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Abordagem Centrada na Pessoa CURSO: Psicologia Disciplina: Matrizes III Prof. Marcos Rocha

Abordagem Centrada Na Pessoa - 2012.1

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Abordagem Centrada na Pessoa

CURSO: PsicologiaDisciplina: Matrizes III Prof. Marcos Rocha

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Carl R. Rogers, nasceu no dia 08 de janeiro de 1902, em Oak Park, subúrbio de Chicago.

Morreu em La Jolla, Califórnia no dia 04 de fevereiro de 1987.

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NOÇÃO-CHAVE

Tendência atualizante – O ser humano tem a capacidade, latente ou manifesta, de compreender-se a si mesmo e de resolver seus problemas de modo suficiente para alcançar a satisfação e eficácia necessárias ao funcionamento adequado.

Essa energia de crescimento precisa de condições especiais para se desenvolver.

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TENDÊNCIA ATUALIZANTE

É o exercício de todas as funções,tanto físicas quanto experienciais. E visa constantemente desenvolver as potencialidades do indivíduo para assegurar sua conservação o e seu enriquecimento, levando em conta as possibilidades e os limites do meio.

Crescimento do “organismo” em sua totalidade.

Noção do “eu”.

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A tendência atualizante procura atingir aquilo que o sujeito percebe como valorizador ou enriquecedor, não necessariamente o que é objetiva ou intrinsecamente enriquecedor.

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NOÇÃO DO “EU” E TENDÊNCIA ATUALIZANTE

A noção do “eu” é uma estrutura perceptual, isto é, um conjunto organizado e mutável de percepções relativas ao próprio indivíduo.

A tendência atualizante e a noção do “eu” determina o comportamento, uma fornece a energia; outra a direção.

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TENDÊNCIA FORMATIVA

Trata-se de uma tendência evolutiva para uma maior ordem, uma maior complexidade, uma maior inter-relação.

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Liberdade experiencial - A capacidade de perceber o que se passa no organismo, sem negar ou distorcer. Consiste no fato de que a pessoa se sente

livre para reconhecer e elaborar suas experiências e sentimentos pessoais como ele o entende.

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VISÃO ORGANÍSMICA

Esta visão organísmica nos permite compreender o indivíduo como um “organismo” que integra uma totalidade e como tal o que ocorre em uma parte afeta o todo.

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A natureza humana é basicamente positiva, não há em nós nada negativo ou mal.

Se não fossemos forçados em moldes socialmente construídos, mas, em vez disso fôssemos aceitos pelo que somos, viveríamos de forma que realçassem a nós mesmos e a sociedade.

O exercício desta capacidade requer relação humana positiva, favorável à conservação e a valorização do ‘eu’, isto é, relação desprovida de ameaças ou de desafio a concepção que o sujeito faz de si mesmo.

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Os seres humanos basicamente precisam e querem a satisfação pessoal e relacionamentos próximos e íntimos com os outros.

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A ATMOSFERA TERAPÊUTICA

Técnicas ou atitudes ?

Atitude - pode ser definida e um modo geral como uma tendência constante para perceber e agir num determinado sentido.

Técnica - conjunto de procedimentos que devem ser seguidos para um determinado fim.

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CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA ATMOSFERA TERAPÊUTICA Segurança interna e segurança externa.

A segurança interna: decorre da diminuição do nível de angústia, atividade muitas vezes penosa e difícil, mas ao mesmo tempo digna de crescimento.

Segurança externa: sigilo profissional.

Atitudes tutelares.Ex.: Todo mundo passa por isso... Você leva a vida

muito a sério...Obs: Cuidado com o que fala, pois o que se diz tem

um tom profissional.

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Realizar essas atitudes é negar a própria existência do problema, e principalmente a capacidade de julgar.

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ESTIMULAR A ATIVIDADE DE AUTODETERMINAÇÃO

Se o cliente é levado a falar por vontade própria, de temas que ele mesmo escolhe, e desenvolve à medida que o deseja, o cliente visa uma satisfação que é particularmente útil para seu restabelecimento.

A satisfação sadia, terapêutica, é aquela que decorre de toda a atividade que admite uma medida adequada de escolha, decisão, e de compromisso pessoal.

Não existe o objetivo de solucionar Não existe o objetivo de solucionar exclusivamente o problema, mas sim proporcionar exclusivamente o problema, mas sim proporcionar um crescimento global do nosso clienteum crescimento global do nosso cliente

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O problema apresenta-se como um momento O problema apresenta-se como um momento inicial, um indicio de que se deve buscar inicial, um indicio de que se deve buscar ajuda. ajuda.

