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A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, BRASIL, SOB A ÓTICA DE TÉCNICOS DA BRASIL, SOB A ÓTICA DE TÉCNICOS DA EXTENSÃO RURAL EXTENSÃO RURAL EXTENSÃO RURAL EXTENSÃO RURAL SUSTAINABILITY IN AGRICULTURAL ACTIVITIES DEVELOPED IN THE SUSTAINABILITY IN AGRICULTURAL ACTIVITIES DEVELOPED IN THE WESTERN REGION OF SANTA CATARINA BRAZIL FROM THE WESTERN REGION OF SANTA CATARINA BRAZIL FROM THE WESTERN REGION OF SANTA CATARINA, BRAZIL, FROM THE WESTERN REGION OF SANTA CATARINA, BRAZIL, FROM THE VIEWPOINT OF RURAL EXTENSION TECHNICIANS VIEWPOINT OF RURAL EXTENSION TECHNICIANS Antonio Waldimir Leopoldino da Silva (UDESC / UFSC) Paulo Maurício Selig (UFSC) Á Alexandre de Ávila Lerípio (UNIVALI / UFSC) Cláudia Viviane Viegas (UFRGS)

A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA … · A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA ... BRASIL, SOB A ÓTICA DE TÉCNICOS DA EXTENSÃO RURAL ... agricultura

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A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE A SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA AGROPECUÁRIA DESENVOLVIDA NA

REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, ÉÉBRASIL, SOB A ÓTICA DE TÉCNICOS DA BRASIL, SOB A ÓTICA DE TÉCNICOS DA

EXTENSÃO RURALEXTENSÃO RURALEXTENSÃO RURALEXTENSÃO RURALSUSTAINABILITY IN AGRICULTURAL ACTIVITIES DEVELOPED IN THE SUSTAINABILITY IN AGRICULTURAL ACTIVITIES DEVELOPED IN THE 

WESTERN REGION OF SANTA CATARINA BRAZIL FROM THEWESTERN REGION OF SANTA CATARINA BRAZIL FROM THEWESTERN REGION OF SANTA CATARINA, BRAZIL, FROM THE WESTERN REGION OF SANTA CATARINA, BRAZIL, FROM THE VIEWPOINT OF RURAL EXTENSION TECHNICIANSVIEWPOINT OF RURAL EXTENSION TECHNICIANS

Antonio Waldimir Leopoldino da Silva (UDESC / UFSC)Paulo Maurício Selig (UFSC)

ÁAlexandre de Ávila Lerípio (UNIVALI / UFSC)Cláudia Viviane Viegas (UFRGS)

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOA clara insustentabilidade do modelo agrícola dominante

(“agricultura convencional”).( agricultura convencional ).

O advento da “agricultura sustentável”.

Sustentabilidade como conceito e concepção pessoal e subjetivasubjetiva.

Papel da extensão rural na difusão de conceitos dePapel da extensão rural na difusão de conceitos de sustentabilidade agropecuária.

Objetivo do trabalho: avaliar a percepção dos extensionistas da EPAGRI e Projeto Microbacias 2 (MB-2) – atuando na Região Oeste Catarinense – sobre o grau de sustentabilidade da atividade agropecuária local.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOMESORREGIÕES DE SANTA CATARINAMESORREGIÕES DE SANTA CATARINA

OESTE CATARINENSEOESTE CATARINENSEOESTE CATARINENSEOESTE CATARINENSE

62% milho58% soja57% t i57% trigo76% suínos70% frangos70% frangos72% leite

(IBGE, 2008)

METODOLOGIAMETODOLOGIA

Survey com extensionistas da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) – Gerências deExtensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) – Gerências de Chapecó, Maravilha, Palmitos, São Lourenço do Oeste e Xanxerê (58 municípios)Xanxerê (58 municípios).

74 efetivos da Empresa (grupo “EPAGRI”)42 vinculados ao Projeto Microbacias 2 (grupo “MB 2”)42 vinculados ao Projeto Microbacias 2 (grupo “MB-2”)

Questionário semiestruturado não disfarçado, perguntasQuestionário semiestruturado não disfarçado, perguntas abertas e fechadas (autopreenchimento), aplicado entre julho e agosto de 2009.ju o e agosto de 009

“Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”.

Não houve limitação de tempo.

