12
FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015 ANO 29 - Nº 1.514 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Página 7 Página 8 Cientista políticos ouvidos pela Tribuna do Planalto dizem que a grande mídia e os movimentos so- ciais ainda não definiram se querem ou não a saída de Dilma. Impeachment sem apoio do povo, dizem cientistas Página 6 Governadores Marconi Perillo e Rodrigo Rollemberg, de Goiás e do DF, conheceram na Agência Nacio- nal de Transportes Terrestres (ANTT) detalhes do Estudo de Via- bilidade Técnica e Econômica (Eve- tec) da Ferrovia Goiânia/Brasília. Marconi debate nova ferrovia Cmeis de Goiânia apostam no desenvolvimento do senso cognitivo das crianças desde a primeira infân- cia, facilitando e incentivando o pro- cesso de leitura e escrita nos futuros adultos. Página 10 A Associação Goiana de Municípios (AGM) começou a ajuizar ações na justiça contra a Celg. A primeira foi em nome de Senador Canedo, cujo valor cobrado pela iluminação pública da cidade com 100 mil habitantes é praticamente o mesmo de Maceió, que possui mais de 1 milhão de habitantes. A AGM alega irregularidades nos serviços da estatal. Página 3 Prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda realiza obras no valor de R$ 16 milhões na cidade e ainda mantém fornecedores, prestadores e serviço e folha de servidores em dia. Prefeituras entram na justiça com ações contra a Celg ILUMINAÇÃO PÚBLICA PÉ NO FREIO Inhumas: governo planejado garante cumprimento de metas Mais segurança para as compras de natal Uma das épocas mais movimentadas do ano, natal e ano novo levam milhares de pessoas às compras,o que chama a atenção de criminosos e ocasiona maior incidência de crimes como furtos, roubos, assaltos e a famosa saidinha de banco. Atenta a isso, a Policia Militar já começou a operação Boas Festas e aumentou o efetivo nas ruas até o dia 2 de janeiro. Centro de Goiânia e Campinas são os locais com policiamento mais intensificado na capital. Página 12 Prefeitura de Goiânia contém gastos e implanta orçamento base zero em 2016 Em entrevista à Tribuna do Planalto, o secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia, diz que a ter- ceira geração de ajuste fiscal está em andamento na prefeitura de Goiânia e que, no início do ano que vem, serão adotadas rígidas medidas de controle da gestão orçamentária, o chamado orçamento base zero. As despesas só serão liberadas se houver disponibilidade financeira. "Não há espaço para folga orçamentária", diz ele. Jeovalter fala também sobre política e se mostra favorável à manutenção da aliança PT/PMDB. Crianças aprendem a ler desde o berço Páginas 4 e 5 Fotos: Paulo José

tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br › wp-content › uploads › 2015 › 12 › 13...2015/12/13  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

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FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015ANO 29 - Nº 1.514

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Página 7

Página 8

Cientista políticos ouvidos pelaTribuna do Planalto dizem que agrande mídia e os movimentos so-ciais ainda não definiram se queremou não a saída de Dilma.

Impeachmentsem apoio dopovo, dizemcientistas

Página 6

Governadores Marconi Perillo eRodrigo Rollemberg, de Goiás e doDF, conheceram na Agência Nacio-nal de Transportes Terrestres(ANTT) detalhes do Estudo de Via-bilidade Técnica e Econômica (Eve-tec) da Ferrovia Goiânia/Brasília.

Marconi debate novaferrovia

Cmeis de Goiânia apostam nodesenvolvimento do senso cognitivodas crianças desde a primeira infân-cia, facilitando e incentivando o pro-cesso de leitura e escrita nos futurosadultos. Página 10

A Associação Goiana de Municípios (AGM) começou a ajuizar ações na justiça contra a Celg. A primeira foi em nome deSenador Canedo, cujo valor cobrado pela iluminação pública da cidade com 100 mil habitantes é praticamente o mesmode Maceió, que possui mais de 1 milhão de habitantes. A AGM alega irregularidades nos serviços da estatal. Página 3

Prefeito de Inhumas, DiojiIkeda realiza obras no valor deR$ 16 milhões na cidade eainda mantém fornecedores,prestadores e serviço e folhade servidores em dia.

Prefeituras entram na justiçacom ações contra a Celg

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

PÉ NO FREIO

Inhumas:governoplanejadogarantecumprimentode metas

Mais segurança para as compras de natalUma das épocas mais movimentadas do ano, natal e ano novo levam milhares de pessoas às compras,o que chama a atenção de criminosos e ocasiona

maior incidência de crimes como furtos, roubos, assaltos e a famosa saidinha de banco. Atenta a isso, a Policia Militar já começou a operação Boas Festas eaumentou o efetivo nas ruas até o dia 2 de janeiro. Centro de Goiânia e Campinas são os locais com policiamento mais intensificado na capital. Página 12

Prefeitura de Goiânia contémgastos e implanta orçamentobase zero em 2016Em entrevista à Tribuna do Planalto, o secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia, diz que a ter-ceira geração de ajuste fiscal está em andamento na prefeitura de Goiânia e que, no início do ano quevem, serão adotadas rígidas medidas de controle da gestão orçamentária, o chamado orçamento basezero. As despesas só serão liberadas se houver disponibilidade financeira. "Não há espaço para folgaorçamentária", diz ele. Jeovalter fala também sobre política e se mostra favorável à manutenção daaliança PT/PMDB.

Criançasaprendem a lerdesde o berço

Páginas 4 e 5

Fotos: Paulo José

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Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORMARCO ANTÔNIO

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Collor e Dilma: a História se repete?

Jorge de Lima

Neste tempo de fanáticos e fanatismos, nadesconstrução da realidade diante dos delí-rios, no berço esplêndido da paranoia e dailusão em que o Ipiranga é meio surdo e àsmargens plácidas se banham ao esgoto, atriste figura do ser militante ecoa sua melancolia. Nãomora na filosofia e rima amor com dor - Caetaneando- em sua forma evasiva de não ser. Hoje o que é ser mi-litante? Por acaso algum militante hoje lê a carta defundação dos partidos que defende ou estuda paracompreender o que representa uma ideologia?

Tenho observado nos últimos tempos dentro docontexto de nosso subdesenvolvimento, o fanatismodesembestado com um tom paranóico divertido e pe-rigoso. Divertido por perceber o grau de ilusão de cer-tos discursos que tentam defender o que não existe empura psicose, em um cenário construído politicamentepela ilusão. Perigoso por que todo fanático é belicoso,destrutivo, ácido, agressivo. Mata quando contrariadoseu amor, sua verdade, gritando quando questionado.Cenário psicológico que funde ilusão, raiva, e melan-colia, na saudade de algo perdido, longínquo que nãovai voltar, que talvez de forma incauta jamais tenhaexistido em parte alguma. O poeta nos dizia que a me-lancolia é a maneira romântica de ficar triste (MarioQuintana). Muito choro e tristeza, muito inimigooculto pra raro sentido de vida.

E quantos não têm dedicado sua vida a causas, aum ideal pervertido diante do lucro com bancos, dasempresas de telefonia, das grandes montadoras?Quantos não venderam sua alma para enriquecer coma corrupção? Quantos não foram às ruas pra pedir

voto para melhorar a educação e foram traí-dos? É hora de chorar, de baixar a cabeça, res-pirar fundo e praguejar ou sorrir contentediante do desfeito de forma cínica no leilãodos interesses escusos da pátria amada idola-trada Salve salve.

Vejo vários perdidos em meu cotidiano ou-trora militantes que vivem como Sancho Pança apósa morte de Dom Quixote. No que mesmo devemosacreditar? E na graça da ilusão pós moderna o iludidojamais acredita na própria alienação, em seu sensocomum, nos fatos que a vida esfrega diariamente emsua cara. Isto é o grande inimigo, a imprensa vendida,coisa dos "coxinhas", capeta, poder do capital, oualgum outro ser imaterializado que justifique a conti-nuidade de sua alienação. Por exemplo defende as po-líticas que criam programas sociais, desconstruídos emreformas ministeriais, ou no corte de verbas para ali-mentar o desvio astronômico da corrupção. Choraneném... chora... Victor Hugo já dizia: A melancolia éa felicidade de se ser triste...

Viver triste talvez seja a constituição dos Comple-xos e arquetípica da vivência desta militância. Umaforma de auto boicote que reelege quem vai o trair, vo-cação de corno. Rimar amor e dor pra sobreviver nosubdesenvolvimento, pra sempre reclamar da ilusãoconstruída com as próprias mãos. Pra se manter nopessimismo, derrotismo e continuar sem agir, sem co-brar, fingindo que nada ocorre. Pode gritar a vontadequem sabe sua própria consciência acorde!

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente vi-sual, analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pesqui-sador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Militância Melancólica

Daniel Medeiros

Collor foi acusado de improbidade ad-ministrativa, isto é, de amealhar 6,5 mi-lhões de dólares de sobras ilegais decampanha e ainda de recursos advindos detráfico de influência capitaneados por seutesoureiro, PC Farias; Dilma é acusada deatentar contra a Lei Orçamentária o que, segundoa Constituição, é considerado crime de responsabi-lidade; Collor mentiu na campanha eleitoral aodizer que Lula confiscaria a poupança dos brasilei-ros e mentiu também ao afirmar que eliminaria a in-flação e faria o país voltar a crescer; Dilma mentiuna campanha eleitoral ao dizer que caso Aécio (ouMarina) vencessem a eleição haveria o risco daperda das conquistas sociais, além de prometer quenão alteraria as regras da economia, mantendo opaís na rota do crescimento.

A proposta do impeachment de Collor foi protoco-lada por duas das mais importantes instituições da so-ciedade civil: a OAB e a ABI; o pedido de impeachmentde Dilma foi protocolado por três cidadãos, uma ad-vogada e dois juristas, um deles fundador do PT eoutro ex-ministro do PSDB; a defesa do impeachmentde Collor teve apoio dos principais jornais do país,além das centrais sindicais, organizações da sociedadecivil e emissoras de TV; a defesa do impeachment deDilma foi criticada nos editoriais dos principais jornaisdo país como uma manobra perigosa e golpista dopresidente da Câmara.

Collor não tinha sustentação partidária. O pedidode seu afastamento foi aprovado por 441 votos a favore apenas 38 contra; Dilma tem, no Parlamento, umabase de apoio formal (embora quase nunca fiel) demais de 300 deputados e 60 senadores. No mesmo dia

em que Cunha acatou o pedido de impeach-ment de Dilma, o governo aprovou medida decorreção fiscal do Orçamento, com 314 votosfavoráveis. Para evitar o seu afastamento,Dilma precisa de 172 votos ou 52% dos grupoque hoje compõe sua base aliada. Collor nãoteve apoio da sociedade civil. Dilma tem apoiodo seu partido, o PT, de vários partidos coliga-

dos (PC do B, PDT, além de vários membros do PSD,PROS, PP e PMDB), de boa parte da classe artística,sindicatos, estudantes e intelectuais.

Quem presidia a Câmara quando do impeachmentde Collor era Ibsen Pinheiro, que seria cassado doisanos depois, envolvido no escândalo dos Anões do Or-çamento e ficaria inelegível por 8 anos; quem presidea Câmara hoje é Eduardo Cunha, acusado de manterconta secreta na Suíça com milhões de dólares supos-tamente fruto de corrupção; Quando Collor foi afas-tado, em 1992, a inflação foi de 1.119%; A inflação de2015 deve chegar próxima dos 10%; o salario mínimoem 1992 girava em torno de 80 dólares; hoje beira os200 dólares.

Entre 1990 e 2013, a taxa de analfabetismo entrebrasileiros entre 10 e 18 anos caiu de 12,5% para 1,4%;a mortalidade infantil de crianças de até um ano caiu24% no mesmo período; o número de pessoas entre 5e 15 anos em atividade laboral caiu 5,4 milhões para1,3 milhão. Por outro lado, o índice de homicídios deadolescentes aumentou 110%, no mesmo período entreo impeachment de Collor e a abertura do processocontra Dilma. A História se repete? Não. Como pode-mos ver, a História apenas continua.

Daniel Medeiros é doutor em Educação Históricapela UFPR e professor de História do Brasil no CursoPositivo.

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

X

A classe estudantil, assim como os professores e demais trabalha-dores da educação pública, tem uma história de luta pela democraciaem nosso país que precisa ser reconhecida e aplaudida. Basta lembraros tempos sombrios do autoritarismo no período de 1964 a 1985,quando boa parte da resistência democrática estava atrelada a estaparte da sociedade.

Os tempos mudaram, veio a democratização, a educação públicase tornou, antes de ser um espaço de aprendizagem de alto nível, comose deve esperar, se tornou na verdade um feudo de sindicalistas, en-trincheirados e defendendo bandeiras que servem, ao final, para manterprivilégio de poucos, pouquíssimos membros de seus sindicatos. Aqualidade da educação oferecida sempre ficou em segundo plano.

Falta legitimidade aos contestadores da reforma na educação pú-blica. O atual modelo educacional, que vigora em nosso país desdetempos imemoriais, é simplesmente indefensável, por ser dispendiosoe ineficiente, para citar apenas dois pontos estruturais. Se formos entrarem detalhes, o atual sistema privilegia o mau professor, tem uma pro-dutividade inacreditavelmente baixa e, ao final, entrega para a socie-dade estudantes que sequer sabem fazer operações matemáticasbásicas e ler um texto de complexidade mediana. Essa é a educaçãopública que temos, com raras exceções.

Diante de um quadro caótico como esse, seria natural o surgimentode alternativas exequíveis por parte dos profissionais da educação. Maso que eles têm para oferecer em termos de alternativa? Nada. Sequertêm argumento plausível em defesa do atual modelo educacional, sim-plesmente porque os educadores ou atuais gestores não têm um mo-delo a oferecer que seja capaz de equacionar o caos em que setransformou a educação pública no Brasil.

Portanto, qualquer proposta que venha a sacudir e propor mudan-ças estruturais, que tenha como foco a melhoria da qualidade do ser-viço educacional oferecido à sociedade, deve ser considerada eavaliada. Porém para os defensores de privilégios mantidos às custasdo dinheiro público não há discussão quando se mexe na zona de con-forto em que estão plantados há décadas. Mas o país precisa andarpra frente, ainda que signifique mexer com privilégios intocáveis.

Muito barulho por nada

Page 3: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br › wp-content › uploads › 2015 › 12 › 13...2015/12/13  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás

CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

[email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

José Deusmar Rodrigues e Paulo Roberto Oliveira(Diagramação)

[email protected] [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

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OpiniãoCENA URBANA

FLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORMARCO ANTÔNIO

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Collor e Dilma: a História se repete?

Jorge de Lima

Neste tempo de fanáticos e fanatismos, nadesconstrução da realidade diante dos delí-rios, no berço esplêndido da paranoia e dailusão em que o Ipiranga é meio surdo e àsmargens plácidas se banham ao esgoto, atriste figura do ser militante ecoa sua melancolia. Nãomora na filosofia e rima amor com dor - Caetaneando- em sua forma evasiva de não ser. Hoje o que é ser mi-litante? Por acaso algum militante hoje lê a carta defundação dos partidos que defende ou estuda paracompreender o que representa uma ideologia?

Tenho observado nos últimos tempos dentro docontexto de nosso subdesenvolvimento, o fanatismodesembestado com um tom paranóico divertido e pe-rigoso. Divertido por perceber o grau de ilusão de cer-tos discursos que tentam defender o que não existe empura psicose, em um cenário construído politicamentepela ilusão. Perigoso por que todo fanático é belicoso,destrutivo, ácido, agressivo. Mata quando contrariadoseu amor, sua verdade, gritando quando questionado.Cenário psicológico que funde ilusão, raiva, e melan-colia, na saudade de algo perdido, longínquo que nãovai voltar, que talvez de forma incauta jamais tenhaexistido em parte alguma. O poeta nos dizia que a me-lancolia é a maneira romântica de ficar triste (MarioQuintana). Muito choro e tristeza, muito inimigooculto pra raro sentido de vida.

E quantos não têm dedicado sua vida a causas, aum ideal pervertido diante do lucro com bancos, dasempresas de telefonia, das grandes montadoras?Quantos não venderam sua alma para enriquecer coma corrupção? Quantos não foram às ruas pra pedir

voto para melhorar a educação e foram traí-dos? É hora de chorar, de baixar a cabeça, res-pirar fundo e praguejar ou sorrir contentediante do desfeito de forma cínica no leilãodos interesses escusos da pátria amada idola-trada Salve salve.

Vejo vários perdidos em meu cotidiano ou-trora militantes que vivem como Sancho Pança apósa morte de Dom Quixote. No que mesmo devemosacreditar? E na graça da ilusão pós moderna o iludidojamais acredita na própria alienação, em seu sensocomum, nos fatos que a vida esfrega diariamente emsua cara. Isto é o grande inimigo, a imprensa vendida,coisa dos "coxinhas", capeta, poder do capital, oualgum outro ser imaterializado que justifique a conti-nuidade de sua alienação. Por exemplo defende as po-líticas que criam programas sociais, desconstruídos emreformas ministeriais, ou no corte de verbas para ali-mentar o desvio astronômico da corrupção. Choraneném... chora... Victor Hugo já dizia: A melancolia éa felicidade de se ser triste...

Viver triste talvez seja a constituição dos Comple-xos e arquetípica da vivência desta militância. Umaforma de auto boicote que reelege quem vai o trair, vo-cação de corno. Rimar amor e dor pra sobreviver nosubdesenvolvimento, pra sempre reclamar da ilusãoconstruída com as próprias mãos. Pra se manter nopessimismo, derrotismo e continuar sem agir, sem co-brar, fingindo que nada ocorre. Pode gritar a vontadequem sabe sua própria consciência acorde!

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente vi-sual, analista (C. G. Jung), psicólogo clínico, pesqui-sador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Militância Melancólica

Daniel Medeiros

Collor foi acusado de improbidade ad-ministrativa, isto é, de amealhar 6,5 mi-lhões de dólares de sobras ilegais decampanha e ainda de recursos advindos detráfico de influência capitaneados por seutesoureiro, PC Farias; Dilma é acusada deatentar contra a Lei Orçamentária o que, segundoa Constituição, é considerado crime de responsabi-lidade; Collor mentiu na campanha eleitoral aodizer que Lula confiscaria a poupança dos brasilei-ros e mentiu também ao afirmar que eliminaria a in-flação e faria o país voltar a crescer; Dilma mentiuna campanha eleitoral ao dizer que caso Aécio (ouMarina) vencessem a eleição haveria o risco daperda das conquistas sociais, além de prometer quenão alteraria as regras da economia, mantendo opaís na rota do crescimento.

