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WWW.ASEMANA-AL.COM.BR PÁGINA 2 Maceió, segunda-feira, 11 a 17 de junho de 2012 l Ano III l Nº 108 l R$ 1,00 >>>EDITORIAL Partidos devem deixar convenções para último momento PÁGINAS 3 E 6 PTdo B: PARTIDO É VISTO COMO PEÇA DECISIVA NO CENÁRIO POLÍTICO Com musculatura para lançar candidaturas próprias e nomes de forte densidade eleitoral, sigla é assediada por vários par- tidos políticos na reta final. Mas, cenário mostra viabilidade de Rosinha em Maceió e Alves Correia em Arapiraca PÁGINA 4 >>> TRANSPORTE PÚBLICO Licitação deve ficar para ser resolvida por futuro prefeito de Maceió PÁGINA 13 >>> LUTO Ivan Lessa: uma grande perda para a Literatura e para o jornalismo

A SEMANA

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Nº 108 - 11 de junho de 2012

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Page 1: A SEMANA

W W W . A S E M A N A - A L . C O M . B R

PÁGINA 2

Maceió, segunda-feira, 11 a 17 de junho de 2012 l Ano III l Nº 108 l R$ 1,00

>>>EDITORIAL

Partidos devem deixarconvenções para último momento

PÁGINAS 3 E 6

PTdoB: PARTIDO É VISTO COMO PEÇA DECISIVA NO CENÁRIO POLÍTICO

Com musculatura para lançar candidaturas próprias e nomes de forte densidade eleitoral, sigla é assediada por vários par-tidos políticos na reta final. Mas, cenário mostra viabilidade de Rosinha em Maceió e Alves Correia em Arapiraca

PÁGINA 4

>>> TRANSPORTE PÚBLICO

Licitação deve ficar paraser resolvida por futuroprefeito de Maceió

PÁGINA 13

>>> LUTO

Ivan Lessa: uma grandeperda para a Literatura e para o jornalismo

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211 a 17 de Junho de 2012

Os artigos assinados são de inteira responsa bilidade de seusautores, não refletindo neces sariamente a opinião deste semanário.

Rua Dr. Antônio Pedro de Mendonça, 73Jaraguá - Maceió / Alagoas - CEP: 57030-070

Redação e Comercial: (82) 3317-0213

e-mail: [email protected]

LUIS FERNANDO C. ROCHADIRETOR EXECUTIVO

LUIS VILAREDITOR-GERAL

LUCIANO ANDRESONDIAGRAMADOR

AS CONVENÇÕES: MOMENTO FINAL

Desde o domingo, dia 10, que os partidospolíticos já estão autorizados a darem iní-cio ao processo das convenções par-

tidárias, consolidando as candidaturas e - final-mente - dando fim às informações de bastidores,ao definirem o quadro para o processo eleitoralde 2012. Em Maceió, a expectativa é grande parasarrumações que devem ocorrer sem pressa. Ospartidos - por uma série de fatores - só devembater o martelo no próximo dia 30. Isto vale paraproporcionais e majoritárias.

O quadro das proporcionais, então, nem sefala! Estão todos na expectativa do que deve ocor-rer na Câmara Municipal nesta semana, definindoa quantidade de vereadores: 21 ou 31? GalbaNovaes - o presidente da Casa - diz que serão 21.Mas, há quem aposte em reviravolta. Quando oassunto é “parlamento-mirim”, vale esperar.

Entretanto, o imenso número de pré-can-didatos (na majoritária) - que eram anunciados atéaqui - deve ser resumido a aproximadamente seis:um número já histórico para a capital alagoana. Oquadro ainda pode sofrer alterações - principal-mente em Maceió - por conta da Lei Ficha Limpa.Pelo menos a candidatura do ex-governadorRonaldo Lessa (PDT), como já antecipou o ASemana, deve ser questionada.

Os partidos possuem até o próximo dia 30para definir os seus rumos. A partir desta data éassegurado ainda o direito de resposta aos can-didatos escolhidos em convenção, partido políticoou coligação atingidos, ainda que de forma indire-ta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa,difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica,difundidas por qualquer veículo de comunicaçãosocial.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral,desde o dia 10, até o final da campanha eleitoral,é proibido às emissoras de rádio e televisão trans-mitir programa apresentado ou comentado porcandidato escolhido em convenção partidária, oque também acarreta em mudanças em Maceió,

pois muitos são os candidatos - a exemplo dodeputado estadual Jefferson Morais (Democratas)- reconhecidos publicamente por conta de suascarreiras como apresentadores de televisão.

Ainda conforme o TSE, o artigo 36 da Lei dasEleições permite ao postulante a candidato fazerpropaganda dentro do partido 15 dias antes darealização da convenção da legenda para a escol-ha dos candidatos.

“Para divulgar seu nome, o aspirante a can-didato pode fazer propaganda interna mediante afixação de faixas e cartazes em local próximo àconvenção, com mensagem aos convencionais.No entanto, é proibido o uso de rádio, televisão eoutdoor para isso.

A Resolução nº 23.370 do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), que trata da propaganda eleitoral edas condutas ilícitas de campanha nas eleições de2012, determina que a propaganda intrapartidáriados postulantes a candidatos seja imediatamenteretirada após a respectiva convenção da legenda.Agora é “olho vivo” a todo movimento. Qualquererro na montagem do xadrez pode ser fatal paraum partido ou para qualquer candidato”, colocaainda por meio de nota à imprensa

Nenhuma das composições já anunciadas estásegura de ser isto mesmo. Pode sim havermudanças em absolutamente todas. Como diz odito popular, em todos os partidos há quem frite opeixe com um olho no gato. Ou seja, semprefechando um acordo, mas sem fechar a porta paraabsolutamente ninguém.

Nos bastidores, além das boas composições,outros profissionais começam a ser procuradoscom mais afinco: os marqueteiros - tem candidatoque vai importar gente do ramo para mudar a suaimagem - e os grandes advogados eleitorais,alguns para causas tidas como quase impossíveis.Mas, como há o “quase” no meio do caminho,vale a pena tentar. Pronto, entramos - oficialmente- em clima de eleição!

LAYSA MENEZESEstudante

Marcha Internacional Contra ViolênciaSexual chega a Alagoas

Iniciada em janeiro de 2011, em Toronto, a “Slut walk” toma pro-porções mundiais, chegando ao Brasil e, finalmente, a Alagoas. Amarcha foi idealizada e realizada por estudantes da Escola de

Direito Osgode Hall, no Canadá, que, ao assistirem a uma palestrasobre segurança, ouviram do policial palestrante que “as mulheresdevem evitar vestir-se como vadias, para não se tornarem vítimas deataques”. Esse pronunciamento foi o suficiente para incentivar as estu-dantes a saírem às ruas para protestar contra o argumento do policial,a violência sexual, psicológica e moral sofridas pelas mulheres.

No segundo semestre do ano passado a marcha, traduzida como“Marcha das vadias”, chegou ao Brasil, primeiramente em São Paulo edepois se manifestando em diversas cidades, como Brasília, Fortalezae Salvador. As brasileiras marcham pelo fim da humilhação, repressãoe violência contra a mulher.

Violência essa que fez o país assumir o 7º lugar no rankingmundial de assassinatos a mulheres e Alagoas o 2º estado no rankingnacional. São 8,3 homicídios a cada cem mulheres. Pesquisas mostramque a cada 15 segundos uma é vítima de violência no país. O machis-mo, grande culpado por estes acontecimentos, foi impregnado nasociedade há muitos anos e levado a frente, não só por homens,como uma questão cultural. Muitas pessoas acham que é direito domarido, por exemplo, as agredir. Em uma entrevista com mulheresagredidas uma delas respondeu “mas ele não tinha a obrigação deme bater”, querendo dizer que daquela vez a causa foi injusta, porémisso leva ao seguinte questionamento: Quantas vezes ele teve a obri-gação?

