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2015/2016 Sara Mora Moraes Pessoa Begonha Abdómen Agudo Estratégias de Diagnóstico março, 2016

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2015/2016

Sara Mora Moraes Pessoa Begonha

Abdómen Agudo – Estratégias de

Diagnóstico

março, 2016

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Mestrado Integrado em Medicina

Área: Cirurgia Geral

Tipologia: Monografia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Doutor Silvestre Porfírio Ramos Carneiro

E sob a Coorientação de:

Dr. José Manuel Lopes Teixeira Amarante

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Revista Portuguesa de Cirurgia

Sara Mora Moraes Pessoa Begonha

Abdomén Agudo – Estratégias de

Diagnóstico

março, 2016

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Aos meus pais,

irmão e

avós.

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Índice

Lista de Abreviaturas ....................................................................................... 1

Resumo ............................................................................................................. 2

Abstract ............................................................................................................. 4

Introdução ......................................................................................................... 6

Material e Métodos ........................................................................................... 8

Resultados e Discussão .................................................................................. 9

Conclusão ....................................................................................................... 24

Bibliografia ...................................................................................................... 26

Agradecimentos ............................................................................................. 29

Anexos ............................................................................................................ 30

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Abdómen Agudo – Estratégias de Diagnóstico

Acute abdomen - Diagnostic Strategies

Sara Mora Moraes Pessoa Begonha(1)

Silvestre Porfírio Ramos Carneiro(2)

(1)Estudante do 6ºano de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de

Medicina da Universidade do Porto

(2) Professor Associado Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade

do Porto, Chefe de Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar de

S. João, Porto

Conceção e desenho do trabalho, elaboração do manuscrito e pesquisas

bibliográficas (1)

Revisão científica e supervisão do trabalho. (2)

Contacto: Sara Mora Moraes Pessoa Begonha

Rua do Passeio Alegre 918, 5ºesq., 4150-574

Porto, Portugal

, [email protected]

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Lista de Abreviaturas

AA- Abdómen agudo

DAANE- Dor abdominal aguda não específica

RA- Radiografia abdominal

RM- Ressonância magnética

TC- Tomografia computorizada

TCBD- Tomografia computorizada de baixa dosagem

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Resumo

Introdução: A dor abdominal aguda é um problema comum no Serviço de

Urgência, sendo o seu diagnóstico um desafio para os médicos. Nos últimos

anos temos assistido a um aumento no recurso a métodos de imagem como a

radiografia abdominal, ecografia e tomografia computadorizada, para a ajuda

ao diagnóstico desta situação.

O objetivo deste trabalho de revisão é analisar e comparar a precisão,

vantagens e desvantagens dos diferentes métodos/estratégias diagnósticas

utilizadas na dor abdominal aguda, dando relevância à radiografia abdominal,

ecografia e tomografia computorizada.

Métodos: Pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed e revisão crítica de

artigos completos, assim como livros com substancial pertinência.

Resultados: A decisão clínica com base na anamnese, exame físico e exames

laboratoriais pode ser pouco precisa, mas não deixa de ser um ponto

fundamental na chave do diagnóstico do abdómen agudo. A radiografia

abdominal, embora seja barata, disponível e emita menos radiação ionizante

que a tomografia computorizada, mostrou ser pouco sensível ou específica. Há

estudos que sugerem que em geral, primeiramente deveríamos utilizar a

ecografia e caso esta fosse negativa recorreríamos à tomografia

computadorizada. Por outro lado, alguns autores defendem que a tomografia

computorizada frequentemente altera o diagnóstico clínico inicial, evitando a

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realização de exames ulteriores, estando assim indicada na dor abdominal em

todos os quadrantes abdominais, à exceção do quadrante superior direito, onde

a ecografia toma lugar preponderante.

Conclusões: Atualmente não existe consenso relativamente à escolha da

melhor estratégia diagnóstica no caso do abdómen agudo. No entanto, aceita-

se que a clínica constituí a base mais importante. Ainda assim é

frequentemente necessário recorrer a métodos complementares de

diagnóstico, como os métodos de imagem. As guidelines disponíveis acerca da

escolha dos mesmos têm por base a localização da dor abdominal aguda.

Aparentemente isso não é suficiente para cobrir o largo espectro de

apresentação da dor. Na prática corrente podemos concluir que geralmente

não há lugar para a realização da radiografia abdominal de rotina nestes

doentes, sendo que a estratégia diagnóstica mais eficaz passa pela realização

de uma TC condicionada por uma ecografia inicial não esclarecedora.

Palavras-chave: Dor abdominal, abdómen agudo, diagnóstico.

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Abstract

Acute abdominal pain is a common presentation in the emergency room. It is a

diagnostic a challenge to the physician. In recent years we have witnessed an

increase in the use of imaging techniques such as abdominal radiography,

ultrasound, and computed tomography (CT) as aids to the diagnosis of acute

abdominal pain.

The main purpose of this review is to analyze and compare the accuracy,

advantages and disadvantages of the different methods/ diagnostic strategies

used in acute abdominal pain diagnosis, with particular focus on abdominal

radiography, ultrasound, and computed tomography.

Methods: Literature research in PubMed database and critical review of

complete articles, as well as books with substantial relevance for this condition.

Results: Clinical decision based on anamnesis, physical examination and

laboratory tests can be inaccurate, but still is the key to the diagnosis of acute

abdomen. Abdominal radiography is cheap, readily available and emits less

ionizing radiation than computed tomography, but it is less sensitive or specific.

There are studies suggesting that we should use ultrasound first and if it is

negative, then we should use computed tomography. On the other hand, some

authors argue that computed tomography often changes the initial clinical

diagnosis, avoiding the need for further examinations, thus being indicated in

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diffuse abdominal pain, as well as pain in all abdominal quadrants except the

right upper quadrant, where the ultrasound can be equally effective.