A proposta do impeachment de Collor foi protoco-lada por duas das mais importantes instituições da so-ciedade civil: a OAB e a ABI; o pedido de impeachmentde Dilma foi protocolado por três cidadãos, uma ad-vogada e dois juristas, um deles fundador do PT eoutro ex-ministro do PSDB; a defesa do impeachmentde Collor teve apoio dos principais jornais do país,além das centrais sindicais, organizações da sociedadecivil e emissoras de TV; a defesa do impeachment deDilma foi criticada nos editoriais dos principais jornaisdo país como uma manobra perigosa e golpista dopresidente da Câmara.

Collor não tinha sustentação partidária. O pedidode seu afastamento foi aprovado por 441 votos a favore apenas 38 contra; Dilma tem, no Parlamento, umabase de apoio formal (embora quase nunca fiel) demais de 300 deputados e 60 senadores. No mesmo dia

em que Cunha acatou o pedido de impeach-ment de Dilma, o governo aprovou medida decorreção fiscal do Orçamento, com 314 votosfavoráveis. Para evitar o seu afastamento,Dilma precisa de 172 votos ou 52% dos grupoque hoje compõe sua base aliada. Collor nãoteve apoio da sociedade civil. Dilma tem apoiodo seu partido, o PT, de vários partidos coliga-

dos (PC do B, PDT, além de vários membros do PSD,PROS, PP e PMDB), de boa parte da classe artística,sindicatos, estudantes e intelectuais.

Quem presidia a Câmara quando do impeachmentde Collor era Ibsen Pinheiro, que seria cassado doisanos depois, envolvido no escândalo dos Anões do Or-çamento e ficaria inelegível por 8 anos; quem presidea Câmara hoje é Eduardo Cunha, acusado de manterconta secreta na Suíça com milhões de dólares supos-tamente fruto de corrupção; Quando Collor foi afas-tado, em 1992, a inflação foi de 1.119%; A inflação de2015 deve chegar próxima dos 10%; o salario mínimoem 1992 girava em torno de 80 dólares; hoje beira os200 dólares.

Entre 1990 e 2013, a taxa de analfabetismo entrebrasileiros entre 10 e 18 anos caiu de 12,5% para 1,4%;a mortalidade infantil de crianças de até um ano caiu24% no mesmo período; o número de pessoas entre 5e 15 anos em atividade laboral caiu 5,4 milhões para1,3 milhão. Por outro lado, o índice de homicídios deadolescentes aumentou 110%, no mesmo período entreo impeachment de Collor e a abertura do processocontra Dilma. A História se repete? Não. Como pode-mos ver, a História apenas continua.

Daniel Medeiros é doutor em Educação Históricapela UFPR e professor de História do Brasil no CursoPositivo.

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

X

A classe estudantil, assim como os professores e demais trabalha-dores da educação pública, tem uma história de luta pela democraciaem nosso país que precisa ser reconhecida e aplaudida. Basta lembraros tempos sombrios do autoritarismo no período de 1964 a 1985,quando boa parte da resistência democrática estava atrelada a estaparte da sociedade.

Os tempos mudaram, veio a democratização, a educação públicase tornou, antes de ser um espaço de aprendizagem de alto nível, comose deve esperar, se tornou na verdade um feudo de sindicalistas, en-trincheirados e defendendo bandeiras que servem, ao final, para manterprivilégio de poucos, pouquíssimos membros de seus sindicatos. Aqualidade da educação oferecida sempre ficou em segundo plano.

Falta legitimidade aos contestadores da reforma na educação pú-blica. O atual modelo educacional, que vigora em nosso país desdetempos imemoriais, é simplesmente indefensável, por ser dispendiosoe ineficiente, para citar apenas dois pontos estruturais. Se formos entrarem detalhes, o atual sistema privilegia o mau professor, tem uma pro-dutividade inacreditavelmente baixa e, ao final, entrega para a socie-dade estudantes que sequer sabem fazer operações matemáticasbásicas e ler um texto de complexidade mediana. Essa é a educaçãopública que temos, com raras exceções.

Diante de um quadro caótico como esse, seria natural o surgimentode alternativas exequíveis por parte dos profissionais da educação. Maso que eles têm para oferecer em termos de alternativa? Nada. Sequertêm argumento plausível em defesa do atual modelo educacional, sim-plesmente porque os educadores ou atuais gestores não têm um mo-delo a oferecer que seja capaz de equacionar o caos em que setransformou a educação pública no Brasil.

Portanto, qualquer proposta que venha a sacudir e propor mudan-ças estruturais, que tenha como foco a melhoria da qualidade do ser-viço educacional oferecido à sociedade, deve ser considerada eavaliada. Porém para os defensores de privilégios mantidos às custasdo dinheiro público não há discussão quando se mexe na zona de con-forto em que estão plantados há décadas. Mas o país precisa andarpra frente, ainda que signifique mexer com privilégios intocáveis.

Muito barulho por nada

A Associação Goiana deMunicípios (AGM) começou aajuizar ação na justiça contra aCelg. A primeira delas foi proto-colada em nome do municípiode Senador Canedo cujo valorcobrado pela iluminação pública

da cidade com cerca de 100 milhabitantes é praticamente omesmo de Maceió que possuimais de 1 milhão de habitantes.A associação alega inúmeras ir-regularidades praticadas pelaempresa na cobrança pelos seusserviços prestados. Isso vem tra-zendo prejuízos para os municí-pios e para a população.

Desde o ano passado a Celgvem pressionando as prefeiturasa negociarem suas “dívidas”, cu-jos valores são questionados. Aempresa chegou a cortar o for-necimento de energia elétrica a

órgãos públicos importantes,sem qualquer comunicado pré-vio, em total descumprimento alei em vigor e em desrespeito aosgestores municipais e a popula-ção. Isso levou os municípios aquestionarem o processo de re-negociação das dívidas impostode forma unilateral pela empresa

A Associação Goiana deMunicípios buscou negociarcom a Celg que se negou atémesmo a fornecer informaçõessobre os fatores que geraram es-sas “dívidas”. Fato só conse-guido somente através de

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

RECEITA GARANTIDA

AGM entracom açõescontra a Celg

POLÍTICA 3GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Senador Canedo foi oprimeiro município acontestar valor cobrado pelailuminação pública

Ronaldo [email protected]

LINHA DIRETA

RÁPIDAS

Ex-presidente Lula afirma na Espanha que não há base legal ou jurídica para o impeachment dapresidente dilma rousseff e que ação da oposição e um golpe contra a democracia

Bandidos do poderO deputado estadual Humberto Aidar

(PT) foi duro e objetivo em relação ao go-verno Dilma Rousseff (PT) durante entre-vista concedida à Rádio Bandeirantes 820AM na manhã desta sexta-feira, dia 11. Eledisse que o governo vai mal porque não con-segue negociar com os “bandidos” no Con-gresso Nacional. Entre eles estariam ospresidentes da Câmara e do Senado,Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambosdo PMDB.

Negocia malPara Humberto Aidar, o ex-presidente

Lula era mais hábil para negociar com os“picaretas” do Congresso Nacional e, porisso, se saiu bem. Já a presidenta Dilma “ne-gocia mal” e, por causa disso, pode sofrerimpeachment. Para o deputado, seria me-lhor para Dilma sair do poder do que conti-nuar do jeito que está.

“Dizem que o que acontece hoje no Brasil é para im-pedir que eu volte à presidência”.

DisputaO prefeito de Inhumas,

Dioji Ikeda (PDT), deverá ter como adver-sários na sua reeleição o ex-prefeito Aber-lardo Vaz (PP), o médico João Antônio(PSD), que concorreu com ele na eleiçãopassada, e o deputado estadual Lucas Calil(PSL).

HomenagensNa mesma sessão que o Padre Jesus

Flores recebeu a Medalha Pedro LudovicoTeixeira, também foram homenageadoscom a honraria o jornalista Helton Leninede Oliveira; o médico Fernando Ferro daSilva; o empresário Hailé Selassié de GoiásPinheiro e o promotor de eventos VascoJosé Mota.

Boa notíciaApesar da crise econômica que assola o

Brasil, a prefeitura de Goiânia vai pagar osalário de dezembro dos servidores munici-pais na quarta-feira, dia 23.

Sem ônusPresidente da Câmara Municipal de

Aparecida de Goiânia, vereador GustavoMendanha (PMDB) vai convocar sessõesextraordinárias para votar vários projetosdo Executivo que tramitam na Casa. Entreeles, o novo Plano Direitor, o aumento doITU e do IPTU, o do Aeroporto Executivoe odas PPPs. Detalhe: desde 2009 a Câmarade Aparecida não paga jetons para sessõesextras na Casa.

Praça públicaDurante a 5ª Edição do programa “Câ-

mara Itinerante”, no Jardim do Cerrado, opresidente da Câmara Municipal, vereadorAnselmo Pereira (PSDB), realizou, na ma-nhã desta sexta-feira, dia 11, sessão queaprovou por unanimidade, em primeira vo-tação, o projeto da Lei Orçamentária Mu-nicipal (LOA) de 2066 da prefeitura deGoiânia. Ele também sancionou duas leisde autoria de vereadores, uma dele e outrade  Felisberto Tavares (PR).

EmendasA LOA estima a receita e fixa as despe-

sas do município de Goiânia, para o exercí-cio financeiro de 2016, no montante de R$5.252.436.000,00 (Cinco bilhões, duzentose cinquenta e dois milhões, quatrocentos etrinta e seis mil reais). O projeto foi apro-vado com 263 emendas dos vereadores.

Debatendo a criseGovernador Marconi Perillo esteve reu-

nido na noite quinta-feira, dia 10, em Brasília,com o ex-presidente Fernando Henrique Car-doso, os senadores Aécio Neves e José Serrae os governadores do PSDB para discutir acrise nacional e as alternativas para amenizaro impacto negativo que a essa situação pro-voca. Até agora Marconi tem dito ser contrao impeachment da presidenta Dilma Rousseff(PT)

AeroportosAntes da reunião política com os tucanos,

Marconi foi à Agência Nacional de AviaçãoCivil solicitar a liberação técnica de algunsaeroportos em Goiás, como o de Catalão, queestá pronto e já pode começar a operar. Ao mi-nistro da Defesa, Aldo Rebelo, o governadorapresentou proposta que viabiliza a implanta-ção de um Complexo Aeronáutico, comple-mentando a Base Aérea de Anápolis.

Sem representatividadeO município de Inhumas, com cerca de 52

mil habitantes e 39 mil eleitores, não tem re-presentatividade política na Assembleia Le-gislativa nesta legislatura. Já teve vários. Osdois últimos, na mesma legislatura, foramJosé Essado (PMDB) e Wellington Valim (PTdo B, na época). O deputado Lucas Calil(PSL) tem família na cidade, mas mora emGoiânia.

Deputado Humberto Aidar diz que é absursoe inaceitável a prefeitura de Goiânia funcionarem regime de atendimento ao público apenasem meio período.

Jayme Rincón, presidente da Agetop, recu-pera fôlego depois da Operação Compadriocomo pré-candidato a prefeito de Goiâniapelo PSDB em 2016.

A justiça revogou a portaria do Detran queassocia a regularização de veículos ao paga-mento de multas e demais débitos vinculadosao CPF do proprietário.

Diretor do Sindicato dos Rodoviários deGoiás, Jaime Bueno é o novo Superinten-dente Executivo do Trabalho da Secretaria deCidadania e Trabalho do Governo de Goiás.

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Padre Jesus Flores recebe justa homenagem da Assembleia Legislativa

Missionário Redentorista e jornalista, o Padre Jesus Floresfoi homenageado com a Medalha Pedro Ludovico Teixeira,a mais importante honraria concedida pela AssembleiaLegislativa de Goiás a quem, de fato, contribuiu e con-trubui para o desenvolvimento do Estado durante oexercício da sua atividade profissional. A sessão so-lene de entrega da Medalha Pedro Ludovico Teixeirafoi realizada na noite de segunda-feira, dia 8, e a pro-posta foi do deputado Mané Oliveira (PSDB). Estafoi uma homenagem mais do que justa e merecida ereconhece a dedicação do Padre Jesus Flores à vidareligiosa e à sua missão como evangelizador. É tam-bém o reconhecimento do Poder Legislativo ao tra-balho de um dos jornalistas de maior credibilidade emGoiás. Padre Jesus tem história na Rádio Difusora deGoiânia, onde faz seus comentários contundentes e,acima de tudo, recheados de conhecimento filosófico, teo-lógico, ético, moral, social e político que poucos têm. Foiainda um dos fundadores da Rede Católica de Rádio(RCR). Sua atuação como jornalista contribuiu e contri-bui para a ação dos governantes que, muitas vezes,reconhecem nos seus comentários o ponto dereferência para a tomada de uma decisãocorreta. Padre Jesus Flores é refe-rência dentro da Igreja Cató-lica, no meio jornalístico eno mundo político. A As-sembleia Legislativasoube homenagear umhomem mais do que me-recedor da honraria, umhomem que está fazendouma das mais belas his-tória do jornalismogoiano.

Y. m

aEd

a

O Tribunal Superior Eleitoral(TSE) recebeu do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Ges-tão cópia do relatório enviado àComissão Mista do CongressoNacional, no qual constam rees-timativas de receitas e despesasque garantem a realização dasEleições Municipais de 2016 por

meio eletrônico. O documentotambém é assinado pelo Ministé-rio da Fazenda.

De acordo com o Ofício Inter-ministerial, findo o quinto bimestredeste ano, e dada a meta de supe-rávit primário constante da Lei deDiretrizes Orçamentárias (LDO-2015) vigente à época, indicou-se

a necessidade de redução finan-ceira em R$ 107,1 bilhões aos Po-deres da República, incluindo aDefensoria Pública (DPU) e o Mi-nistério Público da União (MPU).Ao fim do terceiro bimestre já ha-via a necessidade de redução deoutros R$ 79,5 bilhões.

No entanto, com a aprovação

do PLN nº 5/2015 no CongressoNacional e sua conversão em lei,a LDO-2015 foi alterada e houveredução na meta de resultado pri-mário para o conjunto dos Orça-mentos Fiscal e da SeguridadeSocial – OFSS, de R$ 55,3 bilhõespositivos para R$51,8 bilhões ne-gativos e, dessa forma, a meta de

resultado primário OFSS foi re-duzida em R$ 107,1 bilhões.

No último dia 30, o DiárioOficial da União publicou a Por-taria Conjunta nº 3/2015, assi-nada pelos presidentes dostribunais superiores, informandoque o contingenciamento de re-cursos determinado pela União

para cada área do Poder Judiciá-rio, incluindo a Justiça Eleitoral,inviabilizaria as eleições do pró-ximo ano por meio eletrônico.

A Justiça Eleitoral sofreria umcorte de mais de R$ 428 milhões,o que prejudicaria a aquisição emanutenção de equipamentospara a execução do pleito de 2016.

determinação da justiça.A AGM contratou uma audi-

toria coordenada pelo jurista Dr.Jessé Murici, especialista no as-sunto, que coordenou um minu-cioso trabalho de análise dosfatores que geraram as “dívidas”.Também se constatou com esseestudo que inúmeras irregulari-dades vêm sendo praticadas pelaCelg, o que reforçou a tese deapelar para a justiça.

Vários municípios já assina-ram termo junto a AGM autori-zando a entidade a impetrar najustiça.

ASSEMBLEIAA AGM promoveu na ma-

nhãde quinta-feira, dia 10, reuniãocom dezenas de prefeitos, vices esecretários municipais nas depen-dências da churrascaria LancasterGrill, em Goiânia, quando foi rea-lizada uma assembleia geral ex-traordinária da entidade.

O presidente da AGM, Cleu-des Baré Bernardes, fez a presta-ção de contas da gestão daassociação durante o ano de2014 o qual já havia sido apre-ciado pelo Conselho de Avalia-ção e que foi aprovado também

por unanimidade pelos presen-tes.

Baré destacou as ações daAGM no apoio e defesa dos mu-nicípios bem como os avançosem 2014 e em 2015. Esse ano,com o agravamento da crise eco-nômica do país provocandoqueda de arrecadação e de repas-ses de recursos, as administra-ções vivem um momento deenormes dificuldades e de desa-fios para superar as adversida-des. A atual situação tem levadoas prefeituras a adoção de medi-das drásticas, muitas avaliadascomo antipopulares, a contra-gosto dos prefeitos, com efeitosdiretos sobre a população, masconsideradas necessárias e im-prescindíveis. O ano tambémestá sendo marcado por umamaior participação dos gestoresna luta municipalista através dasmobilizações, o que fortalece omovimento e é altamente posi-tivo. Prova disso foi a última mo-bilização ocorrida em Goiânia eque levou centenas de prefeitos elideranças municipais as ruas. Asarticulações feitas em Brasíliajunto ao Governo Federal e, prin-cipalmente no Congresso Nacio-nal na busca da aprovação dapauta federativa, também apre-sentaram bons resultados. MasCleudes Baré critica o fato do“Congresso Nacional agir deforma lenta, em desacordo comos interesses dos municípios e re-tardando a reforma do Pacto Fe-derativo”.

presidente da AGM, Cleudes Baré fez assembléia da entidade

TSE confirma votação eletrônica nas eleições municipais de 2016

PauLo JoSé

Page 4: tribunadoplanalto.com.brtribunadoplanalto.com.br › wp-content › uploads › 2015 › 12 › 13...2015/12/13  · FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00

POLÍTICA4 X

ENTREVISTA/JEOVALTER CORREIA

Secretário, um dos grandesproblemas dessa gestão,especialmente no início dessesegundo mandato foi a crisefinanceira que atingiu o país, oestado e os municípios. Isso levou aprefeitura a fazer a reformaadministrativa para reduzir otamanho da máquina e aquantidade de servidores a fim deeconomizar R$ 50 milhões duranteo ano. O objetivo foi atingido?

Esse­objetivo­está­sendo­atingido.Teria­sido­muito­pior­se­não­tivessesido­feita­a­reforma.­Realmenteaconteceu­uma­diminuição­de­36para­21­no­número­de­secretarias­esempre­há,­neste­caso,­redução­decusteio.­Tem­essa­meta­e­essa­metaestá­sendo­cumprida.­Muito­emboraa­perda­de­arrecadação­tenha­sidomuito­maior­que­isso.­Teve­umafrustração­de­receita­muito­grande.Aquilo­que­você­espera­arrecadar­enão­arrecada,­nós­temos­convividocom­perda­nominal­de­arrecadação.A­prefeitura­tem­arrecadado­menosdo­que­arrecadou­em­2014.­Se­nãofosse­as­reformas­que­o­prefeito­fez­ea­contenção­de­gastos­estaríamosbem­pior­do­que­a­gente­está­hoje.

