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Apresenta: Abelardo e Heloísa Abelardo e Heloísa Texto adaptado do livro Almas Gêmeas de Monica Buonfiglio Ligue o Som

Abelardo e heloisa

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Page 1: Abelardo e heloisa

Apresenta:

Abelardo e HeloísaAbelardo e HeloísaTexto adaptado do livro Almas Gêmeasde Monica Buonfiglio

Ligue o Som

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O romance entre Heloísa e o teólogo e filósofo Pedro Abelardo iniciou-se em Paris, no período entre o final da

Idade Média e o início da Renascença.

Heloísa, que já ouvira falar sobre Abelardo e se interessava por suas polêmicas teorias, tentara, inutilmente, aproximar-

se dele por meio de seus professores.

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Reconhecido como um dos homens mais cultos de sua época, Abelardo havia sido recentemente convidado a lecionar na Escola

Catedral de Notre Dame, tornando-se, em pouco tempo, muito conhecido por admirar os filósofos não-cristãos, numa época de

forte poder da Igreja Católica .

Suas aulas tornam-se cada vez mais concorridas e alcançam umtriunfo sem precedentes.

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Numa tarde, Heloísa saiu para passear com sua criada Sibyle, e aproximou-se de um grupo de

estudantes reunidos em torno de alguém .

Seu chapéu foi levado pelo vento, indo parar justamente nos pés do jovem que era o centro das atenções, o mestre Abelardo.

Ao escutar seu nome, o coração de Heloísa disparou. 

Ele apanhou o chapéu, e quando Heloísa se aproximou para pegá-lo, logo a reconheceu como Heloísa de Notre Dame,

convidando-a para juntar-se ao grupo.

  Risos jocosos foram ouvidos, mas cessaram imediatamente quando o olhar dos dois pousaram um sobre o outro.

Heloísa recolocou seu chapéu, fez uma reverência a Abelardo e retirou-se.

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Desde esse encontro, porém, Heloísa não consegui mais esquecer

Abelardo. 

 Fingiu estar doente, dispensou seus antigos professores e passou a interessar-se pelas obras de Platão e Ovídio, pelo Cântico dos Cânticos,

pela alquimia e pelo estudo dos filtros, essências e ervas.

Ela sabia que Abelardo seria atraído por suas atividades e viria

até ela.

Quando ficou sabendo dos estudos de Heloísa, conforme previsto por

ela, Abelardo imediatamente a procurou.

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Abelardo tornou-se amigo do cônego Fulbert de Notre Dame, tio e tutor de Heloísa, que logo o aceitou como o

mais novo professor de sua sobrinha, hospedando-o em sua casa, em troca das aulas noturnas que ele lhe

daria.

Em pouco tempo essas aulas passaram a ser ansiosamente aguardadas e, sem demora, contando com a confiança de Fulbert, passaram a ficar a sós.

Fulbert ia dormir, e a criada  retirava-se discretamente para o quarto ao lado.

Em alguns meses, Abelardo e Heloísa conheciam-se muito bem, e só tinham paz quando estavam juntos.

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Um dia, Abelardo tirou o cinto que prendi a túnica de Heloísa e os dois se amaram apaixonadamente.

A partir desse momento, Abelardo passou a desinteressar-se  de tudo, só pensando em Heloísa, e descuidando-se de suas

obrigações como professor.

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Os problemas começaram a surgir.

Primeiro, esse amor começou a esbarrar nos conceitos da época, quando os intelectuais, como Heloísa e Abelardo, racionalizavam o amor, acreditando que os impulsos

sensuais deveriam ser reprimidos pelo intelecto.

Não havia lugar para o desejo, que era um  componente muito forte no relacionamento dos dois,

originando um intenso conflito para ambos.

Ao mesmo tempo, Sibyle, a criada, adoecera, e uma outra serva que a substituíra encontrou uma carta de Abelardo

dirigida a Heloísa, e a entregou a Fulbert, que imediatamente expulsou Alberto.

No entanto isso não foi suficiente para separá-los.

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Heloísa preparou poções para seu tio dormir e, com a ajuda da criada Sibyle, Abelardo foi conduzido ao porão, local que

passou a ser o ponto de encontro dos dois.

