A Segunda Guerra Mundial - Editora Codex - TOMO III - Revista 5

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Ofensiva Final da Wehrmacht na Crimeia

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    Fins de janeiro de 1942. S6bre asupe rf lci e g'elada do estreito deKertsch, marcham rumo 00 oestemilhares de soldados sovieticos. Umaopos outra, as interrninoveis colunosalcancam as costas do Crirneio. Atrcsdeles ovortcorn lentamente, atraY~sdos sulcos abertos na neve, centenose centenas de tonques, ccmlnhoes epecos de ortilhario puxodos por tra-to res e covolos, Essa gigantesco con-centrccdo de homens e de materialfoi determinada pelo proprio Stalin.Suo missdo: reconquistor a Crlmeioeoniquilar 0XI Exercito clerndo, cu-jos for

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    supercrcm-n 189 divisdo romenq 'cniquilorcrn 'os destocornentos Ydcrtllhcrio germeriiCos, sedicdcs . n. retcquordo. Rcpidcrnente, von Mqhstein ordenou que se fechosse a b'rtfchc.vporem .os troposenviodas ,( ' laconsequirorn .locomover-se com suficiente velccldcde.. oque. permitiu aosovieticos "nprofundor seu ovoncs

    J Ficou portcnto desorticulodaa frente-de combcteolernd dionte do penrns~1 0 de Kertsch. ' /;Fracassa ,,0 j\a,taq'~~'~;~vi~,tico

    -;; 'I , I '-_"~:_ .~pte ograye omecco / que poira,{sebre sUQsJorgos,on Monstein d'rdti: l~ ,real izor urn _E~sfon;9desesptil"adperro",canter, dRer;1etro

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    c.::;:;;f~i5".a'es regulates e guerrilheiros,pc:. : - :e:~I IU.! ; :s a s !orqas que se opiieni aobem instruciies, pouco antes

    ~::.;c=nT de encontro ao ini';igo.,omperom suas opero-.

    =:":JI'Ey;eio entfio uma pauso quedurante 10 dies.o de 13 de' morco, os",..-"..,,,,.rnmnova mente 00 etc-0-8 divisoes de infon-ques. Os clemdes no-..--,-.,..."....outre vez rechoco-fog sern Tnterrupcdo,

    i-r--=..i-..,., izimaram as formo-- so ieticos e,' sornentedies de lute des-es. Os russos po-'fum seus obstincdos18 i6 haviom con"copccidcde combo-; : ; _ " . . - - . - - n l F < : ole ro as, Ne sse

    ,,----- Manstein rece-Divlsco pdnz~raram imedio-ento, as for- '20 de mar-iodas pelos

    ecidede,

    os sovietlcos ernpreenderom um novoataque, esta vez COf')1 4 dlvisoes. Umavez mcis fororn rechoccdos;' depoisde duros combates. Os clerndes ago'-ra contavomcom 0 opolo de outradivisdo de infontcrio, oque Ihes per-mit)u,'no decorrer de umo ultima ecruento botolho que se proLongoudesde 9 ate '11 de cbril, gwebrordefinitivomente a potehciqoJensivados russos, Von Mdnsteiriconside~rou entdo que era cheqodo 0,morrien-to de desenccdeor

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    i:

    SEBASTOPOL EM CHAM ASAs explosoes se sucediam ininter-ruptamente. Os projeteis, atraves-sando 0 ar- com silvos aterradores,destruiam os edificios, as fabr'icas,'0 cais, os barcos, tudo enfim queestivesse de pe sobre a' terra. Osincendios, alastrando-se inconti-damente, aver me lhavam- 0 ceu,Tudo era caos e destruieao em Se.-bastopol. Porem a cidade njio serendia. 'A vida' continuava nossubterraneos, cavados na rocha vi-va. Ali refugiaram-se os coman-dos, as fabric as, as centrais de 00-municacdes, os hospitais e os de-posltos.de-abastecimentos. Dali seorientava a luta da superficie, ese mantinham as comunicacfiescom 0 grosse do Exercito sovieti-co. Na mtrincade rede de caver-nas e tuneis, se achavam instala-dos barbearias, cabeleireiros, res-taurantes e centrais 'telefonicas eeletrjcas. Urn complicado sist~made. tubos e exaustores de ar per-mitia renovar a rarefeita atmos-ferados redutos. Quanqo aquelesaparelhos deixavam] de ,funclonar_ por falta ,de corrents '~le,trfca, arespiracao se tornava -impossivel,e todos, homens e mulheres, civisernilitares, precisavarn correr ateas saidas e abandonar os refugios,Do lade de fora os""esperava urnespetaculo dantesco e desolador." o f

    . :- ;

    Nao restava nada ern pe, em Se-bastopol. Casa apos casa, Iabricaapos fabrica, cais apps cais, tudohavia side destruido pelo born-bardeio constante. Os avi6es ale-maes, dia a dia, hora a hora, me-tralhavam tudo que se movesseentre as ruinas, A ar tilharia daWehrmacht, disparando sem, des-canso, demolia me tpdicarnerrte,zona, por zona, bairre por bairro,casa por casa. Na realidade, jaestavam disparando sobre montesfumegantes. de escombros que fi-cavam pulverizados.Os barcos que entravam no porto,transportando munic;5es e viveres,so podiam faze-Io durante a noite.Entao; rapidos sinais de luz doporto, indicavam a rQta .ate. 0 an-coradouro.Em seguida, os ale-maes, que perrnaneciam atentos aqualquer manifesta qao de vidadentro da cidade, desencadeavamurn fogo mortifero sabre 0 porto.Barcos carregados de municoesvoavamvaos pedacos, petroleirosdeixavam escapar ton el adas decornbustivel em chamas, naviesque transportavam feridos, afun-davam em meio a terr.iveis ex-plos6es .. .- \E em Sebastopol a vida continua-va. E com ela a resistencia.