Conclusions: Presently there is no consensus on the choice of the best

diagnostic strategy to be used in acute abdominal pain. Meanwhile, it is widely

accepted that anamnesis and clinical findings constitute the most important

diagnostic basis. Yet it is often necessary to resort to complementary diagnostic

methods such as imaging methods. The available guidelines suggest that the

best selection can be based on the location of the abdominal pain. However this

is not enough to fully cover the large spectrum of pain presentation. In current

practice there is no place to perform routine abdominal radiography and the

most effective diagnosis strategy involves performing a computed tomography

conditioned by a primarily negative ultrasound study.

.

Key words: Abdominal pain, acute abdomen, diagnosis

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Introdução

O doente com abdómen agudo é definido como um doente que se

apresenta com uma dor abdominal de etiologia não definida, com menos de

uma semana de duração [1]. Para Fernando José de Oliveira, as lesões intra-

abdominais que se traduzem por uma sintomatologia abdominal aguda e que

geralmente requerem uma intervenção cirúrgica urgente, constituem a base da

situação clínica que se designa por ventre agudo [2].

A dor abdominal aguda, afeta todas as pessoas pelo menos uma vez na

vida, independentemente da sua idade, género e estado social [3]. É

responsável por 5-10% das visitas ao serviço de urgência [4] e devido à sua

grande variedade de apresentação e amplo espectro de doenças associadas,

dificulta muitas vezes, a identificação de uma etiologia [5], o que pode constituir

um enigma para os clínicos [6]. Podemos deparar-nos com situações de dor

abdominal muito díspares, com extremos em que o doente corre perigo de

vida, [3] ou, na maior parte das vezes, simplesmente apresenta uma dor

abdominal não específica [7].

As causas da dor abdominal aguda podem agrupar-se conceptualmente

em “urgentes” ou “não urgentes”. As causas urgentes mais comuns são:

apendicite, diverticulite aguda, colecistite aguda ou oclusão intestinal. Por outro

lado, as causas não urgentes mais comuns são dor abdominal aguda não

específica (DAANE) e doenças gastrointestinais [8].

Na maioria dos casos a dor abdominal aguda é de causa inofensiva [9].

Aproximadamente 80% dos doentes que recebem alta com o diagnóstico de

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dor abdominal não específica têm um curso de doença benigno com bom

prognóstico [10]. Por outro lado, cerca de 10% dos doentes com dor abdominal

aguda correm risco de vida ou requerem uma intervenção cirúrgica [9].

Comparativamente aos doentes mais jovens, os idosos com dor

abdominal têm uma mortalidade seis a oito vezes maior [10].

Cope afirma que o diagnóstico seria muito mais fácil se dor e

sensibilidade fossem sempre sentidas sobre o local da doença, mas tal não é o

caso [11].

Por estas razões, em muitos casos é difícil estabelecer um diagnóstico

definitivo apenas com base na história clínica e nos exames laboratoriais.

Assim, os métodos de imagem adquirem cada vez mais um papel importante

no diagnóstico precoce [12].

Destes métodos, a ecografia e a TC encontram-se entre os exames mais

usados [4] e nos últimos anos, temos assistido a uma transição do diagnóstico

baseado sobretudo na observação clínica ativa, para uma utilização precoce da

TC [13].

Systermans e Devitt questionam se não teremos chegado a um ponto em

que TC estará a diminuir as nossas capacidades como médicos, ou se a

geração atual de médicos que avalia doentes com dor abdominal aguda descrê

de tal modo na sua perícia clínica que substitui o tradicional exame físico pelos

modernos métodos de imagem [13].

Esta revisão bibliográfica tem como objetivo abordar as diferentes

estratégias de diagnóstico de abdómen agudo, assim como avaliar o valor dos

métodos complementares de imagem utilizados.

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Material e Métodos

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed. As

palavras-chave usadas foram os termos MeSH: “[Abdomen Acute/diagnosis]

AND [Abdomen Acute/radiography,] AND [Abdomen Acute/ultasonography]

AND [Abdomen Acute/computed tomography]”.

Limitou-se a procura a artigos publicados desde o início de 1998 até fim

de 2015, com idioma em português e inglês.

Após a realização da pesquisa, procedeu-se à exclusão dos artigos a

partir da leitura do resumo ou após a leitura integral do artigo.

Foram ainda adicionados artigos considerados relevantes para o tema, a

partir das referências bibliográficas da literatura selecionada, assim como

alguns artigos anteriores a 1998. Recorreu-se também a livros com substancial

pertinência para o tema.

Esta revisão contempla 51 artigos, de entre os quais duas meta-análises

e duas revisões sistemáticas, compreendendo dados de um total de 9000

doentes estudados.

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Resultados e Discussão

A clínica e o seu valor diagnóstico

1. A história clínica

Toda a sintomatologia abdominal aguda, desde a mais fruste à mais

aparatosa, impõe um estudo minucioso do doente com a finalidade de

estabelecer o diagnóstico etiológico da situação, fazer o balanço do estado

geral do doente e adotar a atitude terapêutica correta em função de cada caso

individual [2].

Segundo Dombal, a entrevista é vital, mas é absolutamente um “campo

minado” [1]. Uma das principais razões pela qual os jovens médicos não

atingem a eficácia diagnóstica dos seus colegas mais velhos, passa por não

entrevistarem corretamente os doentes, pois não fazem as perguntas mais

adequadas e interpretam incorretamente as respostas [1].

Não existe nada que substitua a capacidade do médico entrevistar e

encontrar os sinais físicos associados no doente [14].

Uma anamnese cuidada, com uma história da dor assim como as suas

características, frequentemente revelam o diagnóstico [15]. Para Browse, as

duas particularidades mais significativas da dor são o seu local, e a sua

natureza [15].

Inicialmente, o diagnóstico diferencial, pode ser determinado por uma

demarcação da localização, irradiação e progressão da dor do doente [9].

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Hoje em dia, alguns sintomas que antigamente eram considerados úteis

no diagnóstico da dor abdominal aguda, mostraram ter um valor preditivo baixo,

como é o caso da anorexia nos doentes com apendicite [9].