Secretário, dá para dimensionar osefeitos dessa contenção, dessaeconomia? Deu para economizarquanto?

Nós­tínhamos­uma­meta­paraeconomizar­cerca­de­R$­1,8­milhãopor­mês,­se­não­me­engano,­e­cercade­R$­22­milhões­ano.­Como­areforma­demorou­a­ser­colocada­em

prática­houve­também­umafrustração­da­economia­em­2015.­Elavai­acontecer­num­período­de­12meses,­mas­ela­está­acontecendo.­Agente­estaria­com­despesa­de­pessoalcerca­de­R$­1,8­milhão­a­mais­casonão­fizéssemos­a­reforma.­

A prefeitura chega no final de 2015com as contas controladas ou temdéficit?

A­prefeitura­trabalha­com­ahipótese­de­um­déficit­de­­cerca­de­R$200­milhões­ainda.­Por­conta­dafrustração­de­receita,­de­queda­naarrecadação­e­por­conta­da­gente­nãoter­aprovado­a­planta­de­valores­noano­passado.­Então,­isso­levou­agente­a­estar­com­uma­despesa­aindaacima­daquilo­que­a­gente­arrecada.Só­para­que­você­possa­ter­uma­ideianós­estamos­com­uma­perda­dearrecadação­real­de­cerca­de­4,6%.­

Esse ano foi ruim devido ao cenárioda economia que andou lentamente,enfim, não houve crescimento. Aprefeitura sentiu o impacto nestesentido?

No­início­do­segundo­semestre­de2015­nós­chegamos­a­ter­uma­perdade­arrecadação­muito­grande.­Agente­arrecadava­cerca­de­R$­50milhões­de­ISS­por­mês­e­a­gentearrecadou­R$­39­milhões.­O­ISTI,­quesão­os­impostos­que­refletem­nastransações­imobiliárias,­a­gentearrecadava­R$­10­milhões­a­gentearrecadou­R$­7­milhões.­Isso­significa30%­de­perda.­A­perda­foi­maisagravada­com­o­ápice­da­crise

"Vamos entrarem janeiro com o orçamento base zero"Ronaldo Coelho, Manoel Messias, Fabiola Rodrigues e Marcione Barreira

Secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia Santosafirma em entrevista exclusiva à Tribuna do Planalto quea prefeitura de Goiânia já implantou a terceirageração do ajuste fiscal e que a gestão municipalvai entrar no ano novo com o pé no freio,mantendo rígido controle dos gastos. "Só vamosfazer despesas se tiver efetivamente disponibilidadefinanceira. Não há espaço para que a gente deixenenhuma folga orçamentária", diz. Jeovalter falaainda sobre gestão compartilhada dos recursos daSaúde e da Educação, de ajustes na Comurg e garanteque em nenhum momento a crise política abalou seutrabalho na Secretaria de Finanças. Ele defende ainda amanutenção da aliança do PT com o PMDB.

política­que­também­Goiás­nãoresistiu­e­hoje­a­gente­tem­uma­quedanominal.­Só­para­você­ter­uma­ideia,a­gente­tem­uma­queda­no­repasseprincipalmente­do­FPM­de­cerda­de4,5%.­

A prefeitura de Aparecida deGoiânia desenvolve uma ação hávárias décadas de atração deinvestimentos para melhorararrecadação e poder investir eoferecer serviço. Em Goiânia a gentenão vê isso. Por quê?

O­Plano­Diretor­da­cidade­decerta­forma­engessou­a­atração­deinvestimentos,­principalmenteindustrial.­Houve­umadescentralização­dodesenvolvimento­econômico­doEstado.­Isso­é­patente.­Cidades­hojesão­pólo­de­desenvolvimento­deindústrias­que­poderiam­muito­bemser­instaladas­aqui,­mas­acabou­seinstalando­em­municípios­dointerior.­Então,­com­essadescentralização­e­com­o­PlanoDiretor,­Goiânia­não­tem­hojecompetitividade­para­atrairindústrias.­

Mesmo se o prefeito quiser nãoconsegue?

Hoje­o­Plano­Diretor­engessa­isso.E­ai­eu­acho­também­que,­passandoao­largo­dessa­discussão,­Goiâniatem­uma­vocação­de­prestação­deserviço­do­comércio­aonde­a­maioriado­interior­vem­comprar­aqui.­Euacho­que­a­gente­precisa­fortalecer

aquilo­que­a­gente­é­melhor.­A­genteé­melhor­na­prestação­de­serviço,­namedicina.­Eu­acho­que­a­genteprecisa­é­sistematizar­isso.­Eu­achoque­a­gente­precisa­de­um­pólo­dedesenvolvimento­tecnológico,­umpólo­de­desenvolvimentogastronômico,­precisa­é­ter­políticasque­facilitem­esse­desenvolvimento.Um­outro­pólo­que­Goiânia­está­setornando­é­um­pólo­dedesenvolvimento­do­turismo­denegócio.­O­turismo­de­Goiânia­émuito­forte­apesar­de­agente­não­teros­encantos­das­praias,­mas­o­turismode­negócio­em­Goiânia­é­forte.­Agente­precisa­fazer­com­que­o­turistafique­mais­dia­em­Goiânia­gastando.Você­não­muita­atração,­o­cara­vempra­que­depois­do­evento,­na­médiana­praia­ele­fica­mais­três­dias,­namédia­em­Goiânia­ele­fica­mais­umdia­só­depois­do­evento.­Então­eleprecisa­aumentar­a­estadia­dele.­

Secretário, neste ano foi reajustadaa Planta de Valores Imobiliários. Aexpectativa é de que no ano que vemhaja aumento de R$ 450 milhões naarrecadação, cerca de 20% a mais doque em 2015. Dá para fechar ascontas do ano que vem sem essedéficit ou muita influencia até o finaldo governo?

Apesar­de­Goiânia­ter­aprovado­aPlanta­de­Valores,­a­expectativa­é­deque­a­gente­continue­tomando­asmedidas­para­que­fechemos­o­anobem,­o­ano­que­vem.­Porque­o­anoque­vem­é­ano­de­eleição,­um­ano

que­a­lei­de­responsabilidade­impõeuma­rigidez­maior­na­gestão­fiscal­e,portanto,­no­início­do­ano­a­gente­vaiapresentar­um­projeto­de­juste­fiscalpara­que­possamos­fechar­as­contasda­atual­gestão­com­umatranquilidade­melhor­desde­o­início.Então,­além­das­medidas­queestamos­tomando,­a­gente­não­podeesquecer­do­outro­lado­do­ajuste,­queé­a­despesa.­

É a terceira geração do ajuste fiscal?A­terceira­geração­de­ajuste­fiscal

está­em­andamento­na­prefeitura­e,com­certeza,­essas­medidas­serãotomadas­no­inicio­do­ano.­A­gente­vaientrar­no­ano­novo­com­o­pé­no­freio,com­todo­o­controle­da­gestão­fiscalda­prefeitura.­Só­para­você­ter­umaideia,­­a­gente­pretende­entrar­o­anocom­uma­gestão­orçamentária­muitorígida,­é­o­chamado­orçamento­basezero,­ou­seja,­só­vamos­fazerdespesas­se­tiver­efetivamentedisponibilidade­financeira.­Não­háespaço­no­ano­em­que­a­partir­demaio­já­tem­restrição­de­fazer­dívidapara­deixar­para­o­próximo­gestor.Não­há­espaço­para­que­a­gente­deixenenhuma­folga­orçamentária.Portanto,­esse­trabalho­tem­que­serfeito­já­em­janeiro.­Vamos­entrar­emjaneiro­com­o­orçamento­base­zero.Ou­seja,­os­órgãos­não­vão­podergastar­a­não­ser­que­a­Secretaria­deFinanças­tenha­possibilidade.

Vai ser feita então uma centralizaçãogeral dos gastos? Sim.

São 59 mil servidores municipais hojeem Goiânia e, apesar da criseeconômica, a prefeitura implantounovas práticas gerenciais. Como éque está o processo da meritocraciana prefeitura. Ela existeconcretamente ou não conseguiu serimplantada como vocês queriam?

A­gente­implantou­na­Secretariade­Finanças.­A­gente­sistematizou­issona­reforma­administrativa.­Hoje­temos­instrumentos­da­administração­porresultados­que­é­você­estipular­metas,cobrar­essa­metas.­Hoje­eu­tenho­umcontrato­com­o­prefeito­ondeantecipadamente­a­gente­discute­oaumento­de­receitas,­redução­dedespesas­e­etc.­Eu­dissemino­issojunto­aos­servidores­e­eles­têm­arecompensa,­que­é­a­chamadagratificação­de­desempenhoinstitucional.­­Fora­isso,­a­prefeitura­jávinha­ornamentando­algumaspráticas­neste­sentido.­Essa­é­umprática­que­eu­acho­que­é­o­caminhodo­setor­público.­Não­tem­outro

caminho­a­não­ser­esse.­Eu­vislumbroque­no­futuro­tem­que­haver­isso.­Eupenso­o­seguinte,­o­setor­público­hojeestá­travado.­Muito­travado.­Muitaburocracia.­Você­não­faz­uma­licitaçãocom­menos­de­seis­meses.­É­precisocada­vez­mais­haver­flexibilização­doscontratos­e­fazer­com­que­o­setorpúblico­possa­fazer­licitação­rápida.Num­passado­recente­eu­tinha­atédúvida­se­ia­dar­certo­as­OS's­nasaúde.­Hoje­as­OS's­são­um­sucesso.Porque­tudo­é­rápido,­você­está­alicontrata,­cobra.­Então,­isso­é­acordode­resultado­no­setor­privado.­

O senhor é a favor da estabilidadefuncional no serviço público?

Eu­sou­a­favor­estabilidade­dascarreiras­exclusivas­do­estado.­Porquenão­dá­para­você­mandar­um­policialfazer­o­seu­trabalho­policialesco­e­elepega­lá­o­filho­do­patrão­e­o­patrão­dizassim­'olha,­eu­vou­ali­agora­e­quandoeu­voltar­você­não­é­mais­funcionário'.Então­algumas­carreiras­no­estado

precisa­ter­estabilidade.­Algumas.­Masé­preciso­fazer­um­misto.

A educação pelo que o senhor falou,também pode ser entregue ás OS's?

É­uma­área­estratégica­queprecisamos­ver­melhor.­Eu­tenhominhas­dificuldades­em­compreenderna­área­da­educação.

Na saúde o senhor acha que estácerto?

Sim.­Na­saúde­sim,­na­educação­eutenho­minhas­dificuldades.

Por quê?Porque­na­área­de­educação­a

administração­da­educação­não­é­amesma­coisa­que­a­administração­dasaúde.­Ela­precisa­ter­todo­umconteúdo.­

É, mas o governo na abre mão, igualas agências fazem, as agênciasregulam.

Eu­espero­que­dê­certo.

Jeovalter, na proposta de reformaadminsitrativa aprovada pela CâmaraMunicipal, uma das metas dela era oaumento da eficiência municipal. Issoestá sendo possível?

Melhorou­demais.­Demais.­Nóstínhamos­órgãos­com­nove­níveishierárquico.­Você­tinha­o­secretário,tinha­o­diretor,­tinha­o­chefe­de­visão,tinha­o­chefe­de­setor­e­ia­longe.­Lá­naControladoria­tinha­nove­e­nósbaixamos­para­três.­Então,­só­isso­vocêpode­imaginar­o­quanto­reduziu­atramitação­dos­processos­pelaprefeitura.

A prefeitura fez um mutirão denegociação. Deu resultadosatisfatório? Esse dinheiro tinha umadestinação que era pagar precatórios,sobrou e a prefeitura pagou tambémoutras coisas. Deu uma folga boa?

Na­verdade­assim,­nós­fizemos­omutirão­de­negociações­e­negociamoscerca­de­R$­90­milhões­e­arrecadamosR$­20­milhões.­Ou­seja,­R$­70­milhões

parcelados­e­R$­20­milhões­a­vista.Isso­deu­uma­folga­para­gente­pagar­afolha­com­certa­tranqüilidade­no­mêsde­novembro­e­ainda­sobrou­trocopara­a­gente­pagar­dezembro.­Aprefeitura­é­uma­das­poucas­a­zerar­oseus­precatórios.­

Até 2015 está tudo zerado?Até­2015­zerou­tudo.­Tinha

precatório­de­2004­­e­tudo,­aí­pagou.

Isso é um alivio para prefeitura, umalívio para quem tinha o precatóriopara receber e um alívio para ocomércio também.

R$­24­milhões­devem­entrar­nomercado.­

A prefeitura pagou o mês denovembro no dia 30. O 13º é pago nadata do aniversário?

É­pago­na­data­de­aniversário,­mastem­uma­parte­dos­servidorescomissionados­que­recebem­agora­emdezembro.

Secretário defende flexibilização dos contratos no setor público

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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POLÍTICA 5

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GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

“Ninguém gosta de

sair da sua área de

conforto. Mudar é

bom, mas tem

sempre resistência

Vamos falar um pouco sobre política.E as alfinetadas que estão havendoentre PMDB e PT. O que o senhorpensa disso?Quando­me­perguntam­sobre­isso

digo­que­é­natural­deixar­as­questõespolíticas­para­os­capos.­Eu­cuido­maisda­parte­técnica.­

Essas interferências políticas emmomento algum abalam o senhor?Não­abalam­o­trabalho­que­a

Secretaria­de­Finanças­está­fazendoem­nenhum­sentido.­Não­vou­deixarde­fazer­mais­nem­menos­por­isso.­ASecretaria­de­Finanças­continua­noseu­caminho.­A­gente­acha­que­temum­rumo­e­a­gente­vai­perseguir­esserumo.­Pode­não­estar­certo,­mas­agente­persegue.

O senhor acha que há possibilidadede ser mantida essa aliança PT-PMDB?Tem.­Eu­acho­que­essa­é­uma

aliança­vitoriosa­no­âmbito­municipal.Se­fosse­para­dar­um­pitaco­eu­achoque­poderia­continuar­sem­problemanenhum.­Embora­eu­ache­que­ocenário­nacional­aponta­para­outrorumo,­mas­pelo­histórico­que­tem­devitoriosa­eu­acho­que­poderia­simcontinuar.­Eu­não­tenho­restriçãonenhuma­com­relação­a­isso.

Essa crise recente do prefeito com ovice em algum momento chegou aprejudicar o bom andamento daadministração?Evidentemente­você­tem

secretários­do­PMDB­que­sãoimpactados­por­isso­muito,­embora­eunão­vi­desses­secretários­nenhumsinal­que­tenha­ficado­abalado.­Emtermos­de­gestão­pública­não­mudounada.­Eu­acho­que­o­prefeito­teve­umaatitude­de­responder­como­teve­queresponder­e­depois­poupou­a­gestão.Eu­acho­que­essa­é­uma­obrigaçãonossa.­Não­podemos­deixar­a­política

afetar­a­nossa­gestão.

O senhor teve uma atuaçãocontundentena Câmara Municipal,principalmente agora na votação daPlanta de Valores. Com é que está orelacionamento do Executivo com oLegislativo?Tem­sido­o­melhor­possível.­O

prefeito­tem­conseguido­reunificar­asua­base.­Quero­fazer­um­parêntese­dagestão­do­Anselmo­que­se­reveloumuito­amigo,­não­está­fazendopolítica­pequena.­Então­quero­fazer

essa­ressalva.­Com­relação­aosvereadores­da­base,­acho­que­osentimento­hoje­da­prefeitura­é­deagradecimento­a­eles.­Os­vereadoresdo­PMDB­que­receberam­pressõesinternas­continuaram­defendendo­oprojeto,­isso­precisa­ser­ressaltado.Aqueles­que­não­estiveram­com­agente,­mas­que­no­passadocontribuíram­também­tem­que­serrespeitados.­Não­tiveram­condiçõesporque­tiveram­seus­compromissos.

Como é que o senhor está hoje

partidariamente?Eu­estou­desfiliado.­O­último

partido­que­eu­estava­filiado­era­o­PSBdo­Vanderlan.

Pelas conversas de bastidores dizemque tem dois gestores que mandamna prefeitura. Um na área financeirae outro que manda na área política.O que o acha disso?Eu­acho­que­tem­dois­gestores­que

mandam­na­prefeitura.­São­o­prefeitoe­o­cidadão­Paulo­Garcia.­Na­verdadeeu­acho­que­ninguém­governasozinho.­Evidentemente­que­temsituações­na­área­financeira­que­sevocê­não­segurar­no­manche­parafazer­você­acaba­perdendo­o­rumo.Talvez­alguém­possa­ter­essa­visão,mas­eu­não­faço­nada­sem­conversarcom­o­prefeito­Paulo­Garcia.­Ele­é­ocentro.­Ele­dá­a­linha­e­eu­acaboexecutando.­Evidentemente­eu­sugiro,mas­quem­da­a­linha­é­ele.­Eu­sou­umauxiliar­que­tem­uma­missãoimportante­na­área­de­finanças.

Algo que o ser gostaria de colocarque não foi perguntado?Essa­questão­de­gestão­por

resultado.­O­resultado­do­mês­denovembro,­nós­estamos­aqui­comuma­média­global­de­61%­da­metaatingida,­índice­de­satisfação­docliente­de­70%­,­receita­que­a­gentequeria­arrecadar­de­R$­960­milhõesnós­­arrecadamos­R$­860­milhões.Desde­que­a­gente­fez­o­contrato­como­prefeito,­a­gente­tinha­atraso­naentrega­dos­balancete­e­agora­estamosentregando­em­100%­da­meta.Portanto,­hoje­a­gente­tem­essecontrole­e­isso­é­contratual.­Esse­anode­2015­foi­muito­positivo,­só­não­émais­positivo­por­conta­da­crise­que­seabateu­sobre­o­Brasil.­Eu­queriaagradecer­a­oportunidade­e­colocar­àdisposição­para­outras­informaçõesque­vocês­queiram­e­desejar­a­todosum­2016­bacana.

