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A viuvínha

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Page 1: A viuvínha

COLÉGIO SESI - PR ENSINO MÉDIO

A viuvínha – José de Alencar

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

2012

Page 2: A viuvínha

Eduardo Moreno de Souza

A viuvínha

Trabalho apresentado comorequisito para conceito nadisciplina de LínguaPortuguesa do terceiro ano doEnsino Médio do ColégioSESI PR.

Orientador(a):

Jaciele

São José dos Pinhais, 2012

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SUMÁRIO

1.Introdução................................................................................................ 3

2. Biografia.................................................................................................. 4

2.1 Vida........................................................................................................4

2.2 Obras......................................................................................................5

3. Resumo do Enredo.................................................................................. 6

3.1 Definição do Enredo..............................................................................10

3.2 Personagens...........................................................................................10

3.3 Espaço....................................................................................................11

3.4 Tempo....................................................................................................11

3.5 Narrador.................................................................................................11

3.6 Conflito..................................................................................................12

3.7 Movimento Literário..............................................................................12

3.8 Acordo Ortográfico................................................................................12

Relação publicação e história brasileira.......................................................14

4. Conclusão.................................................................................................16

Anexos..........................................................................................................17

Referências.................................................................................................. 18

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1. INTRODUÇÃO

Cada livro tem a sua história que faz o leitor viajar em sua imaginação como se fizesse

parte da própria obra.

Com este trabalho se procura entrar em detalhes na obra “A viuvínha” de José de

Alencar, com esta trama que surpreende pela ousadia, em uma história ambientada no Brasil,

na cidade do Rio de Janeiro, onde mostra a intrigante história de um homem que fica rico e

então morre para o mundo e para o amor, para mais tarde reencontrá-lo. Ao investigar e

descrever tal livro e informações do autor será possível um melhor entendimento da história e

de seus aspectos, além de conhecer um pouco mais sobre este grande escritor.

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2. BIOGRAFIA

2.1 Vida

José de Alencar (1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e

político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista

brasileira. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance O Guarani, em

forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance

o Guarani serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O guarani.

José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento

de missão patriótica. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros

sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural.

José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de

sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o

autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de

Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam

mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele,

com o intuito de, cada vez mais, abrasileirar seus textos.

José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, no Ceará em 1829. José

Martiniano de Alencar era filho de tradicional família cearense, ainda menino mudou-se para

o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio de Instrução Elementar.

Formou-se pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em

1850 mas, pouco exerceu a profissão. Ingressou no Correio Mercantil em 1854 e já em 1856

passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 01 de janeiro de 1857

publica o romance O guarani, em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso.

Ao lado da literatura, José de Alencar foi um político atuante. Foi eleito deputado pelo

Ceará em 1861 pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Exerceu o

cargo de Ministro da Justiça, durante o período de 1868 a 1870.

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2.2 Obras

O guarani (1857).

As minas de prata (1862).

Iracema (1865).

Alfarrábios (1873).

A guerra dos mascates (1873) .

Ubirajara (1874).

Cinco minutos (1856).

A viuvinha (1857).

Lucíola (1862).

Diva (1864).

A pata da Gazela (1870).

Sonhos d'ouro (1872).

Senhora (1875) .

Encarnações (1877).

O gaúcho (1870).

O tronco do ipê (1871).

Til (1872) .

O sertanejo (1875).

3. RESUMO DO ENREDO

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A história acontece no Rio de Janeiro contando a história de amor de um jovem casal,

o livro começa contando sobre uma casinha pequena que se situava no meio do morro do Rio

de Janeiro, e lá todos os dias se via um homem junto à uma moça que ficavam no jardim

dessa mesma casa, e lá ficavam conversando, até que uma senhora de idade avançada saía da

porta da casa e chamava o casal para entrar na casa onde ficavam os três na sala reunidos.

A idosa citada é Dona Maria mãe de Carolina a moça que se reunia todas as tardes

no jardim para ficar com Jorge o seu namorado.

Jorge é o personagem principal a sua história é a seguinte: Ele filho de um carioca, um

negociante rico e com uma reputação ilibada, que, infelizmente morre enquanto Jorge ainda é

jovem, e assim lhe deixa uma fortuna de cerca de cem contos em letras de ações, e mais uma

casa comercial no valor de cem contos. Com o negociante falecido, Jorge então é criado pelo

Sr. Almeida, sócio do pai de Jorge, que então cuida dele como se fosse um pai legítimo.

Quando Jorge completa a maior idade, tem a sua herança passada para o seu nome, e

assim com uma fortuna em mãos, Jorge muda completamente, de uma forma que chega a

esquecer os ensinamentos que tinha recebido até então, pois a herança foi quase inteira gasta

com as festas e orgias que Jorge realizava então quase todos os dias, até que ele se vê mais

tarde em uma situação onde a sua vida era infeliz e repetitiva, e então não parava de passar em

sua mente flashes dos momentos em que passava nas festas gastando o dinheiro que seu pai

demorou trinta anos para juntar, onde se via jogando dinheiro pela janela, e com a mente

perturbada, ele então vai à uma igreja onde lá se ajoelha, porém não reza pois não sabia, e

então fica lá por algum tempo, e, quando se levanta, se vira e vê uma bela moça, com um

rosto encantador, que deixa Jorge “enlouquecido”, e assim ele segue a ela e a mulher que a

acompanhava, e assim ele conhece Dona Maria e Carolina que depois vira a sua namorada.

Depois de algum tempo Jorge e Carolina estavam noivos e apaixonados

enlouquecidamente, até que, na véspera de seu casamento os dois estavam no jardim como

faziam todas as tardes, depois que se despediram, e disseram um para o outro o quanto se

amavam e a vontade de que sentiam de que o amanhã chegasse logo, então Jorge sai da

pequena casa entre o morro onde se realizaria o seu casamento, e vai caminhando em direção

à sua casa, e, quando chega, seu escravo lhe diz que um homem o esperava em seu gabinete já

havia algum tempo, então, Jorge estranhando a hora de uma visita inesperada vai até seu

gabinete, e lá, encontra o Sr. Almeida sentado com cara de alguém com algo muito importante

para dizer, então eles sentam e então começam a conversar e falam sobre o casamento, até que

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o Sr. Almeida pega uma carteira e a coloca sobre a mesa, e então lhe fala que a notícia que

viera para lhe dizer iria perturbar Jorge, e então diz que há algum tempo ele vinha

investigando a sua vida e tinha descoberto que ele infelizmente Jorge estava falido e havia até

perdido a casa onde os dois se encontravam conversando. Ele diz não ter vindo para estragar o

seu casamento e sim que estava feliz e que iria comparecer a ele, e então se despede e vai

embora.

A notícia abalara Jorge de tal forma ao saber que havia acabado com o seu patrimônio

herdado do esforço de seu pai, além disso, de ter destruído o nome de sua família. Jorge então

vai dormir, porém não consegue, devido a mente perturbada. No dia seguinte ele levanta e se

arruma para o seu casamento que se realizaria à noite, só então vai à casa de Carolina onde é

recebido com muita alegria por sua noiva, embora ele apresentasse o rosto pálido e uma

expressão de tristeza junto a um sorriso forçado. Eles preparam a sala da casa onde seria a

cerimônia simples e apenas com alguns amigos, e assim aos poucos chegaram os convidados

que entre eles estava o Sr. Almeida. A cerimônia então é feita e Jorge tem até dificuldade em

dizer sim à Carolina, mas depois da festa e que os convidados foram indo embora, ele vai até

o quarto feito especialmente para o casal, que possuía um brilho e uma decoração

encantadora. Então ele entra e senta na cama ao lado da poltrona onde estava sua esposa, que,

depois de um tempo, senta a seu lado e lança um beijo à Jorge que se desvia, e então irrita

Carolina que diz se Jorge estava realmente satisfeito com o casamento pois desde a manhã

estava pálido e com um sorriso estranho em sua face, e ele responde estar tudo bem, assim

Carolina se deita e dorme. Enquanto isso Jorge escreve em um papel e o deixa sobre uma

mesinha do quarto até que pula a janela do quarto e vai até uma das ruas do Rio de janeiro,

que, é muito conhecida por haver quase todos os dias alguém lá estirado ao chão depois de se

suicidar. E então Jorge vai até lá, mas, sem saber que estava sendo seguido pelo o Sr. Almeida

que já pressupõe o que Jorge iria fazer. Então se houve um tiro forte, e o Sr. Almeida se

assusta pois não conseguiu chegar à tempo de impedir o incidente, assim, ele corre até o local

e vê Jorge vivo, porém com duas pistolas apontadas para sua cabeça, e então vê que o tiro

seria de um outro homem que se suicidara e atirara na própria face para não ser reconhecido,

então, Sr. Almeida corre e arranca as duas armas de Jorge e assim o lhe dá um sermão pela

loucura que estava prestes a fazer, e diz que a morte não iria livrar o seu nome da desgraça e

nem quitaria as dívidas de seu pai, assim o dá a ideia de escrever um bilhete e colocar sobre o

corpo do homem morto a seu lado, assim poderia fugir e reconstruir a sua vida, e assim se faz.

