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ABENÇOA SEMPRE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER ESPÍRITOS DIVERSOS

Abençoa sempre - Chico Xavier

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Livro do Médium Chico Xavier, narra tal tal tal tal tal tal tal tal... psicografado pelo espirito tal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt alal tal tal tal tal talt al

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ABENOA SEMPRE

PAGE 30

Abenoa SempreFrancisco Cndido XavierEspritos Diversos

ndice

Abenoa Sempre ...................................................................................................03Abenoemos .........................................................................................................04Adversidade ..........................................................................................................05Bondade ................................................................................................................06Com a Bno do Cristo ......................................................................................08Confia e Serve ......................................................................................................09Cultivemos a Prece ...............................................................................................10Ddivas Ocultas ....................................................................................................11Entende e Vive .....................................................................................................13Inextinguvel Amor ...............................................................................................14Mensagem .............................................................................................................16Modelo Celeste .....................................................................................................17Nossas Obras ........................................................................................................19Orao por Dinheiro .............................................................................................20Partilha ..................................................................................................................21Perdo e Trabalho .................................................................................................22Perdoa e Ajuda .....................................................................................................23

Religio ................................................................................................................24Renascimento Espiritual ......................................................................................25Servio .................................................................................................................28Servio Cristo .....................................................................................................29Abenoa SempreAmigo leitor:

Entre os sofrimentos e atritos da Terra, sejamos ns a bno que alivia e consola.

-*-Abenoa o homem rico no lhe conheces a dvidas e as tribulaes.

-*-Abenoa o pobre em muitas ocasies ele traz o ntimo conflitado por revoltas ocultas.

-*-Abenoa a tua famlia muitos embora, por vezes, teus pais e teus irmos cultivem ideais diferentes dos teus.

-*-Abenoa os felizes ignoras quantas vezes aparentam alegria, conquanto carreguem o corao por vaso de dor.

-*-Abenoa os infelizes muitos deles permanecem encastelados na amargura por no aceitarem as provaes que se lhes fazem necessrias.

-*-Abenoa os jovens s vezes, esto eles sob difceis frustraes.

-*-Abenoa a criana desconheces o futuro que o mundo lhe reserva.

-*-A experincia humana necessita muito mais daqueles que abenoam do que o azedume daqueles outros que maldizem ou reprovam.

-*-Surjam, em torno de ti, crticas ou sarcasmos, lamentaes ou queixas, desequilbrios ou acusaes, blasfmias ou desafios, guarda a paz contigo.

E abenoa sempre.

Emmanuel

Uberaba, 12 de maro de 1993Abenoemos

EmmanuelNo consideres o mal por mal para que o bem no encontre embargos precisa manifestao em momento oportuno.

A Sabedoria Divina permite que sucessos imaginariamente infelizes se nos entrosem a marcha, a fim de que, por eles, saibamos conquistar defesa e segurana.

-*- por isso que onde os nossos olhos costumam encontrar desventura e falncia, muita vez, aparece o justo benefcio, com que no contvamos, a erigir-se em socorro providencial nas sendas do futuro.

-*-Toda perturbao valoriza a fora da ordem e toda e qualquer dor ampara o reajuste.

Entretanto, em louvor da paz edificante, preciso aprender a tudo abenoar, agradecendo aos Cus os bens e os males aparentes da vida a fim de que venhamos a convert-los todos em luz de experincia.

-*-Recebe, assim, o assalto e as injrias da treva, abenoando, em silncio, o quadro em que se expressam, porque insulto e violncia apenas denunciam a ignorncia, em luta, buscando aglutinar, em derredor de si, as sombras com que plasma desespero e misria.

maneira de fogo devorador, pretender naturalmente estender-se, consumindo as esperanas do caminho em que segues; contudo, se abenoa o ataque, entregando-lhe os golpes Harmonia Divina, ele em breve extinguir-se-, para que o bem eterno esplenda generoso.

Abenoemos, assim, todos os males do mundo, auxiliando em tudo, para que se nos transformem em benefcios, e ento compreenders, ante a luz do Evangelho, que em todo e qualquer tempo, acontece o melhor aos que amam a Deus.

AdversidadeEmmanuelIndagar quanto ao porqu das dificuldades que a vida oferece ao homem ser o mesmo que perguntar relativamente aos motivos pelos quais o homem corta a pedra para que a pedra venha a servir.

-*-Abandone-se a enxada ao repouso permanente e, a breve espao, se far imprestvel.

Negue-se a fonte a transitar sobre os percalos do solo e, a tempo curto, se transformar em tristeza do charco.

-*-A rigor, a adversidade no existiria no mundo se considerssemos as tarefas da existncia fsica por lies.

-*-Fizssemos isso e todas as provas assumiriam as dimenses que lhes so caractersticas, passando funo de testes indispensveis ao exame dos valores que adquirimos.

-*-Antes de nossa prpria reencarnao, muito freqentemente, sabemos que se tomar novo bero para a recapitulao de experincias em que no fomos felizes, seja para ressarcir dbitos que largamos retaguarda, com o objetivo de extinguir enganos perpetrados por ns mesmos, a fim de nos entregarmos execuo de compromissos alusivos ao burilamento ntimo ou no sentido de reencontrar antigos desafetos para transfigura-los em laos de amor.

-*-Reestruturadas, porm, as possibilidades de ao e renovao a nosso benefcio, habitualmente, vestimos em pessimismo as melhores oportunidades de melhoria e de progresso, sem extrair delas o proveito preciso.

-*-Reflitamos em semelhante realidade para facearmos as lutas do caminho sem iluses.

Aceitemos construtivamente os desafios e problemas que a vida nos proponha, empenhando-nos a solucion-los com segurana, sem a volpia de ret-los indefinidamente no corao.

-*-Certifiquemo-nos, sobretudo, de que ningum evolui sem mudanas e de que no existem mudanas sem atritos ou deslocamentos, conflitos ou desajustes.

-*- vista disso, reconheamos que as crises da vida aparecem na estrada de todos em auxlio de todos.

