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A A P P O O S S T T I I L L A A A A A A r r t t e e d d e e P P r r e e g g a a r r a a P P a a l l a a v v r r a a INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA “Princípios básicos para a elaboração e comunicação de sermões” P P a a s s t t o o r r G G i i l l b b e e r r t t o o S S u u z z a a n n o o d d e e M M a a t t t t o o s s 2 2 0 0 1 1 1 1

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“Preparando líderes para um ministério saudável”

IGREJA BATISTA CEHAB

Lugar de pessoas vivendo a vida em família

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

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“Princípios básicos para a elaboração e comunicação de sermões”

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

Índice

INTRODUÇÃO

1. DEFININDO O QUE É HOMILÉTICA E PREGAÇÃO...........................................................04

2. ANTES DE PREGAR UMA MENSAGEM..............................................................................09

3. A ESTRUTURA DO SERMÃO...............................................................................................10

4. TIPOS DE SERMÕES.............................................................................................................17

5. CUIDADOS DE QUEM MINISTRA A PALAVRA..................................................................20

6. PREGANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS......................................................................22

7. EU, UM PREGADOR..............................................................................................................25

CONCLUSÃO

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INTRODUÇÃO “A pregação atravessa tempos difíceis. Hoje está sendo travado um

debate sobre o caráter e a centralidade da pregação na igreja. O que

está em jogo é a adoração. Mas precisamos voltar ao Novo testamento.

Levando em conta a centralidade da pregação na igreja do Novo

Testamento, a prioridade da pregação bíblica jamais deveria ser

contestada. Afinal de contas, a pregação é característica peculiar do

cristianismo. Nenhuma outra religião tem realizado reuniões freqüentes

e regulares de grupos de pessoas para ouvirem instrução e exortações

religiosas, de forma que esta é uma parte integral do culto cristão”.

(Albert Mohler Jr. presidente do Southern Baptist Theological

Seminary, Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos)

Esta matéria, (HOMILÉTICA) visa, com seu conteúdo sucinto, dar oportunidade a todos os interessados na

pregação da palavra de Deus, a melhor se prepararem, para que suas pregações se façam dentro de um estilo

mais equilibrado e estético.

É bem verdade que, só o conhecedor da homilética sabe quando um sermão está, ou não, bem preparado,

porém, o estudo sobre a pregação é necessário, pois um sermão bem pregado é aprovado, tanto pelo

desconhecedor, quanto pelo conhecedor da homilética, que esteja presente ou escute uma pregação.

Entretanto, é bom que o pregador tenha em sua mente o que declaramos a seguir:

A homilética, ainda que seja muito importante para a preparação e entrega da mensagem de DEUS, não

faz, nem produz, por si só, o sermão.

A homilética, apenas, ajuda o pregador a preparar e entregar o sermão, de acordo com um conjunto de

regras.

Desta forma, estudar homilética sem ter conhecimento da bíblia sagrada será, até, prejudicial, pois uma

pessoa nestas condições poderá pensar que está preparada para pregar, porém, visto que lhe falta o essencial,

terá até mais dificuldade de entregar uma mensagem bíblica do que um filho de Deus que esteja alicerçado na

bíblia sagrada e, embora não tenha nenhum conhecimento de homilética.

Assim sendo, o pregador cristão, há de aliar a técnica ao conhecimento bíblico, a fim de ser abençoado por

deus, bem como ser uma bênção em suas gloriosas mãos, quando da pregação da sua santa palavra.

Por isto, o pregador da palavra de Deus deve estudar homilética com muita oração, atenção e dedicação, a

fim de melhorar sua performance como pregador da Palavra de Deus.

As lições que se seguem, tem o objetivo de ajudá-lo a melhorar a eficiência, ao pregar sobre os grandes

ensinamentos de Deus aos homens em geral, quer sejam ou não salvos por Jesus Cristo.

Veja o que o escritor aos Hebreus afirma:

Hebreus 4:12 – “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de

dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os

pensamentos e intenções do coração”.

É impressionante esse reconhecimento do escritor aos Hebreus sobre a Palavra.

Nesta introdução gostaria de começar esclarecendo que um sermão não é um bicho de sete cabeças. Muita

gente pensa que para pregar um sermão precisa de um curso de Teologia ou de uma linha direta com Deus. Por

isso vamos definir: Um sermão é o ensino de verdades espirituais baseado na Bíblia.

Sendo assim, então mãos à obra.

Pastor Gilberto Suzano de Mattos

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA “Princípios básicos para a elaboração e comunicação de sermões”

1. DEFININDO O QUE É HOMILÉTICA E PREGAÇÃO. HOMILÉTICA: É a ciência que estuda os princípios fundamentais do discurso em público, aplicados na

proclamação do evangelho. Este termo surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII.

HOMILETIKE – (Grego) ensino em tom familiar.

HOMILIA – (do verbo homileo) Pregação cristã, nos lares em forma de conversa.

Para melhor compreensão podemos definir assim:

• Homilética é o ramo do conhecimento cristão que ensina os processos da construção e da comunicação

de sermões bíblicos.

• Homilética também pode ser vista como a arte da elaboração e transmissão da mensagem de Deus

para seu povo.

PREGAÇÃO - Ato de pregar a palavra de Deus.

PREGADOR - (aquele que prega), vem do latim, “prae” e “dicare” anunciar, publicar. Apalavra grega

correspondente a pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que tem uma mensagem (Kerygma) do reino de Deus,

uma boa notícia, uma boa-nova – evangelho, “evangelion”.

A RELAÇÃO ENTRE HOMILÉTICA - HERMENEUTICA - EXEGESE

A homilética tem dois braços que qualquer pregador, por mais simples que seja, precisa ter um mínimo de

conhecimento sobre sua função no preparo para a pregação: hermenêutica e exegese.

GUARDE ISSO: Enquanto a hermenêutica é a ciência e técnica de interpretar corretamente a Palavra de

Deus, a exegese é a ciência e técnica de expor as idéias bíblicas, ou seja aquilo que se interpretou.

A Pregação deve valer-se desses recursos e tantos outros para uma boa comunicação, sobretudo deve-se

haver uma dependência total do Espírito Santo de Deus.

Por isso, o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o

testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem, ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre

vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A

minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em

demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e sim, no

poder de Deus” (1 Co 2.1-5).

A homilética não é:

a) Substituta da vida espiritual;

b) Substituta do Espírito Santo;

c) Uma garantia de ministério eficiente.

A homilética é:

a) Um auxiliar no estudo e análise do texto;

b) Um auxiliar na exposição de idéias;

c) Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.

d) Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar.

1.1 O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA PREGAÇÃO.

O tipo de pregação no período profético era a palavra vinda diretamente do Senhor ("assim diz o Senhor")

que os profetas anunciavam e ilustravam em sua própria vida: uma prostituta como esposa (Oséias); nomes dos

filhos (Is 7.3, 8.3); cinto (Jr 13.1-11); o vaso do oleiro (Jr 18.1-17); a botija quebrada (Jr 19.1-15); a morte da

mulher de Ezequiel (Ez 24.15-27). Após o exílio, desenvolveu-se a pregação primitiva, em que passagens das

Escrituras Sagradas eram lidas em público ou nas sinagogas (Ne 8.1-18).

Por volta de 500-300 a.C. os gregos Sócrates, Platão e Aristóteles desenvolveram a retórica, aperfeiçoada

pelos romanos na forma da oratória/discurso (principalmente Cícero, em cerca de 106-43 a. C.).

Jesus, no entanto, pregou o evangelho do reino de Deus com simplicidade, utilizando principalmente

parábolas (Mt 13.34; Mc 4.10-12, 33, 34) e aplicando textos do Antigo Testamento à Sua própria vida (Lc 4.16-22).

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A maioria dos cristãos primitivos, portanto, seguiu o exemplo da sinagoga, lendo e explicando de modo

simples e popular as Escrituras do Antigo Testamento e do Novo. Não se percebe muito esforço em estruturar

uma pregação ou um tema organizador.

As primeiras teorias de pregação encontram-se nos escritos de Crisóstomo (345-407 A. D.), o mais famoso

pregador da igreja primitiva. Mais tarde foi Agostinho quem escreveu De Doctrina Christiana: como chegar ao

assunto e como explicar o assunto. A Idade Média não foi além de Agostinho. O maior pregador da Idade Média

foi Bernardo de Claraval (1090-1153).