É importante que as pessoas saibam que nenhum tipo de violên-cia é justificável. Não é pela roupa ou modo de agir de uma pessoaque ela merece ser agredida. Homens que ocupam cargos superioresaos de mulheres ou que as tenham como suas dependentes não têmabsolutamente nenhum direito de agredi-las. A linha de pensamentoda sociedade conservadora segue a de que a mulher é frágil, zelosa epor esses motivos deve cuidar da casa e dos filhos, sendo a verdadeira“Amélia”, sem poder questionar as decisões do marido. Contudo, como avanço dos anos, percebe-se que a realidade não é mais a mesmade séculos atrás. O sexo feminino vem conquistando direitos e espaçona sociedade. Toma-se como exemplo a conquista do dito “sexofrágil” nas eleições para Presidente, exigindo, inclusive, que o título ofi-cial fosse Presidenta, no feminino.

A marcha das vadias tem, portanto, o objetivo de questionar olugar que é exigido das mulheres na sociedade e usar a palavra vadiacomo ironia, sem pretender ofender nem machucar, mas sim ressig-nificá-la. Em Maceió a marcha acontecerá no dia 17 de junho, às 10horas, em frente ao Alagoinhas.

“Marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas comomero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo eutilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nósmesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; mar-chamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diver-sos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindoem ‘santas’ e ‘putas’, e muitas mulheres que denunciam estupro sãoacusadas de terem procurado a violência pela forma como se com-portam ou pela forma como estavam vestidas.”

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DA REDAÇÃO

A disputa pela sucessão munici-pal em Arapiraca está longe deser polarizada, como querem oscandidatos de situação eoposição. O motivo? O nasci-mento de uma terceira via capi-taneada pelo ex-deputadoestadual Alves Correia (PTdoB),que pode contar com o apoio deoutros partidos como o PP dosenador Benedito de Lira. As con-versas - conforme informaçõescolhidas pelo A Semana - já estãobastante avançadas e umaaliança que coloque o em-presário Ricardo Barreto (PP)como vice de Correia está próx-ima de acontecer.

O pré-candidato - em con-versa com a equipe de re-portagem do A Semana - écauteloso em relação aos diálo-gos que já ocorreram em Ara-piraca. De acordo com ele, osentendimentos estão avançando,mas é preciso ter calma na retafinal, pois tudo ainda depende doacordo que deve se fechar comRicardo Barreto, tendo a“benção” do senador Beneditode Lira.

Caso se concretize a parceria,se equilibra ainda mais o pleitoem Arapiraca, por conta da in-fluência de Barreto junto ao em-presariado e pela densidadeeleitoral de Alves Correia, que járepresentou a cidade na Assem-bleia Legislativa do Estado deAlagoas. Porém, equilibram aindaos apoios recebidos. Valeressaltar que a deputada federalCélia Rocha - que é a candidatado PTB - tem o apoio dossenadores Renan Calheiros

(PMDB) e Fernando Collor deMello (PTB). O outro pré-can-didato - o ex-secretário RogérioTeófilo (PSDB) - tem o apoio dogovernador do Estado deAlagoas, Teotonio Vilela Filho(PSDB).

Alves Correia - dentro destequatro - entraria com o apoio deum outro gigante da políticaalagoana: o senador Benedito deLira. É mais equilíbrio em umaacirrada disputa pela adminis-tração municipal da principalcidade do Agreste. Alves Correiaconversou com a equipe do ASemana sobre o assunto. Eleressalta que a proposta para acomposição está lançada.

“Não há nada fechado. Ape-nas estamos conversando sobrea possibilidade do Ricardo Bar-reto compor como vice na chapa.O PTdoB tem conversado muitosobre alianças aqui em Ara-piraca”, colocou Correia.

Alves Correia conta quehouve um diálogo recentemente,em que Ricardo Barreto teriacolocado que aguarda umapesquisa de opinião pública eque dependendo do resultado,não teria dificuldades em fecharcomo vice. “Este diálogo nós tive-mos. Foi uma conversa sincera,mas sem compromisso firmadoainda”, destacou.

Alves Correia explica aindaque - apesar dos diálogos naregião - o PTdoB ainda marchasozinho. “Nós temos pessoas im-portantes que são simpatizantesda minha pré-candidatura, masainda não oficializamos nenhumpartido que venha a marcharconosco, mas as conversas estãoacontecendo. Nas eleições pas-

sadas, eu era deputado estaduale apoiei o Luciano Barbosa. Eu ovia como o melhor para Ara-piraca, mas agora, acredito que acandidatura do PTdoB é a maisviável por conta dos espaços quea cidade conquistou no cenárionacional”, frisou.

Conforme Alves Correia, suapré-candidatura é uma opçãopara que Arapiraca mantenhaduas importantes cadeiras: “semantém a deputada federal CéliaRocha em Brasília, que foi eleitapara cumprir um papel impor-tante. Além disto, Rogério Teófilofica como secretário de Estado.Então, são espaços importantespara a cidade de Arapiraca quesão mantidos. Além disto, há umprojeto do PTdoB para a cidade”,concluiu ainda Alves Correia.

O ex-deputado estadualcoloca que - mesmo na ausênciade alianças - o PTdoB manterácandidato em Arapiraca. Eleressalta que existe um último re-curso que é o de lançar umachapa puro-sangue. “Pode ocor-rer, mas estamos mesmo embusca de alianças. O que eu

posso afirmar é que sou pré-can-didato pelo partido e que nãoserei vice de ninguém”.

Em outras palavras, AlvesCorreia só trabalha com a possi-bilidade de encabeçar chapa nacidade de Arapiraca. O TribunaIndependente também ouviu oempresário Ricardo Barreto sobrea possibilidade de composiçãocom o PTdoB de Alves Correia.Ele - que preside o diretório mu-nicipal do PP em Arapiraca -destaca como importante os“diálogos que vem acontecendona busca de uma aliança pelomunicípio”.

“É verdade que estamos con-versando com o PTdoB e comoutros partidos e estes entendi-mentos vem acontecendo edevem se fechar nos próximosdias, mas ainda não há posiçãodefinida quanto a quem ocuparáa cabeça da chapa e quem serávice. Nós estamos apenas dialo-gando para formar este grupo”,foi enfático Ricardo Barreto.

O pepista confirma tambémque sua pré-candidatura estáposta, porém ressalta a proximi-

dade entre as siglas. Tanto éassim, que na reunião em que oPTdoB oficializou a pré-candi-datura de Alves Correia, tanto Ri-cardo Barreto, quanto o senadorBenedito de Lira se fizeram pre-sentes.

”Alves Correia é uma boaopção para Arapiraca, umhomem de bem, que ajuda opróximo e merece nosso re-speito, venho aqui abraçá-lo pelacoragem e dedicação com estacidade’’, chegou a frisar Barreto,ao analisar os quadros do PTdoB.A possibilidade de aliança tam-bém já foi ressaltada pelo própriosenador Benedito de Lira,quando destacou: “temos aquibons nomes para disputar aseleições de Arapiraca, o PSDB,lançou Rogério, o PP o Ricardoda Coagro, e o PT do B, lançaAlves, tudo leva a crer que iremosmarchar junto nestas eleições.”

Para encabeçar uma candi-datura em Arapiraca, o ex-dep-utado estadual tem ainda oapoio da Executiva nacional doPTdoB. O presidente do partido,Luiz Tibé, frisa que “a candidaturado Alves é muito importante parao partido, pois ele tem muitagarra e carinho por esta terra”. Opresidente do PtdoB regionalAlagoas , Marco Toledo, tambémdeu apoio a candidatura e a umapossível aliança. “O Alves temcompromisso de passar a men-sagem que a sociedade civil deArapiraca precisa lutar por seusdireitos”.

ALVES CORREIA CONSOLIDA CANDIDATURAEM ARAPIRACA E PODE TER APOIO DO PP

Ex-deputado destaca o quanto Célia Rocha pode contribuir como deputada federal

>>> ELEIÇÕES 2012

>>>Alves Correia deve consolidar candidatura em Arapiraca

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DA REDAÇÃO

Há décadas que o problemada licitação do transportepúblico municipal é debatidona capital alagoana, o que evi-dencia - de forma extrema-mente óbvia - que não é umproblema apenas da atualgestão do prefeito CíceroAlmeida (de saída do PP), massim de várias gestões quenunca discutiram o processolicitatório.

