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A Vida É Sonho - Web viewO acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas

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Versão em Português: Renata Pallottini

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Capa do livro – versão em Espanhol

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A Vida É Sonho

Detalhe do monumento a Calderón de Madrid (J. Figueras, 1878).

A Vida é Sonho (La vida es sueño, no original) é uma peça teatral do dramaturgo e poeta espanhol Pedro Calderón de la Barca.

O texto narra as aventuras de Segismundo, filho renegado de Basílio, rei da Polônia que ao nascer é trancado em uma torre. Seu único contato com o mundo externo é Clotaldo, seu guardião e fiel servo de seu pai.

Sinopse: Quando o príncipe Segismundo nasce, sua mãe, a Rainha, morre no parto. O Rei Basílio, seu pai, acreditando nos presságios indicativos de que o menino seria um sanguinário, decide exilá-lo em uma torre. Anos mais tarde, arrependido, o Rei traz de volta seu filho para testá-lo no papel de monarca, simulando um sonho. Se tudo saísse errado, o príncipe voltaria a dormir e acordaria novamente encarcerado.

Personagens:1. Rosaura, dama 2. Clarim, gracioso 3. Segismundo, príncipe 4. Clotaldo, velho 5. Astolfo, príncipe 6. Estrela, infanta 7. Basílio, rei 8. Guardas da torre, criados no palácio, soldados

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Origem TemáticaAs concepções de La Vida es sueño são bastante antigas, existem referências no penamento hindu, na mística persa, e na oral budista, assim como tradição judaico-cristã e na filosofia grega. Segundo Platão, o homem vive em um mundo de sonhos, de escuridão, cativo em uma cova da qual só poderá se libertar tendendo para o bem. Unicamente deste modo, o homem deixará a matéria e chegará até a luz.

A influência desta concepção neste título é evidente, a personagem Segismundo vive no princípio dentro de um cárcere, numa caverna, na qual permanece na mais completa escuridão pelo

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desconhecimento de si mesmo, e somente quando é capaz de ter conhecimento de quem realmente é, alcança o triunfo da luz.

História

A peça La vida es sueño estreou em 1635 , no ano seguinte foi publicada na Primera parte de las comedias de don Pedro Calderón de la Barca..

EstruturaCoincide nesta obra uma divisão enquanto estrutura interna e externa, posto que a passagem dos atos se dá ao mesmo tempo que a passagem das ações, criando uma sincronia. A primeira jornada, que possui oito cenas, se desenvolve como um contextualizador, isto é: apresentando os personagens e a localização espaço-temporal da narrativa. Na segunda jornada que tem dezenove cenas, surge o conflito, nó do problema e enredo; por conseguinte, na terceira ornada em quatorze cenas tem lugar o desenlace e a resolução.

GêneroA peça tem um tom dramático, mas que não chega a constituir uma tragédia. Pertence ao genero teatral barroco, concretamente, e ao teatro popular. Após a morte de Lope de Vega Calderón continuou com a evolução do teatro que o outro deixara

Adicionais:

Com essa peça, Pedro Calderón de La Barca (1600-1681) entronizou definitivamente o Barroco no teatro espanhol, O teatro, aliás, foi a maior expressão do Barroco, pois nele se potencializa a idéia de que se vive um sonho que vai desfazer-se no final.

Ou, talvez, a ilusão perdure, e a dúvida não se desfaça: Eu sou eu assistindo ao teatro, ou estou no palco pensando que o teatro é a vida? A peça está fortemente carregada pelo sentido dramático do homem seiscentista, que descobre não ser o centro do universo, e que toma consciência de que tudo é efêmero e vão, o tempo é fugaz, as coisas mutáveis, nada perdura – e, ao mesmo tempo, ele se sente profundamente apegado às riquezas do mundo e aos prazeres da vida.

O protagonista da história é o príncipe Segismundo, que, desde o nascimento foi condenado a um terrível destino: encerrado pelo rei seu pai numa torre, ali viveu até a juventude, conhecendo apenas um ser humano, o seu carcereiro.

A essas alturas da história, o rei (Basílio) percebe que talvez tenha cometido um erro com tal atitude e resolve tirar o filho da prisão e testá-lo, para ver se ele merece ser seu herdeiro. Tem medo, porém, de que o desventurado príncipe demonstre má índole e incapacidade de governar – caso em que terá que retornar à prisão, e esta lhe seria mais dolorosa do que jamais fora, depois de ter vivido na suntuosidade e conforto do palácio real.

Para que seu filho não sofra essa desilusão, Basílio resolve usar um estratagema: o carcereiro deverá ministrar a Segismundo uma droga muito forte que o fará dormir profundamente e, depois, acordar como um príncipe em um luxuoso quarto no palácio de seu pai. Seria um sonho? É espantoso o que

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admiro... / é tanto que já não creio... / Eu, em telas e brocados, / eu, cercado de criados, / um leito de sedas, / gente pronta a me vestir... / Não sonho? Ou sim? / Que houve enquanto eu dormia? E aqui vem a idéia de poder e dissimulação do teatro (e da vida?): Não quero o poder fingido, não quero pompas fantásticas, ilusões inúteis. Já vos conheço, e sei que é o que acontece quando sonham.

Mas para mim acabaram as ilusões; estou acordado, sei muito bem que a vida é sonho. Segismundo, depois de ter experimentado as honrarias e pompas no palácio de seu pai, é levado novamente a dormir sob o efeito de uma poção, e acorda outra vez na masmorra em que passara toda a sua vida.

Esse retorno à desgraçada condição de encarcerado se deve ao fato de ter cometido ações altamente condenáveis ao experimentar o poder, na posição de príncipe herdeiro do trono.

Diante da infelicidade do príncipe, o carcereiro, Clotaldo, o convence de que o palácio, as belas roupas, os cortesãos, as honrarias, enfim, tudo não passou de um sonho. Acrescenta ainda que, mesmo em sonhos, ele deveria ter honrado seu pai e praticado boas ações.

De acordo com a moral barroca, Calderón de La Barca mostra que, sonho ou realidade, a vida é efêmera (passa muito rapidamente), por isso o ser humano deve se voltar para o eterno, e que nada se perde em praticar o bem. Segismundo: É certo; então reprimamos / esta fera condição / esta fúria, esta ambição, / pois pode ser que sonhemos; / e o faremos, pois estamos / em um mundo tão singular / que o viver só é sonhar / e a vida ao fim nos imponha / que o homem que vive, sonha / o que é, até despertar.