Um dos principais problemas noEstado é a folha de pagamento. Alémde precisar contratar para áreas quenão tem como ficar sem, vocêtambém tem o crescimento naturaldela. A prefeitura de Goiânia tambémenfrenta esse problema?Esse­é­o­nó­da­prefeitura.­Quer

dizer,­o­nó­da­administração­públicaem­geral­é­a­rigidez­dos­gastospúblicos,­além­de­você­ter­folha­vocêtem­que­gastar­ao­menos­25%­emeducação,­ao­menos­15%­em­saúde­eai­se­não­precisar­você­gasta­assimmesmo.­Não­tem­jeito.­Então,­essarigidez­impõe­muita­restrição­a­gestãofiscal­do­setor­público.­Goiânia­não­éuma­ilha­e­sofre­com­isso­hoje.­Apesarde­a­gente­está­gastando­cerca­de51,23%­com­pessoal,­perto­ali­dolimite­prudencial­que­é­de­51,3%,­masvocê­tem­uma­despesa­que­não­háespaço­para­reduzi-la.­Só­tem­espaçopara­aumentar­e,­além­disso,­você­temhoje­o­piso­dos­professores.­É­umacategoria­respeitada­e­precisa­ter­essereajuste,­mas­num­momento­de­crisehoje­o­MEC­acena­para­um­reajuste­decerca­de­11,5%.­Quer­dizer,­estáencolhendo­a­receita,­mas­você­temque­enfrentar­esse­aumento.­Entãoessa­conta­não­fecha­nunca.­Só­paravocê­ter­uma­ideia­nós­estamosgastando­28,83%­com­educaçãoquando­se­deveria­gastar­25%.Estamos­gastando­22%­com­saúde,quando­deveríamos­gastar­15%.­Entãoa­despesa­é­alta.­

O senhor puxou para a Secretaria deFinanças a responsabilidade deadministrar os fundos da dassecretarias de Saúde e da Educaçãojustamente por causa dessascolocações que o senhor fez. Deuresultado prático, conseguiuequilibrar as contas?Pelo­menos­a­Secretaria­de

Finanças­deu­luz­nessa­execuçãoporque­antes­havia­quatro­prefeiturasna­cidade.­Nós­temos­a­Comug,educação­que­é­uma­prefeitura­aparte,­saúde­e­a­própria­a­prefeitura.Então­era­preciso­a­gente­compartilharessa­gestão­para­que­Secretaria­deFinanças­tomasse­ciência­de­toda­essaexecução­orçamentária­e­financeira.­Já

fizemos­isso­com­a­Secretária­deEducação,­estamos­fazendo­com­aSecretaria­de­Saúde­e­o­próximo­passoagora­é­fazer­com­que­a­Comug­sejauma­empresa­competitiva.­Quando­agente­fala­competitividade,­esse­seráum­grande­desafio­dessa­gestão.­Oserviço­de­limpeza­da­Comug­custaquase­o­dobro­do­que­custaria­seestivesse­terceirizado.­Então,­fazercom­que­a­Comurg­se­torne­umaempresa­competitiva­é­um­grandedesafio­da­gestão­do­prefeito­PauloGarcia.

O senhor está falando em terceirizar?Estou­falando­que­é­possível­fazer

isso.­Fazer­mais­com­menos.

Vocês detectaram onde está ogargalo?Com­certeza­na­folha­de

pagamento.­Nós­gastamos­hoje­R$­37,38­milhões­por­mês­com­a­Secretariade­Saúde­e­R$­29­milhões­com­a­folhade­pagamento­da­Comurg.­

Havia muitos problemas na execuçãoorçamentária financeira dessas duaspastas, da Saúde e da Educação, aponto de levar o senhor e o prefeito atomarem essa atitude?Não.­A­questão­era­pra­gente­ter­o

controle­das­finanças.­Há­umprincipio­na­lei­4.320­que­dispõe­sobreexecução­orçamentária­e­financeirados­agentes­públicos.­Ela­coloca­otesouro­como­uno.­Não­para­você­teruma­administração­financeira­daprefeitura­sem­um­tesouro­ser­partedessa­administração.­O­que­a­gentefez­foi­nos­adaptar­com­aquilo­que­dizo­tesouro.­Na­prefeitura­de­Goiânia,com­a­reforma­nos­fundos­e­com­areforma­administrativa,­a­genteacabou­um­pouco­com­isso,­mas­eracomum­a­criação­de­fundos.­Nóstínhamos­14­fundos.­A­receita­damaioria­desses­fundos­era­compostade­receitas­originárias.­O­que­era­isso?Eram­receitas­do­tesouro.­O­fundo­deturismo­é­composto­de­uma­taxa­que­édo­tesouro.­A­maioria­dos­fundos­temorigem­na­receita­originária.­Isso­é­areceita­do­tesouro.­Não­tem­porqueisso­estar­fora­do­tesouro.­É­umaforma­de­você­dizer:­'olha,­eu­vou

administrar­o­meu­umbigo.­Entãopara­administrar­o­meu­umbigo­empreciso­de­receita'.­É­assim­quefuncionava.­Aí­é­cada­um­puxando­acorda­para­o­seu­lado.

Secretário, o senhor chegou a dizeralgum tempo atrás que iria paradentro da Comurg porque não tinhaalternativa. Hoje houve a troca depresidente. Aquela dificuldade queexistia antes ainda na Comurg?Não.­Quando­eu­falei­de­ir­para

dentro­da­Comurg­era­no­sentidofigurado­de­dizer,­vamos­levar­oajuste­fiscal­para­dentro­da­Comurg.Eu­acho­que­o­gesto­do­prefeito­decolocar­lá­o­Controlador­Geral­domunicípio­é­um­alento­no­sentido­deque­a­gente­tenha­lá­um­parceiro.Estamos­torcendo­muito­para­que­oEdilberto­(Dias)­possa,­em­parceriacom­os­demais­órgãos,­fazer­acontenção­de­gasto­que­precisa­serfeita­dentro­da­Comurg.­E­começar­afocar­a­Comurg­naquilo­que­éessencial.­Porque­acaba­que­a­Comurgé­penalizada,­então­é­preciso­que­elafoque­naqueli­para­que­ela­foi­criada.Acho­que­as­últimas­ações­doEdilberto­caminham­neste­sentindo.

A folha lá é de R$ 29 milhões. Isso ébem maior do que o orçamento demuitas prefeituras.A­Comurg­hoje­tem­um

orçamento­que­seria­a­quinta­noEstado­de­Goiás.

Este novo modo de gestão com essacentralização no Paço Municipaltrouxe desgaste político?Ninguém­gosta­de­sair­da­sua­área

de­conforto.­Então­mudar­é­bom,­mastem­sempre­resistência.­Mas­eu­achoque­o­prefeito­não­tem­faltado­com­orespaldo­no­sentido­de­fazer­asmudanças­que­tem­sido­propostaspela­área­financeira.­A­Secretaria­deFinanças­se­sente­muito­confortávelcom­as­atitudes­do­prefeito­derespaldo­e­atenção­naquilo­queprecisa­ser­feito.­Então­Inclusivealgumas­dessas­medidas­forampropostas­por­ele,­estavam­no­seuplano­de­governo.­Eu­tive­aoportunidade­de­ajudar­a­sistematizar

o­plano­de­governo­do­prefeito­ealgumas­das­medidas­estavam­lá,­sófaltava­alguém­para­botar­em­prática.Acho­que­o­desgaste­é­natural­e­agente­não­vai­se­intimidar­e­vaicontinuar­fazendo­o­que­tem­que­serfeito­para­fazer­com­que­o­prefeitotermine­bem­esta­gestão­e­sejaimportante­nos­processos­políticosque­se­avizinham.

A impressão que tem é que talvez senão tivesse ocorrido isso por causada crise política, econômica...Tinha­sido­pior,­tinha­sido­pior.

Agora,­deixa­eu­continuar­minhaexplicação­dos­fundos.­Nós­temos­umexemplo­clássico­na­literatura­dodireito­administrativo­brasileiro­deum­fundo­que­se­tornou­autarquia.Chama-se­Fundo­Nacional­doDesenvolvimento­da­Educação.­Esseera­para­ser­um­fundo­e­fundo­temnatureza­contábil,­mas­ai­ele­passou­aser­autarquia,­o­único­fundo­quefunciona­como­autarquia­no­Brasil.

Ou seja, virou uma entidade.Virou­uma­­entidade.­Aqui­em

Goiânia­a­maioria­dos­fundos­tinhanatureza­autárquica.­Eles­tinhamsuperintendente­que­não­conversavacom­secretário.­Tinha­um­gestor­dofundo­que­tinha­autonomia­sobre­osecretário.­Então,­a­maioria­dosfundos­do­município­tinha­essanatureza.­Foi­um­equivoco,­a­Câmaraacabou­revertendo­isso­na­reforma,mas­a­gente­manteve­um­fundomunicipal­da­Amma.­Só­tem­sentidoter­fundo­se­for­secretaria.­Porque­senão­for­secretaria­você­tem­autonomiacom­iniciativa­financeira.­Alí­nóstemos­agora­duas­autarquias.­Osoutros­fundos­que­­a­gente­tem­dassecretarias­de­Educação­e­da­Saúdesão­fundos­constitucionais.­Entãoesses­fundos­eles­tem­algum­sentido,mas­os­demais­não­tem­necessidadede­ter­fundo­nenhum.

Esses outros, na verdade, era umaforma de vincular verba?Era­uma­forma­de­vincular­e­o

camarada­ter­ali­um­recursinho­paraele­trabalhar­sem­estar­pedindo­abenção.

Prefeiturapotencializarecursospara realizarobrasSecretário, tudo isso que está sendofeito está mostrando resultado?Quer dizer, a prefeitura começamostrar a face dela como gestora dacidade?Sim.­Foi­uma­coisa­que­a­gente­fez

lá.­Não­adianta­que­a­gente­não­vaiter­dinheiro­para­fazer­investimentocom­recursos­próprios.­Então­vamospotencializar­os­recursos­que­a­genterecebe.­As­vezes­a­gente­recebiadinheiro­do­governo­federal­e­tinhaque­devolver­porque­não­gastava.Então,­o­que­foi­que­o­prefeito­fez?Pegar­o­pouco­dinheiro­­que­a­gente­epotencializá-lo.­Hoje­temos­umacarteira­de­obras­de­R$­1­bilhão,­com60­obras­sendo­executadas­comrecursos­federais,­mas­que­nãosairiam­do­papel­caso­a­prefeituranão­tivesse­um­dinheiro­decontrapartida.­Não­tem­um­convêniodesse­que­não­tem­5%,­10%­decontrapartida.­

Hoje a prefeitura tem equipespreparadas para capitação derecursos?Tem.­Nós­temos­um­gabinete

executivo­que­foi­criado­na­reforma.Um­gabinete­executivo­de­projetos,que­é­um­órgão­institucional­paraelaborar­projetos.

Essas parcerias para essas 60 obrasestão sendo feitas através deparceiras com os governos federal eestadual?Eu­acho­correta­de­mudança­de

postura­e­de­comportamento­tantodo­prefeito­quanto­do­governadorcom­relação­ao­diálogo.­Apesar­de­agente­não­ter­uma­parceria­efetiva­deobras­com­o­governo­do­Estadosendo­executadas,­a­não­ser­na­áreahabitacional­que­um­conjuntohabitacional,­se­não­me­engano,­queestá­sendo­construído­com­essaparceria.­Fora­isso­não­há­outrasparcerias.­Mas­eu­achoabsolutamente­importante­quegoverno­não­faça­oposição­a­governo.Acho­que­tem­que­conversar­e­nahora­da­eleição­cada­um­tem­seuprojeto,­mas­vamos­conversar,­vamosdiscutir­os­projetos­durante­ogoverno.

"Não podemos deixar a política afetar a nossa gestão"

Gestão compartilhada de recursos com a Saúde e a Educação

Eu acho que tem dois gestores que mandam naprefeitura. São o prefeito e o cidadão Paulo Garcia“

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POLÍTICA 5

X

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

“Ninguém gosta de

sair da sua área de

conforto. Mudar é

bom, mas tem

sempre resistência

Vamos falar um pouco sobre política.E as alfinetadas que estão havendoentre PMDB e PT. O que o senhorpensa disso?Quando­me­perguntam­sobre­isso

digo­que­é­natural­deixar­as­questõespolíticas­para­os­capos.­Eu­cuido­maisda­parte­técnica.­

Essas interferências políticas emmomento algum abalam o senhor?Não­abalam­o­trabalho­que­a

Secretaria­de­Finanças­está­fazendoem­nenhum­sentido.­Não­vou­deixarde­fazer­mais­nem­menos­por­isso.­ASecretaria­de­Finanças­continua­noseu­caminho.­A­gente­acha­que­temum­rumo­e­a­gente­vai­perseguir­esserumo.­Pode­não­estar­certo,­mas­agente­persegue.

O senhor acha que há possibilidadede ser mantida essa aliança PT-PMDB?Tem.­Eu­acho­que­essa­é­uma

aliança­vitoriosa­no­âmbito­municipal.Se­fosse­para­dar­um­pitaco­eu­achoque­poderia­continuar­sem­problemanenhum.­Embora­eu­ache­que­ocenário­nacional­aponta­para­outrorumo,­mas­pelo­histórico­que­tem­devitoriosa­eu­acho­que­poderia­simcontinuar.­Eu­não­tenho­restriçãonenhuma­com­relação­a­isso.

Essa crise recente do prefeito com ovice em algum momento chegou aprejudicar o bom andamento daadministração?Evidentemente­você­tem

secretários­do­PMDB­que­sãoimpactados­por­isso­muito,­embora­eunão­vi­desses­secretários­nenhumsinal­que­tenha­ficado­abalado.­Emtermos­de­gestão­pública­não­mudounada.­Eu­acho­que­o­prefeito­teve­umaatitude­de­responder­como­teve­queresponder­e­depois­poupou­a­gestão.Eu­acho­que­essa­é­uma­obrigaçãonossa.­Não­podemos­deixar­a­política

afetar­a­nossa­gestão.

O senhor teve uma atuaçãocontundentena Câmara Municipal,principalmente agora na votação daPlanta de Valores. Com é que está orelacionamento do Executivo com oLegislativo?Tem­sido­o­melhor­possível.­O

prefeito­tem­conseguido­reunificar­asua­base.­Quero­fazer­um­parêntese­dagestão­do­Anselmo­que­se­reveloumuito­amigo,­não­está­fazendopolítica­pequena.­Então­quero­fazer

essa­ressalva.­Com­relação­aosvereadores­da­base,­acho­que­osentimento­hoje­da­prefeitura­é­deagradecimento­a­eles.­Os­vereadoresdo­PMDB­que­receberam­pressõesinternas­continuaram­defendendo­oprojeto,­isso­precisa­ser­ressaltado.Aqueles­que­não­estiveram­com­agente,­mas­que­no­passadocontribuíram­também­tem­que­serrespeitados.­Não­tiveram­condiçõesporque­tiveram­seus­compromissos.

Como é que o senhor está hoje

partidariamente?Eu­estou­desfiliado.­O­último

partido­que­eu­estava­filiado­era­o­PSBdo­Vanderlan.

Pelas conversas de bastidores dizemque tem dois gestores que mandamna prefeitura. Um na área financeirae outro que manda na área política.O que o acha disso?Eu­acho­que­tem­dois­gestores­que

mandam­na­prefeitura.­São­o­prefeitoe­o­cidadão­Paulo­Garcia.­Na­verdadeeu­acho­que­ninguém­governasozinho.­Evidentemente­que­temsituações­na­área­financeira­que­sevocê­não­segurar­no­manche­parafazer­você­acaba­perdendo­o­rumo.Talvez­alguém­possa­ter­essa­visão,mas­eu­não­faço­nada­sem­conversarcom­o­prefeito­Paulo­Garcia.­Ele­é­ocentro.­Ele­dá­a­linha­e­eu­acaboexecutando.­Evidentemente­eu­sugiro,mas­quem­da­a­linha­é­ele.­Eu­sou­umauxiliar­que­tem­uma­missãoimportante­na­área­de­finanças.

Algo que o ser gostaria de colocarque não foi perguntado?Essa­questão­de­gestão­por

resultado.­O­resultado­do­mês­denovembro,­nós­estamos­aqui­comuma­média­global­de­61%­da­metaatingida,­índice­de­satisfação­docliente­de­70%­,­receita­que­a­gentequeria­arrecadar­de­R$­960­milhõesnós­­arrecadamos­R$­860­milhões.Desde­que­a­gente­fez­o­contrato­como­prefeito,­a­gente­tinha­atraso­naentrega­dos­balancete­e­agora­estamosentregando­em­100%­da­meta.Portanto,­hoje­a­gente­tem­essecontrole­e­isso­é­contratual.­Esse­anode­2015­foi­muito­positivo,­só­não­émais­positivo­por­conta­da­crise­que­seabateu­sobre­o­Brasil.­Eu­queriaagradecer­a­oportunidade­e­colocar­àdisposição­para­outras­informaçõesque­vocês­queiram­e­desejar­a­todosum­2016­bacana.

Um dos principais problemas noEstado é a folha de pagamento. Alémde precisar contratar para áreas quenão tem como ficar sem, vocêtambém tem o crescimento naturaldela. A prefeitura de Goiânia tambémenfrenta esse problema?Esse­é­o­nó­da­prefeitura.­Quer

dizer,­o­nó­da­administração­públicaem­geral­é­a­rigidez­dos­gastospúblicos,­além­de­você­ter­folha­vocêtem­que­gastar­ao­menos­25%­emeducação,­ao­menos­15%­em­saúde­eai­se­não­precisar­você­gasta­assimmesmo.­Não­tem­jeito.­Então,­essarigidez­impõe­muita­restrição­a­gestãofiscal­do­setor­público.­Goiânia­não­éuma­ilha­e­sofre­com­isso­hoje.­Apesarde­a­gente­está­gastando­cerca­de51,23%­com­pessoal,­perto­ali­dolimite­prudencial­que­é­de­51,3%,­masvocê­tem­uma­despesa­que­não­háespaço­para­reduzi-la.­Só­tem­espaçopara­aumentar­e,­além­disso,­você­temhoje­o­piso­dos­professores.­É­umacategoria­respeitada­e­precisa­ter­essereajuste,­mas­num­momento­de­crisehoje­o­MEC­acena­para­um­reajuste­decerca­de­11,5%.­Quer­dizer,­estáencolhendo­a­receita,­mas­você­temque­enfrentar­esse­aumento.­Entãoessa­conta­não­fecha­nunca.­Só­paravocê­ter­uma­ideia­nós­estamosgastando­28,83%­com­educaçãoquando­se­deveria­gastar­25%.Estamos­gastando­22%­com­saúde,quando­deveríamos­gastar­15%.­Entãoa­despesa­é­alta.­

O senhor puxou para a Secretaria deFinanças a responsabilidade deadministrar os fundos da dassecretarias de Saúde e da Educaçãojustamente por causa dessascolocações que o senhor fez. Deuresultado prático, conseguiuequilibrar as contas?Pelo­menos­a­Secretaria­de

Finanças­deu­luz­nessa­execuçãoporque­antes­havia­quatro­prefeiturasna­cidade.­Nós­temos­a­Comug,educação­que­é­uma­prefeitura­aparte,­saúde­e­a­própria­a­prefeitura.Então­era­preciso­a­gente­compartilharessa­gestão­para­que­Secretaria­deFinanças­tomasse­ciência­de­toda­essaexecução­orçamentária­e­financeira.­Já

fizemos­isso­com­a­Secretária­deEducação,­estamos­fazendo­com­aSecretaria­de­Saúde­e­o­próximo­passoagora­é­fazer­com­que­a­Comug­sejauma­empresa­competitiva.­Quando­agente­fala­competitividade,­esse­seráum­grande­desafio­dessa­gestão.­Oserviço­de­limpeza­da­Comug­custaquase­o­dobro­do­que­custaria­seestivesse­terceirizado.­Então,­fazercom­que­a­Comurg­se­torne­umaempresa­competitiva­é­um­grandedesafio­da­gestão­do­prefeito­PauloGarcia.

O senhor está falando em terceirizar?Estou­falando­que­é­possível­fazer

isso.­Fazer­mais­com­menos.

Vocês detectaram onde está ogargalo?Com­certeza­na­folha­de

pagamento.­Nós­gastamos­hoje­R$­37,38­milhões­por­mês­com­a­Secretariade­Saúde­e­R$­29­milhões­com­a­folhade­pagamento­da­Comurg.­

Havia muitos problemas na execuçãoorçamentária financeira dessas duaspastas, da Saúde e da Educação, aponto de levar o senhor e o prefeito atomarem essa atitude?Não.­A­questão­era­pra­gente­ter­o

controle­das­finanças.­Há­umprincipio­na­lei­4.320­que­dispõe­sobreexecução­orçamentária­e­financeirados­agentes­públicos.­Ela­coloca­otesouro­como­uno.­Não­para­você­teruma­administração­financeira­daprefeitura­sem­um­tesouro­ser­partedessa­administração.­O­que­a­gentefez­foi­nos­adaptar­com­aquilo­que­dizo­tesouro.­Na­prefeitura­de­Goiânia,com­a­reforma­nos­fundos­e­com­areforma­administrativa,­a­genteacabou­um­pouco­com­isso,­mas­eracomum­a­criação­de­fundos.­Nóstínhamos­14­fundos.­A­receita­damaioria­desses­fundos­era­compostade­receitas­originárias.­O­que­era­isso?Eram­receitas­do­tesouro.­O­fundo­deturismo­é­composto­de­uma­taxa­que­édo­tesouro.­A­maioria­dos­fundos­temorigem­na­receita­originária.­Isso­é­areceita­do­tesouro.­Não­tem­porqueisso­estar­fora­do­tesouro.­É­umaforma­de­você­dizer:­'olha,­eu­vou

administrar­o­meu­umbigo.­Entãopara­administrar­o­meu­umbigo­empreciso­de­receita'.­É­assim­quefuncionava.­Aí­é­cada­um­puxando­acorda­para­o­seu­lado.

Secretário, o senhor chegou a dizeralgum tempo atrás que iria paradentro da Comurg porque não tinhaalternativa. Hoje houve a troca depresidente. Aquela dificuldade queexistia antes ainda na Comurg?Não.­Quando­eu­falei­de­ir­para

dentro­da­Comurg­era­no­sentidofigurado­de­dizer,­vamos­levar­oajuste­fiscal­para­dentro­da­Comurg.Eu­acho­que­o­gesto­do­prefeito­decolocar­lá­o­Controlador­Geral­domunicípio­é­um­alento­no­sentido­deque­a­gente­tenha­lá­um­parceiro.Estamos­torcendo­muito­para­que­oEdilberto­(Dias)­possa,­em­parceriacom­os­demais­órgãos,­fazer­acontenção­de­gasto­que­precisa­serfeita­dentro­da­Comurg.­E­começar­afocar­a­Comurg­naquilo­que­éessencial.­Porque­acaba­que­a­Comurgé­penalizada,­então­é­preciso­que­elafoque­naqueli­para­que­ela­foi­criada.Acho­que­as­últimas­ações­doEdilberto­caminham­neste­sentindo.

A folha lá é de R$ 29 milhões. Isso ébem maior do que o orçamento demuitas prefeituras.A­Comurg­hoje­tem­um

orçamento­que­seria­a­quinta­noEstado­de­Goiás.

Este novo modo de gestão com essacentralização no Paço Municipaltrouxe desgaste político?Ninguém­gosta­de­sair­da­sua­área

de­conforto.­Então­mudar­é­bom,­mastem­sempre­resistência.­Mas­eu­achoque­o­prefeito­não­tem­faltado­com­orespaldo­no­sentido­de­fazer­asmudanças­que­tem­sido­propostaspela­área­financeira.­A­Secretaria­deFinanças­se­sente­muito­confortávelcom­as­atitudes­do­prefeito­derespaldo­e­atenção­naquilo­queprecisa­ser­feito.­Então­Inclusivealgumas­dessas­medidas­forampropostas­por­ele,­estavam­no­seuplano­de­governo.­Eu­tive­aoportunidade­de­ajudar­a­sistematizar

o­plano­de­governo­do­prefeito­ealgumas­das­medidas­estavam­lá,­sófaltava­alguém­para­botar­em­prática.Acho­que­o­desgaste­é­natural­e­agente­não­vai­se­intimidar­e­vaicontinuar­fazendo­o­que­tem­que­serfeito­para­fazer­com­que­o­prefeitotermine­bem­esta­gestão­e­sejaimportante­nos­processos­políticosque­se­avizinham.

A impressão que tem é que talvez senão tivesse ocorrido isso por causada crise política, econômica...Tinha­sido­pior,­tinha­sido­pior.

Agora,­deixa­eu­continuar­minhaexplicação­dos­fundos.­Nós­temos­umexemplo­clássico­na­literatura­dodireito­administrativo­brasileiro­deum­fundo­que­se­tornou­autarquia.Chama-se­Fundo­Nacional­doDesenvolvimento­da­Educação.­Esseera­para­ser­um­fundo­e­fundo­temnatureza­contábil,­mas­ai­ele­passou­aser­autarquia,­o­único­fundo­quefunciona­como­autarquia­no­Brasil.

Ou seja, virou uma entidade.Virou­uma­­entidade.­Aqui­em

Goiânia­a­maioria­dos­fundos­tinhanatureza­autárquica.­Eles­tinhamsuperintendente­que­não­conversavacom­secretário.­Tinha­um­gestor­dofundo­que­tinha­autonomia­sobre­osecretário.­Então,­a­maioria­dosfundos­do­município­tinha­essanatureza.­Foi­um­equivoco,­a­Câmaraacabou­revertendo­isso­na­reforma,mas­a­gente­manteve­um­fundomunicipal­da­Amma.­Só­tem­sentidoter­fundo­se­for­secretaria.­Porque­senão­for­secretaria­você­tem­autonomiacom­iniciativa­financeira.­Alí­nóstemos­agora­duas­autarquias.­Osoutros­fundos­que­­a­gente­tem­dassecretarias­de­Educação­e­da­Saúdesão­fundos­constitucionais.­Entãoesses­fundos­eles­tem­algum­sentido,mas­os­demais­não­tem­necessidadede­ter­fundo­nenhum.

Esses outros, na verdade, era umaforma de vincular verba?Era­uma­forma­de­vincular­e­o

camarada­ter­ali­um­recursinho­paraele­trabalhar­sem­estar­pedindo­abenção.

Prefeiturapotencializarecursospara realizarobrasSecretário, tudo isso que está sendofeito está mostrando resultado?Quer dizer, a prefeitura começamostrar a face dela como gestora dacidade?Sim.­Foi­uma­coisa­que­a­gente­fez

lá.­Não­adianta­que­a­gente­não­vaiter­dinheiro­para­fazer­investimentocom­recursos­próprios.­Então­vamospotencializar­os­recursos­que­a­genterecebe.­As­vezes­a­gente­recebiadinheiro­do­governo­federal­e­tinhaque­devolver­porque­não­gastava.Então,­o­que­foi­que­o­prefeito­fez?Pegar­o­pouco­dinheiro­­que­a­gente­epotencializá-lo.­Hoje­temos­umacarteira­de­obras­de­R$­1­bilhão,­com60­obras­sendo­executadas­comrecursos­federais,­mas­que­nãosairiam­do­papel­caso­a­prefeituranão­tivesse­um­dinheiro­decontrapartida.­Não­tem­um­convêniodesse­que­não­tem­5%,­10%­decontrapartida.­

Hoje a prefeitura tem equipespreparadas para capitação derecursos?Tem.­Nós­temos­um­gabinete

executivo­que­foi­criado­na­reforma.Um­gabinete­executivo­de­projetos,que­é­um­órgão­institucional­paraelaborar­projetos.

Essas parcerias para essas 60 obrasestão sendo feitas através deparceiras com os governos federal eestadual?Eu­acho­correta­de­mudança­de

postura­e­de­comportamento­tantodo­prefeito­quanto­do­governadorcom­relação­ao­diálogo.­Apesar­de­agente­não­ter­uma­parceria­efetiva­deobras­com­o­governo­do­Estadosendo­executadas,­a­não­ser­na­áreahabitacional­que­um­conjuntohabitacional,­se­não­me­engano,­queestá­sendo­construído­com­essaparceria.­Fora­isso­não­há­outrasparcerias.­Mas­eu­achoabsolutamente­importante­quegoverno­não­faça­oposição­a­governo.Acho­que­tem­que­conversar­e­nahora­da­eleição­cada­um­tem­seuprojeto,­mas­vamos­conversar,­vamosdiscutir­os­projetos­durante­ogoverno.

"Não podemos deixar a política afetar a nossa gestão"

Gestão compartilhada de recursos com a Saúde e a Educação

Eu acho que tem dois gestores que mandam naprefeitura. São o prefeito e o cidadão Paulo Garcia“

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

Tensões, desgastes e crise

INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA

O projeto de implantaçãodo transporte ferroviário entreBrasília e Goiânia, que foi rei-vindicado pelo governadorMarconi Perillo junto ao setorde transportes do governofederal há pelo menos 10 anos,vence etapas no âmbito daAgência Nacional deTransportes Terrestres(ANTT). Na tarde de quinta-feira, dia 10, Marconi, ogovernador do DF, RodrigoRollemberg, e representantesdo Ministério dos Transportesestiveram reunidos na sede daANTT com o diretor-geralJorge Bastos para conhecerdetalhes do Estudo deViabilidade Técnica eEconômica (Evetec) daFerrovia Brasília/Goiânia.

Depois de quatro anos emexecução, o Evetec apresentaos valores e a modelagem jurí-dica da obra. “Temos a confir-mação de que o projeto seráviabilizado através de umaPPP envolvendo os governosde Goiás, do Distrito Federal eda União”, adiantou o gover-nador.

Agência Nacional deTransportesTerrestres (ANTT) jáelaborou o Estudo deViabilidade Técnica eEconômica (Evetec)do projeto

A manifestação dos servido-res da segurança pública doEstado de Goiás, denominadaProdutividade Zero, apresentounovos ingredientes e, comoresultado, levou a uma amplia-ção do conflito entre o governodo Estado e integrantes dessaárea. A discordância entre aspartes já dura algumas semanas,desde quando o governo tomoua iniciativa de enviar projeto quealterava a data de pagamento daData Base dos servidores numadiamento para 2018.

Ao fim do ano, o governo deMarconi Perillo gerou profun-dos desgastes com os servidorespúblicos com os referidos proje-tos aprovados na AssembleiaLegislativa - o Estado tem amaioria dos deputados - semnenhuma possibilidade de con-vencimento que alterasse o obje-tivo da administração estadual.

A Operação ProdutividadeZero - feita após a aprovação doprojeto que desagradou aos servi-dores da área da segurança - teriamaior validade ou repercussão sefosse programada para o períodoem que o projeto do governo eradebatido na Assembleia?Provavelmente, sim. As 14 enti-dades sindicais da segurançapública até pensaram na possibi-lidade de uma paralisação, mas aideia não foi aprovada na assem-bleia das categorias.

Agora, indicaram as lideran-ças, a manifestação teria o obje-tivo de reverter a decisão ouorientar para um caminho denegociação entre servidores e ogoverno de Goiás. Certamente,esse ano, tal fato não está nocampo das prioridades da ges-tão estadual.

Assim, aumentada a tensão,os servidores contabilizam que ofato positivo foi a unificação das14 entidades da segurançapública - fato novo que rara-mente é conseguido nas mobili-zações sindicais da área. Para ogoverno, a análise é de que omovimento não foi tão forte,mas causou uma preocupaçãogrande, pois alcançou a opinião

pública é elevou a sensação deinsegurança.

Há que se considerar que aseleições de Marconi Perillo tive-ram apoio de muitos líderes eentidades da segurança pública.De certa forma, sentem-se des-prestigiados e frustrados porcausa da força política quederam e, agora, com a retiradado reajuste, o governador desa-nimou a categoria.

O governo de MarconiPerillo fecha o ano com umacondição financeira de queda nareceita - descontada a inflação -que não permite novos reajustessalariais. A situação é real porcausa da queda na arrecadaçãode impostos gerada pela criseeconômica que atinge não só ocaixa do Estado, mas das prefei-turas e Governo Federal. É porisso que uma crise não interessaa ninguém, a não ser aos objeti-vos políticos de alguns.

O ano de 2015, o governodo Estado teve muitas notíciasnegativas para os servidores epara vários segmentos da socie-dade por causa da carência derecursos - a paralisação dasobras foi um dos fatos. No pri-meiro ano, até que o discursopode ser sustentado, no entanto,a partir do segundo ano o discopreciso de uma mudança. Sepassar mais um ano com oclima da dificuldade e do arro-cho, Perillo terá, certamente,dificuldades com reeleição e naajuda a seus candidatos a pre-feito, pelo interior. Está na horade começar um novo governo?Sim, e disso os aliados deMarconi sabem muito bem. Ele,mais do que nunca, torce pelareversão do ambiente de criseeconômica. Não há criatividadeque se sustente quando faltarecursos para o caixa do gover-no desenvolver seus projetos eagradar aos servidores.

Altair Tavares é comentaristadas Rádios 730 e Vinha FM,editor do Diário de Goiás epublica o blog www.altairtava-res.com.br

Governador Marcon Perillo se reuniu com o presidente da ANTT, Jorge Bastos, em Brasília

Na reunião, Marconi suge-riu à ANTT, em conjunto como governador Rollemberg, queo transporte seja apenas depassageiros, sem cargas nasduas fases, ou seja, na partesemiurbana e regional. Sem otransporte de cargas, o projetoalcança valor de R$ 6,8bilhões. “O que a gente temtrabalhado – disse o governa-dor – é a agilidade para queeste projeto possa ficar de pé eir para a fase de licitação oquanto antes. Ele vai revolu-cionar esse eixoBrasília/Goiânia. Eu não tenhodúvida de que este será um dosgrandes projetos de integraçãodefinitiva, social, cultural eeconômica entre os governos

do DF e de Goiás”.O governador fez questão

de esclarecer que se o projetocontemplasse o transporte decargas, a ferrovia seria encare-cida em mais de R$ 2 bilhõessomente para a construção daestrutura necessária. “A ferroviaservirá também para cargas,mas cargas menores. Neste tre-cho nós não vemos a necessi-dade de cargas como na Norte-Sul”, esclareceu.

Jorge Bastos anunciou queirá se reunir com os ministrosdo Planejamento e dosTransportes para definir qualvai ser a participação de cadaente no projeto de estudo deviabilidade econômica. “Oprazo será o mais rápido possí-

vel. Nós conhecemos o gover-nador Marconi Perillo e sabe-mos da sua agilidade. Entãonós precisamos trabalhar issocom bastante empenho paraque a licitação seja realizada omais rápido possível”.

O trem Brasília/Goiâniaesteve também na pauta dogovernador durante audiênciaque teve em seguida com oministro Nelson Barbosa, doPlanejamento. Marconi pediuao ministro que o trem sejaincluído no PAC e nos finan-ciamentos federais para a áreade transportes. Solicitou aindaque o mesmo tratamento sejadado ao VLT de Goiânia e aoBRT que liga Santa Maria, noDF, à cidade de Luziânia.

Marconi conheceprojeto da ferroviaBrasília/Goiânia

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POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

Nesses três anos de administração,conseguiu realizar muitas das açõesque planejava?Desde o princípio fizemos um pla-

nejamento baseado em propostas decampanhas que se tornaram um pro-jeto de governo, que buscamos viabi-lizar, seja com visitas a Brasília atrásde recursos, emendas parlamentares,parcerias, de modo que, feito essedever de casa, estamos experimentan-do agora um momento ímpar nomunicípio com obras em andamentoque somam R$ 16 milhões. Tudoaquilo que nos comprometemos afazer vamos entregar até o final dopróximo ano. Quando se tem um pro-jeto bem elaborado, vontade e cora-gem de trabalhar, o resultado apare-ce. Então, se eu pudesse resumir essestrês anos, eu diria que foram de umintenso trabalho realizado pelo muni-cípio de Inhumas que hoje está sendorevertido em benefícios, em obras quehoje estamos executando, nas que jáforam entregues e naquelas que serãoentregues à população.

Esses recursos vieram de onde?Na maioria, vieram de parcerias

com o governo federal, com o gover-no estadual, vieram do trabalho inci-sivo da deputada federal FláviaMoraes (PDT) em defesa de Inhumasjunto aos ministérios, em Brasília.Tudo com a participação efetiva detoda nossa equipe, que buscou essesrecursos nos governos federal e esta-dual, oferecendo a contrapartida daprefeitura.

Inhumas tem nomes consolidados napolítica estadual, como os Essado eos Balestra. Isso contribui para suaadministração?Eu digo que cada político de

Inhumas, a seu tempo, deu sua con-tribuição e foram fundamentais. Nósestamos buscando viabilizar o muni-cípio cada vez mais sem discussão

partidária. Todos aqueles que quise-rem ajudar o município têm as portasabertas. Tanto que nesses três anostivemos a contribuição direta de seisdeputados federais, que contribuíramcom suas emendas, dois senadores,sem falar nas participações ativas delideranças de todo nosso Estado quecontribuem para o desenvolvimentode Inhumas.

No caso dos Essado e dos Balestra, osenhor tem o apoio deles naadministração?Vencemos a eleição contra dois

candidados por termos uma propostaconsistente e executável, na qual oeleitor acreditou, nos deu esse crédi-to. Depois das eleições, eu procurei atodos, o deputado federal RobertoBalestra, o ex-deputado José Essado,os candidatos que disputaram comigoas eleições, de modo que aqueles quequiseram ajudar tiveram oportunida-de. Temos na nossa base de aliados oPMDB, que ocupam secretarias nanossa gestão, cujos vereadores nos

apoiam na Câmara, mas num proces-so eleitoral inevitavelmente tem-se ocaminho da situação e da oposição eo deputado Balestra nos faz oposi-ção, o que vejo com muita naturalida-de. Mas estamos de portas abertas atodos, seja o deputado Balestra ouqualquer outro, estamos de braçosabertos a receber qualquer tipo debenefício pra Inhumas.

O senhor consegue executar todo oprograma de governo?Cumpriremos na íntegra. Inclusive

antecipamos diversas ações, diversasconquistas, como a BolsaUniversitária, uma saúde que cami-nha para dias cada vez melhores, jáno primeiro ano reconstruímos oitounidades básicas de saúde que esta-vam caindo aos pedaços, valorizamosos servidores, com uma educação queé hoje destaque no cenário estadual.Estamos entregando nos próximos 60dias a primeira etapa do ParqueGoiabeiras, de 20 mil metros quadra-dos; estamos com a Unidade de

Pronto Atendimento, com estruturade um hospital de urgências, commais de 70% das obras concluídas,que deve ser entregue à comunidadeaté março. Essas são algumas dasobras que estamos entregando.Então, estamos cumprindo rigorosa-mente aqueles compromissos de cam-panha.

Nesse cenário de crise econômica, osenhor não está sendo muitootimista?Eu sou otimista por natureza,

mas eu te digo que nós fizemos odever de casa. Claro, essa crise nospreocupa, o cenário de Brasília émuito instável, o que gera um des-conforto no cidadão e com o prefeitonão é diferente. Mas desde 2014 agente vem fazendo ações administra-tivas para adequar a nossa máquinaàs receitas que nós temos. E hoje omunicípio está em dias com suasobrigações e vamos concluir o man-dato dessa forma, sempre com muitaresponsabilidade.

O senhor tem conseguido controlar aexpansão urbana em Inhumas?Assim que assumi contratamos uma

equipe muito qualificada encabeçadapelo Luiz Fernando Cruvinel, o Xibiu,que fez um excelente projeto de expan-são para o município de Inhumas, quedelimita toda uma região com mais de200 alqueires de terra. Esse crescimentoserá escalonado, regulamentado peloPlano Diretor, de modo que não tenha-mos vazios urbanos e que seja respeita-do sempre um macrosistema viário,adensamento, parvimentação etc.Portanto será uma expansão de formaordenada, coordenada e organizada.

Está em fase de impantação?A proposta de lei está tramitando na

Câmara Municipal e deve se tornar lei

no início do ano, regulamentado tudoisso, evitando a especulação imobiliáriae o crescimento desordenado.

Inhumas tem Distrito Industrial?Tem. Tem polos industriais especifi-

cos para cada setor produtivo e nós lan-çamos a pedra fundamental, no últimodia 24, do Distrito Industrial Municipal.Já temos 10 empresas que vão se insta-lar lá, com investimentos da ordem deR$ 60 milhões e com geração de três milempregos diretos. Fica às margens darodovia GO-070, aproveitando essaimportante via.

Como está a implantação?As ruas já foram abertas, queremos

pavimentá-las ainda este ano para queas empresas já possam se instalar.

O senhor está no primeiro mandato enaturalmente é virtual candidato àreeleição. Já está se preparando parao embate?Temos conversado com os 12 par-

tidos da nossa base, com os novevereadores que nos apoiam e os líde-res partidários. Eu deixei bem abertopara essa base que é preciso ternomes. Eu particularmente estoumuito focado na administração,temos diversas obras em execuçãoque demandam um trabalho muitointenso da nossa parte e qualquerdecisão em relação a candidaturadesse grupo nosso vai acontecer demarço para maio. Estou muito tran-quilo que o melhor candidato seráapresentado para que a gente possadisputar e vencer as eleições de 2016.

O senhor decarta ou não descarta areeleição?Eu não descarto e digo que isso

vai ser discutido. Eu sempre defenti aalternância e quem tem que escolhero candidato é o próprio eleitor.Portanto, temos feito pesquisas cons-tantemente e o eleitor tem mostradosua opinião sobre os atos de nossaadministração. Então é um processonatural que tem que ser respeitar oeleitor.

Chegando no mês de março, comessa aliança que existe hoje, compesquinas em mãos apontando proseu nome, o senhor encara, aceita odesafio de se candidatar?Se a nossa base entender que eu

tenho que ser o candidato, o eleitorentender que o nosso trabalho deveter continuidade, provavelmente esta-rei à disposição para poder disputarmais uma eleição.

A descrença da classe políticadesmotiva a busca pela reeleição?Participar do processo político

sempre vale a pena. Eu venho de umafamília humilde, sou filho de moto-rista de ônibus, minha mãe era diaris-ta; pouco na minha vida mudou atéhoje. Uma das melhores experênciasque eu tive nos 41 anos de vida é apossibilidade de ser prefeito daminha cidade, porque cada ato quefazemos em benefício da comunida-dae faz valer a pena todas as dificul-dades que temos enquanto político.Mas reconheço que a classe políticaestá desacreditada, passa por umdesafio muito grande, um cenáriomuito negativo em nível federal, oque contamina as ações políticas emtodos os municípios, e Inhumas nãoé diferente. Mas mesmo assim creioque vale a pena participar da política,o cidadão precisa se politizar, porqueé uma maneira que tem de melhorara vida da pessoa, a nossa comunida-de. Acredito que estamos evoluindo,o eleitor está mais participativo, maisexigente.

O país precisa de um novo pactofederativo para resolver o grande nóque impede seu plenodesenvolvimento?Esse é um nó cego e essas discus-

sões vão demandar tempo. Quemtem recurso em mãos não vai quererabrir mão dele. As receitas de municí-pios como Inhumas, 93% delas vêmdos governos ederal e estadual e ape-nas 7% são recursos próprios (ITBI,ISS, IPTU). A União concentraquase 72% de todos os recursos arre-cadados hoje no Brasil. De tudo isso,menos de 20% chegam até os municí-pios. E é no município que está ademanda por saúde, educação, oasfaltamento, a iluminação.. É lá queessas demandas existentes requeremum cuidado, uma resposta imediata emuito maior. Então, é um cenáriomuito prejudicial aos prefeitos, maseu não vejo saída a curto prazo paraque isso mude. Precisamos resolver omais rápido possível esse problemade concentração de verba principal-mente nas mãos da União.

Projeto mantém crescimentoordenado sem especulaçãoimobiliária no município

Prefeitomantém focona gestão, mas admitedisputarreeleição

Gestão eficiente leva ao equilíbrio entre receita e despesa

ENTREVISTA / DIOJI IKEDA

Manoel Messias e Ronaldo Coelho

Prefeito de Inhumas, DiojiIkeda (PDT) afirma ementrevista exclusiva àTribuna do Planalto que fazgestão planejada tendo porbase as propostas decampanha que se tornaramprojeto de governo, o quegarante o cumprimento detodas elas. No momento,ele executa obras no valorde R$ 16 milhões e deveentregar, até março, aUnidade de ProntoAtedimento 24 Horas. Oprefeito mantém em diatodas as obrigações comfornecedores, prestadoresde serviço e com a folha deservidores. No planopolítico, Dioji Ikeda diz queé preciso ter cautela com acrise envolvendo apresidenta Dilma Rousseff(PT) e admite disputar areeleição em Inhumas noano que vem.

Planejamentogarantecumprimentode metas

Com essa crise geral nasprefeituras, além das obras osenhor está conseguindo manter afolha dos servidores em dia?Estamos pagando a folha em

dia, dentro do que é facultadopela lei. Pagamos 90% dentro dopróprio mês trabalhado e 10% atéo dia cinco do mês seguinte.

E o décimo-terceiro?Em dia para todos os servido-

res, já que pagamos no mê de ani-versário do servidor.

A prefeitura enfrenta déficitorçamentário?Não. Está com as contas equi-

libradas, dentro da normalidade.Temos agido com muita respon-sabilidade, tendo um controlerígido das contas públicas.

Como está a relação com seupartido, o PDT?Sou filiado ao PDT, me sinto

em casa. O PDT em Goiás émuito bem conduzido pelo presi-dente, George Moraes, e é umpartido que me dá muita liberda-de, muito espaço e apoio, princi-palmente através da deputadafederal Flávia Moraes. Estamosna base do governador MarconiPerillo, colaborando com o desen-volvimento de nosso Estado.

PAULO JOSÉ

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POLÍTICA8 GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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CRISE NO PLANALTO

Marcione Barreira

Os analistas ouvidos pelareportagem da Tribuna doPlanalto acreditam que o pro-cesso de impeachment que tra-mita no Congresso Nacionalpossui grandes diferenças doque ocorreu em 1992. Paraeles, naquela ocasião em queFernando Collor de Mello erao alvo tudo estava mais claro,tanto do ponto de vista jurídicoe da opinião pública quanto doponto de vista sobre o posicio-namento da grande mídia.

O analista político MarcosMarinho, professor deMarketing da PontifíciaUniversidade Católica (PUC-Goiás) e Membro daAssociação Brasileira deConsultores Políticos(ABCOP), ressalta que nestemomento não há clareza sobre

a posição da mídia em termosde apoio ao processo. Para ele,esse é um dos motivos para afalta de mobilização da popu-lação nas ruas. “Em 1992 oposicionamento da mídia eramais claro. Hoje não dá paraperceber ainda”, acreditaMarinho.

O cientista político PedroCélio, doutor em sociologiapela Universidade Nacional deBrasília (UNB) e professor naUniversidade Federal de Goiás(UFG), comparou os métodossob o ponto de vista jurídico.Assim como Marcos Marinho,ele aponta uma distinção largaentre os dois. Maior semelhan-ça, entretanto, está no fato dabaixa popularidade de Dilma eCollor. “No plano do motivopara incriminação judicial oulegalidade na abertura do pro-cesso, contra Collor as evidên-cias emendavam-se quase quesemanalmente. Contra Dilmaainda nenhuma malversaçãoestá configurada para dar basejudicial”, afirma Pedro Célio.

No que tange a possibilida-de de afastamento da presiden-ta, há uma cautela. No entanto,os estudiosos ressaltam quequando se fala de política tudopode acontecer e as mudançaspodem sim levar a cassação domando de Dilma Rousseff(PT). Para eles, os próximosmomentos vão dar uma noção

mais exata. Marcos Marinho ressalta

que a oposição é fraca e que ospartidos pequenos podem vis-lumbrar a chance de chegar aopoder ao costurar apoio com oPT. Já o PMDB, dividido, dámostras de que pode abando-nar o governo. “Acho que tudovai depender desses próximosdias. Tudo depende da articula-ção do governo internamente”,disse Marinho sobre a possibi-lidade de afastamento.

Já Pedro Célio observa quenão vê um campo favorávelpara a saída da presidenta.Segundo ele, há a necessidadeque haja a confluência entre aopinião pública favorável aoafastamento, jogo político e ostermos jurídicos do processo.Em relação a jurisprudência docaso, ele não vê sustentação.

“O fato é que a perda deprestígio e comando da presi-dente deve-se à incompetência,à inépcia para governar e nãopor corrupção ou uso indevidode recurso público”, declaraPedro Célio. O cientista políti-co também ratifica a opiniãode Marinho e acredita que oscapítulos que estão por virdevem dar maior clareza sobreo que vai acorrer.

PTEm processos que chega-

ram e ser aceitos e outros em

Marcos Marinho: O PMDB saiu da sombra Pedro Célio: não há campo favorável

FOTOS:DIVULGAÇÃO

Impeachmentainda semapoio popular

que houve apenas articulações,o PT esteve apoiando. Hoje,porém, o partido é alvo do pro-cesso de impeachment e o con-sidera como sendo "golpe".Essa é uma crítica que temtomado a opinião pública evem sendo usada com freqüên-cia por opositores.

Diante disso, os dois cien-tistas políticos observam que éhábito de sempre o Partido dosTrabalhadores se passar comovítima. Marcos Marinho anali-sa que essa é uma estratégia dopartido na tentativa de trazerpara o seu lado a opiniãopública. “É uma estratégia doPT. O que o partido tenta fazeré se transformar em vítima emuma tentativa de deixar umapulga atrás da orelha”, conclui.

Pedro Célio corrobora queoutros em momentos haviamais unanimidade em torno doprocesso de impeachment.Agora é apresentada muitaspossibilidades que geram dúvi-das e, por isso, o PT trata apossibilidade como "golpe".“Naquele cenário (1992) haviapraticamente a unanimidadedas forças política e sociaisendossando o processo deimpeachment”, analisa ele.

Pedro Célio completa afir-mando que agora há uma des-confiança de juristas, opiniãopública e até de setores da opo-sição. “Hoje não é bem assim:colegiados de juristas conde-nam o golpismo e a mesqui-nhez visíveis nas motivações doimpeachment. Até setores daoposição declaram-se não estarconvencidos”, observa o analis-ta.

PMDB Com os últimos aconteci-

mentos envolvendo o vice-pre-sidente da República, MichelTemer (PMDB-SP), o partidosegue cada vez mais uma dire-ção evidente. É o que observaMarcos Marinho. Segundo ele,o fato de Michel Temer terenviado carta com teor críticopara Dilma Rousseff deixa maisclara a vontade do PMDB de seafastar do governo.

Marinho observa que háuma percepção clara no quetange a ruptura das forças doPMDB. O fato que outroraenvolvia Eduardo Cunha(PMDB-RJ) e Dilma, agoraganha outra silhueta. “Depoisda carta eu acho que ficouclaro que o PMDB resolveu

sair da sombra. Evidencia umracha entre as forças que antesera entre dois, agora seamplia”, aponta.

Neste momento o processoestá parado e aguarda a deci-são do Supremo TribunalFederal sobre a Comissão quevai avaliar o processo. A chapafoi eleita no último dia 8. O PCdo B, partido governista, obser-vou ilegalidade na eleição queelegeu membros pró-impeach-ment e protocolou ação noSTF para invalidar o pleito. Oministro Luiz Edson Fachinacatou o pedido e suspendeu oprocesso até que haja julga-mento dos magistrados marca-do para a próxima quarta-feira,dia 16.

Para Pedro Célio ainda háincógnita sobre o que vai acon-tecer. Segundo ele, manifesta-ções podem fazer com que oprocesso seja alterado a depen-der do jogo político. “Em prin-cípio, a Câmara dosDeputados é sempre mais sen-sível às pressões das ruas doque o Senado. Imagino que asmanifestações de rua devempenetrar com rapidez nas pró-ximas definições da conjuntu-ra”, disse Célio.

Especialistasobservam diferençasentre o pedido deafastamento deDilma e a cassaçãode Collor. A grandemídia ainda não éclara quanto aoapoio, observam

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EDUCAÇÃO 9GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO

Manoel Messias

Maior eficiência e economiasão as principais justificativas doGoverno estadual para transferira gestão administrativa de partedas escolas para as OrganizaçõesSociais (OSs). É o que está escri-to em documento do governadorMarconi Perillo, publicado noDiário Oficial do Estado deGoiás da última terça-feira, 8,que autorizou a Secretaria deEducação, Cultura e Esporte deGoiás (Seduce) a adotar todas asprovidências cabíveis para a for-malização da parceria que trans-fere a gestão de escolas da redeestadual para as OSs.

O Governo de Goiás explicaque a decisão foi tomada combase em resultados de um estudotécnico que comprovou que o

aumento dos gastos com alunose professores não tiveram efeitodireto nas notas das escolas noIdeb (índice de Desenvolvimentoda Educação Básica). Esse, foi,aliás, um dos principais pontosque motivaram a implantação domodelo de gestão compartilhadana rede estadual de ensino.

Outro ponto significativo datransferência da gestão para asorganizações sociais é que aSeduce terá, a partir de agora,com o início do processo deimplantação das OSs, todas ascondições necessárias para focarsua atenção na formulação e ela-boração das políticas públicaseducacionais, além de exercer opapel de reguladora, fiscalizado-ra, indutora e fomentadora daatuação do setor privado durantea prestação desses serviços.

O despacho 596/2015, assi-nado pelo governador MarconiPerillo, foi publicado nas páginas8 e 9 da seção Atos do PoderExecutivo, na edição do DiárioOficial do Estado de Goiás daúltima terça-feira, 8. De acordocom o documento, o projetopiloto do novo modelo de gestãodas escolas começará por 23 uni-dades da Subsecretaria Regionalde Anápolis (Macrorregião IV),que compreende também osmunicípios de Abadiânia,Alexânia, Campo Limpo deGoiás, Cocalzinho de Goiás,Corumbá de Goiás, Goianápolis,Nerópolis, Ouro Verde, Petrolinade Goiás, Pirenópolis eTerezópolis. Ao todo aSubsecretaria possui 73 escolas eatende hoje 38.875 alunos doEnsino Fundamental e Médio.

A iniciativa do Governo esta-dual busca reproduzir, no interiordas escolas públicas estaduais, omesmo cenário encontrado narede privada, que se destacampor possuir ambientes com infra-estrutura moderna, inovaçõesdidáticas, tecnológicas e de ges-tão, além de professores altamen-te qualificados para sua função.

“Nossa intenção é proporcio-nar aos alunos bens e serviçosequiparáveis ao setor privado deensino de forma a alcançar aexcelência no aprendizado”, des-taca o governador.

Na área de RecursosHumanos, o novo modelo nãorepresentará grandes mudançasna rotina dos professores efeti-vos, já que garante a toda unida-de escolar um percentual mínimodesses profissionais, mantendo

todos os benefícios e conquistasdo quadro estatutário. Outraquestão a ser destacada é que,logo de início, a transferência degestão garantirá uma economiade 10% nas despesas de custeiodos estudantes.

Hoje o gasto mensal paramanter um aluno na rede esta-dual é de R$ 388,90, mas com amudança esse valor cairá paraR$ 350. Esse é o teto. Já o customínimo (piso) foi fixado em R$250. Essa economia pode serjustificada pela maior eficiênciaeconômica e administrativaadotada pelo setor privado deensino. O próximo passo noprocesso de transferência degestão é o chamamento parainscrições das organizaçõessociais interessadas, o que deveocorrer em breve.

Próxima etapa do processo de transferência da gestão de unidades para as OSs é a publicação do chamamento das organizações sociais interessadas em participar do processo

FOTOS: DIVULGAÇÃO/SEDUCE

Documento publicadono Diário Oficial doEstado autoriza aSecretaria deEducação, Cultura eEsporte de Goiás(Seduce) a adotartodas as providênciascabíveis para aformalização daparceria que transferea gestão de escolaspara as OSs

Falta de resultados no Idebmotivou implantação de OSs

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EDUCAÇÃO10 GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

X

Fabiola Rodrigues

Um dos principais proble-mas da educação básica brasi-leira é a dificuldade de ler eescrever. Por isso é fundamentala criança entrar em contatocom os livros desde cedo.Nessa fase, a criança precisabrincar, manusear, tocar o livro.É também essencial ler para ascrianças. O interesse pela leitu-ra começa nesse vínculo, nessatroca. A criança entra no uni-verso das histórias, se envolve,se encanta e começa a desen-volver o desejo de se apropriarda leitura, de se tornar um lei-tor.