Somente por conta dapressão de uma ação doMinistério Público Estadual(MPE) e de decisões judiciais, adiscussão sobre a licitação dotransporte público municipalavançou na atual gestão,mesmo assim diante deentraves que tornaram oprocesso lento. Esbarrou nasdiscussões na CâmaraMunicipal de Maceió paraaprovação de lei necessária aoprocesso licitatório. Isto,depois de toda a burocraciaque enfrentou no Executivo dacapital alagoana.

Agora, o problema nova-mente volta ao cenário por

conta da greve de advertência- ocorrida na semana passada- dos transportadoresrodoviários de Maceió. O edi-tal de licitação, já se encontra

pronto, mas a PrefeituraMunicipal de Maceió aindaterá que fazer correções - con-forme o MPE - em alguns pon-tos, para que o processo final-

mente tenha início. O assuntofoi puxado pelos própriostransportadores.

É uma preocupação dapopulação. Pois, o tema trazuma série de implicaçõescomo a discussão do valor datarifa de transporte, já quehouve um recente aumento deR$ 2,10 ara R$ 2,30. É impor-tante até frisar que o reajuste -considerado abusivo porvárias entidades de classe - jáé alvo de uma investigação daComissão Especial deInvestigação da Transpal, quefoi aberta pela CâmaraMunicipal de Maceió e é presi-dida pelo vereador PauloCorintho (PDT).

Mas, voltando ao processolicitatório em si: ele começou aser discutido - como já frisado- por conta de uma ação doMinistério Público Estado, queteve - à época - a finalidade dereorganizar o sistema detransporte coletivo diante dasrecorrentes queixas dosusuários. O problema se arras-tou e chegou a segundagestão de Cícero Almeida semresolução.

Durante as manifestaçõesda greve de advertência, opresidente do Sindicato dosRodoviários, Écio Luiz, acusouo prefeito Cícero Almeida de“empurrar a licitação com abarriga” e deixou claro que oprocesso pode não sairdurante esta gestão, sendo umproblema grave a ser admin-istrado pelo próximo prefeitoda capital, independente dequal seja. Almeida reconheceo atraso, mas rebate aacusação.

De acordo com o chefe doExecutivo municipal, “toda alicitação vem sendo ajustada etrabalhada juntamente com apromotora Fernanda Moreira.Eu quero ver se ele tem cor-agem de enfrentar oMinistério Público, Tribunal deJustiça. Essa história de jogar aculpa para o prefeito CíceroAlmeida só se dá porque esta-mos em um ano político”,colocou ainda o administradormunicipal. De fato, a demorapode ser fruto apenas doprocesso burocrático. Mas,nem por isso se diminui agravidade do problema.

LICITAÇÃO DE TRANSPORTE PÚBLICO PODENÃO OCORRER NA GESTÃO DE ALMEIDA

Um dos temas polêmicos da prefeitura de Maceió pode ficar para próximo gestor

>>> MACEIÓ

>>>Almeida diz que cobranças são políticas

Quase tudo prontoEm entrevista à imprensa, apromotora Fernanda Moreira- que foi responsável pelaanálise do edital de licitação -destacou que 80% do materi-al se encontra concluído ecada ponto foi discutido deforma ampla entre oMinistério Público e a admin-istração da Prefeitura deMaceió.

Porém, os entraves são -

segundo a promotora - duasquestões técnicas que seencontra em divergência.Fernanda Moreira explicou -ao falar com a equipe do siteCada Minuto - que todo o tra-balho está sendo avaliadocom o objetivo para que oscustos futuros dosempresários não reflitam natarifa de ônibus.

Segundo Fernanda, a com-

posição de custo de investi-mento inicial para a frota éum dos pontos que precisaser fundamentado no edital.“O contador do MinistérioPúblico pode ter um entendi-mento sobre essa questão e oda empresa responsável peloedital outra diferente. O quenos cabe aqui não é apontar oque está errado, mas saber sea metodologia utilizada pela

empresa tem fundamentopara que isso não reflita natarifa”, explicou Fernanda.Mesmo com toda a agilidadeno processo de análise, a pro-motora afirmou que aindanão há previsão para o lança-mento do edital.

Cícero Almeida ainda ata-cou o assunto: “essa paral-isação não passa de um atopolítico”. “Estamos em um ano

eleitoral, eles estão buscandouma forma de denegrir aminha imagem”. “Esse proble-ma precisa ser resolvidos poreles e não irei me meter”, rela-tou Almeida, ao ser question-ado se seria o mediador danegociação. "Meu compro-misso é com a sociedade",disse acrescentando queespera uma punição para osindicato.

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DA REDAÇÃO

A grande surpresa na com-posição das coligações que seiniciam a partir desta segun-da-feira, dia 11, (oficialmente)e se estendem até o próximodia 30 é o PTdoB da deputadafederal Rosinha da Adefal, dovereador Théo Fortes, e do ex-deputado estadual AlvesCorreia. A sigla - que não pos-sui arestas com nenhuma dascomposições que se anunciam- é cobiçada por todos os pré-candidatos. Em Maceió, porexemplo, foram vários os con-vites feitos a deputada federalRosinha da Adefal - que é pré-candidata à PrefeituraMunicipal de Maceió - parauma aliança visando 2012.

Em Arapiraca, a situaçãonão é diferente com AlvesCorreia. Tanto é assim, que aExecutiva Nacional do partido,que é presidido pelo deputadofederal Luis Tibé, passou a teruma atenção toda especialcom os pré-candidatos locais.Ambos aparecem bem situa-dos em pesquisas. No caso deRosinha da Adefal, ainda tem o“lucro” do baixo índice derejeição e é vista como a “vice”perfeita. Sabendo disto, Tibése fez presente - nos últimosmeses - nos principais eventosdo partido no Estado.

Porém, diante do atualquadro, o PTdoB - que era oaliado cobiçado - apresentamusculatura própria para con-solidar candidaturas nos doisprincipais colégios eleitorais.Em Maceió, a candidatura deRosinha da Adefal será defini-da nos próximos dias já trabal-hando - conforme infor-

mações de bastidores - emduas frentes. De um lado, apossibilidade de uma aliançacom o Partido dosTrabalhadores (PT), já queparte da agremiação nãoaprova a aliança entre o ex-governador Ronaldo Lessa(PDT) e o ex-secretário deInfraestrutura, Mosart Amaral.

A outra possibilidade -ainda envolvendo Rosinha daAdefal - é a construção deuma candidatura puro-sangue, tendo como vice omédico Kléber Fortes. Dianteda musculatura e do bomposicionamento naspesquisas, o assédio sobreRosinha da Adefal ainda égrande. Um dos pré-can-didatos chegou a definirRosinha como a “joia daCoroa” para uma possível

composição com grandeschances de vitória. Os convites- portanto - ainda estão no ar.

Mas, cabe uma frase daprópria Rosinha da Adefal:“não serei vice de ninguém”.Seguindo linha de raciocínioparecida está Alves Correia,em Arapiraca. Por lá, o can-didato aposta em ofereceruma terceira via entre a dispu-ta que envolve Célia Rocha(PTB) e Rogério Teófilo (PSDB).O PTdoB ainda aposta no fatode que uma eleição emArapiraca ajudaria a ampliar arepresentatividade do municí-pio em outras esferas dopoder, pois manteria Rochacomo deputada federal eTeófilo dentro da adminis-tração estadual do atual chefedo Executivo, Teotonio VilelaFilho (PSDB).

ALVES CORREIAO próprio Alves Correia faz

esta análise. A situação doPTdoB é tão confortável emrelação às eleições municipais,que - em Maceió - o partidoainda possui base, conformebastidores, para ampliar a ban-cada na Câmara Municipal deMaceió. Em 2008, foram eleitosdois vereadores. Agora, a pre-ocupação é manter ou ampliareste espaço. Um dos principaisnomes na disputa é justamenteo vereador Théo Fortes.

