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AQUATRO Arquitetura e Urbanismo - Universidade Estadual de Goiás UEG| Anápolis, 18/04/2010 Nº 11 | ANO 3 | R$ 1,00 [email protected] jornala4ueg.blogspot.com Luto pela UEG Após duas semanas de paralização, alunos se manifestam durante o colegiado decisivo tanto para eles quanto para os professores. [6] Intervenção Urbana Discutindo e descobrindo mais sobre o poder da mani- festação como arte para impactar e atingir as grandes cidades. [1] Exposição A4 Participe com suas fotos e inspire a Universidade. [3] EREA Descubra o que aconte- ceu no Encontro Regional de Arquitetura e Urbanismo em Goiânia. E fique atento para não perder os próxi- mos encontros! [1] Centros culturais Um espaço para divulgar e analisar a arquitetura regional, confira e se permita aprofundar na discussão! [2] Arquitetura e Música Saiba o que permite a ligação entre esses dois mundos. [2] Cidades Descutiremos o quanto o papel do Arquiteto pode inflluenciar a cidade anal- isando projetos susten- táveis e bio-planejamento. [3] BR-153 Análise de nossas referên- cias arquitetônicas. [4] Pritzker 2010 Saiba mais sobre um dos mais renomados prê- mios da arquitetura. [4] Cinema Veja as datas do Projeto: ‘Da estética ao imaginário arquitetônico’ e acompan- he as críticas das últimas sessões. [5] Críticas, desabafos, e sugestões? Compartilhe com o jornal e com todo o cur- so de Arquitetura e Urbanismo. O jornal é um veículo aberto para que os alunos pos- sam se expressar e defender suas idéias, o jornal é de todos nós! APROVEITE! NOVIDADES Cara Nova Nosso querido jornal pas- sou por uma cirurgia plásti- ca, veja o que temos de novo e dê sua opinião. [7]

A4 | aquatro

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11ª Edição do jornal de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás.

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AQUATROArquitetura e Urbanismo - Universidade Estadual de Goiás

UEG| Anápolis, 18/04/2010Nº 11 | ANO 3 | R$ 1,[email protected]

Luto pela UEGApós duas semanas de paralização, alunos se manifestam durante o colegiado decisivo tanto para eles quanto para os professores. [6]

Intervenção UrbanaDiscutindo e descobrindo mais sobre o poder da mani-festação como arte para impactar e atingir as grandes cidades. [1]

Exposição A4Participe com suas fotos

e inspire a Universidade. [3]

EREADescubra o que aconte-

ceu no Encontro Regional de Arquitetura e Urbanismo em Goiânia. E fique atento para não perder os próxi-mos encontros! [1]

Centros culturaisUm espaço para divulgar e analisar a arquitetura regional, confira e se permita aprofundar na discussão! [2]

Arquitetura e MúsicaSaiba o que permite a ligação entre esses dois mundos. [2]

CidadesDescutiremos o quanto o papel do Arquiteto pode inflluenciar a cidade anal-isando projetos susten-táveis e bio-planejamento. [3]

BR-153Análise de nossas referên-cias arquitetônicas. [4]

Pritzker 2010Saiba mais sobre um

dos mais renomados prê-mios da arquitetura. [4]

CinemaVeja as datas do Projeto:

‘Da estética ao imaginário arquitetônico’ e acompan-he as críticas das últimas sessões. [5]

Críticas, desabafos, e sugestões? Compartilhe com o jornal e com todo o cur-so de Arquitetura e Urbanismo. O jornal é um veículo aberto para que os alunos pos-sam se expressar e defender suas idéias, o jornal é de todos nós! APROVEITE!