-*-E de toda grande dificuldade, cada criatura, conforme as reaes que demonstre, se retirar maior para receber encargos sempre maiores ou novamente ajustados s dimenses de esprito em que ainda se encontra, a fim de entrar outra vez, em ocasio oportuna, no clima da adversidade educativa, para realizar renovados tentames de elevao prpria, em cujo trabalho se obriga a revisar-se e recomear.

Bondade

EmmanuelAo apelo do divino Mestre, recomendando-nos sede perfeitos, evitemos a indesejvel resposta da aflio.

Ningum pode trair os princpios de seqncia que governam a Natureza, e o tempo ser sempre o patrimnio divino, em cujas bnos alcanaremos as realizaes que a vida espera de ns.

Antes de cogitar da colheita, atendamos sementeira.

Antecipando a construo do teto de nossa casa espiritual, no aprimoramento que nos cabe atingir, edifiquemos humildes, erguendo sobre eles as paredes de nossa renovao, a fim de no nos perdemos no movimento vazio.

-*-Iniciemos a perfeio de amanh com a bondade de hoje.

Ningum to deserdado no mundo que no possa comear com xito necessrio.

-*-No intentes curar o enfermo de um momento para o outro. Cede-lhe algumas gotas de remdio salutar.

-*-No busques regenerar o delinqente a rudes golpes verbais. Auxilia-o, de algum modo, oferecendo-lhe algumas frases de fraternidade e compreenso.

-*-No procures estabelecer a verdade num gesto impetuoso de esclarecimento espetacular, acreditando desfazer as iluses de muitos anos, em um s dia. Enceta a obra do reajustamento moral com os teus pequeninos gestos de sinceridade frente de todos.

-*-No suponhas seja possvel milagrosa transformao de algum, no caminho empedrado da crueldade ou da ignorncia. Faze algo que possa servir de plantao inicial de luz no esprito que te propes reformar.

-*-E ainda, em se tratando de ns, no julgues seja fcil converter nossa prpria alma para Deus, num instante rpido. Trazemos conosco vasto acervo de sombras e precisamos serenidade e diligncia para desintegr-las, pouco a pouco, ao preo de nossa prpria submisso Lei do Senhor que nos rege os destinos.

-*-Se realmente nos dispomos aceitao do ensinamento do Divino Mestre, usemos de bondade, em todos os momentos da vida. Bondade para com o prximo, bondade para com os ausentes, bondade para com os nossos opositores, bondade para com todas as criaturas que nos cercam...

-*-A bondade chave de simpatia e conhecimento com que descerraremos a passagem para as Esferas Superiores.

-*-Com ela, seremos mais humanos, mais amigos e mais irmos.

Avancemos, assim, com a bondade por norma de ao. Retificando em nossa estrada os aspectos e experincias que nos desagradam na estrada dos outros, e desse modo, estejamos convictos de que o sonho sublime de nosso aperfeioamento encontrar, em breve futuro, plena concretizao na Vida Eterna.

Com a Bno do CristoEmmanuelCom a bno do Cristo na prpria alma, tens contigo a luz que extingue a sombra e o amor que mitiga o sofrimento.

Assim, frente dos que te rogam socorro, exilados nas trevas da ignorncia ou nas aflies da misria, descerra o corao e ampara sempre.

No lastimes: - sou nada. No digas: - esmoreci.

Sabes que possuis no altar do prprio esprito o celeiro de bnos do Grande Doador e que a harmonia do Cu dilatar-se-, em teus dias, medida que lhe estendas os ureos dons.

No procures o Mestre to-somente para pedir...

No lhe recordes a generosidade apenas no escuro instante do pessimismo, quando o Sol se te afigura apagado e a vida te parece envolta em cinza e fumo!...

Jesus espera-te o corao todos os dias para vazar, atravs de teu sentimento, de tua palavra e de tuas mos, o tesouro da Boa Nova, que consolo e entendimento, harmonia e esperana...

Lembra que o Senhor te solicita os braos na construo do Reino de Deus na Terra e, por essa razo, podes ser com Ele, desde hoje, o sagrado instrumento do Eterno Bem...

Pensa nisso e jamais te sintas cansado ou intil para auxiliar...

Sabes que a morte ressurreio na Vida Imperecvel para os que souberam fazer luz em si mesmos e no ignores que o amor cobre a multido de nossas prprias faltas...

Compreendendo, assim, o Evangelho, em termos de trabalho e renovao, s com Jesus o servidor da fraternidade, para que a fraternidade, como anjo celeste, se faa a guardi de tua alegria.

Ide e pregai: - disse-nos o Senhor.

Sigamos exemplificando, acrescentamos ns, porque somente pela cartilha de nossos prprios testemunhos de f o irmo do caminho poder contemplar a bondade do Cristo e sentir-Lhe a Infinita Grandeza.

Confia e ServeEmmanuelAinda que tudo te parea perdido, confia e serve.

A esperana caminho para o triunfo.

Aprendamos com a Bondade Divina que, diariamente, reforma esse ou aquele crdito em nosso favor.

Se Deus acredita em ns por que desesperarmo-nos uns dos outros.

-*-Lembra-te de que Jesus, o Anjo da F por excelncia, jamais esmoreceu, frente da luta.

Perseguido, no recorreu autoridade humana para justiar-se; esquecido, no censurou os amigos timoratos; e insultado, no rogou do Cu castigo e reprimendas para quantos lhe flagelavam o corao...

-*-Despediu-se da turba delinqente com a flama do perdo e, embora expulso da comunidade familiar pelos braos da cruz, voltou espontaneamente ao convvio dos mesmos companheiros que O haviam abandonado para investi-los no ministrio da redeno.

-*-Se te propes obra da caridade genuna, no te ds tempo para anotar a alheia incompreenso.

Segue para adiante, entendendo e servindo, na certeza de que o sol levanta novo dia, depois de cada noite, aprendendo com o Cristo que a vitria do amor depende da nossa disposio de comear e recomear.