De acordo com os basti-dores da política alagoana,estes fatores fazem com que asigla apareça - em Maceió - nareta final como “peça quedefine o jogo” e por isto acobiça em relação a alianças,principalmente nos doismaiores colégios eleitorais.

Sempre foi assim durante oprocesso pré-eleitoral. Não fal-taram caciques para sentar econversar com o presidenteestadual do partido, o advoga-do eleitoral Marcos Toledo. Elechegou a ter conversas comlideranças do PT, PCdoB, PSDBe até mesmo com o senadorRenan Calheiros que articulou acandidatura de Ronaldo Lessa(PDT) ao Governo do Estado deAlagoas e agora a PrefeituraMunicipal de Maceió.

Porém, com o crescimentodo partido no Estado e com amanutenção dos bons naspesquisas internas, a muscu-latura do partido e a densidadeeleitoral de seus membros fezcom que como os olhos se agi-gantassem em cima da “joia daCoroa”, como definiu um dospróprios pré-candidatos.

Outro fator que facilita? Opartido não está em campo deoposição ferrenha - apesar dealinhado com o projeto dogoverno federal da presidentaDilma Rousseff (PT) - nem aogoverno do Estado, nem aPrefeitura Municipal de Maceió.Na Câmara Federal, Rosinhaainda tem se destacado não sópela bandeira na defesa dosdeficientes físicos, mas tambémpor conta de outras açõesvoltadas ao social. EmArapiraca, evidentemente, tam-bém pesa a popularidade deCorreia.

Quem aposta que o PTdoBnão chegaria até aqui com can-didatura própria, foi obrigado ase desdizer. O martelo emrelação as candidaturas do par-tido deve ser batido no próxi-mo dia 30 de junho.

PTdoB: PARTIDO SE CONSOLIDA EM MACEIÓ E ARAPIRACA

Sigla é cobiçada por várias composições, mas tem nomes próprios fortes

>>> ELEIÇÕES 2012

>>> Rosinha é um dos principais nomes do partido ao lado de Alves Correia

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711 a 17 de Junho de 2012

ANA DANIELLA LEITEColaboração

O governador Teotonio VilelaFilho esteve reunido com osecretariado estadual naquarta-feira (6), em Maceió,para o monitoramento es-tratégico do Programa AlagoasTem Pressa – coordenado pelaSecretaria de Estado do Plane-jamento e do DesenvolvimentoEconômico (Seplande). O obje-tivo do encontro foi demon-strar as atualizações realizadasno programa.

A agenda de trabalho in-cluiu a apresentação dos resul-tados da repactuação dacarteira de projetos estrutu-rantes, realizada no mês demaio, a discussão de formaampla sobre a execução dasações inseridas nestes e umaavaliação do sistema de moni-toramento e controle de metas.

A secretária adjunta deModernização e Controle deMetas da Seplande, PolianaSantana, foi a responsável poriniciar as atividades elencadaspara o dia de trabalho com aanálise dos resultados geradospela repactuação dos 25 proje-

tos estruturantes inseridos noprograma.

Para que fosse possível re-alizar as avaliações de cada um,foram necessárias reuniõespreparatórias com os respec-tivos gerentes de projetos e aequipe de monitoramento doAlagoas Tem Pressa.

Dessa maneira, foi possívelrealizar 12 reuniões de avali-ação, com os secretários de Es-tado e o governador, sobre oandamento das metas e osprazos de entrega de produtosda carteira de projetos estrutu-rantes. O principal objetivoconseguiu ser alcançado, queera a antecipação das entre-gas dos produtos identifica-dos como essenciais aosanseios e necessidades da so-ciedade. Ficou observado queo número de ações a serementregues até 2014 passou de463 para 626, após o detal-hamento e reprogramaçãomensal dos projetos, anteci-pando dessa forma o resul-tado final de 98 produtos.

“O realinhamento dasmetas e prazos para a ger-ação de resultados eficientesdo programa foi necessário e

realizado com êxito em nos-sos projetos estruturantes. Apartir de agora vamos execu-tar todas as ações progra-madas para odesenvolvimento do Estado”,afirmou o governador Teoto-nio Vilela Filho. A equipe daSeplande, coordenada porMárcia Camêllo, responsávelpor negociar com as institu-ições financeiras a captaçãode recursos em prol da viabi-

lização das ações progra-madas, expôs a maneiracomo os projetos devem serbalizados, ressaltando a im-portância das secretarias es-taduais trabalharem de formacoesa para que se garanta afinalização positiva do pleitodefendido pelo Estado frentea estas instituições.

“É preciso que as secre-tarias estaduais trabalhemem conjunto para que con-

sigamos assegurar os recur-sos que estamos buscando. Épor isso que o governadorreúne mensalmente o secre-tariado e estamos trabal-hando diuturnamente paraalinharmos todas as ações”,disse o secretário de Estadodo Planejamento e do Desen-volvimento Econômico e co-ordenador do ProgramaAlagoas Tem Pressa, LuizOtavio Gomes.

Técnicos da Secretaria deEstado da Assistência e doDesenvolvimento Social(Seades) apresentaram acampanha que será veiculadaem todo Estado sobre oCadastro Único, visando in-formar a população sobre osdocumentos e os programassociais que este irá englobar.Dentre estes, o Bolsa Família,a Carteira do Idoso, a TarifaSocial de Energia Elétrica, aCesta Nutricional para Ges-tantes, o Programa de Cister-nas e outros. Ou seja, oindivíduo precisará apenasformalizar seu registro noCadastro Único para candi-datar-se a diversos progra-mas sociais.

PROGRAMA ALAGOAS TEM PRESSA DE-FINE EXECUÇÃO DE AÇÕES ATÉ 2014

Quarto encontro do ano entre governador e secretários analisou metas e prazos

>>> ATUALIZAÇÕES

TrimestrePara o próximo trimestre estáprogramada a entrega de pro-dutos inerentes ao AlagoasTem Pressa, entre eles estão: acentral de atendimento JÁ nomunicípio de Arapiraca e o Sis-tema de Gestão da PeríciaMédica, pela Secretaria de Es-tado da Gestão Pública(Segesp); seis unidades deAtenção Primária à Saúde nos

municípios de Passo de Cama-ragibe, Paripueira, Coruripe,Penedo, Rio Largo e TanqueD’Arca, pela Secretaria de Es-tado da Saúde (Sesau); 100 es-colas de Ensino Médioreformadas pela Secretaria deEstado da Educação e do Es-porte (See); a entrega do Planode Desenvolvimento Integradodo Polo Costa dos Corais e

Polo Lagoas e Mares do Sul,elaborados pela Secretaria deEstado do Turismo (Setur).

Já a Secretaria de Estado daInfraestrutura (Seinfra) irá in-augurar 19 empreendimentosresidenciais nos municípios deCoruripe, Capela, Atalaia, RioLargo, Paulo Jacinto, Cajueiro,Murici, Penedo, Viçosa e Ma-ceió. Além da rodovia AL-101

Sul com o trecho do Trevo doPolo/Francês duplicado, darodovia AL-101 Sul, com otrecho do Francês/Barra deSão Miguel duplicado; e aFlamenguinha, com o trecho1 (km 0 ao km 16). Tambémestá prevista a implantaçãodo novo Portal do Governodo Estado pela Secretaria deEstado da Ciência, Tecnolo-

gia e Inovação (Secti); a im-plantação do Centro Admin-istrativo do Polo MultifabrilJosé Aprígio Vilela, o lança-mento do projeto Em-preendedor UniversitárioInovador e a implantação doNúcleo de Monitoramentode compras aos Micro e Pe-quenos Negócios, pela Sep-lande.

>>> Governador Teotonio Vilela Filho

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811 a 17 de Junho de 2012

Alagoas vem se preparando para ser o Estado pilo-to de implantação do Plano Nacional deSegurança Pública, que será lançado ainda estemês pelo Governo Federal. O plano é uma inicia-

tiva do Ministério da Justiça para reduzir, principalmente,o índice de homicídios em todo o País, a partir da implan-tação de diversas ações na área de segurança pública emconjunto com Estados e municípios.