A grande inovação da Reforma Protestante no século XVI foi tornar a Bíblia o centro da pregação. Os

discursos e ladainhas da igreja romana cheios de rituais foram substituídos pela pregação evangélica das grandes

verdades bíblicas, versículo por versículo. Martinho Lutero e João Calvino expuseram quase todos os livros da

Bíblia em forma de comentários. Os líderes da Reforma Protestante deram à pregação um novo conteúdo (a graça

divina em Jesus Cristo), um novo fundamento (a Bíblia Sagrada) e um novo alvo - a fé viva.

Lutero enfatizava o conteúdo da pregação do evangelho (a justificação pela fé). Segundo ele a pregação

evangélica deveria incluir: tema, introdução, disposição, exposição do texto e conclusão.

Nos dias atuais tem sido grande a busca por um aprimoramento na qualidade da pregação bíblica. Acredita-

se que a boa pregação é fato crucial no crescimento de qualquer igreja, e a pregação tem sido objeto de estudos e

aperfeiçoamento por líderes que desejam ver suas comunidades fortes e crescentes.

1.2 O NOBRE MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO DA PALAVRA. Texto: I Tessalonicenses 2:1-13.

Não existe privilégio maior para uma pessoa que ser um porta-voz de Deus. Ministrar a Palavra de Deus é

uma nobre missão, pois “é anunciar uma mensagem vinda de Deus á uma ou mais pessoas com o objetivo de

ajudá-las a compreender a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Considerando o tão nobre ministério que é, a pregação então requer que o pregador, nesse caso o

comunicador da mensagem, esteja bem preparado para executar sua missão. Billy Graham disse certa vez que o

segredo da boa pregação está em o pregador segurar a bíblia numa mão, e o jornal na outra.

No texto de I Tessalonicenses o apóstolo Paulo nos esclarece acerca de dois aspectos que distinguem o

ministério da pregação do Evangelho do Reino de Deus:

É a tarefa mais difícil e árdua dentre todos os labores do mundo;

É o trabalho mais gratificante e glorioso que se pode fazer neste mundo!

Ao mesmo tempo em que deixa claro as dificuldades e desafios que enfrenta um pregador, esclarece

também como é gratificante ser usado por Deus em tão nobre ministério.

Vejamos, então acerca deste difícil, mas glorioso ofício de acordo com os ensinos de Paulo:

a) O ministério da pregação é árduo como a luta de um soldado.

v. 2 “havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em

nosso Deus para vos falar o Evangelho de Deus em meio de grande combate”.

Atos 16 narra as dificuldades enfrentadas por Paulo e Silas em Filipos. No capítulo 17 encontramos as

informações que Paulo aqui considera conhecidas dos tessalonisences. Durante três semanas pôde pregar na

sinagoga daquela cidade. Alguns judeus creram, muitos gentios e muitas mulheres de posição (At 17:4). Isto

gerou ciúmes e mobilizou uma multidão de judeus enfurecidos e de “homens maus e vadios”.

Paulo e Silas deixaram Tessalônica de noite, evitando as represálias dos enfurecidos judeus. Foram-se

para Beréia. Ser pregador é ser soldado da linha de frente!

II Tm 2:3-4 - “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se embaraça

com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.”

II Tm 4:7 (o soldado que encerra a carreira) “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

b) O pregador precisa resistir a maior de todas as tentações no ministério da pregação:

A tentação de querer ser agradável aos homens: v. 4 “assim falamos não para agradar aos homens, mas

a Deus, que prova os nossos corações”.

Jeremias 28: Hananias X Jeremias. Ambos profetizam na casa do Senhor. Hananias afirma: “Assim fala o

Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eu quebrarei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a

trazer a este lugar todos os utensílios da casa do Senhor... bem como todos os cativos...” nos vs. 15 e 16

Jeremias diz ao profeta Hananias: “Ouve agora, Hananias, o Senhor não te enviou, mas tu fazes que este povo

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confie numa mentira. Pelo que assim diz o Senhor: eis que te lançarei de sobre a face da terra. Este ano morrerás,

porque pregaste rebelião contra o Senhor”. (dois meses depois este morreu).

Veja o que Paulo escreve aos Gálatas: "Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus ?

ou procuro agradar a homens ? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" Gálatas 1:10.

Agradar é doçura nos relacionamentos. Mas o texto fala por outra perspectiva: fidelidade bíblica na

pregação (1:9). Os gálatas tinham sido seduzidos pela doutrina das obras, desprezando o ensino da graça. A

decepção do apóstolo foi inevitável: "Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por dizer a verdade?" (4:16).

A fidelidade bíblica na pregação deve ser a voz do pregador, base de sua fé, no combate duro ao

paganismo que tem até mesmo infiltrado no meio evangélico. A característica de um servo de Cristo é sua

fidelidade a Deus, diante disto não precisa bajular ninguém para alcançar seus objetivos ou deixar de pregar

temas que confrontam o homem em seu caráter, ele fala o que precisa ser dito e vive no meio das conseqüências

de consciência tranqüila.

A bíblia menciona um “Hal da fama” de pessoas que “o mundo não era digno deles” (Heb. 11:38), por

quê? Por que “praticaram a justiça”, entenderam que mais importa agradar a Deus do que aos homens.

De fato a busca por agradar aos homens é uma terrível tentação. Afinal, quem não gosta de ser

reconhecido? Quem não se sente bem quando ouve logo após um sermão: “Seu sermão foi maravilhoso...”

(6) “nem buscamos glória de homens”. Lc 6:26 “Ai de vós quando todos os homens vos louvarem!

Porque assim faziam os seus pais aos falsos profetas”.

c) O pregador precisa reconhecer que seu caráter é seu melhor sermão!

v. 10 “vós e Deus sois testemunhas de quão santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco...”

Pv 22:1 “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que muitas riquezas...”

Ec 7:1 “Melhor é o bom nome do que o melhor ungüento...”

d) O pregador deve desempenhar bem os três objetivos básicos da pregação:

v. 12 e 13 “de modo que exortávamos e consolávamos, a cada um de vós como o pai e seus filhos; para

que conduzísseis dignamente para com Deus...”

“exortávamos”: encorajar para uma determinada linha de comportamento.

“consolávamos”: encorajar a continuar num tipo de conduta.

“conduzísseis”: convocar para testemunhar, viver de modo exemplar.

Quão difícil, porém gloriosa é a tarefa de pregar o evangelho. O vs. 13 expressa esta dupla característica:

“... havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas

como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes.”

1.3 O MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO DE JESUS.

Jesus logo apos ser batizado vai ao deserto e vive a experiência da tentação, sempre a vencendo pelo

poder da palavra. Por três vezes Jesus diz a satanás “Está escrito...”

Quando chega a Nazaré, vai a Sinagoga e lá toma o livro do profeta Isaías e lê o cap. 61: “O Espírito do

Senhor está sobre mim, pois me enviou para evangelizar... para apregoar...”

Depois de não ser entendido nem aceito pelos nazarenos, Jesus chega a Jerusalém. Ali profere seu

primeiro sermão, agora não dentro de um templo, muito menos no alto de um púlpito como em nossos dias. Esse

sermão foi tão expressivo que toma o nome de “Sermão da montanha”.

Mateus registra o esboço desse sermão em três capítulos. Torna-se num grande exemplo de sermão, de

modo que a multidão se maravilhava de seus ensinos.

O que esse sermão tinha de especial? É certo que não foi pelo tamanho, inclusive creio que foi gasto bem

mais que os “30 minutos” sugeridos hoje pelos especialistas em oratória. Não creio ter sido pelo local, pois apesar

das planícies de Jerusalém proporcionar um ambiente fresco e muito agradável, mas afinal não havia assentos

confortáveis, muito menos um bom som para que todos pudessem ouvir o grande pregador sem interferências.

Escreva em duas linhas as razões que você imagina de por que o sermão da montanha foi um sucesso:

______________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________.

E gostaria de fazer, então, alguns destaques quanto a este sermão de Jesus.

