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Caso Clínico 76 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008 A utilização dos mini-implantes na mecânica ortodôntica contemporânea Luiz Felipe Viegas Josgrilbert*, José Fernando Castanha Henriques**, Rafael Pinelli Henriques***, Priscila Tirloni****, Fernando Esgaib Kayatt*****, Henriqueta Teixeira Godoy****** * Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial FOB-USP, Mestre em Ortodontia UMESP-São Paulo. ** Especialista em Ortodontia FUMBEO-USP. *** Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru- USP. **** Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. ***** Especialista em Implantodontia – CFO e Doutor em CTBMF- UNESP – Araraquara. ****** Especialista em Ortodontia Uningá-Bauru. RESUMO A Ortodontia atual é, cada vez mais, soli- citada a reduzir o tempo de tratamento, com maior eficácia e menor cooperação do paciente. Para que estas metas sejam alcançadas, um tratamento multidisci- plinar se torna indispensável. O presente trabalho objetiva demonstrar quanto o mini-implante pode ser útil para a an- coragem em tratamentos ortodônticos, facilitando a mecânica por meio de um PALAVRAS-CHAVE: Mini-implante. Ancoragem. Intrusão. Distalização. método com custo reduzido, de simples colocação, remoção e com possibilidade de utilização imediata de carga. O arti- go apresenta as indicações, as contra- indicações, um protocolo de aplicação clínica e uma revisão bibliográfica, pro- porcionando ao ortodontista uma visão geral e contemporânea sobre as utiliza- ções dos mini-implantes em várias situ- ações clínicas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 rev. 1

A utilização dos mini-implantes na mecânica ortodôntica ...orto1.com.br/artigo02.pdf · Caso Clínico 76 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

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Caso Clínico

76 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

A utilização dos mini-implantes na mecânica ortodôntica contemporâneaLuiz Felipe Viegas Josgrilbert*, José Fernando Castanha Henriques**, Rafael Pinelli Henriques***, Priscila Tirloni****, Fernando Esgaib Kayatt*****, Henriqueta Teixeira Godoy******

* Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial FOB-USP, Mestre em Ortodontia UMESP-São Paulo. ** Especialista em Ortodontia FUMBEO-USP. *** Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru- USP. **** Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. ***** Especialista em Implantodontia – CFO e Doutor em CTBMF- UNESP – Araraquara. ****** Especialista em Ortodontia Uningá-Bauru.

ResumoA Ortodontia atual é, cada vez mais, soli-citada a reduzir o tempo de tratamento, com maior eficácia e menor cooperação do paciente. Para que estas metas sejam alcançadas, um tratamento multidisci-plinar se torna indispensável. O presente trabalho objetiva demonstrar quanto o mini-implante pode ser útil para a an-coragem em tratamentos ortodônticos, facilitando a mecânica por meio de um

Palavras-chave: Mini-implante. Ancoragem. Intrusão. Distalização.

método com custo reduzido, de simples colocação, remoção e com possibilidade de utilização imediata de carga. O arti-go apresenta as indicações, as contra-indicações, um protocolo de aplicação clínica e uma revisão bibliográfica, pro-porcionando ao ortodontista uma visão geral e contemporânea sobre as utiliza-ções dos mini-implantes em várias situ-ações clínicas.

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Luiz Felipe Viegas Josgrilbert, José Fernando Castanha Henriques, Rafael Pinelli Henriques, Priscila Tirloni, Fernando Esgaib Kayatt, Henriqueta Teixeira Godoy

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nominar o implante como ancoragem absoluta, pois todo movi-mento de retração, de distalização, de intrusão, dentre outros, terá efeito somente no local onde está sendo aplicada a força.

Posteriormente, Block e Hoffman4, em 1995, descreveram um novo dispositivo de ancoragem - formado por um disco texturiza-do e coberto por hidroxiapatita de um lado e por uma rosca interna no lado oposto - que, após implantado no osso e integrado, ser-viria de ancoragem e poderia ser facilmente removido ao final do tratamento.

Em 1996, Glatzmaier et al.13 descreveram implantes reabsor-víveis no palato como método de ancoragem. A vantagem desse tipo de implante é que não exigia uma segunda intervenção para sua remoção.