Na próxima quarta-feira (13), haverá uma nova reuniãoentre a Cúpula da Defesa Social com o ministro da Justiça,José Eduardo Cardozo, e sua equipe para alinhar as açõesa serem desenvolvidas no Estado. Participarão tambémdessa reunião, o presidente do Tribunal de Justiça, desem-bargador Sebastião Costa Filho, e o procurador geral deJustiça, Eduardo Tavares.

Desde a semana passada, o secretário Dário Cesar vemse reunindo com os gestores da área de segurança e diri-gentes da pasta para alinhar as ações de combate à vio-lência que terão o aporte estrutural e financeiro doMinistério da Justiça. A prioridade é para a implantação demedidas de segurança que surtam efeitos a curto e médioprazo na redução do índice de homicídios e também nocombate ao tráfico de drogas.

“Estamos redobrando os nossos esforços para garantirresultados positivos no combate à violência”, disse DárioCesar. Segundo ele, com o Plano Nacional de SegurançaPública, Alagoas passa a receber um apoio mais efetivo doGoverno Federal no desenvolvimento de ações emergen-ciais, para a redução do índice de homicídios no Estado.

Na reunião desta sexta-feira (8) com os gestores dapasta, o secretário voltou a solicitar o empenho de toda aequipe, acrescentando que todas as ações a seremimplantadas dentro do Plano Nacional de Segurançaserão monitoradas de perto pelo Ministério da Justiça.

PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA SERÁIMPLANTADO EM ALCúpula da Segurança Pública se reúne na próxima

quarta-feira (13) com equipe do Ministério da Justiça

>>>PROJETO PILOTO

Secretário Dário César afirma que todos os esforços estãosendo redobrados para o combate à violência

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A Secretaria de Estado doPlanejamento e doDesenvolvimento Econômico(Seplande) divulgou nestasexta-feira (8) a pesquisa queaponta o Índice de Preço doConsumidor (IPC) em Maceió.No mês de maio, o feijão apre-sentou uma variação positivade 1,77%, tornando-se o prin-cipal fator para o aumento dovalor global da Cesta BásicaAlimentar, que está inserida napesquisa do IPC, com variaçãode 0,20% em relação ao mêsde abril.

A Cesta Básica fez com queo consumidor alagoano gas-tasse em média R$ 216,11,valor que compromete 34,74%da renda mensal, tendo comobase o salário mínimonacional. Além do feijão, oóleo de soja (1,58%) e a man-teiga (0,79%) foram os índicesque constituem a cesta básicaque apresentaram as maioresvariações.

De acordo com o gerentedo IPC da Seplande, GilvanSinésio, o acréscimo no valordo feijão se dá por conta doperíodo de estiagem. “Boaparte dos consumidores, comotambém grandes redes desupermercado, adquirem o fei-jão de pequenos agricultores,que tiveram suas produçõesprejudicadas por conta daseca. O valor do óleo de sojafoi impulsionado pelo aumen-to do dólar, o que alavancou asexportações e diminuiu a ofer-ta desse produto”, explicou.

O único índice da cestabásica alimentar que apresen-tou decréscimo foi a banana (-0,38%), devido à grande oferta

de produtos nesse período doano. Os índices da carne(0,18%), arroz (0,56%), farinhade mandioca (0,36%), tomate(0,51%), pão francês (0,15%),café (0,34%) e açúcar (0,43%)apresentaram variação positivaem relação a abril. O leite foi oúnico produto da lista que nãoapresentou variação.

CUSTO DE VIDA O aumento de alguns produ-tos que compõem a cestabásica influenciou diretamenteo custo de vida do alagoano. Apesquisa do mês de maioapontou uma variação de 0,43pontos percentuais positivosquando comparada a abril.Dentro do grupo alimentação,os itens verduras (0,63%),cereais (1,87%) e tubérculosapresentaram as maiores vari-ações positivas.

Por conta do início doperíodo de matrícula em algu-mas instituições de ensino, ogrupo educação também reg-istrou um acréscimo de 0,59%.A categoria fumo e bebidas foia terceira que sofreu maioralteração (0,43%), decorrentedo aumento do valor dosrefrigerantes e cervejasnacionais.

Todos os itens do custo devida apresentaram acréscimo.São eles: habitação (0,31%),artigos diversos (0,06%),despesas pessoais (0,42%),vestuário (0,27%), saúde(0,01%) e vestuário (0,27%). Deacordo com Gilvan Sinésio,esse valor acompanha umatendência verificada nasestatísticas do acumulado doano, que é de 2,03%.

PREÇO DO FEIJÃO FAZSUBIR CESTA BÁSICA Alimento preferido do brasileiro teve variação de quase 2%

>>>ECONOMIA

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ROBERTO MIRANDARepórter

O poema N° 36 de Arriete Vilela diz: Há quem goste da palavra descascada, feito polpa......, há quemgoste da palavra despojada de atrevimentos......., há quem goste da palavra sólida.....

Seguindo a ótica do poema da escritora alagoana, buscamos, ou melhor, conseguimos a palavradescascada. Em quase uma hora, não sei se de entrevista, que soa muito formal, ou de um bom batepapo com o cantor e compositor Máclein Damasceno. Tendo como cenário, o mirante do antigo casarãodo Colégio Guido, com a Catedral Metropolitana e a praia da Avenida ao fundo, o sol se ponto na di-reita e a lua surgindo na esquerda. Ele falou de tudo um pouco, de quando começou na música, do cursode Arquitetura que abandonou no último ano.

Mácleim também contou como é difícil sobreviver da música em Alagoas e relembrou sorrindo, oepisódio que passou nos Anos de Chumbo, quando foi “convidado”, em 77, a comparecer a sede da Polí-cia Federal para explicar uma letra de sua autoria, sobre um tal de coroné, que cantou durante o Fes-tival de Música da Universidade Federal de Alagoas (FEMUFAL). E claro, falou sobre o seu mais novotrabalho, que durou 12 anos para chegar ao público, o CD Esses Poetas. Nele, o artista ousou ao mu-sicar treze poemas de escritores alagoanos, inclusive, o de N° 36 de Arriete Vilela. O CD será lançadoem setembro no Teatro Deodoro e também na Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar).

“O CACHORRO COME O OSSO POR QUE NÃO TE DÃO OUTRA OPÇÃO”

>>> OUSADIA

VAMOS PARTIR DO INÍCIO DE TUDO. QUANDO VOCÊ DESCO-BRIU A MÚSICA? Foi durante o curso de Arquitetura naUFAL, em 77, ainda na Ditadura Militar, quandoparticipei do Festival de Música da UniversidadeFederal de Alagoas (FEMUFAL), com a música queestá no disco, Sem Remédio e Sem Dotor. Tem umtrecho dela que diz: chora fio, chora muié e vemdizer que é Deus quem quer, se me abuso, sei quenão é, tá na cara que isso e coisa de coroné...,[risos]. Os caras da Polícia Federal tinham que dar aliberação para a gravação de qualquer música, eraa censura, fui “convidado” para [risos]..., explicarque coroné era esse, se era do Exército, da Marinhaou Aeronáutica. Contei que era coroné do sertão,disse que observassem a pronúncia [risos]. Naquelaépoca, tinha uma efervescência cultural muitogrande nas faculdades, os CA’s eram CentrosAcadêmicos e Culturais. E a música funcionavacomo um canal de luta contra a Ditadura. O discogravado nesse festival, 90% das músicas são deprotesto, e foi durante a apresentação no palco doTeatro Deodoro, em um momento, pode-se dizerde epifania, descobri realmente o que queria.Abandonei tudo, inclusive o curso de Arquiteturano último ano e fui para o Rio de Janeiro, em buscada música. Só que não tinha idéia que ia demorartanto [risos]..., e ainda hoje estou correndo atrás.