Tradução de Renata Pallotini e a publicação da Editora Scritta, Rio de Janeiro, 1992.

Alguns vídeos interessantes sobre a Peça:

http://www.euniverso.com.br/Cult/Avidaesonho_v.htm http://www.euniverso.com.br/Cult/Avidaesonho_v.htm http://www.youtube.com/watch?v=jtUWU0UplKk http://anthroposcompanhiadearte.vilabol.uol.com.br/teatro/espetaculos/vidaesonho/

vidaesonho.html http://www.youtube.com/watch?v=wT-DpIUcyzo&feature=youtube_gdata_player http://www.youtube.com/watch?v=Sh7PLHl0eW8&feature=youtube_gdata_player

ÉPOCAS DO TEATRO ( Barroco/Renascentista)

1. O teatro como fenômeno sociológico

O apogeu do teatro no século XVII aconteceu principalmente devido a uma grande mudança social: o crescimento das cidades propiciou um novo conceito de cultura. O teatro passou a cumprir uma dupla função: a tradicional, de proporcionar diversão; e a nova, de oferecer um local de encontro e reunião. Durante o Renascimento, o teatro ia até o público – as companhias ambulantes montavam

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seus espetáculos onde quer que houvesse uma concentração de pessoas (feiras, mercados, romarias). No Barroco, o público passa a ir até o teatro. Foram construídos os primeiros edifícios para funções teatrais. A arrecadação já não dependia da boa vontade do público: era necessário pagar uma pequena quantia como ingresso.

2. Princípios do teatro barroco espanhol

Em 1609, Lope de Vega publica sua obra Arte Nuevo de Hacer Comedias, em que aponta alguns elementos básicos da produção teatral de sua época:

Divisão da obra em três atos (primeira , apresentação da trama; segundo, desenvolvimento; e terceiro, desenlace).

Ruptura da unidade de ação (várias linhas de enredo correm paralelas). Mistura do trágico com o cômico (em geral, o elemento cômico ficava a cargo da criadagem). Ruptura das unidades clássicas de tempo e lugar. Compostas em verso, as peças apresentavam diferentes métricas e estrofes, de acordo com as

situações.

3. Calderón de la Barca (1600-1681)

Pedro Calderón de la Barca foi ordenado sacerdote em 1631. Graças a seus sucessos no teatro, chegou a capelão de honra dos reis e suas obras (cerca de 200) estreavam no palácio com grande luxo. Calderón imprimiu ao teatro, dominado pela genialidade e pelo espírito jocoso de Lope de Vega, um tom mais reflexivo e filosófico. Escreveu apenas para o teatro e sua produção divide-se em dois grandes grupos:

Comédias: O Alcaide de Zalamea, O Médico de sua Honra, A Vida é Sonho e A Filha do Ar. Autos sacros: O Grande Teatro do Mundo, Os Encantos da Culpa, A Ceia do Rei Baltazar, A

Divina Filotéia e A Fidalga do Vale.4. Calderón x Religião

Poeta e dramaturgo espanhol (17/1/1600-25/5/1681). Pedro Calderón de la Barca é um dos principais nomes do teatro na Espanha. Nasce em Madri e, aos 14 anos, começa a estudar filosofia, direito, arte e teologia nas universidades de Alcalá e Salamanca.

Em 1620 abandona os estudos e os planos de seguir carreira eclesiástica. Três anos depois se torna líder do grupo de poetas patrocinado pelo rei Felipe IV. Em 1635, com a morte do dramaturgo Lope

de Vega, passa a ser considerado "o mestre dos palcos espanhóis".

Nesse ano escreve os dramas A Vida É Sonho e O Médico de sua Honra, as obras mais famosas. Suas peças são responsáveis pela ascensão da ópera na Espanha, ao introduzir dança, música e artes

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visuais nos enredos. Os temas mais constantes são a vida e as convenções da época, a mitologia clássica e a história antiga.

Em 1636 entra para as Forças Armadas e recebe o título de Cavaleiro da Ordem Militar. Participa da Rebelião Catalã, entre 1640 e 1642, e então deixa o Exército. Decide abraçar a vida religiosa em 1651, sendo nomeado capelão honorário do rei, mas não pára de escrever. Em sua obra constam também autos religiosos e comédia

AUTOR - PEDRO CALDÉRON DE LA BARCA

Na obra A Vida é Sonho, de Calderón de la Barca (1600-1681) o príncipe Segismundo vive desde a infância numa prisão escura, acorrentado, tendo sido ali colocado por seus pais em virtude de uma profecia que vaticinava que ele, chegando à idade adulta, traria grandes desgraças ao reino.

Muitos anos depois, o rei arrepende-se e começa a pensar se havia procedido corretamente aprisionando o filho daquele modo. Manda então narcotizá-lo, retirá-lo da prisão e, ao acordar daquele sono estranho Segismundo se vê no palácio real, bem vestido e cheio de jóias. Dizem-lhe que ele é príncipe, e que tudo aquilo que lhe havia acontecido antes teria sido apenas um sonho.

Uma vez investido no seu novo papel, Segismundo, de acordo com a profecia, começa a cometer os desatinos que haviam sido anunciados quando do seu nascimento. Sem conseguir suportar seus desmandos e loucuras, o rei faz a operação inversa: narcotiza-o, despe-o das roupas caras e das jóias e encerra-o novamente no escuro calabouço, preso a grossas correntes.

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Ao acordar, Segismundo se lamenta, preso entre o sonho e a realidade, numa das mais belas páginas poéticas já escritas :

1

É certo; então reprimamos esta fera condição,

esta fúria, esta ambição, pois pode ser que sonhemos;

e o faremos, pois estamos em mundo tão singular

que o viver é só sonhar e a vida ao fim nos imponha

que o homem que vive, sonha o que é, até despertar.

2

- Sonha o rei que é rei, e segue com esse engano mandando,

resolvendo e governando. E os aplausos que recebe,

Vazios, no vento escreve; e em cinzas a sua sorte

a morte talha de um corte. E há quem queira reinar

vendo que há de despertar no negro sonho da morte?

3

- Sonha o rico sua riqueza que traba lhos lhe oferece;

sonha o pobre que padece sua miséria e pobreza;

sonha o que o triunfo preza, sonha o que luta e pretende,

sonha o que agrava e ofende e no mundo, em conclusão,

todos sonham o que são, no entanto ninguém entende.

4

- Eu sonho que estou aqui de correntes carregado

e sonhei que em outro estado mais lisonjeiro me vi.