    terce os clerndes somente podopor 5 divisoes de infanterio,Pbnzer; duos divisoes de infantoeumo de covalariq, romenos. Apde sua inferlortdcde- nurnericc,germanicos contavom com a vegem de operar nurno frente mestreita (oocessoq. penlnsulo semtetinha umc extensdode 18 kmque Ihes permitiriaarremetersuas forces em mosso contra umduzido setor das posicoes russos:sovieticos, por sua vez, haviomcentrado dols tercos de suos undes no flonco setentrionol, situono sui somente 3 dlvisoes no .primlinha e duos em reserva.Von Manstein vislumbrou imedimente as vantagens que esse dibuicdo dos efetivos sovieticos Iherecio. Decidiu, portanto, irromper1 0 sui com- 3divisdes de infcntcr!cOficiais russos, com seu automouelmuflado para eoiuir os tanques irgas, estudam,num mapa,o 4~se",vmenta das futuras apera(}oes.

    III -

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    a dlvisdo Panzer, realizando, simul-. ~neamente, um ataque simulado noc e o tro -com asrestantes fon;:as ale--5 e romenas. Urn grupamento de

    cos meconizodcs avancaria emJ ha reta, uma vez obtida ~ ruptura,lC ocupor a porto de Kertsch, noextrema oriental do peninsula. Fica-- ossim cortada totalmente orefiro>

    s russos que, inesperadamente,~riam cercados pelas costas pelosues e infanta ria olerndes. Paraa of ens iva '0Alto-Comcndo

    desrocou no Crirneio a VIIIereo do General' Riehtofen.~,~ .......de 8 de maio as tropesansteininieiaram 0 ataque.de ossalto conduzidos emhos desembarcaram no

    _ . :: .- _ \ 1l J ios posicoes russas e faci-eenetrocdo das unidadesaves dos fossas anti-omeeiam a frente.- eombatescom as

    I os olemdes cbri-- aves da barreirac' invasCio dos tan-

    ques. No die seguinte a Divisdo Pan-zer 229 j6 havia tronsposto a linhafortificcdo e se eneontrava em eon-dicoes de inicicr 0 ovcnco para anorte, a fim de envolver pelq reta-guarda a grosso das forces russas.Os sovieticos, vislumbrando a amea-co que pcinovo sabre eles, desfe-.chororn uma serie de violentoscon-trd-ctoques, utilizando grande massade tonque?OTindados, -; Durante 24horos, 0 penetrccdo ojernc ficou pa-ralisada, e fortes chuvos impediram aintervencdo des Stukes. Na tarde dodio 10 0 ceu se desonuviou, e asPanzer retomoram a avoneo. Simul-tOneamente, a briqcdo meconizodoencarregada def,ocupor 0 porto deKertsch movimentou-se a todo ve-.locidode para 0 leste, sem eneontrarrnoior .OpOSIt;OQ A 11 de maio, ostcnques olerndes clconcororn a costasetentrlonol do .penlnsulo e surpreen-derom 8 divlsdes russas. Todcs as for-cos clernds e romenas arremeteramentdo contra as unidadescercadas e,depots daextermine-lcs, rncrchcrcrn

    ,Urn pequeno canluio russo [az logo so-:bre uma posicdo dorninada pelosale.mdes, Perto das casas, .veem-se os solda-dos souieticos da injantaria, queatacam,

    rumo 00 extreme oriental da perrin-sub. A 12 de maio fai ocupcdo+oporto de Ke~tscP;: .Milhares de russosreeuaram para as pra.iase continuo-ram, ali, ofereeendo desespercdo re-sistenclo, sob 0 fogo impla.civeldaartilharia olema e das born-bas dosStukas. A luta terrninou, finqlmer't~,a 18 demaio.A derroto sovietiCclera total. Maisde 170 ~nilsoldados'1 100 .conhoes e 258 tcnques c o r M : r ;tuiram Q scldo do triunfo alemao ..OrgCJ.ni%~-~~.at'aq~~contra~.e~;~~!,bp~I, ~ . 1 , ! \ ; ', , - - " " - , ~ - : - ' ~- , , : , : -" " " " /Desde me.ad(J)s'}:;l~;tme5 ,dedb\f'j1942--ante~')ab at(rc~\;J:e:JKertsch..i......;'von/.ManstEnrr;rl1dvi

    , 1)- _ _ " ' - : > - " ' _ " > _ ' -' _- ': ;' :" ': "' ~'mo.do.oplob,Q. P.C:)rij ciconqG'. - : : - - , "\ - : , - .

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    A aoiacdo souie-tica, do ar, uigiaas posiciies ale-nuis, nos arredo-res d cidade deSeba sto p o l. A fo r-taleza, submetidaa urn a s s e d i oconstante, por ter-ra e p e lo a r , re -s is tLU encarnica-damente ao ata-que . A luta fo isangrenta e cau-sou grande guan-tidade de baixas.

    Ariilharia sooieti- ca, dispararulo ill-cessantemetite con-tra as posiciiesalenuis em Sebas-topol. a s russosdei en.deram. suac idade p a l.m o apalma. As ruiruisse estenderam portoda a parte. Asvitimas [orani in -conuioeis. a s com-bates, constantes,cobriram. Sebasto-:pol de sangue eruinas,

    Sebastopol. Apresentou 0 seu projetoa Hitler, que Ihe deu imediata opro-vccdo. 0chefe clernco se propunha alevar a cabo a investida principal pe-10 norte, pois ali 0 terreno era mais'f~vor6vel, apesar de ester defendidopelos principais redutos do fortaleza.Pelo leste epelo sui, existiam agres-tes mccicos rochosos, que tornariamsumamente diffcil 0 avanco da in-fentaria.' '>No ataque setentrional,' interviria 0XLIV Corpo de Exercito (om 4 divi-sees deinJantaria e um reqimentoreforccdo, cpoicdos pelo grosse doarhlhorio pesodo e superpesoda (en-tre as pecos se contovo 0 gigontescoccnhdo Dora de calibre de 80 em).Pelo sui. cvoncorio 0 XXX Corpo deExercito-com 3 divis6es 'de infanta-ri~:. 0 corpo de montanho romeno,136m 'duos divisoes afacoria os russos.peloFeste, e cobtirio ,OS flancos des._uFliQ"

