A Técnica do Afresco

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    SUMRIO

    1. INTRODUO............................................................................................... 6

    2. PRINCIPAIS MATERIAIS........................................................................... 8

    2.1 Cal.....................................................................................................................8

    2.2 Areia..................................................................................................................9

    2.3 Carto................................................................................................................9

    2.4 Tintas................................................................................................................10

    3. SUPORTE E APLICAES................................................................................11

    4. A TCNICA...........................................................................................................11

    5.1CARACTERSTICAS TCNICAS E ESTTICAS DO

    AFRESCO.............................................................................................................14

    6. CONSIDERAES SOBRE CONSERAO E RESTAURAO DE

    AFRESCO.............................................................................................................1!

    !. ARIAES TCNICAS....................................................................................1!

    8. REFER"NCIAS BIBLIO#RFICAS................................................................18

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    Figura 1 - Afrescos de Pompia 62 D.C.- Museu Nacional da Quinta da oa !ista" #io de

    $aneiro.

    1. INTRODUO

    A pintura afresco foi considerada um dos processos mais antigos das artes, h at!

    pessoas "ue acreditam "ue o seu surgimento ad#!m do per$odo neol$tico. %or!m, pelacomple&idade deste tipo de pintura, no seria poss$#el ao artista das ca#ernas e&ecut'la.

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    Tudo o "ue conhecemos ho(e so)re a t!cnica do afresco, presentes em #elhos

    escritos, no consegue e&plicitar so)re as suas origens e desen#ol#imento. Acredita'se"ue muitos cronistas fala#am em afresco, referindo'se apenas a murais e&ecutados em

    "ual"uer t!cnica, alheios *s preocupa+es com a pintura propriamente dita, o)ser#ando

    apenas as caracter$sticas est!ticas das produ+es -no distinguiram o fresco seco/ e o

    )uon fresco/.

    discusses acerca da feitura das decora+es murais nas cidades italianas de

    erculano e %omp!ia. Alguns estudiosos acreditam "ue se trata de pintura afresco, mas de

    tmpera, por"ue as emendas, como seriam prprias da pintura feita so)re argamassa

    mida, no so o)ser#adas na"uelas o)ras. 5utros acreditam tratar'se de )uon fresco e

    "ue polimentos a cera fi6eram desaparecer as emendas. ainda "uem acredita em tratar'

    se de pinturas feitas em seco -tmpera, so)re argamassa anteriormente colorida pelo

    processo de afresco.

    7a)emos com certe6a "ue a pintura afresco foi conhecida e praticada pelos

    romanos. A t!cnica de afresco foi muito usada entre os antigos e as mais recentes

    desco)ertas, feitas na 7$ria, so indica+es precisas da pintura greco'romana do s!culo

    "ue foram e&ecutadas na"uele processo.

    5s gregos emprega#am o afresco nas decora+es de seus templos e edif$cios

    p)licos, como por e&emplo, as pinturas da pinacoteca da Acrpole de Atenas, "ue foram

    e&ecutadas por %olignoto de Tasso -s!culo a.c, e ti#eram por temtica a )atalha da

    maratona: as de ;esche, em

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    do ar e * adi+o de fi)ras #egetais, "ue cria#am uma esp!cie de trama de liga+o entre as

    part$culas de terra endurecida.

    Figura 2 - Afrescos da Antiguidade % &'ria

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    -

    %ro#eniente do car)onato de clcio, ! encontrado na nature6a so) diferentes

    estados, tais como pedra de cal, mrmore e conchas marinhas. uando encontrado, ocar)onato de clcio ! e&posto ao calor por setenta horas: durante este processo, perde

    )i&ido de car)ono e se transforma em &ido de clcio, mais conhecida como cal #irgem.

    @sta, ao rece)er gua, e&pande calor, transformando'se em hidr&ido de clcio -este

    procedimento chama'se "ueimar a cal.

    A cal "ueimada, para ser utili6ada na pintura, de#e ser su)metida * decanta+o

    durante trinta dias ou mais -alguns afres"uistas mais e&igentes utili6am um pra6o de no

    m$nimo seis meses. A decanta+o fa6'se por su)merso da cal em gua, "uando ento a

    presen+a de part$culas "ue por acaso no foram "ueimadas completam o processo, o "ue

    aca)a por e#itar "ue este fenDmeno aconte+a dentro da argamassa -pro#ocando pe"uenas

    e&ploses e, mais tarde, a)rindo furos na pintura. A cal decantada ! til para a e&ecu+o

    do afresco assim "ue misturada * areia para a forma+o da argamassa "ue #ai * parede

    para rece)er as tintas. Eo h a penetra+o dos pigmentos das tintas na argamassa, mas

    sim um simples processo de recristali6a+o, "uando os pigmentos aglutinam'se *

    superf$cie do muro.

