h

GRUPO DE ORAÇÃO EMANUEL19h às 20h30O grupo emanuel é um dos primeiros grupos da de oracão do rio de janeiro

GRUPO DE ORAÇÃO DE SÃO PADRE PIONa capela | 14h às 16h30Toda terceira quarta-feira do mês

TARDE DE CURANa capela | 14h às 15h30 Toda primeira quinta-feira do mês

ORELHÃO ESPIRITUALNa capela | 14h às 16hATENDIMENTO E ACONSELHAMENTO – por ordem de chegada

GRUPO DE ORAÇÃO ALMOÇO COM JESUSNa capela | 12h30 às 13h30TODAS ÀS QUINTAS, EXCETO FERIADOS

MISSA COM ORAÇÃO DE CURACelebrante Dom Cipriano Chagas, osbtransmissão ao vivo pela internet – www.comunidadeemanuel.org.br12h

Dom Cipriano Chagas, OSBMonge beneditino do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, um dos precursores da Renovação Carismática no Brasil

e Presidente-fundador da Comunidade Emanuel e da revista Jesus Vive e é o Senhor

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕESwww.domcipriano.org.br

[email protected].: (21) 2263-3725

MISSA DA VITÓRIA9 de MAIO

Celebrante

Pe. William Bernardo

12h

RETIRO

5 de MAIO

Laços de

AlmaCom

Marineia LopesSábado

CURSO DE INTERCESSÃO

14, 21 e 28MAIO15h

Com o Ministério de Pregadores

da Comunidade Emanuel

Módulo 1

MISSA PELAS MÃESVIVAS E FALECIDAS

14 de MAIOSEGUNDA-FEIRA

12h

12h

Celebrante

Pe. Marco Túlio

MISSA DE CURAENTRE GERAÇÕES

16 de MAIOQUARTA-FEIRA

Celebrante

Pe. Jorge André

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REMETENTE: COMUNIDADE EMANUEL RUA CORTINES LAXE, 2 - CENTRO - PRAÇA MAUÁ CAIXA POSTAL 941 CEP 20001-970 RJ - RIO DE JANEIRO