O terapeuta não deve através do O terapeuta não deve através do conhecimento teórico, explicar as atitudes de conhecimento teórico, explicar as atitudes de seu cliente, nem muito menos dar conselhos, seu cliente, nem muito menos dar conselhos, é importante que, seu cliente aprenda com é importante que, seu cliente aprenda com suas próprias experiências.suas próprias experiências.

Na terapia não-diretiva, o objetivo é de Na terapia não-diretiva, o objetivo é de “mudar” a percepção do cliente a respeito de “mudar” a percepção do cliente a respeito de si, das pessoas, das coisas e acontecimentos.si, das pessoas, das coisas e acontecimentos.

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No processo psicoterápico, não devemos No processo psicoterápico, não devemos mudar o comportamento, mas sim, contribuir mudar o comportamento, mas sim, contribuir para a mudança de percepção.para a mudança de percepção.

Vale salientar que esta mudança deve se dar Vale salientar que esta mudança deve se dar de forma espontânea, através do insight, e de forma espontânea, através do insight, e não coagida. não coagida.

As vezes no processo terapêutico o terapeuta As vezes no processo terapêutico o terapeuta enxerga além do que o cliente vê.enxerga além do que o cliente vê.

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EVITAR A INVERSÃO DAS FORÇAS DE CRESCIMENTO

O processo de revelação, ou interpretação pode parecer frutífero à primeira vista, já que geralmente, a uma mudança notável na conduta.

Aquilo que o terapeuta deve esforçar-se por liberar o cliente não é de suas defesas; mas de sua angústia.

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ATACAR AS DEFESAS DO CLIENTE PODEM GERAR:

Abandono do processo terapêutico.

O cliente tende a se concentrar sobre esses aspectos negativos e a acentuá-los, expondo-se com uma franqueza desconcertante, quase cruel, diante do terapeuta.

Pode-se criar a falsa impressão de que o processo está evoluindo de forma satisfatória, mas na realidade o cliente está se lançando no processo para ter a atenção do terapeuta.

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O CALOR DA RELAÇÃO TERAPEUTA-CLIENTE

“O que experimenta o indivíduo em terapia é, ao que parece, a experiência de ser “amado”. Amado não de forma possessiva, mas de uma forma que lhe permita ser uma pessoa distinta, com ideias e sentimentos próprios e uma maneira de ser que lhe é exclusivamente pessoal”. ROGERS, 1977.

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EMPATIA Em primeiro lugar é imprescindível que tanto o

facilitador quanto o cliente sintam-se bem e verdadeiramente disponíveis nessa relação.

Depois, o facilitador deverá ser capaz de se colocar no lugar do outro, tendo desta forma, provavelmente maior disponibilidade interna em entendê-los, seus motivos, seus medos e sentimentos e conseqüentemente mais condições de não julgar ou direcionar a relação de ajuda.

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CONGRUÊNCIA

Implica que o terapeuta seja verdadeiro, isto é, sincero, integrado e autêntico, durante a sessão da terapia. Não apresenta uma falsa imagem, sua experiência interna e expressão manifesta se casam.

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ACEITAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL

É a capacidade do facilitador em aceitar o outro sempre de maneira positiva, sempre entendendo que o outro a sua maneira está no fundo procurando se sentir bem e se encontrar.

Se o facilitador acredita e tem claro dentro de si a tendência atualizante, fica mais fácil aceitar o outro, mesmo que não entendendo ou não concordando. Aceitar não significa concordar.

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QUAL O SIGNIFICADO DA NOÇÃO DE INCONSCIÊNCIA NA TEORIA ROGERIANA?

A tendência atualizante é a única força que rege o indivíduo.

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ELEMENTOS CONSCIENTES E “INCONSCIENTES”

Experiências simbolizadas – engloba tudo aquilo que o indivíduo se da conta atualmente, assim como todas as experiências passadas capazes de entrar imediatamente no campo perceptual.

Experiências não-simbolizadas.

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EXPERIÊNCIAS NÃO-SIMBOLIZADAS DIVIDI-SE EM:

Experiência potencialmente simbolizáveis: elementos de experiência cuja simbolização é impedida em razão de sua significação ameaçadora em relação à imagem do “eu”.

Experiência não-simbolizáveis: inacessíveis a consciência, seja por terem sido percebidas pelo indivíduo como não tendo importância em relação ao “eu”, seja por sua intensidade ser muito reduzida para ultrapassar o limiar da percepção.

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“O homem é o principal responsável por suas escolhas e pela forma como conduz sua vida.”

Jean P. Sartre

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BIBLIOGRAFIA

RUDIO, RUDIO, Franz VictorFranz Victor.. Orientação não-diretiva Orientação não-diretiva na educação, no aconselhamento e na na educação, no aconselhamento e na psicoterapia. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1980.psicoterapia. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1980.