    2.2 Areia

    A areia ! um material inerte, por isso de#e ser cuidadosamente selecionada. A

    areia possui grFnulas redondas ou facetadas e estas ltimas de#em ser as preferidas para a

    utili6a+o na pintura afresco. Gtili6a'se, preferencialmente, areia encontrada em rios ou

    minas. @la de#e ser fina, la#ada, seca e sem impure6as. A areia empregada pode ser mais

    fina ou menos fina e, segundo a granulometria do material, o artista poder o)ter

    diferentes efeitos de superf$cie, por e&emplo, materiais mais finos produ6iro um efeito

    mais liso de te&tura.

    2.3 Carto

    5 carto ! o desenho preparado para o afresco, "ue de#er ser do tamanho real do

    muro "ue ser e&ecutado. 5 carto ! acompanhado por um estudo de cores a serem

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    empregadas posteriormente. 5 desenho do carto ! transferido para o trecho determinado

    atra#!s de um procedimento chamado Spolvo2ou decalcado com um estilete3.

    2.4 Tintas

    Apenas as cores resistentes a alcalinos podem ser empregadas no afresco.

    Algumas cores sofrem grande redu+o, de#ido * sua transparncia, como o a6ul co)alto e

    ultramar, de#ido ao poder de clareamento da cal so)re elas. Eo afresco, como (

    mencionamos, a tinta adere ao muro atra#!s do processo de cristali6a+o. 5 pigmento !misturado * gua e assim aplicado * argamassa fresca, onde acontecer o processo de

    aglutina+o4.

    pigmentos "ue so hidrfo)os, ou se(a, dificilmente se misturaro * gua. %ara

    resol#er este incon#eniente, de#em'se empregar algumas cotas de detergente ou lcool

    et$lico para facilitar a mi&i)ilidade.

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    ioleta J Co)alto, Larte.

    erde J Terra, M&ido de cromo #erde, Co)alto, Langans, Ktalocianina.

    Castanhos J Terra de siena -natural ou "ueimada, Terra m)ria.

    3 SUPORTE E APLICAES

    Como caracter$stica principal, o afresco ! e&ecutado com pigmento misturado *

    gua e aplicado so)re em)o+o, ainda mido, tra)alhando'se sempre em pe"uenas reassucessi#amente. ou#e tra)alhos em superf$cies m#eis, mas foram e&ce+es. 7eu uso

    ade"uou'se * ar"uiteturaH grandes pain!is: paredes internas e e&ternas: tetos planos,

    cpulas e, portanto, grandes o)ras ti#eram seu fim (unto com a demoli+o dos edif$cios

    onde foram e&ecutados.

    Eo h aglutinante na tinta utili6ada -o suporte funciona como tal. Como

    anteriormente mencionado, apenas gua e pigmento so fi&ados com a cristali6a+o da

    superf$cie da massa, tornando seu resultado )astante resistente mesmo *s intemp!ries,

    permitindo seu uso tam)!m em reas e&ternas, al!m de conferir e&trema luminosidade *s

    cores.

    5 em)o+o para rece)er esta t!cnica sempre foi feito, ao longo da histria, com

    areia e cal e&tinta -a cal pura misturada * gua, foi usada assim por "uase todos os po#os

    da antiguidade.

    ou#e modifica+es ou adapta+es na sua t!cnica, de#ido a diferen+as no clima

    ou materiais locais. Eo @gito, o clima "uente permitiu o uso do gesso com a argila: nandia, pelo mesmo moti#o, foram associadas fi)ras #egetais * argila: na =r!cia,

    mistura#am p de mrmore * areia e em Boma acresceram po66olana -terra #ulcFnica.

    4 A TCNICA

    Antes de tudo, de#e'se pes"uisar se no local escolhido h poss$#eis riscos para a

    o)ra como, por e&emplo, tu)ula+es de gua ou algum outro foco de infiltra+o. Tendo (

    definido o espa+o destinado * o)ra e suas dimenses, #erifica'se a lu6 "ue incidir so)re

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    ela e a composi+o com o con(unto do "ue hou#er no mesmo espa+o. Com isto

    solucionado, parte'se para a confec+o do carto, "ue ( sa)emos tratar'se de um desenhoem tamanho real com as cores e som)ras finais. %ode'se fa6er em partes para facilitar a

    ela)ora+o em casos de grandes dimenses. @sse papel de#e ser resistente para suportar o

    contato com o suporte mido sem rasgar. Com o carto ( pronto, parte'se para a parede.

