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Iª Reunião de Jurados 2013 Realização: ABCCRMangalarga Conselho Deliberativo Técnico Colégio de Jurados

ABCCRM · Web viewTrazer uma maior uniformidade nos julgamentos, com eficiência e acurácia é meta prioritária do CDT. Assim, uma orientação por parte dos órgãos técnicos

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Iª Reunião de Jurados 2013

Realização: ABCCRMangalarga Conselho Deliberativo Técnico Colégio de Jurados

Local: Sede da ABCCRMangalarga – São Paulo / SP

Data: 15 de março de 2013

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Orientações do Conselho Deliberativo Técnico e do Colégio de Jurados ao Quadro de Jurados da Raça Mangalarga

O Conselho Deliberativo Técnico (CDT), em reunião realizada no dia 07/02/2013, deliberou sobre os quesitos técnicos aplicados na execução dos trabalhos de julgamento em exposições. Em conformidade com a alínea “f” do artigo 34 do estatuto social, que prevê ao CDT atuar, como órgão de deliberação e orientação, sobre todos os assuntos de natureza técnica e estabelecer diretrizes visando ao desenvolvimento e melhoria da raça, vem por meio desta trazer as devidas orientações ao quadro de jurados da raça Mangalarga, visando trazer maiores subsídios técnicos, sanar dúvidas e, sobretudo, trazer um maior respaldo aos membros do quadro na execução de suas atividades de jurados. Trazer uma maior uniformidade nos julgamentos, com eficiência e acurácia é meta prioritária do CDT. Assim, uma orientação por parte dos órgãos técnicos da ABCCRM quanto às ponderações (dentro de cada uma das fases do julgamento) e o estabelecimento de um consenso destas ponderações são fundamentais para que possamos atingir a finalidade almejada. Relembramos aqui, que os julgamentos em exposições são COMPARATIVOS e, assim, a eficiência e acurácia dos mesmos dependem, essencialmente, da correta ordenação dos animais em cada uma das fases. Em zootecnia, julgamento é o exame do exterior dos animais, que permite a AVALIAÇÃO dos mesmos, através da apreciação técnica de suas características dinâmicas e morfológicas, servindo-se de princípios fundamentais de anatomia, fisiologia, mecânica e patologia. Conhecimentos em genética de populações e métodos de melhoramento animal também são imprescindíveis àqueles que atuam como jurados. Por principio, o julgamento é um instrumento de orientação técnica aos criadores, visando trazer subsídios à seleção e melhoramento da raça. Em exposições, realizamos o julgamento comparativo, ou seja, os animais são comparados entre si (dentro de suas respectivas categorias) e estabelece-se uma ordem entre os mesmos, tendo por referência o PADRÃO RACIAL estabelecido para a nossa raça. Desta forma, o animal 1º colocado deve ser aquele que, nos diversos itens analisados, mais se aproxime do padrão racial estabelecido, o 2º o que lhe é imediatamente inferior e assim por diante, até o último colocado. Do balanceamento dos vários itens, chega-se aos melhores animais, que são, em última análise, aqueles que mais se aproximam do já citado PADRÃO RACIAL.

Orientações do CDT ao Quadro de Jurados

I- Do Padrão Racial:

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Estabelecido já a alguns anos, o Padrão Racial para a Raça Mangalarga descreve, com detalhes, as características que são admitidas à nossa raça, estaticamente e dinamicamente. Cabe ressaltar aqui, que este padrão não é optativo, ou seja, o mesmo não pode ser contrariado ou ignorado por qualquer jurado, ao realizar trabalhos de julgamento ou mesmo de inspeção zootécnica para fins de registro. Desta forma, o jurado ou comissão de jurados, tem, como primeira obrigação, o conhecimento e a aplicação prática do padrão racial, independentemente de suas convicções pessoais.

II- Do regulamento de exposições.

