A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS · o pronunciamento do juiz sÓ serÁ sentenÇa se a) contiver uma das matÉrias prevista no cpc 267 ou 269 e, cumulativamente,

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS

● ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE ALAGOAS - ESMAL


● TODA DEMANDA DEDUZIDA EM JUÍZO TRAZ EM SI A SOMA DE DUAS PRETENSÕES, OU SEJA, DE DUAS ASPIRAÇÕES QUE O DEMANDANTE APRESENTA AO JUIZ EM BUSCA DE RECONHECIMENTO E SATISFAÇÃO (CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO).

● ISSO VALE TANTO PARA AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS COMO PARA AS SENTENÇAS.


● A PRIMEIRA PRETENSÃO, DE DIRETA RELEVÂNCIA SUBSTANCIAL, PORQUE ENVOLVIDA COM BENS E SITUAÇÕES DE VIDA COMUM AOS LITIGANTES EM SOCIEDADE, É A QUE, NO PROCESSO, VEM A CONSTITUIR O SEU OBJETO, OU O MÉRITO DA CAUSA.

● SATISFAZÊ-LA É OUTORGAR AO DEMANDANTE O BEM OU SITUAÇÃO A QUE NÃO TERIA DIREITO SENÃO MEDIANTE A VIA DO PROCESSO.


● A SEGUNDA PRETENSÃO QUE A DEMANDA INICIAL APRESENTA AO JUIZ – E QUE ANTECEDE LOGICAMENTE ÀQUELA – CONSISTE NA ASPIRAÇÃO A UM PROVIMENTO JURISDICIONAL EM RELAÇÃO À PRIMEIRA.

● PARA QUE O MÉRITO POSSA SER JULGADO, ISTO É, PARA QUE O DEMANDANTE TENHA DIREITO AO JULGAMENTO A SEU RESPEITO, CERTOS CONHECIDOS REQUISITOS SÃO INDISPENSÁVEIS – E SÃO OS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO JULGAMENTO DO MÉRITO.


● QUAIS SÃO AS DECISÕES JUDICIAIS?

– DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (CPC, ART. 162, § 2º)

– SENTENÇA (CPC, ART. 162, § 1º)


● O PRONUNCIAMENTO DO JUIZ SÓ SERÁ SENTENÇA SE a) CONTIVER UMA DAS MATÉRIAS PREVISTA NO CPC 267 OU 269 E, CUMULATIVAMENTE, b) EXTINGUIR O PROCESSO, PORQUE SE O PRONUNCIAMENTO FOR PROFERIDO NO CURSO DO PROCESSO, ISTO É, SEM QUE SE LHE COLOQUE TERMO, DEVERÁ SER DEFINIDO COMO DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.


● TIPOS DE DECISÕES E SENTENÇAS

– DECLARATÓRIAS– CONDENATÓRIAS– CONSTITUTIVAS– MANDAMENTAIS– EXECUTIVAS LATU SENSU


● JULGO PROCEDENTE O PEDIDO (OU JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO) PARA DECLARAR O DIREITO DO AUTOR A...

● JULGO PROCEDENTE O PEDIDO (OU JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO) PARA CONDENAR O RÉU A...

● JULGO PROCEDENTE O PEDIDO (OU JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO) PARA RESCINDIR (OU ANULAR) O CONTRATO; PARA ALTERAR AS CLÁUSULAS CONTRATUAIS DE MODO A RESTABELECER O EQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO DO CONTRATO ETC.

● CONCEDO A SEGURANÇA PARA DETERMINAR À AUTORIDADE IMPETRADA QUE...


● O RELATÓRIO– A FUNÇÃO DO RELATÓRIO É, BASICAMENTE,

ORGANIZAR OS ARGUMENTOS E PROVAS APRESENTADAS PELAS PARTES; EM UMA PALAVRA, DELIMITAR A LIDE, TRAÇAR OS LIMITES OBJETIVOS DA LIDE, APRESENTAR AS QUESTÕES QUE DEVERÃO SER ANALISADAS E DECIDIDAS PELO JULGADOR.