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    Ionccrn 00 otoque contra as trinchei-ras sovieticos, Os sapodores, no noiteanterior, obri rom picodos ctroves doscampos minodos e por elas irrompe-ram os pelotoes deossolto. Muitossoldados tombam, entretonto, otin-gidos pelo metralho russo. Algunshornens adiantam-se e lcncom gra-nodes contra as cosamotos que blo-queiam 0 ovonco. Outros, com 0joelho em terra, disporem seus fuzise metralhodoros porf6teis contra asrestos que servem de visores, imobi-lizando os defensores. 0 frogor .doscisporos e explosoes e ensurdecedor.A resistencio cesso e 0 ctcque pros-seg e.Assi I 00 longo de todo a frente se-en i 01, os infontes clerndes obrempassagens, arrasondo, a custo de son-Soldados aJemi i es cavam [ortijicaciies eredutos nos arredores de Sebastopol. Aviolencia da luta caracterizou as aciiesque .

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    ERICH VON MANSTEINErich" von Lewinski, ma1S conhecidocomo von Manstein, nasceu a 24 denovernbro de,,1887, em Berlim. Pos-teriormente a morte de seu pai, foiadotado pelo General Georg vonManstein, de quem tomou 0 nome,Entre 1900 e 1906, 0 futuro mare-'chal recebeu instrucao militar noCorpozle Cadetes. Ingressou peste-riorrnente ..no 39 regimento da Guar-da, em Berlim, e de 1913' a 1914cursou a : Escola de Guerra. .Quando estourou a. Prirneira Guer-ra Mundial, toi aiudante: de regi-mente no. 2'1de reserva da Guarda,'AtUQU na Belgica, Prussia Orientale Polonia do Sul. Foi gr avemente ferido emnovembro de 1914. Vol-tou ao service ativo em EH5, comooficial-ajudante e,'em. seguida.. co-mo oficial do Estado-Maior, .Iriter-veio na ofensiva estival de f915;naPolonia do Norte, eafuou riacarnpa-nha da Servia, desde 0 outono de. 1915.ate a pr.imavera de ~916.Par-ticipou da .Batalhade Verdum, na"do Somme, na da '.primavera' de'l~r7,noAisne. No cutono-de 1917,.. foi/ofic,iaLdeEstado-Maior da 4'\",piyisao. de cavalaria. Em maio de~1918,oficial de Estado-Maior da.'213'!, Divisao de infantaria no oci- . .d ~ n : t e : , Participon na ofens iva de.Reimsem.cmaio e julho de 1918.

    o 'Depoisde' assinado 0 arrnisticio, von l\.1:.al}stell1ingressou na Reichswehr.'Emfevereiro de, 1934 foi chefedoEstado-Maior 'da 3. Regifio militar

    de Berlim. Em julho de 1935, chefeda Primeira SeC;ao do Estado-Maiordo Exercito. .Ate voutubro de 1936, general-de-brigada e primeiro chefe de servi-cos. do Estado-Maior Central.Depois da mobilizacao de 1939, che-. ,

    fe do Estado-Maior do grupo deexercitos do SuI (von Rundstedt) .Nesse posta tomou parte nacampa-nha da Polonia, Em outubro de1939, com omesmo cargo, passoupara 0 grupo de exercitos .A do Ge-neral von Rundstedt, na frente oci-dental.Ern marco de 1941, foi comandantedo 569 Corpo de Tanques, Em .se"'tembro de 1941, desempenhou achefia do XI Exercito. Conquistoua Crirneia, Na primavera de' 1942derrotou e aniquilou os exercitos so-vieticos desembarcados em Kertsch.Depois tomou Sebastopol, Recebeuentao 0 posto de marechal,Em agosto de 1942, foi incumbidoda conquista de Leningrado, quenfio pode levar a cabo.Em novernbro de 1942, depois queos russos cercaram 0 VI Exercito,em Stalingrado, foi nomeadoco-mandante -ern-c hefe.vd o gr upo deexercitos do Don. Procura entfio,infrutiferamente, salvar 0 VI Exer-c ; i tb , bloqueado, .No verao de 1943, participou da ul-

    , tim a- of ens iva alerna .do leste .Quando esta fracassou, comandou: 0grupo de exercitos, do SuI. Dirigesuas tropas em batalhas defensiva:s;ate alcancar a, fronteira polonesa.Em fins de marco de 19'44,:Hitler 0retira do comando, em virtude dasdiscordancias que tinha com 0 di-tador, acerca da orientacao das ope-racoes ..

    ~ lim soldado alemiio, corn seti binoculoeo berto para evitar as rejlexos . do sol,tligia. os monim.enios das unidades rus-sas encarregiulas do de Sebastopol.

    . . . .e m tanquista russo carrega nosbra.~o:5urn' companheiro ferido porum pro ]e.u lalenuio, Ninguem deu quartel a nw,gue!n. A luta [oi deextemtinio.,