Que é a vida? Um frenesi. Que é a vida? Uma ilusão,

uma sombra, uma ficção; o maior bem é tristonho,

porque toda a vida é sonho e os sonhos, sonhos são.

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Pedro Calderón de La Barca nasceu no dia 17 de Janeiro de 1600, em Madri, Espanha, passando a maior parte de sua vida nas cortes de Felipe III e de Felipe IV, que reuniram em torno de si um grupo de escritores favoritos.

Em 1637, o rei Filipe IV consagrou Calderón Cavaleiro Santiago.Outro grande dramaturgo áureo em criar uma escola própria foi Pedro Calderón de La Barca; suas personagens são frios raciocinadores e com frequência obsessivos; sua versificação reduz conscientemente o repertório métrico de Lope de Vega, e também o número de cenas, pois as estruturas dramáticas estão mais elaboradas e tendem à síntese.

Calderón se preocupa também mais que Lope com os elementos cenográficos, e reelabora comédia anteriores, corrigindo, suprimindo, adicionando, e aperfeiçoando.

Ele é um mestre na arte do raciocínio silogístico e utiliza uma linguagem abstrata, retórica, e elaborada, que no entanto, representa uma vulgarização compreensível do cultismo.

Não obstante, destacou em particular o auto sacramental, gênero alegórico que trazia suas qualidades, o qual levou à perfeição, assim como a comédia.

Pedro Calderón passando a maior parte de sua vida nas cortes de Felipe III e de Felipe IV, que reuniram em torno de si um grupo de escritores favoritos. Em 1637, o rei Filipe IV consagrou Calderón Cavaleiro Santiago.

Os pais de Calderón de La Barca tinham vindo do norte da Espanha (conta-se que sua mãe descendia de flamengos). Os dois morreram ainda jovens e, aos 15 anos, Calderón já estava órfão. Destinado inicialmente ao sacerdócio, entrou na escola jesuíta de Madri, porém mudou-se de ideia e preferiu estudar Direito na Universidade de Salamanca.

Embora os relatos costumem variar, aparentemente ele serviu, por pouco tempo, nas forças armadas. Lutou em nome do rei na revolta catalã de 1640 e também teria servido em campanhas contra os italianos e os holandeses. Durante a temporada na universidade, Calderón começou a ganhar nome de escritor e, ao voltar para Madri, o estilo acessível e a imaginação vívida garantilham-lhe o sucesso.

Escreveu peças para a corte real, como a obra El Príncipe Constante (escrita em 1629), bem como mascaradas óperas, e suas obras também foram encenadas em teatros públicos, levando seu nome a

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se tornar conhecido de um plateia maior. Seu sucesso foi tanto que, depois da morte de Lope de Vega, Calderón passou a ser considerado o principal dramaturgo da Espanha.

Além da peça citada anteriormente, Calderón também escreveu El Médico de Su Honra (escrita em 1635), A Vida é Sonho (escrita também em 1635), El Alcalde de Zalamea (escrita em 1640) e La Hija del Aire (escrita em 1653).

Calderón nunca se casou, embora tenha assumido a paternidade de um filho ilegítimo. Em 1651, voltou para a sua primeira vocação, tornando-se sacerdote, indicado mais tarde para o cargo de capelão real.

Continuou a escrever sobre temas religiosos e seculares, entre os quais muitos roteiros para a apresentação na festa anual Corpus Christi em Madri. Suas comédias foram descritas como fundamentalmente sérias: "O que é a Vida?", pergunta em uma delas. "Uma loucura. O que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma história." 

Nascido e falecido em Madri (1600-1681), Calderón de la Barca é o melhor dramaturgo do barroco espanhol e o mais popular na sua época. A fama lhe alcança a partir de 1623, e passa das casas de comédias a ser encarregue pelo teatro de Palácio ao falecer Lope de Vega (1635). Cavaleiro da Ordem de Santiago. É ordenado sacerdote (1651) e chega a capelão do Rei (1663). A honra (O Alcaide de Zalamea, 1640), a autoridade real e a religião são os seus grandes temas. Também escreve peças filosóficas (A vida é um sonho 1635), dramas históricos (O cisma de Inglaterra), comédias mitológicas (A estátua de Prometeu, 1670) e de enredo (A dama duende, 1629; Casa com duas portas, má é para guardar).

Histórico de sua VIDA

1. Pedro Calderón de la Barca (17 de janeiro de 1600 – 25 de maio de 1681) foi um dramaturgo e poeta espanhol.

2. De família abastada, seu paitinha um cargo administrativo na corte. Estudou no Colégio Imperial dos Jesuítas, onde cursou Humanidades e se familiarizara com os clássicos. Posteriormente estudou nas universidades de Alcalá de Henares e de Salamanca.

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3. Em 1620 abandonou a carreira eclesiástica, indo para Madridpara viver na corte uma vida livre e repleta de atribulações. É nesta fase de sua vida que começa a apresentar-se em certames poéticos.

4. Em 1623 firmou-se profissionalmente como soldado, na Flandres e em 1625 inicia a sua carreira dramática, ocupando o cargo de dramaturgo oficial da corte.

5. Em 1636 o rei concede-lhe o hábito de Sant’ Iago. Um ano mais tarde retoma a sua carreira militar (cerco de Fuenterrabía, na Guerra da Catalunha), da qual se retira em 1642.

6. Em 1651 é ordenado sacerdote. Em 1663 é nomeado capelão de honra do rei e fixa-se novamente na corte, dirigindo a representação de autos sacramentais e outras peças teatrais.

7. Durante os últimos anos da sua vida só compõe autos e comédias para estrear na corte.

8. Autor de uma obra vasta que marca decisivamente a história do teatro em língua castelhana. A honra é o assunto central de suas comédias. Entre as suas peças (autos sacramentais (são notáveis), zarzuelas, entremesses, comédias religiosas, de costumes, de amor e ciúmee filosóficas), salientam-se: “El dragoncillo”, “El laurel de Apolo”, “El mágico prodigioso”, “La dama duende”, “El alcalde de Zalamea”, “La vida es sueño” e “El gran teatro del mundo”.

9. Morre em Madrid, Pedro Calderón de La Barca faleceu no dia 25 de Maio de 1681, deixando seu vasto legado encravado em sua grande obra e na própria Espanha em si.

