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ERMESINDE N.º 889 ANO LII/LIV 30 de janeiro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE 50 ANOS – MAIS DE 800 NÚMEROS MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE “A Voz de Ermesinde” na Internet: http://www.avozdeermesinde.com/ BASQUETEBOL CPN é campeão distrital de júniores e cadetes femininos Pág. 3 A VOZ DE ERMESINDE Passa a ser de publicação mensal em papel e surge agora quatro vezes por mês na net Pág. 3 CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO Inquéritos disciplinares constituíram motivo de debate Pág. 4 MÚSICA Entrevista com o jovem músico ermresindense Jorge Simões Pág. 9 EDUCAÇÃO Projeto Comenius leva alunos da Secundária de Ermesinde à Turquia Pág. 10 Tomadas de posse dos corpos sociais da Casa do Povo, Bombeiros e e Associação Académica de Ermesinde Pág.s 11, 12 e 13 Fósseis encontrados em Ermesinde Uma jazida de fósseis ve- getais datando provavel- mente da Era Paleozoica acaba de ser encontrada numa zona da cidade. Pág. 7

"A Voz de Ermesinde" n. 889

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Jornal "A Voz de Ermesinde" n.º 889, 30 de janeiro de 2012

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Page 1: "A Voz de Ermesinde" n. 889

30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 1

ERMESINDEN.º 889 • ANO LII/LIV 30 de janeiro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

A VOZ DEA VOZ DEERMESINDE50 ANOS – MAIS DE 800 NÚMEROS M E N S Á R I O

TAXA PAGAPORTUGAL

4440 VALONGO

DESTAQUE“A Voz de Ermesinde” na Internet: http://www.avozdeermesinde.com/

BASQUETEBOLCPN é campeãodistritalde júniorese cadetesfemininos

Pág. 3

A VOZ DE ERMESINDEPassa a serde publicaçãomensal em papele surge agoraquatro vezespor mês na net

Pág. 3

CÂMARA MUNICIPALDE VALONGOInquéritosdisciplinaresconstituírammotivode debate

Pág. 4MÚSICAEntrevistacom o jovemmúsicoermresindenseJorge Simões

Pág. 9

EDUCAÇÃOProjeto Comeniusleva alunosda Secundáriade Ermesindeà Turquia

Pág. 10

Tomadas de possedos corpos sociaisda Casa do Povo,Bombeiros ee AssociaçãoAcadémicade Ermesinde

Pág.s 11, 12 e 13

Fósseis encontradosem Ermesinde

Uma jazida de fósseis ve-getais datando provavel-mente da Era Paleozoicaacaba de ser encontradanuma zona da cidade. Pág. 7

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2 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Destaque

O dia 27 de janeiro é a data instituída pela ONU como DiaInternacional de Comemoração em Memória das Vítimas doHolocausto.

A data escolhida assinala o dia em que as tropas soviéti-cas, em 1945, libertaram os prisioneiros do campo de concen-tração e extermínio de Auschwitz, na Polónia.

É nosso dever fazer este exercício de memória para queacontecimentos como estes não fiquem adormecidos ou sediluam no tempo. Refletir sobre o Holocausto é um avivar damemória para muitas das atrocidades dos nossos dias.

Para que os estudantes de todo o mundo possam aprendermais sobre o Holocausto foi criada uma nova ferramenta educa-cional “online”que se chama IWitness e foi produzida pela Fun-dação Shoah e a Universidade da Califórnia do Sul. Professo-res e alunos têm agora acesso a depoimentos em vídeo demais de mil testemunhos do Holocausto a partir do arquivo doinstituto de quase 52 mil gravações.

Hoje as redes sociais também nos alertam para muitos acon-tecimentos e comemorações, com imaginação e, por vezes,com muita sensibilidade – é o caso das imagens e dos textosque circularam entre nós a propósito do dia27 de janeiro. Desses textos escolhi umpoema de Bertold Brecht:

Primeiro levaram os negrosMas não me importei com issoEu não sou negro

Em seguida levaram alguns operáriosMas não me importei com issoEu também não sou operário

Depois prenderam os miseráveisMas não me importei com issoPorque eu não sou miserável

Depois agarraram unsDesempregadosMas como tenho meu empregoTambém não me importei

Agora estão a levar-meMas já é tardeComo eu não me importei comNinguémNinguém se importa comigo

Bertold Brechet (1898-1956)

FERNANDA LAGEDIRETORA

Sem memórianão teremos futuro

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ITO

RIA

L

O jornal “A Voz de Ermesinde” também se associa a estascomemorações, lembrando a mensagem do secretário-geral dasNações Unidas, Ban ki-moon:

«Um milhão e meio de crianças judaicas pereceram noHolocausto, vítimas de perseguições pelos Nazis e seusapoiantes.

Dezenas de milhares de outras crianças foram também as-sassinadas, incluindo portadoras de deficiência, assim comode etnia Roma e Sinti.

Todos eles foram vítimas de uma ideologia carregada deódio que os catalogou de “inferiores”.

Este ano o Dia Internacional de Comemoração em Memó-ria das Vítimas do Holocausto é dedicado às crianças, meni-nas e meninos que tiveram de enfrentar o terror e o mal.

Muitos ficaram órfãos por causa da guerra ou foram arran-cados às suas famílias.

Muitos morreram de fome, doença ou às mãos dos seustorturadores.

Nunca saberemos o contributo que estas crianças poderi-am ter dado ao nosso mundo.

E entre os sobreviventes, muitos fica-ram demasiado traumatizados para con-tar o que lhes aconteceu.

Hoje procuramos dar voz a essas his-tórias.

É por isso que as Nações Unidas con-tinuam a ensinar os ensinamentos univer-sais que nos deixou o Holocausto.

É por isso que lutamos para promoveros Direitos e aspirações das crianças, to-dos os dias e em toda a parte do mundo.

E é por isso que continuaremos a ins-pirar-nos pelo exemplo de grandeshumanistas como Raoul Wallenberg, dequem se celebra este ano o centenário doseu nascimento.

Hoje, ao recordarmos todos aquelesque perderam as suas vidas durante oHolocausto, novos, velhos e de todas asidades, faço um apelo a todas as naçõespara que protejam os mais vulneráveis, in-dependentemente da sua raça, cor, género

ou crença religiosa.As crianças são particularmente vulneráveis às piores ações

da humanidade.Devemos mostrar-lhes o melhor que este mundo tem para

oferecer».

Holocausto,Museu deJeruslém.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

Ao contrário da Redação de “A Voz de Ermesinde”maioria dos leitores manifestou-se em inquéritoonline contra o novo acordo ortográfico

A edição online de “A Vozde Ermesinde” lançou emjunho de 2011 um inquéritoonline pedindo aos seus lei-tores uma opinião acerca donovo Acordo Ortográfico.

Encerrado em finais doano, os resultados do inqu-érito não podiam ser maisevidentes, com uma claramaioria a manifestar-se con-tra o Acordo.

De facto, a distribuição

das respostas entre as vári-as hipóteses à pergunta:“Qual a sua opinião acercado Acordo Ortográfico?”(cujas opções de respostaeram “contra”, “a favor”,“venha o diabo e escolha” e“não sabe, é preciso maisdebate”) concluiu-se poruma maioria claríssima de69% a escolher a resposta“contra”, sendo apenas15% “a favor”, 11% tendo

optado pela resposta “ve-nha o diabo e escolha” e 3%considerado que não sabia,era preciso mais debate.

A opção contráriaà da Redação

Ao contrário da inclinaçãoda maioria dos leitores, a Re-dação de “A Voz de Ermesin-de”, depois de um processoalargado de debate em que so-

licitou os argumentos dos nos-sos colaboradores e dos nos-sos leitores, acabou por con-cluir, após discussão, favora-velmente à introdução do novoacordo ortográfico, tendo vin-do a adotá-lo após o 25 de abrildo ano transato, marcandotambém com essa data a im-portância que atribuímos aoassunto. Tudo isso ficou bemexpresso nas páginas que en-tão dedicámos a esta questão:

http://www.avozdeerme-sinde.com/noticia.asp?idEdi-cao=211&id=6995&idSec-c a o = 2 2 0 9 & A c t i o n = ,publicadas no nosso núme-ro de 15 de abril de 2011.

Ponto da situação

Estamos, aliás em crer,que após um período de es-tranheza por parte dos leito-res, a adoção entretanto mais

generalizada aos órgãos decomunicação social, ao mer-cado da edição e aos con-textos escolares, já permiti-ria hoje, ao mesmo inquéri-to, apurar resultados dife-rentes dos então registados.Mas não manipulamos aconclusão e ela é esta e foióbvia: a maioria dos leitorespronunciou-se então no in-quérito desfavoravelmenteao acordo ortográfico.

Jornal “A Voz de Ermesinde” passaa publicação mensal em papele a ter uma edição semanal na net

Mercê da situação finan-ceira atual desfavorável, eque afeta as contas do jor-nal “A Voz de Ermesinde” eda sua entidade proprietá-ria, o Centro Social de Er-mesinde, decidiu a Direçãodesta IPSS tomar um con-junto de medidas de gestãoem relação ao jornal, e quese traduzem, entre outras,pela mudança de tipografia– o jornal passa, a partir des-te número, a ser impressopela empresa do “Diário doMinho” – , e a passar a peri-odicidade da sua publica-ção em papel de bimensalpara mensal.

Esta decisão, que temconsequências já a partirdesta primeira edição de2012, forçou o jornal “A Vozde Ermesinde” a estar au-sente das bancas no passa-do dia 15 de janeiro, tradu-zindo-se igualmente tal fac-to numa demora inesperadapara muitos dos nossos as-

sinantes, a quem, por taismotivos apresentamos des-culpa, rogando, contudo,compreensão pela situaçãoocorrida, já que não foi pos-sível, com a antecedênciadesejável, confirmar-lhes es-ta situação.

Naturalmente que osnossos anteriores assinan-tes não serão de forma algu-ma prejudicados com estadecisão, valendo as suas as-sinaturas para os mesmos 24números por que tinham fei-to a sua assinatura.

Esta é atualizada, passan-do a assinatura anual de 12para 9 euros (mas agora ape-nas 12 números por ano).´

Também o preço de capado jornal passa para 1 euro.

Medidastomadaspela Redação

Tendo entretanto confir-mado junto da entidade res-

ponsável pelo layout e es-paço de armazenamentoonline – a Dom Digital –, nãohaver nenhum agravamentoorçamental pelo reforço dapublicação online, decidiu “AVoz de Ermesinde”, no sen-tido de minimizar esta sua mai-or ausência junto dos leito-res, passar a publicar uma edi-ção online praticamente se-manal, a que se juntará umamaior presença na rubrica dasnotícias de última hora.

A edição mensal em pa-pel deverá ser publicada nofinal de cada mês, mantendode forma geral as suas rubri-cas anteriores, mas servin-do de publicação sobretudoàs notícias mais importantes– sobretudo as que forem dedata mais recente e ainda nãotenham sido publicadas naedição online ou aquelasque, pela sua relevância,mesmo já publicadas na net,mereçam ainda ser registadasna edição em papel.

Ao lado desta secçãonoticiosa, manter-se-ão tam-bém as colunas dos especia-listas e cronistas de “A Vozde Ermesinde”, mantendo-seainda a sua área de magazi-ne, na parte final de cada edi-ção em papel.

Por sua vez, a publicaçãoda edição online de “A Vozde Ermesinde”, além de no-tícias de última hora, manteráuma cadência de quatro nú-meros por mês, a sair sensi-velmente aos dias 7, 15, 22 e30, com os naturais acertosquando tais datas coincidiremcom os fins de semana ou poroutras razões de maior.

A primeira destas ediçõessemanais (do dia 25) já foi,entretanto publicada.

Aspetospositivospotenciais

Dado que a pré-produçãodo jornal em papel é grande

consumidora de recursos detempo (programação, pagina-ção, tratamento de imagem),é expectável que a Redaçãode “A Voz de Ermesinde”possa, mesmo com a produ-ção de quatro jornais por mêsna net (ao contrário dos doisque eram produzidos até a-

qui) vir a ganhar algum tem-po – o que falta pôr à prova,claro! –, que esperamos pos-sa vir a garantir uma maior emais visível presença da áreade reportagem nas ediçõesfuturas do jornal “A Voz dede Ermesinde”, sobretudona edição em papel.

Participe no Fórum onlinede “A Voz de Ermesinde”.

E argumente em vez de agredir.

Acha que é capaz?

Não se esqueça de pôr em diaa sua assinatura

de “A Voz de Ermesinde”.

Pode fazê-lo por vale postal, chequeou transferência bancária.

Informe-se: 22 974 7194

Page 4: "A Voz de Ermesinde" n. 889

4 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Destaque

José Manuel Ribeiroapresenta a suacandidatura…a presidente daCâmara de Valongo

LC

O atual líder socialistaconcelhio, José Manuel Ri-beiro, acaba de agitar aságuas da estrutura local dopartido ao enviar, recente-mente, uma carta aos militan-tes a convidá-los para a par-ticipação na sessão públicade apresentação da suarecandidatura à Presidênciada Comissão Política Con-celhia do PS/Valongo, a reali-zar no próximo dia 11 de fe-vereiro, às 15h30, no FórumVallis Longus, candidaturaessa avançada no pressu-posto de que o titular do prin-cipal cargo dirigente daConcelhia socialista serátambém o líder da próximacandidatura autárquica à pre-sidência da Câmara Munici-pal de Valongo.

Apresentando o atual PSconcelhio como uma estru-tura «transparente, que re-úne com regularidade todosos seus órgãos, que prepa-ra sempre as suas posições

políticas e que as explicaaos cidadãos, que está pre-parado para o debate e de-cisão sobre todas as maté-rias relativas à governaçãolocal, do interminável pro-cesso de revisão do PlanoDirector Municipal, ao de-sastroso dossier do sanea-mento financeiro do muni-cípio, passando pelas con-cessões municipais deágua, saneamento e par-queamento bem como pelareorganização do funciona-mento interno da autar-quia», José Manuel Ribeirocoloca o Partido Socialistacomo uma alternativa degovernação autárquica emrelação ao PSD, criticadoquer por «falta de seguran-ça nas opções de gestão,quer pela incapacidade evulnerabilidade do municí-pio para a melhor gestão dointeresse público».

O autarca (líder do Gru-po Parlamentar do PartidoSocialista na Assembleia Mu-nicipal de Valongo e porta-

voz dos Grupos Socialistasna Assembleia Metropolita-na do Porto), aponta ainda noseu documento que «o mo-mento que atravessamos emValongo exige de nós socia-listas, de todos sem excepção,muita atenção e sentido deresponsabilidade, sobretudoporque não podemos cair naarmadilha de nos deixarmosenvolver, aos olhos de todos,num processo perigoso depromiscuidades no funciona-mento do município, o queacontecerá com elevada pro-babilidade, se continuarmosa alimentar dinâmicas de ge-ometria variável, ora votan-do com uns ora votando comoutros, em nome de peque-nos ganhos que comprome-tem qualquer hipótese de es-tratégia global».

José Manuel Ribeiro, ins-tado pelo jornal “A Voz deErmesinde” a esclarecer osentido desta sua última afir-mação, que eventualmentedeixava dúvidas sobre o ba-lanço da ação do PS na Câ-

mara, recusou taxativamentetratar-se aqui de alguma críti-ca à própria vereação socia-lista, tendo considerado, pelocontrário, de «impecável» e«excelente» o relacionamen-to entre a direção concelhia eos vereadores do PS.

Declarando não quereralimentar «por atos ou omis-sões, tal quadro pantanoso»,o atual líder da Concelhiaapresenta-se desde já comoo potencial candidato do par-tido à presidência da CâmaraMuniciupal de Valongo em2013, propondo que tal esco-lha seja feita no partido atra-vés de «um debate sério, de-mocrático e esclarecedor, eque respeite a salutar diferen-

Reclamando-se da fron-talidade em se assumir nosmomentos decisivos, JoséManuel Ribeiro consideraque um politico «não se podeesconder atrás de ninguém,nem do calculismo dos cami-nhos fáceis», apresentandodepois o seu curriculum po-lítico e profissional para fun-damentar assim o acerto eforça da sua candidatura.

Disponível paraeventual acordocom outrasforças políticas

Finalmente, avançando oalcance possível da oposiçãoà política das forças em maio-ria atualmente na Câmara, José

Manuel Ribeiro aponta aindaao partido o caminho de estepoder liderar um processoaberto «a novas ideias e anovos atores, incluindo ou-tras forças políticas (…) ondetodos cabem e todos são bemvindos».

Tentando aclarar tambémeste ponto com o presidentedo PS Valongo, este esclare-ceu a sua abertura a poderreunir num único processo decandidatura – desde que paraisso não haja condições po-líticas que o impeçam –, to-das as forças políticas doconcelho, sem exceção, in-cluindo as representadas naAssembleia Municipal, parauma solução alternativa àatual maioria municipal.

FOTO ARQUIVO URSULA ZANGGER

ça de opiniões».

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •

Inquéritos disciplinares a funcionáriosconstituíram principal motivo de debate

LC

Foi uma reunião muitobreve a da sessão da CâmaraMunicipal do passado dia 26de janeiro.

Com todos os pontos daOrdem de Trabalhos ligadosao Planeamento e Gestão Ur-banística a serem aprovadospor unanimidade, a única ques-tão patente naquela a gerardiscussão foi a da proposta doDepartamento Financeiro dedesafetação de uma área dodomínio público, com 51metros quadrados, sita na RuaGil Vicente, em Valongo, pro-posta esta que, na ausência dequalquer fundamentação, le-vou a Coragem de Mudar asolicitar que fosse retirada daOrdem de Trabalhos para quefosse suprida essa lacuna, o

O assunto que acabou porabsorver uma maior discussãoentre os vereadores foi o dosinquéritos a dois funcionári-os, se bem que no final da reu-nião, uma outra questão ocor-rida nos mereça um breve co-mentário.

Maria Trindade Vale come-çou por anunciar a disponibi-lidade da Câmara no apoio aopreenchimento do requerimen-to de isenção das taxas mode-radoras a quem tal necessitas-se. E Maria José Azevedo acolocar, mais uma vez, a ques-tão da desocupação do Edifí-cio Faria Sampaio, a degradar-se e sem dar qualquer uso ao«enorme parque subterrâneoque lá existe».

Questão a que João PauloBaltazar responderia conside-rando a preocupação muitojustificada e apontando os

esforços da Câmara para resol-ver essa questão. A intenção éque, «no final do ano, se passea ocupar mais de um piso».

Mas a questão mais discu-tida haveria de ser a colocadapor Pedro Panzina, sobre osinquéritos levantados a duasaltas funcionárias da CâmaraMunicipal, da Divisão de Re-cursos Humanos e BibliotecaMunicipal, o que o presidenteda Câmara, Fernando Melo vi-ria a confirmar: «Foram levan-tados processos de inquérito àchefe da Divisão de RecursosHumanos e à coordenadora daBiblioteca Municipal».

O vereador da Coragem deMudar insistia em saber por-menores do andamento do pri-meiro caso, relativo a Isabel O-liveira, manifestando a vonta-de dos dois vereadores da Co-ragem de Mudar em serem ou-

vidos nesse inquérito. Quan-to ao segundo, Pedro Panzinadesejava apurar os motivos daatribuição da qualificação detécnico superior a uma funcio-nária (Isaura Marinho) que, se-gundo tudo indicava, não te-ria qualificação académica queo permitisse.

Fernando Melo esclarece-ria que quanto ao cargo decoordenadora da BibliotecaMunicipal tal não era exigido eque a responsável estaria a fa-zer um bom trabalho.

O autarca esclareceu ain-da que tudo se deveria a umaquestão de expetativa de equi-valência em cadeiras acadé-micas, que vieram depois agorar-se, explicação essa quenão viria a ser considerada su-ficiente por Pedro Panzina, queinsistia na tese da usurpação

que foi aceite.

No final da reunião, Ce-lestino Neves pretendia usarda palavra no período destina-do ao público, só que, tantoquanto parece, o atual regi-mento subscrito por todas asforças políticas com assentona Câmara só prevê uma reu-nião mensal aberta ao público.

A nosso ver, a situaçãomerece três reparos, primeiro a

forma incorreta como o mu-nícipe foi interpelado pelosvereadores da maioria, segun-do o silêncio da minoria na Câ-mara quanto ao assunto, eterceiro, o nosso comentá-rio de que com regras restri-tivas como esta, de facto oPoder Local não se prestigiae mostra que se quer acimados seus munícipes.de um título indevido.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 5

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •

Investimento da Jerónimo Martins em Alfenaainda longe de um consenso na Câmara

A abertura do Partido Socialista para reanalisar o investimento daJerónimo Martins em Alfena foi a grande novidade da sessão camaráriado passado dia 19 de janeiro, quando o PS se distanciou da posição daCoragem de Mudar relativamente a este assunto, voltando a aproximar-se do PSD, no que respeita à análise das condições do investimentoque o gigante da distribuição se proporia levar a cabo em Alfena.