Cultivemos a Prece

AgarNo templo vivo de nossa f, asilemos nossas esperanas, fustigadas pelo sopro frio da adversidade e repousemos o esprito fatigado na orao.

-*-No grande silncio do mundo ntimo, as vozes sublimes do Cu reerguem nossas energias exaustas.

-*-Sem palavras, conduzem-nos a novos horizontes.

-*-Sem choques, estabelecem dentro de nosso esprito novas bases de entendimento.

-*-E compreendemos, enfim, com a Bno do Alto, que a Bondade Infinita reina Soberana, em nosso favor, induzindo-nos felicidade por intermdio do sofrimento e acordando-nos para a harmonia verdadeira, atravs da luta que nos afigura guerra destruidora e cruel.

-*-Ao claro milagroso da prece, despertamos, enlevados e felizes, para a submisso aos Supremos Desgnios e tudo o que parece aflio e dor, no campo fsico, transforma-se para ns em recurso de sublimao.

-*-Nessa claridade celeste, os instrumentos de nossas provaes convertem-se em benfeitores e os obstculos do caminho surgem aos nossos olhos por divinos apelos imortal alegria.

-*-Por mais se intensifique a flagelao redentora, em torno de nosso crculo pessoal, ergamos o clice do corao confiante para Cristo, nosso Senhor e Mestre. Ele no deixar vazia a taa de nossas aspiraes e de nossos rogos.

-*-Cultivemos a prece. Para as sombras de nossa alma, a orao sempre libertadora alvorada, repleta de renovao e de luz.

Ddivas OcultasEmmanuelRecorda a caridade oculta em que te equilibras, por amor da Providncia Divina, e no desdenhes auxiliar sem repouso para que teus passos no se percam nos labirintos da ingratido.

-*-Desde o alicerce do templo da carne em que te refugias, ampara-te o Senhor de mil modos...

-*-No h preo amoedado para o colo maternal em que se plasma o corpo, no h retribuio humana com que possas solver as dvidas do bero e nem existe ouro terrestre capaz de redimir-te, perante a mo carinhosa que te orientou os passos primeiros...

Toda a experincia no mundo no mais que um dilvio de graas do Cu, benfazejas e annimas, assegurando-te estabilidade e alegria sem pagamento e sem propaganda...

-*-A terra em que te apias...

-*-O aconchego do lar...

-*-Os tesouros da escola...

-*-O ar que alimenta...

-*-O po que nutre a mesa...

-*-A fonte que te alivia...

-*-O trabalho que te auxilia...

-*-O amigo que te abenoa...

-*-No digas, assim, que o infortnio de teu irmo incomodo aos teus dias, porque teus dias, em si mesmos, no so mais que o Socorro Divino, em forma de ensejo santo...

-*-Aprende a auxiliar a todo momento para que no desmereas do auxlio em que te fazes devedor em todo instante da vida...

-*-Lembra-te de que todos os valores reais da senda no possuem preo na Terra e dispe-te a estender, sem alarde, os recursos que o teu servio possa criar em favor dos outros.

-*-Sobretudo, no cobres o imposto do reconhecimento a quem conduzas a migalha de teu consolo, entendendo que o Errio Divino nunca te reclamou gratido pela assistncia contnua com que te assegura a bno da prpria marcha.

-*-No olvides, assim, que o Universo o eterno doar-se de Nosso Pai e, que cerceando a corrente divina do amor em seu fluxo infatigvel, a pretexto de atender nossos inferiores caprichos, nada mais fazemos que impor ao organismo excelso da vida a cristalizao de nossa prpria sombra, fugindo glria da luz e decretando para ns mesmos longos perodos de reajuste no vale tenebroso da purgao e da morte.

Entende e Vive

EmmanuelRepara a Tolerncia Celeste em derredor de teus passos...

Em todo o cho que pisas, h louvor esperana.

-*-Aqui, a vergntea frgil que se far ramo forte, ali o fruto verde buscando amadurecer.

-*-Alm, a gleba seca aguardando adubo em formao para cobrir-se de flores e, mais alm, o corpo triste do charco esperando a drenagem que dele far terra til.

-*-Nem pressa, nem violncia.

-*-Em toda faixa de solo, a pacincia das horas com o auxlio incessante da natureza.

-*-Vale-te, assim, da lio para entender e servir.

No disputes a condio daquele que se esconde em carapaa do prprio orgulho para exclamar: Eu perdo, exibindo virtudes imaginrias.

-*-Acalma-te, cada dia, ao p de cada ofensa e auxilia o melhor que possas.

-*-Lembra-te de que tanto ocorrem mazelas na mente quanto chagas no corpo.

-*-E pensa que se h molstias visveis, medicveis em tempo prprio, enfermidades ocultas podem surgir adentro do cosmo orgnico, flagelando sentimentos e aspiraes, sem possibilidade de serem vistas para o socorro adequado.

-*-Assim, diante da falncia ou da desero, do golpe ou da crueldade, silencia e socorre sempre, para que, mais tarde, nos bices do caminho no te faltem luz e viso ante a probabilidade da queda nos mesmos erros.

-*-S o amor consegue cobrir a multido de nossas deficincias.

-*-Sobretudo, recorda que se te no possvel improvisar o herosmo ou a santidade em ti mesmo, podes compreender e servir, para que por tua bondade e entendimento de hoje se faa a vida amanh mais elevada e melhor.

Inextinguvel Amor

AgostinhoMeu caro Atila.

O discpulo do Senhor no chamado to-somente ao curso verbal.

Aprendizado e aplicao constituem a realizao.

No te prendas, desse modo, indagao que perde o valor do tempo.

Pensa e age ao padro de idealismo redentor que abraaste.

As sementes divinas devem frutificar em nossos prprios caminhos, atravs do esforo perseverante.

-*-Na fase evolutiva que nos prpria, vemos aqueles que possuem a vida e os que so possudos por ela.

Os primeiros aproveitam o dia, enriquecendo-se de valores permanentes, no rumo das aquisies eternas.