    %ara a t!cnica doBuon fresco eram feitas trs camadas na parede, todas utili6ando

    a gua na "uantidade ( contida na pasta de cal decantadaH

    Trulissatio-em)o+o, re)ocoH aplicado diretamente na parede. 7o trs partes de

    areia grossa e uma de cal e&tinta. Aca)amento spero de 1,? a 2,0 cm de espessura.

    Arriciato -encresparH aplicado so)re o trullissatio. Alguns artistas aplica#am

    mais de uma camada fina. a ltima camada, a mais fina. Eesta camada, aplica'se a

    pintura, no m&imo, at! o dia seguinte de pronta. Gma parte de areia fina e uma de cal de

    meio cent$metro de espessura.

    Cada camada de#eria estar completamente seca antes da aplica+o da posterior,

    mas ainda assim era molhada e esco#ada para retirar a camada de cristali6a+o "ue (

    estaria se formando e, tam)!m, para a(udar a aderir a camada posterior com a anterior

    mida. 5 em)o+o ! aplicado em reas pe"uenas para permanecer mido at! rece)er a

    tinta. Ka6'se ento o decal"ue do desenho do carto para a rea preparadaH aplica'se o

    carto ao suporte, apenas com a presso das mos, fa6endo'o fi&ar'se ao suporte e com

    um estilete de madeira ou metal, as linhas so co)ertas, fa6endo surgir sulcos em todas as

    linhas da composi+o. @ste m!todo foi mais usado e ! fcil perce)er seu uso por"ue ossulcos permanecem no tra)alho. Ea capela 7istina, Liguel Angelo usou este m!todo.

    5utro m!todo para transferir o desenho inicia'se com uma s!rie de furos feitos no

    carto, pr&imos uns aos outros, contornando todas as linhas da composi+o. @sse carto

    !, ento, aplicado so)re o suporte mido e fa6'se o Spolvopara transferir o desenho ao

    suporte. @ste processo ! dar pancadinhas sucessi#as no carto com desenho -e (

    perfurado, com uma )oneca -um sa"uinho de tecido de trama a)erta cheio de car#o ou

    &ido de ferro em p e amarrado a uma #areta curta de madeira. Com a retirada docarto, o afres"uista une a pincel todos os pontos dei&ados pelo spolvo, ficando no

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    suporte o desenho da composi+o. > usado um pincel fino e umedecido em pigmento

    preto ou #ermelho dilu$do em gua.

    Com as marca+es ( feitas, inicia'se a pintura imediatamente. 5 artista precisa

    ser ha)ilidoso e rpido, al!m de organi6ado, #isto "ue as tintas ( de#em estar, neste

    momento, prontas nas cores ade"uadas e "uantidades suficientes, assim como todo o

    material estar dispon$#el para a e&ecu+o do tra)alho da"uele dia.

    Eo e&iste uma "uantidade determinada para mistura de gua e pigmento. sso

    depende do efeito dese(ado. %ode'se ter em uma mesma "uantidade de gua cores mais

    #i#as com mais pigmento e cores mais transparentes com menos pigmento. 5 importante

    ! "ue a tinta de#e ser sempre rala/, at! por"ue, o efeito final ser sempre de cores

    esmaecidas.

    A pintura inicia'se com marca+o do desenho e som)ras com um ocre )astante

    dilu$do em gua para facilitar o sfumato e ento se aplicam'se as cores claras

    desen#ol#endo'as para as mais escuras. > uma pintura monocromtica em tons m!dios,

    chamadaproplasma-ou es)o+o em grego. A pintura ! sempre feita de cima para )ai&o e

    da es"uerda para direita, na inten+o de tinta no escorrer para um lugar ( pintado. %arachegar a esta pintura monocromtica, tam)!m pode ser feito o verdacho, feito com uma

    tinta es#erdeada.

    5 pr&imo passo aps a fi&a+o de claros e escuros ! usar uma colher de pedreiro

    fina e fle&$#el -chamada folha de sal#a para alisar a superf$cie para tirar a crosta de

    car)onato de clcio "ue ( se forma para impedir o contato da cal com o gs car)Dnico do

    ar -a cristali6a+o produ6ida ! o "ue preser#a a pintura. Eo#as camadas de pintura so

    acrescidas, intercalando o uso da colher, fa6endo a cristali6a+o do car)onato de clcio

    ocorrer mais lentamente.