NOVIDADES

Cara NovaNosso querido jornal pas-

sou por uma cirurgia plásti-ca, veja o que temos de novo e dê sua opinião. [7]

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AQUATRO ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 20101DEPOIMENTO:O EREA ME IN-CLUIU

No dia 31 (quarta-feira) passado, o EREA Goiânia teve suas portas abertas. Com a temática voltada à Inclusão Social e à Acessibilidade, o encontro ocorreu no Colégio COLU em Goiânia, próximo a Praça Universitária. Houve diversas mesas redondas, oficinas, e até mesmo bate-papo de boteco que envolvia todo tipo de assunto voltado à arquitetura, unindo gente de todo canto do país em um só lugar e com gostos em comum. Nossa Universidade teve o maior prazer de levar um número de professores bem interessante para compor as mesas redondas e fulminar os debates. Em uma pesquisa informal realizada, o EREA Goiânia produziu mais resultados positivos que o EREA Palmas (2009), pois nós estudantes tivemos a oportunidade de intervir em um espaço e requalificá-lo para melhor ser utilizado pelos alunos do próprio colégio (ou seja, houve poucos ‘VERMES’ no local). Enfim, o EREA Goiânia conseguiu trazer resultados positivos (e fez a mim em particular me apaixonar novamente pelo curso apesar de todos os problemas que tem ocorrido em nossa ‘Universidade’). SIM, O EREA ME INCLUIU.

Ítalo Augusto | 3º periodo

INTERVENÇÃO URBANA

Intervenção urbana nada mais é que uma manifestação artística

própria das cidades, tudo aquilo que vimos no centro de uma cidade, compondo seu movimento, seu espaço, pode ser encarado como intervenção urbana, normalmente são feitas em grandes centros das cidades com o objetivo de chamar a atenção de quem circula pelo espaço. Esta coluna intervirá

no espaço UEG, aqui mostrarei vários tipos de intervenções que rolam mundo a fora para que você, leitor, reflita sobre a sociedade de hoje, a sua arte, sua política e principalmente a arquitetura que envolve tudo isso. Bem, como essa é a primeira coluna, vamos fa-lar mais sobre o que é in-tervenção urbana. Con-siste em uma interação

com um ob-jeto artístico preexistente, seja ele um monumento ou um es-paço publico, a intenção é colocar em questão as percepções a cerca do objeto, nor-malmente a arte “ques-tionada” esta ligada a arte conce i t ua l . Tendo suas raízes nos movimentos do acionis-

mo viennese, dada, neo-dadaísta e por aí vai, a intervenção urbana é um desafio, ou no mínimo um comentário sobre um objeto previamente ex-istente, por meio de car-tazes, cenas de teatro, grafite, adesivos(stickers) ou acréscimo de elemento plásticos que modificam a maneira de pensar e ob-servar o objeto artístico em questão, alterando portan-to, o seu significado, suas expectativas, sua história, mesmo que só por um mo-mento. Dessa forma a intervenção urbana é sempre inusitada e realizada em grandes espaços com grande circulação, em virtude do seu caráter crítico, seja por uma perspectiva política, ideológica ou social, a AÇÃO refere-se ao cotidiano nos grandes centros urbanos ou não, ou seja, AGENTE FAZ O QUE!! Tayane Perné | 3º periodo

Eduardo Srur, “Pets”, 2008, intervenção urbana no rio Tietê, SP

A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIOÉ do saber de todos que o curso de Arquitetura e Urbanismo exige grande empenho e carga horária dos estudantes, porém apenas a teoria, não dá a experiência e conhecimento necessários para uma formação adequada. O estágio é uma grande ferramenta que estudantes possuem para aplicar a teoria arquitetônica e é claro para começar a receber seus primeiros pagamentos.Existe uma grande discussão acerca do momento e do período de tempo que nós estudantes de arquitetura devemos ingressar no estágio, a UnUCET tem como padrão que essa etapa seja iniciada a partir do quinto período, e que a carga horária não exceda vinte horas semanais ( mas tal ‘lei’ não se aplica a todos, obviamente ela é ‘burlada’ por muitos estudantes, por necessidade, ou mesmo por discordar de tal decreto, até porque a lei federal do estágio dá direito ao estudante de nivel superior a trinta horas semanais), enfim, cada um possui sua opinião, mas o fato é que de certa forma o estágio não é tão acessível.Com tais fatores, o jornal A4 procura os futuros arquitetos (amém!) informados, e instigá-los acerca da discussão: “ A faculdade deve ser privilegiada em relação ao estágio, ou deve ser conciliada em relação ao mesmo?”

Eduardo Medeiros | 5º Período.