– ALÉM DISSO, O RELATÓRIO DEVE CONTER O HISTÓRICO DOS ATOS PROCESSUAIS OCORRIDOS NO PROCESSO QUE POSSAM INFLUENCIAR NA SENTENÇA.


● ESTRUTURAÇÃO LÓGICA X ESTRUTURAÇÃO CRONOLÓGICA DO RELATÓRIO – DIFERENÇA

– A PRIMEIRA SE PREOCUPA EM FORNECER TODOS OS ELEMENTOS RELEVANTES E NECESSÁRIOS PARA O JULGAMENTO DA CAUSA, QUE SERÁ FEITO NA FUNDAMENTAÇÃO;

– A SEGUNDA PREOCUPA-SE EM RELATAR TODOS OS ATOS DO PROCESSO E NÃO SOMENTE AQUELES QUE TERÃO IMPORTÂNCIA PARA O JULGAMENTO DA CAUSA.


● ESQUEMA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO NA LINHA DA ESTRUTURAÇÃO LÓGICA:

1. Trata-se de [tipo de ação] proposta por [autor] em face de [réu], todos devidamente qualificados na petição inicial.

Obs.: a qualificação das partes na sentença não é obrigatória, apenas os seus nomes, conforme o disposto no artigo 458, I, do CPC.


● 2. A parte autora pede [resumo do pedido].

– Obs.: para apresentar as partes e o pedido, no primeiro parágrafo do relatório, utilizam-se os verbos TRATAR OU CUIDAR no impessoal, ou ainda a fórmula: O autor, qualificado na petição inicial, propõe a presente ação ordinária em face do réu, na qual pede...

– O pedido deve ser relatado após o nome das partes; pode ser no mesmo parágrafo ou no parágrafo seguinte.

– E quando há pedido de antecipação de tutela?


● 3. Exposição dos fatos mediante a utilização dos seguintes verbos: historiar, relatar, aduzir, dizer, asseverar, contar, declarar.Obs.: Aqui se expõe uma parte da causa de pedir deduzida na petição inicial, uma vez que ela compõe-se de: fatos e fundamentos jurídicos do pedido.

● É interessante que se divida a narrativa dos fatos em tantos parágrafos quanto necessário à exposição clara da matéria fática deduzida na petição inicial.


● 4. Exposição dos fundamentos jurídicos do pedido, mediante a utilização dos seguintes verbos: argumentar, alegar, arrazoar, declarar, defender, advogar, ponderar, aduzir, invocar etc.

● Obs.: A exposição dos argumentos jurídicos deve ser feita em parágrafos sucessivos, cada um deles contendo um ou mais argumentos relacionados.

● Aqui resulta completa a tarefa do relator em relação a crucial especificação da causa de pedir, porquanto imprescindível às conclusões que constarão do dispositivo da sentença.


● 5. Apresentada a causa de pedir, é chegada a hora de deixar evidenciada as alegações da parte autora no que diz com as provas produzidas ou trazidas aos autos juntamento com a petição inicial.

● Costuma-se lançar mão das seguintes fórmulas:– A parte autora pretende provar o alegado mediante...– A fim de provar o alegado a parte autora...

● Obs.: Em relação às provas produzidas no curso da instrução processual, a exemplo da prova oral e pericial, convém destinar um parágrafo especifico para falar delas depois de relatada a resposta do réu.


● 6. Pagamentos de custas ou eventual isenção em razão de beneficiário da justiça gratuita.

● 7. Decisão acerca do pedido de antecipação de tutela/liminar

– Obs.: Aqui, inclusive, deve o relator informar os motivos pelos quais não foi possível a apreciação do pedido de antecipação de tutela antes do momento da prolatação da sentença, na medida em que, nos casos em que a causa comportar julgamento antecipado, é possível a concessão da pretensão antecipatória na própria sentença.

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS● 8. Aqui, a exemplo do que ocorreu quando do relato

do conteúdo da petição inicial, deve-se relatar todo o conteúdo da resposta do réu. Nesse contexto, costuma-se fazer uso das seguintes fórmulas:

– A parte ré, citada pelo...por..., contesta a demanda com base nos seguintes argumentos [resumo da contestação]; ou

– Citada, a parte ré apresentou contestação à demanda às fls...