Então Jorge pega um navio que o Sr. Almeida havia pago e vai para os Estados Unidos onde

lá a partir de muita luta, consegue o dinheiro suficiente para comprar novamente as letras das

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ações que perdeu após a morte do seu pai gastando as em festas, e assim depois de cinco anos

volta ao Rio de Janeiro, porém disfarçado para não ser reconhecido, e assim começa a

trabalhar como negociante na praça do comércio onde começa a comprar todas as ações de

seu pai, até que um dia Jorge, que agora era conhecido como Carlos para não ser descoberto,

sai da praça do comércio depois de um dia de trabalho e então vai à sua casa onde pega quatro

moedas de cobre e sai para jantar, algo estranho, pois, um escravo na época se alimentava

com pelo menos essa quantia em um albergue. Então Carlos sai, e caminha até um albergue

escuro e sujo onde se encontravam uma porção de moradores de rua se alimentando, mas,

quando Carlos põe o pé dentro do albergue um braço o puxa novamente para fora, e então ao

ver se enxerga à sua frente Sr. Almeida que diz: descobri tudo, porque esconder isso de mim,

venha! Vamos jantar na minha casa você merece coisa melhor. Jorge!

O disfarce de Jorge tinha sido desvendado, e então eles vão até o hotel onde estava

residindo Sr. Almeida, e lá ele mal escolhe o cardápio pois nem se lembrava mais dessa

luxúria, depois de estar comendo em albergues, não por necessidade, mas, para se castigar de

certo da vida que havia perdido. Sr. Almeida então conta o quanto foi difícil para a sua

esposa, que, depois da “morte” dele, ficou conhecida como a viuvínha na cidade e que ela

respeitou a sua “morte” até agora, além de só vestir roupas pretas como se estivesse em um

luto constante depois do ocorrido.

Os dois conversam por muito tempo até que é perguntado a Jorge o que ele já tinha

conseguido nessa vida de negociante, e que depois desses cinco anos já tinha recuperado

quase todas as letras das ações de seu pai, porém, faltavam-lhe apenas seis.

E assim Sr. Almeida diz que pode ajudá-lo pois sabia onde estavam essas letras, Jorge

então em um pulo diz: e com quem estão?

Ele então reponde: estão comigo.

E assim conclui que as tinha comprado porque sabia que uma hora iriam se

reencontrar, assim ele pega os papéis que estavão guardados junto a si, e então os coloca

sobre a mesa, e as vende para Jorge que se enche de felicidade após ter recuperado a honra de

sua família. Assim depois de muita conversa, eles se despedem, e Jorge diz que a sua vida

recomeçaria em breve.

Assim a história volta a casa da viuvínha que estava em seu quarto, quando vê uma

sombra na janela de seu quarto e que some repentinamente, assim ela se levanta e vai à janela

e vê sobre ela uma carta, ela a abre depois de algum tempo, e por surpresa encontra apenas

uma flor, mas uma flor que por alguma razão a lembra de Jorge, e assim isso acontece todas

as noites, até que levada pela curiosidade, ela fica um dia recostada ao lado da janela, e

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quando aparece a pessoa colocar o bilhete, ela abre a janela e os dois se assustam, e os dois se

afastam rapidamente. Carolina se assusta pois vê um rosto com a imagem de Jorge, mas, acha

que isso é apenas a sua mente relembrando o passado. Assim no dia seguinte aparece

novamente uma carta, porém com frases, Carolina lê, e lá estava escrito: “Amanhã à meia-

-noite no jardim. É a primeira ou a última prece de um imenso amor.”