Para a professora do CentroMunicipal de Educação infan-til, do Setor Faiçalville emGoiânia, Maria Aparecida dosSantos, a melhor forma de esti-mular a leitura é envolver acriança em projetos educacio-nais e motivá-la com frequên-cia.

“Trabalhar a motivação pelaleitura com as crianças é funda-mental. Realizar projetos eações como contar histórias, lerpoesia, dramatização, romance

e tantos outros gêneros literá-rios estimula o desejo de ler eisso faz bem aos pequenos”,afirma a professora.

A criança tem facilidade emaprender. Ensinar a ela escrevere ser uma leitora pode ser umamaravilhosa aventura – comen-ta a professora em uma de suas

falas. O processo de alfabetiza-ção deve ser estimulado, acriança sempre estará abertapara receber conhecimento.

Para trabalhar práticas deleitura, é importante apoiar-seem alguns métodos como o usodo abecedário hilário e bicho-nário, que são livros que facili-

tam a compreensão das letras eos desenhos. Isso faz com queas crianças se desenvolvam. Oresultado da aplicação do ensi-no é notório – observa a profes-sora.

Além de ler, é muito impor-tante conversar com a criançasobre a história. Perguntarsobre o que ela entendeu, sobrequal personagem gostaria deser, se ela daria um final dife-rente. Ler é muito mais do quedecodificar, dar um som paraas letras; ler é construir sentido,é encontrar significado. Ao con-versar sobre o que leu, a criançapensa, reflete e desenvolve suacapacidade de compreensão.

Uma avaliação nacionalfeita este ano pelo Ministérioda Educação aponta que umaem cada cinco crianças de atéoito anos (22,2%) não conse-gue ler uma frase inteira quan-do conclui o terceiro ano doensino fundamental. Nessafase, os 22,2% que deveriamestar completamente alfabetiza-dos, decifram apenas algumaspalavras isoladas. Ler parauma criança, e motivar ela a lertambém, pode melhorar o nívelde aprendizado nos primeirasanos de alfabetização.

A professora MariaAparecida ressalta ainda que ospais têm grande participação namotivação durante o processode alfabetização da criança.Quando um pai lê para umaacriança, ele automaticamentefaz ela desenvolver o senso cog-nitivo.

“Acompanhar a criança efazer com que ela tenha vonta-de de aprender ajuda bastante eé um grande diferencial”,comenta a educadora.

No Cmei do SetorFaiçalville, em Goiânia, as práti-cas pedagógicas permitem àscrianças terem liberdade nahora de aprender ler e escrever.Durante este ano, crianças decinco anos conseguiram escre-ver um livrinho que conta a his-tória de um peixe que vivia emum rio poluído e precisou daajuda de crianças e da socieda-de para ser despoluído. Ao finaldo livro, há uma coletânea depoemas que foram produzidostambém pelas crianças, com omesmo tema do projeto.

Segundo a diretora doCmei, Risete Ribeiro deOliveira, o projeto de estimulara criança a ler tem grande rele-vância. Uma criança fez aseguinte pergunta em sala:“Professora, a água do mundovai acabar?”, enquanto discu-tiam sobre a escassez da água.A partir desse momento a pro-fessora da turma começou atrabalhar com os pequenos,durante o ano inteiro, assuntosrelacionados ao tema da água eo que a poluição poderia cau-sar. A professora começou aestimular as crianças a leremmais sobre o assunto. Comajuda dos pais elas fizeram pes-quisas de leitura.

“A inserção da criança naleitura começa cedo e nosso tra-balho como educadores é muitoimportante nesse processo. NoCmei, desenvolvemos trabalhospara gerar motivação na práticade leitura através de projetospedagógicos. A produção dolivrinho pelas próprias criançasé um exemplo”, diz a diretora.

A coordenadora do Cmei,

pedagoga Michelle Mendes, dizque a meta da SecretariaMunicipal de Educação não éfazer com que os alunos saiamdo Cmei sabendo ler e escrever,mas estimular e trabalhar, desdeas crianças mais novas entre ume cinco anos, a leitura e a escritade forma mais lúdica.

“O projeto do livrinho sobre“A água do mundo vai acabar?”começou a ser trabalhado desdeo primeiro semestre deste ano. E

nosso objetivo foi estimular prá-ticas de leitura”, comenta acoordenadora do Cmei.

No início deste mês as crian-ças tiveram um momento deautógrafos no Cmei. Elas pró-prias assinaram o livrinho eentregaram para os pais. A pro-fessora que acompanhou proje-to teve a sensação de devercumprido, pois o objetivo deestimular as crianças a ler foialcançado.

Com a ajuda da professora, crianças do Cmei fizeram umlivro abordando a poluição da água e seus malefícios

Risete Ribeiro, diretora do Cmei, afirma que é essencialmotivar a criança a ler o quanto antes possível

Livro produzido pelas crianças do Cmei conta história através de poemas, desenhos ilustrados

Professora Maria Aparecida dos Santos: “Ensinar uma criançaa ler e escrever pode ser uma aventura maravilhosa”

FOTOS: PAULO JOSÉ

Crianças escrevem livro sobre poluição da água

Cmeis de Goiâniaapostam nodesenvolvimento dosenso cognitivo dascrianças desde aprimeira infância,facilitando assim oprocesso de leitura eescrita nos futurosadultos

Aprendendo a ler desde o berço

Ler para um bebê,ou contar históriaspara a criançaainda na fase dagestação, é umamaneira de inseri-la no mundoletrado, comodizem oseducadores. Apedagoga MichelleMendes da Silva,especialista emPsicopedagogia eNeuropedagogia,explica que desdeo ventre da mãe aleitura pode sertrabalhada com obebê, através demúsicas que a mãecanta para acriança ainda noventre.“Contar historinhas também éfundamental para elas sedevolverem. Isso faz partedesde o início do clico davida”, afirma e especialista.Motivar uma criança a ler é umexercício diário que requeralguns passos, como ler paraelas em voz alta, começar

lendo livros ilustrados,detalhar historinhas, procurarpor programas voluntários deleitura, comprar dicionárioinfantil, sempre deixar lápis epapel disponíveis para elas,ensinar elas a veremprogramas educativos, levá-lasà biblioteca. São práticas quefavorece a desenvoltura dacriança destacou a pedagoga.

Historinhas para quemestá dentro da barriga

Pedagoga Michelle Mendes ressalta aimportância de ler para uma criançadesde o ventre da mãe

EDUCAÇÃO BÁSICAECONOMIAX

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Almoço com a imprensa

O Sebrae Goiás ofereceuna quinta-feira passada, dia10, seu tradicional almoçode confraternização anualpara a imprensa e convida-dos. O evento, realizado noauditório da Casa em Goiâ-nia, no Setor Bueno, reuniujornalistas, assessores e a di-retoria do Sebrae Goiás. Aequipe da Tribuna do Planal-to esteve representada pelosjornalistas Fabiola Rodri-gues, Manoel Messias ePaulo José (repórter-foto-gráfico). Já na segunda-feira

o deputado federal GiuseppeVechi também reuniu a im-prensa, no salão de festas dafaculdade Cambury. Nesta

ocasião a Tribuna foi repre-sentada pelos repórteresMarcione Barreira e PauloJosé.

[email protected]

11

Papai Noel dos Correios entrega presentesOs Correios de Goiás já iniciaram a operação especial

para a distribuição dos presentes recebidos na CampanhaPapai Noel dos Correios. Nesta fase, a maior parte do tra-balho se concentra no auditório da empresa, na AgênciaCentral da Praça Cívica, onde é realizada a triagem dos ob-jetos para encaminhamento às unidades de distribuição decada região. A meta é concluir o trabalho antes do Natal.Muitas crianças receberão os presentes em casa, por meiodos carteiros. Mas, em alguns casos, o Papai Noel irá fazerpessoalmente a entrega.

Natal dos SonhosFoi aberta na noite da última quinta-feira, 10, a progra-

mação oficial do “Natal Mundo dos Sonhos”, da Prefeiturade Aparecida de Goiânia. A abertura contou com a presençado prefeito Maguito Vilela, contou com a chegada da Cara-vana da Coca-Cola no Parque da Família na Avenida Inde-pendência, onde foi montado o presépio do Cerrado com40 peças artesanais, Casa do Papai Noel e a Feira de Arte-sanato. A programação segue até o dia 21 de dezembro.

Operação Papai NoelO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-

logia (Inmetro) realizou, entre os dias 07 e 11 de dezembro,a Operação Especial Papai Noel. Durante a ação, agentesfiscais dos Institutos de Pesos e Medidas Estaduais (órgãosdelegados do Inmetro) percorreram, em todos os estados doBrasil, o comércio varejista e atacadista para examinar se osbrinquedos, as bicicletas de uso infantil, as luminárias na-talinas tipo mangueira e as luminárias natalinas tipo pisca-pisca atendem aos regulamentos estabelecidos pelo Inmetro.A iniciativa tem como objetivo verificar se o mercado estácomercializando apenas produtos certificados ou em con-formidade com os regulamentos.

Encontro de CineclubismoDe 14 a 16 de dezembro, cinéfilos, amantes de cinema,

cineclubistas, realizadores e produtores independentes deaudiovisual, servidores e alunos do Instituto Federal deGoiás (IFG) e a comunidade em geral estarão reunidos no1º Encontro de Cineclubismo realizado pelo IFG. O even-to terá atividades em dois locais, no Espaço Sonhus (den-tro do Colégio Lyceu) e no Cine Ouro, ambos localizadosno Centro de Goiânia, e realizará oficinas de capacitaçãode projetos audiovisuais, seminários, mesa-redonda, mos-tra de curtas e exposição. As inscrições para as atividadesjá estão abertas. Os interessados devem se inscrever paratoda a programação. As inscrições serão realizadas até oinício do evento e haverá certificação. A participação égratuita.

Secretária esclarece onovo modelo de gestão

Além de reuniões, secretária Raquel Teixeira determininou criação de fanpage no Facebook para continuar e ampliar o debate

Coral infantil do Gustav Ritter é recebido no PalácioA presidente de honra da Organização das

Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo, recebeu natardae daea sexta-feira, dia 11, no Palácio dasEsmeraldas, em Goiânia, os integrantes do Co-ral Infanto-Juvenil do Centro Cultural GustavRitter. As crianças participaram de um lanche noSalão Dona Gercina. Durante o encontro, quejá se tornou uma tradição, os integrantes do co-ral foram presenteados com brinquedos (carri-nhos, bolas e bonecas) da Campanha Show deNatal da OVG e, já à noite, fariam uma Cantatade Natal na marquise do Palácio. O Coral doCentro Cultural Gustav Ritter é formado por110 crianças, com idade de 9 a 13 anos.

R$ 4,4 milhõespara municípios

Após quatro meses do inícioda arrecadação do pedágio pelaVia 040, foram repassados R$4,478 milhões em Imposto So-bre Serviços (ISS) aos 35 muni-cípios diretamente atendidospela rodovia, o que representamais de R$ 1 milhão por mês. Omontante representa um impor-tante reforço de caixa para oscofres de dezenas de prefeitu-ras. O recurso, disponibilizadoa partir da operação das 11 pra-ças de pedágio distribuídas aolongo dos 936,8 km de conces-são, entre Brasília (DF) e Juizde Fora (MG), entra no caixaúnico dos municípios. Isso per-mite que sua aplicação siga asprioridades de cada localidade,como saúde, educação, infraes-trutura e segurança.

Bazar beneficienteA fashionista goiana Pricylla

Pedrosa realiza neste domingo(13), em parceria com a EBMDesenvolvimento Imobiliário, aprimeira edição do Bazar doBazar Beneficente da Pri, quevai disponibilizar para o públicomais de mil peças tanto doguarda-roupa da blogueira co-mo de doações de parceiros. Oobjetivo da ação é angariar fun-dos para o Hospital Araújo Jor-ge e para a Total Educação eCultura, organização social semfins lucrativos que cria, implan-ta e gerencia programas educa-cionais. O bazar poderá servisitado das 10h às 16h, no malldo Metropolitan Business & Li-feStyle, no cruzamento das ave-nidas E e Jamel Cecílio, noJardim Goiás, em Goiânia.

Com o objetivo de esclare-cer dúvidas sobre o processo deimplantação das OrganizaçõesSociais (OSs) na rede estadualde Educação, a secretária deEducação, Cultura e Esporte(Seduce) Raquel Teixeira, este-ve na tarde da última quinta-feira, 10/12, no auditório daUniversidade Estadual deGoiás de Pirenópolis, quandoconversou com professores e

diretores da subsecretaria re-gional de Anápolis.

Desde o início do ano a se-cretária tem conversado sobre aproposta com os setores orga-nizados da sociedade. Raqueljá se reuniu com os 40 subse-cretários regionais de educa-ção, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professo-res e gestores, também já se en-controu com parlamentares,tem conversado com a impren-sa e vai continuar os encontroscom os professores. A secreta-ria criou uma fanpage no Face-book para continuar e ampliaro debate.

Em Pirenópolis foi o pri-meiro encontro nesse formato.A secretária respondeu pergun-tas dos professores e reafirmoua abertura da secretaria para oconstante diálogo.

Ela ressaltou que a modela-gem das OSs em Goiás é intei-

ramente pautada na legislaçãobrasileira, seguindo a Lei deDiretrizes e Bases (LDB), Pla-no Nacional de Educação e de-mais artigos a ConstituiçãoFederal.

"Como um processo novo, énormal que surja o medo e a in-segurança no primeiro momen-to.", disse Raquel.

Para a professora SonjaMaria Lacerda, subsecretáriade Educação da regional deAnápolis, foi extremamente im-portante a professora Raquelconversar com os professores etirar as angústias desse primei-ro momento.

"Acredito que, agora, o pro-fessor vai se sentir acolhido e vaientender que esse é um processoque vai fazer diferença na edu-cação em Goiás", disse Sonja.

Presente no debate, JucéliaSilva disse que saiu tranquilaapós saber que os conselhos es-

colares mantém a autonomia."Como professora efetiva,

saio daqui sem nenhum temor.Como mãe, saio convicta deque o conhecimento vai chegarde maneira plena aos nossos fi-lhos", disse a professora.

A macrorregião de Anápo-lis, que inclui Pirenópolis, foiescolhida para receber o proje-to piloto de implantação dasOSs por razões técnicas, comogeografia, número de alunos enível de organização. Ao finaldo debate, muitos professoresagradeceram a presença da se-cretária e se disseram ansiosospara ver os primeiros resulta-dos da implantação das OSs.

"A educação pública dequalidade é aquela que preparao aluno e o jovem para ter su-cesso na escola e na vida, paraser feliz e para ser inserido nasociedade como cidadão", fina-lizou Raquel.

Desde o início do ano a secretária já se reuniu com os 40 subsecretáriosregionais deeducação, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professores e gestores

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ESCOLAS ESTADUAIS

FOTOS: PAULO JOSÉ

MÔNICA SALVADOR

Seduce divulganota sobreocupação deescolas

Estudantes estão ocupando também o tradicional ColégioLyceu de Goiânia, localizado no Setor Central

A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte divulgou, nasexta-feira, dia 11, uma notasobre o movimento de ocupa-ção de escolas da rede estadual.Veja a seguir a íntegra da nota:

“A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte reafirma quesempre esteve aberta ao diálo-go, por isso entende que essemovimento de ocupação de es-colas da rede é extemporâneo,injustificável e desnecessário.

Nosso projeto de gestãocompartilhada é único, e vai ga-rantir que professores e direto-res se dediquem exclusivamenteao ensino e aos alunos. As es-colas vão permanecer 100% pú-blicas e gratuitas, os professoresefetivos terão todos os diretosassegurados e os recursos apli-cados serão os mesmos.

A Secretaria tem a convic-ção de que este modelo seráuma iniciativa inovadora, tor-nará o sistema mais ágil, maiseficiente e fará avançar a quali-dade da educação pública emGoiás.”

Na quarta-feira (9), o Colé-

gio Estadual Professor JoséCarlos de Almeida, no SetorCentral, já havia sido ocupadopor estudantes, que defendem amedida como um protesto con-tra o projeto do Governo deGoiás de terceirizar a gestão departe da rede de ensino pormeio de Organizações Sociais(OSs).

O local está fechado fecha-do desde o ano passado sob aalegação de que não havia de-manda de estudantes para aquantidade de vagas ali existen-tes.

No dia seguinte, na quinta-feira (10), cerca de 20 alunosocuparam o Colégio EstadualRobinho Martins de Azevedo,localizado no Setor Jardim No-va Esperança, na região No-roeste da Capital. Elesacamparam no local e tambémdizem que pretendem ali per-manecer por tempo indetermi-nado.

Na sexta-feira, dia 11, foi avez do tradicional Colégio Es-tadual Lyceu de Goiânia, tercei-ra unidade a ser ocupada.

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ECONOMIAX

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Almoço com a imprensa

O Sebrae Goiás ofereceuna quinta-feira passada, dia10, seu tradicional almoçode confraternização anualpara a imprensa e convida-dos. O evento, realizado noauditório da Casa em Goiâ-nia, no Setor Bueno, reuniujornalistas, assessores e a di-retoria do Sebrae Goiás. Aequipe da Tribuna do Planal-to esteve representada pelosjornalistas Fabiola Rodri-gues, Manoel Messias ePaulo José (repórter-foto-gráfico). Já na segunda-feira

o deputado federal GiuseppeVechi também reuniu a im-prensa, no salão de festas dafaculdade Cambury. Nesta

ocasião a Tribuna foi repre-sentada pelos repórteresMarcione Barreira e PauloJosé.

[email protected]

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Papai Noel dos Correios entrega presentesOs Correios de Goiás já iniciaram a operação especial

para a distribuição dos presentes recebidos na CampanhaPapai Noel dos Correios. Nesta fase, a maior parte do tra-balho se concentra no auditório da empresa, na AgênciaCentral da Praça Cívica, onde é realizada a triagem dos ob-jetos para encaminhamento às unidades de distribuição decada região. A meta é concluir o trabalho antes do Natal.Muitas crianças receberão os presentes em casa, por meiodos carteiros. Mas, em alguns casos, o Papai Noel irá fazerpessoalmente a entrega.

