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SEU DINHEIRO A SUA REVISTA DE FINANÇAS PESSOAIS #98 OFERECIMENTO: PREPARE O BOLSO GASOLINA DEVE SUBIR 5% E A ENERGIA 15% EM 2013 LUGAR PARA OS PEQUENOS BOVESPA QUER ATRAIR PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS POUPANÇA EM ALTA CAPTAÇÃO CONTINUA BATENDO RECORDES JURO MAIOR, INFLAÇÃO MENOR Nova política do BC estimula aplicações em renda fixa CRÉDITO FARTO NA CASA PRÓPRIA FINANCIAMENTOS DA CAIXA JÁ PASSAM DE R$ 51 BILHÕES

a sua revista de finanças pessoais Juro maior, inflação menor · o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) entende ser apropriada a intensifi-cação do ritmo

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seudinheiro a sua revista de finanças pessoais

#98

oferecimento:prepare o bolso

Gasolina deve subir 5% e a enerGia 15%

em 2013

lugar para os pequenos

bovespa quer atrair pequenas e médias

empresas

poupança em alta

Captação Continua

batendo reCordes

Juro maior, inflação menorNova política do BC estimula aplicações em renda fixa

crédito farto na casa própria

FinanCiamentos da Caixa já passam de

r$ 51 bilhões

Juro maior, inflação menor

Nova política do BC estimula aplicações em renda fixa

Juros

o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) entende ser apropriada a intensifi-cação do ritmo de ajuste da taxa básica de juros, a Selic. A informação foi divulgada na ata da últi-

ma reunião do comitê, nos dias 28 e 29 de maio, quando foi decidido intensificar o ritmo de alta da Selic.

Em abril, o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto percentual. Já no mês passado, a elevação chegou a 0,50 ponto percen-tual, levando a taxa básica a 8% ao ano.

A ação do Copom tem como objetivo conter o aumento da inflação no país. Na ata, o Copom considera que o nível ele-vado de inflação e a dispersão de aumentos de preços con-tribuem para que a inflação mostre resistência.

O Copom destaca que neste contexto, a dinâmica da inflação também é influenciada por mecanismos formais e informais de indexação e a piora na percepção dos agentes econômi-cos sobre a própria dinâmica dos preços. “Tendo em vista os

danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, faz-se necessá-rio que, com a devida tempestividade, o mesmo seja reverti-do”, diz o Copom, acrescendo a necessidade de intensificar o ritmo de aumento da Selic.

Juros

A decisão do Copom, formado por diretores e presidente do BC, de elevar a Selic foi unânime. “O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e as-segurar que essa tendência persista no próximo ano”, acres-centa o Copom.

Mas, de acordo com o comitê, no curto prazo, a inflação em 12 meses ainda apresenta tendência de elevação e que o ba-lanço de riscos para o cenário prospectivo se apresenta des-favorável.

Kelly OliveiraRepórter da Agência Brasil

O Copom reforçou que “em momentos como o atual, a po-lítica monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no hori-zonte relevante para a política monetária [taxa Selic]”.

Cabe ao BC fazer com que a inflação fique na meta, que tem como centro 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Mas a inflação deve ficar acima do valor central da meta, neste ano. Em 12 meses encerra-dos em abril, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 6,49%.

6,49% é a inflação acumulada

nos últimos doze meses

4,5% é a meta do Banco Central

recorde atrás de recordePoupança tem captação líquida de R$ 5,6 bilhões em maio

Poupança

R$ 18,8 bi é a captação líquida nos primeiros cinco meses do ano

o s depósitos em poupança supe-raram os saques em R$ 5,625

bilhões em maio, segun-do dados divulgados pelo Banco Central (BC). Essa é a segunda maior captação líquida (depósitos maiores que retiradas) deste ano, perdendo para março (R$ 5,960 bilhões), mas ficou abaixo do resultado recor-de de maio de 2012 (R$ 6,262 bilhões).

Nos cinco meses do ano, a captação líquida de R$ 18,822 bilhões é recorde para o período, na série histórica do BC, iniciada em 1995.

No mês passado, os de-pósitos ficaram em R$ 119,324 bilhões e os saques em R$ 113,699 bilhões. Foram creditados R$ 2,297 bilhões de rendimentos no mês. O saldo dos depósitos em poupança ficou em R$ 526,648 bilhões.

Poupança

Kelly OliveiraRepórter da Agência Brasil

Com a elevação da taxa básica de juros, a Selic, para 8% ao ano, no dia 29 de maio, a poupança passou a render mais. Por causa da fórmula em vigor desde o ano passado, que atrelou a remu-neração da caderneta aos juros básicos, o rendi-mento da aplicação subiu de 5,25% para 5,6% ao ano.

Pela regra em vigor, quando a taxa Selic estiver maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a taxa referencial (TR). Sempre que os juros básicos da economia estiverem iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR. A taxa referencial é igual a zero quando a Selic está igual ou menor que 8% ao ano, o que torna o ren-dimento totalmente atrelado aos juros básicos.

