11
11/21/2011 1 A Teoria Psicogenética de Henri Wallon Biografia Nasceu em 1879 na cidade de Paris, França. Em 1902, aos 23 anos, formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior, local onde veio a exercer a profissão de professor. Formou-se em Medicina em 1908. Atuou em instituições psiquiátricas e dedicou-se ao atendimento de crianças com deficiências. Serviu como médico no exército francês em 1914, na frente de combate. De 1920 a 1937 foi encarregado de proferir conferências sobre a psicologia da criança na Sorbone (Paris) e outras instituições de ensino superior. Biografia Em 1925 fundou um laboratório destinado pesquisas e atendimento clínico de crianças. Em 1925 publicou sua tese de doutorado, “A criança turbulenta”, vivendo um período de grande produção durante o qual foram publicados seus livros considerados mais importantes, sendo o último deles “Origens do pensamento na criança” de 1945. De 1937 a 1949 lecionou no Colégio de França ocupando a cadeira de psicologia da educação da criança. Em 1948 criou a revista “Enfance”, instrumento de divulgação de pesquisas do campo da psicologia e fonte de informação para educadores. Biografia Wallon participou ainda de vários movimentos relacionados a educação, participando ativamente do debate educacional da época. Wallon esteve no Brasil em 1935. No final dos anos 30, Wallon envolveu-se em movimentos contra o facismo e atuou intensamente contra a ocupação nazista na França, tendo sido perseguido pela Gestapo. Viveu na clandestinidade e envolveu-se em discussões a cerca da reforma do sistema de ensino francês. Em 1944 presidiu o comitê responsável pela reformulação do sistema de ensino na França. Faleceu em 1962.

A Teoria Psicogenética de Henri Wallon

Embed Size (px)

Citation preview

  • 11/21/2011

    1

    A Teoria

    Psicogentica de

    Henri Wallon

    Biografia

    Nasceu em 1879 na cidade de Paris, Frana.

    Em 1902, aos 23 anos, formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior, local onde veio a exercer a profisso de professor.

    Formou-se em Medicina em 1908.

    Atuou em instituies psiquitricas e dedicou-se ao atendimento de crianas com deficincias.

    Serviu como mdico no exrcito francs em 1914, na frente de combate.

    De 1920 a 1937 foi encarregado de proferir conferncias sobre a psicologia da criana na Sorbone (Paris) e outras instituies de ensino superior.

    Biografia

    Em 1925 fundou um laboratrio destinado pesquisas e atendimento clnico de crianas.

    Em 1925 publicou sua tese de doutorado, A criana turbulenta, vivendo um perodo de grande produo durante o qual foram publicados seus livros considerados mais importantes, sendo o ltimo deles Origens do pensamento na criana de 1945.

    De 1937 a 1949 lecionou no Colgio de Frana ocupando a cadeira de psicologia da educao da criana.

    Em 1948 criou a revista Enfance, instrumento de divulgao de pesquisas do campo da psicologia e fonte de informao para educadores.

    Biografia

    Wallon participou ainda de vrios movimentos relacionados a educao, participando ativamente do debate educacional da poca.

    Wallon esteve no Brasil em 1935.

    No final dos anos 30, Wallon envolveu-se em movimentos contra o facismo e atuou intensamente contra a ocupao nazista na Frana, tendo sido perseguido pela Gestapo.

    Viveu na clandestinidade e envolveu-se em discusses a cerca da reforma do sistema de ensino francs.

    Em 1944 presidiu o comit responsvel pela reformulao do sistema de ensino na Frana.

    Faleceu em 1962.

  • 11/21/2011

    2

    Conceitos bsicos

    A psicognese da pessoa completa

    Refere-se ao estudo da pessoa completa integrada ao meio em que est inserida

    Campos funcionais:

    Afetividade

    Motricidade

    Inteligncia

    As necessidades de descrio obrigam a tratar separadamente alguns grandes conjuntos funcionais, o que no deixa de ser um artifcio...