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    grentosperdos, 0 desespercdc resis-encio dos' russos. ~stes combotemcom furlo lmploccvel. e, mesmo fe-rides, continuarn disparando suesormas. Poucos sao 05 que caem pri-sioneiros, e, 00 serem evacuados paraa retaguarda, apoderam-se de subitoos fuzis que, as centenas, jazemesporramodos pelo terreno, e lutornomente com fcnotismc e decisco.' ::I (rna 0 palmo, os olemdes conquis-

    a terrene, Coda trincheira, "coda0, se converte em pclco de en-. (odos cheques corpo a corpo.oneiro, com terrfvel viol en--se durante 6 dies, Final-

    tropes de vanguarda dode Infontaria olconcornforte Stalin." A 1.3 dedos olerndes, opoiodosconhces e dos mortei-do reduto. Outrosfortificodos, ba-

    so forma, fica cberto uma profundacunha no cinturdo defensivo 00 nortede Sebastopol.Tcmbern 00 sui, o XXX Corpo deExercito conseguiu irromper no pe-r[metro, apesar de sofrer grandes hoi-xas. Entrincheirados nos redutos eem buracos cbertos no roche, os rus-50S varrem com 0 fogo de suas me-tralhadoros e morteiros os colunosde soldados olerndes e romenos, queescalom penosorflente as escorpcslnclincdcs . .Noo conseguem, no en-tanto, deter 0 ovdnco. .No frente setentrlonol, a 249 Divisdode lnfontorio olema, desloco-se emtorno do forte M atimo Gorki I. Aeon-tece aliumo violento batolho, que,com o' correr dos heros oumenta emintensidode. As bcterios pescdos ger-moriicos fazem alvo direto sabre astortes artilhadas e silenciom os -co-nhoes sovieticos.Mais para 0sui, no extremo do pe-nfnsuloqu"e domina a entrada do'bofo de ~ew~rnojo ---t;,ro~o - de 'mar

    ----- ---- _-

    C rimeia. Urna. unidade russa Ianca-se.ao;'assalto de pos i i foes alemds, Ao lange,pode-se obseruar a [umaca das' e ' ' C f J 1 o . 'sties lias granadas sooieticas.-__--__-__~-;----/-----de 800 metros de lcirgura que SElestende dionte do porto de Sebosto-pol-s- a 229Divlsdo- de Infantoria]cpodero-se, depcls.de duro combote.'do Forte Norte, ultimo reduro impor],tonte que restava cos russos. O'infantes germanieos prosseguimm.. entdo seuavonc;o ate ehegor actisto'do escorpodo bcrronco que se Ievcntojunto a costa. Ao pe desse borronco,em seis profundos galerias, escovo-dos 100 metros cbcixo "do roche,milhares de soldados e civis sovleti-cos bu'searamrefugio,~~,prosseg\Jiaro:resistindo furiosarrrente. c 'Ao erifrentarem.~,ssO)nesperodo opo- ,sicdo, 0$ alemaeSi-"~movi.n1entPQdo-se's6bre 0borra:ncq,:grr

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    NO FUNDO DO MARAs luzes do amanhecer ilumina-yam 'debilmente 0 contorno das'coisas: Var ios hornens, em fila in-diana, acercaram-se rapidamenteda praia, e buscaram refugio en-tre as rochas, U rn solitario aviaoalemjio de reconhecimento passounesse instante s6bre 0 local. Oshomens se imobilizaram, coladasas paredes das rochas, Segundosmais tarde, 0 aeroplane inirnigoperdeu-se na distancia. Entao, 0, grupo .retomou a marcha, Agacha-dos, .todos se acercaram algunsmetros .mais da franja 'das ondas,fracasriaquele ponte. Uma ordempartiu do que encabecava 0 gru-po. Pararamttodos, e febrilmentecornecararn a abrir as 'sa'colas queIevavam. Num ins tante 0 chao, de areia fina se cobriu de trajesde, borracha e grandes escafan-dros. Uma nova ordern e os equi-pamentos foram cclocados em fi-la. 0 comandante do grupo passourapidamente e inspecionou cadaelemento. Em seguida, com umgesto, ordenou a continuacfio daoperacao. Os hom ens comecarama vestir as roupas. Depois, auxi-Iiados pOI' um novo grupo que ha-,via aparecidosile'nciosamente,ajustaram os escafandros, Com-prides tubes de borracha foramarrastados ate as pedras e atarra-chados a bombas de ar, que per-maneciam ocultas, Dois minutosrnais tarde, a equipe demergu-lhadores estava pronta para des-cer as pr ofundezas. Um a urn , oshom ens foram submergindo. Emseguida, os que cuidavam dasbomb as cobriram com areia ostubos que penetravam na agua, ese esconderam apressadamente. Aoper acao comecara, A partir des-se instante, a dez ou vinte metrosde profundidade, os mergulhado-res ficaram entregues a sua sorte.Sua missao: extrair dos barcosafundados tudo que pudesse aindatel' utilidade na defesa de Sebas-

    topol, Ali, nas profundezas, haviagranadas, bombas," pecas de rna-quinas, medicamentos e armas.Tudo era util. Tudo podia serviraos defensores. Mas tambern exis-{fa ali outra coisa que apavoravaos mergulhadores. Algo que pro-vocava reacoes tais que torna-yam terrivel 0 mergulho. Ali; embaixo, havia cadaveres. Cadaveresde hom ens e mulheres. E cadave-res de criancas. Centenas de ho-mens, mulheres e criancas vqu e 'pereceram ao afundar-se seusbarcos sob 0 impacto das bombasalernas, E aqueles cadaveres ' de-viam ser apartados para os mer-gulhadores entrarem no interiordos barcos. E muitos deles, ao se-rem abertas as portinhclas, saiamflutuando ao encontro dos vivos ...o espetaculo, horrendo,era temi-do pelos russos.Os mergulhado-res sovieticos, experientes e vete-ranos de cern campanhas,sofriamante a ideia de flutuar num mun-do silencioso e povoado de ca-daveres, Porem, alern dessa recu-sa instintiva, impunha-se a ferr eadecisao de resistir e salvar a suacidade. E sem vacilar mer gulha-yam uma, Dutra, varias vezes.Ao sair a superficie, nos momen-tos de calma em que a aviacsoalernf nao sobrevoava 'a zona, osmergulhadores traziam caixoes degranadas, pecas de maquinas, emedicamentos principalmente. Asgranadas, sem perder um segun-do, eram transportadas a Iinha defrente. Os medicamentos, banda-gens especialmente, eram estendi-dos ao sol para secar e ficaremem condicoes de uso novamente.Os terriveis mergulhos se repeti-ram dia apos dia, enquanto os rus-50S mantiveram a cidade em suasmaos. Animados pOI'uma fe inque-brantavel, os mergulhador es de.s-ceram centenas de vezes. E mi-lhares de granadas foram salvas eusadas contra 0 invasor.

