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Trabalhista - Rescisão contratual - Abandono de emprego Sumário 1. Faltas - Justa causa - Configuração ............................................................................ 2 2. Abandono de emprego - Elementos caracterizadores ............................................................................ 3 3. Empresa - Notificação - Formas ............................................................................ 4 3.1 Notificação por edital ............................................................................ 4 3.2 Retorno ao serviço - Situações específicas - Conseqüências ............................................................................ 4 4. Aviso de rescisão contratual ............................................................................ 5 5. Ficha ou livro de registro - Anotação ............................................................................ 6 6. Estabilidade - Inquérito judicial ............................................................................ 7 7. Rescisão indireta - Afastamento do empregado - Hipóteses ............................................................................ 8 8. Ônus da prova ............................................................................ 9 9. Recolhimento do FGTS ............................................................................ 10 10. Empregado - Direitos na rescisão por justa causa ............................................................................ 11 11. Baixa na carteira de trabalho em caso de abandono de emprego ............................................................................ 12 12. Jurisprudência ............................................................................ 14 12.1 Convocação por meio de edital ............................................................................ 14 12.2 Formação do juízo - Limites da lide - Extrapolação - Impossibilidade ............................................................................ 14 12.3 Ônus da prova ............................................................................ 14 12.4 Não-configuração - Hipóteses ............................................................................ 14 12.5 Inquérito judicial ............................................................................ 14 12.6 Ânimo de abandonar o emprego ............................................................................ 14 12.7 Afastamento decorrente de atestado de capacidade ............................................................................ 15 Notícias ............................................................................ 19 Legislação ............................................................................ 20 Dúvidas Frequentes ............................................................................ 21 Trab - Justa causa - Abandono Emprego ............................................................................ 21 Trabalhista - Rescisão contratual - Abandono de emprego 15 de Abril de 2008 Copyright 2008 IOB. Todos os direitos reservados 1

ABANDONO DE EMPREGO

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Trabalhista - Rescisão contratual - Abandono de emprego

Sumário

• 1. Faltas - Justa causa - Configuração ............................................................................ 2• 2. Abandono de emprego - Elementos

caracterizadores ............................................................................ 3• 3. Empresa - Notificação - Formas ............................................................................ 4

• 3.1 Notificação por edital ............................................................................ 4• 3.2 Retorno ao serviço - Situações específicas -

Conseqüências ............................................................................ 4• 4. Aviso de rescisão contratual ............................................................................ 5• 5. Ficha ou livro de registro - Anotação ............................................................................ 6• 6. Estabilidade - Inquérito judicial ............................................................................ 7• 7. Rescisão indireta - Afastamento do empregado -

Hipóteses ............................................................................ 8• 8. Ônus da prova ............................................................................ 9• 9. Recolhimento do FGTS ............................................................................ 10• 10. Empregado - Direitos na rescisão por justa

causa ............................................................................ 11• 11. Baixa na carteira de trabalho em caso de

abandono de emprego ............................................................................ 12• 12. Jurisprudência ............................................................................ 14

• 12.1 Convocação por meio de edital ............................................................................ 14• 12.2 Formação do juízo - Limites da lide -

Extrapolação - Impossibilidade ............................................................................ 14• 12.3 Ônus da prova ............................................................................ 14• 12.4 Não-configuração - Hipóteses ............................................................................ 14• 12.5 Inquérito judicial ............................................................................ 14• 12.6 Ânimo de abandonar o emprego ............................................................................ 14• 12.7 Afastamento decorrente de atestado de

capacidade ............................................................................ 15• Notícias ............................................................................ 19• Legislação ............................................................................ 20• Dúvidas Frequentes ............................................................................ 21

• Trab - Justa causa - Abandono Emprego ............................................................................ 21

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1. Faltas - Justa causa - Configuração

O empregado que falta continuadamente ao trabalho sem motivo justo e sem comunicar ao empregador não estáprestando serviços, elemento básico do contrato de trabalho , dando ensejo à configuração de abandono de emprego.

O abandono de emprego é considerado falta grave cometida pelo empregado, sujeitando seu contrato de trabalho àrescisão por justa causa (CLT, art. 482 , "i").

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2. Abandono de emprego - Elementos caracterizadores

Para caracterizar o abandono, a ausência do empregado terá de ser injustificada, ou seja, não deve existir motivo quepossa justificar o seu afastamento do serviço. A ausência nessas condições identifica o elemento material desta justacausa.

Uma outra característica que se apresenta é o elemento psicológico, isto é, a intenção, o ânimo do empregado de nãomais voltar ao trabalho.