Com curiosidade de saber quem era essa pessoa, Carolina comparece no dia seguinte,

porém para dizer-lhe que não poderia fazer isto, pois seria uma loucura, pois devia respeito à

seu marido, assim ela tem os seus lábios cerrados por um beijo, e assim, depois de instantes

eles se perdem no interior da casa. No dia sseguinte D.Maria chama Carolina para almoçar na

mesa junto à ela e o Sr. Almeida, e assim ela diz: já vou mãe, estou à espera de Jorge.

D.Maria pensa que a filha estava louca e levanta para ver a filha que então entra na

sala de braços dados à Jorge, ela então sente algo inexplicável passar em si, todas as

sensações boas lhe vieram no momento. Assim depois eles vão ao jardim novamente, e Jorge

diz que agora ele tinha nascido para uma vida nova.

E então o narrador da história diz à sua prima e ouvinte da história, que Jorge e

Carolina são os seus vizinhos, e moravam em uma fazenda, e D. Maria já estava bastante

velha, e Sr.Almeida havia ído morar na Europa, assim finalizando a história.

3.1 Definição do Enredo

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É não-linear, em um momento se volta no tempo, em lugares e memórias, para contar

o que aconteceu em determinado momento atrás como a morte de Jorge.

3.2 Personagens

O personagens protagonistas são: Jorge da Silva, um hoem que recebe uma herança de

seu pai , e a partir de então tem a vida metida em escândalos.

Carolina, jovem moça que se casa com Jorge e assim formando o casal pelo qual a

história é feita.

Sr. Almeida, negociante que cuida de Jorge, e o auxilia e ajuda no desfecho da

história.

Além deles, há também os secundários que são: Dona Maria, mãe de Carolina.

Pai de Jorge, um negociante bem sucedido que não tem o nome citado no livro.

Exemplos: “os trabalhadores que iam chegando encontraram um cadáver mutilado e

a carta de Jorge”. Página 26.

“Carolina trocava suas vestes de noiva por esse vestido preto que nunca mais deixou”.

Página 26.

“Admira-o? perguntou o Sr. Almeida”. Página 4.

“A boa Dona Maria já está bastante velha”. Página 33.

“em que decerto há de ter ouvidofalar, o filho de um negociante rico”. Página 2.

3.3 Espaço

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É real, a cidade do Rio de Janeiro é o principal cenário do livro, exceto pela viagem ao

Estados Unidos que Jorge realiza e lá fica durante dois anos. No livro os espaços são: aberto,

fechado e urbano.

Exemplos: “como já não os há talvez nessa bela cidade do Rio de Janeiro, invadida

pelos usos e costumes estrangeiros”. Página 1.

“Quando chegou dos Estados Unidos e me comunicou o que tinha feito e o que

pretendia fazer”. Página 23.

“Acompanhando o moço no seu sinistro passeio às obras da Santa Casa de

Misericórdia”. Página 24.

“A sala da casinha era simples e pequena, mas muito elegante”. Página 1.

3.4 Tempo

Cronológico, segue datas, descritas principalmente durante o casamento de Jorge e os

anos em que ficou Fora do Brasil.

Exemplo: “Cinco anos decorreram depois dos tristes acontecimentos que acabamos

de narrar”. Página 15.

3.5 Narrador

O narrador dos fatos descritos na história é observador, pois descreve todos os fatos de

uma história para a sua prima que é a ouvinte, ou seja, uma narração em terceira pessoa.

Portanto o livro se passa em 3ª pessoa com um narrador onisciente que sabe de todos os fatos

porém não participa deles.

3.6 Conflito

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Quando Jorge é considerado morto um dia depois de seu casamento assim gerando um

ponto muito importante na história.

3.7 Movimento Literário

O livro é datado de 1857, portanto o seu movimento literário no Brasil é o realismo

que tem como característica o seu poder de crítica, adotando uma objetividade que faltou ao

romantismo. verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a

realidade.

A visão subjetiva e parcial da realidade é substituída pela visão objetiva, sem

distorções. Dessa forma os realistas procuram apontar falhas talvez como modo de estimular a

mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróis, surgem

pessoas comuns, cheias de problemas e limitações.

3.8 Acordo Ortográfico

1- Tranqüilidade

2- Cor-de-rosa

3- Azul-celeste

4- Lua-de-Mel

5- Idéia

Exemplos explicativos:

1- “Não devia ter ainda cinqüenta anos, mas andava pertosentia um bem-estar, uma

tranqülidade de espírito indefinível”. Página 2.