    grbndes blocos de roches e levontan-do' nuvens de poei ra e furnccc. Noentanto, os russos ndo cederorn econtinuoramdisporando do interiordos abrigos, com sues metralhodorose fuzrs. Amorrodo a extremidade deuma cordc, um sapodor olerndo le-vando umo cargo explosive, conse-guiu descer ate a entrada de uma dascavernas. Nesse preciso instanteUm combaterue olemdo pratica um. pri-'meiro curative num. companheiro queacaba de ser fe rid o . Nem sem pre o ssoldculos tinham tempo para preocupar-secom. cuim.as, qu.e deoiani abarulonar.

    III lC )G

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    '4:..i_ : " '? . .. .

    Soldados ,:ussos examinant motocicletas capturadas- de lima- unidade S8' que !ugrante aaporicdo d.os sovieticos. Osvel,culos. depois derecondicioruulos, engrossariiaunidades motorizatlas dos exercitos russo s.. De [orrna semelhante, arnuis 'e municoe[oram utilizadas em: muitas ~portunidades sobsliierentes bandeiras __

    lim aVL((O alel;~iio acaba de cair atrdsdas lin has russas. 0 pilato, [e rido , ecapturado por patrulhas souieticas etransportado para a, retaguarda ...

    Soldados alemiies e m.enibros da policiainilitar, auxiliados pOl' dies [arejad.ores,accdJam de localizar [res combatentesI'lISSOS que se hauiam escondido, Ataqueatrav~sda baia

    Do alto do barranco, 0 General voManstein inspeciona com seus bnoculos a agreste costa que sevente do outroIodo. do -baia de Swerncjo. 0cherecilemeSocontin'uOLrOataque a Sebastopol mediante uTaudaciosaoper9~Oo, SUlS'. forc;aesgota~os . pelo 'sangrentq,:;-Iut(), : 9 .estfio emconqi~6es dea:nemeterc0r"l-tra , as 'fortifica~oes 'qUe;pbr,)f.erra,rodeiarri a, cidcde. -.DeCiQe,p~~tcif;:1;

    terrivel detonccoosccudiu 0 ter-Os russos ocobovom de' dina-

    _"_ 0gaLerialMois de 1 400 civis- ::: gUQrni~ao preferirorn rnorrer'- antes de entreqor-se aosronte eSSG ~esmo [or-os cinco refugios copi-" de bombordeodos a

    urn conhfio ole-lsCio, que loqroro

    descer ate 0 estreito cominho quecorrio 00 pe do borronco. Todo acosta norte do bote de Sewernoja, coiu).ossim nos meSos dos olerndes. Estes,no, entonto, tiverom que pogor urnpreco terrivel pelo vterreno conquis-.todo. Os'regimentos de ossolto estc-vern reduzjdos a oitovo porte e so-mente PO$su[omalgumos centenos. de soldados ern condlcoes de lutar.

    '.i. . r J,

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    deslotor inesperodamente as tropasdos d~vls6es 229 e 249 de' infantaria,mravesdas aguas do bora, em umaflotilha de lonchas de ossalto, e de-sernborcc-Ics no retoguarda da linhade redutos qua.defendern Sebastopol.o ternerorio plcno de von MansteinnOo foibem recebido par seusoficiaisouxiliares. Aempresa comporta gra-ves riscos, pois as soldados olerndesterdo que cruzor a bolo sob 0 fogodo ortilhariO e das metrolhcdoros 50-vieti~o~'e escclor rcp idc me nt e asinclinadas ,escorpasda costa, Con-udo, ,0 fator surpreso concorre em'favor do projeto. Os russos, indubi-tovelmente,nooesperam um ataquepor esse Icd6, 'e coni::entraram a quasetotol.dode de suas f6r

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    IIDORA"Os homens avaneararn em silencio,o maximo que puderam. Eram. co-mandados porum jo-vem capitao.Urn sargento que -os acompanhava,veterano de cern camp anhas, pers-crutando a obscuridade com seuolhar penetrante ...-Aten~o, eompanheiros, ali h e . urnmovimento estranho... =-sussur-rou debilmente.o capitao, distribuindo rapidamen-te seus homens, protegeu-se, porsua vez, no buraso de uma granada.A patrulha tinha uma missao es-pecial A retaguarda haviam che-gado inforrnacoes poueo tranqtiili-zadoras. Informacoes que falavamde urn canhao, Mas nao de urn ca-nhao simples, como todos. 'I'ampou-co urn canhfio que superava ern al-guns- centimetres os que jil erameonheeidos. As informacfies fala-yam de urn monstro. Efetivamente,assim 0 havia qualificado 0 chefedo grupo encarregado da vigilan-cia do deposito de municoes sovie-tieo de Sewernaja.o .capitfio russo, no sea refugio,meditava. Evidentemente aquelarnissao nao tinha sentido... Paraque preoeupar-se- com urn canhaomais, urn canhao menos, qualquerque f6sse 0 seu calibre... 0 depo-sito de rnunicoes estava nurna ca-verna, aberta na rocha viva, atrinta metros de profundidade ...Nenhum canhao podia alcanca-Io,era impossivel , ..Repentinamente urn' violento .res-plendor iluminou todo 0 local. Os

