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    No Haiti, em funo da independncia conseguida mediante revolta de escravos negros emestios, desde incios do sc XIX o pas ficou muito isolado do resto do mundo. Segundo Alfred

    Metraux, o nome vodum ou vodu, palavra da lngua fon que significa esprito ou deus, foi dada aoconjunto de crenas e ritos de origem africana, estreitamente associada a prticas catlicas e constituia religio das massas camponesas da repblica negra do Haiti. Uma lenda sinistra se desenvolveu emtorno desta religio e seus seguidores foram acusados de prticas de canibalismo e de orgias.Jornalistas, cineastas e autores, sobretudo norte-americanos, em busca de exotismos, proclamaram abarbrie inata desta religio e dos povos negros que a praticam.

    Atualmente existe no Brasil uma rede de loja de presentes que vende e divulga o Voodoo doAmor, um boneco de pano que deve ser espetado com alfinetes com o objetivo de alcanar sonhos efantasias. Texto explicativo que acompanha o boneco diz que Voodoo ou Vodum uma religio deorigem africana que chegou s Amricas atravs de escravos levados do Haiti, sendo similar ao nossoCandombl. A divulgao deste boneco uma das provas de que ainda hoje a religio dos voduns pouco conhecida no Brasil.

    Ao longo dos sculos XIX e XX, em diferentes regies, a religio dos voduns sofreu inmerasperseguies da Igreja Catlica, dos diversos Estados, da polcia, etc. Em 1992/93 foi organizado noBenin o Festival Ouidah 92 sobre a presena africana da religio dos voduns em diferentes regies,comemorando os quinhentos anos de contactos entre europeus e africanos. O Festival foi uma forma dogoverno do Benin reconhecer a importncia desta religio, que no prprio pas de origem foi perseguidapelo regime socialista vigente nas dcadas de 1970 e 1980.

    Durante o Festival Ouidah 92, alm de exposies e conferncias, houve desfiles eapresentaes de grupos de culto aos voduns em diversas ruas e praas pblicas das principais cidadesdo pas, que atraram multides de apreciadores estrangeiros e nacionais e grande nmero de grupos deculto que se apresentaram livremente. Neste festival compareceram alguns lderes religiosos de outrospases e dona Maria Celeste, vodunsi da Casa das Minas Jeje do Maranho, entoou cnticos africanosconhecidos na Casa que foram reconhecidos e acompanhados pelos mais velhos.

    O antroplogo espanhol Lus Nicolau Pars, da Universidade Federal da Bahia, tem realizadopesquisas e publicado trabalhos sobre a religio dos voduns no Maranho, na Bahia e no Benin. Estesestudos so importantes e necessitam serem intensificados no Brasil, para um melhor conhecimentodesta religio nas diferentes regies do pas, e tambm em outros pases. Em trabalho recente, LuisNicolau Pars mostra a importncia da nao jeje na formao do Candombl na Bahia durante o sculoXIX. Pars tem estudado tambm o culto das nesuhue que so ancestrais divinizados da famlia real doDaom. Embora as tradies jeje e nag sejam melhor documentadas, no Tambor de Mina estopresentes elementos de outras procedncias africanas como Tapa ou Nup, Fupupa ou Felupe,Cambinda, Congo-Angola e outras.

    No Brasil a religio dos voduns se difundiu em diversas reas, no passado na Bahia e Rio deJaneiro e hoje, sobretudo na regio Amaznica e tambm em So Paulo e no Sul, levado por imigrantesprocedentes da Amaznia. No Maranho, o Tambor de Mina se desenvolveu a partir de duas casasprincipais fundadas em meados do sculo XIX, que continuam atuantes at hoje, a Casa das Minas Jeje e

    a Casa de Nag e de outros terreiros direta ou indiretamente relacionados com estas casas, como osantigos Terreiros do Egito, o Terreiro da Turquia e o ainda atuante Terreiro do Justino, fundadosigualmente no sculo XIX. Algumas regies do interior do Maranho, como principalmente Cod, no Valedo Itapecur e Cururupu, no litoral Norte, foram locais de concentrao de grande nmero de escravose at hoje so focos importantes de difuso das religies por eles trazidas da frica e aqui mescladascom crenas em entidades de outras procedncias.