Oliveira, acrescenta que a localização inicial da dor pode ter algum valor

para a orientação do diagnóstico, embora frequentemente apresente um

caráter difuso a todo o abdómen, perdendo então essa característica

localizadora [2].

Depois de avaliada a dor, deve inquirir-se o doente acerca da ausência ou

presença de outros sintomas, assim como questionar acerca da sua história

médica pregressa, uma vez que estes elementos permitem que o médico

diagnostique com mais exatidão [1].

2. Exame Físico

Como referido anteriormente, a entrevista clinica é um ponto-chave

fundamental no diagnóstico do abdómen agudo.

Para além da história, o exame físico e outros meios complementares de

diagnóstico são frequentemente incluídos na avaliação do doente com dor

abdominal, quando este se encontra no Serviço de Urgência [16].

A imobilização do doente na cama, a defesa ou a contratura da parede

abdominal e o silêncio abdominal, constituem uma tríade clássica do abdómen

agudo [2]. No entanto, hoje em dia a dor abdominal aguda mesmo que

acompanhada de contratura não obriga necessariamente a uma cirurgia, ao

passo que outros doentes, mesmo sem contratura abdominal necessitam ser

operados [17].

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O exame do abdómen constitui um tempo fundamental da observação de

um doente com suspeita de ventre agudo, compreendendo os quatro tempos

clássicos: inspeção, auscultação, palpação e percussão [2].

A maioria dos diagnósticos, são muitas vezes evidentes e altamente

prováveis, tendo por base, uma história clinica e exame físico detalhados [14].

A aparência geral do doente e os seus sinais vitais podem ajudar a

diminuir o número de diagnósticos diferenciais [9].

Por outro lado, Gans et al considera que a precisão diagnóstica de uma

avaliação clínica com base na história e exame físico, é insuficiente para

identificar corretamente o diagnóstico. Segundo estes autores, apenas em 43-

59% dos doentes com dor abdominal, o diagnóstico pode ser estabelecido com

base na história e exame físico [8].

Tal como Gans et al, Breum et al, concluí que as decisões clínicas em

pacientes com suspeita de oclusão intestinal não devem ser tomadas com base

na auscultação abdominal, dada a sua baixa sensibilidade [18]. Contudo, o

valor diagnóstico da auscultação aumenta com a adição de outros dados da

história assim como outras manifestações clinicas e por essa razão deve

continuar a ser realizada nos doentes com dor abdominal aguda, mostrando-se

relevante como parte integral do exame físico [19].

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Exames complementares de diagnóstico

Para Laméris et al, as decisões tomadas em relação ao doente que

tenham por base apenas uma avaliação clínica e laboratorial, podem resultar

no atraso do tratamento de condições urgentes, ou por outro lado em

intervenções desnecessárias [4].

A precisão da avaliação clinica é variável (47-76%) e depende da

experiência clínica e também da disponibilidade dos dados laboratoriais [20,

21]. Mas hoje em dia, um grande número de métodos de imagem pode também

ajudar nas decisões clínicas [4].

Refira-se no entanto que, mesmo com recurso a testes laboratoriais e

métodos de imagem, o diagnóstico da dor abdominal aguda permanece

ambíguo em mais de 40% dos casos [16].

O recurso à radiografia simples, ecografia e à tomografia computorizada

aumentou ao longo dos anos. Há algumas décadas, quando as técnicas de

imagem não estavam amplamente disponíveis, os doentes eram submetidos a

uma laparoscopia ou laparotomia diagnóstica, apesar de em muitos casos ser

mais benéfico um tratamento conservador do que uma abordagem cirúrgica

[22].

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Radiografia simples no abdómen agudo

A radiografia simples do abdómen é um exame frequentemente

requisitado no serviço de urgência, [23] continuando a ser amplamente

utilizado como método de escolha inicial na avaliação do doente com dor

abdominal aguda [24].

No entanto, é aceite que a radiografia abdominal tem sérias limitações, e

não contribuí suficientemente para o tratamento de emergências não

traumáticas [25].

Num estudo recente acerca da precisão diagnostica da RA no abdómen

agudo, a sensibilidade e especificidade foi estimada em 30% e 88%

respetivamente, comparativamente à sensibilidade da TC que ronda os 96%

[26].

O estudo feito por Randen et al, concluiu que nos 1021 doentes

estudados após a realização da RA, os médicos alteraram o seu diagnóstico

inicial que tinha por base a história, exame físico e testes laboratoriais apenas

em 117 doentes. Para além disso, o diagnóstico final (após realização da

ecografia e TC) correspondeu em 49% dos doentes ao diagnóstico inicialmente

estabelecido. Após realização da RA esta percentagem mudou apenas para

50% mostrando assim o escasso valor que a RA acrescenta ao diagnóstico

[27].

Outro estudo realizado por Kellow et al acerca do papel da RA na

avaliação de doentes não traumáticos no serviço de urgência, revelou que em

42% dos casos com RA considerada normal, os médicos optaram por requisitar

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14

outro método de imagem, o que sugere que muitos deles não estão

convencidos de que o resultado normal de uma RA indique ausência de

patologia. Nestes doentes, quando foi solicitado um estudo de imagem

complementar, em 72% dos casos revelaram-se anomalias não detetadas pela

RA [25].

Uma RA normal não exclui de facto presença de patologia significativa e

um grande número de doentes posteriormente é submetido a outros métodos

de imagem para encontrar um diagnóstico definitivo. Para além disso há uma

alta proporção de RA que são pedidas inapropriadamente [24].

Flat e Rowley sugeriram que a sensibilidade da RA se aproxima de 100% em

duas situações clínicas: ar livre intraperitoneal e oclusão intestinal [28]. Ainda

assim, a TC provou ser o método de imagem mais preciso na avaliação de

ambas as situações, reforçando o escasso valor da RA mesmo nos casos em

que esta apresenta alta sensibilidade [29].

