12
 A visão funcionalista da linguagem no século XX Mário Eduardo Martelotta Eduardo Kenedy Areas

A vis++¦o funcionalista da linguagem no s+-«culo XX

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apresentação feita durante a disciplina Teorias Linguísticas no PPGL, que posteriormente deu origem a um capítulo de livro com o mesmo o nome.

Citation preview

A viso funcionalista da linguagem no sculo XX

A viso funcionalista da linguagem no sculo XX

Mrio Eduardo MartelottaEduardo Kenedy Areas

1A viso funcionalista da linguagem no sculo XXA lingustica moderna surge com a publicao do Curso de Lingustica Geral de Saussure, em 1916.

Essas trs noes bsicas passaram, de acordo com Dirven e Fried (1987), a caracterizar a evoluo da lingustica no sculo XX.

Sistema, estrutura e funo.

A viso funcionalista da linguagem no sculo XXPara os linguistas de Praga a lngua deve ser entendida como um sistema funcional, no sentido de que utilizada para um determinado fim (p. 19).

Plo formalista X Plo funcionalistaFUNOXESTRUTURAFUNOXSISTEMAAQUISIO DA LINGUAGEMLNGUA = OBJETO AUTNOMOOBJETIVOSUNIVERSAIS LINGUSTICOSLNGUA = INSTRUMENTO DE COMUNICAOA viso funcionalista da linguagem no sculo XXAs abordagens formal e funcional segundo Leech (1983, apud Neves, 2001, p. 49).

ABORDAGEM FORMAL

ABORDAGEM FUNCIONALLinguagem como fenmeno mental.Linguagem como fenmeno primariamente social.Universais lingusticos: herana lingustica gentica comum da espcie humana.Universais lingusticos: derivao da universalidade dos usos da linguagem nas sociedades humanas .Aquisio da linguagem: capacidade inata humana para aprender a lngua.Aquisio da linguagem: desenvolvimento das necessidades e habilidades comunicativas.Estudo da linguagem como sistema autnomo .Estudo da linguagem em relao com sua funo social. A viso funcionalista da linguagem no sculo XXO funcionalismo no Estados Unidos:

Traugott adota a teoria da gramaticalizao;A partir dos anos 70, com Thompson, Hopper e Givn, o termo funcionalismo adquiri fora nos Estados Unidos;Foi publicado o texto de Gillian Sankoff e Penelope Brown em 1976. Em 1979, dando continuidade as descobertas de Sankoff e influenciado por elas, Givn publica um texto antigerativista.

A viso funcionalista da linguagem no sculo XXIconicidade, fala e pancronia

Os trs dogmas centrais na lingustica estrutural refutados por Givn, 1995:

ArbitrariedadeLanguee paroleDiacronia e sincroniaA viso funcionalista da linguagem no sculo XXA arbitrariedade separa, no signo lingustico, o significante do significado, deixando somente o signo e o seu referente.

PALAVRANo funcionalismo resulta da criao de novos rtulos para novos referentes .

No formalismo arbitraria pois no h relao entre o som e o significado.

A viso funcionalista da linguagem no sculo XXLangue e parole

Com essa dicotomia, Saussure estabeleceu uma diferena entre o que geral e o que individual e, consequentemente, entre o que essencial e o que acidental, ou entre o que regular e o que fortuito (p.26). No funcionalismo , [...] no h como separar a langue da parole: o acidental ou casual que caracteriza o discurso passa a ser a gnese do sistema, que, por sua vez, alimenta o discurso (p.27).A viso funcionalista da linguagem no sculo XX

motivao semntica - motivao morfolgica - motivao fontica O princpio da Iconicidade se manifesta paralelamente a arbitrariedade e reflete algum tipo de motivao, como no exemplo: Cheguei em casa, tomei um banho e fui dormir (p. 26).

A viso funcionalista da linguagem no sculo XXSincronia x Diacronia

Compreendida como dois eixos separados e no-intercambiveis. [...] o trabalho sincrnico lida com fenmenos do sistema que no tem relao necessria, sendo, por vezes, incompatvel com o trabalho diacrnico (p. 27). Pesquisas em gramaticalizao confirmam que os fenmenos da lngua:na perspectiva sincrnica coexistem uns com os outros. na perspectiva histrica mudam com o tempo;A viso funcionalista da linguagem no sculo XXGrupo de premissas de Givn (1995):

a linguagem uma atividade sociocultural;a estrutura serve a funes cognitivas e comunicativas;a estrutura no-arbitrria, motivada, icnica;mudana e variao esto sempre presente;o sentido contextualmente dependente e no-atmico;as categorias no so discretas;a estrutura malevel e no-rgida;as gramticas so emergentes;as regras de gramtica permitem algumas excees. (p.28)

A viso funcionalista da linguagem no sculo XXREFERNCIAS:

MARTELOTTA, M. E.; AREAS, E. K. A viso funcionalista da linguagem no sculo XX. In: FURTADO DA CUNHA, M. A.; OLIVEIRA M. R.; MARTELOTTA M. E. (org). Lingustica funcional: teoria e prtica. Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p. 17-28.

NEVES, M. H. M. A gramtica funcional. So Paulo: Martins Fontes, 1997.