Não tendo os pontos agendados da Ordem de Trabalhos um interes-se por aí além, toda a atenção acabou por recair numa proposta daCoragem de Mudar pretendendo clarificar uma anterior votaçãocamarária, na qual se rejeitou o envio de um relatório favorável daCâmara a uma alteração pontual do PDM no terreno em causa, cujasoperações de compra e venda têm estado sob forte polémica e sidoobjeto inclusiva de suspeita criminal.

A Coragem de Mudar pretendia que a Câmara considerasse formal-mente indeferido o pedido de alteração pontual ao PDM.

LC

Uma situação de eventual favo-recimento no recrutamento pela Câma-ra Municipal de Valongo da ex-nora deFernando Melo, ainda antes da ques-tão de Alfena, motivou a primeira in-tervenção crítica de Pedro Panzina (Co-ragem de Mudar), que considerou a «si-tuação confrangedora» e a existênciade uma «embrulhada», que tambémapontou como «suficientemente gra-ve». É que a chefe de divisão chamadaa dar explicações em reunião anteriorda Câmara teria apontado para a exis-tência de um relatório de avaliação que,posteriormente se veio a aclarar nãoexistir. Por esse motivo, e consideran-do que se tratava de uma «mentira rei-terada» perante o órgão municipal,Pedro Panzina propôs a instauraçãode um processo disciplinar «pela vio-lação do dever de lealdade», tendo apósinsistência sua, o Executivo e FernandoMelo aceite avançar num inquérito vi-sando a instauração do tal processodisciplinar. Fernando Melo esboçariaainda uma intervenção visando afastara suspeita do caso, ao dizer que à altu-ra da sua contratação, a sua ex-nora seencontrar já na situação de divorciada.

FOTO URSULA ZANGGER

Seguiu-se de imediato a questão quen-te da reunião, introduzida por Maria JoséAzevedo. A vereadora da Coragem deMudar começou por apontar a estranhasituação de um anúncio de abertura deconsulta pública ao PDM de Valongo nojornal “O Verdadeiro Olhar”, insistindona necessidade de qualquer anúncio des-te género dever ser feito num órgão deinformação de grande tiragem e circula-ção no concelho, como por exemplo o“Jornal de Notícias”. Situação que consi-derou de «falta de profissionalismo e ne-gligência, para já não falar doutras situa-ções». Consulta pública que afinal acaba-ria por não ser decidida em face da recusada maioria camarária em enviar o relató-rio relativo à alteração pontual do PDM.

De seguida a mesma vereadora in-terrogou a maioria laranja do Executivosobre se, de facto, a Jerónimo Martinstinha convidado a Câmara de Valongopara uma reunião sobre o investimentoa realizar em Alfena, esclarecendo ovicepresidente da Câmara João PauloBaltazar que aquela empresa tinha, defacto, proposto uma reunião a decor-rer de forma a que se pudesse visitarum empreendimento análogo àquele quea aempresa aqui quer realizar, situadonos arredores de Lisboa, solicitando à

Câmara que ajudasse a explicar o proje-to às várias forças políticas, tendo esseconvite sido direcionado para aAssembleia Municipal de Valongo.

Maria José Azevedo considerou aproposta como não aceitável, quer por jáantes se ter realizado uma reunião com ogrupo Novimoveste, quer por não fazersentido o deslocamento a Lisboa quandoo investimento era para ser feito no con-celho de Valongo, reunião esta ainda paramais sem uma proposta de agenda.

Declarando depois não estar a Cora-gem de Mudar contra os investimentosno concelho, antes pelo contrário, deve-ria contudo a Câmara ser proativa e nãoreativa, o que, como depois acrescenta-ria Pedro Panzina – o outro vereador daCoragem de Mudar – podia colocar omunicípio como instrumento de ganhosespeculativos, que existem no caso pre-sente, independentemente ou não das«questões de polícia que possa haver».

E assim, no sentido de clarificar aposição da Câmara sobre o referidoinvestimento, apresentou uma propos-ta de resolução, para ser votada pontoa ponto, sobre a referida situação, pro-posta esta que no essencial defendia:

«A. Considerar que o procedimen-to de alteração pontual do PDM que

foi requerido pela Novimoveste foi porsi indeferido.

B. Comunicar ao requerente, para to-dos os efeitos e com todas as conse-quências legais, a decisão de indeferimento.

C. Dar a conhecer à equipa que leva acabo a revisão do PDM que deve manterna situação de não resolvida a questão daeventual localização, junto ao designadonó de Transleça da auto-estrada A 41 e daEM 606, de zonas empresariais.

D. Instar o Senhor Presidente a ini-ciar, com urgência, a procura de terre-nos, nomeadamente na Zona Industrialde Campo, que tenham as característi-cas dimensionais que comportem umaplataforma logística como a que é refe-rida ser do interesse do Grupo JerónimoMartins, ainda que possam não ter acapacidade construtiva desejada.

E. Que todas as iniciativas nestesentido sejam permanentemente dadasa conhecer a todo os membros da Câ-mara Municipal.

F. Que seja agendada com brevida-de uma reunião da Câmara que tenhapor objeto a discussão do que deve sero novo paradigma da intervenção muni-cipal em matéria da criação futura denovas “zonas empresariais”».

João Paulo Baltazar contestou vá-

rios pontos da proposta de resolução,apontando o interesse de um empre-endimento que permitiria criar muitospostos de trabalho, e isto em condi-ções muito mais favoráveis que, porexemplo, o investimento da IKEA emPaços de Ferreira.

Também a vereadora da maioriasocial-democrata Maria Trindade Valeconsiderou que «a situação social“obrigava” a que o investimento vies-se para o concelho.

O socialista José Luís Catarinodefendeu então como positiva a possi-bilidade de os autarcas valonguensespoderem ir ver in loco um investimen-to que era de interesse para o concelho,posição mais tarde reforçada pelo tam-bém socialista José Miranda, que de-clarou que havia uma fase, até á reuniãode 15 de dezembro, e outra a partir daíe que o PS, ao aceitar a proposta daJerónimo Martins, queria cortar de vezcom um assunto que até aqui era sus-peito, mas que não deveria sê-lo mais.

Passando-se à votação foram ospontos A e D rejeitados com os votoscontra do PSD e a abstenção do PS,sendo o ponto B retirado. O pontos C,E e F foram, por seu lado, aprovadospor unanimidade.

Destaque

«Coragem de Mudar defende investimentomas rejeita especulação imobiliária em Alfena»

Reagindo às decisões tomadasna última sessão camarária, a Co-ragem de Mudar tornou públicauma posição na qual defende:

«Os vereadores da Coragem deMudar, Maria José Azevedo e Pe-dro Panzina, manifestaram (...),durante a reunião da Câmara deValongo, o compromisso destaforça política com a atração de in-vestimento para concelho, rejeitan-do negócios como o do terreno nafreguesia de Alfena, comprado por4 milhões de euros e vendido, nomesmo dia, por 20 milhões».

Comentando depois as posi-ções das duas outras forças políti-cas com assento na Câmara sobre

este assunto, criticadas por falta de cla-reza, o mesmo documento afirma:

«PSD e PS preferiram não clarifi-car a posição tomada relativamente aeste estranho caso.

Maria Jósé Azevedo e Pedro Pan-zina, através de uma proposta de re-solução apresentada na reunião (...),deixaram bem vincado que a captaçãodo investimento deve ter por base umapolítica estratégica concelhia, defini-da pela edilidade, e nunca os interes-ses particulares consubstanciados emprojectos que mais parecem fatos fei-tos por medida.

A resolução apresentada (...) vi-sou esclarecer a situação do referidoterreno. Depois de a Câmara, através

dos votos dos vereadores da Coragemde Mudar e dos autarcas do PS, terrejeitado o Relatório de Ponderação re-ferente à alteração pontual ao PDMque viabilizaria a instalação de umaplataforma logística no terreno alvo deespeculação, a Coragem de Mudar pro-pôs (...) a clarificação da decisão. Nes-se sentido, Maria José Azevedo e PedroPanzina propuseram que a Câmaraconsiderasse indeferido o pedido dealteração pontual ao PDM.

Porque entendem que o investi-mento privado é fundamental para odesenvolvimento mas que deve serconseguido de acordo com um planoestratégico delineado pela autarquia, osvereadores da Coragem de Mudar ins-

taram o presidente da Câmara a pro-curar terrenos alternativos, na ZonaIndustrial de Campo, para instalaçãoda plataforma logística que o GrupoJerónimo Martins alegadamente pre-tende criar no concelho de Valongo.

A resolução apresentada pelos ele-mentos da Coragem de Mudar (...) foivotada ponto por ponto, acabandopor ser rejeitadas, com os votos con-tra do PSD e a abstenção complacentedo PS, as alíneas que clarificavam a po-sição do Executivo face ao negócioespeculativo (...)».

Os vereadores da Coragem deMudar informaram ainda «que não es-tarão presentes na reunião e no almo-ço que se realizarão (...) em Lisboa,

com representantes do grupoJerónimo Martins. A decisão tempor base o facto de os vereadoresnão terem sido formalmente con-vidados, mas também está relacio-nada com a ausência de uma ordemde trabalhos definida à partida ecom a realização do encontro emLisboa, quando os assuntos a se-rem tratados, supostamente, terãoa ver com Valongo. O líder do gru-po da Coragem de Mudar naAssembleia Municipal, João Cas-tro Neves, apesar de convidadopara o encontro, também não esta-rá presente, pelas mesmas razõessubstantivas aduzidas pelos vere-adores» da Coragem de Mudar.

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6 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Destaque

Sessão ermesindense (descentralizada)fez levantamento das mazelas da cidade

A última sessão da Assembleia Munici-pal de Valongo, realizada no passado dia28 de dezembro, teve um aliciante espe-cial para os ermesindenses, pois foirealizada no Fórum Cultural de Erme-sinde, de acordo com a prática desteórgão autárquico de, regularmente, tam-bém ir realizando algumas sessões des-centralizadas, rodando entre as outrasfreguesias do concelho, para além daprópria freguesia-sede.

Foi naturalmente uma excelente oca-sião para recordar alguns dos principaisproblemas da cidade, entre eles a ques-tão do mercado, as infraestruturasdesportivas, a escola secundária, a po-luição do Leça, as acessibilidades rodo-viárias e várias outras questões.

LC

Após um pequeno período de inter-venções do público, com Celestino Ne-ves a questionar questões de privacida-de (fotos de crianças no site da CMV), ea levantar a questão dos polémicos ter-renos em Transleça, anunciando que oSEPNA da GNR iria avançar com umprocesso de contraordenação, como temsido habitual em casos análogos, o presi-dente da Junta de Freguesia de Ermesinde(JFE), Luís Ramalho, fez uma pequenasaudação à Assembleia Municipal.

Seguiu-se-lhe José Manuel Ribei-ro, com uma intervenção virada para ocomentário da situação geral atual daCâmara, chamando a atenção para a osempre sem solução mercado deErmesinde, a questão das estruturasdesportivas e a situação difícil de mui-tas empresas credoras da Câmara, além

das juntas de freguesia, associações,IPSS e escolas, que esperam (e deses-peram) meses a fio.

«Confunde-se desenvolvimentocom betão», acusou, e terminou compalavras de confiança numa possívelvitória do Partido Socialista em próxi-mas eleições autárquicas.

Seguiu-se Rosa Maria Rocha, doPSD, que pôs a tónica na obra feita emErmesinde ao longo destes anos, quemudou por completo com FernandoMelo, e Vera Borges Lopes, da Cora-gem de Mudar (CM), que apontou asituação insustentável da Escola Secun-dária de Ermesinde. Sobre o assunto, oPS apresentaria uma proposta de mo-ção que, por criticar o atual Governo,não mereceu apoio do PSD, que votoucontra (11 votos). A moção foi contu-do aprovada com os votos do PS, BE eCDU (13 votos) e a abstenção da CM,

CDS e Unidos por Alfena (UPA), numtotal de 8 votos.

Adriano Ribeiro (PCP) questionousobre os terrenos para o Centro de Saú-de de Alfena, quis um ponto da situa-ção das obras na Rua Presas de Sá e,finalmente, questionou também asquestões da legalidade com os terrenosde Transleça, anunciando que o PCPtinha tomado a iniciativa de recorrer aoMinistério Público.

Apresentou, por fim, três moções,uma sobre os transportes públicos,propondo preços sociais, outra sobreoferta de transporte público, e umaterceira, de solidariedade com a posi-ção recentemente tomada, em congres-so, pela ANAFRE, sobre a questão dareorganização territorial.

Votadas no final, a moção sobre asconclusões do Congresso da ANAFREacabaria por ser aprovada por 13 votos

FOTO URSULA ZANGGER

a favor (PS mais BE mais CDU), a abs-tenção da CM, presidente da JFE eUPA, somando 8 votos, e o voto con-tra do PSD e CDS (11).

A moção sobre os transportes apreços sociais seria rejeitada com osvotos contra de CDS, PSD e UPA (13),a abstenção de deputados municipaisda CM e do PS, e o voto a favor daCDU, BE, e vários deputados do PS eda CM, num total de 11, tendo-se veri-ficado 7 abstenções, mas a moção so-bre uma melhor oferta de transportepúblico foi aprovada por unanimidade.

A CM apresentou, por sua vez,uma proposta de moção sobre ÁlvaroMendes, aprovada por unanimidade eaclamação (texto à parte).

Outra intervenção significativa foiapresentada por Cândida Bessa, do PS,que saudou especialmente o presidenteda Junta de Freguesia de Ermesinde, as

ÁLVARO MENDES VAI TER RUA COM O SEU NOME

instituições e coletividades da cidade e,ainda o jornal “A Voz de Ermesinde”.

Traçou depois um quadro da fre-guesia, do ponto de vista histórico,social e urbanístico, focando-se depoisnas suas principais reivindicações,«melhores acessos, melhores equipa-mentos escolares, uma maior mobili-dade na cidade, um novo mercado, sópara referir alguns exemplos».

Salientou o «grande e laborioso tra-balho do Centro Social de Ermesinde»,e lembrou a necessidade das acessibili-dades à A4 e A41, se possível sem por-tagens, e a efetiva despoluição do rioLeça, além do investimento «prometi-do e ainda não realizado» na EscolaSeciundária de Ermesinde.

Destaque ainda para a intervençãocrítica de Alexandre Teixeira (CDS), re-tomando intervenções anteriores suas(mobilidade elétrica, por exemplo).

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

Moção de homenagem a Álvaro MendesFoi de caráter unânime, sendo

ainda aprovada por aclamação, avotação a favor da “Moção de Ho-menagem a Álvaro Jorge FerreiraMendes” apresentada por JoséManuel Pereira do Grupo Munici-pal da Coragem de Mudar.

Pelo seu interesse e aceitaçãogeneralizada, aqui deixamos inte-gralmente, o seu teor:

«Álvaro Jorge Ferreira Men-des, recentemente falecido, é oexemplo do paradigma do cidadãoe desportista na mais elevadaaceção do termo: exemplo de dedi-cação à causa eclética ao seu Clubede sempre – o Clube de Propagan-da da Natação – que ele considera-va como a sua segunda família, ondeingressou na década de 40.

Álvaro Mendes viveu e sen-tiu, como poucos, a vida do Clube

e da Freguesia que o acolheu. Ao Con-celho de Valongo, deixou conselhos dedignidade e exemplos que consolida-ram gerações de crianças, hoje homense mulheres, para quem o Sr. Mendesprestava especial atenção, carinho eformação cívica e desportiva.

Falar de Álvaro Mendes corre-se orisco de esquecer muito mais do que oque se nos lembra dizer. É que um ho-mem destes não tem biografia oficial pos-sível. Foge aos critérios correntes, vio-lando as regras básicas dos compêndios.

Nascido a 10 de Abril de 1926, emParedes, praticou Natação, Atletismo,Basquetebol, Futebol, Ginástica Edu-cativa, Saltos em Trampolim e Volei-bol. Contudo foi no Ténis de Mesa quecomo treinador, levou o nome deErmesinde bem longe e bem alto. Con-quistou 21 Títulos Nacionais. Fez cam-peões e fez homens.

Foi dirigente da Associação de Té-nis de Mesa do Porto e da FederaçãoPortuguesa de Ténis de Mesa. Deambas é Sócio de Mérito.

Em 1991, no âmbito das Comemora-ções do 50º Aniversário do CPN, home-nageando o Homem, o Dirigente e oDesportista, a Câmara de Valongo conde-cora Álvaro Mendes com a Medalha deValor Desportivo em Prata Plaqueada aOuro, conferindo-lhe a Direção do Clubeo Título de Presidente Honorário do CPN.

Nos últimos anos da sua vida, ou-tras homenagens se lhe seguiram. ACâmara, o Concelho, a Cidade e o Clu-be prestavam o tributo ao Homem queé apenas e somente o triunfo da juven-tude que não amadurece, que resiste àerosão do tempo e às mutações cíclicasdas modas sociais e desportivas.

Neste âmbito e aproveitando a oca-sião da realização em Ermesinde, de

uma Sessão da AssembleiaMunicipal, 85 anos após oseu nascimento, o GrupoMunicipal Coragem de Mu-dar, propõe que a AssembleiaMunicipal de Valongo, na suareunião de 28 de Dezembrode 2011, delibere:

1-Prestar homenagem aÁlvaro Jorge Ferreira Men-des, através da atribuição doseu nome na Toponímia da Ci-dade de Ermesinde.

2-Atribuír a Álvaro JorgeFerreira Mendes, o nome daRua recentemente aberta eque entronca com o cruza-mento da Rua Miguel Bombarda e Ruade S. Lourenço, local junto à Casa ondeviveu.

Assembleia Municipal de Valongo,Ermesinde,

28 de Dezembro de 2011

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 7Destaque

Encontrados em Ermesindefósseis com 300 milhões de anos- património natural em risco de ser destruido!

JOSÉ MANUELPEREIRA

Localizada entre umempreendimento sociallocalizado no norte dafreguesia e uma urbani-zação próxima, a jazidaagora encontrada e po-sicionada à altitude de173 m, encontra-se emverdadeiro estado de a-bandono, não sinalizadae de livre acesso ao pú-blico. O desaterro e remo-ção de terras que tem vin-do a ser efetuado nos úl-timos tempos levaram aque, no desconhecimen-to total, se destruísse areferida jazida fossilífera,que deverá ter mais de300 milhões de anos.Constituída por um corteestratigráfico de oito me-tros de altura por cemmetros de comprimento,os fósseis recentementeaí encontrados, todoseles fetos (pteridófitas),são já uma rara descober-ta, não só quanto à suaproveniência geográfica,como pela raridade daexistência em Portugaldeste tipo de fósseis ve-getais. Na parte superiorda jazida coexiste igual-mente um conglomera-do, afloramento rochosotambém ele reportadopara o mesmo período dadescoberta assinalada(na transição do Devó-nico para o Carbonífero).Virado a sudoeste, e amenos de vinte metros doreferido afloramento – hámuito reclamada a suapreservação e valorização–, o corte estratigráfico,com evidentes e visíveis

Na tarde do passado dia 24 de dezembro, o historia-dor e patrimoniólogo José Manuel Pereira encontrouem Ermesinde vestígios de uma jazida fossilífera detipo vegetal e que remontará à Era Paleozóica. Se-gundo o investigador declarou ao jornal “A Voz deErmesinde”, trata-se «de um excelente testemunhogeológico que, situado no mesmo alinhamento noro-este-sudeste do Parque Paleozóico de Valongo,trará novas e importantes descobertas à comunida-de científica, enriquecendo mais o já valioso patrimó-nio natural do Concelho de Valongo». O texto que aseguir se publica é da sua própria autoria.

registos de mutação, denun-cia a sua contínua destruição,caso outras medidas inter-ventivas não sejam tomadasem tempo útil. Aliás, nesteconjunto de conglomerados,separados entre si por algunsmetros, um deles tem por com-panhia a cerca de três metrosuma habitação multifamiliarrecentemente construída. Aumas centenas de metros, naencosta do Monte do Poeta,virada a este, igual interven-ção das máquinas escava-doras foi já efetuada, sendopossível observar, a céu aber-to, uma longa jazida que me-rece igual atenção.

