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Aborto espontâneo Aborto espontâneo é muito comum Para as mulheres que já curtiam o início da gravidez, o aborto espontâneo acaba sendo uma horrível perda, causando uma tristeza imensa. Ocorre que a maioria delas sofre esse tipo de aborto sem ao menos saber que estava grávida. O aborto espontâneo ocorre até a 20ª semana de gestação, com maior incidência nas 12 primeiras semanas. Cerca de 20% das mulheres que descobrem a gravidez apresentam um aborto espontâneo. Esse número aumenta se incluirmos as mulheres que nem sabiam da existência de uma gravidez. Muitas vezes o único indício de que houve um aborto é o atraso de alguns dias do ciclo menstrual. Uma informação que as mulheres não têm e por conta disso ficam muito preocupadas achando que nunca poderão desenvolver uma gestação é de que ter até 3 abortos espontâneos seguidos é normal e não quer dizer que há algum problema com a mulher ou com o companheiro. A grande causa dos abortos espontâneos, cerca de 60%, é o não desenvolvimento normal do feto por uma alteração cromossômica, não tendo como se prevenir. Às vezes, a mamãe se culpa por ter feito exercícios demais ou por ter tido relações sexuais durante o início da gravidez. Tudo mito. Fazer exercícios, ter relações sexuais, uma simples queda ou fortes emoções e estresse não são causas de aborto espontâneo. Tome cuidado - Algumas causas do aborto espontâneo são passíveis de prevenção. Logicamente que ingestão de álcool, fumo e drogas potencializam o risco. Outros agravantes: infecções, disfunções da tireóide ou útero, diabetes ou alterações hormonais. A baixa do hormônio progesterona faz com que a gravidez não seja viável. Por isso, a visita ao médico para avaliações periódicas fazem muito bem à saúde e melhoram a qualidade de uma gravidez não planejada. Como já vimos, na maior parte dos abortos espontâneos não há como prevenir. Sangramento - Nem todo sangramento é o princípio de um aborto. O sangramento pode ocorrer quando o feto se implanta no útero. Se ocorrer regularmente, favor seguir à risca as recomendações do médico. Um bom descanso, evitar erguer pesos e relações sexuais. Sangramentos e cólicas são sintomas de um aborto espontâneo. Se houver descida de algum material, recolha-o e leve para o médico examinar. Muitas vezes não há sangramento, só um corrimento forte, que são as membranas que se romperam. Em qualquer destes sintomas, procure logo seu médico.

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Aborto espontâneo

Aborto espontâneo é muito comum

Para as mulheres que já curtiam o início da gravidez, o aborto espontâneo acaba sendo uma horrível perda, causando uma tristeza imensa. Ocorre que a maioria delas sofre esse tipo de aborto sem ao menos saber que estava grávida.

O aborto espontâneo ocorre até a 20ª semana de gestação, com maior incidência nas 12 primeiras semanas. Cerca de 20% das mulheres que descobrem a gravidez apresentam um aborto espontâneo. Esse número aumenta se incluirmos as mulheres que nem sabiam da existência de uma gravidez. Muitas vezes o único indício de que houve um aborto é o atraso de alguns dias do ciclo menstrual.

Uma informação que as mulheres não têm e por conta disso ficam muito preocupadas achando que nunca poderão desenvolver uma gestação é de que ter até 3 abortos espontâneos seguidos é normal e não quer dizer que há algum problema com a mulher ou com o companheiro.

A grande causa dos abortos espontâneos, cerca de 60%, é o não desenvolvimento normal do feto por uma alteração cromossômica, não tendo como se prevenir. Às vezes, a mamãe se culpa por ter feito exercícios demais ou por ter tido relações sexuais durante o início da gravidez. Tudo mito.

Fazer exercícios, ter relações sexuais, uma simples queda ou fortes emoções e estresse não são causas de aborto espontâneo.

Tome cuidado - Algumas causas do aborto espontâneo são passíveis de prevenção. Logicamente que ingestão de álcool, fumo e drogas potencializam o risco. Outros agravantes: infecções, disfunções da tireóide ou útero, diabetes ou alterações hormonais.

A baixa do hormônio progesterona faz com que a gravidez não seja viável. Por isso, a visita ao médico para avaliações periódicas fazem muito bem à saúde e melhoram a qualidade de uma gravidez não planejada. Como já vimos, na maior parte dos abortos espontâneos não há como prevenir.

Sangramento - Nem todo sangramento é o princípio de um aborto. O sangramento pode ocorrer quando o feto se implanta no útero. Se ocorrer regularmente, favor seguir à risca as recomendações do médico. Um bom descanso, evitar erguer pesos e relações sexuais.

Sangramentos e cólicas são sintomas de um aborto espontâneo. Se houver descida de algum material, recolha-o e leve para o médico examinar. Muitas vezes não há sangramento, só um corrimento forte, que são as membranas que se romperam. Em qualquer destes sintomas, procure logo seu médico.

Quando houver mais de três abortos seguidos, uma avaliação mais profunda deve ser realizada na mulher e no seu companheiro para verificar as possíveis causas do aborto que já não é mais espontâneo e, sim, habitual.

Dicas

Quanto mais velha a mulher, maior o risco de acontecer um aborto espontâneo.

Há as mesmas possibilidades de um aborto espontâneo mesmo depois de uma gestação.