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Admiro a pregação de Jesus. Ele nos inspira, nos sustenta, e nos mostra o caminho para chegar ao coração

das pessoas. Vamos aprender com o nosso mestre.

Quero compartilhar com você quatro verdades sobre o ministério da pregação de Jesus:

1. Jesus apresentava a verdade de forma clara.

Ele não se complicava nem complicava a vida dos seus ouvintes. Apresentava sua mensagem usando

palavras simples, linguagem compreensível e orações curtas e diretas! “Vos - outros sois o sal da terra” dizia, e

depois explicava a função do sal e o perigo de não cumprir sua função. “Pedi e dar-se-vos-á” afirmava, e logo

explicava o beneficio da perseverança na oração; ou então “não julgueis para que não vos sejais julgados”, e

mostrava o perigo de fazer juízos apresados das outras pessoas. Não usava palavras complicadas e difíceis.

Quando Jesus pregava até as criançinhas entediam.

Outra ferramenta poderosa que Jesus usava eram as perguntas. Com as perguntas Jesus envolvia e atraia

as pessoas para si. Perguntava com o único propósito de motivar o pensamento. Suas perguntas não requeriam

respostas faladas, mas todos respondiam no mais íntimo do seu coração. “Se amas só os que te amam, que

recompensa obtereis?”, perguntava, e os ouvintes se viam envolvidos e tentavam responder à pergunta. Ao faze-

lho, fixavam a verdade no coração.

A repetição era outro instrumento de comunicação que Jesus utilizava: “Bem-aventurado, bem-aventurado,

bem-aventurado”. Jesus sabia que a repetição de uma frase fixaria bem a mensagem na mente dos ouvintes. É

como se hoje nos disséramos: “Se nesta manhã estás triste, se não sabes pra onde ir, se te encontras num beco

sem saída, se pensas que chegaste ao fim da linha...” Ao repetir a mesma frase, uma e outra vez, estás levando

às pessoas a tomarem consciência da sua triste condição e lhes estás despertando o desejo de ir até Jesus.

O que dizer dos contrastes? As bem-aventuranças contem muito contrastes, algumas delas são paradoxos.

O reino dos céus pertence aos pobres! Céu e pobreza. Percebes o contraste? O ouvinte ficava intrigado e se

perguntava o que era aquilo que Jesus estava tentando dizer, e com essa dúvida prestava mais atenção.

O capítulo cinco de Mateus está repleto de contrastes. “Ouvistes o que foi dito... Mas eu vos digo...” As

pessoas estão interessadas em polêmicas. Por este motivo Jesus colocava os dois pensamentos, em contraste,

com o propósito de despertar a atenção daqueles que lhe ouviam.

Ao anunciar o evangelho devemos seguir o estilo simples de Jesus, seus métodos infalíveis. Devemos usar

as mesmas técnicas simples que o mestre utilizava para abrir o coração das pessoas.

2. Jesus ilustrava bem suas mensagens.

Só apresentar a verdade não é o suficiente, é preciso ilustrá-la. O sermão do monte está repleto de

ilustrações. Ilustrar a mensagem não é só contar uma história; histórias podem servir como ilustrações, mas Jesus

fazia mais do que isso. Comparava os conceitos com coisas da vida real, aquelas que as pessoas conheciam

bem. “Utilizava figuras impressionantes como: “vos outros sois o sal da terra”, “vos outros sois a luz do mundo” ou

“o reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda”.

Em fim... Jesus utilizava uma linguagem simples que levasse as pessoas a imaginarem os conceitos. Quem

alguma vez não passou por dificuldades com seu irmão? “Se alguém te pede para andar uma milha, anda duas”.

Percebe como Jesus tomava situações da vida diária para ensinar verdades eternas: “por que reparas no argueiro

que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”

Nos também precisamos ilustrar as mensagens que pregamos. As ilustrações não ensinam conceitos, mas

os iluminam, os fazem mais claros. Quando falamos às pessoas que não conhecem muito da Bíblia, como nas

reuniões evangelísticas, as ilustrações devem ser familiares a elas. Coisas da experiência comum, da vida diária,

da televisão, do jornal, da rua ou das histórias populares.

3. Jesus aplicava a verdade.

Jesus fazia mais do que simplesmente apresentar e ilustrar a verdade: também a aplicava. Não importa

quão bem se saiu na ilustração da verdade, se não a aplica estará simplesmente pronunciando um discurso.

Ao falar da oração, por exemplo, não disse aos seus ouvintes que simplesmente orassem; Jesus lhes

mostrou como deviam orar. É aqui onde ele ensina o “Pai Nosso”. O Mestre lhes ensinou, também, que valia a

pena orar, pois receberiam recompensas do Pai.

Quando Jesus pregava aplicava, também, sua mensagem a toda classe de pessoas. Alguém uma vez

calculou que, no sermão do monte, o Mestre se dirigiu a vinte e dois tipos diferentes de pessoas. Gente que queria

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saber como achar a verdadeira felicidade, gente que era perseguida, gente que acreditava que o pecado era

somente um assunto externo, gente que estava a ponto de se divorciar, entre outros...

A pregação de Jesus era tão especifica que, ao analisar o sermão do monte, você pode identificar essas

classes de pessoas sem muito esforço. Na pregação, você precisa ter em mente o seu público alvo; sem uma

visão clara do seu alvo provavelmente não atingirá seu objetivo!

4. Jesus pregava com autoridade e urgência.

Vamos examinar mais uma vez o sermão do monte. Há autoridade e urgência na mensagem de Jesus.

As multidões sentiam a autoridade do Mestre (Mateus 7:28, 29). Jesus não citava uma ou outra autoridade

terrena para reforçar seus conceitos, Ele declarava a Palavra de Deus. Daí vinha sua autoridade e com isto

deixou-nos um exemplo a seguir; deu-nos a autoridade da sua palavra para proclamar o evangelho. Não

apresentes a verdade como se fosse uma simples opção entre as outras; proclama-a como única verdade.

Mas autoridade não foi o único elemento usado por Jesus em suas pregações: estava também a urgência.

Ao pregar, o Mestre tentava levar às pessoas a fazerem uma escolha. Seu estilo não era o “agora ou nunca”. Há

um caminho estreito que leva à vida e há um caminho largo que leva à destruição (Mateus 7:13, 14). Não é

possível escolher o caminho largo e chegar à vida. Então, se desejas viver, deves escolher o caminho estreito.

A conclusão dramática no final do Seu sermão mostra que o homem sábio faz o que Jesus lhe diz e resiste

nas tormentas da vida, já o homem insensato não faz o que Jesus lhe diz e encontra destruição (Mateus 7:24-27).

Hoje em dia a pessoas são indolentes às grande escolhas da vida, não lhes importa pois viver de um jeito

ou do outro da na mesma. Mentira! É preciso perder o medo de usar a linguagem de urgência para mostrar o

perigo que se corre ao se adiar uma decisão tão importante. As pessoas precisam fugir do perigo. Você é o

instrumento que Deus escolheu para dizer-lhes isto, por isso pregue levando as pessoas ao ponto de tomarem

uma decisão fazendo uma escolha.

1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O VALOR DO MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO.

Não podemos perder de vista o quão relevante é o nobre ministério da pregação. Vejamos a partir do que

Paulo escreve ao jovem pastor Timóteo sobre a sua motivação para se dedicar ao ministério da pregação.

Leia 2 Timóteo 4:1-6.

Nosso tempo chegará ao fim;

As oportunidades passam;

Estamos diante dos olhos de Deus;

A perspectiva do Juízo Final.

Não se esqueça de que a Pregação Bíblica tem como alvo a transformação de vidas.

Mais que uma boa impressão: viva, prática e criativa;

Foco no coração e na mente das pessoas;

Resumindo a Pregação Bíblica mostra sua eficácia quando alcança as pessoas em seu tempo:

Falar perto do coração das pessoas;

Pregar com o físico, a mente, o emocional e no Espírito;

Olhar para a congregação com os olhos de Deus;

Sempre perguntar antes de pregar: “Será que essa é a melhor maneira de dizer essa mensagem”

Entender os avanços e o progresso. Usar linguagem atual.

Anotações finais:

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___________________________________________________________________________________________

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2. ANTES DE PREGAR UMA MENSAGEM.