Em 1997, Kanomi19 citou a utilização de mini-implantes do sis-tema K1, que poderiam ser utilizados para intrusão e distalização de dentes anteriores superiores e inferiores, para correção de sor-riso gengival e para fixação intermaxilar pós-cirurgia ortognática. Este sistema tem como característica possuir parafusos de 4, 6 ou 8mm de comprimento, ser de titânio comercialmente puro, e ne-cessidade de reabertura para sua remoção, precisando de 3 a 6 me-ses para aplicação de carga. Estes mini-implantes têm vantagens sobre o uso dos convencionais, como: requerem menor espaço para sua inserção, podendo ser colocados entre as raízes dentárias; e os procedimentos cirúrgicos para a colocação e para a remoção são simples15,19,48.

Em 1998, Wehrbein e Merz47 citaram o uso de implante palatino como indicação para substituir a ancoragem extrabucal na retra-ção ântero-superior e para a distalização de molares superiores. Este dispositivo tem como característica parafusos com diâmetro de 3,3mm e comprimento de 4 ou 6mm, necessitando de período de osseointegração e remoção com morbidade relativa.

No entanto, devido às limitações relacionadas aos implantes (local de inserção/instalação, custo elevado, período de espera para osseointegração4), outras alternativas apareceram.

Surgiram, então, os dispositivos de ancoragem temporária - os mini-implantes8,10,25,45 - considerados como ancoragem absoluta nos tratamentos ortodônticos7,10,11,15,19,36,38,45 e que, devido ao pe-queno tamanho quando comparados aos implantes convencionais, tornaram-se muito mais úteis em aplicações ortodônticas37.

Com a grande difusão do uso dos mini-implantes, muitos es-tudos vêm sendo realizados na busca do local ideal para instalação desses dispositivos6,27,29,31,32.

Os mini-implantes podem ser utilizados em qualquer área de tecido ósseo, seja ela alveolar ou apical39, sempre considerando que mini-implantes só devem ser implantados em áreas de osso com qualidade adequada e em locais sem perda de dentes há longo tempo, pois não haverá osso alveolar suficiente para implantação de ancoragem.

IntRoduçãoDurante o planejamento de um tratamento ortodôntico, o or-

todontista se depara com várias metas a serem alcançadas e uma série de dificuldades, dentre elas, a mais considerável, a ancoragem ortodôntica6,34,44, que pode ser definida, segundo Vigorito46, como “a resistência que um ou mais elementos dentários oferecem à mo-vimentação, quando submetidos à aplicação de uma força de pres-são ou tração”. Em casos onde ocorre a necessidade de mecânicas ortodônticas complexas, com movimentos dentários dificilmente obtidos por técnicas convencionais, o ortodontista tem que lançar mão de artifícios que facilitem a terapêutica ortodôntica, diminu-am o tempo de tratamento, reduzam os efeitos colaterais oriundos da mecânica e possam dispensar o máximo possível da colaboração do paciente durante o tratamento4,7,10,20,22,23,28,34.

Para que essas dificuldades fossem minimizadas, os implantes protéticos foram sugeridos à Ortodontia, como um reforço de an-coragem, pois verificou-se que os mesmos permaneciam estáveis quando submetidos aos esforços necessários para a movimentação ortodôntica1,40,41.

Surgiram, então, os dispositivos de ancoragem temporária, os mini-implantes8,10,25,45, inseridos com o propósito de criar uma for-ma de ancoragem adicional, na qual a colaboração do paciente se torna quase dispensável, podendo ser removido após o trata-mento.

Hoje, os mini-implantes são considerados a forma mais eficaz de se conseguir a ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico, além de oferecerem o mínimo de desconforto ao paciente7,10,11,15,19,36-38,45.

O objetivo desse trabalho é demonstrar quanto o mini-implan-te pode ser útil para a ancoragem em tratamentos ortodônticos, apresentando, também, as indicações, contra-indicações, protocolo de aplicação clínica e uma revisão bibliográfica do tema.

ReVIsão de LIteRAtuRA e dIsCussãoPode-se afirmar que a movimentação dos dentes através do

osso alveolar é possível graças ao periodonto, uma vez que este responde às forças aplicadas sobre aqueles, com a reabsorção ós-sea no lado de pressão e aposição no lado de tensão17,18,44.

Essa resposta tecidual, referida anteriormente, gera uma das grandes preocupações da mecânica ortodôntica, pois as forças ge-radas para viabilizar a movimentação dentária são ancoradas em outros dentes e as forças aplicadas sobre a unidade de ancoragem vão desencadear as mesmas reações vistas na unidade ativa16,30,34,47. Esse movimento recíproco nem sempre é bem visto na terapia or-todôntica.