E AO CHEGAR À CIDADE MARAVILHOSA... Fui trabalhar

tocando na noite, em estúdio de gravação, trabalheitambém em teatro. Nem sempre direto no que fui bus-car, mas sempre com trabalhos ligados à música. Por ex-emplo: trabalhei no Estúdio Máster, fazendo jingles parapolíticos de todo o Brasil, virei especialista. Aqui emAlagoas acho que fiz para todos, do Mendonça Neto aoFernando Collor. Também gerenciei o melhor estúdio deensaios do Rio de Janeiro, onde ensaiavam os grandesnomes da MPB, Djavan, Milton Nascimento, conhecimuitos artistas. Minha escola de como fazer música,também foi vendo esses caras. Fiz trilha para teatro, tra-balhei com sonoplastia. Depois voltei para Maceió, tra-balhei em TV e agora estou no rádio e me formei emjornalismo.

VOCÊ ABANDONOU ARQUITETURA NO ÚLTIMO ANO E,EM 2010, VOCÊ SE FORMOU EM JORNALISMO. PORQUE ESSA ESCOLHA? Por duas coisas: primeiro sempregostei de escrever as besteiras que penso. Passei umaquase dois anos escrevendo artigo para o Extra, acabeigostando. Eu também precisa entender como funcionaa música que é o meu canal de expressão por dentrodos meios de comunicação, eles que são os principaisresponsáveis pela sua difusão. Trabalhei em televisãoproduzindo um programa mostrando artistas locais. Norádio, fiz o concurso público para o IZP (Instituto Zumbidos Palmares), onde trabalho na Rádio Educativa. Lá

tenho um programa musical muito bom. Hoje tenho apossibilidade de chegar para uma parcela da sociedadee afirmar: olha, escute essa música que é boa. Tenho apossibilidade de levar ao público uma música de quali-dade e estética indiscutível. E o jornalismo, a mesmacoisa, além de gostar de escrever, queria muito entendero jornalismo por dentro. Não cheguei a trabalhar emredação, ainda, mas à academia me forneceu conheci-mento para entender o seu funcionamento. Mas, semsombra de dúvidas é um meio de sobrevivência.

ENTÃO, NÃO É POSSÍVEL SOBREVIVER EXCLUSIVA-MENTE DA MÚSICA EM ALAGOAS? Para quem émúsico, intérprete, quem trabalha na noite, por exem-plo, consegue sobreviver até dignamente. Mas, paraquem é essencialmente compositor, não. Ou você temum trabalho paralelo ou não vive de música. Porque ocompositor lança um disco atemporal, quase sempreemprega todo o seu dinheiro no disco, quando vemcapitalizar novamente, já passou mais de quatro anos.Faz um show esporadicamente, se faz muito, são trêsshows por mês, no seguinte, ninguém mais vai quererouvir. Isso aqui é Alagoas. Já o músico não, um baixistacomo Felix Baigon, ele toca hoje no meu show e ama-nhã pode tocar em outro. Continua na página 11

>>> Mácleim resolveu musicar poemas por achar que estava fi-cando repetitivo

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COMO VOCÊ SE SENTE NA BUSCA POR ESPAÇO,DIANTE DO BOMBARDEIO DA INDÚSTRIACULTURAL PELA MÍDIA? A questão mercadológ-ica está imperando cada vez mais, inclusive nasrelações pessoais. As grandes redes sabem agoraque a classe C e D, passou a ter poder de compra.O Globo há três anos já começava a mirá-los.Desde que o IBGE mostrou que existe essa novaclasse. As mídias começaram a se voltar para eles.Uma vez reclamaram que o poema de Maiakovski[Vladimir Vladimirovich Mayakovsky poeta nasci-do na Rússia (1893 – 1930), pertenceu ao movi-mento Futurista], era de difícil compreensão, elerespondeu: Então é fundamental que se eleve onível da massa. Um veiculo como a televisãopoderia muito bem se interessar em elevar o nívelda massa. Eu costumo dizer que o cachorro comeo osso, por que não te dão outra opção. Pelomenos, o cachorro deveria ter as duas opções, oosso e o filé, para então ele escolher. E o pior detudo, que a questão é totalmente comercial. Essetipo de música é o que essa classe quer consumir.Agora que fique bem claro, a classe A e B tam-bém passou a consumir indústria cultural.

FALAMOS UM POUCO DE TUDO, ENFIM, VAMOSFALAR DO SEU NOVO TRABALHO. COMOSURGIU ESSES POETAS? Tudo começou há dozeanos. Eu achava que o meu discurso, as minhasletras, estavam ficando repetitivas e por coin-cidência, encontrei com Otávio Cabral, foi dele oprimeiro poema que musiquei!!! Conversamos eele contou que estava mandando os seus poemaspara o prelo (impressão), seu primeiro livro. Pedipara que ele me enviasse alguns poemas, recebisete, acabei escolhendo um para musicar. Gosteimuito do resultado, mostrei para ele, que semostrou muito surpreso. Foi quando veio a idéiade musicar treze poetas alagoanos. Com a idéia,também descobri que conhecia poucos poetas donosso estado, tirando Lêdo Ivo, Arrieta Vilela,Jorge de Lima, Otávio Cabral e Sidney Warderley.Falei com Wanderley, e ele me apresentou JorgeCooper, Maurício de Macedo, José GeraldoMarques, Gonzaga Leão. Também teve a colabo-ração do meu público, quando eu fazia shows, jádivulgava a minha intenção e as pessoascomeçaram a me presentear com livros deescritores alagoanos.

Diante da nossa vasta riqueza cultural, quais foramos critérios para a seleção dos poemas........

Então, quando musiquei o primeiro poema deOtávio Cabral, percebi que não era nada fácil. Mas, euqueria musicar poetas que já tinham publicado algumlivro, queria musicar sem alterar absolutamente emnada os poemas, tanto é que no disco tem a página eo livro do poema. O primeiro critério foi à qualidade,poesias que através da minha sensibilidade enten-desse que existia uma questão estética e poética bas-tante forte, que a música pudesse interferir de umaforma positiva. Mas, teve um, o do Jorge Lima, leveivários livros dele para o meu refúgio em Sauaçuy,

onde eu musicava. Li e em um determinado momen-to, abri um dos livros em uma página e disse: será este,e caiu no poema Zumbi [risos]. Mas de outrosescritores, li o livro todo e escolhi de acordo com aminha sensibilidade, sempre tentando introjetar,entender bem o poema. Foi um processo muito duro.

BEM, SABEMOS DO LONGO TEMPO QUE SUAOBRA LEVOU PARA GANHAR FORMA. E PARAO PÚBLICO SER BRINDADO COM ELA, HOUVEAPOIO? Ai Zé Roberto, foi outra etapa difícil...,não tive apoio institucional. Mas também nãoprocurei!!! Foi quando apareceu na minha vidauma pessoa fundamental, a Djanira Macedo.Costume dizer que os Deuses da Música, osDeuses Apolíneos, quando querem, fazem surgirpossibilidades de realizar algo com relação àmúsica. Ela entrou nessa parceria e bancou agravação toda, um investimento muito alto.

O QUE O OUVINTE PODE ESPERAR DESTA OBRA?Você lhe dar com poesias de Lêdo Ivo, AríeteVilela, Jorge de Lima, todos os 13 que estão noCD, alguns com projeção até internacional, inter-ferir na poesia deles é preciso agregar mais valor.Para mim a poesia deles são verdadeiras obras dearte acabadas. No disco eu tive a preocupação degravar em estúdio de boa qualidade técnica,

chamei músicos de altíssima qualidade, bonsarranjadores. Evidente que eu enquanto músico ecompositor, estou sempre na busca da perfeição,nunca vou atingir o que quero, é impossível. Oresultado dele muito me satisfaz, sonoramente, osarranjos, o ouvinte vai ter essa percepção ao ouviruma vez, duas vezes, sempre vai descobrir coisasnovas. É um disco repleto de detalhes. Além daparte musical, tem o projeto como um todo, odesigner gráfico da Flavinha, existe o trabalho dePedro Cabral com as telas temáticas para cadamúsica, que no lançamento do CD estarãoexpostas. Também tem o trabalho de fotografia. Éum trabalho em conjunto, que resultou em umexcelente CD, com poesias musicadas de trezepoetas alagoanos. R.M.