D. Pedro Calderon [Pedro de Calderon de la BarcaAutor: Litografia Odom MacêdoNotas: Fábrica Amor, João Gonçalves. Rótulo de cigarro, coleção Brito Alves. Local: Recife, PernambucoPalavras-chave: HOMEM, MULHER, DINHEIRO, CÉDULADescrição: litogravura, colorido, 6 x 11cmIdioma: PortuguêsParte pesquisa – Terezinha Salamanca v4 – atualizado em 14-03-2011- incluído Religiosidade (licinio) 13

Propriedade: FundajDisponibilidade: Fundaj-CehibraLocal Físico: BA-175Fundo Documental: Rótulos de Cigarros

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MONUMENTO A PEDRO CALDERON DE LA BARCA EM MADRID

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RELIGIOSIDADE/LITERATURA E TEATRO NO BARROCO

Com essa peça, Pedro Calderón de La Barca (1600-1681) entronizou definitivamente o Barroco no teatro espanhol, O teatro, aliás, foi a maior expressão do Barroco, pois nele se potencializa a idéia de que se vive um sonho que vai desfazer-se no final.

Ou, talvez, a ilusão perdure, e a dúvida não se desfaça: Eu sou eu assistindo ao teatro, ou estou no palco pensando que o teatro é a vida?

A peça está fortemente carregada pelo sentido dramático do homem seiscentista, que descobre não ser o centro do universo, e que toma consciência de que tudo é efêmero e vão, o tempo é fugaz, as coisas mutáveis, nada perdura – e, ao mesmo tempo, ele se sente profundamente apegado às riquezas do mundo e aos prazeres da vida.

O protagonista da história é o príncipe Segismundo, que, desde o nascimento foi condenado a um terrível destino: encerrado pelo rei seu pai numa torre, ali viveu até a juventude, conhecendo apenas um ser humano, o seu carcereiro.

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A essas alturas da história, o rei (Basílio) percebe que talvez tenha cometido um erro com tal atitude e resolve tirar o filho da prisão e testá-lo, para ver se ele merece ser seu herdeiro. Tem medo, porém, de que o desventurado príncipe demonstre má índole e incapacidade de governar – caso em que terá que retornar à prisão, e esta lhe seria mais dolorosa do que jamais fora, depois de ter vivido na suntuosidade e conforto do palácio real.

Para que seu filho não sofra essa desilusão, Basílio resolve usar um estratagema: o carcereiro deverá ministrar a Segismundo uma droga muito forte que o fará dormir profundamente e, depois, acordar como um príncipe em um luxuoso quarto no palácio de seu pai.

Seria um sonho? É espantoso o que admiro... / é tanto que já não creio... / Eu, em telas e brocados, / eu, cercado de criados, / um leito de sedas, / gente pronta a me vestir... / Não sonho? Ou sim? / Que houve enquanto eu dormia? E aqui vem a idéia de poder e dissimulação do teatro (e da vida?): Não quero o poder fingido, não quero pompas fantásticas, ilusões inúteis. Já vos conheço, e sei que é o que acontece quando sonham.

Mas para mim acabaram as ilusões; estou acordado, sei muito bem que a vida é sonho. Segismundo, depois de ter experimentado as honrarias e pompas no palácio de seu pai, é levado novamente a dormir sob o efeito de uma poção, e acorda outra vez na masmorra em que passara toda a sua vida. Esse retorno à desgraçada condição de encarcerado se deve ao fato de ter cometido ações altamente condenáveis ao experimentar o poder, na posição de príncipe herdeiro do trono. Diante da infelicidade do príncipe, o carcereiro,

Clotaldo, o convence de que o palácio, as belas roupas, os cortesãos, as honrarias, enfim, tudo não passou de um sonho. Acrescenta ainda que, mesmo em sonhos, ele deveria ter honrado seu pai e praticado boas ações. De acordo com a moral barroca,

Calderón de La Barca mostra que, sonho ou realidade, a vida é efêmera (passa muito rapidamente), por isso o ser humano deve se voltar para o eterno, e que nada se perde em praticar o bem.

Segismundo: É certo; então reprimamos / esta fera condição / esta fúria, esta ambição, / pois pode ser que sonhemos; / e o faremos, pois estamos / em um mundo tão singular / que o viver só é sonhar / e a vida ao fim nos imponha / que o homem que vive, sonha / o que é, até despertar. Tradução de Renata Pallotini e a publicação da Editora Scritta, Rio de Janeiro, 1992.   

Duas outras tendências influentes também floresceram no Barroco.

A primeira foi a da Commedia dell'Arte, um gênero popular e cômico de características heterogêneas, derivado em parte dos jograis da Idade Média, das festividades e mascaradas populares espontâneas do Carnaval e do folclore. O gênero se estruturou na segunda metade do século XVI e se consolidou ao iniciar o século XVII, e em vez de se fixar somente no texto escrito dava amplo espaço para a improvisação. Mas longe de ser apenas um improviso, requeria um grande domínio da técnica representativa e um fino senso de ação em conjunto. Seus temas eram do cotidiano, ou faziam paródias de motivos consagrados pela tradição clássica, entremeando-os com exibições de malabarismo e canções populares. Vários dos personagens da Commedia dell'Arte eram tipos fixos, como Pierrot, Colombina, Arlequim, Polichinelo, reconhecíveis por máscaras e trajes característicos.

Apresentavam-se nas ruas como grupos itinerantes, falando no dialeto local, mas também participavam de festas nobres. Algumas companhias alcançaram fama continental e inspiraram autores barrocos como Molière e Carlo Goldoni, como antes já haviam inspirado Shakespeare.[62][68]

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A outra tendência de vasta repercussão foi o teatro sacro desenvolvido pelos jesuítas, como parte de suas estratégias contra-reformistas. Embora mantendo traços do drama clássico na forma, na técnica e na linguagem, seus temas eram naturalmente religiosos e seu propósito, declaradamente doutrinário.

O drama jesuítico foi muito cultivado em todos os colégios mantidos pelos padres, e se tornou parte integral da empreitada missionária pela América e Oriente, adaptando-se a costumes locais e incorporando as inovações na arte dramática profana. Seu estilo teve uma influência também na obra de Pierre Corneille, Molière e Goldoni. Embora esse teatro não tenha chegado às regiões protestantes, pelo menos na Inglaterra exerceu influência no teatro estudantil cômico e na representação de dramas sacros no Natal.[62] Por outro lado, na Espanha foi recebido com entusiasmo, fundindo-se à já grande tradição dos autos sacramentais que tivera origem na Idade Média.

Os autos espanhóis se tornaram então obras de arte erudita, estando entre os principais gêneros dramáticos da Espanha barroca, e alguns foram produzidos pelos melhores poetas do Século de Ouro.