Sendo profundo conhe-cedor da História Local econsciente do valor geoló-gico e botânico em causa,contacteiu já a Câmara Mu-nicipal de Valongo e a Fa-culdade de Ciências da Uni-versidade do Porto. Nestesentido, acrescento que aárea envolvente e o localonde foi detectada a jazidafossilífera encontram-se jáalterados, em função da re-cente intervenção humana,supostamente efetuada semo devido acompanhamentoe prévio estudo geomorfo-lógico. Tal procedimento –adianto – como em muitas ou-tras situações onde os inte-resses da especulação imobi-liária ou instituições de pare-ceria público-privada estãoem causa, é prática correntequando não observados e fis-calizados pelos serviços pú-blicos competentes. Temen-do que tais atitudes continu-em impunemente a ser leva-das a cabo, não havendoqualquer intervenção pre-ventiva e em tempo oportu-no, acrescento que a forma

esventrada de tal operaçãodeterminou já a destruição dagrande maioria dos fósseis.No momento presente, torna--se impossível saber a que ní-vel estratigráfico o mesmopertenceu. (*)

Riquezageológicae fossilíferado concelho...

Encontrando-se esta áreano prolongamento da estru-tura geológica do anticlinalde Valongo, a mesma está as-sente no afloramento da Ba-cia Carbonífera do Douro,correspondendo esta a umalonga faixa compreendida naorientação noroeste-sudeste(NO-SE) numa extensão decerca de 100 km, delimitada anorte por São Pedro Fins e asul, já nas proximidades deViseu. Este afloramento, for-mado pelo Complexo xisto-grauváquico ante-ordovícicoé essencialmente constituídopor brechas resultantes demovimentos em massa debarro, xistos fossilíferos, al-ternadamente sobrepostospor sequências de conglome-rados, arenitos e carvão. Nes-ta contextualização, o conce-lho de Valongo situa-se en-tre um conjunto de retalhosplanos elevados e conserva-dos a este em rochas grani-tóides e a oeste nas cristasquartzíticas. A parte norte doconcelho, constituída por di-ferentes unidades territoriais,estende-se por níveis maisbaixos, formando parte dorelevo do litoral do noroesteportuguês. É neste enqua-dramento geomorfológico –do Silúrico, Devónico e Car-bonífero –, numa altitude

abaixo dos 200 m, no alinha-mento montanhoso onde seencontram as serras de San-ta Justa e Pias, que foramencontradas as jazidas fos-silíferas com mais de 300 mi-lhões de anos. No pontomais próximo do litoral e nosvales alveolares da depres-são de Ermesinde e Alfena,numa área predominante-mente xistosa e na conflu-ência de conjuntos de ro-chas ante-ordovícicas e ro-chas pós-skidavianas, coli-nas talhadas no Complexoxisto-grauváquico ante-or-dovícico do Paleozóico, estaárea, a baixa altitude, resul-tante de uma sucessão es-tratigráfica “camada a cama-da” formada pelo depósitode sedimentação em perío-do do Holoceno teve condi-ções propícias dadas por umclima quente e húmido quefavoreceu o habitat de umaflora endémica e autóctone,com maior relevo para o Pe-copteris e Asterophyelites.Desde o grande incêndioque, nos finais da década de70, destruiu toda a flora exis-tente dando lugar ao eu-calipto, presentemente, nes-ta área sem plantas arbus-tivas ou herbáceas, coabi-tam de forma dispersa asplantas heliófitas sobre umavegetação agreste que, pon-tualmente ladeia ora comaterros de entulhos, ora comfrequentes queimadas que oescondido local sempre vaiproporcionando.

… que deve serpreservadae valorizada

O registo fóssil tipo ve-getal apresentado em supor-te rochoso e nele conserva-do constitui para a Geologiae Paleontologia verdadeirostestemunhos na datação deoutros fósseis coexistentes,localizados e estudados,permitindo igualmente, atra-vés da estratificação, ummelhor conhecimento doseu enquadramento geo-morfológico. É, para a comu-nidade científica, mais umimportante marco no estudoda flora, a juntar já aos tra-balhos efetuados no âmbitodo Parque Paleozóico deValongo. Daqui é possíveluma melhor análise da evo-lução dos diferentes perío-dos geológicos, assim comoo ritmo de evolução dosseus organismos. As Pte-

ridófitas encontradas e cujadatação por Carbono 14 po-derá melhor identificar e va-lidar a que período perten-cem, são de três espéciesdiferentes e tamanhos diver-sos. Nos fósseis que, a olhonu, permitem melhor leitura,é possível ver o caule (ri-zomas) e as frondes (folhas)de tamanho e espécie varia-da. Os primeiros apresentamum eixo caulinar bastantehomogéneo, com diâmetrode 2mm, e os segundos va-riam entre 90 e 100mm. Des-conhecendo-se, para já, aque família e população per-tencem, embora dois delesapresentem semelhançascom o Callipteridium, Ale-thopteris e o Pecopteris via-nei e o terceiro, face ao seuverticilo com folhas cunei-formes dispostas radialmen-te, tenha alguma afinidadecom a Annularia ou Dicra-nophillum lusitanicum, osescassos indícios recolhidosparecem indicar – salvo me-lhor análise – não serem damesma espécie das três Pte-ridófitas raras protegidas noParque Paleozóico de Va-longo: Trichomanes spe-ciosum, Culcita macrocarpae Lycopodiella cernua. Aocontrário das jazidas dasSerras de Valongo, ricas emTrilobites e escassas em Pte-ridófitas, não está colocadafora de qualquer hipótese apossibilidade de vir a ser en-contrado, na mesma jazidaou nas imediações, fósseis detipo animal. Contudo, a suaprocura será bastante difícilpor ser igualmente conheci-do a sua gradual extinção nofinal deste período geológico.

Recordo ainda que emreunião do Conselho Muni-cipal do Ambiente do Muni-cípio de Valongo, realizadaem 26 de julho de 2007, en-tre outras áreas a preservare proteger, constavam «osafloramentos rochosos nosMontes da Costa», tendo ainvestigadora Maria HelenaCouto, da Faculdade de Ci-ências da Universidade doPorto referido que «é impor-tante conservar a área, por-que permite o estudo da for-mação das rochas em baci-as continentais e não é fácilencontrar rochas com aque-la idade tão bem conserva-das». Na mesma reunião adiretora de Departamento,Clara Poças, sugerira «a co-locação de sinalização ex-plicativa no local». Cinco

anos volvidos e nadatendo sido efetuado, ou-tras e pertinentes razõesdeterminam a sua rápidaintervenção e adequadaprevenção para que, sobo argumento do desco-nhecimento, os mesmosnão sejam aproveitadospara alicerces de futurosempreendimentos.

Por outro lado, co-nhecido que é o estatu-to especial da conserva-ção das jazidas fossilí-feras, nomeadamente asde origem vegetal, emface da sua raridade, ecuja maior ou menor exis-tência ainda está por es-tudar, constituem estesfósseis, um testemunhoverdadeiramente amea-çado. Impõe-se, de acor-do com a Lei do Patrimó-nio Cultural Português(Lei n.º 107//2001, de 8de Setembro, que esta-belece as bases da polí-tica e do regime de pro-teção e valorização doPatrimónio Cultural) eatendendo às DiretivasComunitárias existentes,ativar de imediato todosos meios conducentes àsalvaguarda desta áreana defesa do patrimónionatural de interesse pú-blico. A juntar à geo-diversidade que nos éapresentada pelas dife-rentes espécies de fau-na, flora, quartzíticos,conglomerados, recur-sos minerais e naturaisdas serras de Valongo,estamos perante maisuma descoberta onde opatrimónio biológico,geológico e fossilífero,juntamente com a ver-tente hidrológica, biofí-sica e geomorfológica, emmuito contribuirão para osestudos a que o Conce-lho já nos habituou desdeos primeiros trabalhosefetuados pelo geólogoinglês Daniel Sharpe (1834e 1849) e posteriormentecontinuados por NeryDelgado (1908), GonçaloSampaio (1915), João Car-rington Simões da Costa(1929), Resende Pinto(1939 e 1944), FernandoRebelo (1975) e HelenaCouto (1993).

(*) As fotos referentes aosfósseis encontrados e re-feridos neste artigo en-contram-se publicadas nana última página.

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8 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012

Confiança

Direcção Técnica:Dr.a Cláudia Raquel Fernandes Freitas

Telefone 229 710 101Rua Rodrigues de Freitas, 1442 4445 ERMESINDE

FarmáciaCAFÉ • SNACK • RESTAURANTE

GAZELAAGENTE: TOTOBOLA e TOTOLOTO

RUA 5 DE OUTUBRO, 1171 - TELEF.: 229 711 488 - 4445 ERMESINDE

Rua Joaquim Lagoa, 15 Tel./Fax 229722617 4445-482 ERMESINDE

Dir. Técnica: Ilda Rosa Costa Filipe Ramalho

Recordando a lutacontra os Holandeses no Brasil

Fez, no passado dia 23 de janeiro, 375anos, que chegava ao Recife, no entãoBrasil Holandês (ou Nova Holanda), onobre alemão João Maurício de Nassau--Siegen. Estávamos já na parte final doperíodo da União Ibérica; reinava em Por-tugal Filipe III (IV de Espanha).

os 60 anos de do-mínio Filipino (ini-ciado com a deci-são favorável dasCortes de Tomar de1581 e terminado

com o golpe militar da aristocraciaportuguesa de 1 de dezembro de1640), os 19 anos em que foi nossorei Filipe III (IV de Espanha), foramos piores para os interesses portu-gueses, com o Império Portuguêsa ser conquistado e ocupado pe-los inimigos comuns a Portugal eEspanha (unidos numa Monarquiadualista): Holandeses, Ingleses eFranceses.

Impedidos pela administraçãofilipina de comercializarem com oBrasil, os holandeses haviam ocu-pado a parte mais rica na produçãode açúcar do Nordeste Brasileiro:em 1624-1625, conquistaram S. Sal-vador, então capital do Brasil, nacapitania da Baía, aprisionando oGovernador Geral; meia dúzia deanos mais tarde, alargaram o seudomínio a Olinda e Recife, na capi-tania de Pernambuco (1630), onde

A resistência aos invasores ho-landeses far-se-ia sentir de formamais intensa a partir de 1630. Foinessa conjuntura que chegou aoBrasil holandês, mais concretamen-te ao Recife, no dia 23 de janeiro de1637, João Maurício de Nassau-Siegen, também conhecido comoConde Maurício de Nassau. Nas-ceu e morreu em terra alemã, masaos 10 anos estava em Basileia,onde estudou na universidade lo-cal, bastante influenciada pela re-

forma calvinista. Daí, por relaçõesfamiliares que tinha com residen-tes nos Países Baixos, seguiu paraa Holanda onde iniciou a sua car-reira militar, na conjuntura da Guer-ra dos 30 anos, combatendo aEspanha. Evidenciando qualidadesculturais e militares, seria convida-do pela Companhia Holandesa dasÍndias Ocidentais para ir adminis-trar o Brasil Holandês, lutando con-tra o exército luso-espanhol quetentava evitar que a Holanda au-mentasse o território que controla-va naquela região do domínio por-tuguês.

Quando Nassau aí chegou, noterritório sob o domínio da Ho-landa, haveria cerca de centena emeia de engenhos de açúcar, qua-se destruídos pela situação de guer-ra. O novo administrador tomou ini-ciativas que visaram o seu restau-ro e posterior utilização, defenden-do assim os interesses da Compa-

MANUELAUGUSTO DIAS

se manteriam até janeiro de 1654.

nhia das Índias Ocidentais que ser-via e também os seus, já que paraalém do ordenado, consideradoprincipesco, tinha ainda uma per-centagem no lucro do comércio. Onovo administrador mostrar-se-iabastante eficiente e conciliatório.

Este estado de luta quase per-manente durou cerca de 25 anos.Muitas batalhas se travaram emterra e no mar (entre a costa brasi-leira e a costa africana). Os negó-cios mais rentáveis eram o açúcar(com origem no Brasil) e o tráfegonegreiro (com origem na costa afri-cana) com destino às minas e fa-zendas quer da América Espanho-la quer da América Portuguesa.

Foi nesse período que foi con-quistada, por sua ordem, a Fortalezade S. Jorge da Mina, no Golfo daGuiné, embora não se alcançasse oresultado esperado, por terem me-nos valor económico os escravos da

O Conde Maurício de Nassauseria surpreendido pelo Golpe de1 de dezembro de 1640 que nessadata ocorrera em Lisboa e que re-presentou a separação dos doisimpérios ibéricos. A luta contra odomínio holandês intensificou-see, por outro lado, as diligências di-plomáticas também deram os seusfrutos, já que a Holanda e Portu-gal se tornavam “aliados” contraa Espanha. Mesmo assim acontrapartida que Portugal teveque pagar à Holanda foi bastanteruinosa para os cofres portugue-ses.

Nassau só seria derrotado dasua tentativa de conquistar a Baía.Afastado em 1644, a partir daí tudose conjugou para que Portugalvisse reconhecida a sua total so-berania sobre o Nordeste do Bra-sil, o que viria acontecer pelo Tra-tado de Haia, assinado em 1661,entre Portugal e a Holanda.Guiné do que os da costa angolana.

História

Quadro de Frans Post (1637), pintor holandês que acompanhou João Nassau ao Brasil. É considerado o 1.º quadro das Américas, feito por um pintor profissional

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 9Música

Entrevista com o jovem músico Jorge Simões

FILIPECERQUEIRA (*)

“A Voz de Ermesinde” (AVE) - Co-mecemos pelo presente: estás neste mo-mento a tocar com alguma banda oua solo?

Jorge Simões (JS) - Por agora es-tou a solo, dedicando-me a evoluir naguitarra para ser melhor, ficando a aguar-dar o dia em que possa voltar a um co-letivo, pois a última banda que eu tinhaformado nestes últimos tempos viu-seobrigada a parar devido a motivos pes-soais do vocalista/2º guitarrista. Esteprojeto era algo muito baseado nele eem mim, por isso sem ele torna-semuito difícil continuar de momento.Achámos por bem entre todos colocaro projeto em stand by.

AVE - Por que instrumentos eraformada a banda?

JS - Em ambas as bandas a quepertenci éramos quatro instrumen-tistas: dois guitarras, uma guitarra bai-xo e uma bateria. Os deveres de voca-lista eram partilhados por mim e pelooutro guitarrista. O nosso gosto pelamesma música que passávamos o tem-po a ouvir foi o que nos uniu em pri-meiro lugar para formar as bandas.

AVE - Sentes-te mais realizado en-quanto membro de um grupo ou ex-perimentando a solo?

JS - Enquanto se está num proje-to a solo tem-se mais controlo daquiloque se faz, é tudo à nossa maneira, te-mos mais manobra para experimentar,quer seja em nossa casa, a tocar porprazer, ou a tentar algo mais profissio-nal em estúdio. Já quando se está numgrupo, pelo menos para mim, aquelasensação de interagir musicalmente comoutras pessoas, debater ideias e com-por em grupo acaba por ser mais grati-ficante. É por isso que prefiro estarnuma banda.

AVE - Nas bandas onde partici-paste qual era o fio condutor, o estiloque tentavam procurar desenvolver?

JS - Uma coisa em que concordá-mos desde cedo nas duas bandas ondeestive foi que não queríamos seguir ocaminho de muitos jovens hoje em dia,que ouvem uma música da sua bandafavorita e inventam classificações enomes para o estilo que tocam, comopor exemplo “Quase Thrash MetalMelódico Satânico” (exagerando, ob-viamente). A meu ver isto é ridículo;está correto atribuir a uma banda umsubgénero dentro do estilo em que seenquadra, mas a partir daí é uma re-dundância atribuir mais nomes, por-que se não fossem essas pequenas di-ferenças todas as bandas soariam iguais.

Foi por isso que nós, quando nosjuntámos, decidimos tocar “Metal”.Agora se as músicas tendessem maispara o “Heavy” ou “Thrash” ou outracoisa qualquer logo se via, isso vinhacom a inspiração do momento em quese compunha, não era pré-requisito.

AVE - O meio musical é algo quete é familiar de há muito tempo?

JS - A música desde cedo que fazparte da minha vida. Os meus pais,quando eu era ainda muito novo, acha-ram que a educação musical podia ser

benéfica, por isso inscreveram-me numaescola particular de música. Nos diasde hoje é o gosto de compor ou acom-panhar as minhas músicas favoritas queme compelem a continuar.

AVE - Que tipo de educação paraa música recebeste nas diversas escolaspor onde andaste?

JS - Quando andei no Colégio deSanta Joana tive aulas básicas de músi-ca, em que nos ensinavam noções ele-mentares de música e a tocar flauta debisel. Na escola particular de músicaaprendi tudo o que sei de teoria musicale tive aulas de piano, o meu primeiroinstrumento foi esse. An-dei lá vários anos, mastambém já se passarammuitos outros desde essetempo, por isso a práti-ca de piano já está muitoesquecida com pena mi-nha (estou devagarinho aganhar prática nos meustempos livres) mas guar-dei todo o conhecimentode teoria, o que hoje me émuito útil.

AVE - Ou seja, a gui-tarra não é o teu primei-ro instrumento?

JS - Exactamente.Foi quando voltei aocontacto ativo com a mú-sica é que comecei a inte-ressar-me pela guitarra.Entretanto surgiu a opor-tunidade de entrar na pri-meira banda e aí tive o pa-pel de baixista. Não tinhaexperiência nenhuma noinstrumento, mas como oresto da banda também erade novatos, por assim di-zer, resolvi experimentare lá me fui safando. Quan-do esse projeto acaboufoquei-me no meu verda-deiro instrumento de elei-ção, a guitarra elétrica.Nunca tive aulas de gui-tarra, tudo o que sei fui aprendendo so-zinho, juntando os conhecimentos deteoria a muita paciência.

AVE - O que sentes quando estásimerso na tua guitarra?

JS - Tocar guitarra para mim é ummisto de relaxamento e êxtase, conformeo que esteja a tocar. Posso estar a tocaralgo mais pausado e com sentimento, oualgo mais rápido e alegre, ou até euforiaquando toco mais a “rasgar”.

AVE - Para ti, o que é uma boaguitarra?

JS - Eu tenho preferência por guitar-ras elétricas, comecei a aprender numa, nogeral gosto pela versatilidade delas. Paramim, uma boa guitarra é uma guitarra sóli-da, com grande “sustain” (tempo que umanota fica a soar desde que a tocamos) ecom um som forte. Há vários tipos de sonsde guitarra, mas os dois principais são“quente”, como por exemplo as GibsonLes Paul, típicas do Slash dos Guns ‘nRoses, ou “ríspido”, como uma FenderStratocaster, típicas de Eric Clapton.

AVE - As tuas influências musi-cais são quais? Que guitarrista te en-che as medidas?

JS - A minha primeira influênciamusical foram os Metallica. Hoje em diaretiro inspiração um pouco de todos oslados do Metal contemporâneo e dosanos 80. Não sei dizer um guitarrista emespecial que eu tenha como ídolo, masgosto bastante de alguns, como EricClapton, Joe Satriani, John Petrucci, e

muito recentemente comecei a ouvir eapreciar um guitarrista russo, VictorSmolski, da banda alemã Rage.

AVE - O teu gosto musical, nestemomento, vai em que direção?

JS - Atualmente o que mais me dágosto ouvir é Heavy Metal e ThrashMetal do final dos anos 80, e de artis-tas atuais ouço Power Metal (é um es-tilo que vai buscar inspiração aos te-mas medievais, combinando a agres-sividade do metal com a melodia demúsica mais clássica, dependendo dasbandas), e Folk Metal (que é inspiradomas músicas e instrumentos tradicio-

pela primeira vez ao vivo, somos mor-didos por um bichinho que nos pedesempre mais. Acho que o sonho dequalquer músico que inicia um projetoé chegar a um ponto em que ouve a suamúsica na rádio ou cantarolada porpessoas na rua. Mas isso já é sonharalto…

AVE – Falaste na música que passana rádio: a indústria discográfica ain-da tem um peso na divulgação artísticaou isso agora é feito noutros moldes?

JS - Nos dias de hoje acho queestamos a chegar a um ponto em que

pouca gente “compra”música. Os artistas têmduas maneiras de receberdinheiro pela sua arte:vender discos ou dar es-petáculos. Se as receitasque fazem da venda deCDs e músicas desce, ameu ver os preços das atu-ações ao vivo irá aumen-tar. Por outro lado, umapessoa tem mais facilida-de em gastar dinheiro numálbum de uma banda quan-do já a conhece e gostamesmo. Nessas ocasiões,faço questão de compraro álbum para o ter aqui naminha prateleira. Já parauma banda que não conhe-ça ou conheça pouco,nunca iria comprar o ál-bum deles nos dias emque vivemos.

AVE - Achas que oque é nacional nestemomento é bom?