    Antes de secar totalmente, aplica#a'se espon(a le#emente mida com )astante

    cuidado para harmoni6ar e ati#ar os tons. Com o in$cio da secagem, #o aparecer

    manchas es)ran"ui+adas "ue ficam mais #is$#eis a medida "ue o tra)alho seca. Gsa'se a

    tmpera so)re o afresco ( seco para corrigir irregularidades. Tam)!m se encera a o)ra,

    para proteg'la, com uma fina emulso de cera de a)elha e essncia de tere)entina, o "ue

    no dei&a o tra)alho com )rilho e&tremo.

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    5 CARACTERSTICAS TCNICAS E ESTTICAS DO AFRESCO

    A cal utili6ada ! imersa em gua por, no m$nimo, 30 dias para decantar e ter a

    certe6a de t'la inteiramente con#ertida em hidr&ido de clcio, a cal e&tinta. Caso

    contrrio, podero aparecer, depois da o)ra pronta, pe"uenas erup+es sem a

    possi)ilidade de reconstitui+o do espa+o.

    A areia utili6ada de#e ser fina, de rio ou de minas preferencialmente, sempre )em

    la#ada, seca e li#re de impure6as para "ue no sur(am fendas mais tarde na superf$cie

    tra)alhada.

    5s pinc!is de#em ser em tipos, formatos e "uantidades di#ersas e suficientes para

    dar agilidade ao tra)alho. 5s pinc!is, antigamente, eram de pelos de porco e es"uilo e

    feitos pelos artistas. Tinham cerdas compridas e macias para "ue no marcassem a

    superf$cie do tra)alho.

    5s pigmentos espec$ficos para cal, ( mo$dos e nos tons e cores certos, (

    misturados com gua eram depositados em grandes gods. A paleta )sica para afresco

    "uase no se alterou ao longo dos s!culos, so todos &idos de terras e minerais "ue #m

    do prprio solo.

    As cores mais transparentes eram feitas com aguadas )em dilu$das. Cores mais

    opacas e pastosas le#a#am mais pigmento e a mistura de partes iguais de cal e areia

    fin$ssima. 5 )ranco era feito a partir da cal do suporte, ou se(a, o prprio em)o+o. Lais

    uma ra6o da dificuldade desta t!cnica "ue e&ige muita ha)ilidade do artista.

    Como a tinta do afresco ! dilu$da somente em gua e agrega'se * massa, no

    e&istiro cra"uelados como na pintura * leo. 7em conser#a+o ade"uada, podem surgircom o tempo fissuras na massa ou rachaduras na parede.

    As lu6es rece)iam uma pasta fina de cal misturada ao pigmento e gua, tornando'

    as )em claras e luminosas. As cores, por serem misturadas * cal, precisa#am da prtica do

    artista, ( "ue ao secarem fica#am )em mais claras. Lesmo saturando os pigmentos, os

    pretos torna#am'se cin6as, os #ermelhos em rosas, s como e&emplos. Baros so os

    pigmentos nos "uais isso no acontece, como o castanho a#ermelhado, "ue fica mais

    escuro.

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    As camadas de pintura no conferem densidade ao tra)alho, ou se(a, a te&tura da

    superf$cie no muda. Bugosa, lisa, spera, o "ue for, permanecer como antes da pintura.Afrescos de grandes e&tenses, por melhor "ue se(a sua e&ecu+o, podem'se perce)er

    emendas ou descontinuidade nas linhas de sua composi+o.

    %or ser uma t!cnica para grandes dimenses, al!m de tetos, usa'se grande aparato

    t!cnico como andaimes e escadas. %or #e6es, o artista tra)alha deitado, no caso de tetos,

    rece)endo as gotas de tinta no rosto e olhos. A prpria cal emana #apores "ue so

    mal!ficos a pulmes e c!re)ro, principalmente se o artista tra)alhar em locais de pouca

    #entila+o. %or ser muito tra)alhosa, necessita de a(udantes para dar #elocidade *

    e&ecu+o do afresco. Liguel Angelo foi dos raros afres"uistas "ue tra)alhou praticamente

    so6inho, utili6ando apenas um a(udante para moer os pigmentos. 5 afres"uista tem "ue

    ter muita agilidade e preciso, pois a t!cnica no permite muitas corre+es. 5 suporte, "ue

    seca rapidamente, tam)!m no permite grandes grada+es cromticas e nem um

    aca)amento ela)orado.