Mesmo com as vantagens provadas da TC, muitos médicos continuam a

preferir a radiografia abdominal na abordagem inicial, dada a sua simplicidade,

baixo custo, grande disponibilidade e menor radiação que a CT [30].

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Tomografia computorizada no abdómen agudo

A tomografia computorizada tornou-se o mais importante e eficaz método de

diagnóstico no serviço de urgência em situações traumáticas e não traumáticas

[31]. Tem sido classificada por alguns, como o “exame físico do séc. XXI” [32].

O papel da TC no diagnóstico e abordagem da dor abdominal aguda está

bem estabelecido, mas numa minoria de casos o seu uso é limitado por certos

fatores [6].

Em alguns países, como os EUA, a realização de uma TC inicial é um

processo comum na triagem dos doentes com dor abdominal. Ao contrário, em

países como o Reino Unido, a triagem de doentes é baseada em achados

clínicos, complementados com uma RA e a TC apenas é realizada quando há

indicações clínicas específicas [33].

O American College of Radiology, sugere que em doentes com dor

abdominal aguda no quadrante superior direito, o método de imagem utilizado

deve ser a ecografia [34] e nos restantes quadrantes e na dor abdominal difusa

devemos utilizar a TC [35, 36].

Um estudo prévio sobre estratégias diagnósticas em pacientes com dor

abdominal aguda, concluiu que o método de escolha inicial seria a ecografia e

caso esta fosse negativa ou inconclusiva, recorrer-se-ia então à TC [4].

Todavia, Randen et al afirma que a ecografia apenas pode ser uma

alternativa à TC nos casos em que a precisão diagnóstica é comparável.

Segundo o seu estudo, esse é o caso da colecistite aguda e oclusão intestinal.

A sensibilidade da TC mostrou-se no entanto superior à da ecografia na

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16

deteção de apendicite e colecistite em doentes não selecionados que

recorreram ao serviço de urgência [37].

A precisão da TC é de grande importância, uma vez que o uso da

laparoscopia em contexto de urgência é uma tendência crescente e a decisão

de um procedimento cirúrgico, aberto ou laparoscópico, está dependente do

diagnóstico pré-operatório [38].

Comparativamente à RA, a maior desvantagem da TC é o aumento da

radiação ionizante utilizada e o risco aumentado de cancro a que o doente é

exposto [39]. Posto isto, a TC de baixa dosagem [40] e outros métodos de

imagem como a ecografia e RM têm sido propostos como estratégias

diagnosticas alternativas [41], especialmente em crianças e mulheres em idade

fértil [42].

Numa investigação acerca da TC de baixa dose e RA simples, usadas na

investigação do abdómen agudo, Nguyen et al, concluíram que a TC de baixa

dose mostrou ter um maior rendimento diagnóstico assim como reduziu

significativamente o número de exames subsequentes durante a admissão de

um doente, comparativamente à RA [40]. Para além disso, Alshamari et al,

concluíram que a TC de baixa dose ajuda a delinear decisões e estratégias de

tratamento e se possível deve substituir a RA neste tipo de situações [5].

A radiação emitida pela TC de baixa dose é 3 a 5 vezes menor que

radiação emitida pela TC convencional, [40] não comprometendo no entanto a

qualidade final da imagem [43].

Numa meta-análise recente acerca do impacto da TC abdominal no

outcome dos doentes com suspeita de apendicite, concluiu-se que o uso da TC

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está associado a uma redução de apendicectomias brancas, sem aumentar a

morbilidade. Tendo em conta estes resultados, a realização da TC por rotina

pode ser justificada em todos os doentes que se apresentem com dor

abdominal aguda e suspeita de apendicite, considerando no entanto o risco da

radiação emitida [42].

Systermans and Devitt, realizaram um estudo em que concluíram que em

56% das TC realizadas o diagnóstico final era diferente do diagnóstico clínico

inicial, o que reflete uma precisão diagnóstica pré-TC extremamente

preocupante [13].

A TC tem uma maior precisão do que a ecografia, assim como revela

maior capacidade de deteção de outras patologias, especialmente no que se

refere a patologia retroperitoneal, óssea, intestinal e deteção de gás livre [38].

Stroberg et al afirmaram que a o uso precoce da TC em doentes com dor

abdominal aguda pode representar uma vantagem na deteção de emergências

vasculares, como foi demostrado no seu estudo [44].

Tornou-se também uma alternativa à urografia intravenosa na avaliação

de cólica renal, cálculos e deteção de sinais de obstrução uretral, [45] assim

como substituiu a medicina nuclear para a avaliação de êmbolos pulmonares

[31]. Em situações de dor abdominal severa não específica, a precisão da TC é

significativamente menor, embora a especificidade continue elevada (91-100%)

[38].

Um estudo realizado por McCall et al, demonstrou que a TC pré-

operatória proporcionou um diagnóstico correto em 82% dos casos, confirmado

peri-operatoriamente [38].

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18

Na década passada um grande número de estudos investigou o uso da

TC como substituto da RA, tendo demonstrado resultados promissores com

redução das admissões hospitalares [43], custo efetividade [43] e mortalidade

[20].

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19

Ecografia no abdómen agudo

A ecografia abdominal é frequentemente utilizada no contexto da dor

abdominal aguda. É um método não invasivo, rápido, geralmente disponível e

relativamente barato. Através deste exame podemos visualizar a maioria dos

órgãos intra-abdominais e acrescentar ainda informação à radiografia

abdominal, assim como sugerir diagnósticos diferenciais [46].

Dhillon et al, concluíram que a ecografia tem um impacto diagnóstico

considerável, uma vez que 43% dos diagnósticos pré-ecografia foram

modificados depois da sua realização. Para além do diagnóstico, a ecografia

tem também influência no tratamento, uma vez que após a sua realização, o

plano inicial de tratamento dos doentes mudou em 25% dos casos [46].

