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A Situação Para Cristão No Iraque

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Page 1: A Situação Para Cristão No Iraque

A situação para os cristãos no Iraque

No Iraque, a situação da liberdade religiosa para os cristãos piorou durante o ano. Os cristãos não são livres para dar aos seus filhos recém-nascidos nomes cristãos ou ocidentais. Eles sentem a pressão aumentar com a possibilidade de um ataque das tropas norte-americanas. Dois cristãos foram assassinados em Bagdá. Um deles, uma freira, foi atacada por duas pessoas, decapitada e esfaqueada trinta vezes. Em setembro, uma Igreja Católica Romana do norte do Iraque foi invadida por jovens muçulmanos durante o serviço religioso. Vários membros da igreja ficaram gravemente feridos.

Convertido curdo é morto por atirador no norte do Iraque

"Bem-vindo ao Curdistão" - diz a placa na fronteira no norte do Iraque

2 de março, 2003

O cristão curdo Ziwar Mohammed Ismaeel (foto acima) foi morto a tiros no dia 17 de fevereiro na cidade de Zakho, no Curdistão iraquiano

Fontes locais informam que Ziwar, cuja profissão era motorista de táxi, foi morto a tiros de metralhadora por um atirador de cerca de 40 anos de idade. As razões do assassino são desconhecidas, apesar de amigos da vítima terem confirmado que depois da conversão de Ziwar há vários anos à fé cristã tinha causado controvérsia entre os muçulmanos locais. Ele deixa esposa e cinco filhos.

Desde o começo, os parentes de Ziwar fizeram forte oposição à sua conversão. Ao que se sabe, o seu corpo ainda está no hospital de Zakho, com sua família pouco disposta a reclamá-lo e incinerá-lo.

Quando Ziwar tornou-se cristão, sua família foi a um mulá muçulmano local (líder da mesquita) para perguntar o que fazer, já que ele havia deixado o islamismo. O mulá o declarou apóstata, e recomendou que ele fosse morto. Assim, alguns parentes seus o capturaram e o levaram para uma área distante, onde deram-lhe as opções de renunciar a fé cristã ou de ser morto.

Contudo, alguns amigos de Ziwar conseguiram resgatá-lo e o levaram para um local secreto. Mas Ziwar recusou-se a ficar lá por muito tempo, porque não queria demonstrar medo. "Com Jesus ao meu lado, não tenho nada a temer", comentou ele na época. "Eu tenho de voltar para minha família para dizer-lhes que mesmo que eles me matem, eu nunca vou negar a Cristo".

Nos anos seguintes, Ziwar testemunhou corajosamente a sua nova fé. Muitos passageiros do seu táxi ouviram o Evangelho, já que ele falava a todos que queriam ouvir.

Em 2001, quando ele foi detido pela primeira vez, os policiais encontraram três Bíblias em seu carro. Na delegacia de polícia foi-lhe dito que ele seria morto se não voltasse para o islamismo. Entretanto, ele foi solto cerca de duas semanas depois. Quando ele voltou para casa, o seu pai o estava esperando para matá-lo ali mesmo.

Seus amigos presenciando a forte discussão que aconteceu, pensaram que havia chegado a hora final de Ziwar. Rapidamente, eles juntaram seus pertences mais valiosos, incluindo duas caixas de Bíblias e livros e fugiram com eles para o escritório da igreja. Para surpresa deles,

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Ziwar apareceu no dia seguinte para pegar suas coisas. Ele estava até um pouco descontente pelo fato de seus amigos terem duvidado que ele poderia sobreviver.

Em maio de 2002, Ziwar foi preso outra vez, supostamente por motivos políticos. Durante o interrogatório policial, foi-lhe dito que alguns não gostavam que ele falasse de Cristo às pessoas.

Fonte: Portas Abertas

Cristãos iraquianos encontram força sob bombardeio

31 março, 2003

Alguns cristãos dizem que "este conflito forçou-nos a viver um para o outro"

"As orações de vocês por nós fizeram a diferença e continuam elevando nossos espíritos", dizem os cristãos do Iraque mesmo vivendo sob a experiência do bombardeio das forças de coalizão contra Bagdá, Mossul, Kirkuk, Basra e outras cidades.

"O moral entre as pessoas com as quais temos falado é mais alto do que esperávamos", disse um cristão em contato com a Igreja no Iraque. "No domingo (23 de março), alguns dos nossos amigos foram à igreja pela manhã. Durante a Oração do Senhor, quando eles terminavam as palavras ‘e livra-nos do mal’, ouviram uma terrível explosão não muito longe. Eles sabem que Deus está com eles, protegendo-os e encorajando-os".

Um homem disse que no início do conflito, todos na igreja estavam sentindo-se esgotados e com medo, mas quando eles sentiram Deus lhes falando, dizendo-lhes para serem encorajadores de outras pessoas, a força deles voltou, e eles agora sentem-se mais fortes do que estavam antes da guerra começar.