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    Figura ( - A Cria)*o de Ad*o % Mic+elangelo uonarotti

    A car)onata+o ! muito lenta e acontece de fora para dentro, necessitando de

    apro&imadamente um ms para finali6ar e en#ol#er toda a espessura. 7e os pigmentos

    forem estendidos so)re a massa ( em processo de car)onata+o, podem no ser

    integradas a ela, ficando as cores na superf$cie com insuficiente agrega+o. Eeste caso,

    al!m de produ6ir uma pintura potencialmente frgil, o efeito seria de um painel com cores

    opacas, de aspectos pul#erulentos, sol#eis e transparentes.

    As emendas eram feitas nas linhas dos contornos dos desenhos, para ficarem mais

    discretas, sempre chanfradas para facilitar agregar a no#a massa colocada no diaseguinte.

    A grande #antagem desta t!cnica ! a e&trema resistncia conferida * o)ra, desde "ue ha(a

    a conser#a+o necessria.

    Eo Irasil, usou'se raras #e6es a pintura afresco. Como e&emplo, apesar do mal

    estado de conser#a+o, h os medalhes da #aranda da fachada central do LEIA ?

    atri)u$da a enri"ue Iernadelli.

    6 CONSIDERAES SOBRE A CONSERAO E RESTAURAO DE

    AFRESCOS

    5 afresco tem sua resistncia relacionada * sua constitui+o e )oa e&ecu+o, al!m

    de seu entorno. A areia, cal e&tinta e pigmentos tm de ser de )oa procedncia e as

    camadas do suporte e pintura muito )em e&ecutadas. de se ter cuidado com a

    possi)ilidade de infiltra+es ou "ual"uer outra fonte de umidade no local de suaaplica+o.

    Cuidado tam)!m com poss$#eis origens de trepida+es "ue possam ocasionar

    fissuras ou at! rachaduras. Las se ocorrerem, as fendas de#em ser preenchidas com

    resinas para sua consolida+o. @m caso de rachaduras mais profundas, de#e ser feito um

    refor+o * parede aplicado em sua parte posterior.

    %oeira, fuligem e gases poluentes em)a+am a pintura, principalmente assentando'

    se por so)re a prote+o de cera. @sses radicais li#res alteram a cor, #isi)ilidade e tam)!m5Museu Bacional de Celas +rtes locali3ado no centro do 'io de Daneiro.

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    tiram a luminosidade da o)ra. A remo+o dessa crosta tem "ue ser feita com cuidado e

    muito crit!rio, usando'se sol#entes "ue no ata"uem a pintura. Afrescos com reto"ues detmpera pro#a#elmente tero estes retirados por no se tratar de uma t!cnica muito

    resistente.

    ! ARIAES TCNICAS

    @&istem algumas #ariantes da t!cnica de afresco, modificadas por artistas "ue

    tentaram facilitar sua e&ecu+o. Algumas pinturas murais so tidas como afresco sem s'lo.

    Kresco'seccoH muito utili6ada na ndia, tem os pigmentos misturados * uma calda

    fina de cal e&tinta e gua, mas ! aplicada com a parede seca, )astante porosa e spera,

    apenas molhada pre#iamente. A car)onata+o tam)!m acontece, d a mesma aparncia

    final, mas no tem a mesma resistncia ( "ue a tinta no agrega * parede da mesma

    forma.

    Le66o'frescoH a prepara+o do suporte ! a mesma do afresco, mas a tinta,

    preparada como no fresco'seco, com uma calda fina de cal e gua misturada aos

    pigmentos, era aplicada trs dias depois da parede pronta.

    @sterectomiaH a parede ( seca rece)e os pigmentos dissol#idos em gua e fi&ados

    depois com uma solu+o de silicato de potssio. Beprodu6 )em a aparncia do afresco,

    mas ! )astante diferente na t!cnica e na dura)ilidade.

    ou#e outras t!cnicas deri#adas do afresco como o Concreto colorido, "ue

    consiste em mdulos internamente constitu$dos de trama metlica dentro de fDrmas de

    madeira. 7o colocadas a massa de cimento, areia, pedregulhos, gua e pigmentos. 5s

    pigmentos so misturados * massa e ! feita uma te&tura com esptulas ou pinc!is.

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    Eo s!culo N, aps o rococ, a t!cnica do afresco caiu em desuso. As

    dificuldades na aplica+o em partes e preparo do suporte necessita#am de ha)ilidade epacincia do artista da sociedade mecani6ada do s!culo NN, "ue aca)ou por preferir

    outras t!cnicas mais rpidas na e&ecu+o. Las ainda assim no sumiu por completo,

    e#entualmente era usada por algum artista e #oltou a ser )astante utili6ada pelos

    muralistas me&icanos.

    8 REFER"NCIAS BIBLIO#RFICAS

    L5TTA, @dson: 7A;=A

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