Apesar da essencialidade do elemento material ( faltas injustificadas ), a legislação trabalhista não estabelece o tempoem que o empregado deve permanecer afastado do serviço.

Entretanto, a jurisprudência trabalhista firmou o entendimento de que a ausência injustificada por período superior a 30dias gera a presunção de abandono de emprego, conforme se observa na Súmula TST nº 32 .

Embora o referido prazo de 30 dias tenha sido estabelecido em função da cessação do benefício previdenciário, adoutrina e a jurisprudência têm utilizado tal período em todas as hipóteses em que o empregado injustificadamente deixade comparecer ao serviço.

Cumpre notar, inclusive, que, apesar do interregno de 30 dias, há circunstâncias de fato que tornam evidente a intençãodo empregado de não mais voltar ao emprego antes mesmo que se complete o referido prazo. É o caso do empregadoque, faltando ao serviço durante uma semana, procura colocação em outra empresa e, no horário em que normalmentedeveria estar trabalhando para o primeiro empregador, presta serviços para um segundo.

Nesta hipótese, observa-se a inequívoca intenção do empregado de não mais trabalhar na empresa anterior. Talmanifestação, para fins de caracterização do abandono de emprego, apresenta-se das mais variadas formas.

Resumidamente, podemos destacar os seguintes elementos caracterizadores desta justa causa:

a) intenção manifesta do empregado de não mais prestar serviços;

b) afastamento sem justificativa e sem qualquer comunicação ao empregador;

c) período em que o empregado permanece ausente do emprego;

d) providências da empresa que notifiquem o empregado para comparecer ao trabalho.

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3. Empresa - Notificação - Formas

Quando o empregado incorre em faltas injustificadas ao serviço, compete à empresa notificá-lo para comparecer aotrabalho ou para dizer por que não o faz.

Na hipótese de ser conhecido o seu domicílio (residência), procede-se à notificação por correspondência entregue noendereço, conforme anotado na ficha ou livro de registro de empregado .

Para tanto, o empregador deve manter um comprovante da entrega, segundo uma das formas seguintes:

a) pessoalmente, mediante recibo na 2ª via da carta. O recibo pode ser firmado pelo empregado oupor pessoa da família que a tenha recebido;

b) pelo correio, por carta registrada, com Aviso de Recebimento (AR);

c) via cartório, com comprovante de entrega.

3.1 Notificação por edital

Estando o faltoso em lugar incerto e não sabido, pode-se notificá-lo por edital publicado pela imprensa. Nota-se,entretanto, que a jurisprudência trabalhista não é pacífica quanto à adoção desse método de convocação.

Assim, é aconselhável ao empregador valer-se de testemunhas, conforme as circunstâncias peculiares que envolvemcada caso.

A título de exemplo, segue modelo de edital:

"... (nome da empresa) solicita o comparecimento do Sr. ... (nome do empregado), portador da CTPSnº ..., série ..., no prazo de ... (especificar nº de horas) .... , sob pena de caracterização do abandonode emprego previsto no art. 482, letra 'i', da CLT."

3.2 Retorno ao serviço - Situações específicas - Conseqüências

Há situações em que o empregado, após ser convocado pela empresa, retorna ao serviço sem que se caracterize,necessariamente, o abandono:

a) se o empregado retornar dentro do prazo concedido e apresentar motivo que justifique a suaausência, presume-se sua intenção de continuar no emprego. Nesse caso, o contrato de trabalhovolta a fluir normalmente. As faltas, uma vez justificadas, não podem ser descontadas para qualquerefeito legal;

b) o empregado retorna ao emprego dentro do prazo, mas não apresenta justificativa de suas faltas.Aqui, o empregador pode adverti-lo como medida disciplinar. O período de ausência é consideradocomo falta injustificada para todos os efeitos legais. Nesta hipótese pode haver, de imediato, arescisão sem justa causa pela parte que manifestar o interesse em não mais continuar o pactolaboral;

c) o retorno ao trabalho ocorre após o prazo estabelecido, mas com justificativa oriunda decircunstâncias excepcionais, nas quais o empregado fica impossibilitado de reassumir a função pormotivo de detenção, doença mental etc.

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4. Aviso de rescisão contratual

Decorrido o prazo concedido sem qualquer manifestação do empregado, a rescisão do contrato de trabalho é automática(salvo nos casos excepcionais anteriormente mencionados). Cabe à empresa enviar o aviso de rescisão ao empregado,mediante uma das formas relacionadas nas letras "a", "b" e "c" do tópico 3.

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5. Ficha ou livro de registro - Anotação

Rescindido o contrato, deve-se anotar a baixa na ficha ou folha do livro de registro de empregado, comunicando arescisão ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED ).