    homens colaram-se ao solo .instin-tivarnente. Uma frat;ao' de segundo-depois chegou 0 I'uida. Foi urntroar que aumentou sua intensida-de ate converter-so numa detona-t;ao colossal, estarrecedora, ,A terra estremeciasem cessar, sa-:-cudida pelos canhonacos. I Violentosrelampagos rasgavam 0 espaco, 0silvo dos seus projeteis fendia 0 ar.Um furacao defogoe aco desenca-deou-se contra' as posicoes russas.Os homens da patrulha comeca-ram a retroceder. Penosarnente searrastaram ate as suas posicoes.Faltavam apenas algumas. centenasde metros, quando uma detonacao,unica, incrivel; horrenda, partiu daslinhas alemas, 0 Dora havia dispa-rado pela primeira vez,o famoso Dora, de 80 centi1Tl-etros,havia side projetado, estudado e

    fabric ado para demolir. ,as defesasda Linha Maginot, na F~anQa. Con-tudo, 0 desenrolar gaff operaccestornou desnecessaria a ,sua utiliza-Qao. Era, in dubi tave lntente urnamaravilha de tecnica de artilharia.'Seu comprirnento total, atingia3Qmetros, e seu suporte tiriha a alturade umacasa de dois ):mdarel?Otransporte do Dora ..e seu equipa-mento havia requeridora utilizai;aode sessenta vag6es de 'estrada deferro. Duas secoes de artilharia an- 'tiaerea vigiavam. 'e defendiam '0Dora dos ataques d,a aviacao inirni-gao 0 Dora nao _compansou, .como-rendimento,' seu elevadissimo eusto,porem conseguiu efeito~ que pare-ciam impossiveis: fazef voar umdeposito de municoes, aberto - narocha viva, a trinta metros de pro;;;fundidade, por exemplo. "

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    Urn pileito alemdo que participou. da conquistade Sebastopol ano-tou naspaginas do seu diarlo pes-soal uma visao dessa tragic a ba-:talha. Eis aqui suas palavras:-Do ar, Sebastopol parecia urnpanorama de ba ta lha esboca dopor urn pintor. Ja nas prlrneirashoras da manha, 0 ar estava re-pleto de avifies 1!Iue se prscipita-yam em picadas arrojandb suas, bombas sobre. a cidade. Milharesde bombas -mais de 2 400 tone-ladas de altos explosives ' 23 000,lncep

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    extroordinorio violencio. Num tune!ferrovi6rio, urn destacamento russo,abrigado, prossegue combotendo en:.cornicadomente. Repetidds vezes saointim;dos a depor as armas, porernndo occtcm 0 ultimoto e descarre-gam urn fogo mortffero sabre os in-fontes germonicos que se oproximomdo boca do galerio. Os clemdes fi-nalmente, tapom a entrada comescombros e lcncoroproncdos e ex-plosivos pelos tubos de venti 10< ; : 60 .Sornente ossim, cern metod os rodi-eois, conseguemfon;:ar os russos aabandonar 0 reduto. Retiram-seentdo os obstoculos, e comecorn 0soir serni-osfixiodos e quose cegosos 500 soldados que sobreviverorn 00atoque. Depois deles surgem, orros-tondo-se penosornente, alg.umas mu-Iheres e crioncos que cornport ilhorcmcom os homens as terrfve is olternoti-vas do combote. 'III-l11

    A conquista deSebastopolEnquonto as tropas que desembarco-rom no costa norte prosseguem suopenetrccdo rumo 0 Sebastopol, noleste e no sui 0 corpo de montonharomeno e 0 XXX Corpo de Exercitoclemdo, lonc,om-se 00 ossolto contraa perimetro fortificodo, e numa seriede rudes com bates conseguem obri rumo brecho. Continuom as esqua-dri Ihos de Stukes, loncondo-ido ceuumo chuvo ininterrupta de bombas, .eo artilhorio otocorido cornseu fbgo.dernolidor. Durcrite os dios 29 ..e 30de junho Iutc-se com furio desespe-redo em torno de Sebastopol. Russose 0lemaE;1Sprotagonizamepis6diosdeincr,fvelherofsmp. Submergidos nes-sa, bot9Ihoinfe,~nol, os soldcdos de

    Urn soldado alenuio orienta a direcria Iancha de desembarque, durantecru.zamenio da enseiulade Sewernaja.norte de Sebastopol, orule se luta;ambos os lados tombom 005 milhareregandq com 0 Sangue 0 terreesbureccdo pelos projereis. .As divisoes olernds, esmcqondo asistencio dos russos, convergem;,in~xorovelmente para 0 porto- Um, :pais de outre, coem ern seu pod~ropontes forttficodos, onde os soviecos se .fazem motor ate o ultimomem.:Peio 'sui a' 289 Divisdo olemirrompe atrm~es dO'cinturao defenvo,eoJcanl;;'q~' ; t ~ q ~ ~ ~ , ~ } : % ~ ~ b ; !4 ~, "velh6s??epiJ!dc~

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    A ULTIMA ' BATERIAo dltiJ:no av anco alernao sabreSebastopcf.-fci , pr'ecedi do por urnfuracaoide. fogo e aco. Os-atacan-res lancararn .sobre os defensoresda cidade toda .a massa dos seusrecur-iDs. Tanques, Ianca-chamas,bombas, gr anadas, tudo foi arro-jado sabre as linhas russas, vio-lentamente. Urn diluvio de ferroe fogo se abateu sabre os restosinformes das defesas sovieticas,Os avioes gerrnanicos, por sua vez,desearregaram imp lacav e lm en tetodo 0 poder de suas bombas e.metralhadoras. E. cntao, por trasde- todo aquele caos de _disparos,explosfies, lamentbssil vos debornbas; surgiramos carros de as-salto. De frente para as linhasalemas ee encontrava uma divisaorussa.. Uma divisao que resistiu- __,jjrmemertte ao ataque gerrnanico._Uh1 a. urn, seus homens estavamr tombaiido,. Cornpan hias inteiras'haviarn sido ' tl'agadaS. Batalhoesdesapareceram.. Porem, os restosda divisao nap davam u r n passoatr as. ,Ao produzir-se 0 ataque fi-nal, ao call' sabre. eles uma massade. ferro e fogo, a divisao estavareduzrda ra 13q homens. Nem urnmais.: As tunidades alemas, avan-cando cautelosarriente seaproxi-. maram daquele.ipunhado de ho-_mens.' Os russos, POl' seu .turno,