    Os domnios funcionais entre os quais se dividiro o estudo das etapas que a criana percorre sero, portanto, os da afetividade, do ato motor,

    do conhecimento e da pessoa. (Wallon, 1995, pp. 131 e 135)

    Conceitos bsicos

    A psicognese da pessoa completa

    Integrao organismo-mundo

    O meio um complemento indispensvel ao ser vivo. Ele dever corresponder a suas necessidades e as suas aptides sensrio-motoras

    e, depois, psicomotoras... No menos verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presena de novos meios, novas necessidades e

    novos recursos que aumentam possibilidades de evoluo e diferenciao individual. A constituio biolgica da criana, ao nascer,

    no ser a nica lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstncias de sua existncia, da qual no se exclui sua possibilidade de escolha pessoal... Os meios em que vive a criana e aqueles com que ela sonha constituem a "forma"

    que amolda sua pessoa. No se trata de uma marca aceita passivamente. (Wallon, 1975, pp. 164, 165, 167)

    Conceitos bsicos

    A concepo dialtica

    Wallon entende que no existem oposies dicotmicas entre as instncias sociais e individuais, objetividade-subjetividade, interno-externo.

    Nenhum fenmeno pode ser compreendido se encarado isoladamente.

    Estudar algo historicamente significa estud-lo em movimento. Esta a exigncia fundamental do mtodo dialtico. (Vygotsky, 1995, p. 67),

    ou como aponta Wallon (1975b, p. 53), estudar (...) o psiquismo em sua formao e em suas transformaes.

    Conceitos bsicos

    O mtodo concreto multidimensional

    Esse mtodo obriga o experimentador a realizar sucessivas comparaes.

    Comparaes internas: comparar a criana com ela mesma.

    Comparaes externas: comparar a criana com o animal, com o patolgico, com o primitivo, com o adulto.

    A observao, para Wallon, o instrumento adequado para a apreenso dos fenmenos psiclogos.

    Observar evidentemente registrar o que pode ser verificado. Mas registrar e verificar ainda analisar, ordenar o real em frmulas,

    fazer-lhe perguntas. a observao que permite levantar problemas, mas so os problemas levantados que tornam possvel a observao

    (Wallon, 1975b, p. 16).

  • 11/21/2011

    3

    Conceitos bsicos

    A dinmica do desenvolvimento

    O desenvolvimento psquico da criana descontnuo e marcado por contradies e conflitos, resultado da maturao orgnica e das condies ambientais.

    O papel do meio na constituio da pessoa

    Sem dvida que o papel e o lugar que a ocupa [a criana] so em parte determinados pelas suas prprias disposies, mas a existncia

    do grupo e as suas exigncias no se impem menos sua conduta. Na natureza do grupo, se os elementos mudam, as suas reaes mudam

    tambm.

    Conceitos bsicos

    A dinmica do desenvolvimento

    O desenvolvimento humano resultado de conflitos exgenos ou endgenos.

    Conflitos exgenos: resultado de desencontros entre o comportamento da criana e o ambiente exterior

    Conflitos endgenos: relativo ao processo de maturao

    Conceitos bsicos

    A dinmica do desenvolvimento

    O processo de desenvolvimento humano regulado por 3 leis:

    Lei da alternncia funcional: prope que o desenvolvimento humano se alterna em duas direes opostas; uma centrpeta, voltada para a construo do eu e a outra centrfuga, voltada para a elaborao da realidade externa e do universo que a rodeia.

    Lei da sucesso da predominncia funcional: define que as trs dimenses motora, afetiva e cognitiva prevalecem, alternadamente, ao longo do desenvolvimento do homem.

    Lei da diferenciao e integrao funcional: diz respeito ao fato de que as novas possibilidades no se sobrepem s conquistas dos estgios anteriores, mas, pelo contrrio, integram-se a elas no estgio subsequente.

    As fases do desenvolvimento

    Estgio impulsivo-emocional (1 ano de vida)

    Estgio sensrio-motor e projetivo (at o 3 ano de vida)

    Estgio do personalismo (3-6 anos)

    Estgio categorial (6-11 anos)

    Adolescncia

  • 11/21/2011

    4

    Estgio impulsivo-emocional

    A emoo o comportamento predominante e a responsvel por promover uma ao no meio humano.

    A emoo se nutre pelo olhar, contato fsico e se expressa em gestos, mmica, postura.