Roberts et al.40, em 1984, publicaram um artigo relacionando a Ortodontia com a Implantologia, concluindo que os implantes dentários permaneciam estáveis quando submetidos aos esforços necessários para a movimentação ortodôntica. Pode-se, então, de-

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

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Segundo Melsen e Verna31, os locais que oferecem melhores condições para instalar o mini-implante na maxila são: a espinha nasal anterior, a crista infra-zigomática e o palato. Sendo que a su-tura palatina mediana, formada por osso cortical mais denso, pode ser considerada o melhor local para instalação desse dispositivo de ancoragem temporária na maxila24. Na mandíbula, os melhores lo-cais são: na região retromolar, no processo alveolar vestibular e na sínfise31.

Outro fator que deve ser considerado é a localização do mini-implante em relação ao tecido gengival, podendo ser inserido na gengiva livre ou na gengiva ceratinizada.

Caso a opção seja por inserir o mini-implante na gengiva cera-tinizada, sua cabeça deve ficar exposta e o paciente deve ser ins-truído para uma perfeita higienização27,31,32. Caso a opção seja pela inserção na gengiva livre, é importante que o mini-implante fique sob a gengiva e que um amarrilho seja deixado para receber a mola, como nos tracionamentos de caninos. Os maiores índices de insu-cesso estavam relacionados aos mini-implantes inseridos em local de mucosa não-ceratinizada6,27.

O mini-implante é uma excelente opção como coadjuvante nos tratamentos ortodônticos, porém devem ser analisadas corretamente suas indicações, contra-indicações e limitações, para que o mesmo possa ser utilizado de forma correta, expressando todo seu potencial.

Os mini-implantes estão indicados para alcançar qualquer mo-vimento dentário sem perda de ancoragem40, sejam eles de intru-sões, tração horizontal, distalizações superiores e inferiores4,5,7,15,19-21,

37,48, e também aplicação na distração osteogênica19. Segundo vários autores7,10,11,15,19,36,38,45 o mini-implante é a forma mais simples e eficaz de se conseguir ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico.

As limitações do uso de mini-implantes como auxiliares na an-coragem para movimentação ortodôntica, estão relacionadas so-mente a fatores biomecânicos como excesso de força, por exemplo as utilizadas em tratamentos ortopédicos mecânicos42.

As contra-indicações médicas gerais na utilização de mini-im-plantes são: distúrbios metabólicos do osso; tabagismo; gestação; etilismo; osteoporose; cardiopatias; hipertensão; higiene bucal; pa-tologias locais e acidentes anatômicos42.

E as contra-indicações locais são: macroglossia; inserções baixas dos freios; presença de infecções; higiene bucal deficiente; queilite; hiperplasia gengival; quantidade e qualidade inadequada do osso; patologias do osso; doença periodontal e dentes impactados42.

Depois de analisadas as indicações e contra-indicações, deve-se tomar cuidado com a carga utilizada nesse mecanismo de auxílio de ancoragem.

Bae et al.2; Kanomi19 e Gray et al.14 constataram que mini-im-plantes submetidos a uma força de 200 a 300g não requerem os-seointegração e podem ser removidos a qualquer momento.

Trabalhos recentes2,9,10,26,31,35,43 recomendam a aplicação de car-

ga imediata sobre o mini-implante, devido ao sucesso mecânico da interdigitação entre este e o osso alveolar, desde que esta força não exceda 200 gramas.

Cheng et al6; Ohmae et al.33; Park, Lee e Kwon37 recomendaram uma aplicação de força que varia entre 100 e 200 gramas.

Para Melsen e Verna31, o correto seria: a utilização de forças le-ves (50 gramas para intrusão); e a linha de ação de força sempre passando pelo mini-implante, em diferentes direções. Segundo os autores, antes de decidir pelo mini-implante, deve-se fazer um es-tudo exato das forças que serão utilizadas.

Favero, Brollo e Bressan12 citaram que, quando a força é apli-cada prematuramente, um tecido fibroso é formado entre o mini-implante e o osso, sendo este fenômeno considerado favorável pe-los autores, pois facilita a remoção dos mesmos após a finalização da movimentação ortodôntica e não compromete a estabilidade do mini-implante durante o tratamento.