● Obs.: É importante ficar atento para os casos de respostas com natureza jurídica diversa da contestação, tais como: reconvenção, ADI, intervenções de terceiros etc.


● 8.1 Preliminares

– Obs.: Cuidado para não confundir as preliminares de natureza processual com as preliminares de mérito ou ainda com as chamadas questões prejudiciais [eventualmente tais questões podem ser deduzidas pela via da ação declaratória incidental].

● Aqui são comuns fórmulas como:– Preliminarmente, o réu aduz [argumenta, advoga, alega

etc.]...ou– Em sede de preliminar, o réu defende [argumenta,

arrazoa, aduz, assevera etc.]...


● 8.2 Argumentos de mérito. Utilização dos verbos argumentar, alegar, arrazoar, declarar, defender, advogar, ponderar, aduzir, invocar, além de outros menos comuns como reclamar, redarguir, contra-argumentar, contra-arrazoar etc.

● Obs.: também aqui vale o que foi dito em relação ao relato do conteúdo da petição inicial, devendo-se separar as alegações de fato das relacionadas com os fundamentos jurídicos e, ainda, no que diz respeito às provas produzidas na resposta e as que se pretende produzir no curso da instrução.


● Continuação das observações:– É importante que seja ressaltado, neste momento do

relatório, eventual posicionamento do réu que não faça objeção aos fatos articulados pela parte autora, mas apenas à qualificação jurídica dada aos fatos ou mesmo às consequências jurídicas pretendidas pelo demandante.

– No caso de existirem dois ou mais com advogados diferentes e respostas autônomas, utilizando-se do esquema referido, convém pontuar uma a uma às resposta apresentadas, respeitando-se a divisão supracitada quanto às alegações de fato, os fundamentos jurídicos do pedido e às alegações atinentes as provas.


● 9. Provas produzidas: documentos apresentados após a petição inicial e a contestação, audiências realizadas, testemunhas ouvidas, prova pericial.Obs.:

– não é necessário o detalhamento da prova. A análise do material probatório será feita apropriadamente na fundamentação da decisão ou sentença.

– Nos processos que envolvem matéria de fato que necessite produção de prova, é de fundamental importância constar, do relatório, referência quanto ao despacho que oportunizou o requerimento e a especificação de provas pelas partes.


● Continuação das observações anteriores:– É importante também constar do relatório o resultado quanto

ao atendimento pelas partes do despacho de especificação de provas, porquanto isso pode influenciar na questão do ônus da prova.

– Também deve constar do relatório, nesse contexto, eventual decisão do magistrado que tenha indeferido qualquer pleito de admissão de prova tanto das partes como de eventual terceiro interveniente. Ainda, outros despachos e decisões quanto à matéria probatória.

– Se o caso for de indeferimento da prova no momento de sentenciar, julgando a lide de forma antecipada, impõe-se que tal decisão conste da abertura da fundamentação.


● Outras questões atinentes ao relatório:

– Ementa;– Vistos etc.– Denominação das partes;– Conteúdo decisório no relatório;– Dispensa de relatório;


● FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES E DAS SENTENÇAS.

– LEITURA DAS PÁGINAS 139/141 DO LIVRO SENTENÇA CÍVEL DO AUTOR NAGIBE DE MELO JORGE NETO.

– LEITURA DO TEXTO DO GABRIEL IVO.– ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.


● A BASE PARA UMA BOA FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA É A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DAS QUESTÕES JURÍDICAS POSTAS EM DISCUSSÃO NO PROCESSO PARA DECISÃO E JULGAMENTO DO MAGISTRADO (NAGIBE DE MELO – SENTENÇA CÍVEL)

● AS QUESTÕES DIVIDEM-SE, BASICAMENTE, EM QUESTÕES PRÉVIAS, QUE PODEM SER PRELIMINARES E PREJUDICIAIS, E QUESTÕES DE MÉRITO.