A maior desvantagem da ecografia resulta no facto de ser dependente de

quem a realiza. A sua precisão pode estar sobrestimada uma vez que

usualmente é realizada por radiologistas experientes, embora esta possa ter

menor precisão quando usada em doentes obesos e mulheres em idade fértil

[37].

Laméris et al, no seu estudo tentou identificar uma estratégia diagnóstica

para a identificação de situações urgentes em doentes com dor abdominal,

chegando à conclusão que embora a TC seja mais sensível para detetar estas

situações, o recurso primário à ecografia e posteriormente à TC, naqueles cuja

ecografia seja inconclusiva ou negativa, resulta numa melhor sensibilidade e

menor exposição à radiação [4].

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20

A ecografia mostrou ser superior à TC no diagnóstico de cálculos biliares

[44].

Ressonância magnética e abdómen agudo

O recurso à ressonância magnética é atualmente limitado devido aos seus

elevados custos, bem como à sua execução demorada embora a sua precisão

e especificidade sejam iguais à da TC e da ecografia. É utilizada principalmente

com crianças e mulheres grávidas, uma vez que não utiliza radiação ionizante.

(No entanto, a ecografia continua a ser o método preferencial de imagem na

abordagem inicial destes doentes [47]). Por outro lado, a TC é o exame de

eleição em situações life-threatening e lesões traumáticas que necessitam um

diagnóstico rápido [48].

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21

O exemplo do Score de Alvarado em contraste com a Imagiologia

Como referido anteriormente, tanto a ecografia como a TC são métodos

com elevada precisão diagnóstica no quadro de abdómen agudo, porém não

significa que na ausência dos mesmos o diagnóstico correto não possa

também ser estabelecido com precisão.

O Score de Alvarado para diagnóstico da apendicite aguda é um exemplo

de um sistema de pontuação destinado a ajudar no diagnóstico sem recurso à

imagiologia [49].

Em 1986, Alvarado construiu um sistema com 10 pontos, [50] que tem por

base a história clínica, dados do exame físico e laboratoriais [49] e permite a

estratificação dos doentes com suspeita clínica de apendicite aguda [50]. No

entanto, em determinados grupos de doentes, a validade deste sistema não é

clara. Alguns estudos afirmam que a precisão do Score de Alvarado é

influenciada pelo género e pela idade [50].

Uma meta-análise levada a cabo por Ohle et al concluiu que os pacientes

com uma pontuação abaixo de 5 podem ter alta, podendo necessitar de uma

avaliação posterior no caso de alteração dos sintomas ou se o doente piorar.

Esta pontuação serve então como uma regra de exclusão para a apendicite.

Por outro lado, uma pontuação de 7 não é suficiente para a realização imediata

da cirurgia. Por outras palavras, o Score de Alvarado não pode ser usado como

uma regra de decisão absoluta em relação à cirurgia [50].

A utilização do Sistema de Alvarado é vantajosa no sentido em que a

realização de exames de imagem fica reservada para aqueles doentes com

Page 29: Abdómen Agudo Estratégias de Diagnóstico · PDF fileAbdomén Agudo – Estratégias de Diagnóstico ... Abdómen Agudo – Estratégias de Diagnóstico Acute abdomen ... o diagnóstico

22

pontuação elevada [50]. Por exemplo, Stephens PL e Mazzucco JJ consideram

que a ecografia é desnecessária quando o grau de suspeita clínica é alto [51].

Em países menos desenvolvidos e com escassos recursos, a

implementação do Sistema de Alvarado poderá ser benéfica como ferramenta

de triagem dos doentes com sintomas de apendicite, valorizando a clínica e

podendo em alguns casos dispensar a imagiologia [50].

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23

Fluxograma- Estratégia Diagnóstica Imagiológica no Abdómen Agudo1

1 Autoria de Sara Begonha

* Grávidas ou Crianças: Ressonância magnética **UCI: Unidade Cuidados Intensivos *** OBS: observação

Doente com dor

abdominal aguda no

Serviço Urgência

Não-Urgente

TC Ecografia

Negativa/

inconclusiva

Negativa/ inconclusiva

Sala de Emergência, UCI** ou sala

de OBS***

Considerar Laparotomia/

Laparoscopia exploradora

Reavaliação da situação

clínica

TC*

Diagnóstica

Tratamento

Diagnóstico

Doente em choque ou

pré-choque Doente estável

Sinais vitais-Triagem

Perigo de Vida

Anamnese, exame físico e exames analíticos

Diagnóstico diferencial

Di

Urgente

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24

Conclusão

O primeiro passo na estratégia diagnóstica de um quadro de abdómen

agudo consiste ainda numa boa avaliação clínica, onde um diagnóstico

preliminar pode ser estabelecido com base na anamnese e exame físico. Após

esta avaliação, de forma a aumentar a certeza diagnóstica, o médico pode

recorrer às diversas modalidades de imagem [8].

Embora a radiografia abdominal continue a ser utilizada em grande escala

como investigação inicial nestes doentes, verificamos que um resultado normal

não excluiu a presença de patologia, acabando na prática o médico por solicitar

outros métodos de imagem para um diagnóstico definitivo [24].

Os métodos como a TCBD, que utilizam uma radiação muito mais baixa

que a TC convencional e similares à da RA, mas que são dotados de maior

precisão [5], fazem com que geralmente se possa prescindir da realização da

radiografia na abordagem da dor abdominal aguda face ao escasso valor que

esta acrescenta [8].

O aumento da sensibilidade na deteção de quadros abdominais urgentes

é clinicamente importante, constituindo uma prioridade atual. A estratégia

diagnóstica que mostrou uma maior sensibilidade foi a realização de ecografia

em todos os doentes, realizando-se a TC apenas naqueles cuja ecografia fosse

negativa ou inconclusiva. Desta forma, apenas 50% dos doentes precisariam

de realizar TC, diminuindo-se assim a exposição desnecessária à radiação

ionizante [4].