    A Casa das Minas Jeje exerceu e exerce grande influncia at hoje, pelo prestgio de suasvodunsis ou filhas-de-santo e pela contribuio no modelo de organizao da religio dos voduns. Mas aCasa das Minas no tem outros terreiros filiados ou que sigam diretamente suas tradies, tendo sidosempre uma Casa nica. Na Casa das Minas os cnticos so em lngua jeje e os caboclos no socultuados. Da Casa de Nag e de outros terreiros antigos que derivam os demais terreiros de culto doTambor de Mina no Maranho, que seguem seu modelo de organizao religiosa e ritual acompanhada,principalmente por dois tambores horizontais sobre cavaletes, denominados de abatas. A maioria dos

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    cnticos so lngua nag e em portugus e numerosos caboclos so invocados e cultuados. Nas casas deculto mais antigas do Maranho existe o costume de s danarem mulheres que recebem as divindades

    em transe. Os homens exercem outras funes relacionadas com a msica e o sacrifcio de animais. Nosterreiros mais modernos, fundados em meados dos anos de 1950 que os homens passaram a danar,mas em geral so em menor nmero do que as mulheres, embora haja notcias da presena atuante dealguns homens nos terreiros desde os primeiros tempos.

    Na Casa das Minas Jeje, os voduns, em nmero de cerca de sessenta, se organizam em famliasde divindades, a saber: famlia de Davice, da qual so conhecidos um total de 27 voduns e tobossis, ouentidades femininas infantis. Estes voduns pertencem Famlia real do Daom at o rei Agongonu quereinou entre 1789 e 1797. Segundo pesquisas de Pierre Verger este culto teria sido trazido ao Maranhopela rainha N Agontim, viva do rei Agongonu que foi vendida como escrava em virtude de conflitosna famlia real. Nesta famlia destacam-se como mais conhecidos os voduns Toi Zomadonu, o dono daCasa, Toi Dadarro, Toi Dou, Toi Bedig, Toi Daco e Noch Sepazin e os voduns toquenos ou meninos,Toc, Toc e Jogorobossu.

    A Famlia de Savaluno, com um total de seis voduns e tobossis, que so nobres, amigos ehspedes do dono da Casa, Toi Zomadonu. Destacam-se nesta famlia os voduns Toi Agongonu, Toi Zace Toi Jotim. A Famlia de Dambira ou de Acossi Sakpat, com 17 voduns e tobossis conhecidos, opanteon da terra, dos voduns que so reis caboclos, que curam doenas, especialmente da pele e cujoculto de grande importncia na Casa. Destacam-se nesta famlia os voduns Toi Acossi, Toi Azili, ToiAzonce, Toi Lepon, Toi Poliboji, Noch Boa e Toi Bouc.

    H tambm as famlias de Quevio e de Aladanu, com um total de 15 voduns e tobossisconhecidos. A famlia de Quevio a dos voduns nags, que so mudos na Casa das Minas e foramtrazidos para manter o culto dos nags entre os jejes. Destacam-se entre eles os voduns Noch Sob,Toi Bad, Toi Li, Toi Loco, Toi Averequete, Noch Abe, Toi Ajaut e Toi Avrej. So os voduns dosastros, dos ventos, das tempestades, do trovo e do sol. Entre estes alguns so conhecidos e cultuadoscomo orixs no Candombl. Assim Bad equivale a Xang, Sob a Ians, Abe a Iemanj. H tambmalguns voduns de outras famlias com correspondentes no Candombl, como Dou que equivale a Ogun,

    To e Toc aos Ibejis, Boa e Bouc, a Oxumar, Acossi que equivale a Obalua e alguns poucosoutros. A maioria dos voduns do culto mina jeje no possui correspondncia entre os orixs nags.

    Entre os voduns da Casa das Minas e em geral no culto dos voduns do Maranho, no se dnfase ao culto de Legba ou Exu, que na Casa considerado como demnio, como responsvel peladispora e escravizao dos negros. Assim Exu ou Legba so considerados como tabu no Tambor de Minae suas funes so discretamente assumidas por outras entidades como Surrupira, Lgua Boji, os Turcose outras. Santa Brbara considerada a chefe dos terreiros de mina e Averequete o seu delegado ouguia. O vodum Toi Averequete, sincretizado com So Benedito, considerado na Casa de Nag e nosterreiros de Mina Nag, como o vodum que abre para a mata e chama as entidades caboclas. Na Mina doPar e no Terec de Cod, Averequete considerado tambm a entidade que traz os caboclos. NoTambor de Mina do Par e de outros estados, o culto aos caboclos est muito associado com os voduns eorixs, o que parece concordar com a tradio daomeana de assimilao da religio de outros povos.