    agrupando-se, entrincheiraram-seem redor de uma bateria. A ul-tima bateria.o combate desproporcionado, gro-tesco quase, entre uma farqa cernvezes superior, e uma companhiaesgotada, travou-se, fur ioso, Aqui-.10 nao podia dural'. Era irnpossi-vel. Nao era humane resistir nu-rna proporcao de um contra cern ..Ea.ordem chegou: .-Aba.ndonar a posicaot -foi gri-tada com voz rouca ientre 0 troardos-cauhoes e 0 estouro+das gra-nadas. Porern, nenhum hornemabandonou sua t r in che ir a. Ne-nhum soldado deu urn passe atras. .Todoscontinuaram carregando e.dispar ando, suas armas',' ininter-- _ruptamente, sem descanso. Ne-'nhumcombatente admitiuaquelaor.dern. que_podia salva-Jos. Todospreferiram morrer co mbat en do.:'I'r es d ias etres n oit es v d ur ouaquela luta .desp rop or ci'on ad a,irreal, Tres dias .e tres noitcs desucessivos.. ataques alemass: .Quando, vencida a resistenciajdosdefensores, os primeiros soldados:gerrnanicos puseram 0 pe no re-duto, os ultimos quarenta homensque defendiam a bateria, fizeram-"na voar pelos ares. Foiseu ultimogesto de- renuncia, 'I'erminara aepopeia da ultima bateria.

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    oos-pedccos pelos ares. Sovleticos egerm:anicos lutam desapiedadamentecorpo a corpo, entre os escombros,arremetendo com gronadas de maoe a pontccos de boioneto. ,Outras duos divisoes olemds deslo-corn-se mais 00 sui, e depois de opo-derar-se do porto' de Baloklavo,nocosta do mar Negro, mcrchom emdirecdo a peninsula de Quersoneso,para onde se dirigem em desorde-ada retirada milhores de soldodos,arinheiros e civis russos que conse-S irorn escapar de Sebastopol. Nessaeita faixa de terra, as sovieticos

    isp(lm a levcntor 0 ultima linha"" resis:tencia, na esperoncd de po-se r resqctodos par mar, pelaermelha.e contra-se agora rodeo-e mdnicos. e .entre suas'OOosrussQs se aprestam;x:-:: sr-,"'-n::.n.i"I1I" 0inevit6vel ataque.':::::--~ -- oersoecttvo de ter de tra-

    ac ia

    - p O d e impedir osIII - 113

    final de botelha. Milhores de solddose civis, precedidos per menie meninas armados unicornenre.boionetas, ron

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    HOMENAGEMAO VEN'CEDOR"'".;_Ao comandante-em-che-fe do exercito da Crlrneia,General von, Manstein.,Em reconhecimento de seusmeritos conquistados na ba-talha de Cr ime.ia, comoaniquilamento dos exercitosinimigos, na ba ta Ih a deKertsche coroados com avitoria sebre a poderosa for-taleza de Sebastopol que anatureza, e a 'arte da uniaodos homens protegiam, aca-bo de nomea-lo Marechal-de-Campo. Quero, com estapromocao, e com a criacaode urn distintivo para todosos combatentes .da Crimeia,"'proclarnar ante opovo. ale-mao .0 .comportamento he-roieo das tropas que .luta-ram sob suas, ordens.Adolf Hitier"Von Manstein Yecebeu estetelegram a na noite de I\' dejulho de 1942, poucas horasdepois .que suas tropas com-pletaram a conquista doporto de Sebastopol. A men-sagem foi precedida por. : uma transmissjio geral feitapelas ernissoras alemas, naqualse comunicava a popu-lacao'dq Reich a vltoria ob-"tid a pelo XI Exeroito, Talcomo assinalou rna is tarde 0 'proprio von Man at e in :-Poder saborear 0 mel davitoria e ostentar seus Iau-reisno .proprio campo debatalha, 'e uma sorte excep-.cionalpara urn soldado . , ,Poucos dias ,depois,oc.hefealemao recebeu outra ho-menagem das.maos de urnpersomigem 'singular,' Foientregue a ele um vpacoterubrrcado .peIo Kronprinz,fi.lho mais velho e. herdeirodo Kaiser Guilherme II. 0pacote continha uma cigar-reira 'de ouro: que trazia,gravada em relevo, a forta-leza de Sebastopol, corn 0detalhe de todos os. seus re-dutos eba_stioes.' Acoinpa-nhava 0 presente uma carta,, naqual 0 Kronprinz mani-. festava 0 seuprazer em f.e-licita-lo .pela conquista deSebastopol, po is :ele, nao':havia tidoa mesma fortuna,numa empresa similar ao'eomandar '0 'alaque contra'afortaleaa francesa de Ver- .'d~n'he$ .1916.

    ~ .~ ~ ~ - - - - - - " ' - - - - - - - -1 .8 III - 11

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    Uma potente bomba de aviaiio e trans-.portada ate 0 bombardeiro que, logo .depois,a deixarii-cair sobt'e as posigoesj;russas que deiendemSebastopol, ' 'vieticcs, corncndcdos pelo Morechali.Tirnoshenko se loncorom ,aoo,taqueiem torno de Korkov, com a inten~ooide liberor estccidcde .e simliltanea-jmente infling.irO pescdcs vbclxcs . a s :unldodesdc Wehrmacht ali sedlcdos.jA ofensivainiciou-se no die 12 de'mcio de 1942, em forma deataquejconcentrico, sobre ambos floncos de:Karkov. . ~Os russos movimentaram 0 grosso de:suas fer~as pelo sui, e consepulrcm.obri r uma profunda brechc noponto!de contoto entre 0VI Exercito do Ge-'nerol Paulus e aGrupa~oo Pcnzerde ivon Kleist: Ao norte, as onldcdes .de 'cssolto isovietlccs forcm contidas a!duraspenas pelos clerndes, nos cer-"conics de Karkov, nctronscurso de:umoserie de violentoscombotes, quese desenvolverorn entre os dies 14e:16 de maio,' Recorrendocs sues ulti-;mos reserves, 0VI Exercito clemdo 'conseguiu poror a orremetidc sebrea cldcde. No setor meridional po- .rem, os exercitos russos opoiados por:poderosas forma~oes blindodas,opro-fundoram sucpenet rccdo, crlcndo]lima grave orneccoporc as linhas doretcquordo olema, ,.,Nessa clrcunstonclo critica, a grupa-;'~ao Panzer de Kleist levou a cabo um \surpreendente ,e devostcdor contra- iatoque sebre 0 flancoesql.~erdo dc,cunha obertopelos so\.tklficos,. -.