Miyawaki et al.32, em 2003, examinaram a taxa de sucesso de três tipos de mini-implantes de titânio e miniplacas, e também os fatores associados à estabilidade dos mini-implantes usados na região posterior da mandíbula como ancoragem ortodôntica e concluíram que mini-implantes com diâmetro maior que 1mm são mais seguros para esse tipo de ancoragem e que podem receber carga imediata, desde que a força aplicada seja menor do que 200 gramas.

Para Soares e Tortamano42, os principais fatores para a estabili-dade do mini-implante são: a espessura e a densidade do osso cor-tical, que variam de acordo com as regiões anatômicas e também do vetor de crescimento, pois pacientes com tendência de crescimento vertical possuem o osso cortical vestibular mais fino. Portanto, para pacientes braquicefálicos ou mesocefálicos, a escolha deverá recair em mini-implantes menos calibrosos. Em contrapartida, em pacien-tes dolicocefálicos que, freqüentemente, apresentam o osso cortical mais fino, deve-se optar por mini-implantes mais calibrosos42.

Para Marassi28, existe uma variação de força dependendo do movimento desejado. As forças por ele citadas são apenas uma re-ferência inicial, tendo que ser ajustadas de acordo com a resposta individual do paciente. Para movimentos de retração da bateria an-terior, o autor recomenda o uso de uma força de aproximadamente 250 gramas; para o movimento de intrusão dos molares superiores, uma força de aproximadamente 200 gramas; para distalização de molares superiores, aproximadamente 400 gramas; e para intrusão de incisivos, a força aproximada é de 120 gramas.

PRotoCoLo CLínICo PARA InstALAção de mInI-Im-PLAnte

O desenvolvimento clínico deve ser realizado com auxílio da avaliação dos modelos de gesso, do paciente e dos guias cirúrgico e radiográfico (GCR). O uso dos GCR é utilizado para orientação

193194195196197198199200201202203204205206207208209210211212213214215216217218219220221222223224225226227228229230231232233234235236237238239240

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Luiz Felipe Viegas Josgrilbert, José Fernando Castanha Henriques, Rafael Pinelli Henriques, Priscila Tirloni, Fernando Esgaib Kayatt, Henriqueta Teixeira Godoy

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tanto do raio-X como dos procedimentos cirúrgicos e garante uma direção coincidente para o raio-X e para a inserção da broca, dimi-nuindo o risco de dano às estruturas anatômicas3. O exame radio-gráfico deve ser realizado por meio de radiografias panorâmica e periapical, ou interproximal, pois dados importantes serão obtidos, como: posicionamento das raízes dentárias, acidentes anatômicos e qualidade de osso, que será imprescindível para estabelecer o comprimento e o diâmetro do mini-implante que será utilizado. Uma das maiores dificuldades na instalação do mini-implante é a localização de sua inserção, na maioria das vezes próximo às raízes. Para que não ocorra iatrogenia, é muito importante que os itens anteriormente citados sejam avaliados de forma criteriosa.

PRoCedImento CIRúRgICoPreparo da sala cirúrgica - desinfecção do ambiente com

digluconato de clorexidina 2%; anti-sepsia extra e intrabucal com digluconato de clorexidina 2% e instalação de campos estéreis, precedida pela paramentação do operador.

Anestesia – anestesia local terminal infiltrativa com clori-drato de lidocaína 2% 1:100:000, não havendo necessidade de bloqueio regional (Fig. 1).

Acesso – acesso cirúrgico realizado com lâmina nº 15 monta-da em cabo de bisturi nº 3, quando necessário, com interesse ao tecido ósseo. Em seguida, com auxílio de um instrumento cirúr-gico, procede-se o descolamento muco periostal da área. Atual-mente, no procedimento cirúrgico, descarta-se a necessidade da realização de um acesso mucoperiostal extenso, desta forma, a osteotomia é feita sobre a mucosa ceratinizada, preferencialmen-te. Assim a morbidade para o paciente é minimizada e o procedi-

mento clínico é simplificado para o profissional.A osteotomia deverá ser realizada com fresa helicoidal com-

patível com o sistema de mini-implantes. Esta fresa pode variar de 1,0mm até 1,8mm de diâmetro. Deve ser montada em contra-ângulo com redução de 1:16 (Fig. 2A), com uma unidade elétrica e micro-motor.