Dentre os vários aspectos abordados pelo regulamento de exposições, encontra-se a sistemática de julgamento, que pode ser entendida como uma série de metodologias e procedimentos, que visam, entre outras coisas, propiciar as melhores condições para que os trabalhos técnicos sejam realizados de forma eficiente, clara e objetiva, assim como evitar que possíveis erros técnicos sejam cometidos. De maneira análoga ao item III, o regulamento não pode ser contrariado ou ignorado por aqueles que realizam os trabalhos de julgamento, independentemente de suas convicções pessoais.

III- Dos aspectos zootécnicos:

O CDT enfatiza que os resultados devem exprimir o VALOR ZOOTÉCNICO dos animais apreciados, constituindo-se em base de orientação de seleção e melhoramento. O CDT concluiu que é preocupante, no momento, a alta incidência de animais com problemas na linha dorso-lombar e na também alta incidência de problemas nos membros, em especial nos aprumos. Recomendamos, então, um maior cuidado no exames dos itens mencionados e sua devida penalização. Como diz nosso regulamento de exposições, os Jurados deverão penalizar com maior rigor, inclusive pulando prêmios, os animais que apresentarem os seguintes defeitos:

1 – Transcurvo;2 – Selado;3 – Encastelado;4 - Pernas em X;5 - Pernas retas;6 – Emboletados;7 - Pescoço invertido.

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Os membros do CDT também observaram, em algumas ocasiões, que podem ter ocorrido penalizações indevidas a animais pelo seu porte ou altura. Lembramos que nosso padrão racial estabelece altura mínima e não altura máxima para os exemplares da raça e que somente a altura não define se um determinado animal é mediolíneo, longilíneo ou brevilíneo, pois estes conceitos são relacionados às proporções e não a altura. É natural que procuremos evitar exageros, mas o CDT considera que estes são casos raros e que não devemos penalizar animais simplesmente pelo seu porte ou altura.

Com relação aos andamentos, lembramos que o nosso padrão racial estabelece:

Constitui-se numa preocupação do CDT a premiação de animais excessivamente marchados. Como estabelece o padrão racial, a marcha trotada é o andamento característico da raça e animais com marcha diagonal, que mais se aproximam da marcha batida, somente são admitidos em caráter excepcional e assim, devem ser penalizados nos julgamentos.

Lembramos, ainda, que, como estabelece nosso regulamento, TODOS os itens referentes ao andamento devem ser observados e devidamente balanceados no julgamento, a saber:

1. Amplitude de passadas e Progressão;2. Sincronização;3. Cobertura de rastro;4. Ausência de movimentos parasitas; 5. Elegância;6. Regularidade / Resistência;7. Índole / Temperamento;8. Disposição de andar;9. Facilidade de condução;10.Comodidade.

Igualmente importante, é a penalização de artifícios na apresentação dos animais montados, dos quais destacamos:

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1. Animais excessivamente achinelados nos anteriores. O CDT considera que tal prática prejudica, e muito, a integridade dos membros, além de artificializar o andamento;

2. Animais muito pressionados na avaliação do andamento. A marcha trotada deve ser um atributo NATURAL do Mangalarga;

3. Velocidade excessiva na apresentação dos animais durante a prova de andamento, artifício normalmente utilizado na tentativa de diminuir o tempo de suspensão. Os jurados devem sempre orientar para que os animais sejam apresentados na sua “toada” natural, penalizando os que insistirem em velocidade excessiva.

IV- Defeitos desclassificantes:

O atual regulamento do SRG traz os defeitos que são considerados desclassificantes, que transcrevemos abaixo. Entretanto, o CDT orienta a atenção especial ao temperamento, sendo que animais que evidenciem mau temperamento devem ser desclassificados, assim como aqueles que não permitam a avaliação por parte dos jurados.

Defeitos desclassificantes:

Consideramos que nosso quadro técnico tem bom nível e que os resultados divergentes que temos observado nos últimos anos devem-se muito mais à carência de orientação do que a qualquer outro fator. Esperamos, com estas orientações, estar contribuindo para trazer melhorias na atuação dos jurados e o engrandecimento da raça Mangalarga.

Atenciosamente,

Conselho Deliberativo TécnicoColégio de Jurado

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Bibliografia: