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JOURNAL - TALENTS Alda Galsterer e Verónica de Mello são uma dupla de curadoras independentes que vivem e trabalham em Lisboa, fundadoras em co-autoria do www. projectomap.com, um mapa inédito do panorama artístico português com mais de 200 artistas online desde 2011. Em 2014, as duas curadoras dão origem à plataforma REDE - www.arterede. com -, que liga os intervenientes do mundo da arte contemporânea de língua portuguesa. Tendo como objectivo criar ligações entre artistas, coleccionadores, agentes do sistema da arte e os mercados da arte como  galerias e leiloeiras, a REDE conta com especialistas locais em Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor. Alda Galsterer é directora da Galeria Belo- Galsterer; Verónica de Mello é arquitecta a desenvolver vários projectos em Portugal. Ambas viajaram até Itália, numa visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza, deixando aqui, e em exclusivo para a ATTITUDE, as suas impressões do evento, juntamente com as entrevistas que realizaram aos cinco artistas cujas obras integram o pavilhão de Angola. Inaugurou 9 de Maio a 56ª Exposição Internacional de Arte – mais conhecida pela Bienal de Veneza. Este ano um dos leitmotivs da Bienal é, assumidamente, África, desde logo pelo facto de, pela 1ª vez na sua história, o evento ser comissariado por um curador africano: Okwui Enwezor, nascido na Nigéria e director do Haus der Kunst em Munique, na Alemanha. Com isso em mente, visitámos a Bienal com a perspectiva de aumentar o network da plataforma de arte contemporânea de língua portuguesa ‘REDE’, contando com o apoio incansável de Rita GT, comissária do pavilhão de Angola, presente pela 2ª vez na Bienal e vencedor do Leão de Ouro na 55ª edição. Destacamos o discurso do curador e conhecido artista António Ole, que nos comentou ter ficado muito surpreendido aquando do convite para ser curador do pavilhão do seu país. Reconhecendo que “A vida são muitas linhas quebradas”, aceitou o desafio, preocupando-se em fomentar um diálogo inter-geracional, dado a TEmoluptasimin repelesti cuptasperrum nemporporiti reprem si conseque prae nate comni veratec tinvend iciendu ntemporatum etum aut enditae cearum vollanda pellest excero con postibus ni quis ut denimus eum fugit et voluptatiis sumquae quatio cus. Cae liaspedi odi beatecta cum andis mil earum nonserum, vendam illaut ero moluptatur, quiam, volupti occum, autem haris aut oditi con pa nissimp oreicias autatiatis et omnia dolendel in remos cum numquun turest volorep eliatia ant facepero di dolupta nis endandi ciassequo elluptum expellam, sus elique ma doluptaecus solupid ellorerrum, sequam, seque conet rerorpo rporum hilit labore, sit, tescipsam ea venihic imoluptate rem inis duntia dissimodic tem quiatis nemporis eum que magnihi ciatia poritint ut aut facille cuptate sum eaquamet doloreped quatem volestrum nissitia ad utaessi ut ommos as dolor aut dolesti ulparum faccae natusciis et harunti onsequae. Est milles ea parumquia porecus vid endit disinciendi volorum volorion repe eum, net aliquaes am laborun totaspe rspedic tet pediciis quis dolest, simus millupt aquam, quo elenis isit et fugiam quo molorum fugiasin non nis as enistrum simus estiis aut volestio et, qui repro quibus, nam, sumque des veles vent, simusciis est, sust, si bea volore velles utem. Ficitio repelli cienem harchite seces dolut ant quas rem in rentiusciet alique volo etur adissum faci isquodist, soloris doluptia quat aciis alitint mincius rem acerora tatiusa pelese aliciendam, simi, voloreperum quis eaque delestio consendae. Puditio sapedita poritas alit que veligeni diciende dolore, am voluptus, ulparume nonsequunt. Ecture et evel ide voleseque ratiaspienda venti aut faceri ommolor epudit ut endebisqui dolorepre, vid eatur, officabore eos essit ulluptat. Ficitis sum qui audaectis illorendi to beatem a verunt re explica turepudist volorep taquatestrum exerfernati digendis rem restrum rem quos quat. Sunt imodist lant, optiusc iasimi, inullorate latatibus, simpore hendicius sin reicae dit re moditi senda denim velendi dis am repe et accata vent faces quiam istiistiore, occabo. Aspelli buscium aut Visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza por Alda Galsterer e Verónica de Mello Visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza por Alda Galsterer e Verónica de Mello A Vida São Muitas Linhas Tortas www...

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Alda Galsterer e Verónica de Mello são uma dupla de curadoras independentes que vivem e trabalham em Lisboa, fundadoras em co-autoria do www.projectomap.com, um mapa inédito do panorama artístico português com mais de 200 artistas online desde 2011. Em 2014, as duas curadoras dão origem à plataforma REDE - www.arterede.com -, que liga os intervenientes do mundo da arte contemporânea de língua portuguesa. Tendo como objectivo criar ligações entre artistas, coleccionadores, agentes do sistema da arte e os mercados da arte como  galerias e leiloeiras, a REDE conta com especialistas locais em Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor. Alda Galsterer é directora da Galeria Belo-Galsterer; Verónica de Mello é arquitecta a desenvolver vários projectos em Portugal. Ambas viajaram até Itália, numa visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza, deixando aqui, e em exclusivo para a ATTITUDE, as suas impressões do evento, juntamente com as entrevistas que realizaram aos

cinco artistas cujas obras integram o pavilhão de Angola. Inaugurou 9 de Maio a 56ª Exposição Internacional de Arte – mais conhecida pela Bienal de Veneza. Este ano um dos leitmotivs da Bienal é, assumidamente, África, desde logo pelo facto de, pela 1ª vez na sua história, o evento ser comissariado por um curador africano: Okwui Enwezor, nascido na Nigéria e director do Haus der Kunst em Munique, na Alemanha. Com isso em mente, visitámos a Bienal com a perspectiva de aumentar o network da plataforma de arte contemporânea de língua portuguesa ‘REDE’, contando com o apoio incansável de Rita GT, comissária do pavilhão de Angola, presente pela 2ª vez na Bienal e vencedor do Leão de Ouro na 55ª edição. Destacamos o discurso do curador e conhecido artista António Ole, que nos comentou ter ficado muito surpreendido aquando do convite para ser curador do pavilhão do seu país. Reconhecendo que “A vida são muitas linhas quebradas”, aceitou o desafio, preocupando-se em fomentar um diálogo inter-geracional, dado a

TEmoluptasimin repelesti cuptasperrum nemporporiti reprem si conseque prae nate comni veratec tinvend iciendu ntemporatum etum aut enditae cearum vollanda pellest excero con postibus ni quis ut denimus eum fugit et voluptatiis sumquae quatio cus.Cae liaspedi odi beatecta cum andis mil earum nonserum, vendam illaut ero moluptatur, quiam, volupti occum, autem haris aut oditi con pa nissimp oreicias autatiatis et omnia dolendel in remos cum numquun turest volorep eliatia ant facepero di dolupta nis endandi ciassequo elluptum expellam, sus elique ma doluptaecus solupid ellorerrum, sequam, seque conet rerorpo rporum hilit labore, sit, tescipsam ea venihic imoluptate rem inis duntia dissimodic tem quiatis nemporis eum que magnihi ciatia poritint ut aut facille cuptate sum eaquamet doloreped quatem volestrum nissitia ad utaessi ut ommos as dolor aut dolesti ulparum faccae natusciis et harunti onsequae. Est milles ea parumquia porecus vid endit disinciendi volorum volorion repe eum, net aliquaes am laborun totaspe rspedic

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Visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza por Alda Galsterer e Verónica de Mello

Visita à 56ª Bienal de Arte de Veneza por Alda Galsterer e Verónica de Mello

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existência de uma nova geração de jovens artistas angolanos, a viver e a trabalhar fora do continente africano, mas que têm Angola como base cultural.

A escolha de António Ole recai em Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Francisco Vidal, Nelo Teixeira, e ainda nele próprio. As obras selecionadas para o pavilhão assumem um forte cunho político e crítico, falam do caos urbano, da desorganização, da corrupção social, e de política. São variados os factores que preocupam os artistas, e a pressão urbana e demográfica que invade Luanda despoleta todo o tipo de obras – desde as instalações com catanas de Francisco Vidal ao vídeo de Binelde Hyrcan, em que 4 rapazes pequenos imitam adultos, ressalvando o facto de que ter dinheiro leva as pessoas a alterem os seus comportamentos e atitudes. Já Nelo Teixeira fála-nos da construção de máscaras que pertencem ao imaginário africano e à cultura angolana, enquanto que Délio Jasse trabalha mais uma vez a fotografia no sentido de reflectir sobre questões de identidade e (des-)construção de memória e do passado – temas muito pertinentes num país que passou por uma guerra civil longa e devastadora.

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Excertos das entrevistas no âmbito da inauguração do Pavilhão de Angola, a 6 de Maio

— AG/VDM: Utilizando a Bienal de  Veneza como uma plataforma de apresentação e comunicação para o mundo, Angola aparece pela 2ª vez nesta Bienal Internacional apresentando-se com um pavilhão próprio. Qual o impacto na arte em Angola?