METODOLOGIAMETODOLOGIAPALMITOSPALMITOS XANXERÊXANXERÊ

MARAVILHAMARAVILHA SÃO LOURENÇO DO OESTESÃO LOURENÇO DO OESTE

RESULTADOSRESULTADOS

CARACTERÍSTICAS DO PÚBLICO AMOSTRAL

Faixa etária: 20 a 60 anosMédias: 40,7 9,2 anos (EPAGRI)( )

29,8 7,7 anos (MB-2)Gênero masculino: 67,2%Gênero masculino: 67,2%

Titulação:Ensino médio (19); cursando graduação (16);graduados (36); cursando especialização (4);

i li (3 ) (6)especialistas (35); mestres (6).Formação acadêmica: Dos 81 graduados, 74,1% em ç g , ,

Agronomia e 11,1% em Pedagogia.

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DO EXTENSIONISTA SOBRE O GRAU DE

SUSTENTABILIDADE DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA (%) ( ) EM SANTA CATARINA OU (b) EM QUE ELE PARTICIPA

60(a) EM SANTA CATARINA OU (b) EM QUE ELE PARTICIPA

Santa Catarina56,1

40

50Santa Catarina

Atividade em que o técnico participa

46,6

36 2

44,8

30

40

Bases: 116116 e 115 115

36,2

20extensionistas

00

10 6,0 3,4 1,75,2

0,0 0,0

Nada sustentável

Pouco sustentável

Medianamente sustentável

Muito sustentável

Totalmente sustentável

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DO EXTENSIONISTA QUANTO AO GRAU DE

PREOCUPAÇÃO OU ATENÇÃO DO PRODUTOR RURAL EM RELAÇÃO À SUSTENTABILIDADE DE SUAS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS (%)À SUSTENTABILIDADE DE SUAS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS (%)

Base: 114 extensionistas50 9%%

Base: 114 extensionistas50,95500

31,63300

8,8 5 21010

Nenhum Desprezível Pequeno Razoável Elevado Muito

3,5, 5,2

0,01010

Nenhum  Desprezível Pequeno Razoável Elevado Muito elevado

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DO EXTENSIONISTA QUANTO À POSIÇÃO DO

PRODUTOR DURANTE O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA, FRENTE À SUSTENTABILIDADE DAS PRÁTICAS RECOMENDADASFRENTE À SUSTENTABILIDADE DAS PRÁTICAS RECOMENDADAS

Não sabe responderPreferem técnicas não sustentáveis

7,8%

Não sabe responder1,7%

,

Preferem técnicas t tá i ã

São indiferentes à sustentabilidade

das práticas

sustentáveis, mas não exigem seu emprego40,9%

das práticas49,6%

Só adotam técnicasSó adotam técnicas sustentáveis0,0%Base: 115 extensionistas

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DO EXTENSIONISTA QUANTO À FREQUÊNCIA COM

QUE EMPREGA CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE E À FREQUÊNCIA COM QUE CONSEGUE REPASSÁ LOS AO PRODUTORFREQUÊNCIA COM QUE CONSEGUE REPASSÁ-LOS AO PRODUTOR

ÍNDICE DE ÊXITOÍNDICE DE ÊXITOFREQUÊNCIA DE EMPREGOFREQUÊNCIA DE EMPREGO

RaramenteNunca Ocasionalmente

Sempre: 2,6%Não tentou: 0,9%

Não tem conseguido

QU C GOQU C GO

Sempre13,8%

Nunca0,0% 13,8% conseguido

1,7%

Maior parte das vezes

35,4%

Poucas vezes37,9%

Maior parte das vezes75,9% Metade

das vezesdas vezes21,5%

Bases: 116 extensionistas

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DOS EXTENSIONISTAS QUANTO AO PERCENTUAL DE

PRODUTORES RURAIS ASSISTIDOS QUE ADOTA MEDIDAS SUSTENTÁVEIS EM SUA PROPRIEDADE (%)

35SUSTENTÁVEIS EM SUA PROPRIEDADE (%)

29 4ção Base: 109 extensionistas

25

30 29,4

a in

dica

ç

67%

2020,2

17,4

fizer

am a

10

15

10,1

cos

que

f

9,2

Média: 29,2%Moda: 20% (18x)

5

10

de té

cnic

5,5

0 9 0 9

3,72,7

00–10

Percentual de produtores rurais que adota medidas sustentáveis

% d

91–100 81–90 31–40 11–20 21–30 71–80 61–70 51–60 41–50

0,9 0,9

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DOS EXTENSIONISTAS QUANTO AO MAIOR PROBLEMA

DO MEIO RURAL REGIONAL EM TERMOS DE SUSTENTABILIDADEPROBLEMA APONTADO %

Degradação ambientalU i d t i f lt d ã bi t l i ãUso excessivo de recursos naturais; falta de preocupação com ambiente; poluição; dejetos; desmatamento; contaminação de água e solo 23,3

ConhecimentoFalta de conhecimento (capacitação) de produtores e técnicos; perda do conhecimento tradicional do produtor; baixo grau de instrução 19,8