Os segundos so aproveitados pelas foras que orientam as horas, no jogo das circunstncias fatais.

-*-Uns criam luz e sabedoria.

Outros descansam e sofrem os conflitos da sombra.

-*-Governando com as diretrizes superiores, convertem-se na instrumentalidade dos Celestes Desgnios. Submetendo-se s causas de ordem inferior, perseguem a ociosidade, ainda mesmo quando o regalo intil se lhe apresente aos olhos mortais com rotulagem fascinante.

-*-Necessrio, pois, marcharmos, com desassombro e serenidade, dilatando a capacidade receptiva, frente da Majestade Criadora.

O fenmeno nos crculos fsicos e espirituais no tem outro objetivo seno acordar a mente para a revelao do Mais Alto.

-*-Provar a divindade em ns - herdeiros das Bnos Universais - muito mais que positivar a sobrevivncia, alm da morte.

-*-Guardar a bondade e o entendimento na direo do Amor Supremo vale mais que o poder de demonstrar a existncia dos anjos.

O Reino do Senhor comear no indivduo ou jamais se estabelecer na Terra, porque Deus visita o homem e educa-o atravs do prprio homem.

O processo de auto-aprimoramento, na sublimao do raciocnio e do sentimento, transforma-nos em servos da Lei Soberana e Compassiva, constituindo, em nossa esfera de edificaes presentes, o ministrio maior.

-*-Espiritualizemo-nos, portanto, meu amigo, no caminho da perfeio e prossigamos com Jesus.

No importa a incompreenso.

-*-Cada criatura v o horizonte que os prprios olhos podem abranger.

Quem ama no discute.

-*-Serve em silencio, semeia o bem a distancia da preocupao de recompensa e segue adiante.

O trabalho cristo a nossa alavanca renovadora.

Busquemos a cincia, realizando a sublimao.

Os dias escoam-se apressados.

As formas refundem-se, incessantemente.

A morte que modifica e seleciona, pune e corrige, atinge os prprios mundos.

-*-Detendo o Tesouro do Conhecimento Divino, elevemos nosso corao aos santurios eternos.

-*-Responsveis pelas dvidas que criamos no passado, com a falsa aplicao das bnos recebidas, somos tambm candidatos riqueza imperecvel do futuro.

Situados entre os sculos que se foram e os milnios que viro, temos um diamante sublime a lapidar para o Supremo Senhor nosso prprio corao que dorme ainda no bero de aspiraes primrias, bafejado pelos raios de luz celeste.

-*-Aperfeioemos o caminho, aperfeioando-nos.

Trabalha e auxilia sempre, auxiliando a ti mesmo.

Unamo-nos espiritualmente, em derredor do Cristo. Gravitemos, felizes, em torno dEle.

O sol comunica-se com o verme, a milhes de quilmetros. O Divino Mestre sustentar-nos-, igualmente, nas profundezas de nossa humildade, abenoando-nos os propsitos de ascenso, com a luz do seu inextinguvel amor.

(pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, dirigida a um irmo e amigo, na noite de 29/6/498, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas)

MensagemEmmanuelNo com a inteligncia to-somente que o homem descortinar os horizontes novos da Espiritualidade Superior, embora o edifcio respeitvel que a Cincia construiu para o bem estar do homem na Terra.

-*- imprescindvel educar o corao, desintegrando os vus densos que lhe obscurecem a viso panormica da Eternidade, qual se extrassemos o diamante do seio escuro e empedrado do solo.

-*-No que devamos entronizar o absurdo afirmativo com o dogma religioso, menosprezando a investigao e a pesquisa que convertem a curiosidade em esclarecimento. que apenas agora atinge a Humanidade os dourados prticos da mente, identificando-lhes os potenciais infinitos, no campo da vida eterna.

-*-O homem no um acidente biolgico na Criao.

herdeiro divino do Pai Todo Compassivo e Todo Sbio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevao e aprimoramento para a imortalidade.

-*-A hora no pertence simplesmente energia atmica, como podereis supor, com a qual contais erigir novos espetculos de grandeza planetria; pertence, acima de tudo, energia mental, sob a inspirao do Cristo, que vos comandar a prosperidade e o arrojo, o desassombro e a audcia, nos domnios da perquirio e do experimento, a fim de que o progresso no se transforme em vossas mos em louca aventura da inconscincia a da irresponsabilidade.

No corao permanece o santurio da luz.

de suas fontes cristalinas que se ergue o pensamento construtivo, santificante e renovador.

-*-Por isso mesmo, do sentimento iluminativo sobre o raciocnio calculista, surgir para vs outros, seres eternos quanto ns que j atravessamos as fronteiras da morte fsica, uma era nova em que o homem encontrar, efetivamente, o seu irmo no outro homem e em que a Humanidade saudar o amanh sublime da verdadeira concrdia sob a claridade do Evangelho renascente.

-*-No menosprezeis o patrimnio intelectual.

Utilizai-o na extenso da riqueza que vos felicita as condies de ao e desenvolvimento do mundo, mas colocai sobre os valores dessa ordem o vosso carter cristo, porque s pelo sentimento regenerado conseguir a vida moderna sobrepor-se aos desvarios da experincia menos construtiva da hora que passa, a fim de retomar, tranqila e triunfante, aposio divina que lhe compete no concerto da Luz Universal.

Modelo Celeste

AgostinhoAtila, meu filho.

Deus te ilumine.

Mediunidade espelho vivo da alma para refletir a luz divina.

diamante do esprito destinado a fixar os raios celestes.

Por vezes, o espelho jaz sob as trevas, incapaz de exibir a face cristalina.

-*-Em muitas ocasies, o brilhante dorme nos seixos da serra, esperando os atritos da evoluo e a passagem do tempo,a fim de surgir, sublime e belo, a pleno sol.

-*-A experincia terrestre processo de limpeza e burilamento.

A instrumentalidade humana caminha para o ministrio da angelitude.

-*-No te aflijas, assim, se a iluminao parece tardia.

A sede de luz no viajor que ainda atravessa as regies da sombra fatalidade.