    A intensidade de suas manifestaes afetivas diretamente proporcional sua inaptido para agir diretamente sobre a realidade exterior.

    Predominncia do conjunto funcional motor-afetivo.

    Direo do desenvolvimento: centrpeta (voltado para o conhecimento de si).

    Estgio impulsivo-emocional

    Idade estimada Denominao e traos gerais

    0-2/3 meses Estgio de impulsividade motriz pura. Predomnio das reaes puramente fisiolgicas (espasmos, contraes, gritos).

    3 a 9 meses Estgio emocional. Aparico da mmica (sorriso). Preponderncia das expresses emocionais como modo dominante das relaes criana-ambiente.

    9 a 12 meses Comeo da sistematizao dos exerccio sensrios-motores.

    Fonte: Clanet; Laterrasse & Vergnaud (2009).

    Estgio sensrio-motor e

    projetivo (1-3 anos) Interesse para explorao sensrio-motora do mundo fsico.

    A aquisio da marcha e da preenso conferem maior autonomia criana na explorao do espao.

    Desenvolvimento da funo simblica e da linguagem.

    Ato mental projeta-se em atos motores.

    Predominncia da cognio.

    Direo centrfuga do desenvolvimento, isto , voltado para o conhecimento do mundo exterior.

    Estgio sensrio-motor e

    projetivo (1-3 anos)

    Idade estimada Denominao e traos gerais

    12-18 meses Perodo sensrio-motor. Comportamento de orientao e investigao. Explorao do espao circundante, ampliada mais tarde pela locomoo. Inteligncia das situaes.

    18-2/3 anos Estgio projetivo. Imitao, simulacro, atividade simblica. Apario da inteligncia representativa discursiva.

    Fonte: Clanet; Laterrasse & Vergnaud (2009).

  • 11/21/2011

    5

    Estgio do personalismo (3-6

    anos) Processo de formao da personalidade e da construo da

    conscincia de si.

    Crise de oposio.

    Exacerbao do ponto de vista pessoal. Pensamento autocentrado.

    Predominncia do conjunto afetivo e da direo centrpeta.

    Estgio do personalismo (3-6

    anos)

    Idade estimada Denominao e traos gerais

    3 anos Crise de oposio. Independncia progressiva do eu (emprego do eu). Atitude de recusa que permite conquistar e salvaguardar a autonomia da pessoa.

    4 anos Idade da graa. Seduo do outro, idade do narcisismo.

    5 a 6 anos Representao de papis. Imitao de personagens, esforo de substituio pessoal por imitao.

    Fonte: Clanet; Laterrasse & Vergnaud (2009).

    Estgio categorial (6-11 anos)

    Perodo de acentuada predominncia da inteligncia sobre as emoes: idade da razo.

    Desenvolvimento da memria e da ateno voluntria.

    Emergncia da funo categorial: permite a anlise e sntese, generalizao e comparao.

    Direo centrfuga.

    Estgio categorial (6-11 anos)

    Idade estimada Denominao e traos gerais

    6 a 7 anos Desmame afetivo. Idade da razo, idade escolar. Poder de autodisciplina mental.

    7 a 9 anos Constituio da rede de categorias, dominadas por contedos concretos.

    9 a 11 anos Conhecimento operativo racional, funo categorial.

    Fonte: Clanet; Laterrasse & Vergnaud (2009).

  • 11/21/2011

    6

    Adolescncia

    Alterao do esquema corporal.

    Ambivalncia de sentimentos.

    Questionamento de valores e busca da autoafirmao.

    Estgio centrpeto com predomnio da afetividade.

    O desenvolvimento do eu corporal

    Estgio impulsivo-emocional (1 ano de vida)

    O recm-nascido no se percebe com indivduo diferenciado (simbiose).

    Ao final desse estgio, o beb j capaz de diferenciar o espao subjetivo do objetivo.

    Estgio sensrio-motor e projetivo (at o 3 ano de vida)

    Estgio do espelho.

    Integrao do corpo das sensaes ao corpo visual.

    O desenvolvimento do eu psquico

    Estgio impulsivo-emocional e sensrio-motor e projetivo

    Estado de sociabilidade sincrtica.

    Ausncia do pronome eu.