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25

O abdómen agudo constitui uma das causas mais frequentes de recurso

ao Serviço de Urgência. O seu diagnóstico continua a ser um desafio para o

médico. De forma a melhorar a estratégia diagnóstica do AA é necessária uma

maior investigação neste campo.

Apesar de existirem diversas estratégias diagnósticas com recurso aos

mais sofisticados métodos de imagem para o AA, em 25% dos casos o doente

recebe alta com o diagnóstico de uma dor abdominal aguda não específica

[10].

Numa visão prospetiva, um estudo multicêntrico entre diversos países

poderia ser realizado de forma a construir uma base de dados universal. Nesta,

os clínicos registariam as diversas estratégias diagnósticas / métodos de

imagem utilizados e assim aumentar-se-ia a experiência e o conhecimento na

abordagem destes doentes. Embora seja uma perspetiva ambiciosa, esta

poderia ser a primeira etapa para a elaboração de guidelines internacionais, a

serem adotadas em diferentes países acerca do diagnóstico do AA.

Page 33: Abdómen Agudo Estratégias de Diagnóstico · PDF fileAbdomén Agudo – Estratégias de Diagnóstico ... Abdómen Agudo – Estratégias de Diagnóstico Acute abdomen ... o diagnóstico

26

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29

Agradecimentos

Agradeço ao Professor Silvestre Carneiro, orientador desta monografia

pelo apoio, disponibilidade e pelos conhecimentos que me transmitiu e me

possibilitaram a realização deste estudo.

Agradeço também à minha família e amigos por todo o apoio

incondicional ao longo de todo o meu percurso académico.

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30

Anexos

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31

Normas da Revista Portuguesa de Cirurgia

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29

Agradecimentos

Agradeço ao Professor Silvestre Carneiro, orientador desta monografia

pelo apoio, disponibilidade e pelos conhecimentos que me transmitiu e me

possibilitaram a realização deste estudo.

Agradeço também à minha família e amigos por o apoio incondicional ao

longo de todo o meu percurso académico.

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30

Anexos

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1

Informação e Instruções aos Autores

(Authors willing to send papers for publication can find these Information and Instructions in

english at Revista Portuguesa de Cirurgia’s website: http://spcir.com/revista)

A Revista Portuguesa de Cirurgia é o orgão oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

É uma revista científica, de periodicidade trimestral, que tem por objectivo a promoção científica

da Cirurgia em geral e da Portuguesa em particular, através da divulgação de trabalhos que

tenham esse propósito.

A sua política editorial rege-se pelos valores éticos, deontológicos e científicos da prática,

educação e investigação em Cirurgia, de acordo com os critérios internacionais definidos pelo

International Comittee of Medical Journal Editors para uniformização dos manuscritos para

publicação em revistas biomédicas e também segue os critérios de autoria propostos no British

Medical Journal e as linhas gerais COPE relativas às boas práticas de publicação.A Revista

Portuguesa de Cirurgia segue as Normas Internacionais para uniformização dos manuscritos

para publicaçãoem revistas biomédicas conforme foram definidas pelo Comité Internacional de

Editores de Revistas Médicas, o também chamado The Vancouver style (Uniform Requirements

for manuscripts submitted to Biomedical Journals: writing and editing for Biomedical publication,

em www.icmje.org), e também segue os critérios de autoria propostos no British Medical Journal

(BMJ 1994; 308: 39-41) e as linhas gerais COPE relativas às boas práticas de publicação

(www.publicationethics.org.uk).

Os autores são aconselhados a consultarem todas normas para que haja conformidade com as

regras e para que todos os manuscritos submetidos para publicação sejam preparados de

acordo com os referidos Requisitos.

Todos os textos publicados são de autoria conhecida. A Revista compromete-se a respeitar

todas as afirmações produzidas em discurso directo, procurando quando seja necessário editá-

las, por razão de espaço, manter todo o seu sentido.

A Revista Portuguesa de Cirurgia compromete-se a respeitar e reproduzir todos e quaisquer

resultados que sejam obtidos em trabalhos apresentados desde que cumpram os critérios de

publicação. Todas as fotografias de pessoas e produtos que sejam publicados serão, salvo

quando indicado em contrário, de produção própria. Em relação a imagens de produção externa

todas as autorizações deverão ser obtidas antes da publicação, sendo a obtenção dessas

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2

autorizações da responsabilidade do(s) autor(es).

Publica artigos originais, de revisão, casos clínicos, editoriais, artigos de opinião, cartas ao

Editor, notas prévias, controvérsias, passos técnicos, recomendações, colectâneas de imagens,

informações várias e outros tipos de trabalhos desde que relacionados com quaisquer dos temas

que respeitam ao exercício da cirurgia geral, seja sob a forma básica, avançada, teórica ou

aplicada.

Os trabalhos para publicação poderão ser escritos em Português, Inglês, Francês ou

Espanhol.

O resultados de estudos multicêntricos devem ser apresentados, em relação à autoria, sob o

nome do grupo de estudo organizador primário. Os Editores seguem os métodos de

reconhecimento de contribuições para trabalhos publicados (Lancet 1995; 345: 668). Os Editores

entendem que todos os autores que tenham uma associação periférica com o trabalho devem

apenas ser mencionados como tal (BJS - 2000; 87: 1284-1286).

Para além da estrutura mencionada nos Requisitos Uniformes, o resumo do trabalho deve ter no

mínimo duas versões (em português e em inglês) para além da da língua original. As palavras

chave devem ser num máximo de 5, seguindo a terminologia MeSH (Medical Subject Headings

do Index Medicus – www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).

Os trabalhos de investigação devem respeitar as regras internacionais sobre investigação clínica

(Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial) e sobre a investigação animal (da

Sociedade Americana de Fisiologia) e os estudos aleatorizados devem seguir as regras

CONSORT.

Os artigos publicados ficarão da inteira propriedade da revista, não podendo ser

reproduzidos, em parte ou no todo, sem a autorização dos editores. A responsabilidade das

afirmações feitas nos trabalhos cabe inteiramente aos autores.