Os filhos da noite gozam a tranqilidade aparente dos ngulos obscuros do Universo, como os batrquios se rejubilam na paz ilusria do charco.

Dia vir, contudo, em que a caridade vitoriosa expulsar a escurido das furnas, como chegar um momento em que o monte curar as feridas barrentas do solo.

-*-A conscincia que recebeu o silencioso convite ascenso, entretanto, nunca se contentar com a fantasia.

Regozija-te, assim, com o servio de iluminao a que foste conduzido.

-*-O sofrimento interior, incompreensvel e inacessvel aos mais amados no mundo, arado do Senhor, na terra do corao.

E bem sabes que a semente, em germinando sem preparo do meio, quase sempre sufocada pela resistncia da crosta planetria ou exterminada por vermes cruis, inevitveis na leira que o zelo no visita.

-*-Guarda a tua perseverana no bem, nos alicerces da serenidade, antes de tudo.

Os mensageiros da paz no prescindem da calma e porque os emissrios do amor somente podero ser entendidos pelos que amam, no desprezes a cincia de perdoar e amparar sempre.

-*-A estrada longa.

Os problemas so imensos.

O objetivo supremo.

Enche-te de fortaleza para marchar.

Penetra a escola do conhecimento para solucionar as questes redentoras.

-*-Reveste-se de pacincia para atingirmos a meta.

De alma desperta, agora, no santurio da f, mantm acesa a lmpada viva da prece para que a sintonia com o Plano Superior te favorea com o esclarecimento mais amplo, nos instantes difceis.

-*-A orao o nico sistema de intercmbio positivo entre os servos e o Senhor, atravs das linhas hierrquicas do reino Eterno.

Lembra-te de que cada dia tem o seu trabalho e no te esqueas de que nos encontramos ainda longe do xtase santificador, ante o altar das revelaes imperecveis.

-*-At l, sofre na purificao, aprende na luta edificante e serve a todos indistintamente para que outros te sirvam, junto s fontes gloriosas do suprimento espiritual.

-*-E convence-te, meu filho, de que o nosso progresso efetivo somente medido pela nossa capacidade de refletir a Vontade, o Amor e a Sabedoria do Pai Celestial, onde estivermos.

Todos os patrimnios da matria, ainda mesmo em nos referindo substncia sublimada, so suscetveis de transformao nos variados e infinitos planos do Ilimitado.

-*-S a herana divina torna divinos os herdeiros do Universo.

Nas foras vivas da Criao, somos cooperadores da Inteligncia Suprema.

Dignifica a hora, pelo servio no bem, para que o sculo te engrandea.

-*-Soldados de Cristo, no esmoreamos na batalha pela vitria do superior nos crculos de nossa personalidade.

Aperfeioemo-nos, de raciocnio e sentimentos voltados para Ele, o Modelo Celeste.

-*-Edifiquemos em ns o Templo da Humanidade a fim de que Ele nos confie o Altar Divino. E, de esprito centralizado no Imortal Amor, trabalha e confia em ns, amparado pela certeza de que o Divino Mestre permanecer conosco at o fim.

(pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, em Leopoldina, Minas, na noite de 1 de julho de 1947, no Centro Esprita Amor ao Prximo, destinada ao amigo Atila)

Nossas ObrasEmmanuelNossas obras so os sinais que endereamos ao mundo que nos cerca.

Por elas, criamos, no crculo em que vivemos, pensamentos, palavras e aes que, por fora da Lei, reagem sobre ns, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o corao ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.

-*-No te esqueas de que a nossa trajetria, entre as criaturas, fala silenciosamente por nosso esprito.

-*-No preciso que a nossa lngua se desarticule na exposio desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperao dos nossos vizinhos, porque se a nossa plantao de simpatia e trabalho est bem tratada, a assistncia espontnea do prximo vem, de imediato, ao nosso encontro.

-*-Por outro lado, no necessrio o nosso mergulho nas alegaes brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos frente dos outros, porque, se as nossas obras no so recomendveis, a prpria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, no relega a transitrio abandono, a fim de que, na conseqncia purgatorial de nossos prprios erros, venhamos a curtir a provao amarga que nos restaurar o equilbrio maneira de remdio precioso e salutar.

-*-No olvides que os nossos atos so as legtimas expresses do idioma pessoal, no campo do mundo.

Faze o bem e a luz sorrir com a tua alegria.

-*-Faze o mal e dor chorar com as tuas lgrimas.

-*-Disse Jesus: - Pelos frutos conhecereis... e, consoante os princpios que nos regem a luta, as nossas prprias obras falaro por ns, frente da Humanidade, decretando a nossa ascenso ou a nossa queda, nossa bem-aventurana ou nossa aflio.Orao por DinheiroMeimeiSenhor!

No concerto das foras que te desejam honrar, eu tambm sou teu servo.

Por me atribures o dever de premiar o suor e sustentar o bem, como recurso neutro da aquisio, ando, entre as criaturas, freqentemente, em regime de cativeiro.

Muitas delas me escravizam para que eu lhes compre iluses e mentiras, prazeres e conscincias.

Noto com ais nitidez minha prpria tarefa, cada vez que escuto algum chorar no caminho, entretanto, quase sempre, estou preso...

Que fiz eu, Senhor, para viver encarcerado no sombrio recinto do cofre, como se eu fora um cadver importante no esquife trancado da inrcia?

Ensina aos que me guardam sem proveito que sou o sangue do trabalho e do progresso, da caridade e da cultura e ajuda-os para que me libertem.

Quase todos eles procuram estar contigo, atravs da orao, nos templos que abraam.

Dize-lhes na prece que sou a esperana do lar sem lume... Fala-lhes que posso ser o conforto das mes esquecidas, o arrimo dos companheiros cados em provao, o leite devido aos pequeninos de estmago atormentado, o remdio ao enfermo e o lenol generoso e limpo dos que se avizinham do tmulo".

