2
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº1488 Abril/2014 Livramento de Nossa Senhora “A união faz a força”. A frase parece clichê, mas retrata fielmente a família do Seu Eurisvaldo, 54 anos e Dona Izabel Flor, 43 anos, que vivem na comunidade da Gameleira. Lela, como é conhecido o agricultor na comunidade, descreve- se como um homem trabalhador, de coragem e que enfrenta a vida sempre em busca de dias melhores. A alegria do casal é visível e fruto dessa união tiveram três filhas: Renata, Maísa e Gabriela. Com determinação, a família realiza um sonho em comum, formar as filhas na Universidade. “Sempre sonhei e planejei ver minhas filhas estudadas, assim sempre guardei o pouco que ganhava pensando nisso”, relata o agricultor. Mesmo não tendo estudos, o Seu Eurisvaldo é muito curioso e sempre está em busca de informações que melhorem a produção na sua terra. Para ele a propriedade é boa, já que ali de tudo eles têm, afirmando que o segredo é saber plantar no tempo certo e saber utilizar os recursos da terra. O casal conta que com auxílio e o conselho de um ao outro as coisas andam. Dona Izabel fala da importância do uso consciente da água, sem o desperdiço, como exemplo, cita que a água que sai da torneira, através de uma encanação feita por seu esposo, cai diretamente nas plantas do quintal. A agricultora é também agente comunitária de saúde na comunidade. A União faz a força e a Diversidade faz a diferença Seu Eurisvaldo e sua esposa Izabel Seu Eurisvaldo colhendo frutos da terra O cultivo de hortaliças no quintal da família

A União faz a força e a Diversidade faz a diferença

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O candeeiro relata a história de um casal de agricultores que unidos cultivam uma diversidade de alimentos em seu quintal, que contribuem para a soberania alimentar e nutricional da família. Além de gerar renda à família.

Citation preview

Page 1: A União faz a força e a Diversidade faz a diferença

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1488

Abril/2014

Livramento de

Nossa Senhora

“A união faz a força”. A frase parece clichê, mas retrata fielmente a família do Seu Eurisvaldo, 54 anos e Dona Izabel Flor, 43 anos, que vivem na comunidade da Gameleira. Lela, como é conhecido o agricultor na comunidade, descreve-se como um homem trabalhador, de coragem e que enfrenta a vida sempre em busca de dias melhores.A alegria do casal é visível e fruto dessa união tiveram três filhas: Renata, Maísa e Gabriela. Com determinação, a família realiza um sonho em comum, formar as filhas na Universidade.

“Sempre sonhei e planejei ver minhas filhas estudadas, assim sempre guardei o pouco que ganhava pensando nisso”, relata o agricultor. Mesmo não tendo estudos, o Seu Eurisvaldo é muito curioso e sempre está em busca de informações que melhorem a produção na sua terra. Para ele a propriedade é boa, já que ali de tudo eles têm, afirmando que o segredo é saber

plantar no tempo certo e saber utilizar os recursos da terra. O casal conta que com auxílio e o conselho de um ao outro as coisas andam. Dona Izabel fala da importância do uso consciente da água, sem o desperdiço, como exemplo, cita que a água que sai da torneira, através de uma encanação feita por seu esposo, cai diretamente nas plantas do quintal. A agricultora é também agente comunitária de saúde na comunidade.

A União faz a força e a Diversidade faz a diferença

Seu Eurisvaldo e sua esposa Izabel

Seu Eurisvaldo colhendo frutos da terra

O cultivo de hortaliças no quintal da família

Page 2: A União faz a força e a Diversidade faz a diferença

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

O quintal da família é aconchegante, o verde reina. Pode-se ver uma diversidade de plantações como: abacate, mandioca, laranja, banana, feijão, palma, coco, seriguela, abóbora, limão, mamão, acerola, g o i a b a , p a l m a , m i l h o e hortaliças. Essa diversidade de alimentos garante a soberania alimentar e nutricional da família, tiram quase tudo, restando pouca coisa a ser c o m p r a d a n a c i d a d e . Ressaltando que são alimentos de qual idade e l ivre de

agrotóxicos. Além disso, gera renda a família, pois o que produz é vendido na redondeza e na feira da cidade. Eles criam alguns animais: gado, galinha, porco. Como alimentação para o gado, o agricultor cultiva o capim. A Dona Isabel retira uma renda em média de 140,00 reais por semana com a venda de queijos feitos por ela.

Lela relata um pouco do desafio vivido com a escassez de água, já que ia buscar em um carro de boi, com distância de mais de um quilometro, além da fila que enfrentava para retirar a água, o que muitas vezes causava confusão. Graças ao benefício adquirido da cisterna de 16 mil litros, essa realidade não se faz mais presente. Satisfeitos, o casal de agricultores mostra o buraco já escavado para receber a cisterna-enxurrada. Estão certos da melhoria que o

benefício irá trazer a família, já que possuem plantações no quintal e necessitam de água para poder colher. Lela conta que, diferentemente dos colegas que foram trabalhar nas ursinas de cana-de-açúcar, ele conseguiu entender que poderia viver na região, adaptando-se a ela e utilizando os próprios recursos da terra. Afirma com orgulho que vive no Semiárido e que vive muito bem.

Realização Apoio

O casal em seu quintal produtivo

Seu Eurisvaldo alimentando a criação.

Local onde será construída a cisterna-enxurrada