“ ““Minha escola de música também

foi vendo Djavam e MiltonNascimento ensaiando”

“Abri o livro de Jorge Lima em umapágina e disse: será este, e caiu no

poema Zumbi” [risos]

01 – POEMA N° 36 (ARRIETA VILELA)02 – SONETO DO AMOR CONDENADO(LÊDO IVO)03 – ZUMBI (JORGE DE LIMA)04 – MARINHEIRA EM AVE, EVE E IVE (JOSÉGERALDO)05 – QUADRAS (EDVALDO DAMIÃO)06 – POEMA VIGÉSIMO PRIMEIRO (JORGECOOPER)07 – AO MEU ANJO DA GUARDA (GONZA-GA LEÃO)08 – O CANTO QUE VÊ (MAURÍCIO DEMACEDO)09 – QUEM? (SIDNEI WANDERLEY)10 – OFÍCIO (DIÓGENES JÚNIOR)11 – CAMINHADO CAMINHANTE TANTOPASSO ATÉ QUE PENSA (OTÁVIO CABRAL)12 – SENHORA DOS PRAZERES (RONALDODE ANDRADE)13 – O RISO DE ALICE (PAULO RENAULT)

LISTA DAS MÚSICAS DO CD

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GLOBO.COM

Recluso devido à doença pul-monar, o escritor e jornalistaIvan Lessa se afastou de boaparte dos amigos no últimoano. Sua morte foi recebidacom tristeza no Brasil elamentada por proeminentesbrasileiros, entre eles a presi-dente Dilma Rousseff."Éramos amigos desde 1980.Ele foi a pessoa mais impor-tante da minha vida", afirmouà BBC Brasil o jornalistaDiogo Mainardi, que seencontrou pessoalmente pelaúltima vez com o colega em2006, na Itália. "Passeamosmuito e ele se queixava daperna, dizia que a doença oimpedia de andar", recordou.

Depois da visita, Lessaseguiu para o Brasil, paraonde não voltava há 34 anos.Ele pretendia escrever umareportagem para a revistaPiauí. Na ocasião, encontrouos amigos jornalistas MárioSérgio Conti - com quemescreveu o livro de corre-spondências Eles foram paraPetrópolis - e Danuza Leão."Foi a última vez que eu vi oIvan. Ele e o Mário SérgioConti apareceram de surpre-sa na minha casa", disseDanuza à BBC Brasil, do Riode Janeiro. Lessa monitoravao Brasil à distância, de seuauto-exílio em Londres, ondemorava desde 1978.

Porém, segundo Mainardinão foi a distância que forjousua visão crítica sobre o

Brasil. "Ele foi embora porquejá tinha essa visão de mundo",disse. De acordo com o artic-ulista, Lessa usava em suascrônicas a figura de um Rio deJaneiro dos anos 1950extremamente idealizado e acolocava em conflito com oBrasil atual. "Ele ficou com umRio idílico na cabeça, queservia na literatura dele parase contrapôr ao Brasil real."

LEMBRANÇASMainardi ainda se lembra dequando conheceu Lessa, em1980, em Londres. O arti-culista afirmou ter consegui-

do o endereço de Lessa pormeio de uma empregadadoméstica brasileira e foibater em sua porta. "Ele merecebeu primeiro aos chutes eponta-pés. Mas insisti eacabamos nos tornando ami-gos. No entanto, não era umarelação igual: eu tinha muitomais admiração por ele doque ele por mim. Depois nósenvelhecemos", contou.

Já Danuza lembra do Lessaque frequentava sua casa e deseu então marido SamuelWainer, nos anos de 1950,para jogar pôker com PauloFrancis e Millôr Fernandes.

"Ele era um jogador excelentee imprevisível. Blefava mastambém ficava aflito eansioso", disse ela.

NO BRASILA morte de Lessa foi lamen-tada no País pela presidenteDilma Roussef - para quem oBrasil perdeu "um de seuscronistas mais talentosos".Em telegrama divulgado pelaPresidência, Lessa é descritocomo "irônico, mordaz,provocador, iconoclasta esurpreendentemente lírico.Acima de tudo, brilhante comas palavras". Sua morte foi

divulgada nos principaisveículos de imprensabrasileiros.

O jornalista da TV GloboGeneton Moraes Netoescreveu em seu blog DossiêGeral que "o Brasil deu umnovo passo em direção àmediocrização ampla, geral eirrestrita : o coração de IvanLessa parou de bater".

Para Mainardi, Lessa podeser descrito com todos ossinônimos das palavrasinteligência, graça, deboche ecultura. "Para conhecer oIvan, basta reler o que ele fez.Vale a pena procurar e reler."

PERSONALIDADES LAMENTAM MORTEDO ESCRITOR E JORNALISTA IVAN LESSA

Lessa, que morreu no sábado, aos 77 anos, na redação da 'BBC' em Londres

>>> LUTO

>>> Escritor e jornalista Ivan Lessa se afastou de boa parte dos amigos no último ano devido a doença pulmonar

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TUDONAHORA EGAZETAWEB.COM

O CRB venceu por 2 a 0 a partidacontra o Atlético/PR. O jogo -válido pelo CampeonatoBrasileiro da Série B - foi real-izado, na tarde deste sábado, 09,no Estádio Rei Pelé, no Trapiche.

Mesmo jogando em casa, onúmero de torcedores do CRB foiinferior ao esperado pelos diri-gentes do Galo da Praia. Os re-gateanos que resolveramprestigiar o time de coraçãosaíram de campo alegres com oresultado. O CRB abriu o placarjá no primeiro lance da partida.

Aos 30 segundos da etapa inicial,o atacante Preto bateu cruzadoda grande área e faz o primeirogol do Galo. A torcida vai aodelírio. No primeiro tempo, oAlvirubro esteve no ataque ecriou boas chances de gol. Já naetapa complementar, o AtléticoParanaense pressiona e CRB

começou a dá espaço para otime adversário. Mas, o Galoaproveitou um descuido da zagado Atlético e Elsinho tocourasteiro no gol de Rodolfo.

Com o resultado, o CRB sai da16ª posição para 11ª colocação.

CRB VENCE ATLÉTICO/PR E SOBEPARA 11ª COLOCAÇÃO

Fonseca, sobre vitória regatiana por 2x0: ‘Foi como golear o Atlético’

>>> SÉRIE B

DESTAQUESO técnico regatiano RobertoFonseca – após a partida datarde deste sábado (09), no Es-tádio Rei Pelé, em Maceió, ondeo Galo venceu o Atlético-PR por2x0 (gols do atacante Preto edo lateral Elsinho) e subiuposições na tabela de classifi-cação da Série B – disse à im-prensa que considerou umagoleada o resultado sobre aequipe tida como um das fa-voritas para conquistar o acessoà Primeira Divisão do Brasileiro,em 2013. Ele também parabeni-zou o desempenho de jo-gadores como o lateral Jadilsone o volante Roberto Lopes, quesubstituiu Gercimar, suspenso.

“Foi uma partida muito boa,assim como aquela que fizemoscontra o Goiás [na derrota forade casa por 1x0]. A diferença éque hoje a bola entrou.Poderíamos até ter marcado oterceiro e construído umagoleada”, entusiasmou-se otreinador, minimizando o fatode o técnico Juan Ramon Car-rasco não ter contado com doisgrandes desfalques.

“Para o Atlético não fezdiferença. Trata-se de um timede quase dois milhões de reais.Paulo Baier e Guerron não fiz-eram falta porque eles têmboas peças de reposição. E tam-bém tivemos os nossos des-falques”, comparou Fonseca,que também comentou o fatode ter vetado o atacante Ro-drigo Dantas de última hora.