A função da fresa helicoidal é romper a cortical óssea, na qual evita-se realizar uma osteotomia mais extensa.

A velocidade de perfuração utilizada é de 300rpm, com abun-dante irrigação com solução salina (Fig. 2C).

Inserção do mini-implante – realizada com contra-ângulo com redução de 1:16, em velocidade reduzida de 10 a 20rpm, com torque de, no máximo, 10Ncm, conforme protocolo do fabricante (Fig. 2C), ou com chave bidigital (Fig. 2D), até o limite de inserção do mini-implante.

Em casos onde o mini-implante, no momento cirúrgico, não obtiver retenção mecânica, pode-se lançar mão de um mini-im-plante de emergência, que apresenta diâmetro maior, proporcio-nando uma melhor retenção e estabilidade primária, necessária para um reparo ósseo que propiciará uma ancoragem estável para a mecânica ortodôntica.

Síntese – “sutura” somente nos casos onde há exposição ós-sea. Quando necessária, deverá ser realizada com fio de nylon 5.0, com agulha semilunar de ponta triangular. Os pontos deverão ser simples interrompidos. A terapêutica medicamentosa deverá ser realizada com critério, não devendo ser dispensado o uso de antiinflamatório e analgésico. Com o objetivo de minimizar o des-conforto, recomenda-se o uso de cera de proteção ortodôntica evitando laceração na mucosa bucal.

FIGURA 1 - Anestesia local terminal infiltrativa.

A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

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FIGURA 3 - Vistas extrabucais iniciais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.

FIGURA 2 - A, B) Osteotomia com auxílio. C) Inserção do mini-implante. D) Inserção do mini-implante de contra-ângulo e fresa helicoidal. Com auxílio de contra ângulo, com chave bidigital.

A

A B C

CB

D

CAso CLínICo 1A paciente D. I. W., de 25 anos e 2 meses de idade, leucoderma,

procurou tratamento ortodôntico com a queixa de espaços rema-nescentes, devidos a extrações realizadas em tratamento anterior. Na avaliação facial, a paciente apresentava selamento labial passivo e perfil facial suavemente convexo e, em norma frontal, não apre-sentava assimetria significativa (Fig. 3). Na análise clínica intrabucal, verificou-se uma relação molar e de caninos de ¾ de Classe II direita e esquerda e linhas médias superior e inferior coincidentes (Fig. 4). No exame radiográfico panorâmico, foi verificada a inclinação dos dentes posteriores para o espaço das extrações (Fig. 5A). No exame

telerradiográfico em norma lateral constatou-se uma boa relação entre as bases ósseas, com os incisivos superiores e inferiores re-truídos e inclinados para lingual (Fig. 5B). O tratamento foi realizado com aparelho fixo em ambos os arcos, alinhamento e nivelamento com curva reversa inferior e curva de Spee acentuada no arco supe-rior nos fios de aço inoxidável; elástico 1/8”cruzado do 16 ao 46. No final da fase de alinhamento e nivelamento (Fig. 6, 7, 8) foi adiciona-do um ômega loop na mesial dos primeiros molares inferiores (Fig. 9), para manter o comprimento do arco durante a mesialização dos dentes 35 e 45. Para a mesialização dos molares, optou-se por um dispositivo de ancoragem transitória (mini-implantes) em um local

385386387388389390391392393394395396397398399400401402403404405406407408409410411412413414415416417418419420421422423424425426427428429430431432

433434435436437438439440441442443444445446447448449450451452453454455456457458459460461462463464465466467468469470471472473474475476477478479480

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FIGURA 4 - Vistas intrabucais iniciais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 7 - Vista oclusal inferior. FIGURA 8 - Radiografia panorâmica da fase final de alinhamento e nivelamento.

B

FIGURA 5 - A) Radiografia panorâmica inicial. B) Telerradiografia em norma lateral inicial.

A B

FIGURA 6 - Vistas intrabucais final do alinhamento e nivelamento: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

481482483484485486487488489490491492493494495496497498499500501502503504505506507508509510511512513514515516517518519520521522523524525526527528

529530531532533534535536537538539540541542543544545546547548549550551552553554555556557558559560561562563564565566567568569570571572573574575576

A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

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FIGURA 11 - Radiografia panorâmica demonstrando a mesialização dos molares inferiores, ocorrendo inclinação das coroas para mesial.