2- “Tudo que até então lhe parecera cor-de-rosa tornou-se insípido e monótono”. Página 2.

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3- “Era um elegante gabinete forrado com um lindo papel de cor azul-celeste, tapeçado de lã

de cores mortas”. Página 11.

4- “era a estrela do seu amor, que brevemente devia transformar-se em lua-de-mel”. Página 4.

5- “quando não fosse por espírito de religiosidade excitava-o a idéia de um belo passeio a um

dos lugares mais pitorescos da cidade”. Página 2.

Como ficaria na nova regra:

1- Na palavra tranqüilo seria tranquilo no novo acordo, pois o trema deixa de existir

exceto em nomes estrangeiros.

2- Na palavra cor-de-rosa os hífens continuariam pois eles foram consagrados pelo uso.

3- Na palavra azul-celeste os hífens continuariam pois eles foram consagrados pelo uso.

4- - Na palavra lua-de-mel ela perderia os hífens pois ela perdeu a noção de composição,

assim perdendo o hífen como no novo acordo.

5- Na palavra idéia, perde o acento agudo, pois ditongos ei e oi da sílaba tônica das

palavras paroxítonas perdem ele.

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Relação histórica brasileira econômica e política com o livro a viuvínha

O livro é datado de 1857, e neste processo apresentaremos uma prévia da situação

brasileira no período antes, durante e depois de 1857.

O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II,

realizada no dia 23 de julho de 1840. Na época, o jovem imperador tinha apenas quinze anos

de idade e só conseguiu ocupar o posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem

arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais. Até então, os conservadores

dominaram o cenário político nacional, e assim consolidam o projeto conservador da elite.

Vários aspectos-econômicos, políticos e sociais marcaram essa época.

Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma

política conservadora e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas

políticas do período e o desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram

que a manobra em favor de Dom Pedro de Alcântara tivesse sustentabilidade política.

Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes

de acalmar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma

mesma classe socioeconômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos

onde a figura do imperador aparecia como um “intermediário imparcial” às disputas políticas.

Ao mesmo tempo em que se distribuíam ministérios, o rei era blindado pelos amplos direitos

do irrevogável Poder Moderador.

A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de

relativa estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna

se impôs contra a autoridade monárquica. Alguns historiadores justificam tal condição no

bom desempenho de uma economia impulsionada pela ascensão das plantações de café. No

entanto, esse bom desempenho conviveu com situações delicadas provindas de uma economia

internacional em plena mudança.

Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível

observar as primeiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico. O anseio por

mudanças parecia vir em passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com

transformações que pudessem ameaçar os seus antigos privilégios. A estranha mistura entre o

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moderno e o conservador ditou o início de uma república nascida de uma quartelada

desprovida de qualquer apoio popular.

O tráfico negreiro era sistematicamente combatido pelas grandes potências, tais como a

Inglaterra, que buscava ampliar seus mercados consumidores por aqui. A partir da segunda

metade do século XIX, movimentos abolicionistas e republicanos ensaiavam discursos e

textos favoráveis a uma economia mais dinâmica e um regime político moderno e inspirado

pela onda republicana liberal, e assim em 13/05/1888 foi realizada a Lei Áurea, que o

Ministério Conservador de João Alfredo torna livres os escravos, mas não prevê sua

integração na economia e sociedade.

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4. CONCLUSÃO

O livro foi tão emocionante quanto os outros que li sobre literatura brasileira, José de

Alencar foi um ótimo escritor, me deixou muito curioso pelo o seu livro onde consegue se

expressar muito bem com poucas palavras. Espero poder ler livros assim durante o ano,

realmente me fazem imaginar o que está acontecendo e como acontece. Valeu a pena ler. É

sempre bom ler uma ficção de vez em quando para se aventurar e se estimular, principalmente

este que nos passa uma história tão bem formulada que impressiona o leitor embora tenha sido

escrita a tanto tempo.

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Anexos

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REFERÊNCIAS

http://www.e-biografias.net/biografias/jose_alencar.php

http://www.livrariamelhoramentos.com.br/Guia_Reforma_Ortografica_Melhoramentos.pdf

http://www.colegioweb.com.br/literatura/caracteristica-do-realismo-naturalismo.html

História Geral/ Antonio Pedro, Florival Cáceres. 2ª edição –São Paulo: Ed. Moderna 1982.

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