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Universidade Paulista – UNIP
AGENTES TERATÓGENOS
ALUNAS: Liliane da Costa Santos RA: a4622g-8 Luciene Chaves RA: a4142a-4
Trabalho para composição da
nota semestral da disciplina
Embriologia do Curso de
Graduação em Ciências
Biológicas da Universidade
Paulista – UNIP.
Orientador: Profª. Flora
SÃO PAULO
2011
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SUMÁRIO
Introdução .........................................................................................................3
1. Anomalias Causadas Por Fatores Genéticos.............................................3
2. Anomalias Causadas por Fatores Ambientais............................................4
3. Teratogênese Por Drogas.............................................................................5
4. Teratogênese Por Compostos Químicos Ambientais................................7
5. Teratogênese Por Agentes Infecciosos.......................................................8
6. Teratogênese Por Fatores Mecânicos.........................................................9
Conclusão...........................................................................................................9
Referências ......................................................................................................11
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Introdução
A Teratologia (teratos = monstro; logus = estudo) consiste no estudo das
malformações congênitas, ou seja, das anomalias de desenvolvimento que
provocam alterações morfológicas presentes ao nascimento.Um conceito
fundamental é o de que certos estágios do desenvolvimento embrionário são
mais vulneráveis a perturbações do que outras.
Um agente teratogênico é qualquer substância, organismo, agente físico ou
estado de deficiência que, estando presente na vida embrionária ou fetal, gera
uma alteração na estrutura ou funcionalidade da descendência.
As manifestações da ação de um agente teratogênico na espécie humana
podem ser agrupadas em classes principais: morte do concepto ou infertilidade;
malformações; retardo de crescimento intra-uterino e; deficiências funcionais,
incluindo-se aqui o retardo mental. Estes danos podem tanto ter uma causa
genética como ambiental ou uma combinação destas duas.
1. Anomalias Causadas Por Fatores Genéticos
Os fatores genéticos são as causas mais comuns de anomalias congênitas.
Mecanismo como mitose e a meiose podem, ocasionalmente, funcionar mal.
Muitos destes embriões iniciais anormais não sofrem o processo de clivagem
normal e não se tornam blastocistos.
Dois tipos de alterações ocorrem nos complementos cromossômicos:
numéricas e alterações, As alterações podem afetar os cromossomas sexuais
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e ou os autossomas (Os cromossomas que não são sexuais). Em alguns
casos, ambos os tipos de cromossomas podem ser afetados.
2. Anomalias Causadas por Fatores Ambientais
Embora os embriões humanos estejam bem protegidos no útero, agentes
ambientais podem causar perturbações no desenvolvimento após a exposição
da mãe a eles. Fatores ambientais como infecções e drogas, podem simular
condições genéticas. O principio importante é que nem tudo que surge na
família é genético. Os órgãos e parte do embrião são mais sensíveis durante os
períodos de diferenciação rápida.
Os teratógenos só parecem ser capazes de causar anomalias após o inicio da
diferenciação celular, porém, suas iniciais podem causar a morte de embrião,
durante as duas primeiras semanas do desenvolvimento.
Ao se considerar a possível teratogenicidade de um agente, como uma droga
ou um composto químico, três princípios devem ser considerados:
Os períodos críticos do desenvolvimento
A dosagem da droga ou composto químico
Constituição genética do embrião
Os períodos mais críticos do desenvolvimento são quando a divisão e a
diferenciação celular e a morfogênese estão em seu ponto Maximo.
Perturbações ambientais durante as duas primeiras semanas após a
fertilização podem interferir na clivagem do zigoto e na implantação do
blastocisto, e causar morte precoce aborto espontâneo do embrião.
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O desenvolvimento do embrião é mais facilmente perturbado durante a
formação dos tecidos e órgãos. Durante esse período, os agentes
teratogênicos podem induzir grandes anomalias congênitas.
Cada parte, tecido e órgão de um embrião têm um período critico durante o
qual seu desenvolvimento pode ser perturbado.
Para uma droga ser considerada um teratógeno humano é necessário observar
a existência de uma relação dose-resposta; quanto maior a exposição durante
a gravidez, mais grave é o efeito fenotípico.
3. Teratogênese Por Drogas
As drogas variam em sua teratogenicidade. Alguns teratógenos causam uma
perturbação grave do desenvolvimento quando administrado durante o período
da organogênese de certas partes do embrião. Outros causam retardo mental e
do crescimento e outras anomalias quando usados em quantidades excessivas
durante o desenvolvimento.
Portanto, as mulheres devem evitar qualquer tipo de medicamento durante o
primeiro trimestre da gestação, a menos que haja uma forte razão médica, e
neste caso, somente quando se sabe que esta medicação é razoavelmente
segura para o embrião.
Tabagismo
O tabagismo materno é uma das causas de retardo do crescimento intra-
uterino. Em grandes fumantes de cigarros, o parto prematuro é duas vezes
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mais freqüente do que nas mães que não fumam, e seus filhos pesam menos
do que o normal.