    O catolicismo est muito presente nesta religio uma vez que os escravos eram obrigados aserem catlicos e que o catolicismo era a religio oficial do pas at fins do sculo XIX e oficiosa emgrande parte do sculo XX. A festa do Divino Esprito Santo um ritual do catolicismo popular que, noMaranho e em parte da Amaznia, foi includo nos terreiros de culto afro, sendo oferecido emhomenagem a entidades diversas. Assim a maioria dos terreiros de Mina de So Lus realiza uma vez aoano a festa do Divino, em data varivel conforme o calendrio de cada casa. A festa do Divino, que emtoda parte um ritual do catolicismo popular, no Maranho e na Amaznia um ritual que foi includoe realizado em terreiros de culto afro. Tambm comum a participao dos devotos dos terreiros emmissas de santos, procisses e ladainhas que costumam ser cantadas em latim e rezadas antes dosprincipais ritos e festas nos terreiros. Outro aspecto do sincretismo nas religies afro a presena dediversos rituais da cultura popular realizados nas casas de culto e includas em seu calendrio. Assim comum a presena de festas com Tambor de Crioula nos terreiros, bem como a festa do Boi ou Boizinhode Encantado, em que rituais do Bumba-meu-boi, como o batismo e a morte do Boi so realizados

    oferecidos a entidades importantes das casas de culto. Vemos que no Tambor de Mina no esto

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    presentes s prticas africanas, mas sendo uma religio afro-brasileira, inclui elementos de vriasprocedncias.

    Crenas sebastianistas esto tambm presentes em certos aspectos da Pajelana e do Tamborde Mina do Maranho e do Par. Existe a crena que el rey Dom Sebastio teria se encantado e vive comsua corte na Praia dos Lenis, prximo Cururupu, no Maranho, ou em outros locais e que no ms dejunho aparece encantado num touro e se incorpora nos mdiuns durante rituais de Cura ou de Tamborde Mina, havendo uma linhagem atuante da famlia de Dom Sebastio, com diversos nobres e caboclosauxiliares.

    No Maranho o termo vodum mais conhecido e utilizado do que orix, seu equivalente emnag. Conforme informaes transmitidas em trabalhos de Mundicarmo Ferretti, na Casa de Nag e emoutros terreiros de origem nag, so conhecidos e cultuados, entre outros os seguintes voduns: Sob,Averequete, Bad, Boa, Eowa, Navezuarina, Obala, Vondereji, Xadat; os orixs: Ians, Iemanj, NanBuruc ou V Miss, Obaluai, Ogum, Oxossi, Xang, Xapan; os gentis ou nobres: Rainha BrbaraSoeiro, Dom Joo Soeiro, Dom Joo da Cruz, Dom Jos Floriano, Dom Lus Rei de Frana, Dom Miguel,

    Dom Pedro Angao, Rei de Junko, Rei de Nag, Rei do Kotelo, Rei Sebastio (associado a Xapan),Rainha Rosa, Rainha Dina. So tambm conhecidos e cultuados entre outros as seguintes entidadescaboclas: Lgua Boj Bu, Baiano, Boto Velho, Caboclo da Bandeira (ou Joo da Mata), Caboclo Velho,Chica Baiana, Corre Beirada, Guerreiro, Joo de Una, Joo do Leme, Luizinho, Mariana, Jarina, Pombodo Ar, Preto Velho, Sebastiozinho, Surrupira, Tabajara, Tapindar, Tupinamb Tombasse, Zezinho,Joozinho, Pedrinho, Joaquim. O culto aos caboclos est muito presente no Tambor de Mina e h umainfinidade de caboclos, assim o Tambor de Mina se aproximou com facilidade da Umbanda, da qual estmuito prxima.

    Assim como os voduns mina jeje, a maioria das entidades cultuadas nos diversos terreiros deTambor de Mina, se agrupam em algumas famlias principais como a da Turquia, a do Rei Sebastio, afamlia de Lgua Boji, famlia da Bandeira e outras. Mundicarmo Ferretti, no livro Desceu na Gumaapresenta quadros de entidades espirituais recebidas em terreiros de So Lus, de Cod e famlias deCaboclos do Tambor de Mina do Maranho.