    c-Soldadosrlfssos pris io neiros resperattitransporte para :cai1}posd,e:ooncefl,tragao.da retaguarda, Foram:cdpturanrA' /pelos ,exercitos que assediani Sebas-Mp6l> '"" ; '~ j ~ ' : . : ; . ; . '5 1 '

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    A partir do dio 17, onze divis6es ole-: " '/ . - m a s e -quatro romenos presslonorornpara 0 norte, e conseguirom gonhor. terreno. rcpldornente .. Unidades me-conizodos do VI Exercito sel incorpo-.rorom a botolha egolpeoror'n 0 flcri-

    eo direito dos russos, empurrcndo-os

    para a armadilha montada a s suascostas pelos tanques de Kleist. Asfon;:as de Timoshenko, ate cquelemomenta vitoriosas, viom-seagorodionte do mortal cmeoco de flcorerntotolmente cercodos.Travando duros combates, as tropes

    Entre as ruinas de Sebastopol, os restosde uma esuitua -,de Lenine. A cidade foitotalmente arrasada prlo inimigo,olemds converqircrri do norte e dosui, sem que as russos conseguissembloquear o iseu ovcnco. A 22 demaio, 0 cerco fechou-se defihifivo-mente. No seu interior, vinte divisoesde infontorici, sete de ccvolcrio, e. ,sete briqedcs blindodas russas conti-nuorom lutondo, numo reslstencioferoz, que se prolcmgou ate 0dio 28.Ao finalizar a cruenta bctclho, osolerndes copturorcrn 239 000 soldo-dos, 1 24p tanques e2000 canh6es.Esso vitorio, a que logo se havia desomar c id e von Manstein;- na Cri-meia,deixou a Wehrmochto co-minho liyre para iniciara grandeofenslvceontro Stalingrado e 0C6ucoso. Milhores de soldodos, canh6es,. tanques ~ ovioes estovorn j6 prontospara intervir nessa arriscada ernpre-sa que.. de ccordo com 0 pensamentode Hitler, teria que culminar inevi-tovelmente, com a definitivo derrotado Unido Sovieticc. ~I

    ~ Infanta ria alemii Aatacand_o.As p~sif$oesrussas, a [rente deles, serao eonquistadas=apos sangrenta luta, na ql1alworreriiomuitos def~nsores e atacantes . III 116

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    Alian~aanglo-sovieticae ebril de 1942, Roose-

    elt en i 0mensogem a Stalin,exp..essovo que, em vista dai -bili e de umo entrevistapessoel e 05 dais, impunha-se aolotov em Washington;ior brevidcde, a fin, de dis-ibilidade de abrir umcfrente no Europa, no decor-eJe ono., contudo, resolveu envier Mo-primeira a Londres, poro dis-om Churchill a ossinoturo detrotodo, no qual os britonicos re-

    s-""..b......om as direitos da URSS. nosIe arias par ela ocupcdos par ocos'- do invosdo do Alemonho. Esseserritorios inclulam as Estados 861-icos (Lituoriic, Estonio e Letonio), a;JOrte oriental da Polonio e algunsped~os da Romenio e da Finlcnd!c.oosevelt j6 tinha conhecimento des-

    SGs exiqericius do Ifder russo e seopunha a elcs. Por isso, antes queChurch iIf respondesse a menscqernde Stalin, aceitando a viagem de Mo-lotov, Roosevelt Ihe pediu, par inter-

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    cidade, souiettca, .deuastada pelosbombardeios e , pelos com bates derua,que , precederam. a su a ocupaqao pelos, .exercitos germiinicos,

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    u';iqi~8.,gmpo \d ,e , tr 4 e e , eh.vblto

    ~;, , :~: - ;- .

    "No"~"'n souietico auancam. atraoesalemiies que resistiani ern uma.icnamas, ern primeiro plano.planicie, depois de desalojar urno predio desta ultima apa-

    Por tras das linhas alenuis, urn prisionero TUSSO explica aos germiinicos 0 funcionarnento de urn canluio antitanqusouietico .nifestor pubiicomenra rsuo oposicca tel ccordo. Rooseveltaprovou integralmente a nota.Ante a atitude decidida de RooseveltEden deixou de lado qualquer f6mula de compromisso e declcrou teminontemente a Molotov que osbrtcnicos sornente ossinariam um trctcdo publico de ollcncc, em que nose incluisse nenhum tipo de clousulocorn reinvidicocoes ter.ritoriais. Mlotov entdo resolveu ceder.No diai40 embaixodor norte-orne-riccno, Winnant, entrevistou-se comMolotov e salientou nova mente,oposicdo do seu jroverno a quediscutisse, nesse memento, qualquertipo de problema territorial. Selletou .tornbem que Roosevelt projeto-va obrir a segunda frente omaiscede posslvel. Estes declcrocoes, idubitovelmente, induzirom Molotovcbcndonor seus projeros primitivesAs~im/ a 26 de maio, Molotov e Edefirmqrom 0 ,tratodode ol ionco, nquol forcm dompletamente omitidasquelsquer .cldusulcs reinvldicctcrios

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