Cafeína
Esta é uma droga bastante popular, pois está presente em várias bebidas de
grande consumo, como café, chás, bebidas a base de cola, produtos
achocolatados e em algumas drogas. A cafeína não é conhecida como um
teratógeno humano, mas não há nenhuma certeza que o seu consumo em
excesso não prejudique o embrião. Portanto, durante a gestação deve ser
evitado o uso excessivo de café, chá e produtos que contenha cafeína
Álcool
O alcoolismo, afeta 1 a 2% das mulheres em idade fértil. Os filhos de mães
alcoólatras mostram um padrão característico de defeitos, incluindo deficiência
de crescimento, retardo mental e outras malformações pré e pós-natal.
Microcefalia, fendas palpebrais curtas, hipoplasia maxilar, nariz curto, lábio
superior fino, anomalias articulares e insuficiência cardíaca congênita.
Antibióticos
As tetraciclinas atravessam a membrana placentária e são depositadas nos
ossos e dentes do embrião nos locais de calcificação ativa. Uma quantidade
pequena de tetraciclina como 1g ao dia, durante o terceiro trimestre de
gestação pode produzir coloração amarelada nos dentes da primeira dentição.
O tratamento a base de tetraciclina durante o segundo e terceiro trimestre de
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gravidez pode causar defeito nos dentes, manchas amareladas ou pardas nos
dentes e menor crescimento dos ossos longos.
Tranquilizantes
A talidomida é um teratógeno potente, induz defeito dos membros e várias
outras anomalias, como no ouvido.
4. Teratogênese Por Compostos Químicos Ambientais
São todos os compostos químicos presentes no ambiente, como compostos
químicos industriais e agrícolas, poluentes, aditivos alimentares e metais
pesados.
Mercúrio Orgânico
Crianças nascidas de mães cuja dieta principal durante a gravidez era a base
de peixe, contendo níveis anormais de mercúrio orgânico adquirem a Doença
de Minamata Fetal, exibindo distúrbios neurológicos e comportamentais
semelhantes ao da paralisia cerebral.
Chumbo
Presente em abundância em locais de trabalho e no meio ambiente, o chumbo
é transferido através da membrana placentária e acumula-se nos tecidos fetais.
A exposição pré-natal ao chumbo tem sido associada ao aumento no número
de abortos, anomalias fetais, retardo do crescimento uterino e déficits
funcionais.
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5. Teratogênese Por Agentes Infecciosos
Ao longo da vida pré-natal, o embrião e o feto são ameaçados por uma
infinidade de microorganismos. Na maioria dos casos, há resistência aos
ataques; em alguns, ocorre aborto ou parto de natimorto e em outros, as
crianças nascem com malformações ou enfermidades congênitas.
Vírus da rubéola
É uma doença transmissível que tem como agente infeccioso o vírus Rubella
virus, transmitido principalmente por via respiratória. O vírus cruza a membrana
placentária e infecta o embrião/feto, causando a Síndrome da
Rubéola Congênita, cujas características usuais são: catarata, defeitos
cardíacos e surdez, podendo também ocasionar deficiência mental,
coriorretinite, glaucoma, microftalmia e defeito nos dentes.
Citomegalovírus (CVM)
O CMV constitui a infecção viral mais comum no feto humano. Como a doença
parece ser fatal quando infecta o embrião, a maioria das gravidezes termina em
aborto espontâneo quando a infecção ocorre no primeiro trimestre. Quando
ocorre em um período mais tarde, a infecção pode resultar em retardo do
crescimento intra-uterino, microftalmia, cegueira, microcefalia,retardamento
mental, surdez e paralisia cerebral.
Vírus do Herpes Simples (HSV)
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Tem sido relatado que a infecção por HSV no início da gravidez triplica a taxa
de abortos e que a infecção após a vigésima semana está associada a uma
taxa mais alta de prematuridade.
Varicela (catapora)
Há fortes evidências que a infecção materna por varicela durante os quatro
primeiros meses de gestação causa malformações congênitas, como lesões na
pele, atrofia muscular, hipoplasia do membro,dedos da mão rudimentares e
retardamento mental.
Teratogênese por radiação
A exposição a altos níveis de radiação ionizante pode lesar células do embrião,
levando a morte celular, lesão de cromossomas e retardo do desenvolvimento
mental e do crescimento físico.
A intensidade do dano esta relacionado com a dose absorvida, intensidade da
dose e com o estagio do desenvolvimento do embrião ou feto.
6. Teratogênese Por Fatores Mecânicos
O liquido amniótico protege o embrião da maioria dos traumas externos. O
deslocamento congênito do quadril e o pé torto podem ser causados por forças
mecânicas em um útero malformado. Uma redução no liquido amniótico pode
levar a uma deformação dos membros induzida mecanicamente.
Conclusão
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Os teratógenos, agentes capazes de induzir danos no desenvolvimento
embrionário e fetal, podem ser de diversos tipos e podem ser classificados em
várias categorias de acordo com a comprovação de seus efeitos.
A falta de informações atenta à necessidade do aconselhamento materno
durante a gestação e do acompanhamento pré-natal. Dessa forma, é
imprescindível também que drogas contenham, na embalagem e na bula, o
registro de seu risco potencial e contra-indicações.
Portanto, o acompanhamento médico durante a gestação, a prática de
atividade física sem excessos, adieta alimentar e não consumir drogas como
bebida alcoólica e cigarros são cuidados essenciais.
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REFERÊNCIAS
MOORE, Keith L. Persaud. Embriologia Clínica. 7º edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
SESTITO, Giovanna Colletes. Bioquímica e biologia molecular. Centro universitário de Araraquara- UNIARA: 2010.
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