FIGURA 12 - Vista lateral direita aproximada do braço auxiliar para verticalizar os molares.

FIGURA 13 - Radiografia panorâmica demonstrando a verticalização dos molares.

FIGURA 9 - Vistas intrabucais laterais com ômega loop: A) lateral direita, B) lateral esquerda. FIGURA 10 - Vista intrabucal frontal (Local esco-lhido para a instalação dos mini-implantes).

A B

que facilitasse a movimentação, fornecesse uma boa retenção mecâ-nica e possibilitasse a aplicação de carga imediata (Fig. 10). Durante a mesialização dos molares inferiores, observou-se a inclinação dos mesmos (Fig. 11). Portanto, foi desenvolvido um braço de força, sol-dado ao tubo auxiliar com fio 0,9mm de aço inoxidável (Fig. 12), para que a força fosse aplicada próxima ao centro de resistência e, con-seqüentemente, os molares sofressem um movimento de translação (Fig. 13). A ativação para mesialização da bateria póstero-inferior foi

realizada a cada 21 dias, com a utilização de elástico corrente, do mini-implante ao braço de força (Fig. 14). Após o fechamento dos espaços, iniciou-se a coordenação dos arcos superior e inferior (Fig. 15). Concluído o tratamento ortodôntico, verificou-se que o perfil facial não foi alterado (Fig. 16) e que os molares e caninos apresen-tavam relação de Classe I (Fig. 17). O exame radiográfico final (Fig. 19, 20) demonstrou o paralelismo das raízes com a verticalização dos dentes mesializados.

577578579580581582583584585586587588589590591592593594595596597598599600601602603604605606607608609610611612613614615616617618619620621622623624

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FIGURA 14 - Vistas intrabucais após mesialização da bateria póstero-inferior: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 15 - Vistas intrabucais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 16 - Vistas extrabucais finais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.

A B C

FIGURA 17 - Vistas intrabucais finais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

673674675676677678679680681682683684685686687688689690691692693694695696697698699700701702703704705706707708709710711712713714715716717718719720

721722723724725726727728729730731732733734735736737738739740741742743744745746747748749750751752753754755756757758759760761762763764765766767768

A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

84 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

FIGURA 19 - Radiografia panorâmica final. FIGURA 20 - Telerradiografia em norma lateral final.

FIGURA 18 - Vistas oclusais finais: A) superior e B) inferior.

A B

CAso CLínICo 2O paciente S. R. A., com 35 anos e 3 meses de idade, leucoderma,

do gênero masculino, apresentava como queixa principal a inclina-ção para lingual dos dentes superiores e os espaços remanescentes dos dentes perdidos. Na análise facial, o paciente apresentava uma face harmoniosa, com perfil suavemente convexo, selamento la-bial passivo, sem assimetrias significantes (Fig. 21). A má oclusão caracterizava-se por uma relação molar e de caninos de Classe II completa esquerda e direita (Fig. 22). Na avaliação radiográfica, verificou-se a presença de perda óssea alveolar horizontal genera-lizada e perda óssea alveolar vertical no elemento 45 (Fig. 23A). Na telerradiografia em norma lateral, confirmou-se a inclinação exces-siva dos incisivos superiores para lingual (Fig. 23B). O tratamento consistiu em alinhar e nivelar ambos os arcos, corrigir a inclinação dos dentes ântero-superiores, fechar o espaço do lado esquerdo e, no lado direito, corrigir a relação do canino e manter um espaço suficiente para um “terceiro pré-molar” direito superior. A retra-

ção da bateria ântero-superior foi iniciada no fio de aço inoxidável 0,019” x 0,025”, com auxílio de um sistema de ancoragem transi-tória (mini-implantes) (Fig. 24), com finalidade de facilitar a corre-ção ântero-posterior, principalmente do lado esquerdo, e contribuir para o controle de placa bacteriana. A retração foi realizada por meio de molas fechadas de níquel e titânio (Fig. 25). Foram instala-das molas abertas de aço inoxidável, para recuperação dos espaços dos dentes anteriores (Fig. 26). Posteriormente, os mesmos foram restaurados no tamanho ideal (Fig. 27). Durante o tratamento or-todôntico, o paciente apresentou dificuldade no controle de placa e a perda óssea vertical no elemento 45 aumentou, acarretando a perda deste elemento (Fig. 28, 29). Após a finalização da retração superior, utilizou-se elástico intermaxilar para correção das linhas medianas (Fig. 30). Ao final do tratamento ortodôntico, o paciente apresentou um bom perfil facial e selamento labial passivo (Fig. 31). Na vista intrabucal, finalizou com uma relação de caninos de Classe I e relação molar de Classe II do lado esquerdo (Fig. 32).