JS - Ainda há o es-tigma de que só o que vemde fora é que tem qualida-de. Eu reconheço que sóapartir do momento emque comecei a interessar-me mais por todo estemovimento undergroundde bandas do Grande Por-to é que realmente me

apercebi que matéria prima para o su-cesso cá não falta. O que falta, e muito,são oportunidades. Mesmo vendo umaumento na procura de novos talentos,nem sempre essa procura é feita nosdevidos sítios, e muitos artistas que po-deriam ser os próximos embaixadoresmusicais de Portugal ficam-se pelosbares ou salas de ensaio.

AVE - Mencionaste o movimentode bandas. Do panorama de Erme-sinde, o número de bandas amadorasque se têm formado nos últimos anostem aumentado. Quais são as bandasmais conhecidas pela cidade do Por-to proveninetes deste panorama?

JS - Em Ermesinde agora temosum pouco de tudo e vários projetos dequalidade. Para nomear aqueles que euacho melhores, temos os Drype (ex-Infectious Greed) que tocam rock al-ternativo, de talento muito promissor;os Halo, que tocam também rock al-ternativo, com bastante energia e numaonda mais experimental; os Revtend,numa onda muito mais pesada, comum Thrash Metal agressivo e podero-so. Existem mais bandas, até porqueesta nova geração parece muito maisligada à música do que antes.

AVE - Ainda é preciso ir ao Portoou a net já resolve a questão da divul-gação de bandas?

J S - Hoje em dia a tecnologia veiofacilitar tudo e o mundo da música nãofoi exceção. Eu posso falar por experi-

ência própria, no início da minha pri-meira banda nós tivemos que falar commuita gente e a melhor ferramenta paranos darmos a conhecer era através dasredes sociais. Passado algum tempo,com o passa palavra e a nossa páginaonline, já eram os promotores de pe-quenos eventos e outras bandas a con-vidar-nos para irmos tocar.

AVE - A música escrita/cantada emportuguês é também algo que aprecias?

JS - Embora eu, ao compor, o façaem inglês, dou muito mérito a quem ofaça na nossa língua, pois acho-o maisdifícil de fazer. Um artista pode estara dizer a maior asneira, mas se o can-tar em inglês até soa bem. Já para ofazer em português é preciso arriscarmais. Ou então não, até pode ser umato natural, tal como a mim o é escre-ver em inglês, talvez influenciado portodas as bandas que me inspiram.

AVE - Mudando de assunto, passe-mos ao meio que te rodeia, à cidade ondevives e que te acolhe nos teus projetos.Vives há quanto tempo por cá?

JS - Vivo em Ermesinde desde quenasci, há 22 anos.

AVE - Na generalidade, que teparece Ermesinde desde essa altura?

JS - Sempre gostei de viver emErmesinde. Quando era mais novo, nãohavia tantos centros comerciais, mas ti-nha a estação quase à porta e quem viviaem Ermesinde estava a 15 minutos detodo o sítio que interessava na altura. Ul-timamente temos mais comodidades nanossa cidade, mas também tenho vistocoisas não tão boas aparecerem: há estra-das que estão constantemente ou emobras ou esburacadas; os assaltos, aindaque esporádicos, acontecem com maisfrequência do que quando eu era maisnovo. Mas fazendo as contas, Ermesindecontinua a ser uma boa cidade onde viver.

AVE - Notas mudança em algumaspeto em particular?

JS - Algo que mudou completamen-te a vida em Ermesinde foi a construçãoda nova Estação e todas as obras poste-riores. Eu lembro-me de, quando eranovo, Ermesinde ser retratada como “ci-dade-dormitório”, já que as pessoas iamtodas para o resto do grande Porto tra-balhar e só regressavam à noite. Hojeem dia a cidade está maior em termos deempregabilidade, empresarial e cultural.

AVE - Que achas da cidade emtermos ambientais e culturais?

JS - Algo de que sempre gosteiem Ermesinde foi o facto de haverregularmente eventos culturais detodo o tipo, durante o ano todo. Esteano, talvez porque não estive tão aten-to ou por culpa da crise, notei umadiminuição nos eventos. Em termosambientais confesso que quando es-tudava cá, tanto na primária como nosecundário, estava mais atento, por-que nos era comunicado tudo o queera feito na nossa cidade pelo ambi-ente. Agora, tenho notado o aumentodos ecopontos, mas fora disso nãoposso dizer mais nada.

AVE – Se tivesses o poder paramudar algo, que mudarias desde já?

JS - Já há algum tempo que se temsentido um aumento na insegurança emErmesinde, principalmente à noite. Te-nho visto um aumento de patrulhaspoliciais, mas pelo que vejo e ouço, nãoé suficiente, ou esta “nova fornalha” dedelinquentes está mais astuta. Para alémdisso gostava de ver mais atividades nonosso Parque Urbano Dr. FernandoMelo, que na maior parte do ano estávazio, o que é uma grande pena!

AVE - Que tipo de experiências játiveste em concertos ou ensaios?

JS - Os ensaios sempre foram omaior problema, bastava um dos ele-mentos estar um bocado mais distraí-do ou menos motivado para o ensaiotodo já não render nada à banda. Poroutro lado também havia alturas queem duas horas compúnhamos bastan-te material e trabalhávamos no que játínhamos. Os concertos que demostambém foram experiências que ron-daram os dois extremos: demos umavez um concerto que não podia tercorrido pior, com instrumentos a fa-lharem a meio das músicas, as colunasde palco a deixarem de funcionar, outerem-nos convidado para um eventoem que só quando chegámos lá é quepercebemos que não nos enquadráva-mos bem ali. Da mesma maneira tam-bém demos concertos em que na 2ªvez que tocávamos um refrão o públi-co já cantava connosco, o que é umasensação muito gratificante, ou sermosconvidados à última da hora para umafesta de uma terra com mais outrasbandas, a sermos muito bem pagospara uma banda como nós, a dar osprimeiros passos “fora da garagem”.

AVE - Que sonhos tens para estaatividade de músico?

JS - Esta aventura da música paramim começou, acima de tudo, comoum hobby, mas não posso negar que apartir do momento em que tocámos

nais dos países nórdicos).

FOTO ARQUIVO

Page 10: "A Voz de Ermesinde" n. 889

10 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Educação

Projeto Comenius – Viagem à Turquia

ANA MARTAFERREIRA (*)

Decorreu entre os dias 19e 24 de novembro de 2011 aviagem à Turquia de seis alu-nos da Turma I do 10º Anoda Escola Secundária deErmesinde, para dar início àfase inicial do projeto Co-menius, que foi aprovado nanossa escola, depois de vá-rios anos de interrupção.

Os alunos Alexandra Li-ma, Ana Marta Ferreira,Cristiana Ferreira, JoanaBarreleiro, Rita Reis e Ro-drigo Ramalho, acompanha-dos pelos professores Car-

los Ferreira e Rita Ramos,despediram-se de Portugalna madrugada do dia 19 denovembro rumo a [quase]uma semana de aventura,conhecimento, diversidadecultural, para além de muitas,muitas surpresas.

A escola que nos recebeusituava-se na cidade de Kö-caeli (leia-se “Kojaéli”) e tinhapouco mais de 200 alunos.Bem mais pequena que a Es-cola Secundária de Ermesinde(ESE). Fomos muito bem re-cebidos e a intensa hospitali-dade do povo turco foi umacaracterística que demora-mos muito pouco a confirmar.

Durante os dias em queos alunos e professoresportugueses, polacos, itali-anos, espanhóis e búlgarospassaram nesse país, geral-mente tão mal compreendi-do pelos “ocidentais”, que-braram mitos, destruírampreconceitos e abraçaramuma cultura completamentenova. As diferenças quemais “saltaram à vista” dosestudantes europeus foram:a língua e a gastronomia,esta última repleta de sabo-res picantes, salgados e deespeciarias praticamentenão utilizadas em Portugal.Porém, não foi só de acen-

tuadas diferenças e saboresestranhos que se fez a via-gem à Turquia: foram cons-tantes os contactos com acidade e o país. Para além dasmaravilhas naturais queKöcaeli tem para mostrar(como o lago Sapanca e asmontanhas de Kartepe), noquarto dia (22 de novembro),partimos às 9 horas da ma-nhã rumo à parte europeia dacidade de Istambul – a únicacidade do mundo situada emdois continentes – para visi-tar a famosa e imponenteHagia Sophia (Aya Sofya), aCisterna Romana, a Mesqui-ta Azul (Sultan Ahmet Camii),

bem como o antigo hipódro-mo romano. As lembrançaspara as famílias e amigos fo-ram adquiridas na rua deIstiklal, a rua mais famosa ecomercial de Istambul. Foinesse mesmo dia que pude-mos absorver mais intensa-mente toda a vasta e interes-sante cultura que a Turquiatem para nos oferecer.

Ficamos alojados indivi-dualmente em casas de famíli-as turcas, o que foi tambémum grande desafio intercul-tural: mais um em que o nossoInglês era posto à prova. Paraalém do tempo passado comos nossos amigos e anfitriões

turcos, era em Inglês que sedesenrolavam todas as con-versas, fossem elas com pola-cos, italianos e às vezes, atémesmo entre portugueses!!!

Os objetivos desta faseinicial foram cumpridos etudo correu como o previsto.Foram escolhidos os símbo-los do Projeto e foram pro-gramadas as fases seguintesde trabalho. A próxima viagemassociada ao programa Co-menius realizar-se-á em maiodo presente ano, entre os dias22 e 27, com programa e alu-nos ainda a anunciar.

(*) Aluna do 10º I da ESE

FOTOS ESE

Page 11: "A Voz de Ermesinde" n. 889

30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 11Local

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Tomada de posse dos novos corpos sociaisda Casa do Povo de Ermesinde

LC

Em cerimónia que decor-reu no passado dia 3 de janei-ro, nas suas instalações, to-maram posse os novos cor-pos sociais da Casa do Povode Ermesinde, na presença dealguma entidades autárqui-cas, como o vicepresidenteda Câmara Municipal deValongo, João Paulo Baltazar,a vereadora Maria TrindadeVale, maior responsável pelopelouro da Ação Social, e opresidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, LuísRamalho.

Compareceu também aoato solene o presidente do

Centro Social de Ermesinde,Henrique Rodrigues.

A cerimónia foi presididapor Manuel Joaquim PereiraMoutinho, presidente da Me-sa da Assembleia Geral que,na ocasião, salientou que es-te seria um triénio muito maisdifícil para a Direção, muitopor razões devidas a «práti-cas erradas recentes».

O presidente da Mesa a-crescentou: «Apesar do gri-to apelo à resistência, e façovotos sinceros que aquelesque nos governam ao menosmantenham um mínimo doEstado Social, que nos estáa fugir por entre os dedos».

E considerou ainda: «Te-

mos necessidade de preser-var os mais fracos e indefe-sos. Faço votos para que aDireção aguente o que é pos-sível para se chegar a bomporto. 2012 será um ano difí-cil, mas se conseguirmos pas-sar 2012, [os anos de] 2013 e2014 serão anos mais fáceis».

De seguida usou tambémda palavra o presidente daDireção, António FernandoVasques, que após saudar ospresentes (entre os quaisteve uma palavra especialpara o trabalho de José Ne-ves na organização da con-tabilidade da instituição),considerou que a presençade todos era «uma satisfa-

MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresidente: Manuel Joaquim Pereira Moutinho - Sócio n.º 4;Secretária: Maria Lurdes Prazeres Almeida Ribeiro - Sócia n.º 78;Secretário: Joaquim da Silva Franco - Sócio n.º 65;Suplente: Maria José Pinto Sousa Teixeira - Sócia n.º 56.

DIREÇÃOPresidente: António Fernando Vasques - Sócio n.º 7;Vicepresidente: Joaquim Jerónimo Pereira - Sócio n.º 72;Secretária: Celeste Dulce Ascensão da Silva – Sócia n.º 79;Tesoureira: Celeste de Jesus Patrício Gouveia da Rocha - Sócia n.º 83;Vogal: Maria do Rosário Rocha Botelho – Sócia n.º 63;Suplente: Manuel da Costa Coelho - Sócio n.º 67;Suplente: João Fernando da Costa Morgado – Sócio n.º 29;

CONSELHO FISCALPresidente: Abel Rodrigues Coutinho - Sócio n.º 41;Vogal: José Fernando do Amaral Pinto de Albuquerque - Sócio n.º28;Vogal: Carlos Agostinho Azeredo Almeida - Sócio n.º 3;Suplente: Maria Fernanda Gomes da Costa Queirós - Sócia n.º 12.

ção e um estímulo ao traba-lho de solidariedade», embo-ra a Casa do Povo, em termoslegais fosse classificada comouma pequena empresa, apre-sentando um quadro de pes-soal de 11 colaboradores e de-senvolvendo trabalho paravárias dezenas de utentes,além da atividade do RanchoFolclórico de Ermesinde.

Lembrando que as difi-culdades do país se refletemna Casa do Povo, AntónioVasques considerou que se-ria muito difícil manter ativi-dades sem o apoio das au-tarquias, para o que apelavaaos autarcas.

Fez depois um agradeci-

mento aos dirigentes quesaíram, destacando em espe-cial Maria Augusta Moura(ex-tesoureira).

A esta foi oferecido umramo de flores pelas colabo-radoras da Casa do Povo e ovogal do Conselho FiscalCarlos Azeredo, em aparte, fezquestão de recordar tempospassados em que, no CentroSocial de Ermesinde, terá ha-vido pessoas interessadas nocasamento das duas institui-ções, pois do ponto de vistaadministrativo a Casa do Po-vo estava muito fragilizadapor práticas descuidadas an-teriores ao 25 de Abril.

Augusta Moura terá sido

mesmo importunada nessestempos passados, pelo seuempenhamento na Casa doPovo, tendo valido então a in-tervenção de pessoas [de gran-de carácter] como Faria Sam-paio e Joaquim Teixeira e só porisso «não foi mais atacada».

O presidente da Casa doPovo de Ermesinde, AntónioVasques, avançou ainda aonosso jornal que o grandesonho deste mandato era ainstituição ter uma cozinhamaior, que pudesse permitira confeção de um maior nú-mero de refeições para dis-tribuir a mais famílias, masque, para isso, precisava doapoio da autarquia.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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Page 12: "A Voz de Ermesinde" n. 889

12 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012

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Local

Eleição e tomada de posse dos corpos gerentesda Associação Académica e Cultural de Ermesinde

MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresidente: Maria Helena Lamela Faria Sampaio Reis - Sócio n.º 6;Vicepresidente: António Joaquim Queijo Barbosa - Sócio n.º 77;Secretário: António Augusto Martins Ascensão Carvalho - Sócio n.º 4;1º Suplente: António Manuel Cerqueira Rosa - Sócio n.º 298;2º Suplente: António Júlio Teixeira de Sousa - Sócio n.º 51.

DIREÇÃOPresidente: Alberto da Silva Mateus - Sócio n.º 59;Vicepresidente: Agostinho Freire Gomes - Sócio n.º 15;Tesoureiro: José Magalhães Marques – Sócio n.º 301;Secretário: Manuel de Melo Moreira - Sócio n.º 293;Vogal: Paulo Jorge Ribeiro Moreira – Sócia n.º 543;1º Suplente: Augusto Bernardino das Neves Vieira - Sócio n.º 349;2º Suplente: Ana Maria Moreira Torres Lima – Sócia n.º 69;

CONSELHO FISCALPresidente: José Maria Barreiro Fernandes Quintanilha - Sócio n.º 413;Secretário: Maria Helena Cleto Fernandes - Sócia n.º 336;Relator: Maria Orquídea Lopes Castro Costa - Sócia n.º 5;1º Suplente: Abílio de Sousa Neto - Sócio n.º 512;2º Suplente: Artur Vaz do Nascimento Mateus - Sócia n.º 320.

AVE

Decorreu na passada sexta-feira, dia27 de janeiro, na sede da coletividade, atomada de posse dos corpos sociais daAssociação Académica e Cultural deErmesinde (AACE), eleitos para o triénio2012/2014 na Assembleia Geral realizadano passado dia 19.

Entre as cerca de 80 pessoas pre-sentes à tomada de posse, destaque parao vicepresidente da Câmara, João PauloBaltazar, o presidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, Luís Ramalho, e opároco João Peixoto, pastor da comuni-dade católica de Ermesinde. Todos elesusaram da palavra. Compareceram ain-da o presidente da Assembleia de Fre-guesia de Ermesinde, Raul Santos e vá-rios dirigentes de outras entidades locais,entre eles José Monteiro (Rotary Clu-be) e António Vasques (Casa do Povo).

Na sua intervenção, João PauloBaltazar, destacando o trabalho destaimportante associação cultural, mani-festou a disponibilidade da autarquiaem apoiar a construção do futuro edi-fício sede da Associação Académica,que deve iniciar-se neste mandato.

O presidente da Junta Luís Ramalhosalientou, por sua vez, as parceriasestabelecidas com a AACE, dentre asquais se destaca a realização da próximaedição do Enterro do João, evento dadramaturgia popular. Aliás o papel daAACE relativamente ao teatro foienaltecido pelo autarca.

O pároco João Peixoto, por sua vez,referiu que mesmo antes de vir paraErmesinde, tinha tido conhecimento doOrfeão da AACE, mas que a força destaassociação tenho feito despontar entre-tanto em Ermesinde, para além do tea-tro, o grupo de teatro, o grupo de canta-res de música popular, e todas as outrasatividades que fazem desta associaçãoum caso especial. João Peixoto usoutambém da palavra para um encora-jamento à atividades das associações,lembrando que em períodos de crise,em que as pessoas viajarão menos, seriatalvez possível que se dedicassem atémais às atividades da sua terra.

A intervençãode Alberto Mateus

Por sua vez, o reconduzido presiden-te da AACE, Alberto Mateus, depois de

agradecer a presença de todos no ato deposse e agradecer a confiança depositadana Direção para um novo mandato pelosassociados, declarou a disponibilidade esentido de responsabilidade para, mesmonum momento difícil, a associação estejaà altura dos desafios, continuando a res-ponder e a representar com dignidade acidade e o concelho, «em inúmeros en-contros culturais, quer no país, quer navizinha Galiza, em espetáculos de solida-riedade, festas populares e em concursosnacionais de âmbito diverso».

A AACE é hoje, salientou o presi-dente da Direção, «a maior associação cul-tural do município de Valongo, com cercade seis centenas de associados e cerca de200 participantes nas suas atividades,dando corpo aos seguintes grupos de in-tervenção cultural: o Orfeão de Ermesinde,o Coral Juvenil, o Grupo de Teatro “Cas-ca de Nós”, o Grupo de Fados, o Grupode Música Tradicional Portuguesa e oGrupo de Cantares “Voz Ligeira”», alémdas diversas escolas «onde são ministra-dos, desde o ensino do tradicionalcavaquinho, à escola de Música, no ensi-no da guitarra, do violino, do piano e dabateria, passando pelo ensino da dança,para todas as idades, desde as danças cri-ativas e hip hop dirigidas aos mais novos,até às danças de salão».

Alberto Mateus destacou, nestemandato, «o início dos trabalhos de

construção do edifício-sede» e a pro-moção de espetáculos dirigidos à co-munidade local, em que a AACE pro-curará «convidar outras associações,num salutar intercâmbio cultural».

A AACE pretende também «man-ter e se possível incrementar a co-orga-nização com a Câmara Municipal deValongo do Encontro Internacional deCoros da Cidade de Ermesinde, que sevem realizando anualmente desde 2009,e que representa já um marco importan-te na vida cultural da nossa cidade e doConcelho de Valongo».

Quanto ao Teatro, manterá a par-ticipação anual do Grupo de Teatro“Casca de Nós” na Mostra de TeatroAmador organizada pela Câmara, e assuas reposições no Fórum Cultural,assim como a sua participação em con-cursos nacionais organizados pelaFundação Inatel, e pela Federação Na-cional de Teatro, entre outros.

Privilegiará ainda a realização detertúlias de fado e algumas festastemáticas, nas suas instalações, desdefestas de Carnaval, Santos Popularese outros encontros culturais.

Dará atenção à “Folha Cultural”por si editada, procurando que estacorresponda a um veículo de difusãode cultura e de divulgação entre os as-sociados, das atividades desenvolvidas.

Procurará «manter e incrementar as

relações culturais com outras associaçõesde dentro e fora» do concelho, assimcomo privilegiar «as relações cordiais queesta associação sempre teve com a Câ-mara Municipal de Valongo e com a Jun-ta de Freguesia de Ermesinde».