Trabalhos submetidos para publicação ou já publicados noutra Revista, não são, em geral,

aceites para publicação, chocando-se com as regras internacionais e desta Revista. No

entanto, podem ser considerados para apreciação pelos revisores artigos que se sigam à

apresentação de um relatório preliminar, completando-o. Trabalhos apresentados num

qualquer encontro científico, desde que não publicados na íntegra na respectiva acta,

também serão aceites.

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3

A publicação múltipla, em geral não aceitável, pode ter justificação desde que cumpridas

certas condições, para além das mencionadas nos Requisitos Uniformes:

• Ter a publicação traduzida para uma segunda língua diferente da da publicação

original;

• Existir i informação completa e total para os Editores de ambas as Revistas e a sua

concordância;

• A segunda publicação ter um intervalo mínimo de 1 mês;

• Ter as adaptações necessárias (e não uma simples tradução) para os leitores a que

se destina a 2ª publicação;

• Ter conclusões absolutamente idênticas, com os mesmos dados e interpretações;

• Informação clara aos leitores de que se trata de uma segunda publicação e onde foi

feita a primeira publicação..

Todos os devem apresentar um título, um resumo e as palavras chaves na língua original

do artigo e em inglês, caso não seja a original que são da responsabilidade do autor(s). ,

Os nomes dos autores devem sempre seguir a seguinte ordem:

último nome,

primeiro nome,

inicial do nome do meio.

(Carvalho, José M.)

Entende-se como último nome o nome profissional escolhido pelo autor e que deve ser o

utilizado em geral. Por razões de indexação, se o nome profissional for composto, por

exemplo: Silva Carvalho, deverá ser colocado um hífen (Silva-Carvalho) para ser aceite

como tal nos Indexadores.

Apresentação Inicial de Manuscrito

Devem ser enviadas pelos Autores aos Editores:

1) Uma carta de pedido de publicação, assinada por todos os autores. Essa carta deve

indicar qual a secção onde os autores entendem que mais se enquadre a publicação e

as razões porque entendem que aí deve ser integrado, bem como a indicação da

originalidade do trabalho (ou não, consoante o seu tipo); deve também indicar se algum

abstract do trabalho foi ou não publicado (agradece-se que se juntem todas as

referências apropriadas). Deve ser também referido se há algum interesse potencial,

actual, pessoal, político ou financeiro relacionado com o material, informação ou técnicas

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4

descritas no trabalho. Deve ser incluído o(s) nome(s) de patrocinador(es) de qualquer

parte do conteúdo do trabalho, bem como o(s) número(s) de referência de eventual(ais)

bolsa(s).

2) Um acordo de transferência de Direito de Propriedade, com a(s) assinatura(s)

original(ais); sem este documento, não será possível aceitar a submissão do trabalho.

3) Cartas de Autorização (se necessárias) – é de responsabilidade do(s) autor(es) a

obtenção de autorização escrita para reprodução (sob qualquer forma, incluindo

electrónica) de material para publicação. Deve constar da informação fornecida, o nome

e contactos (morada, mail e telefone) do autor responsável pela correspondência.

NOTA: Os modelos acima referidos estão disponíveis no site da revista

Estes elementos devem ser enviados sob forma electrónica – digitalizados para

[email protected]

Apresentação Electrónica da versão para avaliação e publicação

A cópia electrónica do manuscrito deve ser enviada ao Editor-Chefe, em ficheiro Word. Deve ser

mencionado o título do trabalho, o nome do autor e o nome da Revista, e enviado para

[email protected]

Cada imagem deve ser enviada como um ficheiro separado, de preferência em formato JPEG.

As legendas das figuras e das tabelas devem ser colocadas no fim do manuscrito com a

correspondente relação legenda/imagem. Também deverá ser indicado o local pretendido de

inserção da imagem ou tabela no corpo do texto;

Categorias e Tipos de Trabalhos

a) Editoriais

Serão solicitados pelos Editores. Relacionar-se-ão com temas de actualidade e com temas

importantes publicados nesse número da Revista. Não deverão exceder 1800 palavras.

b) e c) Artigos de Opinião e de Revisão

Os Artigos de Opinião serão, preferencialmente, artigos de reflexão sobre educação médica,

ética e deontologia médicas.

Os Artigos de Revisão constituirão monografias sobre temas actuais, avanços recentes,

conceitos em evolução rápida e novas tecnologias.

Os Editores encorajam a apresentação de artigos de revisão ou meta-análises sobre tópicos de

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5

interesse. Os trabalhos enviados e que não tenham sido solicitados aos seus autores serão

submetidas a revisão externa pelo Corpo Editorial antes de serem aceites, reservando os

Editores o direito de modificar o estilo e extensão dos textos para publicação.

Estes artigos não deverão exceder, respectivamente as 5400 e as 6300 palavras.

Os Editores poderão solicitar directamente Artigos de Opinião e de Revisão que deverão focar

tópicos de interesse corrente.

d) Artigos Originais

São artigos inéditos referentes a trabalhos de investigação, casuística ou que, a propósito de

casos clínicos, tenham pesquisa sobre causas, mecanismos, diagnóstico, evolução, prognóstico,

tratamento ou prevenção de doenças. O texto não poderá exceder as 6300 palavras.

e) Controvérsias

São trabalhos elaborados a convite dos Editores. Relacionar-se-ão com temas em que não haja

consensos e em que haja posições opostas ou marcadamente diferentes quanto ao seu

manuseamento. Serão sempre pedidos 2 pontos de vista, defendendo opiniões opostas. O texto

de cada um dos autores não deverá exceder as 3600 palavras. Esta secção poderá ser

complementada por um comentário editorial e receberemos comentários de leitores, sobre o

assunto, no “Forum de Controvérsias” que será publicado nos dois números seguintes. Haverá

um limite de 4 páginas da Revista para este Forum, pelo que os comentários enviados poderão

ter de ser editados.

f) Casos Clínicos

São relatos de Casos, de preferência raros, didácticos ou que constituam formas pouco usuais

de apresentação. Não deverão exceder as 1800 palavras, duas ilustrações e cinco referências

bibliográficas

g) Nota Prévia

São comunicações breves, pequenos trabalhos de investigação, casuística ou observações

clínicas originais, ou descrição de inovações técnicas em que se pretenda realçar alguns

elementos específicos, como associações clínicas, resultados preliminares apontando as

tendências importantes, relatórios de efeitos adversos ou outras associações relevantes.