— António Ole: Não esperávamos, na última Bienal, sermos contemplados com o Leão de Ouro que nos distinguiu como o melhor pavilhão da Bienal (2013). Isso teve um enorme impacto e a meu ver, de um ponto de vista estratégico-cultural, a representação oficial em Veneza devia ser uma momento importante para Angola, para se gerarem mecanismos de maior amplitude e de maior inserção na sociedade. Só este ano, em Janeiro, é que foi inaugurada a primeira escola multidisciplinar para as artes em Luanda.

— AG/VDM: Estes objectos que encontrámos apresentam nítidas referências à cultura angolana e  falam-nos também de arquitectura, dos musseques em Angola, do crescimento urbano de Luanda, de um percurso social... Queres falar-nos um pouco sobre isso?

— Nelo Teixeira: Tratam-se de esculturas feitas com materiais recicláveis e provenientes de vários espólios. Estão muito relacionadas com o fluxo de construções de Luanda, com a evolução, em termos construtivos, que Luanda sofre. Se no passado tínhamos muitos bairros horizontais, hoje deparamo-nos com os bairros verticais.

— AG/VDM: A comunicação é muito importante na tua obra (Utopia Luanda Machine); é, também ela, uma mensagem da realidade?

— Francisco Vidal: Como pintor estudo todos os dias a imagem. Consigo ler e captar esta mesma imagem da rua, que posteriormente transformo em pintura. E ao pensar em pintura, tenho que estar sempre a fazer composições. De facto, comunicar é muito importante para mim, e nesse sentido gosto de utilizar estes símbolos fáceis (a catana e a flor de algodão, enquanto símbolos angolanos) para chegar às pessoas, para as fazer pensar no mundo. Através da imagem podemos estudar tensões políticas, sociais e com esse estudo conseguimos avançar no tempo.

— AG/VDM: O que pretendias comunicar quando filmaste o vídeo Cambeck (2013), um carro de areia com 4 crianças?

— Binelde Hyrcan: Já há cinco anos que queria mostrar certas realidades de Luanda, onde nasci. Pensei, por isso, em fazer um vídeo cheio de fantasia e de sonhos, mas que focasse um assunto muito forte – a deslocação das pessoas de um sítio para o outro. Gosto muito do mundo fantástico, como se constata nas minhas instalações das galinhas: primeiro rimos, sendo que depois percebemos que se trata de um tema bastante sério. Uso frequentemente o humor para exprimir a minha

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opinião e crítica. Ao filmar as crianças, e ao contar a história desta forma em particular, o que sucede é que acabamos por não nos dar-mos conta de que se trata de um problema realmente preocupante.

— AG/VDM: A instalação Ausência Permanente 2014, fala-nos de saudade, de partida. São peças muito políticas... Podes falar-nos sobre este trabalho?

— Delio Jasse: Eu trabalho muito com a política, assim como com a fotografia experimental. O laboratório e arquivo pessoal (ou anónimo) é o que mais me interessa; procurar outras vidas e dar-lhes uma nova vida. Neste processo acabo por misturar imagens criando uma sobreposição entre elas, conforme está a suceder na cidade de Luanda: camadas sobre camadas, como este processo alternativo da fotografia dentro de água, com algumas impurezas que vão decompondo a imagem…

— AG/VDM: Para transformá-la numa outra coisa? Como as memórias...

— Delio Jasse: Exactamente. Transformam a imagem numa outra coisa, em vez de a apagar ou desfazer... A água corrói o papel, criando assim, uma nova representação.

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Lent, to temoluptur? Xerit, sam iur modit asperro imus et quatur?

Ab ilit, errum hariorerum hilleni enitibus aligend antium quidele nihillitior suntium reculparum excearum recaessi ut quidis am et latus dolorepellab ideliquatur sandusaeri duntet et audit, audam quam rest ium el miligna tisquae duciligent, te plibus, imus voluptae sae et reptat.

Hillaborpor repelle ssimusam nimincium as simi, accuptat.

Ipsam hillestibus dolupid eriaerro veribus estia quae. Ut aboreprovid ma volorem velibusdam rem quam inihilique sed quaerna tiundent volori atumquas dolorepro doluptatur? Sim il inciis sitaquas aut perio experati diciaeperum quo consent eaquatio to exceper itatia verum fugianditat.

Is aut quam veriata ssimusam, illesediate volor sedi consequ iatibusam ius nus, vel idignimi, quatium ium ad min nossimo luptaque iur? Ic tenimaio occae etur as minctet quatur molo volupti rerum, quunt erum imin exernatem harci re pa volum el