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ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010 AQUATRO 2

Em seu livro “Saber Ver a Arquitetura”, Bruno Zevi, arquiteto, crítico e historiador italiano, ressalta a quarta dimensão, como sendo o elemento inerente à arquitetura e capaz de distingui-la das demais artes. Ele afirma que o caráter essencial da arquitetura reside no fato de agir com um vocabulário tridimensional que inclui o próprio homem. Filippo Brunelleschi, famoso artista renascentista, atuou com louvor no campo da pintura, da arquitetura e principalmente da escultura, sendo esta a caracterizadora de sua linguagem de representação, assim ele contribui para a interpretação do elemento tridimensional e da inserção do homem. Segundo Zevi: “A arquitetura é como uma grande escultura escavada, em cujo interior o homem penetra e caminha”.Tomando como pressupos-to a realidade do espaço como sendo a razão de ser da arquitetura, podemos afirmar que a música faz parte da arquitetura, tanto quanto os elementos que a compõem materialmente.

Toda música, bem como a menor unidade dela, pos-suem os mesmos elemen-tos de composição que a arquitetura, são eles: Rit-mo, harmonia, tempo, es-paço. A professora arquite-ta Solange Irene Smolarek Dias afirma que arquitetura é obra e espaço formado por estru-turas rígi-das, porém é também são as sensações c r i a d a s nos seres humanos. Esta afir-mação in-tercepta a arquitetura e a música. O som é o e lemento gerador da sensação de totalidade do espaço, ou seja é através do som que sentimos que não somos estáticos como a con-strução, é ele o elemento que aproxima a arquite-tura e a música através da quarta dimensão.A sensação auditiva através do movimento do ar e o ato de tocar deter-minado instrumento unem

cada vez mais a terceira dimensão da quarta, além da própria visão fixar todas as sensações humanas à realidade espacial de inter-ação do homem. O multiin-strumentista francês Yann Tiersen, responsável pela trilha sonora do filme O Fabuloso Destino de Amé-

lie Poulain e x e m p l i -fica tudo o que foi c i t a d o a c i m a através de inúmeras m ú s i c a s , sendo que m u i t a s delas tem pouca dife-renciação rítmica e melódica.

Elas distinguem-se prin-cipalmente pela diferen-ciação de timbres (o que dá identidade ao som) e pequenas mudanças de estado da música, esta ação é similar ao ato de se trabalhar com decom-posição da forma, des-locamento de planos, descontrução, entre outras atividades praticadas pelo arquiteto até encontrar a

alma de sua composição.Para que não haja dúvidas sobre a inter-relação entre música e arquitetura, a arquiteta e musicista Claudia Borges de Miranda diz: “Deve haver um código que traduza as formas espaciais em música. Esse código são as relações numéricas. Proporções de 2 números correspondem a intervalos simples entre duas notas e a figuras planas que se manifestam nas plantas arquitetônicas e fachadas”. Portanto o fato sobre a ação do homem sobre a quarta dimensão dita por Zevi no início do texto fixa pelas provas não somente vivenciadas como também provadas matematicamente impõe tanto à arquitetura quanto à música características que as fundem.

Referências: Saber ver a Arquitetura (Bruno Zevi), A Música da Arquitetura (Cláudia Miranda), Arquitetura é música congelada? (Solange Irene Smolarek Dias).

Adriano Felipe | 5º periodo

“Toda música, bem como a

menor unidade dela, possuem

os mesmos elementosde composição que a

arquitetura”

A RELAÇÃO ENTRE A ARQUITETURA E A MÚSICA E SUA CONSEQÜENTE FUSÃO.

Centros Culturais

A cidade de Goiânia, cada vez mais se potencializa em termos de movimentos culturais, e isso tem atraído o interesse de investimentos em espaços

urbanos que possam dar suporte a tais movimentos, são os chamados Centros Culturais, porém, muitas vezes ignoram o que realmente um Centro Cultural deve oferecer para a população. No dia 30 de março de 2006 a cidade foi contemplada com o Centro Cultural Oscar Niemeyer, e quando digo contemplada não é ironia, mas sim uma realidade de que o espaço apropriou-se de um caráter meramente contemplativo. Os espaços culturais devem possuir uma identidade com o lugar e com o usuário a fim de atender as necessidades destes e de promover o uso de forma coerente com o espaço urbano, o Centro Cultural Oscar Niemeyer simplesmente foi uma afronta a cultura da região uma vez que esse espaço não abriga um suporte de acessos pela isolada região onde se encontra e não tem nenhum