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6. Estabilidade - Inquérito judicial

O empregado que goza de determinada modalidade de estabilidade somente pode ser despedido por falta grave após oinquérito em que se verifique a procedência da acusação.

Para fins de instauração de inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, oempregador deve apresentar reclamação por escrito à Vara ou Juízo de Direito, dentro de 30 dias contados da data dasuspensão do empregado.

Nota:A Súmula TST nº 62 dispõe:"62 - Abandono de empregoO prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre emabandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço."

Instaurado o inquérito judicial e previamente reconhecida a estabilidade do empregado, o julgamento pela Vara ou Juízonão prejudicará a execução para pagamento dos salários devidos àquele até a data da respectiva instauração.

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7. Rescisão indireta - Afastamento do empregado - Hipóteses

O empregado pode considerar rescindido o contrato de trabalho (rescisão indireta) e pleitear a devida indenizaçãoquando o empregador não cumprir as obrigações do contrato ou reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa,de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.

Nesses casos, o empregado pode rescindir seu contrato, permanecendo ou não no serviço até final decisão doprocesso.

Optando o empregado pelo afastamento, o empregador não poderá considerar como abandono de emprego até ojulgamento final do processo, tendo em vista que a ausência é estabelecida pela legislação ( CLT , art. 483 , "d" e "g",combinado com o § 3º).

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8. Ônus da prova

A prova é fundamental no processo trabalhista. No caso de abandono de emprego, tal encargo cabe ao empregador: "Aprova das alegações incumbe à parte que as fizer". ( CLT , art. 818 ).

Todavia, não basta aguardar o lapso de 30 dias de ausência do empregado para aplicar-lhe a penalidade de abandonode emprego, assim como não há de se cogitar dessa penalidade quando ocorre motivo razoável para a ausência dotrabalhador; daí a importância da notificação mediante comprovação (abordada no tópico 3) para que o empregadorreúna, no transcorrer dos 30 dias, elementos convincentes e documentados que demonstrem o desinteresse doempregado em retornar ao trabalho. A falta de manifestação do empregado ao deixar de atender à convocação doempregador é forte indício desse desinteresse (elemento psicológico), que fortalece a aplicação da penalidade.

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9. Recolhimento do FGTS

O valor relativo ao FGTS do mês anterior e/ou da rescisão, no caso de abandono de emprego, deve ser depositado naconta vinculada do empregado.

Assim, as empresas depositam, mensalmente, até o dia 07 do mês subseqüente ao da competência da remuneração,em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida no mês anterior, a cadatrabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam a CLT , arts. 457 e 458 e a Gratificação de Natal a quese refere a Lei nº 4.090/1962, com as modificações da Lei nº 4.749/1965. Não sendo dia útil, antecipar o recolhimento(Lei nº 8.036/1990, art. 15 ).

Para fins de recolhimento do FGTS, lembramos que a entrega regular da GFIP é efetuada em meio eletrônico medianteutilização do Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações àPrevidência Social (Sefip) da Caixa Econômica Federal (Caixa), observadas as determinações da Circular Caixa nº413/2007.

Nos termos da Lei nº 8.036/1990 , art. 18 , na redação dada pela Lei nº 9.491/1997, art. 31 , regulamentada pelo Decretonº 2.430/1997 e Lei Complementar nº 110/2001, ficou estabelecido que os valores relativos aos depósitos referentes aomês da rescisão e ao mês imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, bem como a importância igual a40% (despedida sem justa causa ou indireta), ou 20%, (no caso de culpa recíproca ou força maior) do montante de todosos depósitos realizados na conta vinculada do FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, atualizadosmonetariamente e acrescidos dos respectivos juros, devem ser depositados na conta vinculada do trabalhador no FGTS,por meio da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS (GRRF).

Destacamos que, com exceção das supracitadas hipóteses de rescisão por dispensa sem justa causa, inclusive aindireta, e culpa recíproca ou força maior, bem como na extinção normal do contrato de trabalho a prazo determinado, odepósito do FGTS que for cabível nas demais formas de extinção contratual deve ser efetuado por meio da GFIP.

Vale lembrar que nos termos da Portaria MTE nº 60/1999 ficou estabelecido que o agente homologador (assistência aoempregado na rescisão) ao constatar o não-recolhimento pelo empregador da multa rescisória de que trata a Lei nº8.036/1990 , art. 18 (40% ou 20%, conforme descrito anteriormente), que deve ser depositada na conta vinculada doFGTS do trabalhador, na hipótese de despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de forçamaior, deverá adverti-lo quanto aos prazos e às penalidades a que está sujeito, em conformidade com o disposto na CLT, art. 477 e na Lei nº 8.036/1990 , art. 23.