    Estgio do personalismo (3-6 anos)

    Afirmao do eu.

    Crise de oposio: tentativa de expulsar o eu do no-eu.

    Idade da graa: busca da aprovao do outro.

    Imitao: reaproximao ao outro.

    A teoria da emoo de Wallon

    Sua teoria inspirida no darwinismo: a emoo vista como instrumento de sobrevivncia tpico da espcie.

    A emoo tem razes orgnicas e sociais.

  • 11/21/2011

    7

    O componente fisiolgico da

    emoo As emoes so acompanhadas de alteraes viscerais,

    metablicas e no tnus muscular.

    Sobre o tnus, Wallon classifica as emoes como hipotnicas, hipertnicas e conservadoras.

    Hipotnicas: emoes redutoras do tnus. Por ex.: susto e depresso.

    Hipertnicas: emoes geradoras de tnus. Por ex.: raiva, ansiedade.

    Conservadoras: emoes equilibradras. Por ex.: alegria.

    O componente social da

    emoo A emoo mobiliza ajuda.

    Tem carter contagioso.

    Nutre-se da presena do outro.

    Emoo e inteligncia

    A emoo est na origem da atividade intelectual em virtude das interaes sociais que a emoo propicia.

    Emoo e afetividade mantem uma relao de reciprocidade e antagonismo.

    A razo nasce da emoo e vive de sua morte

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    As emoes podem variar de intensidade, em funo dos contextos, mas esto presentes em todos os momentos da vida, interferindo de alguma maneira em nossas atividades.

    A no satisfao das necessidades afetivas prejudica professor e aluno, e isso afeta diretamente o processo de ensino-aprendizagem.

    No aluno gera dificudade de aprendizagem;

    No professor gera insatisfao, falta de compromisso e apatia.

  • 11/21/2011

    8

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    No 1 estgio [impulsivo-emocional (0 a 1 ano)], a criana expressa sua afetividade atravs de movimentos descoordenados, respondendo a sensibilidades corporais.

    O recurso de aprendizagem nesse momento a fuso com outros. O processo ensino-aprendizagem exige respostas corporais, contatos epidrmicos, da a importncia de se ligar ao seu cuidador, que segure, carregue, que embale.

    Fonte: Mahoney, A. A., & Almeida, L. R. (2005). Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuies de Henri Wallon. Psicologia da Educao, 20, 11-30.

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    No 2 estgio [sensrio-motor e projetivo (1 a 3 anos)], quando j dispe da fala e da marcha, a criana se volta para o mundo externo, para um intenso contato com os objetos e a indagao insistente do que so, como se chamam, como funcionam.

    O processo ensino-aprendizagem no lado afetivo se revela pela disposio do professor de (1) oferecer diversidade de situaes, espao, para que todos os alunos possam participar igualmente e (2) ter disposio de responder s constantes e insistentes indagaes da criana na busca de conhecer o mundo exterior, e assim facilitar para o aluno a sua diferenciao em relao aos objetos.

    Fonte: Mahoney, A. A., & Almeida, L. R. (2005). Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuies de Henri Wallon. Psicologia da Educao, 20, 11-30.

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    No 3 estgio [personalismo (3 a 6 anos)] existe outro tipo de diferenciao: entre a criana e o outro. a fase de se descobrir diferente das outras crianas e do adulto.

    O processo ensino-aprendizagem precisa oferecer atividades diferentes e a possibilidade de escolha pela criana das atividades que mais a atraiam. O adulto ser o recipiente de muitas respostas: no; no quero; no gosto; no vou; meu. O importante do ponto de vista afetivo reconhecer e respeitar as diferenas que despontam. Chamar pelo nome, mostrar que a criana est sendo vista, que ela tem visibilidade no grupo pelas suas diferenas, propor atividades que mostrem essas diferenas, dar oportunidades para que a criana as expresse.

    Fonte: Mahoney, A. A., & Almeida, L. R. (2005). Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuies de Henri Wallon. Psicologia da Educao, 20, 11-30.

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    No 4 estgio [o categorial (6 a 11 anos)], a diferenciao mais ntida entre o eu e o outro d condies mais estveis para a explorao mental do mundo externo, fsico, mediante atividades cognitivas de agrupamento, classificao, categorizao em vrios nveis de abstrao at chegar ao pensamento categorial. A organizao do mundo em categorias bem definidas possibilita tambm uma compreenso mais ntida de si mesma.

    A aprendizagem se faz predominantemente pela descoberta de diferenas e semelhanas entre objetos, imagens, idias.

    Fonte: Mahoney, A. A., & Almeida, L. R. (2005). Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuies de Henri Wallon. Psicologia da Educao, 20, 11-30.

  • 11/21/2011

    9

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    No 5 estgio [adolescncia (11 anos em diante], vai aparecer a explorao de si mesmo, na busca de uma identidade autnoma, mediante atividades de confronto, auto-afirmao, questionamentos, e para isso se submete e se apia nos pares, contrapondo-se aos valores tal qual interpretados pelos adultos com quem convive. O domnio de categorias cognitivas de maior nvel de abstrao, nas quais a dimenso temporal toma relevo, possibilita a discriminao mais clara dos limites de sua autonomia e de sua dependncia. O recurso principal de aprendizagem do ponto de vista afetivo

    volta a ser a oposio, que vai aprofundando e possibilitando a identificao das diferenas entre idias, sentimentos, valores prprios e do outro, adulto, na busca para responder: quem sou eu? Quais so meus valores? Quem serei no futuro?, que permeada por muitas ambiguidades.

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem

  • 11/21/2011

    10

    Emoo e processo de ensino

    aprendizagem A motricidade

    As funes do movimento:

    Movimento propriamente dito;

    Estabilidade postural e equilbrio;

    Possibilita a expresso das emoes;

    Reflete, d sustentao e completa a atividade mental.

    A cognio

    A investigao da natureza do pensamento ou da inteligncia em Wallon passa pela anlise do discurso.

    O que de noite? O Que quer dizer est de noite?

    Que est de noite.

    Quando est de noite, o que que acontece.

    Fica mais escuro.

    E por que fica mais escuro?

    de noite.

    Mas por que fica escuro de noite?

    A gente dorme.

    O pensamento pr-categorial

    ou pr-lgico

    Em sua fase mais primitiva, o pensamento tem uma estrutura binria.

    O par a estrutura elementar do pensamento infantil.

    O que a chuva? A chuva o vento. Ento a chuva e o vento so a mesma coisa? A chuva quando troveja. O vento, que ? a chuva. Ento, a mesma coisa? No. No a mesma coisa. O que igual? o vento. O que o vento. o cu.

  • 11/21/2011

    11

    O pensamento pr-categorial

    ou pr-lgico

    Segundo Wallon, os termos podem se vincular por motivos diversos. So eles:

    Critrios afetivos

    Aspectos sensrio-motores

    Analogia fontica e assonncia

    O pensamento pr-categorial

    ou pr-lgico O pensamento infantil tambm definido por Wallon como

    pensamento sincrtico.

    Fabulao, contradio, tautologia e eliso so fenmenos caractersticos do pensamento sincrtico.

    Voc sabe o que telepatia? um bicho que, vem a telepatia pro

    crebro dele, ele solta a telepatia pros outros, mas eles no falam, eles pensam no crebro. Ento telepatia um bicho? .

    O que trabalho? Trabalho? Trabalho uma pessoa que empregada e tem baguna. E o que ela faz? O que ela faz? Tem dois

    cachorros, a cachorra...a cachorra mulher, e ganhou dois nens, dois filhotinhos que chamava Tet e a outra Nina, a depois, aida t

    com o mesmo nome. Ainda t latindo, j t mordendo. Todo mundo que trabalha arruma baguna? Arruma baguna.

    O pensamento categorial

    Caracteriza-se pela consolidao da funo categorial e superao do sincretismo.

    Categoria qualidade e classe; o resultado da diferenciao mais importante a ser cumprida pela inteligncia, e permitir, separando

    vermelho da coisa vermelho, utilizar essa qualidade como instrumento de ordenao de todas as coisas vermelhas,

    permitindo que um mesmo objeto participe de vrios conjuntos em funo de suas diversas qualidades.

    O pensamento categorial

    Permite anlise e sntese, generalizao e comparao.

    decorrente de processos de maturao orgnica e da cultura.