vinculo com o espaço urbano ou ao menos se pode ter a curiosidade de conhecer o local, uma vez que este fica fechado todo o tempo e hoje se encontra jogado as traças. Se atualmente Goiânia possui espaços que possam ser referência ao interesse cultural da cidade é mérito da população, pois os interesses administrativos e políticos da cidade não estão voltados para este tipo de incentivo e na primeira tentativa fazem simplesmente uma piada com a população. Mas temos ainda a quem agradecer. O Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro ou o Centro Cultural Martim Cererê, que estão inseridos no espaço urbano, ambos não possuem uma identidade arquitetônica agregada muito menos leva no nome algum mestre genuíno modernista brasileiro, mas ainda assim tem seus valores culturais a fim de oferecer a população um espaço com características originalmente culturais. Mas quem sabe aquela grande esplanada um dia se torne cenário de um filme de terror que com certeza será Norte Americano.

Diego Mendonça | 8º periodo

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AQUATRO ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010

PARTICIPE DA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA JORNAL A4Os alunos que participaram da viagem a São Paulo semestre passado terão a oportunidade de ver suas fotos expostas no espaço da nossa unidade. Cada aluno tem direito a enviar três de suas melhores fotos que serão selecionadas por professores da área fotográfica. PARTICIPE!

ENVIE SUAS FOTOS ATÉ SEGUNDA (19/04).*[email protected]

Há pouco tempo atrás me deparei com uma matéria sobre uma cidade em New Orleans, cidade atingida pelo furacão Katrina, onde no de-safio de reconstruir uma cidade, planejadores urbanos fizeram uma parceria com o Estúdio 804 (como um escritório modelo da Universidade do Kansas que realiza as obras). Nesse estúdio idéias de influência sustentável são misturadas com tecnologia e mate-riais disponíveis da região para reerguer casas, instituições, estações de abas-tecimento e monu-mentos de maneira que os recursos sejam reutilizados e melhor aproveita-dos. Pude acompanhar pela televisão uma as-sembléia dentro da cidade batizada de ‘Green City’, onde representantes do governo discutiam com os respon-sáveis pelo plano diretor sobre a fragilidade dessa nova proposta e de seus altos gastos em tecnologia. Em defesa, um dos membros do estú-dio se levantou dizendo: Estamos levantando aqui uma revolução, uma cidade que vai ser reerguida como exemplo para que outras cidades procurem soluções inteligentes como as nossas. Reconstruindo a cidade com nossos recursos disponíveis. O

melhor é que toda a população está engajada na reconstrução, os alu-nos têm liberdade de criar projetos de tecnologia na construção con-struindo com suas mãos e a popula-ção de ajudar e dar opiniões. Procurando saber mais sobre pessoas e organizações que buscam melhorar o meio urbano através de recursos saudáveis ao meio ambiente e de tecnologia

inteligente, encontrei o site do TIBÁ (com ajuda de nossa professora Ludmila) e o site do próprio estúdio 804. Os estudos do TIBÁ são bem parecidos com o IPEC, situado em Pirinópolis, mas me chamou atenção por seus trabalhos sociais. Ali são disponibilizados diversos cursos, os estudantes matriculados são formados em conceitos da bio-

arquitetura, planejamento permac-ultural, assentamentos sustentáveis entre outros, e aprendem a construir de acordo com o clima e materiais da região. Conceitos esses que são aplicados não só no edifício, mas no plano Urbanístico também. Através do programa de estágio, o estudante tem a oportunidade de aplicar seu aprendizado em cidades por todo o Brasil, construindo para

a população casas, estações/centrais de abastecimen-tos e praças com conceitos naturais extremamente econômicos.Tudo isso prova que existe a nossa volta estudos, projetos e idéias revoluciona-ndo o modo de ver o planejamento, uma forma de nós ar-quitetos concluirmos nossa tarefa como profissionais disp-ostos a levar melhor condição de mora-dia a toda popula-

ção através de recursos saudáveis. Usando de técnicas tecnológicas ou da arquitetura regional crítica, para fazermos do meio físico algo humano e sensível.