“A vida do pregador...”

A palavra de Deus afirma que “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. Rm 10:17.

Entretanto, a falta de vivência real do pregador na fé cristã traz dificuldades na proclamação da palavra.

É plano de Deus usar pessoas na comunicação de sua mensagem como Seu porta-voz. Desde os tempos

do Antigo Testamento quando Deus usou pessoas como Moisés, Elias, Eliseu, Jeremias, Isaías, Daniel e no Novo

Testamento pessoas como João Batista, Pedro, Paulo entre outros.

Estes pregadores não foram seres celestiais ou pessoas anormais. Foram pessoas comuns que Deus usou.

Mesmo diante de suas limitações e fraquezas eles foram porta-voz de Deus transmitindo mensagens ao

povo de seu tempo.

Veremos neste capítulo, como deve ser a vida devocional da pessoa que se dispõe a ser um porta-voz da

mensagem de Deus.

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3. A ESTRUTURA DO SERMÃO. Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da

palavra e vontade de Deus esse deve ser didática (facilitador no ensino e aprendizagem). A prática de pregações

através dos tempos levou os estudiosos do assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar

presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem.

Esses elementos são: Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo. A isso chamamos de

estrutura do sermão e são imprescindíveis, pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o

ouvinte para o conteúdo da mensagem.

"A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para

orientar o pregador na apresentação da mensagem."

Um sermão precisa ter UNIDADE, ORDEM, PROGRESSÃO, assim COMO COMEÇO, MEIO E FIM.

1. ALVO OU OBJETIVO – É exatamente aqui que se recebe a mensagem que tem a pregar e a partir deste

ponto estruturá-la para levar a igreja.

2. TEXTO BÍBLICO – O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto bíblico.

3. TEMA – Para que o ouvinte possa ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o emprego de

um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no seu sermão.

4. INTRODUÇÃO – Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Os cinco minutos iniciais do

sermão vão determinar a atenção que os ouvintes lhe darão.

5. CORPO - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem, ordenado de forma

lógica e precisa. Neste ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o sermão

como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM, MATERIAL DE PREPARAÇÃO.

6. CONCLUSÃO – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo

específico do sermão a conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.

7. APELO – É o momento em que se alcança a consciência, o coração e a vontade do ouvinte. São os

frutos do sermão.

3.1 – ANTES DE MONTAR A ESTRUTURA DO SERMÃO.

DEFININDO O OBJETIVO, O ALVO E O ASSUNTO.

Todo sermão deve ter unção divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não

apresentará poder para conversão, consolação e edificação.

Devemos lembrar que ao transmitir um sermão não estamos transmitindo conhecimento humano, mas a

Palavra de Deus e esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.

O objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação

para vida cristã.

O assunto de uma mensagem é algo particular entre o pregador e Deus.

A grande questão é: como Deus fala conosco? A forma de Deus falar é individual e peculiar.

Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com

você de todas as formas possíveis, fique atento, inclusive aquelas que você menos imagina. No ônibus, em casa,

no trabalho, no banho, lendo a bíblia, olhando a paisagem, ouvindo uma mensagem, conversando, pensando,

através de pessoas ou coisas, em sonho (tome cuidado), no meio de uma crise, ouvindo testemunhos, através de

crianças, ouvindo uma música, em seu lazer, em um acidente, uma lição de vida, viajando, etc.

Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador. Os

conhecimentos não são a principal razão de um sermão, mas são a pele que lhe embelezam, melhorando sua

estética. O pregador não precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com

conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio da graça de Deus, então os conhecimentos nele inseridos

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resultarão em benções. A homilética apresenta as técnicas, e ensina como o pregador pode tirar proveito dos

conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a graça divina.

Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra.

“O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir...”

Cultura é aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivência, das influências que sofremos e de tudo que

realmente nos estruturou. Ser uma pessoa culta em nossos dias, isto é, cheia das informações do mundo em que

vivemos, é uma boa ferramenta para alcançar as pessoas de nosso tempo.

Para falar de um tema qualquer é bom dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade que

atraia as pessoas. Mas é bom lembrar que a gente precisa ser a gente mesmo.

Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA, constante, sistemática dos assuntos que

ele aborda em suas mensagens e de cultura geral.

O QUE FAZER QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM:

A) CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES.

Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está

em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.

Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais

instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.

Embora exista um tema, normalmente este é geral, podendo o pregador ser mais específico.

Exemplo: TEMA DO CONGRESSO: “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8

* Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera”, “Por que o cristão deve Ter uma vida

frutífera?” ou até mesmo, “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.

B) DATAS COMEMORATIVAS/ CULTOS ESPECIAIS.

Situações onde o assunto é uma explicação do momento. São cultos realizados em virtude de

acontecimentos específicos na igreja local ou em determinado evento.

Dentre os cultos especiais podemos destacar:

• Casamento;

• Aniversários;

• Batismo;

• Consagração;

• Aniversário da Igreja;

• Posse;

• Funeral;

• Evangelístico;

Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.

3.2 – MONTANDO A ESTRUTURA DO SERMÃO.

1) TEXTO BÍBLICO.

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.

Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente

por pretexto, e logo se esquecer dele.

Segundo Jerry Stanley Key existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.

2 - O texto constitui a base e alma do sermão;

3 - Através do texto o pregador ensina a palavra de Deus;

4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;

5 - O texto ajuda a unificar o sermão;

6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;

7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

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É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão, porém adequado. Vejamos

o tipo de textos que devemos evitar:

Texto longo cansa os ouvintes. (Salmo 119)

Textos obscuros causam polêmicas no auditório. (I Cor. 11:10 – comportamento feminino no culto)

Textos difíceis os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 - predestinação)

2) EXEGESE.

Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.

A exegese é importante para que o ouvinte possa compreender a mensagem bíblica e entender seu

significado na atualidade. Questões de data, autoria, antecedentes e circunstâncias são essenciais à tarefa de

preparar sermões bíblicos. Quanto mais conhecermos as condições político-religiosas e socio-econômicas sob as

quais foi escrito certo documento, tanto melhor poderemos compreender a mensagem do autor e aplicá-la de

acordo com isso.

Uma boa exegese acontece quando o pregador “senta-se” na cadeira do escritor do texto.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE:

1 - Leia o texto antes em versões diferentes para maior compreensão.

2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)

3 - Observe o texto em sua totalidade – antes e depois.

4 - Verifique a linguagem do texto (história, poesia, ensino, parábola, profecia, etc.)

5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;

6 - Faça anotações;

7 - Pesquise o contexto (época, país, costumes, tradição, etc.)

8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?

9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;

10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

3) TEMA.

O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o

interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples, oportuno e obedecer o texto.

Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa ter criatividade, hábito de leitura, visão global do

sermão e ser sintético.

Deve-se atentar para o fato de que assunto e tema não são a mesma coisa. O Assunto é algo mais

genérico, enquanto que o tema é mais específico. Um assunto, por exemplo, poderia ser a "Esperança”, e vários

temas poderiam ser derivados deste assunto: "A Esperança do Crente", "A Esperança do Mundo", etc...

Devemos sempre ter em mente que um bom tema há de fazer surgir na mente do ouvinte uma indagação.

Você apresenta sobre uma verdade alcançável que pretende falar, e os ouvintes hão de perguntar: “Mas como

assim?”

O tema deve preferencialmente estar na afirmativa. A frase "Devemos honrar a Cristo obedecendo aos seus

mandamentos" é melhor do que "Não devemos desonrar a Cristo desobedecendo aos seus mandamentos".

O tema deve ser formulado, preferencialmente no tempo presente; não deve incluir referências geográficas

ou históricas.

O que você acha do seguinte tema? "Assim como o Senhor chamou a Abrão de Ur dos Caldeus para ir para

uma terra que desconhecida, da mesma forma Ele chama alguns de nós para irmos pregar aos estrangeiros".

TIPOS DE TEMAS:

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.

Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Como alcançar uma vida de vitória com Cristo?

Lógico: Explicativo.

Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus tem sua vida transformada.

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Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.

Ex.: Enchei-vos do espírito; Seja em salvo; Vivei em santidade.

Enfáticos; Realçar um aspecto específico;

Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;

Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.