769770771772773774775776777778779780781782783784785786787788789790791792793794795796797798799800801802803804805806807808809810811812813814815816

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85Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

FIGURA 21 - Vistas intrabucais iniciais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 22 - A) Radiografia panorâmica inicial inicial, B) Telerradiografia em norma lateral inicial.

BA

FIGURA 20 - Vistas extrabucais iniciais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.

A B C

865866867868869870871872873874875876877878879880881882883884885886887888889890891892893894895896897898899900901902903904905906907908909910911912

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

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FIGURA 26 - Vistas intrabucais após reanatomização: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 25 - Vistas intrabucais após abertura dos espaços para reanatomização: A) lateral direita e B) lateral esquerda.

A B

FIGURA 23 - A) Retração superior. B) Instalação do mini-implante. C) Mini-implante instalado.

A B C

FIGURA 24 - A) Vista intrabucal lateral direita, com retração ancorada no mini-implante. B) Vista intra-bucal lateral esquerda, com retração ancorada no mini-implante.

A B

961962963964965966967968969970971972973974975976977978979980981982983984985986987988989990991992993994995996997998999100010011002100310041005100610071008

100910101011101210131014101510161017101810191020102110221023102410251026102710281029103010311032103310341035103610371038103910401041104210431044104510461047104810491050105110521053105410551056

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FIGURA 27 - Radiografia panorâmica.

FIGURA 28 - Vistas intrabucais - final de retração e uso de elásticos : A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 29 - Vistas intrabucais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

FIGURA 30 - Vistas extrabucais finais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.

A B C

105710581059106010611062106310641065106610671068106910701071107210731074107510761077107810791080108110821083108410851086108710881089109010911092109310941095109610971098109911001101110211031104

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

88 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

Remoção do mInI-ImPLAnteA remoção do mini-implante é um procedimento simples,

que deve ser realizado com anestesia terminal infiltrativa e com auxílio de uma chave bidigital com torque reverso. Imprimindo manualmente uma pequena força, o parafuso é removido, como é demonstrado na figura 32.

ConCLusãoConclui-se que os mini-implantes são indispensáveis para o

conhecimento do ortodontista contemporâneo, pois este sistema de ancoragem transitória deve fazer parte do planejamento, ou ser inserido durante a terapêutica ortodôntica, se ocorrer falta de colaboração do paciente ou em casos onde a movimentação den-tária necessária para a finalização do tratamento ortodôntico for dificultada, devido aos efeitos colaterais provenientes dos sistemas convencionais de ancoragem. Com isto, o ortodontista consegue obter resultados que dificilmente eram conseguidos, com maior facilidade e menor tempo de tratamento.

FIGURA 32 - A) Mini-implante em posição. B) Chave bidigital acoplada no mini-implante. C) Mini-implan-te parcialmente removido. D) Remoção completa do mini-implante.

A B

C D

FIGURA 31 - Vistas intrabucais finais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.

A B C

115311541155115611571158115911601161116211631164116511661167116811691170117111721173117411751176117711781179118011811182118311841185118611871188118911901191119211931194119511961197119811991200

120112021203120412051206120712081209121012111212121312141215121612171218121912201221122212231224122512261227122812291230123112321233123412351236123712381239124012411242124312441245124612471248

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89Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008

Mini-implants utilization in contemporary orthodontic mechanics

Orthodontics is nowadays more and more requested in regard to treatment time reduction, higher efficiency and during a low patient’s cooperation. In order for these goals to be achieved, a multidisciplinary treatment becomes essential. The present paper aims to demonstrate how much a mini-implant can be useful in the maintenance of anchorage during orthodontic treatments, especially in cases which there is no cooperation from the patient,

facilitating mechanic through a low cost, easy to operate method that has the possibility to use immediate load. Moreover, this paper also intends to show the indications, contraindications, clinical application protocol and a bibliographic review with the presentation of clinical cases, giving orthodontists a general and contemporary view about the use of mini-implants in several clinical situations.

Keywords: Mini-implant. Anchorage. Intrusion. Distalization.

Abstract

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