Para os interessados: http://www.studio804.com/http://www.tibarose.com/port/home.htm

Carinna Sousa | 5º PeriodoImagem: Manual do Arquiteto descalço

EM BUSCA DE CIDADES INSPIRADORAS

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ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010 AQUATRO PRITZKER 2010

O anúncio dos gan-hadores do Pritz-ker 2010, renomado prêmio de arquitetura, foi feito no dia 28 de Março. Os hom-enageados deste ano foram Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa pela produção do escritório em socie-dade SANAA. O Corpo de jurados fez considerações como: “Eles exploram como poucos as propriedade fenomenais do es-paço contínuo, leveza, transparência e ma-terialidade” e “Eles buscam as qualidades essenciais da arquite-tura, que resulta em uma simplicidade muito apreciada, economia de recursos e domínio”. Algumas obras também foram destacadas, entre elas o prédio da Christian Dior (Toquio, Japão), o Pavilhão de Vidro do Museu de Artes de Toledo (Ohio, EUA) e o Centro de Aprendizado Rolex do Instituto Federal de Tecnologia (Laus-anne, Suíça).

Matheus Möller | 3º Periodo

NAVEGAR É PRECISOQue “navergar é preciso” todo mundo sempre soube, sorte do poeta que eternizou em verso. Porém nem sempre os mares são os mesmos para todos os tempos, se os oceanos já foram todos desbravados resta a nós, pobres seres do XXI, a vasta “terra de niguém”, a internet, e é nesta vastidão que surge uns de seus grandes perigos. Para quem navega desatento a internet pode parecer um mar de incultura, mas para quem está sempre atento sabe que a impressão é falsa e acha grande exemplos de “cultura” na rede. A internet com toda sua dinâmica que quebra a tradicional relação entre os meios de comunição, abre espaço para quem tem o que dizer. São inumeros exemplos de publicações online que levam informação e cultura de maneira idependente. Um desses exemplos é a Revista Etctera, ideia de Sandro Eduardo Saraiva junto com Adriana Aranha e Marici Silveira. No ar desde abril de 2001, a revista é uma publica-ção bimestral, que surgiu inspirada nos fanzines, com a proposta de levar ao público uma podução artística que está as margens da grande midia. A Revista Etctera aborda assustos relacionados as artes visuais, música, literatura, teatro e cinema. Os navegantes atentos e ou curiosos fica o link: http://www.revistaetcetera.com.br

Matheus Möller | 3º Periodo

O Campus UEG, inaugurado em 2001, ergue-se em meio ao cerrado de Goiás como um exemplo arquitetônico não muito apreciado pela comunidade goiana. Cercado pela mata, o edifício compete atenção com a Faculdade Fibra, motéis e indústrias. Passar pela BR-153 é ser presenteado com um contraste visual arquitetônico chocante. Projetado para ser um grande complexo universitário, apenas um dentre os vários edifícios propostos foi concluído. Anos depois começam a surgir pequenos “anexos” que vêm atender às necessi-dades urgentes dos cursos, como Centro de Convivência, Laboratório de Biologia, Laboratório de Engenharia Agrícola, etc., que em nada se comunicam ou comple-mentam o volume arquitetônico principal.Antes mesmo de entrarmos pelos portões do Campus Henrique Santillo, nos “admiramos” com o edifício a tem-pos semi-acabado da Faculdade Fibra do outro lado da via, que com sua cor dominante verde, anos atrás ganhou uma estranha parede vermelha que deve ter sido inspirada na cor do prédio da UEG e estimulou a imaginação dos estudantes.

“Parece uma melancia”. Já o edifício da UEG é permeado por várias lendas e especulações acerca de seu processo de concepção arquitetônico. “Dizem que a sua planta baixa é baseado em...”. Ah, não podemos nos esquecer dos vários motéis que disputam espaço com os dois edifícios educacionais da BR-153, além da Cachaçaria Jamel, do Hotel Naoum Express, e do espaço para festas Lune, todos com arquiteturas singulares e nada discretas. E quem não se lembra do ine-briante cheiro de cachaça que por vezes invadia o Campus quando a cachaçaria estava abrindo? E ainda temos um “tram-bolho” que está sendo construído ao lado de nós, sem origem ou finalidade muito clara.Os estudantes de arquitetura estão car-entes de referências arquitetônicas reais, concretas, tocáveis e vivenciadas. Isso resulta em estudantes que projetam com a imaginação baseada em referências distantes, ou por vezes, sem referência alguma, gerando projetos sem graça e sem gosto.