Caso o empregador não efetue o referido depósito na conta vinculada do FGTS do trabalhador, a homologação seráefetuada com ressalva, relatando-se o fato no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho ( TRCT ).

O TRCT contendo a ressalva quanto ao não-recolhimento da referida multa rescisória é documento comprobatório, paraefeito de movimentação da conta vinculada pelo trabalhador perante o agente operador do FGTS, além dos demaisrequisitos exigidos pelas normas em vigor.

Nota:O empregado dispensado por justa causa pode movimentar sua conta vinculada apenas nas situações previstasno Decreto nº 99.684/1990, art. 35 , III, IV, V, VI, VII e VIII.

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10. Empregado - Direitos na rescisão por justa causa

a) Empregado com mais de 1 ano de serviço na empresa:

Faz jus ao saldo de salário, férias vencidas, se houver, acrescidas do terço constitucional, e salário-família (quandobeneficiário deste) proporcional aos dias efetivamente trabalhados no mês da rescisão.

b) Empregado com menos de 1 ano de serviço na empresa:

Faz jus ao saldo de salário e salário-família (quando beneficiário deste) proporcional aos dias efetivamente trabalhadosno mês da rescisão.

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11. Baixa na carteira de trabalho em caso de abandono de emprego

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é documento obrigatório para o exercício de qualquer emprego,inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividadeprofissional remunerada.

Na CTPS serão feitas obrigatoriamente anotações referentes à data de admissão, à remuneração e a condiçõesespeciais, se houver.

As anotações serão feitas, entre outros, nos casos de rescisão contratual, situação em que a empresa deverá proceder àbaixa na CTPS, anotando a data da efetiva saída do empregado.

O contrato de trabalho é uma espécie de contrato que gera obrigações para o empregador (ex.: pagar salários) e para oempregado (ex.: prestar serviços).

Por isso, quando o empregado falta continuadamente ao trabalho sem motivo justo e sem comunicar o empregador, nãoestá prestando serviços, elemento básico do contrato de trabalho.

Nessas circunstâncias, caracterizado o abandono de emprego, configura-se falta grave cometida pelo empregado,sujeitando-o à rescisão do contrato de trabalho por justa causa.

Todavia, a doutrina e a jurisprudência trabalhista expressam o entendimento de que, para caracterização do abandonode emprego, é necessário o preenchimento de 2 requisitos:

a) faltas injustificadas; e

b) ânimo do empregado de não mais voltar ao trabalho (animus abandonandi).

Veja jurisprudência adiante:

"Contrato de trabalho - Data de admissão - Retificação da CTPS - Prova - Efeitos - Conforme preceitua a CLT , em seu art. 40, I, as anotaçõeslançadas na CTPS do empregado constituem prova em Juízo, tendo a jurisprudência cunhado o entendimento de que constitutivas de prova relativa,de presunção juris tantum (súmula 12 do TST), que, por isso, admite prova em contrário. Debatida em Juízo, todavia, a efetiva data de admissão - queo empregado alega anterior àquela escriturada -, tais anotações estabelecem presunção de menor força em face do trabalhador, dado que oempregador é quem em livre arbítrio efetua o registro do contrato no documento profissional, sendo elidida quando, por outro meio de prova, resultademonstrada a discrepância do registro com a realidade. Abandono de emprego - Configuração - Efeitos - A configuração do abandono de empregoexige a comprovação de dois elementos: um, de ordem objetiva, alusivo à ausência do trabalhador no emprego por período superior a trinta dias; e,outro, de ordem subjetiva, dizente com a prova concreta e inequívoca de que o empregado se ausentou do emprego com a intenção de não maiscomparecer. Presentes tais elementos, o acolhimento da alegação patronal, de resolução do contrato, neles fundada é imperativa." (TRT 4ª R. - RO01086.2003.009.04.00.4 - 4ª T. - Rel. Juiz Milton Varela Dutra - DOERS 10.01.2005)"Abandono de emprego - Na configuração da justa causa por abandono de emprego, somado à ausência ininterrupta e prolongada do empregado, énecessário que fique patente o elemento intencional consistente na vontade de não mais retornar ao emprego. Não resta demonstrado o animusabandonandi se a autora, por duas vezes após a reclamada ter rescindido seu contrato de trabalho, ingressou com ação trabalhista postulando areintegração no emprego e, ainda, que durante o período do alegado abandono do emprego, buscava junto ao INSS à concessão de benefícioprevidenciário." (TRT 18ª R. - RO 00134-2004-011-18-00-8 - Rela Juíza Antônia Helena Gomes Borges Taveira - DJGO 30.07.2004 - pág. 63.66)"Abandono de emprego - Falta grave - A configuração de falta grave por abandono de emprego pressupõe a ausência injustificada do trabalhador aoemprego (elemento objetivo) e o animus abandonandi (elemento subjetivo). Diga-se que, apenas ambos os pressupostos, em conjunto, dãosustentáculo à figura do abandono de emprego. Não basta, portanto, a omissão prolongada de laborar." (TRT 4ª R. - RO 01056.922/00-1 - 3ª T. - Rel.Juiz Ricardo Carvalho Fraga)A Súmula nº 32 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), transcrita abaixo para melhor entendimento, estabelece que aausência injustificada por período superior a 30 dias gera a presunção de abandono de emprego:

"Nº 32 ABANDONO DE EMPREGO - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003

Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após acessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer."

Apesar do intervalo de 30 dias, há circunstâncias de fato que tornam evidente a intenção do empregado de não maisvoltar ao emprego antes mesmo que se complete o referido prazo.

De acordo com a doutrina, o período de 30 dias fixado pela jurisprudência gera apenas a presunção de abandono,objetivando a inversão do ônus da prova, ou seja, no caso de faltas inferiores a 30 dias cabe ao empregador provar oabandono, e faltas superiores a 30 dias, cabe ao empregado provar.

Nesse sentido, veja jurisprudência adiante:

"Justa causa - Abandono de emprego - Configuração - Ônus da prova - Exigência da presença de dois elementos: Um, de ordem objetiva, guardapertinência com a materialidade do ato - Ausência injustificada ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias (Súm. 32, TST) - ; outro de ordem objetiva, com

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vínculo na intencionalidade de não mais comparecer - Fator psicológico. Tipificada como falta grave, impõe-se ao empregado o ônus da prova." (TRT2ª R. - RO 01829-2002-076-02-00 - (20050290848) - 8ª T. - Rel. p/o Ac. Juiz Rovirso Aparecido Boldo - DOESP 24.05.2005)"Prova - Justa causa- Abandono de emprego - Inversão do ônus - Mero critério de julgamento - Como bem destacado pela origem, a sistemática darepartição do ônus da prova é mero critério de julgamento quando da ausência dos elementos probatórios, o que não ocorre no caso presente, em quehá abundância dos mesmos - Justa causa - Abandono de emprego - Artigo 482, letra 'i' da CLT - Consoante a melhor interpretação jurisprudencial, háduas hipóteses para a configuração do abandono de emprego - Permanecer o trabalhador, por volta de trinta dias, ausente do trabalho, sem justomotivo, ou demonstrar o empregado o ânimo de abandonar o serviço, com aquisição de novo emprego antes de decorridos trinta dias (inteligência dasúmula 32 do Col - TST) - Na hipótese ora versada, o reclamante deixou de comparecer ao serviço a partir de 02/02/2000, sem apresentar qualquerjustificativa e, tendo sido ultrapassada a marca dos 30 (trinta) dias estabelecida pela jurisprudência dominante, não teve outra saída a reclamada senãoproceder à rescisão contratual na modalidade da dispensa por justa causa, o que ocorreu aos 29/03/2000, dois meses depois. Note-se, ademais, quehouve a devida cautela da empresa, ao enviar telegrama, na modalidade urgente, ao reclamante, na data de 18/02/2000, solicitando o seucomparecimento ao trabalho, inexistindo nos autos prova de que este tenha atendido ao apelo patronal, o que torna indubitável a sua intenção deabandonar o emprego. Sentença mantida. Honorários periciais. Critério de arbitramento. Aplicação analógica tanto do artigo 789-a da CLT , como dalei 6032/74 . Incabível. O artigo 789-a e seus incisos, da CLT , com a redação dada pela lei 10537/2002 (altera os artigos 789 e 790 da consolidaçãodas Leis do Trabalho - CLT , aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, sobre custas e emolumentos da justiça do trabalho, eacrescenta os artigos 789-a, 789-b, 790-a e 790-b), apenas estabelece tabela para arbitramento de custas no processo de execução, descabendo aaplicação analógica desse artigo para fins de arbitramento de honorários periciais, mormente no presente caso, em que estão sendo estabelecidos nafase de conhecimento, e não em execução. por outro lado, a lei 6032/74 , a que também se refere a recorrente, cuidava apenas do regimento decustas na justiça federal, destacando-se que a mesma foi revogada pela lei 9289/96 , razão pela qual rechaço a tese recursal no sentido de que oshonorários periciais devem ser limitados a três salários mínimos." (TRT 15ª R. - RO 02026-2000-043-15-00-7 - (12851/2005) - (Proc. Orig. 02026/2000)- 6ª T. - Rela Juíza Olga Aida Joaquim Gomieri - DOESP 01.04.2005)Diante do exposto e considerando a falta de posicionamento na jurisprudência e na doutrina acerca de qual data a serconsiderada para baixa na CTPS em caso de abandono de emprego, esclarecemos que a data será o último diatrabalhado, pois, para caracterizar o abandono de emprego, não há necessidade de aguardar 30 dias, se for constatadainequívoca a intenção do empregado de não mais voltar ao emprego.