● AS QUESTÕES PRELIMINARES PODEM SER: QUESTÕES PRELIMINARES AO CONHECIMENTO DO MÉRITO E QUESTÕES PRELIMINARES DE MÉRITO.


● OBSERVAÇÕES INICIAIS:– O juiz não precisa explicitar em todas as decisões e sentenças

que proferir que os pressupostos processuais e as condições da ação estão presentes, salvo, por óbvio, quando houver a constatação da ausência de quaisquer deles no contexto da relação jurídica de direito processual.

– Por outro lado, havendo questionamento expresso das partes fica o juiz obrigado a se manifestar a respeito, devendo acatar ou afastar os argumentos apresentados por qualquer dos litigantes.

– Quando são muitas as questões postas à solução do juízo, uma boa técnica consiste em capitular as questões, dividindo-as em subitens.

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS● FÓRMULAS COMUNS UTILIZADAS PELOS JUÍZES:

– Preliminarmente, analiso...– Antes de entrar no mérito, passo a analisar as preliminares

levantadas pela parte ré...– De início, cumpre ao julgador examinar, de ofício, se estão

presentes os pressupostos processuais e as condições da ação. No caso dos autos...

– Presente os pressupostos processuais de existência e validade do processo e as condições da ação, passo à análise do mérito.

– A análise da questão posta em juízo divide-se nos seguintes pontos...

– O ponto fulcral da questão é...– Interessa analisar [perquirir, julgar, examinar etc.] os seguintes

pontos...


● AINDA OBSERVAÇÕES INICIAIS:– Para fundamentar sua decisão, além dos recursos às normas

postas no ordenamento jurídico – Constituição, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, e demais espécies normativas, quase sempre o juiz fará uso de citações jurisprudenciais e doutrinárias, seja para ajudar a elucidar um conceito ou um instituto jurídico, seja para invocar em precedente que corrobora sua própria decisão.

– Não se deve, porém, abusar das citações jurisprudenciais e doutrinárias. As citações devem ser muito bem selecionadas para que possam ser bastantes, ainda que poucas.


● IMPORTANTE OBSERVAÇÃO:

– QUANDO A QUESTÃO JURÍDICA JÁ FOI REITERADAMENTE DECIDIDA PELO TRIBUNAL A QUE SE SUBMETE O JUIZ PROLATOR DA DECISÃO OU DA SENTENÇA, PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA OU PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, O JULGADOR PODE FUNDAMENTAR A DECISÃO OU A SENTENÇA UNICAMENTO NOS ACÓRDÃOS PROLATADOS.


● A IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA ENTRE OS CONCEITOS DE QUESTÕES JURÍDICAS E ARGUMENTOS/FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

– A questão jurídica pode ser definida, na visão de Nagibe de Melo, como a controvérsia judicial cuja solução é capaz de acertar, com ou sem mérito, uma das lides autônomas da relação jurídica processual.

– Já os argumentos ou fundamentos jurídicos são as questões de fato e/ou de direito utilizados como razão para decidir as questões jurídicas em um ou outro sentido


● ORDEM DE ANÁLISE DAS QUESTÕES POSTAS EM JUÍZO PARA DECISÃO/JULGAMENTO.

● VISÃO GERAL:– 1.QUESTÕES PROCEDIMENTAIS PENDENTES DE

APRECIAÇÃO;– 2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DA RELAÇÃO

JURÍDICA PROCESSUAL;– 3. CONDIÇÕES DA AÇÃO;– 4. PRELIMINARES DE MÉRITO;– 5. QUESTÕES PREJUDICIAIS DE MÉRITO;– 6. QUESTÕES DE MÉRITO PROPRIAMENTE DITAS


● 1.QUESTÕES PROCEDIMENTAIS PENDENTES DE APRECIAÇÃO:

– 1.1 Pagamento de custas;– 1.2 Litigância de má-fé;– 1.3 Produção de prova;– 1.4 etc.


● 2. Pressupostos processuais da relação processual:

– 2.1 Pressupostos processuais subjetivos:● 2.1.1 Órgão investido de jurisdição;● 2.1.2 Impedimento e suspeição;● 2.1.3 Competência para o julgamento da causa;● 2.1.4 Capacidade de ser parte;● 2.1.5 Capacidade processual;● 2.1.6 Capacidade de postular em juízo.