Apresentadas de maneira breve, não deverão exceder as 1500 palavras, três ilustrações e cinco

referências bibliográficas.

h) Cartas ao Editor

O seu envio é fortemente estimulado pelos Editores.

Devem conter exclusivamente comentários científicos ou reflexão crítica relacionados com

artigos publicados na Revista nos últimos 4 números. São limitadas a 900 palavras, um

quadro/figura e seis referências bibliográficas. Os Editores reservam-se o direito de publicação,

bem como de a editar para melhor inserção no espaço disponível. Aos autores dos artigos, que

tenham sido objecto de carta ou cartas aos editores, será dado o direito de resposta em moldes

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6

idênticos.

i) Imagens para Cirurgiões

Esta secção do destina-se à publicação de imagens (clínicas, radiológicas., histológicas,

cirúrgicas) relacionadas com casos cirúrgicos. O número máximo de figuras e quadros será de 5.

As imagens deverão ser de muito boa qualidade técnica e de valor didáctico. O texto que poderá

acompanhar as imagens deverá ser limitado a 300 palavras.

j) Outros tipos de Artigos

Ainda há, dentro dos tipos de artigos a publicar pela Revista, outras áreas como “História e

Carreiras”, “Selected Readings” e os “Cadernos Especiais”, podendo os Editores decidir incluir

outros temas e áreas. De modo geral os textos para estas áreas de publicação são feitas por

convite dos Editores podendo, contudo, aceitar-se propostas de envio. A Revista Portuguesa de

Cirurgia tem também acordos com outras publicações congéneres para publicação cruzada, com

a respectiva referência, de artigos que sejam considerados de interesse pelos respectivos

Editores; os autores devem tomar atenção a que essa publicação cruzada fica automaticamente

autorizada ao publicarem na Revista Portuguesa de Cirurgia.

Estrutura dos Trabalhos

Todos os trabalhos enviados devem seguir estrutura científica habitual com Introdução, Material

e Métodos, Resultados, Discussão e Conclusões a que se seguirá a listagem de Referências

Bibliográficas, de acordo com os diversos tipos de trabalhos.No caso de o trabalho se basear em

material como questionários ou inquéritos, os mesmos devem ser incluídos e todo o material

usado na metodologia deve estar validado.

Os Artigos de Opinião e de Revisão também deverão ter resumo e palavras-chave.

Revisão e Análise dos Trabalhos

Todos os artigos enviados para publicação, serão submetidos a revisão científica prévia por

revisores que serão pares profissionais.

Os artigos realizados a convite dos Editores não serão sujeitos a revisão por editores

devendo, no entanto cumprir as normas de publicação da Revista.

O parecer dos revisores levará a que os artigos submetidos sejam:

• Aceites sem modificações;

• Aceites após correções ou alterações sugeridas pelos revisores ou pelo Conselho

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Editorial e aceites e efectuadas pelos autores;

• Recusados.

Cópias dos trabalhos enviados com o pedido de publicação serão enviadas, de forma anónima, a

3 revisores, que se manterão também anónimos, escolhidos pelo Editor Científico e que

receberão os artigos sob a forma de “informação confidencial”, sendo, na medida do possível,

“apagadas” electronicamente do texto referências que possam identificar os autores do trabalho,

não alterando o sentido do mesmo. Somente os trabalhos que cumpram todas as regras

editoriais serão considerados para revisão. Todos os trabalhos que não cumpram as regras

serão devolvidos aos autores com indicação da(s) omissão(ões). A apreciação dos trabalhos é

feita segundo regras idênticas para todos e dentro de prazos claramente estipulados. O autor

responsável pelos contactos será notificado da decisão dos Editores. Somente serão aceites

para publicação os trabalhos que cumpram os critérios mencionados, seja inicialmente, por

aceitação dos Revisores, seja após a introdução das eventuais modificações propostas (os

autores dispõem de um prazo de 6 semanas para estas alterações). Caso estas

modificações não sejam aceites o trabalho não será aceite para publicação.

O quadro de Revisores está estabelecido pelos Editores, por sugestão do Editor-Chefe e do

Editor Científico sendo constituído pelos membros do Conselho Científico e, sempre que

justificado por cirurgiões portugueses com dedicação e experiência reconhecida na área principal

do trabalho em questão.

Direitos de Propriedade do Artigo (Copyright)

Para permitir ao editor a disseminação do trabalho do(s) autor(es) na sua maxima extensão, o(s)

autor(es) deverá(ão) assinar uma Declaração de Cedência dos Direitos de Propriedade

(Copyright). O acordo de transferência, (Transfer Agreement), transfere a propriedade do artigo

do(s) autor(es) para a Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

Se o artigo contiver extractos (incluindo ilustrações) de, ou for baseado no todo ou em parte em

outros trabalhos com copyright (incluindo, para evitar dúvidas, material de fontes online ou de

intranet), o(s) autor(es) tem(êm) de obter, dos proprietários dos respectivos copyrights,

autorização escrita para reprodução desses extractos do(s) artigo(s) em todos os territórios e

edições e em todos os meios de expressão e línguas. Todas os formulários de autorização

devem ser fornecidos aos editores quando da entrega do artigo.

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Outra informação

Será enviado, ao autor de contacto indicado, um ficheiro .pdf, com a cópia exacta do artigo, na

forma final em que foi aceite para publicação, bem como um exemplar da Revista em que o

artigo foi publicado.