E antes de agradecer aos que, pormotivos diversos, não se puderam man-ter na atual Direção, destacou que «na

busca de uma maior flexibilização do fun-cionamento», considerava «de relevanteimportância a manutenção das equipascoordenadoras em todas as valências,constituídas, sempre que possível, portrês elementos, que em conjunto com oelemento da Direção correspondente, edo técnico responsável», pudessem «pro-mover o desenvolvimento da mesma».

FOTOS AACEMomento da Assembleia Geral Eleitoral, a 19 de Janeiro.

Momento da cerimónia da tomada de posse, no dia 27.

FOTO MANUEL VALDREZ

Corpos sociais eleitos para o triénio 2012/2014.

Page 13: "A Voz de Ermesinde" n. 889

30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 889 • 30 de janeiro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

Campeãs,... campeãs!FOTOS CPN/BASQUETEBOL

Poucos serãoos clubes no nosso

país que poderãogabar-se de,

no espaço deuma semana,

terem alcançadodois feitos tão

significativos comoaqueles que o CPN

atingiu neste finalde janeiro. E fê-lo

através da suasecção mais

titulada ao longo daúltima década, a de

basquetebol, quetrouxe para o clubemais dois títulos decampeão distrital, o

de juniores e o decadetes (ambos navariante feminina).

Page 14: "A Voz de Ermesinde" n. 889

A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012DesportoII

NATAÇÃO

FOTOS CPN/NATAÇÃO

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Entre mais de quatro centenas de nadadoresjuvenis cepeenistas alcançaram posições de destaque

A equipa de juvenis doCPN nadou nos passados dias28 e 29 de janeiro na PiscinaMunicipal de Vila Meã, noâmbito do Torneio dos 200,competição destinada às ca-tegorias de infantis e juvenismistos. Neste evento organi-zado pela Associação de Na-tação do Norte de Portugal(ANNP) os golfinhos propa-gandistas bateram mais qua-tro recordes pessoais e alcan-çaram uma entrada no top 10.A equipa do CPN foi consti-tuída pelos nadadores Tiago

Silva e Sara Capelo (ambos nasimagens) , dois dos 402 atletas emrepresentação dos 22 clubes fili-ados na ANNP presentes no e-vento, sendo que o jovem nada-dor Tiago Silva completou os 200mlivres com o registo de 2:22.54, oque o levou a alcançar um 20º lu-gar, e nos 200m costas fazendo18º, com o tempo de 2:43.58. Noque diz respeito à atleta Sara Ca-pelo, nadou também nos 200mlivres fazendo 2:40.18, obtendonesta prova o 17º lugar, e nos 200mcostas fazendo um magnífico 7ºposto com o tempo de 2:50.57.

Empate foi o resultado possível obtido peloValongo no duro teste de Paço de Arcos

MBMBMBMBMB

O teste afigurava-sede difícil execução, masno final o mero “sufici-ente” acaba por ser umaclassificação que soubea pouco para a formaçãoda Associação Despor-tiva de Valongo, a qualno passado dia 29 se des-locou ao sempre compli-cado rinque do históri-co Paço de Arcos, emjogo alusivo à 13ª jor-nada do Campeonato Na-cional da 1ª Divisão dehóquei em patins.

Uma igualdade aquatro golos foi o resul-tado final de uma avali-ação de certa forma in-

justa para aquilo o que sepassou no terreno de jogo,onde os valonguenses fo-ram quase sempre superi-ores ao conjunto sulista.

Contudo a sorte voltoua ser madrasta dos ho-quistas do nosso concelho,a sorte e o árbitro para ser-mos mais exatos, que tudofez para que o Valongo re-gressasse ao norte comuma derrota no bolso. As-sim sendo o empate (o pri-meiro alcançado na presen-te temporada) acaba por serum resultado positivo paraa turma do nosso concelhose olharmos para tudo oque se passou no rinque.

Em relação ao filme dojogo, Miguel Viterbo abriu

o marcador a favor do Va-longo, tendo ainda antes dointervalo a bem organizadaequipa do Paço de Arcos che-gado à igualdade por inter-médio de André Pereira.

E na etapa complementarapareceu o árbitro, com umsérie de decisões que preju-dicariam a equipa visitante,a qual por três ocasiões seviu obrigada a jogar com me-nos um jogador em campoem virtude dos cartões azuismostrados.

A inferioridade numé-rica no terreno era alia-da à desvantagem no mar-cador, já que rapidamen-te o Paço de Arcos chegouao 3-1 no placard. O Va-longo lutava então contra

duas equipas, a do Paço deArcos e a de arbitragem,luta que daria os seus fru-tos com a obtenção do 2-3por intermédio de PedroMendes.

O Paço de Arcos aindaamplicou a sua vantagempara 4-2 minutos depois,mas a garra valonguenseselaria o resultado finalem 4-4, com os dois últi-mos tentos valonguenses aserem da autoria de JoãoSouto e Hugo Azevedo.

Na classificação a As-sociação Desportiva deValongo ocupa o 10º lugar,com 16 pontos, enquantoque na liderança segueisolado o Futebol ClubePorto, com 39 pontos.

Portistas que nestaderradeira ronda de ja-neiro foram ao reduto daOliveirense vencer por5-2.

Uma última notapara dizer que o campe-onato ficou mais pobreno decorrer do mês queagora finda, pois em facedos graves problemas fi-nanceiros que enfren-tam, os madeirenses doPortosantense desisti-ram da competição. E-feitos da crise...

Nota: Todos os re-sultados e classificaçõesdesta competição po-dem ser consultados nanossa edição on-line.

ErmesindeacolheCampeonatoRegionalde Light-Kick

É já no próximo dia 11de fevereiro que a Cidade deErmesinde vai acolher oCampeonato Regional deLight-kick, uma das diversasvariantes, por assim dizer,do kickboxing.

O certame vai ser leva-do a cabo conjuntamentepela Associação de Kick-boxing do Porto e pelo Clu-be Desportivo Palmilheira evai ter lugar no PavilhãoGimnodesportivo de Erme-sinde. Para além do clube daterra, o Palmilheira, a Esco-la de Kickboxing Life Com-bat (Maia) surge entre os fa-voritos à conquista do ceptro,contando para isso com doisatletas oriundos de Erme-sinde, nomeadamente FábioRibeiro e Filipe Soares.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto III

BASQUETEBOL - FASE FINAL DO CAMPEONATO DISTRITAL DE CADETES FEMININOS

BASQUETEBOL - FASE FINAL DO CAMPEONATO DISTRITAL DE JUNIORES FEMININOS

FOTO CPN/BASQUETEBOL

CPN é o novo campeão distrital de juniores!MB/CPN

As vitrinas do CPN es-tão desde o passado dia 22de janeiro mais ricas. À ca-sa do emblema de Ermesin-de chegou mais um troféuconquistado pela sua Sec-ção de Basquetebol, nestecaso o de campeão distritalde juniores femininos, re-ferente à época 2011/12. Aturma ermesindense inter-rompeu desta maneira umasequência de três títulosconsecutivos do Académicodo Porto, o combinado queà partida para a fase finalque decorreu entre os pas-sados dias 20 e 22 se apre-sentava como o principalfavorito para arrecadar peloquarto ano consecutivo oceptro distrital. E a abri-lhantar ainda mais este novofeito do basquetebol propa-gandista está não só o factodeste título ter sido conquis-tado precisamente no pavi-lhão do Académico (!), localonde decorreu a dita fase fi-nal, mas acima de tudo porter sido alcançado pela (mai-oria da) equipa de cadetes doclube de Ermesinde! Pois é,o grupo júnior foi integradomaioritariamente por atletascom idade de cadetes, queprocuravam desta forma ga-nhar mais rodagem num es-calão acima do seu, acaban-do por fazer bem mais doque isso!

Refira-se que para alémde Académico e CPN, inte-graram o quadro desta fasefinal os conjuntos do Des-portivo da Póvoa e do Coim-

brões. Foi com esta última e-quipa que as cepeenistas en-traram (no dia 20) nesta deci-são final do Campeonato Dis-trital de Juniores Femininos2011/12, conseguindo então aprimeira das três vitórias arran-cadas nesta fase, mais concre-tamente por 47-39, num dueloque ficou marcado pelo nervo-sismo e ansiedade – ou não es-tivéssemos no sempre tão a-guardado jogo de estreia da pro-va – sempre bem patente nasatletas de ambos os lados dabarricada.

No outro jogo da 1ª jornadao favorito Académico do Portolevava a melhor sobre a equipaque viajou desde a Póvoa doVarzim, por 57-52.

Vitóriaemocionantee... dramática

Poveiras que no dia seguin-te causaram grandes dificulda-des ao CPN. Após um início ar-rasador, em que as cepeenistascolocaram o marcador em 15-3a seu favor, o Póvoa conseguiureentrar na discussão do encon-tro ainda durante o primeiroperíodo, acabando por dar avolta ao marcador até ao inter-valo (31-27). Após o descan-so, e face a uma boa entrada na2ª parte, o CPN tomou de novoa dianteira no marcador, entran-do para os últimos 10 minutosa vencer por um ponto. Nos úl-timos 10 minutos viveram-semomentos de grande emoção!Com alternâncias no marcadorconstantes, as ermesindensesentraram nos últimos 30 segun-dos com uma vantagem de três

pontos, vantagem essa que se-ria anulada pelas poveiras nasequência da concretização deuma jogada de três pontos. Nossegundos que se seguiram am-bas as equipas fizeram ataquesprecipitados, o que originou umaparagem do jogo a 0.5 segun-dos do final da partida. Bola nalinha final, passe bombeado, “ta-pinha” e cesto!! O CPN venciade uma forma emocionante e aomesmo tempo dramática o Pó-voa por 56-54. Por seu turno asacademistas bateram na outrapartida o Coimbrões por 58-42.

A grande “final”

Com estes resultados ficoudesde logo assente que o jogoentre Académico e CPN teriacontornos de verdadeira final,pois quem vencesse sagrar-se--ia desde logo campeão dis-trital. Uma “final” onde a tur-ma da nossa freguesia teve umaentrada séria e determinada,terminando o 1º período a ven-cer por 15-14. No 2º quarto oCPN teve uma série de preci-pitações ofensivas e falhas de-fensivas, fatores que possibili-taram às academistas fazer umparcial de 0-8, as quais saíamassim para intervalo a vencerpor 28-24. Na 2ª parte o CPNmudou por completo de atitu-de! Concentradas, decididas,intensas e eficazes, as pro-pagandistas sofreram 17 pon-tos e marcaram quase o dobro(!), mais concretamente 32pontos. Nos minutos finais ascepeenistas souberam gerir avantagem, não deixando nuncao adversário aproximar-se maisdo que 8 pontos. Resultado fi-

nal: 56-45, e o CPN era o novocampeão distrital!

No outro jogo o Póvoa der-rotou o Coimbrões por 65-56 eassegurou a 3ª posição desta fasefinal, garantindo assim o passa-porte para o campeonato nacio-nal e acompanhando para estaprova o CPN e o 2º posicionado,o Académico. Quanto ao Coim-brões (4º classificado) terá de con-tentar-se com a presença na TaçaInterassociações deste escalão.

Para a eternidade ficam os no-mes de Joana Nora, Inês Pin-to, Andreia Caldas, Sofia Al-meida, Francisca Meinedo, So-fia Moniz, Mariana Guerra,Bárbara Morgado, Rute Sil-vestre, Rita Gandra, Rita Ma-dureira, Inês Resende, EditeVilar e Cátia Resende, as cam-peãs distritais de juniores épo-ca 2011/12. A atleta Sofia Al-meida foi ainda considerada amelhor jogadora da fase final.

Ao título distrital de juniores seguiu-seuma semana mais tarde o de cadetes!

MB/CPN

Ainda mal tinha acabado afesta pela conquista do título dis-trital de juniores femininos e já obasquetebol do CPN voltava a lan-çar foguetes na sequência do al-cance de um novo ceptro distrital.É verdade, no curto espaço de umasemana os cepeenistas arrecada-ram não um mas dois campeona-tos distritais de basquetebol femi-nino, feito ao alcance de muito pou-cos clubes a nível nacional! E de-pois das juniores foi a vez das ca-detes trazerem mais um “caneco”para Ermesinde, após terem leva-do a melhor sobre a concorrênciaformada por Académico do Por-to, Núcleo Cultural e Recreativode Valongo e Maia Basket, du-rante a fase final do referido esca-lão, ocorrida no Pavilhão Muni-

cipal de Paços de Ferreira duran-te os dias 26, 27, 28 e 29 de janei-ro. Simultaneamente às decisõesfinais das cadetes femininas, a As-sociação de Basquetebol do Por-to organizou a fase final dos sub--18 masculinos, combinação quedurante quatro dias levou um sig-nificativo números de adeptos damodalidade ao recinto pacense.

Nas meninas a teoria confir-mou-se na prática, ou seja, o fa-vorito CPN não desiludiu e comrelativa facilidade conquistou otítulo, com a maioria das atletasque na semana anterior haviamarrecadado o ceptro de juniores.Um facto que torna ainda maisrelevante o feito alcançado porestas jovens atletas, que no espa-ço de uma semana “ajudaram” aequipa júnior do emblema erme-sindense a conquistar – de forma

surpreendente – o 9º título distritalda sua história, e acrescentaramao currículo o título da sua cate-goria oficial, a de cadetes. É obra!

Mas vamos ao filme do per-curso triunfal do CPN nesta fasefinal de cadetes femininos. Sextafeira (dia 27), frente ao Académicodo Porto, naquele que foi o primei-ro jogo da fase final, as cepe-enistas deixaram desde logo umaboa imagem, já que no intervalodo citado duelo a vantagem nomarcador era já de 26 pontos (46--20)! A 2ª parte seria pois ummero passeio e não mais serviudo que para confirmar o triunfodas pupilas de Agostinho Pintopor 85-40. No outro jogo o Maialevava de vencida a equipa doNCR Valongo por 65-44.

No dia seguinte, e frente àsvizinhas valonguenses, o CPN

manteve a eficácia, concentraçãoe atitude, deixando o jogo pratica-mente resolvido ainda durante a1ª parte (46-16 a seu favor), o qualseria concluído com um resultadofavorável de 88-31. No outro en-contro do dia o Académico ven-ceu o Maia por 51-67, deixandoassim a corrida para o título resu-mida a uma “luta a três”.

Domingo (29), pela manhã,o Académico, ao derrotar o NCRValongo por 64-55 deixava àscepeenistas uma bela margem demanobra para conquistar o título,pois estas poderiam até perder poruma diferença de 30 pontos dian-te do Maia Basket que mesmo as-sim sagravam-se desde logo cam-peãs distritais. Mesmo sabendodisso as atletas de Ermesinde en-traram determinadas em provar edemonstrar a sua força, pelo que

no final do 1º período o resultadojá era de 26-09 a seu favor. Na 2ªparte um início demolidor por par-te do CPN colocou o marcadorem 31 pontos de diferença, e o tí-tulo já estava mais do que asse-gurado. No derradeiro quarto aturma de Agostinho Pinto limi-tou-se a gerir o marcador, que fi-caria selado em 75-50.

Joana Nora, Cláudia Carnei-ro, Andreia Caldas, Mariana Guer-ra, Francisca Meinedo, Sofia Al-meida, Rita Gandra, Joana Gade-lho, Catarina Miranda, CatarinaMoreira, Beatriz Mesquita, SaraMiranda, Ana Morgado, Rita Ma-dureira e Sofia Moniz foram asatletas que se sagraram campeãsdistritais de cadetes época 2011//12 defendendo as cores do CPN,sendo que esta última foi eleita amelhor jogadora da fase final.

A análisedeAgostinhoPinto

Nestes dois títulosesteve mais uma vez amão do grande mentore principal dinamiza-dor do basquetebol doCPN, Agostinho Pinto.Um homem que guioutecnicamente ambasos escalões à conquis-ta destes dois campe-onatos distritais, omesmo é dizer esteveno banco durante asduas fases finais. Visi-velmente satisfeito eorgulhoso com esta“dobradinha” Agosti-nho Pinto fez ao nos-so jornal uma breve a-nálise destas duas no-vas conquistas. Noque toca às junioresmostrou-se surpreen-dido com o feito alcan-çado, até porque foicom uma equipa maio-ritariamente constitu-ída à base de jogado-res do escalão de ca-detes, pelo que ogrande objetivo eraprecisamente o de darrodagem à forte equi-pa de cadetes num pa-tamar mais exigente.Mas passo a passo, fa-se a fase, o que é cer-to é que, de repente, oCPN se viu na fase fi-nal de juniores com asua equipa de... cade-tes. «Ali chegados onosso objetivo foi fazero melhor possível, sempensarmos no título,até porque não éramosfavoritos à sua conquis-ta. Porém, entrámosem todos os jogos como pensamento na vitó-ria e as coisas foramcorrendo bem, peloque acabámos por ven-cer. Foi um título me-recido, por tudo aquiloo que fizemos, isto...dito por toda a gente».

Quanto ao título decadetes o CPN não fezmais do que a sua obri-gação, ou seja, ganhar.«Teria sido uma verda-deira desilusão caso nãotivéssemos sido campe-ões distritais de cadetes,pois éramos de longe amelhor equipa deste es-calão em prova. Apesardo cansaço das atletas,pois não podemos es-quecer que estas fize-ram duas fases finaisconsecutivas no espaçode menos de uma sema-na, esta fase foi um ver-dadeiro passeio paranós, e posso dizer quenão esperava que ven-cêssemos com tantasfacilidades». MBMBMBMBMB

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A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Desporto

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente).Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto, João Queirós e Luís Dias.

FUTEBOL

Ermesinde volta a deixar fugir o duo da frente

MÁRCIO CASTRO *

Janeiro trouxe umErmesinde inconstanteno que concerne a re-sultados obtidos na Sé-rie do Campeonato Dis-trital da 1ª Divisão. Osbons resultados casei-ros não são seguidos deprestações semelhantesfora de portas, e comoconsequência os pupi-los de Vítor Leal come-çam a vislumbrar os lu-

gares de subida de escalãomais longe do seu encalço,já que aos comprometedo-res resultados forasteiros sejunta o facto de o duo dafrente, composto por Pera-fita e Castêlo da Maia, estarimparável no que a vitóriasdiz respeito. E no último do-mingo de janeiro (dia 29) aequipa da nossa Cidade vol-tou a deixar fugir mais “unsmetros” os dois citados con-juntos da frente da prova, jáque na deslocação ao terre-

no do Labruge, em jogo (naimagem) da 20ª jornada da ci-tada competição, não foi alémde um empate a zero bolas.

Um resultado que acabapor ser de certa forma in-justo, pois o sinal mais doencontro pertenceu quasesempre aos ermesindistas.Desde cedo estes tomaramas rédeas do jogo, tentandofazer mossa na equipa ca-seira, a qual teimava em nãoarredar pé da sua zona de-fensiva. Os lances de perigo,

fruto maioritariamente de jo-gadas muito bem desenvol-vidas pelos visitantes esbar-ravam numa defesa apertada,que por duas ocasiões cor-tou a bola em cima da linhade golo, depois do guardiãoMadeira já estar batido.

Na segunda parte o Er-mesinde troca Medeirospor Nando e a jogar num es-quema tático de 4-3-3 ba-lanceia-se mais para o ata-que. E aos 55 minutos o re-cém-entrado Armando mar-ca um livre à entrada dagrande área tendo a bolapassado a escassos milíme-tros da trave da baliza do La-bruge. A partir do minuto 60os da casa, que durante a pri-meira parte não remataramuma única vez à baliza, ten-tam pegar nas rédeas do jo-go começando a importunaro guardião verde e brancoRui Manuel, que em três oca-siões, mais concretamenteaos 63, 71 e 84 minutos, e-xibe-se ao melhor nívelcom defesas do “outro mun-do” que salvaram a sua equi-pa de um mal maior do queeste injusto e comprome-

tedor empate a zero.Neste encontro o Er-

mesinde alinhou com: RuiManuel; César, Cláudio, Ivoe Marco; Joca, Medeiros(Nando, aos 45m), Artur Ale-xandre e Sérgio (Leça, aos76m); Flávio (Armando, aos55m), e Paulo.

O resumodo mês

Como já foi dito o prin-cipal conjunto verde e bran-co tem neste novo ano umregisto 100% vitorioso sem-pre que atua diante dos seusassociados, quebrando noprincípio de 2012 uma ma-lapata de quatro empates ca-seiros consecutivos que du-rava já desde os inícios denovembro do ano transato! Eo regresso às vitórias diantedo seu público deu-se diantedos Leões de Citânia, a 8 dejaneiro, por 2-0, ao que se se-guiu (dia 15) uma escorrega-dela na jornada seguinte noreduto do Aliança de Gandra(0-0), corrigida de um novotriunfo (no dia 22) dentro demuros, desta feita diante dos

Leões de Citânia, por 3-1,com golos de Artur Ale-xandre, Medeiros, e Paulo(Nota: Deste jogo demosconta de forma detalha-da na nossa edição nainternet de 25 de janei-ro último).