Ex.: Amor; fé, esperança.

4) ILUSTRAÇÕES.

São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente

aplicada. Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo.

O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte

a compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence,

comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.

A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais

claro aquilo que o texto revela.

As ilustrações devem ser simples, está correlacionada com a mensagem, devem fornecer fatos de

interesses humanos e devem ter um ponto alto ou clímax.

A ilustração é para o sermão o que são as janelas para uma casa.

Quais os motivos que nos devem levar a usar ilustrações?

1o) Por causa do interesse humano.

2o) Clareza;

3o) Beleza;

4o) Complementação.

A ilustração é como uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa.

Obs.: OS EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.

As ilustrações podem ser:

HISTÓRICA E CONTEXTUAL: Quando se aplica um conhecimento histórico ou explicação do contexto em

que o texto está inserido. Exemplo:

Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades

de passar com os camelos. Mateus 19:24.

CONHECIMENTO INTELECTUAL: Envolve o conhecimento científico. Exemplo:

A antena da TV recebe todas as freqüências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um

canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada freqüência.

METAFÓRICA OU ALEGÓRICA: Quando são empregadas figuras metafóricas. Exemplo:

Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um indivíduo reparou que o cristo redentor não era tão

grande como pensava, parecia até mesmo ser menor do que seu dedo. No centro da cidade

observou que estátua teria aumentado e já estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir

até o monumento. No pé do corcovado ficou admirado com as proporções maiores do símbolo da

cidade. Chegando então aos pés do cristo redentor ele pode perceber como lhe disseram que

aquele era bem maior do que ele. Aplicação: aos pés de Cristo realmente O conhecemos e vemos o

quão pequeno nós somos.

EXPERIÊNCIA PESSOAL: Testemunhos. Exemplo:

Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus,

através de milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todas as respostas que Deus atendeu

realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, etc.

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Deve se tomar o devido cuidado para não se expor ao ridículo, nem a si nem aos outros. Evite citar

nomes.

Lembre-se: Toda ilustração deve ter uma aplicação e deve ser contada com simplicidade e naturalidade.

5) INTRODUÇÃO DO SERMÃO.

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.

Alguém certa vez disse sobre um sermão: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu,

mas acabou construindo apenas um galinheiro”.

A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem feita para um vôo

estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio

de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador

segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Uma boa introdução deve ser:

1. Breve (em torno de 5 minutos).

2. Apropriada, de acordo com o tema do sermão.

3. Interessante.

4. Simples. Sem arrogância, sem prometer muito.

5. Cuidadosamente preparada.

Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade,

deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e

sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da

introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:

1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução. Imagine que o assunto que será abordado seja

complexo. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito. Explique para o ouvinte o que tem a

dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça. Em

um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho

e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação do termo hoje.

3 – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).

Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução.

Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos

nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20

“Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

Nesse caso as perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.

4 – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.

Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem (época, país, costumes, tradição, etc.).

Observe o texto de João 4:1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma

explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as

mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

6) A PROPOSIÇÃO OU PROPOSTA DO SERMÃO.

É uma declaração simples do assunto que se propõe a apresentar, desenvolver, provar ou explicar.

É uma afirmativa da principal lição ou da verdade do sermão reduzida a uma frase declarativa.

Consiste sobre o que o pregador vai falar.

A proposição é também chamada de: tese, grande idéia, idéia homilética ou tópico frasal. É uma afirmativa

clara da verdade fundamental, externa e de aplicação universal.

A IMPORTÂNCIA DA PROPOSIÇÃO - Ela é, com efeito, um aspecto essencial no preparo do sermão.

São dois os principais motivos:

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1º A proposição é o fundamento de toda a estrutura do sermão.

Exemplo: a proposição funciona como o alicerce do sermão. Assim como uma casa não pode ser

construída corretamente sem um alicerce sólido, da mesma forma não se constrói um sermão correto sem uma

proposição sólida, do começo ao fim.

2º A proposição indica claramente o rumo que o sermão deve tomar.

No entanto, se já no início o pregador esclarecer perfeitamente a direção a seguir, possibilitará aos ouvintes

acompanhar a mensagem de modo fácil e inteligente.

A PROPOSIÇÃO PODE SER:

a) Uma verdade que será provada.

b) Um problema que será solucionado.

c) Uma necessidade que será satisfeita.

d) Um questionamento que será respondido.

7) O CORPO DO SERMÃO.

Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes.

As divisões devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje.

As divisões devem ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é

a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.

O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento. “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e

explicação, tem que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto

diferente para que não haja repetição.

As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem

seguidas no sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é a revelação das idéias contidas nas divisões.

Resumindo...

1. Devem ter unidade de pensamento.

2. Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais do sermão.

3. Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais do sermão.

4. Elas devem ser distintas umas das outras.

5. Elas devem originar-se da proposição e conduzir progressivamente até o clímax do sermão.

6. Elas devem ser uniformes e simétricas.

7. Cada divisão deve ter apenas uma idéia ou ensino.

8. O número das divisões deve, sempre que puder ser o menor possível.

9. Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais devem

desenvolver essa idéia.

10. As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto.

11. As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e cronológica.

12. As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas se refiram

à idéia principal.

Exemplo de divisões:

Tema: O Cristo que não muda.

Texto: Hebreus 13:8 - Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

Divisão I - O que não muda em Cristo?

Divisão II - Por que não há mudança em Cristo?

Detalhe importante: Deve-se observar aqui que a proposição ou proposta do sermão estará presente nas

divisões do sermão. Todas as divisões do sermão voltam sempre a questão da proposição.

Exemplo:

TEMA: "A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa".

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PROPOSIÇÃO: "Quais são os motivos que nos levam a considerar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa?"

ou “Como se faz da Vida Cristã uma Vida Vitoriosa?” ou "Vejamos cinco motivos pelos quais podemos afirmar que

a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa". A palavra motivo é a palavra-chave do sermão.

Nas divisões pode-se apresentar a palavra motivo como:

Divisão I – O primeiro MOTIVO é...

Divisão II – O segundo MOTIVO é...

Divisão III – O terceiro MOTIVO é...

Divisão IV – O quarto MOTIVO é...

Divisão V – O quinto MOTIVO é...

8) A CONCLUSÃO.

É o clímax da aplicação do sermão

Muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não

preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da

conclusão do sermão. Devo de confessar que considero esta a parte mais difícil no sermão.

COMO DEVE SER A CONCLUSÃO?

1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;

2 – Clara e específica;

3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)

4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;

5 – Pequena;

6 – Faça um desfecho inesperado.

Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver esclarecido

completamente o objetivo da mensagem. É preciso ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.

OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO SERMÃO. (muitos fazem isso).

9) O APELO.

Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. Ao fazer o apelo, os

pronomes se tornam muito importantes. Usem os pronomes "vós" e "nós". Incluam-se nele. Evite “você”.

Apelo não é apelação.

Dois tipos de apelos:

• CONVERSÃO/RECONCILIAÇÀO – Aos ímpios e aos desviados.

• RESTAURAÇÃO/CONSAGRAÇÃO – A igreja.

COMO DEVE SER O APELO?

1 – Convite direto.

2 – Não forçado ou prolongado.

3 – Logo após a mensagem.

No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para CONFIRMAR a sua aceitação. Seja claro e

mostre como ele deve agir.

• Levantar as mãos;

• Ir a frente;

• Ficar em pé;

• Procurar uma igreja próxima;

• Conversar com o pastor em momento oportuno.

ANOTAÇÕES: _________________________________________________________________________

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4. TIPOS DE SERMÕES. Tradicionalmente encontramos, praticamente em todas as obras homiléticas, três tipos básicos de sermões:

SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do texto;

SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tirados diretamente do texto bíblico;

SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa do texto.

4.1 - SERMÃO TEXTUAL.

É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos. No

sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.

O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a distinção das idéias está no texto e

apenas deve ser posta em destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as próprias palavras do texto.

Exemplo, I Cor. 13:13 apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto, fica a critério do pregador.

TEMA: As três coisas mais importantes da vida.

a) A fé;

b) A esperança;

c) O amor.