Um dia, algum te apresentou moeda humilde, empenhado ao imposto pblico para que algo dissesses e recomendastes fosse dado a Cesar o que de Cesar.

Muitos, porm, no perceberam que te reportavas ao tributo e no a mim e, julgando que a tua palavra me condenasse, lanaram-me ao desprezo...

No ignoras, contudo, que nasci para fazer o melhor e esteja eu vestido de ouro ou de simples papel, sabes, Senhor, que eu tambm sou de Deus.

Partilha

EmmanuelObserva a Divina Sabedoria na esfera da natureza e encontrars, em toda parte, o regime de partilha por base de todo o progresso na Criao.

-*-Deus estrutura o campo.

O homem verte o suor.

Por decorrncia, temos o po suprindo a mesa.

-*-Deus fornece os recursos do solo.

O homem entrega o brao construo.

Por resposta, surge o lar que protege a existncia.

-*-Deus concede o metal.

O homem faz o cadinho.

Por soluo, purifica-se o ouro que estimula o trabalho.

-*-Deus institui o bloco de pedra.

O homem maneja o buril.

Em conseqncia, revela-se a obra-prima.

-*-No h realizao alguma sem alicerce na Bondade Divina, como no h civilizao no Globo sem o concurso humano.

-*-Os seres mais humildes da Terra ajustam-se em ordem a semelhantes princpios de concesso e cooperao.

-*-A rvore recebe o adubo e espalha a prpria seiva na seara de que no se aproveita.

-*-A abelha recolhe a essncia e fabrica o mel com que regala os outros.

-*-Cada animal absorve certa percentagem de elementos do meio que lhe prprio, devolvendo-a transfigurada em utilidade.

-*-Rogando algo do Cu, no olvides que a Terra espera tambm por ti e, recordando que o sistema de ddiva e compromisso alicerce nas relaes do Criador com todas as criaturas, peamos socorro e melhoria, socorrendo e melhorando aqueles que nos cercam, a fim de que a vida nos encontre fiis Lei de Deus, na bno de cada dia.

Perdo e Trabalho

EmmanuelNo te despreocupes do trabalho do bem, se desejas sinceramente a prpria tranqilidade em nvel superior.

-*-Realmente, o Pai Misericordioso perdoa as nossas falhas, no maneira de um ditador terrestre que espalha favores e privilgios, segundo os caprichos que lhe so prprios, mas sim oferecendo os recursos substanciais de reparao imprescindvel ao reajuste.

-*- por isso que a reencarnao, significando desculpa do passado obscuro ou delituoso, tambm imposio de trabalho reconstrutivo...

-*-O amor a bno da vida, mas nunca brilhar para as criaturas sem o pedestal da justia.

-*-Se feriste algum, procura o blsamo que cicatrize as chagas de teu irmo, enquanto te encontras a caminho com ele na Terra.

-*-Se perturbaste a paz do prximo, diligencia apressado, a corrigenda precisa, enquanto a possibilidade de reparao te felicita os prprios passos.

-*- sempre mais fcil encontrar no vale da morte os dons menosprezados pelo nosso relaxamento.

-*-O corpo a escola sagrada e venerada onde somos situados, transitoriamente, uns frente dos outros, para a recuperao de ns mesmos, nos alicerces das Leis Divinas.

-*-O perdo sem o trabalho expiatrio ou sem sacrifcio regenerador simples utopia do fanatismo religioso.

-*-Ergue-te, assim, para a vida, busca a tua bem-aventurada posio de auxiliar e elege o trabalho no bem por tua diretriz incessante.

-*-Pela prestao de servio ao prximo, em bases de renncia e boa vontade, adquirirs a riqueza da simpatia, e, pelas sendas da simpatia, atingirs a grande fraternidade que, um dia, te coroar de luz a fronte ento redimida de irmo e de heri.

Perdoa e Ajuda

EmmanuelSem nos reportarmos s mltiplas experincias do passado, em que por vezes incontveis recolhemos o socorro da Compaixo Divina, recordemos quo magnnimo tem sido o Senhor para conosco e aprendamos a desculpar infinitamente...

-*-Limitando as tuas lembranas ao acanhado crculo da existncia que passa, rememora o pretrito e pergunta a ti mesmo, no silncio do corao!...

-*-Quantas vezes nos perdoou o Senhor atravs do carinho materno nas hesitaes e necessidades da infncia?... Quantas vezes ter-nos- estendido generosas mos, por intermdio de instrutores benevolentes, na teimosia caprichosa da mocidade?

-*-Inventariemos nossas quedas de cada dia, nossas defeces ntimas, nossas ocultas deseres do dever a cumprir...

-*-Analisemos as falhas e os prejuzos que provocamos consciente ou inconscientemente na tarefa que fomos chamados a atender e verificaremos a Piedade Infinita do Divino Mestre, socorrendo-nos pela palavra, pelo sorriso, pela tolerncia e pelas mos de numerosos amigos que, em Seu Nome, nos reajustam para a obra de elevao que nos compete realizar...

-*-Em muitas ocasies, quando mais aflitivo se nos revela o sentimento de culpa na intimidade da alma, quando nossa inaptido para o bem nos arroja s garras do mal, eis que a Infinita Bondade nos estende um raio de esperana, encorajando-nos humildade e diligncia para a justa reparao...

-*-Pensa nessa abenoada rede assistencial de amor que nos cerca em todos os passos evolutivos e no te detenhas na acusao...

-*-Repara na fragilidade do companheiro, tanto quanto o Terno Amigo nos observa as fragilidades, e guarda o respeitoso silncio da fraternidade bem vivida, onde no possas abrir o corao ao estmulo sincero.

-*-Muitas vezes, a crtica impensada ou o apontamento amargoso nos marcaro o esprito com reminiscncias cruis, mas nunca nos arrependeremos de haver perdoado em todo lugar onde a ignorncia e a leviandade nos arroja a ofensa ao rosto.

-*-Ouve, cala-te e espera...

Mas espera, desculpando o mal e fazendo o bem que possas, porque, acima de ns, reina a Justia Indefectvel e Soberana que, a nosso respeito e a respeito de nossos irmos, se expressar insupervel e certa, no momento oportuno.