( CLT , art. 13 , caput, art. 29 , § 2º, "c", e art. 482 , "i")

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12. Jurisprudência

12.1 Convocação por meio de edital

"Abandono de emprego. Publicação em jornal. A comunicação feita no jornal chamando o empregado ao trabalho, não tem qualquer valor, pois oempregado não tem obrigação de lê-lo, nem na maioria das vezes dinheiro para comprá-lo. O ideal é que a comunicação seja feita por meio de cartaregistrada ou até de notificação judicial. O fato de o empregado não atender a comunicação publicada na imprensa pelo empregador pedindo retornodo trabalhador ao serviço, sob pena da caracterização da justa causa, não revela o seu ânimo de abandonar o emprego. Deve o empregador mandaruma carta com aviso de recebimento, ou telegrama, convocando o obreiro para o retorno ao trabalho. Poderia também ser feita uma notificação judicialou extrajudicial." (Acórdão unânime da 3ª Turma do TRT da 2ª R - RO 17992200390202000 - Rel. Juiz Sergio Pinto Martins - DJ SP 21.10.2003, pág.183)

12.2 Formação do juízo - Limites da lide - Extrapolação - Impossibilidade

"Abandono de emprego - Justa causa - Defesa - Análise - Limites da lide - Exame jurídico - Extrapolação. O exame jurídico da questão que envolve odespedimento do obreiro tido pela empresa por justa causa, em face do abandono de emprego por ela invocado, não pode exceder a estaparticularidade, quando na formação do juízo que se empresta ao caso, para ver o mesmo despedimento, como se de insubordinação fosse, sob penade transgredir os limites da litiscontestatio." (Acórdão unânime da 2ª Turma do TRT da 3ª R - RO 11.883/1999 - Rel. Juíza Nanci de Melo e Silva - DJMG 09.02.2000, pág. 16)

12.3 Ônus da prova

"Justa causa - abandono de emprego - elementos tipificadores - prova - para alicerçar a justa causa, é necessária a prova, a cargo do empregador, daconcorrência dos dois elementos tipificadores do abandono de emprego: o objetivo, consubstanciado na ausência prolongada e injustificada do obreiro,e o subjetivo, que se revela pelo animus de não retornar ao serviço." (Acórdão unânime da 8ª Turma do TRT da 2ª R - mv - RO 02970226922 - Rel.Juíza Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva - DJ SP 02.06.1998, pág. 160)

12.4 Não-configuração - Hipóteses

"Folhas de ponto apócrifas e simples telegramas com determinação de comparecimento da empregada para 'tratar de assunto de seu interesse' nãosão documentos suficientes para comprovar o abandono de emprego e afastar o princípio da continuidade da relação empregatícia que milita em favorda obreira." (Acórdão unânime da 8ª Turma do TRT da 1ª R - RO 18.759/1996 - Rel. Juíza Eva Marta Cordeiro de Brit - DJ RJ II 02.08.1999, pág. 169)"Abandono de emprego. Não está caracterizado, se publicado anúncio antes de decorridos trinta dias após o último de trabalho do reclamante e nãooferecida, pelo empregador, nenhuma outra prova do animus de abandono." (Acórdão unânime da 6ª Turma do TRT da 1ª R - RO 8.398/96 - Rel. JuízaDóris Castro Neves - DJ RJ II 27.07.1998, pág. 183)

12.5 Inquérito judicial

"Prescrição. É aplicável a prescrição qüinqüenal no art. 7º, inciso XXIX, letra a, da Carta Magna de 1988, aos empregados de ente público, regidospela CLT. Abandono de emprego não configurado. Empregado estável. O afastamento de empregado estável, por dois anos, mesmo que consideradoirregular, só configura a falta grave de abandono de emprego se apurada através do competente inquérito judicial, autorizador da ruptura do contratode trabalho do estável." (Ac da 5ª T do TRT da 4ª R - mv - REO e RO 96.004183-4 - Rel. Juiz André Avelino Ribeiro Neto - j 17.07.97 - DJ RS 18.08.97,pp 46/7)