– 2.2 Pressupostos processuais objetivos● 2.2.1 Pressupostos processuais intrínsecos;● 2.2.2 Pressupostos processuais extrínsecos;

– 2.2.2.1 Falta de caução ou outra prestação que a lei exige como preliminar;

– 2.2.2.2 Coisa julgada;– 2.2.2.3 Litispendência;– 2.2.2.4 Perempção;– 2.2.2.5 Convenção de arbitragem.

● 3. Condições da ação– 3.1 Possibilidade jurídica do pedido;– 3.2 Interesse de agir;– 3.3 Legitimidade para a causa [ad causam].


● 4. Preliminares de mérito

– 4.1 Reconhecimento do pedido;– 4.2 Renúncia;– 4.3 Transação;– 4.4 Decadência;– 4.5 Prescrição


● 5. Questões prejudiciais de mérito

– 5.1 Análise do direito referente às questões prejudiciais;– 5.2 Análise dos fatos referentes às questões prejudiciais.

● 6. Questões de mérito propriamente ditas

– 6.1 Análise do direito;– 6.2 Análise dos fatos.

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS● MATÉRIAS QUE PODEM SER CONHECIDAS

DE OFÍCIO PELO JULGADOR– ART. 301, § 4.º, ressalvando a convenção de arbitragem.– DECADÊNCIA;– PRESCRIÇÃO;– PEDIDO IMPLÍCITOS:

● OS JUROS LEGAIS;● O RESSARCIMENTOS DE DESPESAS PROCESSUAIS;● HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS;● A CORREÇÃO MONETÁRIA;● O PEDIDO RELATIVO A OBRIGAÇÕES COM PRESTAÇÕES

PERIÓDICAS [ART. 290 CPC];● PEDIDO DE ALIMENTOS EM ALGUMAS AÇÕES;● ESPECIFICAÇÃO DO VALOR DA CAUSA QUANDO

LEGALMENTE PREVISTO.


● O QUE DEVE SER ANALISADO PRIMEIRO: O DIREITO OU OS FATOS?

– ESQUEMA PREPONDERANTE:● PREMISSA MAIOR – FUNDAMENTOS JURÍDICOS

– TODA VEZ QUE OCORRE A HIPÓTESE H, DEVE SER APLICADA A NORMA JURÍDICA N, PELOS SEGUINTES FUNDAMENTOS.

● PREMISSA MENOR – FATOS E PROVAS– NO CASO CONCRETO, OS FATOS F, COMPROVADOS PELA

PROVA P, AUTORIZAM A CONCLUIR QUE OCORREU A HIPÓTESE H.

● CONCLUSÃO – DISPOSITIVO– SENDO ASSIM, AOS FATOS F DEVE SER APLICADA A

NORMA JURÍDICA N.● LEITURA DA PÁGINA 185, 196/202 DO LIVRO NAGIBE


● OUTRAS QUESTÕES PONTUAIS INERENTES À FUNDAMENTAÇÃO

– A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA;– OS EFEITOS DA REVELIA;– ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NA SENTENÇA;


● O DISPOSITIVO DA DECISÃO OU DA SENTENÇA.

– O DISPOSITIVO É O FECHAMENTO DA SENTENÇA. NELE O JUIZ, ACERTANDO O DIREITO EM DISPUTA, PROCLAMA O RESULTADO DO JULGAMENTO E DÁ O COMANDO NORMATIVO QUE DEVERÁ SER CUMPRIDO PELAS PARTES.

– O DISPOSITIVO DEVE FAZER CLARA A ORDEM EMANADA DO JUÍZO, DE MODO QUE A PARTE VENCEDORA SAIBA EXATAMENTE O QUE LHE FOI ASSEGURADO E A PARTE VENCIDA SAIBA EXATAMENTE A QUE ESTÁ OBRIGADA.

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS● O DISPOSITIVO E OS CAPÍTULOS DE

SENTENÇA.– ASSIM COMO AS QUESTÕES JURÍDICAS LIGAM O

RELATÓRIO À FUNDAMENTAÇÃO, OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA ESTABELECEM UMA CONEXÃO LÓGICA ENTRE A FUNDAMENTAÇÃO E O DISPOSITIVO.

– OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA, POIS, NADA MAIS SÃO QUE A PROJEÇÃO DAS QUESTÕES JURÍDICAS DISCUTIDAS NO PROCESSOS; ESTAS SÃO OS PONTOS DE DIVERGÊNCIA ENTRE AS PARTES; JÁ OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA SÃO OS COMPARTIMENTOS DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL QUE RESOLVEM ESSAS QUESTÕES.


● ESQUEMA DO DISPOSITIVO EM CASO DE JULGAMENTO PROCEDENTE OU PARCIALMENTE PROCEDENTE.

– 1. PARTE PRINCIPAL● DIANTE DO EXPOSTO [DITO ISSO], JULGO

PROCEDENTE (PARCIALMENTE PROCEDENTE) O PEDIDO PARA, DANDO POR ENCERRADA ESTA ETAPA DO PROCEDIMENTO, [DECLARAR, CONSTITUIR, CONDENAR, DETERMINAR, ORDENAR] A PARTE RÉ A...



– 1. 1 ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA - EVENTUAL● ANTECIPO OS EFEITOS DA TUTELA JURISDICIONAL

PARA DETERMINAR...– 1.2 COMINAÇÃO DE MULTA – EVENTUAL

● FIXO MULTA DIÁRIA NO VALOR DE R$..., NOS TERMOS DO ART. 461, § 4.º, DO CPC, EM CASO DE DESCUMPRIMENTO DESTA DECISÃO.



– 2. CONDENAÇÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS● CONDENO A PARTE RÉ AO RESSARCIMENTO DAS

CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS E AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS QUE FIXO EM 10% (DEZ POR CENTO) SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO.

– 2.1 DUPLO GRAU OBRIGATÓRIO DE JUSRIDIÇÃO● SENTENÇA SUJEITA AO DUPLO GRAU OBRIGATÓRIO



– 3. PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. INTIMEM-SE.● PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. INTIME-SE.

– 4. DATA E ASSINATURA● MACEIÓ, 13 DE ABRIL DE 2012.● JUIZ DE DIREITO


● FICA TERMINANTEMENTE PROIBIDO DECIDIR ASSIM:

– À VISTA DO EXPOSTO, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO.

– COM BASE NOS FUNDAMENTOS APRESENTADOS, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO NOS TERMOS EM QUE REQUERIDO.

● PORÉM, NO CASO DE IMPROCEDÊNCIA É POSSÍVEL SIMPLIFICAR, DESTA FORMA:

– DIANTE DE TUDO QUANTO FOI EXPOSTO, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO.


● CASOS ESPECIAIS:

– HIPÓTESES DO ARTIGO 269 FORA DOS CASOS DE ACOLHIMENTO OU REJEIÇÃO DO PEDIDO● INCISO II – TENDO EM VISTA QUE O AUTOR

RENUNCIOU AO DIREITO SOBRE QUE SE FUNDA A AÇÃO, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO.

● INCISOS III E IV, RESPECTIVAMENTE – JULGO O MÉRITO DA DEMANDA PARA HOMOLOGAR A TRANSAÇÃO EFETUADA PELAS PARTES; JULGO O MÉRITO DA DEMANDA PARA PRONUNCIAR A DECADÊNCIA [OU PRESCRIÇÃO] DO DIREITO DO AUTOR.


● CASOS ESPECIAIS:

– HIPÓTESES DO ARTIGO 267, DO CPC, IMPEDITIVA, QUANDO EXCLUSIVA, DO JULGAMENTO DE MÉRITO DA DEMANDA. UTILIZA-SE, NO CASO, A SEGUINTE FÓRMULA GENÉRICA:● DITO ISSO, EXTINGO O PROCESSO SEM O

JULGAMENTO DO MÉRITO COM BASE NO ARTIGO 267, INCISO [INDICA-SE O DISPOSITIVO PERTINENTE AO CONTEXTO].


● O PROBLEMA DA CUMULAÇÃO DE AÇÕES E O DISPOSITIVO DA DECISÃO OU DA SENTENÇA.

● PARA MELHOR ENTENDER A CLASSIFICAÇÃO SEGUE A SEGUINTE TABELA:


CUMULAÇÃO PRÓPRIA O autor apresenta vários pedidos e pede que todos eles sejam atendidos.

SIMPLES O atendimento de um não interfere no atendimento dos demais.

SUCESSIVA Para o atendimento do segundo é necessário o atendimento do primeiro; para atendimento do terceiro é necessário o atendimento do segundo; e assim por diante.

CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA O autor apresenta vários pedidos mas pede acolhimento de apenas um ou alguns deles.

SUBSIDIÁRIA Caso não atenda o 1.º, o autor pede o atendimento do 2.º; caso não atenda o segundo o autor pede o atendimento do 3.º; e assim por diante.

ALTERNATIVA O autor pede o acolhimento de qualquer dos pedidos apresentados a critério do julgador.


CUMULAÇÃO PRÓPRIA(Resultado do julgamento)

O autor apresenta vários pedidos e pede que todos eles sejam atendidos.

SIMPLES A ação somente será julgada procedente quando houver o acolhimento de todos os pedidos. Havendo rejeição de pelo menos um dos pedidos, a demanda deve ser julgada parcialmente procedente, com reflexos sobre os ônus sucumbenciais.

SUCESSIVA IDEM

CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA(Resultado do julgamento)

O autor apresenta vários pedidos mas pede acolhimento de apenas um ou alguns deles.

SUBSIDIÁRIA O pedido será julgado procedente quando o pedido principal for acolhido. Em caso de acolhimento de um dos pedidos subsidiários, a demanda deve ser julgada parcialmente procedente.

ALTERNATIVA O pedido será julgado procedente com o acolhimento de qualquer dos pedidos postulados.

A TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS● PLURALIDADE DE PARTES

LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO

Os autores decidem sobre a conveniência do litisconsórcio, desde que observado os requisitos do artigo 46, do CPC.

O litisconsórcio decorre da lei ou da natureza da relação jurídica. A sentença ou faz coisa julgada para todos os litisconsortes ou não pode fazer para nenhum deles.

LITISCONSÓRCIO COMUM OU SIMPLES LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO

O resultado poderá ser diferente para cada um dos litisconsortes.

O resultado do julgamento será o mesmo para todos os litisconsortes.


LITISCONSÓRCIO SIMPLES(FACULTATIVO OU NECESSÁRIO)

Vários autores O pedido deverá ser analisado com relação a cada um deles e pode ser julgado procedente, com relação a um, parcialmente procedente com relação a outro e, ainda, improcedente, com relação a um terceiro, p.ex.Pode ainda ocorrer que, em relação a algum ou alguns dos autores, o processo seja extinto sem o julgamento do mérito. Essa circunstância deve constar do dispositivo.

Vários réus O pedido somente será julgado procedente se todos os réus forem condenados; caso o pedido não seja atendido com relação a um dos réus, o pedido será julgado parcialmente procedente.Caso o processo seja extinto sem o julgamento do mérito com relação a um dos réus, essa circunstância deverá constar no dispositivo.


● TABELA PARA APLICAÇÃO DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA

Dies a quo Correção Monetária Juros

GERAL A partir do ajuizamento da ação

A partir da citação

DANOS MATERIAIS A partir do evento danoso A partir do evento danoso

Danos morais ou danos materiais arbitrados pelo julgador ou por perito judicial

A partir do arbitramento do dano

A partir do evento danoso


● OUTRAS QUESTÃO ATINENTES AO DISPOSITIVO.

– A CONDENAÇÃO HONORÁRIA;– OS CASOS DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE

CUSTAS;– OS CASOS DE JUSTIÇA GRATUITA;– O PROBLEMA DAS LIDES INCIDENTAIS;]– A QUESTÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


FIM

MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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