Uma noite, porém, alertado por outra criada, Fulbert acabou por descobri-los.

Heloísa  foi espancada, e a casa passou a ser cuidadosamente vigiada.

Mesmo assim o amor de Abelardo e Heloísa não diminuiu, e eles passaram a se encontrar onde pudessem, em

sacristias, confessionários e catedrais, os únicos lugares que Heloísa podia freqüentar sem acompanhantes a seu

lado.

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Heloísa acabou engravidando e para evitar um escândalo, Abelardo levou-a à aldeia de Pallet, onde nascera . Deixou-a

aos cuidados de sua irmã e voltou a Paris.

Entretanto, não agüentou a solidão que sentia longe de sua amada e resolveu falar com Fulbert, para pedir o seu perdão

e a mão de Heloísa em casamento.

 Surpreendentemente, Fulbert o perdoou e concordou com o casamento.

Ao receber as boas novas, Heloísa voltou a Paris, deixando a criança com a irmã de Abelardo .

Sentia, no entanto, um prenúncio de tragédia . 

 Casaram-se no meio da noite, às pressas, numa pequena ala da Catedral de  Notre Dame, sem nem trocar alianças

ou um beijo diante do sacerdote.

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O sigilo do casamento não durou muito, e logo começaram a zombar de Heloísa e da educação que Fulbert dera a ela .

Ofendido, Fulbert resolveu dar um fim àquilo tudo.

Contratou dois carrascos e pagou-os para invadirem o quarto de Abelardo durante a noite e arrancar-lhe o

membro viril.

Após essa tragédia, Alberto e Heloísa jamais voltaram a se falar.

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Ela ingressou no convento de Santa Maria de Argenteul, em profundo estado de depressão, só retornando à vida

aos poucos, conforme as notícias de melhora de seu amado iam surgindo.

Para tentar amenizar a dor que sentiam pela falta um do outro, ambos passaram a dedicar-se exclusivamente ao

trabalho.

Abelardo construiu uma escola-mosteiro ao lado da escola-convento de Heloísa .

Viam-se diariamente, mas não se falavam nunca .

Apenas trocavam cartas apaixonadas.

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Abelardo morreu em 1.142, com 63 anos.

Heloísa ergueu um grande sepulcro em sua  homenagem e faleceu algum tempo depois, sendo, por iniciativa de

suas alunas, sepultada ao lado de Abelardo.

Conta-se que, ao abrirem a sepultura de Abelardo, para ali depositarem Heloísa, encontraram seu corpo ainda

intacto e de braços abertos,

como se estivesse guardando a chegada de sua amada.

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"Fujo para longe de ti,"Fujo para longe de ti,evitando-te como a um inimigo,evitando-te como a um inimigo,

mas incessantemente mas incessantemente  te procuro em meu pensamento. te procuro em meu pensamento.

Trago tua imagem em minha memória Trago tua imagem em minha memória e assim me traio e contradigo,e assim me traio e contradigo,

eu te odeio, eu te amo." eu te odeio, eu te amo."    

( Carta de Abelardo a Heloísa.)( Carta de Abelardo a Heloísa.)

Page 15: Abelardo e heloisa

    "É certo que quanto maior é a"É certo que quanto maior é a causa da dor, maior se fazcausa da dor, maior se faz

   a necessidade de para ela   a necessidade de para ela   encontrar consolo, e este   encontrar consolo, e este

   ninguém pode me dar, além de ti.   ninguém pode me dar, além de ti.   Tu és a causa de minha pena,   Tu és a causa de minha pena,

   e só tu podes me proporcionar conforto.    e só tu podes me proporcionar conforto.    Só tu tens o poder de me entristecer,   Só tu tens o poder de me entristecer,   de me fazer feliz ou trazer consolo."   de me fazer feliz ou trazer consolo."

                                                                                                                              ( Carta de Heloísa a Abelardo )( Carta de Heloísa a Abelardo )

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Créditos:

Formatação: Flori Jane Texto enviado por: Luis Nei Jr.

Imagens:Getty Images

Digital Art de Serge Winck

e outras, cuja origem desconheço.