Outro exemplo: Lucas 19: 1-10:

TEMA: Uma visita especial.

a) foi uma visita inesperada;

b) foi uma visita transformadora;

c) foi uma visita salvadora.

COMO TIRAR PONTOS/DIVISÕES DO TEXTO?

1 – Leia todo o texto.

2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)

3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.

4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.

4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem

uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.

5 – Organize as frases dentro da idéia principal – Leia todo o texto. Ex.:

Observe o exemplo: Texto: Salmo 40:1-4

Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.

Introdução: Esperança significa expectação em receber um bem. O mundo é imediatista.

PROPOSIÇÃO: O que acontece quando você espera no Senhor?

Divisão I – Ele te retira da condição atual. (Qual é o seu lago terrível?)

Divisão II – Ele te coloca em segurança, na rocha. (Te dá visão para solucionar o problema)

Divisão III – Ele requer a sua adoração, um novo cântico. (Adorar em Espírito e verdade)

Divisão IV – Ele te faz testemunha, muitos o verão. (serme-eis testemunha)

Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto

pode ser bem explorado pelo pregador.

O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.

4.2 - SERMÃO TEMÁTICO.

É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que

permite a utilização de vários textos bíblicos.

A divisão deriva-se do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico escolhido. No

sentido técnico, o sermão temático é aquele que deve sua estrutura e sobretudo divisões ao desenvolvimento da

verdade que está em volta do tema.

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

Observe o exemplo: Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”

1 – ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79.

2 – ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27.

3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20.

4 – ...salva João 3:16.

Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para

cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos

textos bíblicos.

É possível aplicar um texto bíblico diferente do texto base em cada divisão do tema.

O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o

sermão temático conserva melhor a unidade.

COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA:

• Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);

• Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);

• Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;

• Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);

• Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;

• Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos;

• As divisões são explicação ou respostas do tema.

4.3 - SERMÃO EXPOSITIVO.

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de

um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto

sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.

O sermão expositivo está diretamente ligado ao sermão textual, com a diferença de que o seu

desenvolvimento é feito sob as regras da exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma passagem,

um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro.

O sermão expositivo é o método mais difícil de pregar. Apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao

estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e

histórica, bem como, comparação de textos.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO:

• Planejamento;

• Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;

• Interpretação mais fiel;

• Análise profunda do texto;

• Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia principal;

• Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;

• Tempo de estudo dos pontos difíceis;

• Pode ser abordado em série.

É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.

Exemplo:

O ENCONTRO COM A VIDA

Lucas 7:11-17

Divisão I - A multidão que seguia a Jesus.

A ) Pessoas desejosas.

B ) Pessoas com esperanças.

C ) Pessoas alegres.

Divisão II - A multidão que seguia a viúva.

A ) Pessoas entristecidas.

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B ) Pessoas sem esperanças.

C ) Pessoas inconformadas.

Divisão III - O encontro da vida com a morte.

A ) A vida é uma autoridade.

B ) A morte se curva ante a vida.

Divisão IV - O resultado do encontro.

A ) A ressurreição do jovem.

B ) A alegria da multidão entristecida.

C ) A edificação da multidão que seguia Jesus.

D ) A conversão de muitos.

DICAS E CONSELHOS PARA PREPARAR E PREGAR SERMÕES:

1) Escrever e ler o sermão.

2) Escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se

relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma

concordância.

3) Escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.

4) Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no

desenvolvimento da exposição.

Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.

Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na

Bíblia, convém copiá-las inserindo-as no esboço.

ANOTAÇÕES: ________________________________________________________________________

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5. CUIDADOS DE QUEM MINISTRA A PALAVRA. Quanto ao sermão em si.

1. SERMÃO só é sermão, quando sai do coração, vai para a mente do pregador e dela para a mente do

ouvinte e depois para o seu coração.

2. Sermão é o extravasar do coração.

3. Não pregue sobre a volta de Cristo se você não está de todo coração querendo que Ele volte.

4. Desde o preparo do sermão até a sua apresentação, temos de ter absoluta consciência da presença do

Espírito Santo e de uma comunhão com Cristo.

Quanto à escolha do assunto:

1. Quatro fatores devem ser levados em consideração para a escolha do assunto:

a) O interesse do pregador pelo assunto;

b) A competência do pregador para desenvolvê-lo;

c) O interesse do auditório pelo assunto;

d) A oportunidade do fato (condição da época).

2. Verificar a freqüência com que o assunto tem sido pregado naquela congregação; ou que ângulos do

assunto têm sido abordados.

3. Buscar a aprovação de Deus para o assunto através da oração.

4. Defina o tema ou assunto.

Quanto ao preparo de sermão.

1. Ore e medite para que haja unção na pregação do sermão.

2. A primeira preocupação na estrutura do sermão é em preparar o corpo, depois a conclusão e por último a

introdução.

3. Defina a idéia central do sermão.

4. Depois de definida a idéia central, responda para você mesmo as seguintes perguntas:

a) O que o autor quer dizer com este texto?

b) Que aplicação o autor queria dar ao povo dos seus dias?

c) Que aplicação tem o texto para a minha vida?

d) Que aplicação tem o texto para a congregação onde vou pregá-lo?

5. Estabelecer as divisões principais do sermão, que chamamos de “o esqueleto do sermão.”

6. Fazer um rascunho.

7. Descobrir um grupo de pensamentos que sejam úteis no desenvolvimento do tema.

8. Acrescente as idéias complementares que serão “a carne no esqueleto”, e que servirão de apoio as

idéias principais. Faça uso de dicionários bíblicos ou bíblias anotadas/comentadas (tome cuidado).

Quanto ao preparo do esboço.

1. Escolher a Passagem Bíblica.

Ao escolher a passagem tenha em mente as necessidades espirituais e temporais da congregação,

dificuldades, tensões ou ocasiões especiais.

O texto deve ser apropriado para a ocasião e precisa-se confiar na direção do Espírito Santo.

2. Estudar o Assunto.

Pesquisar a passagem para não aplicá-la fora do contexto.

3. Descobrir o ponto principal da mensagem.

Descobrir o princípio bíblico da mensagem que se aplique a todas as épocas e a todas as pessoas.

Estabelecer o relacionamento da mensagem com a vida dos ouvintes.

4. Construir o Esboço.

Depois do estudo do assunto, estabelecer as divisões do tema de forma progressiva, do mais simples para

o mais amplo esclarecimento da verdade bíblica.

5. Preencher o Esboço.

Acrescentar subdivisões para que o assunto seja bem esclarecido. Onde for próprio ilustrar o assunto, usar

a ilustração de forma apropriada para ajudar no esclarecimento do tema.

6. Preparar a Conclusão, Introdução e Título.

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Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros na mente, preparar a conclusão. A conclusão não

deve ser longa, pois a atenção da maioria dos ouvintes é limitada.

A introdução e o título são feitos por último. Depois de tudo pronto a visão do assunto é mais clara e é mais

fácil preparar estas partes que despertam o interesse no sermão.

Quanto aos cuidados a tomar.

1. Não usar títulos impróprios, não deve ser sensacionalista ou extravagante.

2. Não usar textos fora do contexto, dizendo o que a Bíblia não diz.

3. Não fugir do assunto.

4. Não usar passagens bíblicas em excesso.

5. Não usar termos impróprios para o púlpito.

“A primeira impressão é a que fica”. Tive um professor no seminário que dizia que a postura do pregador

desde que entra no ambiente do culto, já determina a forma como os ouvintes receberão sua mensagem.

Tenho aprendido que não fica bem entrar num auditório somente para pregar, sem participar de todo o

culto. A maneira como o pregador se comporta durante o culto já determina a atenção que as pessoas lhe darão

quando estiver pregando.

Outro cuidado importante a ser tomado é com relação ao público: Como são as pessoas que vão ouvi-lo?

A fisionomia também é muito importe, pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos:

Ficar em posição de nobre atitude.

Olhar para os ouvintes.

Não demonstrar nervosismo.

Evitar exageros nos gestos.

Não demonstrar indisposição.

O assentar também é muito importante.

Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:

Fazer uma Segunda e auto-apresentação;

Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;

Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;

Fazer gestos impróprios;

Evitar desculpas, você começa derrotado (não confundir com humildade);

Chegar atrasado;

O pregador não precisa aparecer.

Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias,

litúrgicas e teológicas da igreja em questão.

1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;

2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;

3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;

4 – Procure dar conotações evangelísticas à mensagem;

5 – Respeite o horário (mesmo que seja pouco tempo );

6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.

Obs.A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.

B) Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja

C) Se acredita ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor.

ANOTAÇÕES: _________________________________________________________________________

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6. PREGANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS. Como pregar sermões capazes de transformar vidas?

O sermão não deve ser pregado apenas para informar, mas também para mudar. Mudança é o inicio do

crescimento em todos os níveis. Tiago, inspirado pelo poder do Espírito Santo, escreveu: “E lembrem-se: esta

mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir.” Tiago 1:22. O pregador tem de ter em mente que seu

sermão deve levar os seus ouvintes a mudarem de atitudes, não somente ouvir a Palavra do Senhor.

Salomão também tinha isto em mente quando escreveu: “As palavras do homem sábio nos forçam a tomar

uma atitude. Elas explicam claramente verdades muito importantes. Os Alunos que aprendem bem o que os

professores ensinam serão sábios.” Em Ec. 12:11. Tomar atitude de mudar, de permitir ser transformado pelo

poder da Palavra de Deus.

DUAS PERGUNTAS QUANTO AO CONTEÚDO DO SERMÃO:

1 - A QUEM VAMOS PREGAR?

Há muita sabedoria no que o Apóstolo Paulo diz: “Quando estou com aqueles cuja consciência facilmente

os inquieta,não ajo como se eu soubesse tudo e não digo que eles são tolos; o resultado é que assim eles estão

dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum

com ela, para que me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isto para levar o Evangelho a

eles e também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir a Cristo”. I Cr. 9:22-23. BV.

Precisamos perguntar antes de preparar o sermão: Quais são as necessidades de meu auditório? Quais

suas preocupações? Quais são suas feridas emocionais? Então procurar apresentar a Cristo como solução para

suas necessidades. Paulo orienta: “... Digam só o que é bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e

o que resulte em bênçãos para eles.” Ef. 4:29.

Na base de nosso cérebro há uma glândula denominada de RAS (Sistema Ativante Reticular), que faz com

que focalizemos uma coisa por vez. Ou seja, prestamos atenção em uma coisa por vez. Quando pregamos, é bom

entendermos que as pessoas que estão nos ouvindo, prestam atenção em um assunto por vez. Então, se falamos

aquilo que as interessam faz com que focalizem sua atenção para o assunto e o entenda; pois sabem que iremos

falar aquilo que preencherá suas necessidades.

Os cientistas dizem que a pessoa focaliza três coisas:

1. Coisas que possuam valor - Aquilo que é de valor para ela.

2. Coisas fora do comum - Aquilo que é extraordinário, espetacular.

3. Coisas que ameaçam - Aquilo que ameaça sua vida.

O sermão tem de iniciar onde o povo está, para levá-lo onde deveriam estar. Deus sabe as necessidades

do povo e Ele dará ao pregador a mensagem para suprir as necessidades do povo. A necessidade do povo é

freqüentemente a chave, para o que Deus quer que falemos.

2 - O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE SUAS NECESSIDADES?

Jesus, estando em uma sinagoga em Nazaré, deixou claro sua missão ao ler estas palavras: “O Espírito do

Senhor está sobre Mim; Ele Me nomeou para pregar a Boa Nova aos pobres; mandou-me anunciar que os presos

serão libertados e os cegos verão; que os oprimidos serão libertados de seus opressores, e que Deus está pronto

a abençoar todos aqueles que vêm a Ele.” Lc. 4:18-19. Não seria também nossa missão? Não somos

embaixadores de Cristo para pregarmos Sua mensagem ao povo? Que tipo de necessidades Jesus quer atender

através de nossa voz? Que necessidades nossos sermões têm suprido?

Paulo ao escrever ao ministro da Palavra, Timóteo, diz: “A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de

Deus, e é útil para ensinar o que é verdadeiro, e nos fazer compreender o que está errado em nossas vidas; ela

nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto.” II Tm. 3:16.

O propósito da pregação é transformar o caráter, não ensinar doutrinas. É urgente a necessidade de

pregarmos de forma que coloquemos diante do povo, o que a Palavra de Deus diz a respeito de seus problemas.

Como ele pode encontrar em Deus e na Sua Palavra, conforto, esperança, luz e soluções para suas apreensões e

insegurança. Como pregadores, ensinamos as pessoas que elas precisam melhorar seu relacionamento com

Deus. Que precisam confiar nEle. Mas o grande dilema é: como? Esta é a pergunta que vai na mente de nossos

ouvintes:

Como posso ser melhor? Como posso encontrar soluções para meus problemas? Como ser fiel a Deus?

Como conduzir minha família nos caminhos do Senhor? Sim, ser bom cristão, mas como?

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Precisamos responder estas perguntas com o “Assim diz o Senhor”.

CINCO PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO:

1 - Qual a maneira mais prática de apresentá-lo?

Se o alvo da pregação é transformar vidas, a primeira preocupação do pregador deve ser com a aplicação.

Um sermão sem aplicação é um aborto. Paulo ao escrever à Tito, diz: “Mas quanto a você, defenda a vida

decente que acompanha (ensina viver) o verdadeiro cristianismo”. Tito 2:1.

A Bíblia é um conjunto de aplicações para a vida. O livro de Tiago é 100% aplicação. Romanos 50% é

aplicação. Efésios também contém 50% de seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação prática. O que dizer

do sermão da montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária do cristão? E a sua conclusão apela para que o

homem sábio construa sua casa sobre a rocha e não sobre a areia.

COMO TOMAR O SERMÃO PRÁTICO?

1. Sempre tenha como alvo uma ação específica. O que queremos que a congregação se torne?

2. Sempre explicar-lhes porque precisam fazer mudança. Quais os benefícios para eles, para suas famílias,

para a igreja, para a sociedade, em fazer a mudança. As pessoas secularizadas querem saber como que a

mensagem poderá ajudá-las a mudar a vida para melhor.

3. Como eles devem fazer para colocar em prática aqueles conceitos que estão ouvindo? Não podemos dar

só o diagnóstico, mas temos que ministrar o medicamento.

2 - Qual a maneira mais positiva de apresentá-lo?

O sábio Salomão inspirado pelo Senhor, diz: “O homem sábio se toma famoso pelo seu bom senso; um

professor que fala com delicadeza e interesse ensina muito melhor que qualquer outro,” Pv.16:21 BV.

Devemos pregar de modo agradável e não com raiva. O sermão não pode dar a idéia de negativismo.

Devemos dar uma mensagem positiva, que possa ajudar o membro a adorar. Não condenar, mas mostrar o

caminho da salvação.

Devemos fazer duas perguntas ao prepararmos um sermão:

1. Esta mensagem é Boas-Novas?

2. O título do meu sermão sugere Boas-Novas?

Efésios 4:19, diz: “....transmita graça aos que ouvem”. Ao pregarmos sobre o 7° mandamento, a ênfase

deve ser a fidelidade conjugal e não o adultério. A bênção da fidelidade para o lar, etc.

3- Qual a maneira mais encorajadora de apresentá-lo?

Vejamos o que a Palavra do Senhor nos diz: “Um coração ansioso deixa o homem frustrado e derrotado,

mas uma palavra amiga de ânimo e simpatia renova as forças.” Pv. 12:25 BV. “Estas coisas que foram registradas

nas Escrituras há tanto tempo servem para nos ensinar a paciência e para nos animar, a fim de que aguardemos

esperançosamente o tempo em que Deus vencerá o pecado e a morte.” Rm. 15:4 BV.

As pessoas que vão à igreja têm três necessidades básicas:

1. Renovar a fé.

2. Renovar a esperança.

3. Restaurar o amor.

Se quisermos transformar a vida de pessoas que estão com problemas, precisamos dizer como podem

fazer isto. Mostrar o lado positivo. Dar ânimo e esperança para seus problemas. As pessoas precisam saber que

Jesus pode ajudá-las; que não estão longe demais que Deus não as possa alcançar.