Natal dos SonhosFoi aberta na noite da última quinta-feira, 10, a progra-

mação oficial do “Natal Mundo dos Sonhos”, da Prefeiturade Aparecida de Goiânia. A abertura contou com a presençado prefeito Maguito Vilela, contou com a chegada da Cara-vana da Coca-Cola no Parque da Família na Avenida Inde-pendência, onde foi montado o presépio do Cerrado com40 peças artesanais, Casa do Papai Noel e a Feira de Arte-sanato. A programação segue até o dia 21 de dezembro.

Operação Papai NoelO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-

logia (Inmetro) realizou, entre os dias 07 e 11 de dezembro,a Operação Especial Papai Noel. Durante a ação, agentesfiscais dos Institutos de Pesos e Medidas Estaduais (órgãosdelegados do Inmetro) percorreram, em todos os estados doBrasil, o comércio varejista e atacadista para examinar se osbrinquedos, as bicicletas de uso infantil, as luminárias na-talinas tipo mangueira e as luminárias natalinas tipo pisca-pisca atendem aos regulamentos estabelecidos pelo Inmetro.A iniciativa tem como objetivo verificar se o mercado estácomercializando apenas produtos certificados ou em con-formidade com os regulamentos.

Encontro de CineclubismoDe 14 a 16 de dezembro, cinéfilos, amantes de cinema,

cineclubistas, realizadores e produtores independentes deaudiovisual, servidores e alunos do Instituto Federal deGoiás (IFG) e a comunidade em geral estarão reunidos no1º Encontro de Cineclubismo realizado pelo IFG. O even-to terá atividades em dois locais, no Espaço Sonhus (den-tro do Colégio Lyceu) e no Cine Ouro, ambos localizadosno Centro de Goiânia, e realizará oficinas de capacitaçãode projetos audiovisuais, seminários, mesa-redonda, mos-tra de curtas e exposição. As inscrições para as atividadesjá estão abertas. Os interessados devem se inscrever paratoda a programação. As inscrições serão realizadas até oinício do evento e haverá certificação. A participação égratuita.

Secretária esclarece onovo modelo de gestão

Além de reuniões, secretária Raquel Teixeira determininou criação de fanpage no Facebook para continuar e ampliar o debate

Coral infantil do Gustav Ritter é recebido no PalácioA presidente de honra da Organização das

Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo, recebeu natardae daea sexta-feira, dia 11, no Palácio dasEsmeraldas, em Goiânia, os integrantes do Co-ral Infanto-Juvenil do Centro Cultural GustavRitter. As crianças participaram de um lanche noSalão Dona Gercina. Durante o encontro, quejá se tornou uma tradição, os integrantes do co-ral foram presenteados com brinquedos (carri-nhos, bolas e bonecas) da Campanha Show deNatal da OVG e, já à noite, fariam uma Cantatade Natal na marquise do Palácio. O Coral doCentro Cultural Gustav Ritter é formado por110 crianças, com idade de 9 a 13 anos.

R$ 4,4 milhõespara municípios

Após quatro meses do inícioda arrecadação do pedágio pelaVia 040, foram repassados R$4,478 milhões em Imposto So-bre Serviços (ISS) aos 35 muni-cípios diretamente atendidospela rodovia, o que representamais de R$ 1 milhão por mês. Omontante representa um impor-tante reforço de caixa para oscofres de dezenas de prefeitu-ras. O recurso, disponibilizadoa partir da operação das 11 pra-ças de pedágio distribuídas aolongo dos 936,8 km de conces-são, entre Brasília (DF) e Juizde Fora (MG), entra no caixaúnico dos municípios. Isso per-mite que sua aplicação siga asprioridades de cada localidade,como saúde, educação, infraes-trutura e segurança.

Bazar beneficienteA fashionista goiana Pricylla

Pedrosa realiza neste domingo(13), em parceria com a EBMDesenvolvimento Imobiliário, aprimeira edição do Bazar doBazar Beneficente da Pri, quevai disponibilizar para o públicomais de mil peças tanto doguarda-roupa da blogueira co-mo de doações de parceiros. Oobjetivo da ação é angariar fun-dos para o Hospital Araújo Jor-ge e para a Total Educação eCultura, organização social semfins lucrativos que cria, implan-ta e gerencia programas educa-cionais. O bazar poderá servisitado das 10h às 16h, no malldo Metropolitan Business & Li-feStyle, no cruzamento das ave-nidas E e Jamel Cecílio, noJardim Goiás, em Goiânia.

Com o objetivo de esclare-cer dúvidas sobre o processo deimplantação das OrganizaçõesSociais (OSs) na rede estadualde Educação, a secretária deEducação, Cultura e Esporte(Seduce) Raquel Teixeira, este-ve na tarde da última quinta-feira, 10/12, no auditório daUniversidade Estadual deGoiás de Pirenópolis, quandoconversou com professores e

diretores da subsecretaria re-gional de Anápolis.

Desde o início do ano a se-cretária tem conversado sobre aproposta com os setores orga-nizados da sociedade. Raqueljá se reuniu com os 40 subse-cretários regionais de educa-ção, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professo-res e gestores, também já se en-controu com parlamentares,tem conversado com a impren-sa e vai continuar os encontroscom os professores. A secreta-ria criou uma fanpage no Face-book para continuar e ampliaro debate.

Em Pirenópolis foi o pri-meiro encontro nesse formato.A secretária respondeu pergun-tas dos professores e reafirmoua abertura da secretaria para oconstante diálogo.

Ela ressaltou que a modela-gem das OSs em Goiás é intei-

ramente pautada na legislaçãobrasileira, seguindo a Lei deDiretrizes e Bases (LDB), Pla-no Nacional de Educação e de-mais artigos a ConstituiçãoFederal.

"Como um processo novo, énormal que surja o medo e a in-segurança no primeiro momen-to.", disse Raquel.

Para a professora SonjaMaria Lacerda, subsecretáriade Educação da regional deAnápolis, foi extremamente im-portante a professora Raquelconversar com os professores etirar as angústias desse primei-ro momento.

"Acredito que, agora, o pro-fessor vai se sentir acolhido e vaientender que esse é um processoque vai fazer diferença na edu-cação em Goiás", disse Sonja.

Presente no debate, JucéliaSilva disse que saiu tranquilaapós saber que os conselhos es-

colares mantém a autonomia."Como professora efetiva,

saio daqui sem nenhum temor.Como mãe, saio convicta deque o conhecimento vai chegarde maneira plena aos nossos fi-lhos", disse a professora.

A macrorregião de Anápo-lis, que inclui Pirenópolis, foiescolhida para receber o proje-to piloto de implantação dasOSs por razões técnicas, comogeografia, número de alunos enível de organização. Ao finaldo debate, muitos professoresagradeceram a presença da se-cretária e se disseram ansiosospara ver os primeiros resulta-dos da implantação das OSs.

"A educação pública dequalidade é aquela que preparao aluno e o jovem para ter su-cesso na escola e na vida, paraser feliz e para ser inserido nasociedade como cidadão", fina-lizou Raquel.

Desde o início do ano a secretária já se reuniu com os 40 subsecretáriosregionais deeducação, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professores e gestores

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ESCOLAS ESTADUAIS

FOTOS: PAULO JOSÉ

MÔNICA SALVADOR

Seduce divulganota sobreocupação deescolas

Estudantes estão ocupando também o tradicional ColégioLyceu de Goiânia, localizado no Setor Central

A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte divulgou, nasexta-feira, dia 11, uma notasobre o movimento de ocupa-ção de escolas da rede estadual.Veja a seguir a íntegra da nota:

“A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte reafirma quesempre esteve aberta ao diálo-go, por isso entende que essemovimento de ocupação de es-colas da rede é extemporâneo,injustificável e desnecessário.

Nosso projeto de gestãocompartilhada é único, e vai ga-rantir que professores e direto-res se dediquem exclusivamenteao ensino e aos alunos. As es-colas vão permanecer 100% pú-blicas e gratuitas, os professoresefetivos terão todos os diretosassegurados e os recursos apli-cados serão os mesmos.

A Secretaria tem a convic-ção de que este modelo seráuma iniciativa inovadora, tor-nará o sistema mais ágil, maiseficiente e fará avançar a quali-dade da educação pública emGoiás.”

Na quarta-feira (9), o Colé-

gio Estadual Professor JoséCarlos de Almeida, no SetorCentral, já havia sido ocupadopor estudantes, que defendem amedida como um protesto con-tra o projeto do Governo deGoiás de terceirizar a gestão departe da rede de ensino pormeio de Organizações Sociais(OSs).

O local está fechado fecha-do desde o ano passado sob aalegação de que não havia de-manda de estudantes para aquantidade de vagas ali existen-tes.

No dia seguinte, na quinta-feira (10), cerca de 20 alunosocuparam o Colégio EstadualRobinho Martins de Azevedo,localizado no Setor Jardim No-va Esperança, na região No-roeste da Capital. Elesacamparam no local e tambémdizem que pretendem ali per-manecer por tempo indetermi-nado.

Na sexta-feira, dia 11, foi avez do tradicional Colégio Es-tadual Lyceu de Goiânia, tercei-ra unidade a ser ocupada.

COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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NATAL E ANO NOVO

Mais policiais para garantirsegurança nas compras

Fabiola Rodrigues

Uma das épocas mais movi-mentadas do ano, natal e anonovo levam milhares de pessoasàs compras. O comércio naCapital e em outras cidades-polos do Estado atrai pessoasem busca daquele presente oumesmo atrás de compras parafazer aquela ceia de natal ouréveillon. A entrada em circula-ção do dinheiro proveniente dodécimo-terceiro salário é maisum motivo para a populaçãoficar alerta com a ação de crimi-nosos. Tudo isso significa circu-lação de dinheiro.

Por isso, todo cuidado épouco, porque nessa época doano também aumentam a inci-dência de crimes contra o patri-mônio, como furtos, roubos,assaltos e os famosos saidinhade banco. Atenta a esses crimes,a Policia Militar já começou aoperação Boas Festas emGoiânia, que se divide em duas

etapas: a primeira teve início dia25 de novembro, e a segundacomeça dia 14 de dezembro esegue até dia dois de janeiro.

Segundo o comandante doPoliciamento da Capital, coro-nel Divino Alves, até o dia 14dezembro a quantidade de poli-ciais nas ruas já está maior,porém a partir do dia 14 o refor-ço vai aumentar, contando com340 homens e mulheres queconcluíram o curso de aperfei-çoamento na Academia daPolícia Militar no mês denovembro. O Bairro deCampinas e o Centro deGoiânia são duas regiões emque o policiamento é ainda maisintensificado, já que são locaispreferidos para compras.

O assessor de Comunicaçãoda PM, tenente-coronel Ricardo

Mendes, diz que a operaçãoBoas Festas têm a finalidade dedar tranquilidade à população ecombater principalmente furtose roubos, que ocorrem commais frequência neste períododo ano. Mendes lembra que acorporação tem duas frentes, apreventiva e a repressiva.

Nas ações preventivas, a PMconcentra esforços na modali-dade de policiamento comunitá-rio, buscando aproximar cadavez mais a instituição doscomerciantes e da população emgeral. Segundo Mendes, essaaproximação é feita com reu-niões, visita de policiais aosestabelecimentos comerciais etambém com ferramentas maismodernas e rápidas de aciona-mento da polícia, como gruposde WhatsApp, aplicativos de tro-

cas de mensagens instantâneaspelo celular etc.

“Um grupo de WhatsApphoje contempla os comerciantesde uma determinada localidadecom o acionamento direto daviatura. Isso faz parte de umadas ações de policiamentocomunitário, além é claro de opolicial conhecer o comerciante,o comerciante conhecer ocomandante da unidade, desaber que pode confiar na insti-tuição. É uma filosofia de con-fiança mútua entre instituição epopulação”, ressalta o tenente-coronel.

Ricardo mendes lembra dealgumas dicas importantes paranão se tornar uma vítima fácildos criminosos. Ficar bem aten-to a todas as movimentações enão andar só são algumas delas.

Neste mês dedezembro os policiaisde todas as unidadesadministrativas doEstado de Goiásdevem cumprir meioexpediente no serviçoadministrativo e aoutra metade naparte operacional,para realizar opoliciamentoostensivo Aparecida de Goiânia

aposta na prevenção

DIVULGAÇÃOPAULO JOSÉ

O policiamento preventivo erepressivo neste período do anotambém está sendo intensificadoem outros municípios, além daCapital. Em Aparecida deGoiânia o reforço começoudesde o último dia quatro e vaiaté o dia 11 de janeiro. Nas ave-nidas de maior concentração depessoas, os policiais militaresestarão dando o suporte neces-sário para evitar furtos e roubosque podem ser cometidos pelosbandidos.

Segundo o coronel MauroSales de Araújo, que respondepelo 2º Comando Regional daPM, sediado em Aparecida deGoiânia, responsável pelas cida-des do Entorno da Capital, oestado está investindo maisdinheiro no policiamento.Aparecida de Goiânia, segundamaior município do Estado,recebeu 120 policiais militares,

como reforço para a OperaçãoBoas festas. Esse número repre-senta 30% a mais de Pms nasruas da cidade.

Além do policiamento inten-sificado para o final do ano, ocoronel explica que a prefeiturade Aparecida de Goiânia estádando suporte para policiaismilitares, assim como os bata-lhões de Choque e da Rotam,que estão de prontidão para aju-dar a combater a tentativas deroubos e furtos na região metro-politana de Goiânia.

Este ano, policiais estãofazendo ação preventiva comconsumidores e comerciantespela cidade de Aparecida deGoiânia. O coronel Sales infor-mou que os Pms estão entregan-do panfletos informativos paraconsumidores e comerciantescom orientações de como evitarde serem vitimas dos bandidos.

O recrutamento de policiais militares para atuar nas ruas foi concluído: são mais de 340homens e mulheres que estarão de prontidão para combater todo tido de crime

Ricardo Mendes, assessor de Comunicação da PM: “AOperação Boas Festas dará tranquilidade à população”

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COMUNIDADES12 GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

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NATAL E ANO NOVO

Mais policiais para garantirsegurança nas compras

Fabiola Rodrigues

Uma das épocas mais movi-mentadas do ano, natal e anonovo levam milhares de pessoasàs compras. O comércio naCapital e em outras cidades-polos do Estado atrai pessoasem busca daquele presente oumesmo atrás de compras parafazer aquela ceia de natal ouréveillon. A entrada em circula-ção do dinheiro proveniente dodécimo-terceiro salário é maisum motivo para a populaçãoficar alerta com a ação de crimi-nosos. Tudo isso significa circu-lação de dinheiro.

Por isso, todo cuidado épouco, porque nessa época doano também aumentam a inci-dência de crimes contra o patri-mônio, como furtos, roubos,assaltos e os famosos saidinhade banco. Atenta a esses crimes,a Policia Militar já começou aoperação Boas Festas emGoiânia, que se divide em duas

etapas: a primeira teve início dia25 de novembro, e a segundacomeça dia 14 de dezembro esegue até dia dois de janeiro.

Segundo o comandante doPoliciamento da Capital, coro-nel Divino Alves, até o dia 14dezembro a quantidade de poli-ciais nas ruas já está maior,porém a partir do dia 14 o refor-ço vai aumentar, contando com340 homens e mulheres queconcluíram o curso de aperfei-çoamento na Academia daPolícia Militar no mês denovembro. O Bairro deCampinas e o Centro deGoiânia são duas regiões emque o policiamento é ainda maisintensificado, já que são locaispreferidos para compras.

O assessor de Comunicaçãoda PM, tenente-coronel Ricardo

Mendes, diz que a operaçãoBoas Festas têm a finalidade dedar tranquilidade à população ecombater principalmente furtose roubos, que ocorrem commais frequência neste períododo ano. Mendes lembra que acorporação tem duas frentes, apreventiva e a repressiva.

Nas ações preventivas, a PMconcentra esforços na modali-dade de policiamento comunitá-rio, buscando aproximar cadavez mais a instituição doscomerciantes e da população emgeral. Segundo Mendes, essaaproximação é feita com reu-niões, visita de policiais aosestabelecimentos comerciais etambém com ferramentas maismodernas e rápidas de aciona-mento da polícia, como gruposde WhatsApp, aplicativos de tro-

cas de mensagens instantâneaspelo celular etc.

“Um grupo de WhatsApphoje contempla os comerciantesde uma determinada localidadecom o acionamento direto daviatura. Isso faz parte de umadas ações de policiamentocomunitário, além é claro de opolicial conhecer o comerciante,o comerciante conhecer ocomandante da unidade, desaber que pode confiar na insti-tuição. É uma filosofia de con-fiança mútua entre instituição epopulação”, ressalta o tenente-coronel.

Ricardo mendes lembra dealgumas dicas importantes paranão se tornar uma vítima fácildos criminosos. Ficar bem aten-to a todas as movimentações enão andar só são algumas delas.

Neste mês dedezembro os policiaisde todas as unidadesadministrativas doEstado de Goiásdevem cumprir meioexpediente no serviçoadministrativo e aoutra metade naparte operacional,para realizar opoliciamentoostensivo Aparecida de Goiânia

aposta na prevenção

DIVULGAÇÃOPAULO JOSÉ

O policiamento preventivo erepressivo neste período do anotambém está sendo intensificadoem outros municípios, além daCapital. Em Aparecida deGoiânia o reforço começoudesde o último dia quatro e vaiaté o dia 11 de janeiro. Nas ave-nidas de maior concentração depessoas, os policiais militaresestarão dando o suporte neces-sário para evitar furtos e roubosque podem ser cometidos pelosbandidos.

Segundo o coronel MauroSales de Araújo, que respondepelo 2º Comando Regional daPM, sediado em Aparecida deGoiânia, responsável pelas cida-des do Entorno da Capital, oestado está investindo maisdinheiro no policiamento.Aparecida de Goiânia, segundamaior município do Estado,recebeu 120 policiais militares,

como reforço para a OperaçãoBoas festas. Esse número repre-senta 30% a mais de Pms nasruas da cidade.

Além do policiamento inten-sificado para o final do ano, ocoronel explica que a prefeiturade Aparecida de Goiânia estádando suporte para policiaismilitares, assim como os bata-lhões de Choque e da Rotam,que estão de prontidão para aju-dar a combater a tentativas deroubos e furtos na região metro-politana de Goiânia.

Este ano, policiais estãofazendo ação preventiva comconsumidores e comerciantespela cidade de Aparecida deGoiânia. O coronel Sales infor-mou que os Pms estão entregan-do panfletos informativos paraconsumidores e comerciantescom orientações de como evitarde serem vitimas dos bandidos.

O recrutamento de policiais militares para atuar nas ruas foi concluído: são mais de 340homens e mulheres que estarão de prontidão para combater todo tido de crime

Ricardo Mendes, assessor de Comunicação da PM: “AOperação Boas Festas dará tranquilidade à população”