Fator econômicoFator econômicoNecessidade de renda ou produzir mais; valorização da renda acima de aspectos ambientais e sociais; imediatismo econômico 19,8

Conjuntura “macro”Conjuntura macroPreços; globalização; política agrícola; domínio de empresas; desvalorização dos produtos; falta de mão-de-obra 12,1

D dê iDependênciaDependência de insumos externos e de entidades financeiras 9,5Questão aberta, resposta múltipla Base: 116 extensionistas

RESULTADOSRESULTADOSPERCEPÇÃO DOS EXTENSIONISTAS QUANTO AO MAIOR PROBLEMA

DO MEIO RURAL REGIONAL EM TERMOS DE SUSTENTABILIDADE (cont.)PROBLEMA APONTADO %

Questões psicossociais do produtor ruralBaixa autoestima e motivação; comodismo; individualismo; desestímulo; falta de 9 5Baixa autoestima e motivação; comodismo; individualismo; desestímulo; falta de ambição; falta de consciência 9,5

GerenciamentoFalhas de planejamento; organização e administração da propriedade rural 6,9Falhas de planejamento; organização e administração da propriedade rural 6,9AgroquímicosUso indiscriminado de adubos químicos e agrotóxicos 6,0Orientação técnicaVisão equivocada da extensão rural; falta de direcionamento à sustentabilidade;pouca procura dos agricultores por orientação técnica 6,0p p g p çTecnologiaPacotes tecnológicos; tecnologia não adequada ou mal empregada; pressão de empresas que comercializam insumos; sistemas impostos por agroindústrias 5,2empresas que comercializam insumos; sistemas impostos por agroindústriasOutros aspectos 15,5Questão aberta, resposta múltipla Base: 116 extensionistas, p p

RESULTADOSRESULTADOSVários autores registraram o cenário aqui apresentado

(TESTA et al., 1996; NOTTAR, 2004; DENARDIN e(TESTA et al., 1996; NOTTAR, 2004; DENARDIN e SULZBACH, 2005; MELLO e MARQUES, 2007).

A Região vive uma “síndrome de insustentabilidade do modelo agropecuário” – Ambiental / Social / Econômico.

Agricultura sustentável como serviço ambiental.

Os agropecuaristas deveriam ser remunerados de acordo com o grau de sustentabilidade de seus sistemas?acordo com o grau de sustentabilidade de seus sistemas?

Sim: 57,8%Não: 16 4%Não: 16,4%Não tem opinião formada: 25,8%

CONCLUSÕESCONCLUSÕESSegundo a percepção dos extensionistas rurais:

Nível de sustentabilidade da agropecuária do OesteNível de sustentabilidade da agropecuária do Oeste Catarinense aquém do desejável.

Pequena preocupação dos produtores com a questãoPequena preocupação dos produtores com a questão.Baixa frequência de êxito do processo de transmissão

de conhecimentos sobre sustentabilidadede conhecimentos sobre sustentabilidade.Degradação ambiental; deficiência de conhecimento e

ã d f t ô i ã i i i blpressão do fator econômico são os principais problemas.

“Síndrome de insustentabilidade” da agropecuária daSíndrome de insustentabilidade da agropecuária da Região Oeste Catarinense.

Maior parte dos extensionistas concorda com pagamento de acordo com a sustentabilidade do processo produtivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDenardin, V.F., Sulzbach, M.T., 2005. Os possíveis caminhos da sustentabilidade para a agropecuária da Região Oeste de Santa C t i D l i t Q tã 3 6 87 115Catarina. Desenvolvimento em Questão. v.3, n.6, 87-115.

Mello, M.A., Marques, F.C., 2007. Da crise ambiental à construção de um , , q , , çprojeto de desenvolvimento rural. Revista Brasileira de Agroecologia, v.2, n.2, p.74-77.

Nottar, L.A., 2004. A (in)sustentabilidade da suinocultura e a atividade leiteira diante das perspectivas de viabilização sócio-econômica da p p çagricultura familiar no Oeste Catarinense. Dissertação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, FURB, Blumenau, B ilBrasil.

Testa, V.M., Nadal, R., Mior, L.C., Baldissera, I.T., Cortina, N., 1996. O , , , , , , , , , ,desenvolvimento sustentável do Oeste Catarinense (Proposta para discussão). Epagri, Florianópolis.

MUITO OBRIGADO !MUITO OBRIGADO !AntonioAntonio WaldimirWaldimir LeopoldinoLeopoldino da Silva (UDESC / UFSC)da Silva (UDESC / UFSC)

t i @ d bt i @ d [email protected]@udesc.br