Carolina Fernandes | 10º periodo

ACERVO ARQUITETÔNICODA BR-153

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AQUATRO ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010

Espaço CinéfiloDa estética do filme ao imaginário arquitetônico No último dia 21 muitos tiveram a o’portunidade de conhecer o “lado sombrio do arco-íris”. Trata-se da obra “O mágico de Oz” sobreposta à produção The Dark side of the Moon, disco da famosa banda inglesa Pink Floyd. Desde muito tempo acredita-se que a banda gravou o disco, considerado como o terceiro mais vendido dos últimos tempos, no intuito de torná-lo uma segunda trilha sonora para o filme. Muita especulação foi criada acerca do assunto e mesmo com pronunciamentos oficiais dos próprios membros afirmando serem as relações com o longa meramente coincidências, não há como conter a polêmica. Para tratar do assunto o professor, engenheiro elétrico e estudioso do assunto José Maurício esteve presente no Cine Goiânia Ouro, a fim de esclarecer e ao mesmo tempo expandir a obscuridade do tema. As supostas teorias que interceptam ambas as produções tornam “Dark Side of the Rainbow” prova que nem tudo é o que parece ser, apesar de aparentar uma sincronia perfeita.

Obs.: Os integrantes do Pink Floyd desmentiram a relação entre as obras provando ter sido impossível reproduzirem o filme no estúdio, visto que na época da gravação do álbum não existiam vídeogravadores.

Adriano Felipe | 5º periodo

O projeto ‘Da Estética ao Imaginário Arquitetônico’ (Coordenado pela Profª. Nancy de Melo e o Prof. Ademir), têm o orgulho de convidar a todos os alunos para a apreciação de mais uma exibição cinematográfica no Goiâ-nia ‘Cine Ouro’, no dia 24 de abril (Sábado) às

15 horas - Dogville - Comentários do Prof. Giovani. O projeto de extensão é aberto a todo o público e a entrada é FRANCA. Próximos *filmes:22 de maio - Akira (1987), roteiro e arte de Katsuhiro Otomo, o mesmo criador do mangá. (Prof. Rodrigo)19 de junho - Pricila, a rainha do deserto (1994), direção de Stephan Elliott. (Profª Wanessa)31 de julho - THX 1138 (1971), direção de George Lucas.21 de agosto - Janela Indiscreta (1954), direção

de Alfred Hitchcock.18 de setembro - O homem que copiava (2002), direção de Jorge Furtado.23 de outubro - Down by Law (1986), Jim Jamursh.20 de novembro - Durval Discos (2003), direção de Anna Muylaert.04 de dezembro - Delicatessen (1991), direção de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro.*Sujeito a alterações.

Ítalo Augusto | 3º Periodo

Mesmo assim estamos do seu lado, queridos mestres - Henrique

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ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010 AQUATRO