Paralelamente a Espanha desenvolveu um teatro profano de particular vigor e sucesso de público, com um estilo passional, romântico e lírico, tratando de uma multiplicidade de temas, mas geralmente envolvendo o amor e a honra, num tratamento realista e vivaz. Lope de Vega, Tirso de Molina e Calderón de la Barca estão entre seus grandes expoentes.[

Literatura para o teatro

O drama barroco tipicamente usa motivos clássicos mas tenta trazê-los para o mundo moderno, muitas vezes centrando a ação na figura do monarca.

Ao contrário do drama clássico, onde o destino é uma das principais forças propulsoras da ação, um destino que é cego e contra o qual não há nada capaz de se opor, no drama barroco o interesse passa para as dificuldades inerentes ao exercício do poder, da vontade e da razão diante da realidade política corrupta, cruel e cínica e do descontrole das paixões, gerando uma perene e dolorosa tensão entre o desejo por um mundo harmonioso, belo e santificado e a impressão de que tudo se dirige para a catástrofe e a destruição, sem qualquer esperança para o homem. Para a expressão desses conflitos um recurso técnico comum é a alegoria, que transporta os fatos concretos para uma esfera mais abstrata e mais abrangente, possibilitando múltiplas interpretações e fazendo relacionamentos simultâneos entre vários níveis de realidade.

O uso da alegoria é típico do Barroco também porque ela não oferece uma resposta unívoca às questões propostas, permanecendo o incerto, o ambíguo e o mutável como elementos integrantes do tema, permite o exercício da crítica social sem ligar-se diretamente a figuras públicas verdadeiras, e possibilita a exploração da psicologia humana em todos os seus extremos contrastantes de virtude e vício, e com todas as nuances intermédias.

Por tais motivos, nas alegorias dramáticas do Barroco abundam imagens de ruínas e da morte, mas abrindo a perspectiva de um novo nascimento e de uma ação humana significativa.[55][56] Nas regiões protestantes o drama se tornou particularmente pessimista, uma vez que o Protestantismo só admite a doutrina da salvação pela fé, e as boas obras perdem assim significado transcendente. No drama protestante a História é essencialmente decadência ou regressão, e seus temas são principalmente lamentos sobre um mundo envilecido.[56]

Mesmo nos dramas sacros católicos são recorrentes os temas do sacrifício, do martírio, da abstinência, da penitência e da melancólica, ainda que espiritualmente gloriosa, renúncia ao mundo da matéria, o "fruto proibido", dirigindo as esperanças para a esfera divina e eivando as narrativas

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com imagens trágicas e dolorosas, especialmente quando os dramas sacros eram representados em associação com festividades religiosas como a Paixão de Cristo, quando procissões de devotos se autoflagelavam e davam outras provas ritualizadas e teatralizadas de fé entre excessos emocionais.[57][58]

Ainda que os personagens e os motivos tenham se multiplicado em relação ao Renascimento, no drama Barroco a ação é mantida mais coesa e ininterrupta por uma rede mais complexa de relacionamentos entre os seus agentes, conduzindo um desenvolvimento narrativo marcado pelas leis da causa e efeito, ainda que em seu curso a trama muitas vezes seja entremeada por surpresas e reviravoltas imprevistas, de qualquer forma encaixadas plausivelmente dentro dos limites da lógica.

Outra diferença em relação ao período anterior é que os personagens já não são tipos fixos, com caracteres imutáveis e previsíveis. Antes um herói era sempre um herói, e suas ações sempre virtuosas; um bandido era sempre vil e suas intenções sempre obscuras e daninhas. No Barroco os personagens são mais humanos e contraditórios, suas personalidades apresentam áreas claras e escuras, e as mudanças nos comportamentos, humores e motivações podem ser abruptas e drásticas.

Finalmente, a ação não é mais concebida como um arco perfeito, com um início, meio e fim nítidos, com um progressivo e calculado acúmulo de tensão que culmina num clímax final; os dramas barrocos podem iniciar com uma impressão de casualidade, como se o observador tivesse capturado uma cena de passagem e sido jogado dentro da trama acidentalmente; tampouco os finais são sempre um clímax, e nas tragédias barrocas a morte do protagonista no final deixa de ser uma regra.

Esses traços, contudo, são muito genéricos, e casos particulares podem apresentar estruturas e desenvolvimentos bastante diversos, como é típico de todo o Barroco.[59]

UMA POUCO SOBRE A ARTE NA ESPANHA

Arquitetura

A arquitetura da Espanha revela a influência dos vários povos que dominaram o país. Alguns aquedutos, pontes e outras edificações dos antigos romanos ainda estão em uso., enquanto ruínas de outros monumentos romanos podem ser vistas em todo o país.

Mesquitas (templos) construídas pelos mouros erguem-se em algumas cidades do sul, embora a maioria dessas construções sejam agora igrejas católicas.

A enorme catedral de Córdoba foi construída como mesquita no século VIII. Mais de mil colunas de granito, jaspe, mármore e ônix sustentam suas arcadas. Os mouros construíram castelos fortificados chamados alcáçares.

O mais famosoe o esplêndido Alhambra, em Granada.

A Espanha tem cerca de 1400 castelos e palácios, incluíndo os alcáçeres. O Escorial, que é uma combinação de mausoléu, igreja, mosteiro e palácio, se encontra a cerca de 48 km ao noroeste de Madri. Foi construído no século XVI: é uma das maiores edificações do mundo. A estrutura de granito cinzento ocupa quase 37 mil metros quadrados, tem 300 salas, 88 fontes e 86 escadas. Os túmulos de muitos monarcas espanhóis encontram-se no Escorial.

A uma distância aproximada de 16 km do Escorial fica o Vale dos Caídos, outro monumento aos mortos e mosteiro. Os mausoléus encontram-se no inteiror de uma montanha.Cerca de 46 mil mortos

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durante a Guerra Civil Espanhola estão enterrados nesse local, assim como o corpo do ditador Francisco Franco.

Uma cruz com 150 m de altura, feita de concreto armado, foi colocada em cima da montanha.

A catedral gótica de Sevilha é a segunda maior igreja da Europa. Apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, a supera. A catedral de Sevilha em 116 m de comprimentoe 76 m de largura, e sua torre ergue-se a 120 m..

MÚSICA

Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicosmais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.

Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.

ARTES

A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do mundo. As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e XVII, quando o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa decadência, mas houve um renascimento no século XX.