12.6 Ânimo de abandonar o emprego

"Abandono de emprego - Ausências em período inferior a 30 dias. Embora a jurisprudência tenha fixado um prazo de 30 dias como razoável paraconfigurar o abandono, nos termos do Enunciado nº 32 do C.TST, esta circunstância torna-se irrelevante se o 'animus' de deixar o emprego foimanifestamente evidenciado através da conduta da trabalhadora, que, logo após vencido o prazo da licença médica ou maternidade, ajuizou demandaperseguindo o pagamento de verbas rescisórias, inclusive aviso prévio indenizado." (Acórdão unânime da 4ª Turma do TRT da 2ª R - RO19999200290202006 - Rel. Juiz Paulo Augusto Câmara - j 03.012.02 - DO SP 13.12.2002, pág. 45)

NotaPor meio da Resolução TST nº 129, de 05.04.2005 (DJU de 20.04.2005), o Egrégio Pleno do Tribunal Superior doTrabalho (TST), resolveu, por unanimidade, alterar a denominação dos verbetes de sua jurisprudênciapredominante de "Enunciado" para "Súmula", bem como, converter em Súmulas da jurisprudência daquela Corte

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ou incorporá-las às existentes, conforme a hipótese, várias das Orientações Jurisprudenciais da Subseção I daSeção Especializada em Dissídios Individuais, resultando na edição, na alteração ou no cancelamento de algumasSúmulas, cujos textos encontram-se no Anexo à citada Resolução."Abandono de emprego. Caracterização do animus do empregado. O abandono de emprego não depende de 'prazo' para sua caracterização. Aexigência jurisprudencial de lapso de 30 dias de ausências do empregado para caracterização do seu animus abandonandi é meramente presuntiva. Éadmissível outro tipo de prova da intenção de não retornar ao emprego por parte do obreiro'. (Juiz André R. Pereira V. Damasceno). Abandono deemprego. Caracterização. 'O abandono de emprego só se caracteriza pela falta de pronunciamento do ausente: se se manifestar, expressamente, nãohá falar em abandono. Assim, se o empregado se comunica com a empresa, tornando clara sua intenção de voltar ao emprego, poderá resultarcaracterizada, eventualmente, outra justa causa: desídia, indisciplina ou mau procedimento. O abandono, porém, só se configura no silêncio doausente'. (Wagner D. Giglio)." (Acórdão da 1ª Turma do TRT da 10ª R - RO 1.645/2000 - Rel. Juiz Fernando Américo Veiga Damasceno - DJ 308.09.2000, pág. 07)

12.7 Afastamento decorrente de atestado de capacidade

"Justa causa. Atestado de capacidade. Perícia médica do INSS. Inexistência de justificativas para as faltas ao trabalho. Abono de empregoconfigurado. Atestado pelo INSS que o obreiro já detinha condições de retornar ao trabalho, cumpria apresentar-se ao empregador, ainda quepretendesse insurgir-se contra o laudo do serviço pericial da autarquia previdenciária; não tendo colacionado qualquer justificativa razoável para aausência, em período prolongado, nem sequer laudo médico diverso daquele, as faltas ensejam a qualificação do abandono de emprego, conformeEnunciado nº 32/TST, justificando a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 482, 'i', da CLT. Frentista. Cheque devolvido. OJ-251/TST-SDI-1.Verbete 02/TRT-10. Norma convencional. Observado o recebimento de cheques segundo as normas convencionais e regulamentares que regem amatéria na categoria dos frentistas, resulta ilícito o desconto efetivado. Honorários advocatícios. Na Justiça do Trabalho, ainda impera a tese quanto aserem devidos honorários advocatícios apenas no caso de assistência sindical - ressalvas de entendimento do relator. Por isso, o percentual máximo aser aplicado é o de 15% (quinze por cento), já que não se pode incidir a regra do art. 20, § 2º, do CPC, sob pena, inclusive, de desvirtuar a própria tesedo recurso que entende estar derrogada pelo Estatuto da Advocacia a norma especial que prevê honorários advocatícios em caso de assistênciasindical, majorando os limites possíveis, o que poderia ocasionar julgamento in pejus, considerada a complexidade das questões debatidas napresente causa. Conclusão: Recurso ordinário conhecido e parcialmente provido." (Acórdão unânime da 3ª Turma do TRT da 10ª R - RO 0432/2002 -Rel. Juiz Alexandre Nery de Oliveira - DJ 3 14.06.2002, pág. 19)

NotaPor meio da Resolução TST nº 129, de 05.04.2005 (DJU de 20.04.2005), o Egrégio Pleno do Tribunal Superior doTrabalho (TST), resolveu, por unanimidade, alterar a denominação dos verbetes de sua jurisprudênciapredominante de "Enunciado" para "Súmula", bem como, converter em Súmulas da jurisprudência daquela Corteou incorporá-las às existentes, conforme a hipótese, várias das Orientações Jurisprudenciais da Subseção I daSeção Especializada em Dissídios Individuais, resultando na edição, na alteração ou no cancelamento de algumasSúmulas, cujos textos encontram-se no Anexo à citada Resolução.