A Semana!Após duas semanas de expectativas frustradas em uma paralisação que foi interrompida sem gerar fruto algum, fomos surpreendidos com a saída dos nossos coordena-dores, desanimados de tanto murro em ponta de faca e com o desespero de certos alunos com a demissão de seus professores e o atraso de tempo indefinido de suas matérias. O alarde em meio aos alunos foi geral, pois além dos professores que haviam saído outros estavam a um passo de tomar a mesma decisão. Com a cobrança dos alunos do sexto/sétimo período, uma reunião foi mar-cada para os alunos com um convite estendido aos pro-fessores para a quarta-feira (6). Ao informar e convidar o diretor da unidade, Olacir, ele nos informou de antemão que de nada adiantaria e que não havia o porquê da movi-mentação, mas que compareceria. De acordo com ele, as soluções já estavam sendo encaminhadas, mas em longo prazo dariam resultado com o concurso da UEG.Com os protestos e mensagens de avivamento, a reunião dos alunos foi cheia de apoio para que os alunos se movi-mentassem, gritassem por seus desejos e anseios. Por fim os mesmos alunos que cobraram a reunião pregaram pela unidade cartazes com seus gritos de protestos e con-vidaram todo o corpo discente a se reunir em luto pelo curso de Arquitetura e Urbanismo e claro, pela UEG. Sem muitas surpresas, mas com muita indignação per-cebi a maioria dos alunos de outros cursos ridicularizando a manifestação e escrevendo frases de baixo nível nos cartazes, como se os estúpidos fossemos nós de gritar nossas vontades e não aqueles que sentam e nem per-cebem a ignorância que rege nossa Universidade.Mas não vou me prender em fatos irrelevantes. Na última quinta feira (8) foi agendado um colegiado para escolher um novo coordenador (o que erroneamente pareceu à chave para todos os problemas), fosse pelos votos dos professores ou pelo próprio Olacir. Se a reunião dos alu-nos foi cheia de gritos esperançosos em uma tentativa desesperadora de não perder outros professores, o co-legiado foi a quebra desse sentimento. Confesso que me senti a princípio revoltada com o fato de que as falas de nosso diretor pintam uma imagem tão próspera de um fu-turo próximo. Mas outras vezes me enchia de esperança em meio às falas cheias de um empenho sofrido dos ‘ami-gos da escola’, como se intitularam os professores.O ponto principal foi que, como solução para os alunos dos 6º, 7º período, fariam a contratação ou convidariam três professores substitutos. E com a entrada dos novos professores o quadro estaria bem mais completo. Mas a questão colocada pelo professor Gilson foi o que me pre-ocupava também. De acordo com ele o problema está na solução que cobre somente os três professores, porque ninguém sabia se os outros professores que queriam sair haviam mudado de idéia, caso contrário, teríamos mui-tas vagas a ser preenchidas e matérias paradas até a conclusão do concurso. Então esses novos professores teriam que assumir o cargo a frente da turma sem um domínio suficiente para tal responsabilidade o nível das aulas cairia drasticamente.

Em meio a pontos de vistas ora falsos, ora esperançosos e ora duramente descrentes. Nosso professor Alexan-dre decide se dispor a coordenação de curso, pedindo o apoio dos professores. Os professores Bráulio e Maurício declaram apoio enquanto um reassumiu o cargo de coor-denação de estágio, e o outro não pode se comprometer dessa forma. Ficou claro a revolta do Professor Ricardo Trevisan, com a conversa fiada que temos que suportar a cada reunião, sobre como os problemas já estão resolvi-das e como tudo coopera para o nosso bem!Deixo claro meu alívio ao escutar do professor Alexan-dre que se comprometeria a terminar o mandato do Prof. Trevisan. Mas deixo aqui a minha tentativa de abrir os ol-hos dos meus colegas, porque assim me obrigo a sempre deixar os meus abertos também. De acordo com o diretor da unidade, o laboratório de hidráulica já será entregue e o de conforto precisa ser cobrado e por ele será feito em breve. Declarou também seu total apoio e esforço na luta para a conclusão do projeto do EMAU¹. Tudo muito lindo e animador, mas muito utópico para a nossa realidade.Sendo assim, faço um clamor aos alunos que começaram a manifestação de quinta-feira: Não parem! E aqueles que não tiveram ânimo, tentem! Pois afinal, o problema não será resolvido enquanto os salários dos professores não forem bons o bastante para chamar cada vez mais mestres bem reconhecidos para nossa Universidade e ser capaz de manter os que temos, assim como também enquanto nossa biblioteca não conseguir sustentar nossa sede de conhecimento, e a infra-estrutura não ser recon-hecida e admirada por outras universidades. Já que o discurso do nosso diretor foi tão emocionante, cobremos dele incessantemente por respostas a partir de agora. Vamos montar os processos de extensão e proje-tos junto com a coordenação ou professores interessa-dos, faremos nossa parte, até onde nos cabe pesquisas e criatividade e iremos sempre repassar adiante e cobrar repostas. Lembrando que nós somos os que mais cres-cem nessa estrada cheia de tensão, esperança, revolta, e claro, esperança novamente. Sem ser utópica, mas com professores e alunos bem direcionados, podemos tudo!Foi exposta a idéia de uma aluna através do professor Bráulio, onde em reunião com alunos, professores e corpo administrativo montaríamos todos nossos pedidos de reforma. Tais pedidos iriam desde novas cadeiras nos laboratórios de informática até a construção definitiva do EMAU. Nessa tabela de requerimentos, lançaríamos também o custo e especificações desses pedidos. Assim teríamos como acompanhar e cobrar suas evoluções, com todo direito, afinal estaremos organizados e bem di-recionados.