LITERATURA

As mais antigas obras espanholas ainda existentes são O Poema do Cid e O Drama dos Reis Magos. Especialistas acreditam que ambas as obras datem do século XII, mas não sabem quem as escreveu. O Poema do Cid narra as façanhas de um dos heróis nacionais da Espanha.

Apenas uma parte de O Drama dos Reis Magos se conservou: a obra trata da visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.

Durante o Século de Ouro, os escritores espanhóis produziram algumas das mais conhecidas obras literárias do país.

Por exemplo Miguel Cervantes escreveu Dom Quixote, uma das mais importantes obras literárias de todos os tempos. O dramaturgo Pedro Calderón de la Barca escreveu a famosa peça A Vida é Sonho.

Entre os principais escritores espanhóis do século XX contam-se os ensaístas José Ortega y Gasset e Miguel de Unamuno, o dramaturgo Antonio Buero Vallejo, o romanciscta Camilo José Cela e os poetas Garcia Lorca e Juan Ramón Jimenez.

ALGUNS ESCRITORES

LOPE DE VEGA: (1562 - 1635) Poeta e dramaturgo barroco, é considerado o criador do teatro espanhol do século XVII. Extremamente produtivo, consta que escreveu 1.500 peças. Exagero ou não, Lope de Veja dominou os palcos teatrais até a chegada de Pedro Calderón de la Barca, que lhe roubou o público.

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Lope de Veja foi o escritor da realeza, personagem de grande parte de suas obras. "O Melhor Alcaide é o Rei" (1607), com essa temática, foi e ainda é uma de suas peças mais encenadas.

FEDERICO GARCÍA LORCA: (1898 - 1936) Ídolo literário dos fãs do binômio liberdade e rebeldia, o escritor granadino cantou a Espanha na maioria de seus versos. "Canciones Gitanas" (1927), de poesias, o consagrou. García Lorca desempenhou um papel importante também como dramaturgo. Escreveu, entre outras, a trilogia trágica "Bodas de Sangue" (1933), "Yerma" (1934)e "A Casa de Bernarda Alba" (1936). Lutou na Guerra Civil Espanhola contra os franquistas e foi fuzilado por eles em 1936.

PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA: (1660 - 1681) Quando escreveu que "toda la vida es sueño y los sueños, sueños son", o dramaturgo talvez não imaginasse que a peça "A Vida é Sonho"(1635) faria sucesso tal a ponto de destronar Lope de Veja. Calderón tinha como principal temática a luta de foice entre o livre arbítrio e as limitações impostas pelas convenções sociais, a religião e a honra.

MIGUEL DE CERVANTES (1547 - 1616) - Sinônimo de literatura espanhola, o autor de "El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha" (1605) revolucionou o mundo da pena e do papel ao utilizar recursos como a ironia e o humor em sua obra mais conhecida. Nenhum outro livro seu alcançou a mesma fama que as aventuras do cavaleiro das ilusões, Don Quixote, e seu fiel escudeiro.

PINTURA

Os principais pintores espanhóis durante o Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século XIX.

O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas, magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.

ALGUNS PINTORES

DIEGO DE VELÁZQUEZ: Artista da nobreza por excelência, Velázquez é autor de uma das obras espanholas mais reproduzidas e admiradas, a tela "As Meninas". Nela, o autor aparece à esquerda, pintando meninas da corte. Contrariando as tendências da época, Velázquez retratou também os desfavorecidos. "As fiandeiras" (1657- 1660) foi o primeiro quadro da história a ter operárias como tema.

EL GRECO: (1541 - 1614): Um dos maiores pesos-pesados das artes plásticas, nasceu em Creta e morou durante grande parte da sua vida em Toledo, cidade retratada na tela "Vista de Toledo sob a Tempestade" (1610- 1614), uma de suas obras primas.

El Greco impregnou suas produções de um realismo atroz, capaz de traduzir o caos humano em jogos de sombras e de claros-escuros. Outras telas do artista bastante conhecidas são "Visão de São João"(1610 - 1614), " A Ressurreição de Cristo" (1600 - 1603) e "Laocoonte" (1610- 1614).

JOAN MIRÓ (1893 - 1983): Um dos frutos mais fecundos de Barcelona, o artista traçou linhas e figuras algo pueris que conquistaram uma legião de admiradores. Considerado um dos maiores mestres da composição cromática, salpicou com toques de alegria a maioria de seus quadros.

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GOYA (1746 - 1828): Nascido em Fuendetodos, próximo a Zaragoza, concorre com El Greco no quesito "gênios da pintura espanhola". Outro mestre do realismo, Goya transpôs para suas telas um mundo povoado por bruxas, demônios e também pessoas comuns. "Maja Desnuda"(1796 ), que mostra uma mulher em duas versões, com e sem roupa, provocou furor na época. É uma de suas óbras mais famosas.

PABLO PICASSO (1891 - 1973): Depois da fase azul e da fase rosa, criou cubismo, com "Les Demoiselles d`Avignon"(1907). Foi um dos artistas mais prestigiados do século 20.

FOLCLORE

As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas, acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em assimilar novos costumes.

As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo.

Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem consigo algum espírito de renovação.

A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais.

No entanto, os costumes tradicionais - alguns de grande beleza - persistem.

A Fiesta é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades.

Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e touradas.

As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão.

Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva.

A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura vários dias.

Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em "toreadores". A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.

CULINÁRIA

Na região central da Espanha, temos de cordeiro (cordero) a leitão (cochinello), preparados de maneira artesanal, passando por caças como faisão, perdiz e javali. A paelha, prato típico da região de Valência, é feito á base de arroz e açafrão. As tapas (entradas) usam e abusam do chouriço, além do sem igual presunto de guijuelo.

Da região central também vem o melhor queijo da Espanha - o manchego (que, quando curado; parece bastante com o parmesão) à base de leite de ovelhas criadas na planície de La Mancha - e leguminosas (feijão, grão-de-bico) e lentilha de todas as cores formatos e tamanhos.Parte pesquisa – Terezinha Salamanca v4 – atualizado em 14-03-2011- incluído Religiosidade (licinio) 22

Duas sopas, uma para o verão e outra para o inverno, merecem destaque: castellana e gaspacho. São sempre acompanhadas de pães, cujos miolos, refogados com pimentões e bacon, e inspiradas nos pastores.

Nas sobremesas, os doces mais tradicionais são as "yemas de Ávila" (gemas de ovos açucarados), as "almendras garrapiñadas de Alcalá de Henares" (amêndoas confeitadas) e os "marzapãs de Toledo", marzipãs.