NOTIFICAÇÃO DE ABANDONO DE EMPREGO...............................................................................................................................

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COMUNICAÇÃO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (JUSTACAUSA)...............................................................................................................................

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TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - (Frente)...............................................................................................................................

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( CLT , arts. 146 , 147 , 467 , 474 , 482 , "i", art. 483 , "d" e "g" e § 3º, arts. 487, 491, 494, 818, 853, 854 e 855; Lei nº4.923/1965; Portaria MTE nº 235/2003; Constituição Federal/1988, art. 7º , XVII; Portaria MTPS nº 3.636/1969; PortariaMTE nº 302/2002; Súmula TST nº 32 , 62 e 73 e Circular CAIXA nº 413/2007 ).

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Notícias

Sefip: Divulgada a versão 8.1................................................................................................................................................

Publicado em 04/01/2006 às 11h37.

Por meio de Comunicado s/nº, publicado no DOU de 03.01.2006, a Caixa Econômica Federal (Caixa)divulga nova versão do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social(Sefip), denominada Sefip 8.1, que contempla as seguintes alterações:

- Regularização do "Lacre" apresentado no Protocolo de Arquivo Sefip;

- Alteração na composição do código de barras da GPS;

- Liberação do campo "Ausência de Fato Gerador" para a competência 13;

- Alteração no cabeçalho dos relatórios, passando a apresentar "Ministério da Previdência Social - MPS";

- A rotina de alteração cadastral passa a acatar o PIS do trabalhador, igual ao informado no cadastro;

- Regularização do campo matrícula no campo do relatório do trabalhador.

Essa versão é de uso obrigatório para recolhimento do FGTS e informações à Previdência Social a partir dodia 1º.02.2006.

Circular Caixa nº 372/2005 altera conteúdo

Publicado em 08/12/2005 às 11:06

Tendo em vista a publicação da Circular Caixa nº 372/2005, informamos que houve atualização no tópico esubtópico deste procedimento:

Tópico

9. Recolhimento do FGTS

Subtópico

3.2 Retorno ao serviço - Situações específicas # Conseqüências

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Legislação

Resolução TST nº 129Portaria MTPS nº 3.636/1969lei 10537/2002Lei Complementar nº 110/2001Decreto nº 2.430/1997Portaria MTE nº 235/2003Portaria MTE nº 302/2002Lei nº 4.090/1962Lei nº 4.749/1965Lei nº 4.923/1965Circular Caixa nº 413/2007Portaria MTE nº 60/1999lei 6032/74Lei nº 8.036/1990Lei nº 9.491/1997lei 9289/96Decreto nº 99.684/1990CLTConstituição Federal/1988

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Dúvidas Frequentes

Trab - Justa causa - Abandono Emprego

Como se caracteriza o abandono de emprego?

De acordo com o art. 482, "i", da CLT, constitui justa causa para a rescisão do contrato de trabalho por partedo empregador, o abandono de emprego.

A legislação não prevê qual o período de afastamento do serviço para que se caracterize o abandono deemprego, contudo a doutrina e a jurisprudência, por analogia ao art. 474 da CLT, estabelecem o período de30 dias de ausência injustificada do empregado para caracterizar a justa causa.

A Súmula TST nº 32 dispõe:

"Presume-se abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) diasapós a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer."

Para caracterizar o abandono de emprego o empregador deve notificar, por escrito, o empregado paracomparecer ao trabalho em determinado prazo e justificar as faltas, de modo que se o empregado nãoatender a esta notificação caracteriza o abandono de emprego sendo seu contrato de trabalho rescindidopor justa causa.

Essa notificação pode ser enviada pelo cartório, por carta com Aviso de Recebimento (AR) ou por telegramacom cópia. Ressaltamos que a jurisprudência predominante não aceita a publicação em jornal da referidanotificação.

Nesta hipótese de rescisão, o empregado terá direito a saldo de salário e férias vencidas acrescidas de 1/3constitucional, se houver. O FGTS do saldo de salário deverá ser depositado na conta vinculada doempregado.

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