“Seguramos o Rodrigo Dan-tas no vestiário até o últimominuto porque o Preto [tam-bém atacante e que se recu-perou de lesão] era dúvida.Enquanto eu estiver treinador, adecisão sobre quem vai acampo será minha, já que tenhoo aval da direção”, assegurou otécnico alvirrubro, afirmandoque as substituições surtiram oefeito esperado – além de PauloVictor pelo também meia Car-los Magno, o Galo trocou Pretopelo atacante Edson e Wander-ley, atacante, pelo meia Geo-vani.

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Avitória do CRB diante do Atlético (PR) foi convincente.O time regatiano jogou um futebol seguro, forte eeficiente. Em quase nenhum momento da partida, o

Galo sofreu riscos. Elsinho e Roberto Lopes fizeram uma par-tida destacada.

OPINIÃO COMMARLON ARAÚJO / [email protected]

FOI CONVINCENTE

ANSIEDADE E INCERTEZA O CSA continua sua via crucis. Treinar,treinar e treinar. A equipe azulina não tem a certeza de quando irájogar a Série D. No atual momento, as duvidas continuam e após oinvestimento inicial, o CSA já começa a ter prejuízo.

REENCONTRO Zé Carlos, artilheiro da Série B, com sete gols iráreencontrar o ASA. O polêmico artilheiro voltará a jogar diante doASA após ter criado umas polêmicas com jogadores e com aequipe alvinegra. Zé Carlos vive um ótimo momento e está moti-vado até mesmo por despertar interesse em time da Série A.

BRILHO SERTANEJO Piranhas brilhou no cenário nacional. Aequipe Sub17 de Piranhas conquistou o titulo da Taça Brasil deFutsal disputada em Cuiabá. Parabéns aos meninos,destaque-seEnio Junior e Pachequinho.

FORA DE FOCO Preocupa as declarações dadas pelo técnicoHeriberto da Cunha que o atacante Lucio Maranhão saiu do foco.É hora da direção alvinegra reorganizar seu direcionamento edefinir se o seu artilheiro fica ou sai. O importante é que ele volte aatuar com a qualidade que nós conhecemos.

GAZETAWEB.COM

Em uma prova repleta deemoções nas últimas voltas,chegou a vez de Lewis Hamiltontriunfar em 2012. Bem queFernando Alonso e SebastianVettel tentaram impedir, mas opiloto da McLaren faturou o GPdo Canadá e manteve a escrita devencedores diferentes em seteprovas disputadas na atual tem-porada. De quebra, o britânicoassumiu a liderança do mundialcom 88 pontos.

Após partir da segundaposição no grid, Hamilton assum-iu a liderança após a primeirarodada de pit stops. No entanto,foi surpreendido com a estratégiade Alonso e Vettel de apenas umaparada nos boxes e precisousuperar os bicampeões na pista. Atática dos dois se mostrou inefi-caz em razão do desgaste dospneus. Tanto que o piloto da RBRprecisou ir para os boxes e termi-nou em quinto. O espanholteimou em permanecer e foisuperado pelos surpreendentesRomain Grosjean (Lotus) e SergioPérez (Sauber) - que comple-taram o pódio - e também porVettel. O dia não foi bom para osbrasileiros. Felipe Massa fechouna décima posição, enquanto

Bruno Senna ficou apenas em17º. A Fórmula 1 volta daqui aduas semanas para o GP daEuropa. A prova nas ruas deValência está programada para odia 24 de junho e terá transmis-são ao vivo da TV Globo e emTempo Real, com vídeos, peloGLOBOESPORTE.COM.

COMO FOI A CORRIDA A largada transcorreu normal-mente, sem incidentes. Vettelmanteve a ponta, seguido deperto por Hamilton, Alonso eWebber. Massa começou bem,pressionando Rosberg durantetoda a primeira volta. Na pas-sagem seguinte, o piloto daFerrari conseguiu uma bela ultra-passagem por fora sobre oalemão, antes da chicane queantecede a reta de chegada.Entretanto, de nada adiantou aboa largada do brasileiro. Nasexta volta, Massa rodou sozinhona curva 1 e acabou caindo para a12ª posição. Partindo de 16º nogrid, Bruno chegou a ganhar umaposição, mas perdeu rendimentoe, na sexta volta caiu para 19ºapós ser ultrapassado pelo com-panheiro de Williams,Maldonado, que largou em 22ºem razão de uma troca de câm-bio. Em razão da rodada, Massa

alterou a estratégia de corrida efoi o primeiro a parar nos boxes,na 13ª passagem. No pelotão dafrente, Hamilton e Alonsocomeçaram a diminuir drastica-mente a diferença para o líderVettel, que ainda deu uma peque-na escapada no hairpin e quasefoi atingido pela McLaren doinglês.

A primeira rodada de pit stopsinverteu a situação dos trêsprimeiros colocados. Vettelseguiu para os boxes na 16ª volta.Hamilton parou na seguinte eganhou a posição do piloto daRBR. Alonso permaneceu na pistapor mais duas voltas e retornou àfrente dos dois após a parada.Mas o britânico deu o troco rapi-damente: ultrapassou o espanholantes da última chicane e assum-iu a ponta após Grosjean ir paraos pits.

Atrás do trio, a cerca de cincosegundos, vinham Raikkonen ePérez, que optaram por umaestratégia de apenas uma parada.Os dois só foram para os boxes navolta 41, voltando logo atrás deMassa, o sexto. O brasileiro con-seguiu imprimir um bom ritmo deprova, se manteve entre os maisrápidos da pista e recuperoudiversas posições após os pits dosrivais.

HAMILTON VENCE NO CANADÁ, ASSUMELIDERANÇA E MANTÉM ESCRITA DE 2012

REUTERS

>>> FÓRMULA 1

Britânico agora é o líderdo Mundial de Pilotos

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16ANA MONTEIRO

[email protected]

T U D O Q U E H Á !

“VALORIZA OS AMIGOS. RESPEITA OS ADVERSÁRIOS."

CHICO XAVIER

O QUE HÁ!Junto com o Dia dos Namorados, chegam às dúvidas sobre oque dar de presente à alma gêmea. Para facilitar a vida dosapaixonados, algumas marcas separam seus produtos em cat-egorias referentes ao estilo de cada um: “FINO CHARME” é aideia útil para os próprios namorados darem um start na es-colha do mimo, sem sair de casa, definindo o estilo que maiscombina com a sortuda, (o) que ganhará a surpresa. Ligueagora e receba em casa a visita da empresária Liziany Tavares:3221-3687 e 9642-4499

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ARRAIAL DOS PRIMOS & AMIGOS ja na sua 4ª edição acomemoração junina dos primos é um sucesso. Agoracom a parceria de Epifânio produções, Quinteto pro-duções e Revista Tô na Festa, o forró esse ano terá duasatrações. Será no dia 16 de junho, começa 16:00 e vai até02:00 da manhã, na Chacara São José no bairro da Ser-raria próximo a Florus. Será pago 35.00 reis por pessoa,(opem bar, cerveja e comida). Sé não aguenta pra que veio.....

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talhes para próxima edição do Alagoas Trend House. Este ano, homenagem à estilistaalagoana Vera Arruda.BALAKUBAKOS!ANARIÊ ANAVANTU...Começando as festas juninas muito milho, canjica e pamonha, se joguem no skindolêlê do

forró.

>>> AMOR EM ALTA! Empresário Verilson Torres e Gil Queiroga

>>> COLUNAVEIS ! Paulo Cunha e a executivaKyonara, (HSBC) com a primogênita Júlia, amoreterno

>>> NO ZIRIGIDUM DA SEARA!O jovemempresário Vel Torres e sua namorada

>>> DNA!Da Publisher RenataPais e seu primogênito

>>> EM CLIMADIA DOSNAMORADOS!O empresárioCarlos Leite esua esposa advogada SandraValéria eternosenamorados

>>> CHEERS!Para meu filho,

meu amor, minhavida, Filipe Mon-teiro. Aniversari-ante da semana

que passou,quem esqueceuainda da tempo parabeniza-lo