Além dessas iguarias, há também puchero, conhecido em todo o mundo, pollo chilindron (frango espanhol) e os lanches: pancho com panchetta (cachorro quente com bacon), tortilla (pastel espanhol) e a bebida sangria (feita com vinho, laranja e água mineral com gás).

Espanha é provavelmente mais conhecida pelas touradas e pelo flamenco, mas conta também com pintores de fama mundial como são os casos de Salvador Dalí e de Pablo Picasso.

Outros dos pintores mais conhecidos são Goya (1746-1828) e Velásquez (1599-1660), cujas obras podm ser admiradas no Museu do Prado, em Madrid.

As obras mais importantes de Velázquez são "Las Meninas e "La Rendición de Breda".

Espanha tem também alguns compositores de estatura mundial, bem como conhecidos cantores de ópera.

Os compositores espanhóis de fama mundial incluem nomes como Enrique Granados, Isaac Albéniz, Manuel de Falla e Joaquín Rodrigo.

Todos já ouvimos falar de Placido Domingo - o artista de ópera mais famoso de Espanha - assim como de José Carreras e de Montserrat Caballé. A música e a dança flamenca surgiram no Sul de Espanha, mais precisamente na Andaluzia.

Os ciganos enraizaram-se aqui, tendo desenvolvido a sua cultura em Espanha.

Atualmente, a maioria das miúdas espanholas aprende a dançar sevillanas, uma das danças mais folclóricas.

O toureio ou a corrida de touros têm uma enorme importância na cultura espanhola.

Foi no século XVIII que se tornou popular.

DRAMARTUGIA – ALGUNS CONCEITOS

Quando se pensa em nossa matriz teatral, que remonta à tradição narrativa dramática de cunho greco-romano e judaico-cristão, dramaturgia pode ser entendida como uma noção chave da cultura e da prática teatral no ocidente, tanto do ponto de vista do palco quanto do ponto de vista da platéia. Juntamente com as noções de espetáculo e representação, a dramaturgia forma uma espécie de tripé estruturante da própria natureza do teatro e das formas narrativas ficcionais dos espetáculos realizados ao vivo diante de um grupo de espectadores.

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As artes cênicas, incluindo-se aí as artes coreográficas de uma maneira geral, necessitam, em maior ou em menor escala, se estabelecer segundo critérios bastante diversificados expressos segundo esse tripé.

É inevitável que, contemporaneamente, quando práticos da cena ou especialistas dos estudos teatrais ou coreográficos se expressem acerca de seus processos criativos e/ou dramatúrgicos, nem sempre haja uma coincidência de significados. Entretanto, os três termos — dramaturgia, espetáculo, representação — são, sistematicamente, recorrentes, o que reflete uma complexa teia de referências conceituais que problematizam procedimentos criativos distintos.

Esses procedimentos estão em permanente atualização com a capacidade cognitiva do tecido social de onde essas mesmas produções se originam e onde, conseqüentemente serão recepcionadas.

De maneira geral, empregamos o termo dramaturgia para nos referirmos à produção de um autor teatral — a dramaturgia de Ibsen, a dramaturgia de Lope de Vega, a dramaturgia brechtiana, etc. —.

Ainda de forma genérica, emprega-se também o termo dramaturgia na tentativa de definir um certo conjunto de obras, seja por uma periodicidade, ainda que arbitrária — dramaturgia clássica, dramaturgia elisabetana, dramaturgia romântica, etc. —, seja por afinidades devidas aos traços formais ou temáticos — uma dramaturgia do absurdo, uma dramaturgia erótica, uma dramaturgia espírita, etc —.

Há, ainda hoje, aquela distinção que sempre marcou a atividade teatral — uma dramaturgia amadora e uma dramaturgia profissional — ou também em termos de gênero ou público alvo — uma dramaturgia feminina ou uma dramaturgia para infância e adolescência —. Desta forma, já se

estabelece a diferença entre o drama e o theatre conforme a visão dos ingleses.

O primeiro é o texto, a composição dramatúrgica, a peça teatral, o outro é a sua realização, a transposição daquele nesse pela operação da encenação.

Uma outra acepção do emprego de dramaturgia pode ser atribuída à G. E. Lessing que durante os anos de 1767 a 1768 redigiu folhetins semanais que deram origem à sua obra intitulada Dramaturgia de Hamburgo.

Nas palavras do próprio autor de Emília Galoti em abril de 1767, “esta dramaturgia tem por objetivo manter um registro crítico de todas as peças levadas à cena e acompanhar todos os passos que a arte, tanto do poeta como do ator irá dar”. (LESSING, 2005, 29). Não sem marcar, de maneira indelével, a prática teatral ocidental circunscrevendo, inicialmente, a função que depois se vulgarizaria como dramaturg, ou dramaturgista, entre nós, Lessing atribui um sentido outro a sua produção de crítico, comentarista, conselheiro dramatúrgico ou consultor teatral.

De toda forma, o foco do trabalho teatral no século XVIII é condicionado pela dramaturgia, pelo repertório de textos. Textos esses que vão inclusive desenhando novas maneiras de atuar junto aos atores e problematizando a condição dos gêneros dramáticos.

No século XIX, essa “arte ou técnica da composição dramatúrgica” forjou a noção de pièce bien faite como sendo o padrão aceitável da dramaturgia perfeita. Essa noção, atribuída em parte à vasta produção de Eugène Scribe, foi o paradigma a ser seguido pelos autores que almejavam o sucesso de um público que ele estimava instruir e divertir.

O modelo aí empregado foi aquele herdeiro do século XVII, do teatro clássico francês, que por sua vez reabilitou, em forma de cânone, os parâmetros da dramaturgia antiga, greco-romana. Aliou-se a isso, no caso da França, a presença de um crítico como Francisque Sarcey que através de seus folhetins no jornal Le Temps colaborou de forma indelével para cristalização desta receita. Esta receita visava a produção em série de uma dramaturgia de sucesso. Parte pesquisa – Terezinha Salamanca v4 – atualizado em 14-03-2011- incluído Religiosidade (licinio) 24

Condicionada aos mecanismos de causa e efeito no interior da ação dramática, a pièce bien faite ajudou a imortalizar esse formato de dramaturgia que ainda hoje é empregado na teledramaturgia luso-brasileira.

Dizia Pirandello que a trama de uma peça era a razão de ser do personagem.

O caso é que, hoje, a noção de dramaturgia e conjuntamente aquela de representação extrapolam os limites daquilo que outrora estava delimitado pela “arte ou técnica da composição de peças teatrais”.