A bênção por trás da guerra

Vários cristãos tiveram suas casas danificadas por bombas, e uma mulher teve de ser tratada de ferimentos de estilhaços de bomba. Mas o conflito também despertou um senso de solidariedade e apoio entre as pequenas comunidades cristãs: as pessoas estão prontas a ajudar da forma como podem, fazem consertos provisórios nas casas, dão o suprimento que podem.

Uma mulher cristã que se recupera de uma recente operação de câncer está "com medo às vezes", mas espera o dia quando ela possa receber visitantes estrangeiros em sua casa novamente. Sua sobrinha disse que quando o bombardeio começa, eles se reúnem e cantam e oram até ele diminuir.

A esposa de um clérigo estava chorando ao telefone: ela está preocupada com sua filha mais velha que fica horrorizada quando se ouvem os aviões. Mas eles se apoiam mutuamente em família e tentam se manter ativos em ver as necessidades dos membros da igreja.

"Este conflito forçou-nos a viver um para o outro e ter o foco na ajuda mútua nestes momentos de grande perigo. Mas nós confiamos no sustento de Deus, em Sua proteção e força", disse um cristão iraquiano.

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Os cristãos estão também conscientes dos sofrimentos de seus vizinhos muçulmanos e tentam oferecer ajuda. O testemunho e a compaixão deles terá um grande impacto sobre suas comunidades, disse um líder cristão.

Para as muitas igrejas não-oficiais do Iraque, o início das hostilidades é uma bênção disfarçada. Com a atenção das autoridades focadas na invasão e nos bombardeios aéreos, há, de certa forma menos pressão sobre eles.

Entretanto, pode não demorar para que as autoridades se voltem contra os membros das igrejas clandestinas, acusando-os de estar em contato com o Ocidente. Até as comunidades cristãs tradicionais correm o risco de se tornarem alvos de retaliação para extremistas muçulmanos e, quanto mais tempo durar a guerra, mais os cristãos do Iraque ficam vulneráveis.

Fonte: Portas Abertas

*para saber mais sobre notícias de cristãos perseguidos vai para "Notícias do Mundo Religioso""

Funcionários de livraria iraquiana esperam mais problemasComplemento da revista Portas Abertas - abril 2003, vol.21 n°3

Estão chegando até nós grandes testemunhos do norte do Iraque.

Por um lado, a perseguição (principalmente por muçulmanos fundamentalistas) continua, mas, por outro, a Igreja ganhou de fato a confiança das autoridades e isso pode ser de grande valia. Por exemplo, os cristãos têm permissão para administrar algumas livrarias nesta região. Além disso, o Senhor revela-se de formas milagrosas na vida pessoal dos cristãos iraquianos.

No norte do Iraque há várias livrarias cristãs, o que é uma grande bênção em um país muçulmano. Entretanto, alguns grupos fundamentalistas prefeririam que essas livrarias desaparecem. Recentemente, o funcionário de uma livraria teve de fugir e esconder-se quando alguns deles invadiram sua casa. Outro funcionário de outra livraria foi, de fato, seqüestrado e levado ao escritório do partido islâmico. Lá ele foi espancado o dia todo. Felizmente ele foi solto no final do dia. Os funcionários da livraria pensam que esses acontecimentos são apenas um advertência e acham que mais coisas acontecerão. Eles não saem depois do escurecer e nem sozinhos.

Outro contato do norte do Iraque contou-nos a seguinte história:

"Eu acordei uma noite sentindo-me muito inquieto. Para minha surpresa, minha esposa e outras pessoas, que moram na minha casa, também acordaram e sentiram a mesma coisa. Por isso, nós nos sentamos juntos e começamos a orar e a louvar o Senhor.

Em um hospital de uma cidade distante de onde eu vivia, uma mulher cristã estava em trabalho de parto naquele exato momento. Era um parto difícil e a situação ficava cada vez

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mais grave. Quando ela finalmente deu à luz o bebê, este já havia morrido. A mulher, que estava muito fraca, teve uma parada cardíaca.

O médico saiu apressado para conseguir a máquina para reativar o coração da paciente. Fora da sala de operação, seu marido e alguns parentes estavam aguardando e, quando viram o médico correndo, perceberam que algo estava errado.

Eles começaram a orar quando o médico entrou de novo com a máquina. Alguns momentos depois ele saiu novamente da sala de operação. "Tenho certeza que ela morreu, mas ela voltou à vida antes que eu pudesse usar a máquina", disse ele à família da mulher.

A mulher passa bem agora. O acontecimento foi um enorme encorajamento para esse casal e para mim. Eu fiquei sabendo do que aconteceu durante minha noite de insônia somente bem depois".

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o que aconteceu durante minha noite de insônia somente bem depois".

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