A esta última vitóriaseguiu-se o já relatadoempate em Labruge, re-sultado que atrasou ocombinado em relaçãoao dois primeiros clas-sificados (ambos ganha-ram os seus jogos naronda número 20) da ta-bela, sendo que em ter-mos pontuais o Erme-sinde soma agora 38pontos, enquanto que olíder Perafita contabi-liza 46, ao passo que ovice líder Castêlo daMaia já amealhou 43.

Nota: Todos os resul-tados e classificaçõesdesta competição po-dem ser consultados nanossa edição on-line.

*comMIGUEL BARROS

FUTEBOL

Janeiro começou triste e cinzento mas...terminou alegre e colorido para o Formiga

LUÍS DIAS*

Foi com um triunfo caseiro que o Formiga encerrou nopassado dia 29 o mês de janeiro, data em que o combinado danossa freguesia acolheu o seu congénere do São Romão emjogo (na imagem) a contar para a 19ª jornada da Série 1 da 2ªDivisão Distrital da Associação de Futebol do Porto.

Encontro que até nem começou nada bem para a equipada casa, a qual viu o adversário adiantar-se no marcador logoaos 9 minutos por intermédio de Mário, atleta que, ainda forada grande área, rematou sem dar hipóteses ao guarda-redesdo Formiga, João.

Durante a restante primeira parte as equipas andaram mui-to longe das balizas, alternando a posse da bola a meio campo eutilizando, por vezes, um jogo bastante intenso fisicamente,com entradas muito duras, as quais o árbitro ia penalizandocom a distribuição de cartões amarelos.

Com o início da segunda parte a equipa da casa beneficioude uma grande penalidade. Na cobrança do castigo máximoDias foi quem levou a melhor e empatou o jogo para a equipada casa.

Aos 51 minutos o São Romão esteve muito próximode voltar a conquistar a vantagem, por intermédio de Má-rio, que num remate cruzado enviou a bola ao poste.

Com as equipas a recorrerem continuamente às entradasduras os cartões de várias cores foram saindo e o jogo perdeu

algum do fulgor que tinha caracterizado o início da etapa com-plementar.

Quando já nada o fazia prever, e no seguimento de umlance de contra ataque rápido, Tozé rematou de muito lon-ge e enganou o guarda-redes do São Romão, Marafona,que não ficou nada bem na fotografia, para regozijo doshomens da casa, que festejavam assim o seu oitavo triunfoda temporada. Neste encontro o Formiga alinhou com:João; Jorginho, Rocha, Dias e Dany; Hélder, Sérgio Ri-beiro e Flávio (Barbosa, aos 74m); Sílvio (Tozé, aos 67m),Freitas e Jorge Rodrigues.

Retrospetiva do mês...

Olhando para aquilo o que foi o trajeto formiguense nomês que agora finda podemos dizer que janeiro teve um iníciotriste e um final feliz. No capítulo das tristezas recuámos atéao dia 8, data em que o campeonato regressou ao ativo após apausa natalícia, tendo o Formiga viajado ao reduto do Vila Chãde onde viria a sair com uma derrota por 2-3.

Na derradeira jornada da primeira volta, cocorrida umasemana mais tarde, os ermesindenses folgaram, paragemessa que parece ter sido benéfica para que o conjunto ori-entado por Nuno Melo, pois no dia 22 as vitórias voltarama fazer parte do quotidiano dos azuis e brancos da nossafreguesia. Um triunfo com sabor especial, há que dizê-lo,

alcançado no terreno do Atlético de Vilar (por 2-0,graças a um “bis” de Jorge Rodrigues), uma vez queestes foram os primeiros três pontos (consequentesde uma vitória) conquistados fora de portas na pre-sente temporada (Nota: Os acontecimentos deste en-contro foram relatados na nossa edição na internetdo passado dia 25).

E face a estes resultados o Formiga continuatranquilamente instalado num confortável 6º lugar, com29 pontos, enquanto que no 1º lugar continua a Moci-dade Sangemil, embora agora o faça a par do Gondim,somando ambos os conjuntos 41 pontos.

*com MIGUEL BARROS

FOTO MÁRCIO CASTRO

FOTO MANUEL VALDREZ

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 13Local

Após a eleição, no passa-do dia 14 de dezembro, doscorpos sociais dos BombeirosVoluntários de Ermesinde, deque demos notícia em númeroanterior de “A Voz de Erme-sinde”, decorreu agora, no pas-sado dia 16 de janeiro, a ce-rimónia da tomada de posse.

O ato, que decorreu não nosalão nobre, mas na sala da Di-reção da Associação Humani-tária, teve a abrilhantá-lo a sim-pática presença musical da As-sociação Académica e Culturalde Ermesinde que, desta ma-neira, se quis associar ao ato.

A cerimónia foi dirigida pe-lo presidente da Mesa da As-sembleia Geral, Queijo Barbo-sa, que deu início e encerrou oato formal.

Usaram da palavra o presi-dente da Direção Artur Carneiro,

que assinalou o estado de boa saú-de financeira da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Ermesinde, o comandanteda corporação, Carlos Teixeira que,por sua vez, enalteceu o trabalhoda Direção e salientou que esta ti-nha uma situação de gestão muitosaudável, nada tendo a ver com comos problemas de gestão doutrascorporações, José Miranda, presi-dente da Federação dos Bombei-ros do Distrito do Porto (recorde-se que é, também vereador, eleitopelo PS, na Câmara Municipal deValongo), que traçou uma panorâ-mica da situação atual dos Bom-beiros e elogiou a Direção dosBombeiros Voluntários deErmesinde, que considerou exem-plar, referindo que a cita geralmen-te como exemplo, competente eempenhada como é, entre outrascorporações, apontando por exem-

plo que não tem dívidas aos seus25 bombeiros profissionais.

Para manter o compromis-so com os seus homens, o presi-dente da Direção e o tesoureiro,tiveram mesmo a dada altura, derecorrer a uma instituição bancá-ria, assinando livranças em nomepessoal para resolver o proble-ma, no que faziam questão, de-clarou ao jornal “A Voz deErmesinde” o principal dirigen-te da associação humanitária.

Ao ato compareceu tam-bém o vicepresidente da Câma-ra Municipal de Valongo, JoãoPaulo Baltazar, a quem ArturCarneiro teve ocasião de soli-citar alguma atenção pelos pro-blemas dos Bombeiros Volun-tários de Ermesinde.

Segundo referiu o presi-dente da Direção ao jornal “AVoz de Ermesinde”, enquanto

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Tomada de posse dos corpos sociaisdos Bombeiros Voluntários de Ermesinde

as dívidas a forne-cedores dos BVE,até 30 de dezem-bro, atingiam os 50mil euros, por ou-tro lado, a dívidada Câmara Muni-cipal de Valongo àcorporação ascen-de a 55 mil eurosrespeitantes ao 1ºsemestre de 2011.

Além do vice-presidente da Câma-ra, estavam presen-tes, naturalmente,alguns outros vere-adores, mas mais nasua qualidade demembros dos cor-pos sociais.

Recorde-se que na Mesa daAssembleia Geral tem assentoMaria Trindade Vale e no Conse-

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lho Fiscal Arnaldo Soares, ambosmembros da Câmara Municipalde Valongo; e no Conselho Fiscaltem ainda presença Nogueira dos

Santos, igualmente vereador, masna Câmara Municipal de Maia,tendo os dois últimos estado tam-bém presentes na cerimónia.

FOTO MANUEL VALDREZ

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14 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Gestão

ste tema da SoberaniaNacional de cada EstadoMembro da União Eco-nómica Europeia remete--nos para a velha questão

deformada, pois os níveis de desenvolvimentodos diferentes Estados têm como reflexo umaimagem idêntica sem que contudo tal

corresponda à realidade económica de cada país.Se a UE pretende ser uma verdadeira

União tem que chamar a si uma só moedacomprometida com cada região da qual fazparte integrante e o trabalho deverá poderter a mobilidade suficiente para gerar equilí-brios de mercado, sendo que, para tal, háque harmonizar a legislação e muitas das re-

da relação Capital / Traba-lho, bem retratada nas teorias marxistasdo início do séc. XX.

Destes dois fundamentais fatores deprodução temos certo que o Trabalho estáintimamente ligado à nacionalidade, en-quanto que o Capital não tem bandeira,podendo deslocar-se e refugiar-se em lu-gares recônditos sem que seja afetadopelas crises recentes.

Por outro lado a democracia está muitoligada ao fator Trabalho lato sensu, pois oPoder emerge da vontade popular numalógica de representatividade universal e decidadania. Já o Capital tem um caráctermuito volátil e uma natureza supranacional.

Também a moeda, como a vemos nosdias de hoje, perdeu a sua natureza nacionalfuncionando como o espelho da economia

JOSÉQUINTANILHA

As soberanias europeias

FOTO ARQUIVO

gras e instituições que participam na vidaeconómica, sempre com respeito pela indivi-dualidade de cada Estado, as suas culturas e

tradições, num principio comum de relaciona-mento e de moral judaico cristã.

Politicamente haverá necessidade de ado-tar posições coerentes e sólidas, quer para ointerior, quer para o exterior da União, por formaa desenvolver defesas, designadamente as quedecorrem da economia global, e uma tomada deposição firme relativamente às grandes ques-

tões energéticas e ambientais, salvaguar-dando sempre as conquistas civilizacionaisque a História documenta.

De facto a experiência da União Europeianão passa disso mesmo, com resultados quese revelam bastante aquém dos objetivosdefinidos na sua criação, designadamentecom origem na Comunidade Europeia doCarvão e do Aço, Tratado que tem origemnuma relação eminentemente económica ede interesses comuns aos países aderentes.O resultado daquele processo de integraçãoé uma economia europeia fortemente debili-tada, com níveis de desemprego assustado-res e ameaçada por organizações e potênci-as externas que determinam o nosso futuro,à parte dos egoísmos nacionalistas que sãocontrários ao espírito de 1951.

Perante tudo isto verificamos que omodelo fortemente implicado com as te-orias económicas neoliberais e de gran-de pendor capitalista não resultaram, nemse augura qualquer esperança de mudan-ça no sentido da qualidade de vida e dobem estar dos europeus como comuni-dade mundial. Há que repensar o cicloeconómico e as políticas que lhe deter-minam o rumo. Novos ideais e ideologi-as são necessários para repensar as re-lações económicas e nunca poderão seralheias aos factores determinantes decriação de riqueza: o Trabalho e o Capi-tal, retomando e adequando as ideiasque no passado tiveram lugar em situa-ções de crise tão gravosas como as quehoje vivemos e para as quais há que en-contrar caminho.

ERMESINDEA VOZ DE

Comunica-se aos Senhores Assinantes de

“A Voz de Ermesinde” que o pagamento da

assinatura (12 números = 9 euros) pode ser

feito através de qulaquer uma das seguintes

modalidades, à sua escolha:

• Cheque - Centro Social de Ermesinde

• Vale do correio

• Tesouraria do Centro Social de Ermesinde

• Transferência bancária para o Montepio Geral- NIB 0036 0090 99100069476 62

• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 15Crónicas

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

GILMONTEIRO (*)

Ecologia

uando ouço dizer: “Terra hásó uma”, apanho um clique,como se fosse o primeirotoque do telemóvel ao co-meço do dia! A imensidãodo globo terrestre é tida por

tal monta que o individual perdeu sentido.Nas aulas do 1º Ano do liceu, aprendi as

provas de esfericidade da Terra (!). Haveriaquem não acreditasse?! Nem todos viram ohorizonte, à volta dos montes ou do mar, aterminar em círculo? Os cumes dos montes daTenaria de Roalde já tinham dado a prova, as-sim como o ter contemplado a abóbada celeste,nas noites cálidas de verão, ao ir ouvir aonomatopeia dos grilos nas lameiras! Mas, foimuito bom saber pelo ilustre Professor, Dr.Catarino Nunes, na aula, falar sobre osabrosense Fernão de Magalhães – ainda rete-nho as peripécias da primeira viagem de circum-navegação. Agora, acrescento: só um portugu-ês era capaz de tanta coragem e saber!

A prova do horizonte visual era a me-lhor, mais lógica do que a de ver a lua redon-da e, por analogia, saber a forma da terra, ou

observar fotografias tiradas por telescópio.O perscrutar o horizonte ficou para sempre de-

calcado no espírito. Nas tardes outonais dos domin-gos, continuo a ir à Foz do Douro mirar a superfície,entre a Terra e o Mar (outros têm o mesmo vício). Veros barcos, que partem ou passam, é assistir a umfilme realista, com algumas personagens dedicadasaos desportos náuticos! As idas, quase obrigatórias,com familiares aos shoppings e a falta de estaciona-mento automóvel à beira-mar fazem perder o hábito.

Examinar a Terra é lindo! Se é amada, mais ama-da fica. Saber que está a ficar doente, e em causa aextinção da vida humana, provoca arrepios – o pla-neta azul pode ficar negro! Os vários tipos de polui-ção, cada vez mais abundantes e ferozes, vejam-seas centrais nucleares e os milhões de velhas pilhaselétricas, lixo dos computadores, e tantas outras má-quinas, vão matar a Terra. E o dióxido de carbono? Eas chuvas ácidas? E os lixos domésticos? E os rios emares poluídos? Até já consta que os gelos da Grone-lândia começam a estar contaminados!

Ouvi pela manhã na TSF que os agricultoresalentejanos lamentam a falta de chuva, desde omês de novembro até janeiro, e a afirmar:

– As searas só aguentam mais uma semanaou duas, sem chuvas!;

– Já estamos a alimentar os ovinos e bovinosa fardos de palha!

As varas de porcos, procurando as bolo-tas e fossando as partes subterrâneas das plan-tas, vão sobrevivendo...

É preciso, é urgente mudar os hábitos de vida.Não podemos continuar a produzir quilos e qui-los de detritos por dia, principalmente, os nãorecicláveis. As lixeiras apropriadas não deixam deser um perigo para as águas subterrâneas, origem

das nascentes e subsistência dos seres vivos. Oscontendtres da minha rua portuense, ainda nãoconseguiram escoar os materiais das Festas Na-talícias, onde se veem as árvores do Natal e bugi-gangas chinesas!

Só a educação, a vigilância, apoio financeiro eempenhamento dos cidadãos de todos os povospoderão impedir a catástrofe do Planeta Azul. Seos cuidados continuados prolongam a vida dosidosos, todos os cuidados são poucos para im-pedir a morte da origem de toda a vida.

Os animais, e até as plantas, praticam a pre-servação do meio ambiente: os coelhos bravos de-

FOTO ARQUIVO

positam as caganitas em locais certos e apro-priados (tourais); os hipopótamos, ao estercar,com movimentos rápidos da pequena cauda,impedem a poluição do rio, e pulverizam adu-bo para as plantas aquáticas, de que se alimen-tam; uma cadela rafeira, recolhida por abando-no, quando liberta o intestino, na relva dosjardins, com ação rápidos das patas traseiras,tenta cobrir ou enterrar o cocó, antes de poderser recolhido para o saco plástico, fornecido(nem sempre) pela Câmara do Porto.

(*) [email protected]

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16 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Crónicas

“O hábito não faz o monge” ou“à mulher de César não basta ser séria,também é preciso parecer”

para o pasto ou seguir à frente dosquadrúpedes para que o arado ou a char-rua que eles tiravam, empunhado(a) pelamão experiente do adulto, descrevesseuma linha horizontalmente escorreita;ceifar e recolher erva, cortar milho emverde, arrancar nabos e outra forragemnecessária à alimentação dos bichos,acomodá-la nos carros de bois transfe-rindo-a depois para o depósito, palheiroou similar; ajudar pais e irmãos mais cres-cidos nas tarefas que, sozinhos, aindanão conseguiam arrostar; carregar cestoscom produtos da terra; cavar e, mais tar-de, lavrar; segar feno, centeio e trigo; fa-zer outros trabalhos que requeriam tem-po de aprendizagem e superior dispên-dio de energias. As jovens iam aprenden-do, também progressivamente, a ajudaras mães na cozinha, os pais e irmãos emserviços agrícolas que requeriam muitosbraços e dotes apropriados; seguindo osmovimentos das mães, aprendiam a fiar,a bordar, a tricotar para se autonomi-zarem e aperfeiçoarem nesses e noutrosafazeres domésticos.

Ler, escrevere contar

Até meio do século findo, poucosconcluíam a instrução primária e só umou outro prosseguia os estudos. Homense mulheres opunham-se a que as filhasestudassem porque, no seu entender, oconhecimento da leitura e da escrita ser-via apenas para trocarem cartas com osnamorados; aos rapazes era concedidoque aprendessem a “ler, escrever e con-tar” desde que tal subsidiasse a funçãoprimordial de prover à manutenção dafamília que viriam a constituir. A mobili-dade social praticamente não existia por-que os possuidores de “boas casas” de-cidiam entre si os casamentos dos filhossem que a estes fosse concedida a velei-dade de uma preferência livremente as-sumida. Deste modo, o casamento obe-decia mais à conveniência económica doque ao sentimento pessoal.

A distinção entre as comunidades ru-rais e as urbanas era significativa nos tra-jes, nos divertimentos, nas maneiras defalar, em certas regras de conduta. Ir alémda 4ª Classe (ensino primário) exigia des-pesas incomportáveis para quem viviada agricultura porque as crianças ou jo-vens tinham que permanecer na cidadedurante o ano letivo exceto nas interrup-ções de Natal, da Páscoa e nas férias gran-des, consequentemente, era necessáriopagar pensão a famílias que os quises-sem receber, além de lhes serem exigidasdespesas em vestuário, de tecido e con-feção mais apurada, na aquisição de li-vros e material de escrita entre outras. Aalternativa era o Seminário que acolhiarapazes sob regime de internato, em prin-cípio, para se tornarem padres. Haviatambém colégios de freiras cujo primeiroobjetivo consistia em ministrar às suasalunas boa formação moral e religiosa,esperando também que, de entre elas,Deus escolhesse alguma(s) por servasdiletas. Depois de satisfeitas certas exi-gências quanto à regularidade matrimo-

nial e frequência litúrgica dos progenito-res e quanto à piedade dos candidatos,estes eram sujeitos a um “exame de ad-missão” muito semelhante ao estabeleci-do para frequência do ensino público. Oensino primário concluído com sucessopermitia aos rapazes concorrer à GuardaNacional Republicana (GNR) ou à Polí-cia de Segurança Pública (PSP), que lhesassegurava vencimento certo a cada mês,um estatuto superior e “vida mais lim-pa” como diziam os mais velhos.

Graças aos seminários e outras ins-tituições religiosas, número muito consi-derável de rapazes e de moças, provin-dos(as) de aldeias, alcançaram posiçõesde destaque na sociedade portuguesa,muitos deles prosseguindo estudos porsua iniciativa e a expensas próprias. Po-rém, mais do que pela instrução alcan-çada, foi de enorme importância o con-tributo desses estabelecimentos de ensi-no para a formação do carácter dos jo-vens, geração após geração. É pena quemuitos estejam, atualmente, desativadospor carência de alunos.

Os jovens da cidade tinham vanta-gem nesses e noutros capítulos e, porregra, frequentavam o Liceu ou a EscolaComercial e Industrial nela existentes. Amaioria estudava até completar o corres-pondente ao que hoje chamamos 3º Ci-clo do Ensino Básico que lhes dava ga-rantia de acesso a emprego público ouequivalente no domínio privado. No pri-meiro caso contavam-se as Repartiçõesde Finanças, as Câmaras Municipais eGovernos Civis, os Correios entre ou-tros; no segundo, destacavam-se os Ban-cos, Associações de Comércio, etc.. Ascapitais de distrito tinham Escolas doMagistério Primário a que acediam ospostulantes ao professorado para essenível. O acesso e frequência do EnsinoSuperior eram quase exclusivos de umestrato superior citadino ou de morado-res das três únicas cidades do país comUniversidade: Lisboa, Coimbra e Porto.À entrada do último quartel do séculoXX, este era o desolador panorama doEnsino em Portugal num elevadíssimoquadro de analfabetismo. Hoje, se bemque não tenhamos ainda lugar na linha dafrente dos países mais evoluídos emmatéria educativa, queimaram-se etapase o avanço é inegável.