O fenômeno teatral hoje, depois das experiências dos anos 1960 e 1970, promove uma desestabilização de noções que pareciam inabaláveis e indiscutíveis até então. E no centro dessa turbulência encontra-se justamente a noção de dramaturgia.

Contemporaneamente, encontram-se espetáculos de diversos coletivos teatrais ou de criadores cênicos que reivindicam o desenvolvimento de uma “dramaturgia própria”: seja por meio de uma “dramaturgia corporal” sem necessariamente se ater à “composição de um personagem” no sentido psicológico; seja por conta de trabalhos que repousam sobre uma “dramaturgia do ator” que explora sua própria biografia como resíduo para cena; seja com encenações que são elaboradas segundo uma dramaturgia oriunda de “processos colaborativos”, entre outras denominações.

Enfim, o emprego do termo dramaturgia não está mais restrito ao trabalho do autor dramático como agente criativo, e sim dissolvido entre a técnica de composição da própria cena e a concepção do que os atores “falam” sobre o palco em situação de exibição.

Naturalmente, estes são desdobramentos que possuem sua origem histórica e estética no trabalho teatral de um V. Meyerhold, apesar de que, por vezes, essa matriz paradigmática seja atribuída às experiências de B. Brecht, autor e diretor de seus próprios espetáculos. O fato é que, na atualidade, a discussão sobre a construção de uma dramaturgia se afirma por conta de um processo criativo híbrido, onde a noção de autoria não se apresenta mais tão estável como era no passado. A noção de

autoria hoje é no mínimo flutuante. Diante dos diversos procedimentos e determinismos vivenciados pelos coletivos teatrais ocidentais.

Etimologicamente, drama é oriundo do grego e significa ação. Dramaturgia, em si, seria por definição particular a “arte ou a técnica da composição dramática”. Mas qual composição dramática em tempos, predominantemente, pós-dramáticos? Em primeiro lugar, esta arte da construção ou da desconstrução dramática pressuporia certos elementos integrantes desta mesma composição: personagem; intriga; ação; tempo; espaço; diálogo; etc.

Partindo-se do legado de Aristóteles, e tendo-se o cuidado de ler seu pequeno tratado — A Arte Poética —, como uma obra mais descritiva do que teórica-prescritiva, não se observa nessa poética a definição propriamente de uma dramaturgia, no tocante à tragédia. Ali se apresentam, como se pode constatar à leitura do verbete drama nesse mesmo Dicionário de Termos Literários, noções observadas acerca da constituição, urdidura e confecção do espetáculo teatral como um todo: do texto, da representação e do próprio espetáculo que constituem uma “poética do drama”, e neste caso específico afeito à tragédia como gênero.

Nesse mesmo sentido Jacques Scherer que é autor, nos anos 1950, de uma outra dramaturgia, isto é, La dramaturgie classique en France, estabelece uma clara distinção em seu estudo entre os elementos integrantes da estrutura interna da peça (personagens; exposição; nós dramáticos; obstáculos e peripécias; unidades de ação; tempo e lugar; desenlaces; etc.) e os elementos que compõem a estrutura externa da peça, isto é, a sua transposição espacial ou a encenação, aqueles elementos que constituem, em certa medida, a materialidade dos primeiros dados inerentes ao texto, preto no branco.

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Portanto, tradicionalmente, a dramaturgia enquanto “arte ou a técnica da composição dramática” a serviço da redação de um texto escrito, estabeleceria para esse mesmo texto teatral uma sutil distinção entre a voz do autor e as vozes de seus personagens. Seja no registro do épico ou do dramático, a voz do autor se apresentaria na sua totalidade no texto didascálico, enquanto que essa mesma voz autoral apareceria “mascarada” pela massa de texto atribuída, por esse mesmo autor, aos seus personagens nos diálogos em forma de “falas”. Esse princípio é válido ainda hoje, desde a dramaturgia antiga, passando pela dramaturgia do século XIX e a eclosão do Nouveau Théâtre ou do dito Teatro do Absurdo no pós-guerra.

Ora, então fica claro que aquilo que outrora seria a “arte da composição de textos teatrais”, em tempos modernos se expande para arte da composição de um espetáculo ou de um ato cênico, seja lá o nome que for atribuído para realização dessa experiência narrativa. A noção em si não desaparece, como querem alguns práticos ou assinalam alguns teóricos.

A noção de dramaturgia se transforma graças a uma dinâmica natural da cultura de da prática teatral. Se outrora, ela estava concentrada no texto teatral, e hoje ela se desloca para uma outra esfera, mais complexa talvez, pois lida com novos paradigmas e com incertezas.

Não haveria, portanto uma dramaturgia, mas diversas dramaturgias e procedimentos de composição distintos.

E essa diversidade espelha o trabalho de coletivos teatrais contemporâneos que na busca por novas convenções e formas de expressões narrativas, acentuam, cada vez mais, em suas produções ficcionais o atrito entre o Real e o Ficcional; a subtração da função do personagem; o desmonte do princípio da ação dramática e física, entre outros procedimentos.

Bibliografia:

POUGIN, Arthur. Dictionnaire du Théâtre, Paris, Firmin-Didot, 1885; SCHERER, Jacques. La Dramaturgie Classique en France, (reed. 2001), Saint-Genouph, Librairie Nizet, 1950; LESSING, G. E. Dramaturgia de Hamburgo, (trad; introd e notas de NUNES, Manuela), Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005.

ALGUMA IDÉIA PESQUISADA DE FIGURINO

1. La vida es sueño – Uruguai da 15ª de POA ( 2008)

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Figurinos de 1635, quando a peça foi estreada:

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DIRETORES E ESCRITORES

Robert Wilson ou Bob Wilson ( Shakespeare sonette);Diretora Pina balch;Grupo espanhol - Fura Dels Baús.http://www.youtube.com/watch?v=tMm1rM7eUKI&feature=youtube_gdata_playerHumberto Eco , escritor Italiano ( obra aberta);Haroldo de Campos ( prof. PUC)

BONS TEATROS:

Higyene;Cia do latão ( Sesc Belenzinho);Cia do feijão;

LIVROS:

Em busca de um TEATRO pobre ( Grotoviski);Não tem segredo ( Peter Bruker);Metáfora da vida cotidiana;Autor Jose de Anchietta que escreve com linguagem "dos autos";Esta propriedade está condenada;Mafalda;MANUAL MÍNIMO DO ATOR - de Dário Fo.

FILMES:

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A ondaAminesiaCorra Olga corraIrreversívelArquitetura da destruiçãoA ilha do medoOs outros

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