¹EMAU: Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo

Carinna Sousa | 5º periodo

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AQUATRO ANÁPOLIS, segunda-feira, 18 de abril de 2010

FALA C.AEsse espaço estará reservado ao nosso C.A de Arquite-tura. Aqui os alunos poderão discutir idéias com os inte-grantes do Centro Acadêmico que por sua vez se dispôs a responder e esclarecer qualquer dúvida dos alunos. Desde já ele agradece ao apoio da Baluarte Arquitetura na produção das camisetas do curso que podem ser com-pradas com a aluna Adrielly (2ºperíodo). O C.A está pre-parando novas atividades, aguarde!

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O MESMO JORNAL (MAS COM UM ROSTINHO MAIS BONITO)

A primeira vez que eu li o jornal A4, pasmem, foi dentro de um ônibus qualquer, acho que em uma das raríssimas vezes que eu vim a Anápolis na época do vestibular. O jornal estava ali no chão todo pisado e eu o peguei pra dar uma olhada (meio nojento, confesso). Como eu já sabia que eu prestaria o vestibular para arquitetura, eu fiquei super empolgado ao saber que meu futuro curso tinha um jornal próprio. E ainda pen-sei na época: “acho que se rolasse uma mudançazinha aqui e ali... ficaria perfeito“. Durante o primeiro período, quando perguntaram quem queria entrar na equipe do jornal, levantei a mão no mesmo instante, acho que até assustando algumas pessoas que estavam por perto com minha hiper-velocidade nos braços.

A primeira dferença ocorreu com a logo do jornal. A principal diferen-ça entre a original para a proposta da nova é que o círculo vazio - que, aparentemente, era algo aleatório - deu lugar a um retângulo cheio, que tem a mesma proporção de um A4 (razão entre sua altura e sua largura é igual à raiz quadrada de dois). A aparência é mais sóbria e

mais forte, e tem maior relação com o nome do jornal.

Em relação à nova diagramação do A4 a mudança aconteceu no sen-tido de dar mais cara de jornal a ele. Foram criados padrões para as edições ficarem com a mesma identidade (baseados em revistas conceituadas de arquitetura, já que não tínhamos nenhum designer gráfico para criar um) com quatro colunas. Além disso foi pensado algo como um conceito para o jornal, jovem e universitário, e numa

hierarquia tipográfica além de dar atenção à legibilidade.

Enfim - deixando a curta história de amor à primeira vista de lado - esse nosso jornal passou por muitas mu-danças desde sua primeira edição. Seus fundadores já são hoje arquitetos formados, e o jornal continua todo semestre renovando sua equipe. É um trabalho difícil mexer em algo que não foi você que criou; não se sabe se os “pais” do jornal vão gostar, e até mesmo se os leitores aprovarão tudo o que fizermos, porém termina-mos agora a edição número 11 (depois de uma batalha contra os imprevistos que nossa querida universidade nos impôs) com algumas daquelas mudanças que eu pensei enquanto saculejava num amarelinho rumo a Anápolis.

Aqui estão as principais mudanças:

Para dar sua opinião sobre nossa recauchuta-da, participe da enquete que já está acontecen-

do no blog do A4 e deixe seu comentário.

jornala4ueg.blogspot.com

“A4 não é Ângela Bismarck mas também adora uma cirurgia plástica.”

Henrique Dantas | 3º Periodo

Expediente: Adriano Felipe (5º), Adrielly (2º), Carolina Fernandes (10º), Carinna Sousa (5º), Diego Mendonça (8º), Eduardo Medeiros (5º), Henrique Dantas (3º), ítalo Augusto (3º), Marcos Laffyte (5º), Matheus Möller (3º), Tayane Perné (3º), Ruber Paulo (10º), Prof. Doutor Ademir.

INSPIRE-SE!Compartilhe logradouros de qualquer cidade e de-ixe com que ele nos inspire também!

“Casa de Cultura/residências modernistas - St. Central, en-contrando com a Assembléia de Goiânia. Um lugar bem escondido junto a residencias únicas da época modernista. Vontade de morar em edifí-cios assim, cheios de história!” Carinna Sousa (5º)