Religio

EmmanuelUma religio, no um dilogo vazio, uma diretriz para a vida prtica.

No uma introduo para o xtase divino, um compromisso de trabalho no aperfeioamento da comunidade humana.

No um sistema de mendicncia, criatividade do bem que se nos faa possvel realizar.

No critica s atitudes alheias.

compreenso das necessidades do prximo, para resolv-las sem auto-propaganda.

No trabalho mesclado de lamentaes, descanso da alma para a obteno de foras, a fim de que se faa o melhor.

Renascimento Espiritual

Luiz Antonio Corra de LacerdaMeus amigos, meus irmos, Jesus nos abenoe e ilumine.

Congregados luz da Clemncia divina, vivemos confortador perodo de luz renovadora, nesta casa de f vibrante e pura, consagrada ao espiritualismo com o Divino Mestre.

Refiro-me, em nome de vrios companheiros, s novas edificaes que os aprendizes do evangelho em Leopoldina vo concretizando com a inteligncia associada ao corao.

-*-As sementes do cristianismo, jamais perecem. Muita vez, atravessam ciclos seculares no caminho dos povos, parecendo estagnadas e mortas.

Demoram, em muitas circunstancias, aparentemente raquticas e annimas, na senda evolutiva das coletividades, tanto quanto, por vezes, na esfera dos indivduos. Surge, porm, o instante sublime do renascimento espiritual e a planta celeste germina e cresce na Terra, espalhando flores de esperana e produzindo fruto de paz e amor santificantes.

-*-Este o nosso caso.

Quem viveu o entusiasmo dos primeiros dias continua convosco no trabalho reconstrutivo em bases mais slidas, pugnando pela materializao mais extensa de nossos ideais.

-*-Em outro tempo, seduzia-nos o fenmeno que imperava em nossos crculos de crena e discusso filosfica. Pretendamos talvez atingir objetivos superiores, mergulhados nos ngulos inferiores do servio.

Nossas investigaes visitavam o campo externo e, frente do idealismo regenerador que o Espiritismo nos impunha, gastvamos o tempo nas ilaes de ordem doutrinria e a hora passou, surpreendendo-nos distrados.

-*-O Plano Espiritual aguardou-nos com a verdade imutvel. A vida real no se modificava para favorecer-nos com a graa a cuja obteno no fizramos jus.

Entendemos, ento, que a f abraada no se constituir de ornamentos verbalsticos ou de meros ttulos pessoais, garantindo-nos ingresso nas assemblias da espiritualidade elevada.

A Doutrina reconhecemos acima de tudo campo de trabalho e escola dos sentimentos.

-*-Multiplicamos esforos e dilatamos aes no sentido de acordar os amigos que permaneciam a distancia.

Como aconteceu ao Rico da Parbola, ns que framos abastados senhores do intelectualismo, suplicamos, em vo, a oportunidade de voltar imediatamente nossa famlia no ideal, de modo a despertar-vos.

-*-Outros companheiros de experincia humana classificados entre ns em dias recuados, conta de mendigos da inteligncia, banqueteavam-se plena luz,mas, embora nosso desejo de voltar precipitadamente instituio domestica, a fim de anunciar-vos diferentes novas, foi necessrio construir recursos e merecer a ocasio de falar-vos mais diretamente.

De alguns poucos anos a esta parte, nossa foi meta foi abraada.

O centro abenoado de nossos estudos retornou ao caminho de verdadeiro amor ao prximo com o Mestre dos Mestres.

-*-Despertos e compreensivos, nossos companheiros abriram a conscincia ao influxo da luz divina.

Reabilitamos o nosso roteiro de espiritualidade e aqui estamos, meus irmos, para reafirmar-vos que Espiritismo sem Evangelho sentido e vivido, no santurio ntimo de cada um, pode apresentar admirvel movimento de idias, todavia, sem alicerces de renovao do esprito pra as realidades da vida.

-*-Mais que nunca, indispensvel atender nossa f, atravs de prismas diferentes.

Cessem as indagaes despropositadas, sejam atenuados os conflitos da interpretao, diminuam-se as manifestaes puramente intelectualistas sem obras srias da crena consoladora em ns mesmos e incentive-se, acima de tudo, a iluminao de cada um de ns ao sol imperecvel da Revelao Divina.

-*-Com isto, no pretendemos extinguir o manancial da inteligncia.

Sabedoria e amor so as duas asas da alma para o vo supremo s Esferas Supremas da Divindade.

-*-Decretar menosprezo cincia fora imperdovel loucura.

Entretanto, urge reconhecer que o nosso campo to profundamente rico de ddivas espirituais que o perigo da fascinao e da cegueira assedia a todos aqueles que empreendem a jornada para a Humanidade Redimida.

-*-Convenhamos, assim, que temos agora nossos passos acertados.

Caminhai, meus amigos, sob o estandarte de fraternidade, convictos de que Jesus lana sobre ns a sua bno edificante.

No vos descentralizeis, em face da nossa necessidade de concentrao em Cristo Jesus.

Provavelmente, na atualidade, impossvel conhecerdes tudo...

Sois, como acontece a ns, caminheiros da Vida Eterna, trabalhadores do Verbo, Infinito em Amor e Sabedoria, no campo finito de nossas limitaes.

-*-Dia vir, porm, meus irmos, em que penetrareis o passado e os imperativos que nos congregam agora, e juntos, marcharemos para o Senhor, entoando novos cnticos de esperana.

At l, meus amigos, prossigamos unidos na f e na solidariedade, amando-nos uns aos outros e estendendo nossa dedicao extensa famlia humana que o Pai nos conferiu.

-*-No vos firam espinhos e pedras da estrada.

Mais iluminados, sereis mais fortes que os predecessores na senda.

Um dia, lanamos a boa semente e esquecendo as linhas fundamentais da obra eterna, no reparamos que o cipoal da iluso nos asfixiava o trabalho...