A democratizaçãodo ensino

A democratização do ensino, no se-guimento do Movimento dos Capitãesem 1974, abriu as escolas a camadas dapopulação até aí excluídas do processoeducativo. Pena foi que à lucidez dosnovos governantes não tivesse corres-pondido a imediata compreensão demuitas famílias quanto ao fundamentalmerecimento da educação para uma vidamais desafogada que, certamente, dese-jariam que os seus filhos viessem a ter. Afraca apetência, para não dizer a rejeição,de muitos pais em relação à escola, ex-cluiu inúmeros jovens do possível aces-so a postos de trabalho mais qualifica-dos e melhor remuneração. A abertura

á situações navida em que nãosomos vistos nemachados, presu-mimo-nos sujei-tos da ação, so-

mos dela beneficiários mas outrosdecidem ou decidiram por nós. Nãoviemos ao mundo por escolha pes-soal, não somos homens ou mu-lheres porque assim quisemos,poderíamos ter nascido neste ounaquele país, no meio rural ou nacidade, em família abastada ou des-provida de posses em diversosgraus entre extremos materiais, nãoencomendámos a cor da nossa pelenem optámos pela crença que nostransmitiram desde o berço, sequermanifestámos preferência pelosvalores imateriais que nos foramlegados ao longo do processo desocialização. No entanto, depres-sa tivemos que ser nós a decidir,antes em coisas banais, mais adi-ante, nas várias fases da vida, emassuntos determinantes para onosso futuro. Gradualmente, par-tilhámos com os pais, outrosmembros da família ou pessoas danossa confiança a responsabilida-de do caminho a seguir. Uns maiscedo, outros mais tarde, assumi-mos o que melhor se ajustava aonosso querer, tomámos o leme dasnossas vidas. Alguns, por carênci-as materiais, morte prematura ouabandono dos progenitores quan-do mal abriam os olhos para omundo, foram empurrados pelodestino sem direito a exprimir anu-ência ou recusa.

A assunção de vontade própriaquanto a passos futuros surgia en-volta em afetividade ao ser insinua-da, sugerida ou afirmada pelos pais,ainda na primeira infância, sempreque a criança era inquirida sobre oque desejava ser quando fosse gran-de. Em épocas não muito longín-quas os pais definiam, em termosclaros e irrefutáveis, a direção queos filhos deveriam tomar. No cam-po, aos rapazes estava destinada aatividade dos antepassados mais ossacrifícios e os privilégios que daíadvinham, às moças o papel de “fa-das do lar”, donas de casa, esposas emães dedicadas e cedo eram pre-parados(as) para desempenharemcapazmente essas funções. Eles, àmedida que “botavam corpo”, a-prendiam a executar trabalhos, poucoa pouco mais exigentes, sob a batu-ta dos mais velhos: guiar os animais

política permitiu o acesso a novas for-mas culturais através da música, da ma-neira de vestir, de hábitos comporta-mentais bebidos em filmes e séries que atelevisão, cada vez mais generalizada,transmitia. As sucessivas vagas migrató-rias registadas desde os anos 60 contri-buíram para um desafogo económico semprecedentes sobretudo quando, poucotempo depois com a adesão à CEE, gran-des apoios financeiros deram entrada nopaís, nem sempre aplicados com equida-de e rigor num planeamento adequado àrealidade nacional. Gorou-se a oportuni-dade de dotar o país de sólidas bases nãosó de um crescimento económico assi-nalável, que se registou nos primeirosanos, mas de um desenvolvimento sócio-económico que pudesse lançar pontessólidas para o futuro. Criou-se a ilusãode um bem-estar a que todos julgaram terdireito – e tinham-no sem dúvida – masque gerou desigualdade crescente entreuma camada de privilegiados e a maioriacom direito apenas às migalhas que tom-bavam da mesa do banquete. Como osbem instalados têm sempre maneira dese esquivar à comparticipação nos sacri-fícios necessários ao reequilíbrio econó-mico e os pobres não têm o que dar, ésobre a chamada classe média queimpende sempre o ónus de salvar os des-varios dos políticos da casa e a insaciávelcupidez dos especuladores financeiros in-ternacionais. As chamadas crises nadamais são do que o resultado do aprovei-tamento de fragilidades do sistema eco-nómico pelos mais bem apetrechadoscomo lapidarmente dizia Warren Buffet,dono de uma das mais importantes agên-cias de notação financeira: « Isto é umaluta de classes e nós, os ricos, estamos aganhá-la». Os portugueses encontram-se,neste momento, no “olho do furacão”.Pior do que todos os sacrifícios a que nossujeitam, é o desânimo que vai tomandoconta das pessoas na convicção de quetudo isto pode resultar em…nada.

Se o mesmo acontece a outros paísesda Europa pertencentes à dita Zona Euro,num futuro mais ou menos distante, podeafetar outros países nas mais diversas la-titudes. O Brasil, país emergente, encon-tra-se, para já, em situação bem melhordo que a nossa, se considerarmos os indi-cadores macro-económicos conhecidos,ainda que subsistam grandes massas dapopulação à margem dos benefícios a que,legitimamente, todos aspiram. A euforiadesenvolvimentista é potenciada pelootimismo com que os brasileiros enca-ram a vida. A melhoria económica regista-da leva, tal como na Europa, muitos bra-sileiros a considerarem a religião e os va-lores que fundamentam a própria civili-zação secundários, se não de todo dis-pensáveis. Muitos dos que possuem bensde fortuna ou apreciável situação econó-mica e profissional podem usufruir detudo quanto há de melhor no país e nomundo, prescindindo de consideraçõeslimitadoras aos seus anseios. A Ciência ea Técnica recriam o mundo a cada dia quepassa, parecem sobrepor-se a toda e qual-quer ideia de transcendência. Pois não cla-mam os cientistas a não existência de

NUNOAFONSO

Deus? O Universo criou-se sem qual-quer intervenção divina como pareceindicar a Teoria do Big-Bang. Falta sóa demonstração de como surgiu a ma-téria e, para tanto, o acelerador de par-tículas, construído algures na Suíça,“pode” desmentir a crença num DeusCriador e, quando julgarem ter encon-trado a resposta, os cientistas procla-marão ironicamente “urbi et orbi” que«Deus foi a mais bela história criadapelo homem», como um deles já afir-mou. Nietzsche não proclamou, hámais de um século, “a morte de Deus”?Pois então? Se Deus morreu, – «a his-tória é perene conflito entre a vonta-de do forte e a resistência tenaz damoral comum e codificada à qual seagarram os fracos» (*) – as religiões eseus valores, que têm servido de ân-cora aos humildes, perderão todo osentido. Seria abusivo de minha parteacusar alguém de defender tais posi-ções, só porque abusou das normasque a religião impõe aos seus repre-sentantes. Mas a um candidato ao sa-cerdócio católico ou, ainda pior, a umsacerdote, exige--se que proclame averdade mas que aja de acordo comaquilo que defende na sua açãoevangelizadora e pastoral. O meuamigo Wilson, de Campinas, cidadedo Estado de S.Paulo, relatava-me, háumas semanas, que alguns seminaris-tas já adiantados teriam feito exibiçãonada condizente com o decoro reco-mendável a futuros ministros católi-cos numa piscina daquela cidade. Umperiódico local fez-se eco do mal-es-tar provocado pela leviandade dosjovens. Wilson censurou, na sua pá-gina do Facebook, a postura dos di-tos rapazes. Os comentários a essacrítica não se revelaram favoráveis aomeu amigo; uns defenderam a atitudedos jovens, outros não gostaram da“pregação de moral” que tinham aca-bado de ler. Wilson relatou casos ain-da mais estranhos conhecidos pelaautoridade eclesiástica diocesana. Deum modo geral, os jovens que deman-dam o Seminário são oriundos de fa-mílias de bons costumes e de sincerafé religiosa. Admitindo que, nos Se-minários, recebem uma sólida forma-ção moral com vista ao sacerdóciocomo era tradicional, não se compre-endem atitudes desse nível. Quandoreceberem ordens, tais jovens fazemvotos de pobreza, castidade e obedi-ência e são enviados para guiarem oPovo de Deus. Não bastará terem apreparação humanística e teológicanecessária e até dons que os recomen-dem para o exercício desse múnus, éimprescindível que sejam exemplosdos ensinamentos de Cristo. Comopoderão servir a comunidade quelhes for confiada se não derem bonsexemplos de vida, se não mostra-rem coerência entre a mensagem quedivulgam e a própria forma de a vi-verem?

(*) Michelle Federico Sciacca, in“História da Filosofia”, volume 3.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

o mesmo diaem que era as-sinado o deno-minado acordosocial, almejado

pelo Governo na prolongadareunião da Concertação Social,e no Parlamento se discutia abondade e as maldades do do-cumento, a CGTP protestavaàs portas da Assembleia da Re-pública contra o que consideraser um retrocesso nos direitosdos trabalhadores de que não hámemória, classificando o dia his-tórico enfatizado pelo primei-ro-ministro na cerimónia da as-sinatura do citado documento,como um dia tristemente histó-rico para os trabalhadores.

A repetida circunstância daCGTP não assinar os acordosdeveria levar a comunicação soci-al a ser mais exata ao referenciaros entendimentos que saem daConcertação Social, substituindoa designação de acordo de patrões

A. ÁLVAROSOUSA (*)

e trabalhadores, por acordo de pa-trões e UGT. Com efeito, saben-do-se que das duas centrais sindi-cais não é a UGT que representa o“grosso” dos trabalhadores, nãoserá legítimo cometer-lhe uma re-presentação que não tem, nem as-sociar os trabalhadores a acordosque não subscrevem.

Além disso, tendo em con-ta o comportamento do secre-tário-geral desta associação, as-sinando, sempre, por baixo dasvitórias do “patronato” e der-rotas dos trabalhadores, nãoserá legítimo agregar às fraque-zas deste “ajudante” dos gover-nos, os milhares ou milhões detrabalhadores que, compreensi-velmente, se sentem traídos.

Não será, por isso, de es-tranhar os cartazes que se viuna referida manifestação daCGTP às portas do Parlamen-to, em que a efígie de João Pro-ença é acompanhada de expres-sões como “Judas” e “QuantosDinheiros?”, numa alusão ao co-nhecido episódio histórico-re-ligioso, em que Judas vende oSenhor por trinta dinheiros.

Acontece, porém, que Judasreconheceu imediatamente o seuerro e, em vez de assistir à execu-ção da vítima, pôs termo à vida,revelando alguma dignidade, ati-tude que contrasta com a do se-cretário-geral da UGT que, em-bora com a sua irritação revelasse

algum desconforto, não foi ca-paz de imitar a figura bíblica, pre-ferindo alinhar no espetáculo daassinatura daquilo que conside-rou não ser um bom acordo. Háocasiões em que faz falta um bu-raco para nos escondermos, ouum pouco de decoro que nos res-guarde de ficarmos no “boneco”fotográfico que a História relata-rá como sendo os representantesdo conchavo saído da concertaçãosocial em janeiro de 2012.

Os políticos já nos habitua-ram às mais estranhas “camba-lhotas”, razão por que o recuo deJoão Proença não causou qual-quer pasmo na opinião pública.Ele atua sempre assim. De estra-nhar é haver sindicatos que con-tinuem a afetar parte das quotasdos seus sócios, produto do seulaborioso trabalho, para susten-tar quem, em vez de defender atéà exaustão os interesses dos seusrepresentados, acaba sempre porpreferir mostrar-se na fotografiade família, ao lado do poder polí-tico e económico. A figura bíblicarevelou-se possuída de mais emelhores sentimentos.

João Proença, que vem anun-ciando que não se recandidataránovamente a secretário-geral daUGT, pensando “reformar-se”das lides sindicais, bem mereceque o Governo lhe arranje um lu-gar numa dessas empresas, pú-blicas ou privadas, em que pode-

rá gozar a sua aposentaçãoauferindo principescas retribui-ções e mordomias que causam in-veja a muita boa gente. De resto,

A (des)concertação social

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entral

Belmiro Ferreira de Sousa

CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGOPRÉMIO NACIONAL DE BOAS PRÁTICAS LOCAIS – CATEGORIA AMBIENTE

AVISO N.º 3

- ALTERAÇÃO AO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 375/80 de 18/09 -

- ADITAMENTO N.º 1/2012 -

Nos termos do Art.º n.º 27º do dcreto-lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, e posteriores alterações, torna--se público que a Câmara Municipal de Valongo emitiu em 04 de janeiro de 2012 o aditamento n.º 1/2012, emnome de PARGEF – Gestão e Administração de Bensa, SA, ao alvará de loteamento n.º 375/80, através doqual é aprovada a alteração ao loteamento sito na Rua Fernando Pessoa, na freguesia de Ermesinde,concelho de Valongo, por despacho de 14.12.2011, anexo ao processo de loteamento n.º 216-VL/1977, emnome de PARGEF – Gestão e Administração de Bens, SA, e consta do seguinte:

A alteração incide exclusivamente sobre o lote n.º 5 e consiste:• A pretensão contempla a alteração do uso do edifício, de habitação para serviços, mantendo-se as

áreas de construção aprovadas pela câmara municipal.

Valongo e Paços do Concelho, 04 de janeiro de 2012O Presidente da Câmara Municipal,

(Dr. Fernando Horácio Moreira Pereira de Melo)

PS: Estando na “ordem do dia” a exigência demais anos de trabalho para se alcandorar à pensãopor inteiro, de pensões calculadas em função de todoo tempo contributivo e ainda o corte de reformas jáatribuídas, vale a pena dar a conhecer aos estimadosleitores o texto de um e-mail que acabo de receber:Aos 38 anos de idade e com 16 anos de empregadonum clube da Liga (hoje Sagres), um futebolista por-tuguês acaba de requerer a pensão a que tem direito,no valor mensal vitalício de 12 905 euros. Contudo,um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65anos e ter uma carreira contributiva completa duran-te 40 anos para obter uma reforma de 80% da remu-

neração média, apurada com base nos proveitosauferidos em quatro décadas de trabalho.

O remetente aproveita para recordar o seguintetexto da autoria de Guerra Junqueiro, in “Pátria”, es-crito em 1986 com o título “Um Povo Imbecilizadoe Resignado”: «Um povo imbecilizado e resignado,humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burrode carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos devergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, ummostrar de dentes, a energia dum coice, pois que quemnem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas».

(*) [email protected]

se assim acontecer, nada mais na-tural será, tendo-se presente aprática que vem sendo seguida nopagamento de “faturas” a impres-

cindíveis colaboradores, tão úteise prestáveis em momentos parti-cularmente importantes e difíceispara quem exerce o poder.

FOTO ́ CANTIGUEIRO

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18 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012

• ½ chávena de flocos de centeio integrais;• 2 chávenas de soja texturizada fina;• 3 colheres de sopa da polpa de tomate ou ketchup vegano;( ½ chávena de pão ralado integral e de ervas;• 1 cebola picada;• 2 dentes de alho picados ou alho em pó;• 1 colher de sopa de molho inglês vegano;• sal integral com gomásio q.b.;• pimenta preta q.b.

Molho:• 1 colher de sopa de açúcar amarelo ou mascavado;• ½ colher de sopa de molho inglês vegano;• ½ chávena de polpa de tomate ou ketchup vegano.

Demolham-se os flocos em água quente com um pouco de sal. Demolha-setambém a soja em água quente com sal e pimenta. Aguarda-se meia ou uma hora.

Coam-se ambos os ingredientes muito bem. Pica-se a soja na picadora e jun-ta-se com todos os restantes ingredientes numa taça, mexendo bem até seobter uma massa homogénea e moldável.

Forma-se um rolo e coloca-se numa assadeira untada com azeite. Leva-se aoforno a 180º C até dourar um pouco.

Prepara-se o molho misturando bem os ingredientes. Barra-se o rolo e leva-senovamente ao forno até assar mais um pouco.

Podem-se substituir os flocos por outros semelhantes, de aveia, por exemplo.Em vez de um rolo, podem-se moldar medalhões, croquetes ou almôndegas.

Nota: Algumas imitações de molho inglês, também denominado molhoworchester(shire), contêm peixe.

Lazer

17 JANEIRO 1462 - Descoberta da ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, pelonavegador português Diogo Afonso.

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: D. DÓRIO LACTEIMO E SANTANA.

Rua Dr. António Costa e Almeida.Anagrama

01 - Sueco, Prémio Nobel da Paz em 1961, a título póstumo.02 - Também conhecidos como lácios, ocuparam parte da Itália Central.03 - Cineasta sueco, autor de “A Toupeira” (2011).04 - Rio que nasce no Monte Córdova e atravessa Ermesinde.05 - A que classe de animais pertence a corvina?06 - Entre que continentes fica a Abecásia?07 - Em que país fica a cidade de Magdeburgo?08 - Qual é a capital de Andorra?09 - A abreviatura Aps corresponde a qual constelação?10 - Elemento químico mole, metálico de transição, n.º 48 da Tabela Periódica (Cd).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – Dag Hammarskjöld.02 – Latinos.03 – Tomas Alfredson.04 – Rio Leça.05 – Peixes.06 – Europa e Ásia.07 – Alemanha.08 – Andorra la Vella.09 – Ave-do-paraíso.10 – Cádmio.

Antes que cases, olha o que fazes. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Tripeça; gostar muito de al-guém. 2. Perca a esperança.3. Aparecer; Grande Turismo;localidade do Centro. 4.Ofendei. 5. Raça; Argentina(dim.). 6. Comando UNIX paralistar; populações (inv.). 7.Partias; íntimo. 8. Matou Abel;estrelas. 9. Nome masculino;perturbação. 10. Agitais.

1. Comboio de alta velocida-de; mil e cinquenta e um(rom.); Associated Press. 2.Instituto de Meteorologia;sacralize. 3. Aspiração; ir pa-ra fora. 4. O mesmo que pé-rolas. 5. Pertences; irmão damãe; é de minha pertença.6. Torno pior; treinador (fig.).7. Dólmen; preposição. 8.Nota musical; fécula extra-ída da mandioca. 9. Estarmelindrado; fazei como osgatos. 10. Crentes.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. TGV; MLI; AP. 2. IM; sacre.3. Ideal; sair. 4. Perlas. 5. Es;tio; meu. 6. Agravo; Mr. 7. Anta;sob. 8. Mi; tapioca. 9. Amuar;miai. 10. Religiosos.

Sudoku (soluções)

Sudoku

147 147 147 147 147

14

71

47

14

71

47

14

7

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Ribeiro.02. Crina.03. Quadril.04. Casco.05. Cauda.06. Orelha.07. Rótula.08. Folha.09. Pedra.10. Monte.

Rolo de centeio e sojacom molho inglês

ILUSTRAÇÃO HTTP://WWW.PDCLIPART.ORG/

1. Tripe; amar. 2. Desanime.3. Vier; GT; Ul. 4. Maltratai. 5.Laia; arg. 6. Ls; sovop. 7. Ias;imo. 8. Caim; sois. 9. Ari;emocao. 10. Perturbais.

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 19

SCRIBUS WIKI (*)

Depois de quatro anos de intenso traba-lho, a equipa do Scribus (www.scribus.net)lançou a nova versão estável 1.4.0 do progra-ma de desktop publishing (DTP) Scribus. Dadoque é a primeira versão estável lançada desdehá bastante tempo, a documentação destaversão aborda um significativo número demelhorias sobre as últimas versões e não ape-nas sobre a última lançada. A ideia é traçaruma comparação com a última versão estável.

Em resumo, mais de 2 000 funcionalidadespedidas e bugs foram resolvidos desde o come-ço do desenvolvimento desta nova versão.

Maiores alteraçõese melhorias

O Scribus 1.4.0 é baseado as bibliotecas Qt4e já não a Qt3. Como resultado disso, o Scribusé capaz de correr de maneira igualmente fiávelem todas as plataformas suportadas.

Graças ao Qt4, a equipa do Scribusdisponibiliza agora também ficheiros de ins-talação para Mac OS X 10.5 ou mais atual (emformato DMG ou pkg), bem como uma versãonativa para OS/2 Warp 4 e eComStation.

Adicionalmente, e graças ao feedback dosutilizadores das plataformas UNIX, o Scribuspoderá correr na maior parte destas platafor-mas também.

Entre as funcionalidades melhoradas con-tam-se novas ferramentas de transformaçãoem programas de desenho avançados, commelhorias nas já existentes, como Scrapbooke Image Manager.

Aparecem agora opções muito avançadaspara texto e tipografia, como estilos de carac-teres, margens óticas ou extensões de glifos.

Funcionalidades de Undo/Redo estão fi-nalmente disponíveis para quase todas as ope-rações de trexto, e um novo script permite asubstituição de comas por aspas tipográficasbaseadas nas configurações de linguagem.

Melhorias na facilidade de uso incluemmelhor colocação do cursor e movimento,layout mais rápido na tela de trabalho einteração entre os objetos lincados.

Estão presentes novas funcionalidades paraobjetos vetoriais, como linhas booleanas, efei-tos vetoriais, ou um editor de estilo de linhas.