    Entre fins do sculo XIX e incios do sculo XX, sobretudo no perodo ureo da borracha naAmaznia, a religio dos voduns se difundiu por diversos Estados, destacando-se o Par, o Amazonas eRondnia onde temos maiores notcias de sua presena. Seth e Ruth Leacock e Chester Gabriel, entreoutros, apresentam importantes informaes sobre caboclos e voduns em Belm e em Manausrespectivamente. Levado por devotos provenientes destas regies, desde as ltimas dcadas do sculoXX, a religio dos voduns, tem se difundido principalmente em So Paulo, no Rio de Janeiro, emBraslia, no Paran e em outros Estados. H tambm um ramo da religio dos voduns, especialmente detradio jeje Mahi, que se desenvolveu no Bahia e de l se difundiu no Rio de Janeiro e em outrosEstados. Na Bahia o culto dos voduns importante sobretudo em Salvador e em Cachoeira.

    No Maranho e em outras regies, a religio dos voduns se aproximou de prticas religiosas deoutras procedncias como a Pajelana e o Terec. A Pajelana ou Cura se difundiu no Maranhoprincipalmente a partir do Municpio de Cururupu, no Litoral Norte e se caracteriza pela presena de

    um paj ou pajoa que de posse de objetos rituais, como penacho, marac e, amarrado com diversasfaixas coloridas, recebe diferentes entidades ao longo de uma noite. A entidades cultuadas pertencema diversas linhas de encantados como peixes, pssaros, princesas, caboclos, etc. e permanecem poucotempo, enquanto o paj canta e dana toadas em sua homenagem. O ritual dura toda a noite sendo opaj algumas vezes substitudo por outro. Os cnticos so entoados pelo paj, repetido em coro pelospresentes, acompanhados principalmente por pandeiros e palmas. A Pajelana considerada comoparte da linha das guas doces, incluindo entidades predominantemente brasileiras, enquanto o tamborde mina faz parte da linha da gua salgada, com predomnio de entidades de origem africana. APajelana inclui prticas teraputicas e por isso mesmo foi perseguida como curandeirismo. No sculoXIX pais e mes-de-santo eram denominados indistintamente de pajs, como mostra MundicarmoFerretti.

    Terec um dos nomes pelos quais a religio afro-brasileira mais conhecida na regio deCod, no vale do Rio Itapecur no Maranho, de onde se difundiu por outros locais. O ritual assemelha-

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    seus diversos filhos, entre os quais Antnio de Lgua, Coli Maneiro, Dora de Lgua, Folha Seca,Joozinho, Joaquinzinho, Lauro, Loureno, Manoelzinho, Maria de Lgua, Mearim, Tereza de Lgua emuitos outros. Entre outras entidades recebidas em Cod, destacam-se Baro de Guar, Joo de Una,Leontino, Preto Velho de Angola e Rainha Rosa.

    No Maranho e no Par, a religio dos voduns, ou Tambor de Mina se aproxima da Umbanda etambm do Candombl, religies afro-brasileiras que se expandiram no pas ao longo do sculo XX. NoMaranho, em decorrncia de contatos com o Centro Sul, muitos terreiros se dizem de Umbanda poremse diferenciam pouco do Tambor de Mina, exceto pelo predomnio de cnticos em portugus. Nasegunda metade do sculo XX, especialmente a partir dos anos de 1970, o Candombl se difundiutambm no Maranho, no Par e na Amaznia, pela presena de contatos com a Bahia e com outrasregies do pas, como Pernambuco, Rio de Janeiro e So Paulo. O Candombl passou a gozar de grandeprestgio cultural sendo considerada como religio mais bem estruturada do que o Tambor de Mina,destacando-se a presena de vestimentas rituais especficos como paramento dos orixs, de cnticos em

    lngua nag, traduo de mitos africanos especialmente nags. Com a difuso do Candombl nota-se avalorizao de uma ideologia de dessincretizao e de africanizao, destacando-se a presena demitos, cnticos, rituais, divindades e vestimentas de inspirao africana, que so considerados comosendo mais puros do que os rituais com entidades caboclas, comuns no Tambor de Mina. Estavalorizao tem ocorrido sobretudo em grupos de culto que contam com a presena de pessoas maisjovens.

    Alguns encantados da Mina so mais conhecidos e cultuados no Par, como ocorre com asprincesas turcas Jarina e Erundina, que parecem ter vindo de l para o Maranho, como registra a letrade uma doutrina cantada em So Lus que diz: A, e , Jarina chegou do Par. Como no Daom e noHaiti, a religio dos voduns no Maranho e na Amaznia, assume caractersticas prprias e as vezesnomes especficos em cada regio e muitas entidades so mais conhecidas e cultuadas em determinadaslocalidades.

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