-*-Vs, no entanto, sustentados pela luz do Verbo Celestial, recomeastes a construo do templo de nossa f e, amparados uns aos outros, consagr-lo-emos glria do eterno no recanto planetrio em que tivemos o jbilo de acordar para Deus.

Que Ele nos ampare a todos, auxiliando-nos a servir em seu nome at a vitria final.

(mensagem recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, dirigida a um grupo de amigos, no Centro Esprita Amor ao Prximo, em sesso pblica de 1 de julho de 1947, em Leopoldina, Minas)

Servio

EmmanuelExperimenta trocar instantes de queixa por momentos de servio ao prximo e observars os resultados.

Servio Cristo

AlcinoMeus amigos, que a paz de Jesus permanea conosco ainda e sempre.

Meu corao, nesta noite, um vaso de lgrimas.

Lgrimas de alegria e reconhecimento.

O cu chora cada noite, na bno do orvalho silencioso, para fecundar a terra e, por vezes, nosso corao, alm das sombras da morte, tambm verte o pranto da gratido e do jbilo para fertilizar antigas esperanas e santas aspiraes que o sepulcro nunca destri.

-*-Naturalmente, o sentimento do filho, do esposo e do pai fala mais alto em minhalma e quisera realmente materializar-me aqui, frente de todos, para num abrao de carinho aos entes amados lhes dizer do agradecimento profundo que me toma os recessos do ser.

-*-Minha me, minha esposa, e minha filha so, porm, desde muito, as jias sagradas e preciosas que me adornam a vida. So o tesouro que me enriquece o passado e o jardim que me perfuma o presente e me engrandecer o futuro.

-*-Todas as alegrias com que me regozijo agora, devo a elas, luzes abenoadas do meu destino e vivendo particularmente no corao de cada uma, experimento a felicidade sempre maior, suscetvel de ser encontrada no caminho da perfeita compreenso.

, por isto, que, nesta noite, se pronuncia aqui, sobretudo, com mais calor, o meu esprito de irmo e de companheiro.

-*-Nosso centro consagrado a Jesus o lar de nossas almas.

Aqui, aprendemos a caminhar entre os abrolhos da Terra, a esquecer os espinhos da jornada, a recolher as flores da esperana, a selecionas os nossos desejos, a centralizar aspiraes na Esfera Superior e a marchar para a frente e para o alto sob o patrocnio do Mestre Querido que buscamos com todo o fervor da confiana vitoriosa.

-*-Nem sempre, meus amigos, conseguimos entender toda a importncia de um domiclio de luz espiritual com que possamos inflamar conscincia e corao nos ideais superiores.

Comumente, necessrio perdermos a ddiva do corpo a fim de perceber a grandeza de uma fonte em que dessedentemos o corao, sequioso de paz e esclarecimento.

-*-Mas, presentemente, posso aquilatar, com mais exatido, a oportunidade da iniciativa que nos compeliu a materializar aqui em nossa amada cidade de Muria, o nosso Grupo de estudos evanglicos.

Sumamente feliz, portanto, sinto-me viver em vocs todos, na sinceridade e no objetivo com que se renem aqui e rogo ao Senhor nos fortalea no caminho das nossas realizaes mais altas.

-*-A sementeira promete as mais preciosas rvores do porvir.

Por agora, as dificuldades ainda se multiplicam. Tempestades costumam acenar-nos de longe e, por vezes, os vermes da discrdia tendem a neutralizar nosso esforo, ameaadores; entretanto, no s a convico que vibra em nosso raciocnio, no so apenas os clculos acerca da outra vida as operaes mentais que nos mobilizam o pensamento; o Evangelho est brilhante, em derredor de nossos coraes redivivos na f renovadora e santificante, sob o patrocnio de Gabriel e de tantos outros Benfeitores que nos auxiliam e socorrem, nos ensinam e salvam...

-*-Sabemos, agora, que ramos egos e que Jesus nos curou, compadecido e bondoso; que ramos loucos perseguindo interesses transitrios do campo material e que o Senhor nos reajustou o juzo e o equilbrio; que ramos paralticos no catre de velhas fraquezas, desajustados de nossa insignificncia, mas que o Divino Mestre nos restituiu ao movimento e vida; que ramos sofredores endividados e que o Amigo Celestial veio ao nosso encontro, reformando-nos os ttulos de esperana.

-*-Amigos, dentro dessa doce certeza na eternidade e no imprio do amor com a justia, trabalhemos, cada vez mais, na extenso das bnos que o Espiritismo Evanglico nos trouxe.

Nossa casa no somente um templo que espera por Cristo; tambm um campo bendito de trabalho, dentro do qual, todos podemos e devemos individualmente cooperar com Ele.

A Doutrina crena e consolao, mas, acima de tudo, servio cristo com impulso renovador.

-*-estendamos as flores e os frutos de nossa lavoura sublime, alm de nossos passos pela propaganda vivida e diria da bondade e do entendimento com sacrifcio pessoal de nossos caprichos e com desvelado amor execuo da vontade soberana e augusta do senhor.

-*-Trabalhemos, assim, cada vez mais, amparando-nos, reciprocamente, nos crculos de ao edificante a que fomos chamados.

Pequeninos so os deveres e leves as obrigaes, com Jesus nossa frente, de vez que o galardo do aprendiz fiel excede sempre ao nosso escasso mrito.

De almas entrelaadas na f viva que nos rene, ajustemos nosso esprito ao Divino Modelo.

Esta, em resumo, a essncia de minha carta singela, nesta noite, em que meu esprito se une a todos os familiares queridos e aos queridos companheiros, sentindo em cada um a continuidade de mim mesmo.

E aqui, cessam as letras para que as vibraes de meu carinho se multipliquem, indefinidamente, em derredor de todos. Recebam as lgrimas de minha alegria e de minha gratido.

E que estejamos com Jesus, tanto quanto Jesus est conosco, o maior desejo do irmo reconhecido.

(pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier, em Muria, Minas, em reunio de 06 de junho de 1949).