Maiores desenvolvimentos foram tambémintroduzidos no manejo de superfícies, comotexturas, gradientes, suporte a diferentes for-matos de paletas de cor (AI, EPS, GPL, Post-Script, SOC), e muitas novas paletas de cor,incluindo as de vendedores comerciais comoResene e dtp studio, bem como os standardsnacionais e governamentais.

Um novo tipo de frame chamado “Render

Tecnologias

Fórum brasileirodo Chakra Linux

Foi lançado o fórum da comunidade bra-sileira de utilizadores do Chakra Linux, umadistribuição baseada no Arch, focada no kde/qt e na facilidade de uso, pois já vem comcodecs e vários programas no live CD.

Fonte: http://chakra-br.forumeiros.com

Kernel Linux 3.3 oferecenovas funcionalidades de rede

A versão 3.3 do Kernel Linux vai ofereceruma nova maneira de unir múltiplos disposi-tivos Ethernet. Foi adicionado o suporte para"Open vSwitch", um switch de rede virtualdesenvolvido especificamente para ambien-tes virtualizados. O Byte Queue Limits foiprojetado para reduzir a latência causadorado "buffer bloat".

Com o lançamento do Kernel Linux 3.3-rc1, na semana passada, Linus Torvalds fe-chou a janela de merge da versão 3.3.

Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/nl1327886572.html

Ruby on Rails 3.2.0

Foi lançada uma nova versão do fra-mework Ruby On Rails, a versão 3.2.x será aúltima a suportar o Ruby 1.8.7. A próximaversão do Rails (4.0), terá como requisito aversão 1.9.3 ou superior do Ruby. Esta ver-são traz três grandes novidades: modo de de-senvolvimento mais rápido, consultas auto-máticas detalhadas e tagged logging (ao exe-cutar uma aplicação multi-utilizador, é de gran-de ajuda conseguir filtrar o log por quem fez oquê. TaggedLogging em Active Support ajudaa fazer isto marcando linhas de código comsub-domínios, ids de requisições, e qualquercoisa para ajudar a debugar a sua aplicação).

Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/nl1327886548.html

Spark – o primeiro tableta vir com Plasma Activejá pré-instalado

Foi anunciado que o Plasma Active (http://www.plasma-active.org), conhecido como"KDE para tablets", virá pré-instalado notablet Spark, a ser comercializado dentro dealguns meses. As configurações do Spark sãomodestas: processador ARM 1GHz, Mali-400 GPU, 512 MB de RAM, 4GB de HDexpansível com cartão SD, tela multi-touchcapacitiva de 7" e conexão wifi. Preço esti-mado em 265 dólares. Uma loja de conteúdose aplicações estará disponível para o Spark.Estão a ser encontradas parcerias para pro-ver o serviço de nuvem ownCloud.

Fonte: http://aseigo.blogspot.com/2012/01/reveal.html

Lançado BigLinux 11.10

Com o lançamento do novo site, foilançada oficialmente a versão final da distri-buição brasileira BigLinux 11.10. Após a ver-são RC2, que era baseada no K/Ubuntu 11.04,foram feitas correções de bugs, com a migra-ção para a base do K/Ubuntu 11.10.

Em relação à última versão estável, o BigLinux4.2, o sistema é totalmente novo, inclusive com amudança na numeração da versão. O sistema éum liveDVD com 1.2GB que possui uma ótimavariedade de programas. Possui ainda o diferen-cial do Centro de controlo Big, com painéis quefacilitam a vida do utilizador iniciado, inclusivepara configuração de conexões de Internet discada,modem 3G, entre outros.

Fonte: http://www.biglinux.com.br

Frame” permite a renderização (e subsequen-te exportação) do output de todos os progra-mas que podem criar ficheiros PstScript, PDFou PNG via linha de comando (como LaTeX,Lilypond, POV-Ray) para dentro do Scribus.

A versão inicial do Scribus 1.4.0. foi de-senvolvida como um projeto do GoogleSummer of Code (GSoC) e está projetadapara ser particularmente útil na importaçãode documentos produzidos externamente,publicações científicas e fórmulas.

Muitos renderizadores podem ser acrescen-tados com um simples ficheiro de configuração.

Importaçãode filtros vetoriais

O Scribus 1.4.0 proporciona a importaçãode ficheiros nos seguintes formatos: AdobeIllustrator (quer EPS quer PDF), MacintoshPicture (PICT), Windows Metafile (WMF),Xfig (FIG), Calamus Vector Graphics (CVG),Kivio Stencils (SML), e DIA Shapes (SHAPE).

Quanto às imagens bitmap permite o mane-jo de ficheiros Photoshop, com suporte a múl-tiplos caminhos ou layers. A ferramenta ImageManager foi reescrita, tendo sido adicionadosnovos efeitos de imagem não-destrutivos. Alémdissi, o Scribus 1.4.0 suporta informação EXIFem imagens e foi melhorada a impoertação debitmaps de Windows e OS/2.

Entre as mais significativas melhorias doScribus estão as funcionalidades de pré-im-pressão, marcas de impressão e apresenta-ção de superfícies coloridas no Print Preview(previsão de impressão). Além disso o Scribuspermite agora a conversão de cores spot emcores process durante a exportação para PDFe PostScript com um único clique.

A exportação de PDFs viu também mui-tos melhoramentos. O Scribus pode agoraexportar para PDF 1.5, incluindo layers PDF.Outra nova funcionalidade é a opção paraembutir ficheiros EPS e PDF nos PDFs ex-

Depois de quatro anos de desenvolvimento, a equipa dedesenvolvimemto do Scribus lançou a versão 1.4.0 da suaaplicação de publicação eletrónica. A grande mudançanesta versão é a troca para o framework Qt4, já que antes oScribus era baseado na Qt3. Os desenvolvedores dizemque a mudança em si foi rápida, mas os ajustes e uso denovas características do framework «tomaram um bomtempo». O resultado é que o Scribus agora está no mesmonível de confiabilidade em todas as plataformas suportadas.

portados, como uma alternativa a rasterizá-los. Também o embutimento e substituiçãode fontes foi melhorado.

No trabalho e manejo de cor. O Scribus 1.4.0suporta agora littleCMS versão 1 e 2. É tambémpossível ativar o trabalho e manejo de cor comum simples clique na janela principal.

Adicionalmente a equipa do Scribus jun-tou uma funcionalidade para emular a ceguei-ra de cor no ecrã.

Centenas de pequenas e grandes me-lhorias foram introduzidas.

Os scripts incluídos foram atualizados,incluindo a adição do script “Autoquote”no menu de scripts para conversão das co-mas em caixas de texto para a correta defini-ção de aspas para muitas línguas.

O Sscribus 1.4.0 está também a serdisponibilizado com um muito maior númerode templates que nas versões precedentes. Oconteúdo do Sistema de Ajudas foi reescrito eatualizado.

Agora que o Scribus 1.4.0 foi lançado, aequipa de desenvolvimento do Scribus iráconcentrar-se na estabilização do ramo de de-senvolvimento da versão 1.5, a qual compre-enderá impressionantes novas funcionalida-des como suporte a PDF/X-1a, PDF/X-4 ePDF/E, Mesh Gradients, importação de PDFs

nativos, importação de XAR, e muitos maisdesenvolvimentos A versão 1.4.x está ago-ra em modo de manutenção, o que significaque novas funcionalidades lhe poderão seracrescentadas do ramo de desenvolvimen-to 1.5. Em geral, apenas serão fixados bugsnas versões subsequentes 1.4.x, além de no-vos conteúdos, como traduções, templatesou paletas de cor.

Informação importante

Se está a trabalhar em equipa certifique-se que todos os membros da equipa estão ausar a mesma versão do Scribus – isto evita-rá dores de cabeça e trabalho extra. Osutilizadores devem ser avisados que a ver-são 1.3.3.x não pode abrir ficheiros 1.4.0.

A equipa de desenvolvimento do Scribusrecomenda que em todas as distribuições opacote Scribus 1.4.0 seja distribuído como“Scribus” e substitua o agora ultrapassadoScribus 1.3.3.14.

O ramo 1.4 será gora desenvolvido na ver-são 14x do ramo de repositórios Subversiondo Scribus, deixando a versão 1.3.5 para trás.Isto fixa também a numeração de versões dopassado, com apenas duas versões, 1.4.x e 1.5.x.

A equipa do Scribus irá continuar a de-senvolver novas funcionalidades e melho-rias no ramo de desenvolvimento 1.5.

A equipa do Scribus recomenda a distri-buição da versão 1.5 só se estiver marcadacomo versão de desenvolvimento e for ins-talada lado a lado com a versão atual doScribus, 1.4.0, por exemplo como scribus-ng.

As ajudas online em língua inglesa se-rão atualizadas para corresponder às novasfuncionalidades. Novas traduções serãosubsequentemente introduzidas, logo queestejam atualizadas de acordo com a tradu-ção inglesa. Novos updates serão incluídosem subsequentes versões do Scribus 1.4.

(*) Tradução/adaptação “A Voz de Ermesinde”.

Programa de paginação Scribuschega à versão 1.4.0

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20 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Arte Nona

Atribuído a Jean-Claude Deniso Grande Prémio BD de Angoulême

MAB Invicta:Festival Internacionalde Multimédia, Artese Banda Desenhada

Vai decorrer no Porto, nos fins desemana de 10/11 e 17/18 de março oFestival Internacional de Multimédia,Arte e Banda Desenhada – um even-to dedicado a várias artes como ci-nema, ilustração, literatura ou anima-ção, com um especial enfoque na BD.

O evento terá lugar sobretudonas nas instalações da Faculdade deBelas Artes da Universidade do Por-to, e contará com diversos autoresconceituados do Reino Unido, Alema-nha, Bélgica, Itália, Espanha e Portu-gal com reputadas obras nestas di-versas artes.

Direcionado a um público ecléticoe de todas as faixas etárias, o even-to contará com diversas atividades,como exposições de obras originaisdos artistas presentes, visitas guia-das às exposições, sessões de au-tógrafos, exibição de curtas e lon-gas-metragens, masterclasses deanimação além de uma zona comer-cial onde estarão presentes bancasde diversas livrarias, editoras, entreoutros. Desta programação destaca-se ainda a exposição dedicada aos75 anos do personagem PríncipeValente criado por Hal Foster (coor-denação e cooperação do editorManuel Caldas), assim como umaexposição com a mascote do even-to, Esquiço, que irá servir desinalética do festival.

O MAB Invicta conta com diver-sos parceiros para a sua programa-ção onde, além da Faculdade de Be-las Artes da Universidade do Porto,se incluem a Metro do Porto eCasaViva. A Metro do Porto incum-bir-se-á de divulgar o evento no inte-rior das mais de 70 composiçõesabrangendo todas as linhas e nasestações através de vídeos pro-mocionais e reserva de espaço paraduas exposições. A CasaViva estáresponsável pela programação pa-ralela que contará com apresen-tações de novidades editoriais, ex-posições e concertos.

A cidade do Porto não tem con-tacto com um evento deste génerohá cerca de 11 anos. A organizaçãopretende assim divulgar aos públi-cos interessados em cinema, ilus-tração, animação e banda desenha-da um leque alargado de autores devariados estilos não muito conheci-dos em Portugal mas que apresen-tam uma obra de interesse a níveleuropeu.

Fonte: http://kuentro.blogspot.com

Entretanto

Conforme anuncia o site oficial do Festival Internacional de Banda Desenhada deAngoulême, o quadrinista Jean-Claude Denis (ou Jean-C. Denis) é, este ano, o vencedor doGrande Prémio, o mais importante galardão do certame, e talvez mundial, que pretende distin-guir a carreira de um autor. Jean-Claude Denis segue-se assim a Art Spiegelman, o autor de“Maus” - uma célebre obra em BD sobre o Holocausto ao qual foi atribuído um Prémio Pulitzer.

AVE

Jean-Claude Denis nasceu em Paris, em1951, e fez o curso da Escola de Artes Deco-rativas.

Na Banda Desenhada, as suas primeirasobras surgem em 1997, com a publicação dashistórias de André le Corbeau, nas páginasda revista “Pilote” e, mais tarde, publicadasem álbum pela Dargaud (“Annie Mal”, “laSaison des Chaleurs” e “La Fuite en avant”).

A partir de 1978, publica, na Futuropolis“Cours tou nu”, na Casterman “Les Aventu-res de Rup Bonchemin”, mas será sobretu-do na famosa revista “À Suivre” que se farámais notar, criando a personagem de LucLeroi, cujas histórias se irão prolongar porcerca de uma vintena de anos.

( 2deMABIn-vic-ta:Fes-ti-valIn-ter-na-ci-o -naldeMultimédia,Ar-teseBandaDesenhadaDezembrode1932-26deSe-tem-brode2011)(...)

SaiuoBDJornal

De Luc Leroi surgirão sete álbuns, sen-do “Le Nain jeune” já galardoado em An-goulême, com um Prémio do Público.

O autor publica ainda várias obras na LesHumanoïdes Associés, na Albin Michel, naDupuis, e na Futuropolis), tirando muitasvezes partido das suas viagens, como em“Bonbon piment” (1991). De guitarra na mão,Jean-Claude Denis foi durante muito tempoo principal animador do Dennis Twist, umgrupo inteiramente compoto de autores deBande Desenhada (Dodo, Denis Sire et doislaureados do Grande Prémio da Cidade deAngoulême, Philippe Vuillemin et FrankMargerin). Desde 1999, ele forma com o seuamigo Charles Berberian – igualmente titularde um Grande Prémio do Festival – um duode inspiração jazz, Nightbuzz.

Os outrosvencedoresde Angoulême

A edição de 2012 do Festivalde Angoulême consagrou ainda:

Prémio do Melhor Álbum:"Chroniques de Jérusalem", deGuy Delisle (Éditions Delcourt);

Prémio Especial do Júri:"Frank et le congrès des bêtes", deJim Woodring (Éditionsl'Association);

Prémio da Melhor Série: "Cité14, saison 2, tome 1: cherscorrompus", de Pierre Gabus eRomuald Reutimann (LesHumanoïdes Associés);

Prémio Intergerações: "BrideStories", de Kaoru Mori (ÉditionsKi-Oon).

Prémio Olhares sobre o Mun-do: "Une vie dans les marges", deYoshihiro Tatsumi (ÉditionsCornélius);

Prémio Audácia: "Teddy beat", de Mor-gan Navarro (Éditions Les Requins Marteaux);

Prémio Revelação: "TMLP – Ta mère lapute", de Gilles Rochier (Éditions 6 Piedssous terre);

Prémio Património: "La Dynastie Donaldduck", de Carl Barks, t. 4 (Éditions Glénat);

Prémio Polar: "Intrus à l'étrange", deSimon Hureau (Éditions la boîte à bulles);

Prémio BD FNAC: "Portugal”, de CyrilPedrosa (Éditions Dupuis);

Prémio da Banda Desenhada Alternati-va: n.° 9 da revista “Kus !”, de Riga, na Letónia;

Prémio Juventude: "Zombillénium t. 2 :Ressources humaines", de Arthur de Pins(Éditions Dupuis).

FOTO ARQUI-

Pedrosa: uma referência a Portugal entre osvencedores do Festival BD de Angoulême.

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 21Arte Nona

DESENHOE GUIÃO:

CRISTIANO FREITASDia normal (3/3)

Page 26: "A Voz de Ermesinde" n. 889

22 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012

Dias Farmácias de ServiçoCentral

Marques CunhaOuteiro Linho

SobradoCentral

Marques SantosVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

SobradoBessa

Marques SantosVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

SobradoBessaCentralVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

Sobrado

BessaCentral

Marques SantosMarques Cunha

Outeiro LinhoSobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Serviços

A VOZ DE

ERMESINDEJORNAL MENSAL

MarMarMarMarMar 201 201 201 201 20122222 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 88888; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 1515151515;;;;;LLLLLua Nova: 22; Q. Crescente: 1, 30.ua Nova: 22; Q. Crescente: 1, 30.ua Nova: 22; Q. Crescente: 1, 30.ua Nova: 22; Q. Crescente: 1, 30.ua Nova: 22; Q. Crescente: 1, 30.

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 77777;;;;; Q. Minguante: Q. Minguante: Q. Minguante: Q. Minguante: Q. Minguante: 1414141414;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 2121212121 ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: —————.....

310102030405060708091011121314151617181920212122232425262728290102

FormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensão

Confiança•FormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensão

Confiança•Sousa Torres

FormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensão

TerçaQuartaQuintaSexta

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SábadoDomingoSegunda

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SábadoDomingoSegunda

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SábadoDomingoSegunda

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Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaFev 20Fev 20Fev 20Fev 20Fev 201111122222

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Papelaria X-Acto - R. 5 de Outubro (ao Estádio Sonhos);

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859); Alexandre Gomes (trata-mento de imagem).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Armando Soares, Cândida Bessa, CheloMeneses, Diana Silva, Faria de Almeida, FilipeCerqueira, Gil Monteiro, Glória Leitão, GuiLaginha, Jacinto Soares, Joana Gonçalves, Jo-ão Dias Carrilho, Sara Teixeira, Joana Viterbo,José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gonçalves,Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias, ManuelConceição Pereira, Nuno Afonso, Paulo Ge-raldo, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, Rui Lai-ginha, Rui Sousa, Sara Amaral, Sara Vieira.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

De 31/01/12 a 20/02/12

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosR. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 971 9700Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

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30 de janeiro de 2012 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 Fev - 29 Fev01 Fev - 29 Fev01 Fev - 29 Fev01 Fev - 29 Fev01 Fev - 29 Fev

Exposições•5 E 19 FEVEREIRO 2012Cantina da CâmarCantina da CâmarCantina da CâmarCantina da CâmarCantina da Câmara Municipal de a Municipal de a Municipal de a Municipal de a Municipal de VVVVValongalongalongalongalongooooo– – – – – VVVVVamos ao Baileamos ao Baileamos ao Baileamos ao Baileamos ao BaileO Programa de Ação Sénior da Câmara Municipal deValongo é dirigido a todos/as idosos/as portadores doCartão Idoso Municipal residentes no concelho.O objetivo geral do programa é potenciar a manutenção dascapacidades, habilidades e destreza da população sénior,motivando-a para uma vida activa, participativa, solidária,crítica e útil ao seu meio social.(Agenda CMV)

Desporto5 DE FEVEREIRO, 15H00Estádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de Sonhos– Ermesinde - Balasar– Ermesinde - Balasar– Ermesinde - Balasar– Ermesinde - Balasar– Ermesinde - BalasarJogo a contar para a 21ª jornada do Campeonato da 1ª Divi-são, Série 1, da Associação de Futebol do Porto.12 DE FEVEREIRO, 15H00Complexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da Costa– Formiga - Salvadorense– Formiga - Salvadorense– Formiga - Salvadorense– Formiga - Salvadorense– Formiga - SalvadorenseJogo a contar para a 21ª jornada do Campeonato da 2ª Divi-são, Série 1, da Associação de Futebol do Porto.19 DE FEVEREIRO, 15H00Estádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de Sonhos– Ermesinde - Caíde Rei– Ermesinde - Caíde Rei– Ermesinde - Caíde Rei– Ermesinde - Caíde Rei– Ermesinde - Caíde ReiJogo a contar para a 23ª jornada do Campeonato da 1ª Divi-são, Série 1, da Associação de Futebol do Porto.21 DE FEVEREIRO, 15H00Complexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da CostaComplexo Desportivo Montes da Costa– Formiga - Os Lusitanos– Formiga - Os Lusitanos– Formiga - Os Lusitanos– Formiga - Os Lusitanos– Formiga - Os LusitanosJogo a contar para a 23ª jornada do Campeonato da 2ª Divi-são, Série 1, da Associação de Futebol do Porto.(Calendário AFP)

EXPOSIÇÃO PERMANENTEMuseu da Lousa, CampoMuseu da Lousa, CampoMuseu da Lousa, CampoMuseu da Lousa, CampoMuseu da Lousa, Campo– Centro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoMuseu de história das indústrias locais de extração e trans-formação da lousa, com núcleos de exposição permanente eoutros temporários. Casa do mineiro, com recriação do inte-rior de uma habitação, com zona de trabalho, repouso e cozi-nha. Exposição de trabalhos de lousa executados por alunosde escolas do concelho.(Agenda Área Metropolitana do Porto).

Ação Social•

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24 A Voz de Ermesinde • 30 de janeiro de 2012Última

Fósseis em ErmesindeRecentemente encontrados em Ermesinde, estes fósseis, de tipo vegetal, poderão remontar à

Era Paleozóica, juntando-se assim aos achados já conhecidos do Parque Paleozóico de Valongo.

FOTOS: JOSÉ MANUEL PEREIRA