Esse cálculo só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. A pou-pança é isenta de taxa de administração e de im-postos.

lugar para os pequenosBovespa tem projeto para incluir pequenas e médias empresas no mercado de capitais

Bolsa

18 mil empresas com potencial para abertura de capital já foram identificadas pela Bovespa

a Bolsa de Valo-res de São Paulo (BM&FBovespa) apresentou um

projeto para aumentar o acesso das pequenas e mé-dias empresas ao merca-do de capitais. O projeto, apresentado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo diretor-presidente da Bovespa, Edmir Pinto, tem envolvimento da Comis-são de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES). A proposta ainda será avaliada pela equipe econômica.

Ao explicar o projeto, Ed-mir Pinto disse que a ideia é instituir uma política fiscal que dê incentivos a todos os investidores que comprarem papéis (títulos e ações) de pequenas e mé-dias empresas. “Não será só para pessoas físicas. O incentivo será por meio da isenção do Imposto de Renda sobre ganhos de

Bolsa

Daniel LimaRepórter da Agência Brasil

capital. O projeto é transformar o Brasil em um grande mercado para essas empresas”, resumiu.

O projeto da Bovespa destina-se a empresas com faturamento anual de até R$ 500 milhões, mas esse valor poderá ser modificado pelo governo, explicou Pinto. Segundo ele, já foram identifica-das potencialmente 15 mil empresas com fatura-mento anual entre R$ 40 milhões e R$ 400 mi-lhões por ano que poderão participar da abertura de capital, caso a proposta seja aprovada pelo governo.

“O ministro Mantega foi muito receptivo. Gostou do projeto, já que é um grande incentivador do crescimento da pequenas e médias empresas. O projeto é grandioso. Visitamos vários países para ver como isso é feito”, disse o presidente da Bo-vespa.

Edmir Pinto acredita que, com os incentivos, é possível trazer os futuros compradores desses papéis para o mercado de capitais. “O potencial é extraordinário, mas precisamos ter um com-prador para esse tipo de papel. Os papéis de pe-quenas e médias empresas trarão obviamente rentabilidade alguns anos depois. As empresas precisam do dinheiro para financiamento e ex-pansão, para, depois, dar dividendos”, concluiu.

Gasolina

prepare o bolso Copom mantém projeção de

reajuste da gasolina em 5% e da energia elétrica em 15%, este ano

a projeção de reajuste no preço da gasolina, neste ano, foi mantida em 5%. A estimativa é do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Também foi mantida a projeção de recuo de 15% na tarifa residencial de eletricidade. Segundo o Copom, essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas pelo go-verno, bem como reajustes e revisões tarifárias ordi-nários programados para este ano.

Na semana passada, a comissão mista que analisa a Medida Provisória 609 aprovou o relatório do depu-tado Edinho Araújo (PMDB-SP). O texto trata da de-soneração de 38 itens da cesta básica. Nesse projeto, foram incluídos os pontos da MP 605 que tratavam das medidas para redução na conta de luz.

A junção das duas matérias foi a solução encontrada pelos líderes governistas para salvar a desoneração da energia elétrica depois que a MP 605 perdeu a va-lidade por decurso de prazo, porque não foi votada no Senado.

O Copom também manteve projeção de estabilidade no preço do botijão de gás de bujão e redução de 2% da tarifa de telefonia fixa em 2013. Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2013, a estimativa caiu para 2,5%, ante 2,7% considerados em abril pelo Copom. Para 2014, foi mantida a projeção de 4,5%.

Gasolina

Kelly OliveiraRepórter da Agência Brasil

Financiamento

crédito farto na casa própriaContratos imobiliários chegam a R$ 51,2 bilhões na Caixa

Financiamento

Da Agência Brasil

572 mil contratos já foram assinados nos cinco primeiros meses do ano

a Caixa Econômi-ca Federal atin-giu volume de R$ 51,2 bilhões em

contratações de crédito imobiliário, nos primei-ros cinco meses deste ano, com crescimento de 39,7% em relação ao mesmo pe-ríodo de 2012 (R$ 36,65 bilhões). Até 31 de maio de 2013, o banco assinou 572 mil contratos, com aplica-ção média diária de R$ 502 milhões. A meta da Caixa é aplicar R$ 126 bilhões no crédito para casa própria, até o final de 2013.

Do total aplicado, R$ 31 bilhões foram destinados à aquisição de imóveis pron-tos (novos ou usados) e R$ 20,2 bilhões ao financia-mento para produção de empreendimentos habita-cionais.

Pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, foram contratadas, em todo o país, desde 2009 até maio deste ano, mais de 2,6

milhões de unidades habitacionais. Desse total, mais de 1,2 milhão já foram entregues a seus be-neficiários. A expectativa é que, até 2014, o Pro-grama tenha contratado 3,4 milhões de habita-ções.

O banco também informou que até o dia 26 de maio de 2013, a 9ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria registrou mais de 319 mil visitan-tes, com volume de R$ 12,2 bilhões, em negócios assinados e encaminhados, o que representa um crescimento de 13,08%, em comparação à edição anterior, que realizou R$ 10,82 bilhões em ne-gócios. O feirão ainda será realizado em Belém (PA), Campinas (SP) e Recife (PE), no período de 14 a 16 de junho.