As pessoas vivem na expectativa de auto-realização. Nossa função como pregadores é cumprir as

orientações contidas na Palavra do Senhor: “Entretanto, aquele que profetiza, pregando as mensagens de Deus,

está ajudando os outros a crescer no Senhor, animando-os e confortando-os”. I Cr. 14:3BV.

4 - Qual a maneira mais simples de apresentá-lo?

O Apóstolo Paulo sabia o que era pregar com simplicidade, ele escreveu: “Queridos irmãos, mesmo quando

estive com vocês pela primeira vez, não usei palavras empoladas nem idéias pomposas para lhes apresentar a

mensagem de Deus. Decidi-me a falar só de Jesus Cristo e de Sua morte na cruz. Fui até a vocês em fraqueza -

temeroso e trêmulo,e a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória e sabedoria humana;

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

entretanto, o poder do Espírito Santo estava em minhas palavras, provando a todos quantos as ouviram que a

mensagem vinha de Deus. Fiz isso, porque desejava que vocês tivessem uma fé firmemente baseada em Deus, e

não em grandes idéias de algum homem”. l Cr. 2:1-5 BV. O mesmo Paulo ao escrever à Tito, diz: “Sua linguagem

deve ser tão sensata e equilibrada que alguém que quiser questionar, sinta vergonha de si mesmo, porque não

haverá nada a censurar em tudo o que você diz”. Tito 2:8 BV.

Como tomar o sermão simples? Temos algumas formas de tomar nossos sermões simples, de tal forma que

as pessoas possam entendê-lo sem perder o conteúdo.

1. Crie um bom tema (lembre-se do marketing nos outdoors).

2. Evite os termos teológicos. Ex: Soteriologia; Escatologia; Pneumatologia, etc.

3. Conserve simples o esboço.

4. Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão.

Aqui está a chave para pregar de forma que se transforme vidas. O que mais uma pessoa se lembra de um

sermão, são suas principais divisões. Torne-as passos para a ação.

Como se faz isto?

Procure mostrar o que as pessoas devem fazer para melhorar ou mudar de vida.

Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18.

Assunto: Sabedoria.

Tema: Relacionando-se sabiamente com os outros.

Proposição: O cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os outros seguindo os passos da sabedoria.

I - Se eu sou sábio - não comprometo minha integridade. v 17.

II - Se eu sou sábio - sou pacificador, não vou provocar sua ira. v 17.

III - Se eu sou sábio - não serei indulgente, não vou minimizar seus sentimentos. v 17.

IV - Se eu sou sábio- eu não vou criticar suas sugestões. v 17.

V - Se eu sou sábio - eu não darei ênfase aos seus erros. v 17.

VI - Se eu sou sábio - eu não vou encobrir minhas fraquezas. v 17.

VIl - Seu eu sou sábio - em Jesus encontro toda fonte de sabedoria. Col.2:3

Outro exemplo:

Texto: Mt 4 :1.1 1.

Assunto: Tentação.

Tema: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação.

Proposição: À semelhança de Cristo, devemos preencher certas condições. (palavra chave: “Condições”)

I - Temos que conhecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)

II - Temos que crer na Palavra de Deus. (“Está Escrito”)

III - Temos de obedecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)

Conclusão: Se nós, como Cristo no deserto, conhecermos.., crermos... obedecermos..., também nos

ergueremos em triunfo.

5 - Qual a maneira mais pessoal de apresentá-lo?

As idéias precisam ser pessoais para que se tornem em ação. É muito importante sabermos como transmiti

uma mensagem na qual estamos comprometidos com nossos ouvintes.

Temos três tipos de pregadores:

1. Pregadores que manipulam por meio de monólogo.

2. Pregadores que transmitem informações.

3. Pregadores que comunicam relacionamento.

Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz deve ser a voz de Deus comunicando o

relacionamento que Deus deseja ter com o pecador, Somos portadores de Boas Novas de salvação, e as pessoas

esperam ver qual o caminho pelo qual se salvar. Ao transmitirmos a mensagem de Deus, não podemos deixar

dúvidas na mente de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que alguém poderá estar ouvindo a

advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos amar os ouvintes.

No capítulo seguinte, está chegando a grande hora. Você vai poder exercitar o que aprendeu...

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7. EU, UM PREGADOR. Neste último capítulo será a vez de você escrever. Essa será a aula prática.

Siga o roteiro sugerido e prepare um sermão como exercício deste curso.

Mãos a obra.

ASSUNTO: ___________________________________________

TEMA DO SERMÃO:_____________________________________________

TEXTO BÍBLICO:_________________________

OBJETIVO:_____________________________________________________________________________

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INTRODUÇÃO

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“Preparando líderes para um ministério saudável”

IGREJA BATISTA CEHAB

Lugar de pessoas vivendo a vida em família

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

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PROPOSIÇÃO: ________________________________________________________________________

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TÓPICO 1. _____________________________________________________________________________

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TÓPICO 2. ____________________________________________________________________________

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TÓPICO 3. ____________________________________________________________________________

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TÓPICO 4. _____________________________________________________________________________

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TÓPICO 5. _____________________________________________________________________________

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CONCLUSÃO

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Pastor Gilberto Suzano de Mattos

CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

Com a aplicação das lições aqui aprendidas, teremos possibilidade de prepararmos melhores sermões. Mas

não se esqueça de que temos por base a iluminação do espírito Santo e a bíblia sagrada, que é a base

indispensável para todo o sermão cristão. A bíblia é um manancial inesgotável de iluminação, para todos os

pregadores cristãos do mundo inteiro, e de todas as épocas, desde que foi iniciada a sua compilação.

Deus, que é o autor da bíblia sagrada, jamais abandonará um filho seu que se proponha estudá-la e

transmiti-la, quer seja a pessoas já salvas, ou a pessoas ainda não salvas por Jesus Cristo.

Portanto, nada de desânimo ou pânico, ao invés disso, oração, estudo, dependência de Deus, mente aberta

para a iluminação divina, disposição, emprego de tempo para o preparo do sermão e coragem para transmitir ao

povo o que Deus orientar e determinar, para honra e glória do Seu nome.

Encerramos esta matéria, (homilética), a qual está colocado à disposição dos irmãos que se interessarem

em aprimorar suas habilidades como pregadores da palavra de Deus.

Reconhecemos que este material é limitado, visto que, há materiais muito mais extensos e profundos,

relativos à pregação cristã (homilética), porém, a nosso ver, o que pudemos juntos aprender aqui se resume no

essencial para melhorar o desempenho do pregador da palavra de Deus que não tem, ou não teve, acesso a

material mais completo.

Nosso desejo é que os irmãos que estudaram este material, tenham recebido subsídios suficientes, hajam

crescido e o apliquem, tanto para o preparo, quanto para a entrega da mensagem de Deus quando, para isto,

forem solicitados.

Que Deus abençoe todos os mensageiros da sua Santa Palavra, a qual tem contribuído e com certeza

continuará contribuindo, para o crescimento espiritual dos filhos de Deus, bem como para que muitos não salvos

descubram a forma de alcançarem a maravilhosa salvação eterna.

Você não fez um curso para ser pregador. Aprendeu apenas umas dicas. Leia mais, aumente seu

vocabulário (pregar depende muito de usar bem as palavras), aprenda um pouco de português (“Nós vai, nós foi”

dói um pouco), e sempre estude (não apenas leia, mas estude) a Bíblia. Cuide de sua comunhão com Deus, seja

uma pessoa espiritualmente séria e zelosa.

E quando for pregar, peça a Deus que use sua mente, suas palavras, sua voz.

Grande abraço de seu pastor e amigo;

Pastor Gilberto Suzano de Mattos

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BIBLIOGRAFIA

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda - Minidicionário Aurélio.

Editora Nova Fronteira, 1a edição, 6a impressão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

HADDON W. Robinson - Craig Brian Larson: A arte e o ofício da pregação bíblica

Um manual abrangente para os comunicadores da atualidade. Shedd Publicações. Edição: 2009. RUSSELL P. Shedd: Palavra viva: Extraindo e expondo a mensagem. Editora: Vida Nova - Edição: 2000 PAES, Carlito. Como preparar mensagens para transformar vidas: Editora Vida, 2009 – SP ________________________. Igrejas que Prevalecem: Editora Vida. São Paulo, 2003.