Normalmente os médicos indicam de quatro a seis semanas de descanso ou a normalização do ciclo menstrual antes de engravidar novamente

Abortos espontâneosDr. Mario Burlacchini é médico, especialista em Medicina Fetal e assistente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

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Depois de um atraso menstrual, algumas mulheres perdem sangue e acham que finalmente menstruaram. Estavam enganadas. Na verdade, tinham engravidado e estavam eliminando o embrião recém-formado. Depois, engravidam novamente, levam a gestação a termo, muitas vezes sem saber que tiveram um abortamento silencioso, que não deixou sequelas.

De certo modo, parece haver uma espécie de seleção natural associada ao abortamento espontâneo, especialmente se ocorreu até a oitava semana da gravidez. Em torno de 60% dos casos, os embriões apresentavam alguma malformação ou alteração genética e foram eliminados naturalmente.

Há mulheres, no entanto, que apresentam abortamentos sucessivos, o que pode abalá-las emocionalmente e interferir no relacionamento do casal. Muitas são as causas que explicam essa interrupção espontânea da gravidez. Embora em alguns casos seja impossível determiná-las, para a grande maioria existe tratamento.

CONCEITO DE ABORTAMENTO

Drauzio – Qual o conceito médico que define um episódio de abortamento?

Mario Burlacchini – Considera-se abortamento a interrupção da gravidez até a 20ª, 22ª semana, ou seja, até o quinto mês de gestação. Além disso, é preciso que o feto esteja pesando menos de 500 gramas para definir o episódio como aborto espontâneo ou provocado.

Drauzio – Vamos imaginar que a gravidez seja interrompida na 15ª semana e o feto ultrapasse os 500 gramas. Embora isso seja quase impossível de acontecer, o episódio ainda seria definido como abortamento?

Mario Burlacchini – É muito difícil um feto normal pesar mais de 500 gramas nessa fase da gravidez, a não ser que apresente um aumento de peso patológico, como ocorre nos casos de hidropsia, por exemplo. De qualquer modo, só é considerado abortamento se o feto não ultrapassar os 500 gramas.

Drauzio – A partir de 20, 22 semanas e 500 gramas de peso, como se classifica a interrupção da gravidez?

Mario Burlacchini – Entre a 22ª e a 36ª semana de gravidez, concentra-se a faixa de prematuridade. Nesse caso, a interrupção da gravidez é considerada parto prematuro que pode ser espontâneo ou eletivo e iatrogênico, quando o médico precisa interromper a gestação por algum motivo especial.

PATOLOGIA FREQUENTE

Drauzio – Os abortamentos espontâneos são muito mais frequentes do que se imagina, porque existem aqueles que são silenciosos e contrariam o conceito geral de que ocorrem depois de dois ou três meses de gravidez, quando a mulher tem um sangramento importante.

Mario Burlacchini – O aborto é uma patologia muito freqüente no ser humano. Desde o momento em que a mulher percebe que está grávida, ou seja, em que tem um atraso menstrual e o teste de gravidez dá positivo, a taxa de abortamento fica em torno de 15%. No entanto, se considerarmos

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período anterior ao teste positivo, porque demora algumas semanas para isso acontecer, esses números podem chegar a 30% ou 40%.

Drauzio – Quer dizer que se considerarmos o total de gestações a partir do momento em que ocorre e fecundação, de 30% a 40% terminam em abortamento espontâneo? Por quê?

Mario Burlacchini – As causas são muito variáveis. Para boa porcentagem dos abortos, em torno de 30% ou 40%, não se consegue definir nenhuma etiologia, nenhuma causa específica. Para os 60% restantes, é possível identificar a causa, em geral considerando o momento em que ocorreu o abortamento, se foi precoce ou mais tardio.

Drauzio – Poderíamos dizer que existiria, durante a gestação, uma espécie de seleção natural e que esse número expressivo de mulheres que perde espontaneamente os filhos seria sinal de gestações inadequadas e de fetos malformados?

Mario Burlacchini – Com certeza, a seleção natural existe e esse é um argumento que utilizamos para consolar o casal diante da decepção da gravidez interrompida. Quanto mais precoce o aborto, maior a possibilidade de o feto não estar bem formado. Estudos mostram que em 60% das gestações que não ultrapassam a oitava semana, há alguma alteração genética, principalmente cromossômica, como a que está presente na síndrome de Down, por exemplo.

Drauzio – Os abortamentos são mais comuns em que fase da vida reprodutiva?

Mario Burlacchini – São mais comuns principalmente acima dos 35 anos da mulher. É também nessa faixa etária que aumenta a possibilidade de malformações e anomalias fetais que levam ao abortamento espontâneo.

Drauzio – Há alguma relação com a idade paterna?

Mario Burlacchini – Não há nenhum estudo que comprove haver relação entre abortamento espontâneo e a idade paterna. Atualmente, alguns estudos levantam a suspeita de que a idade paterna possa estar relacionada com malformação fetal, principalmente com displasia esquelética, ou seja, malformação de ossos e do tamanho do tórax.

ABORTAMENTOS HABITUAIS

Drauzio – O que diferencia o abortamento esporádico do habitual?

Mario Burlacchini – O abortamento pode ser esporádico. A mulher engravida e sofre um abortamento, mas depois tem duas ou três gestações normais. Para ser classificada como abortadora habitual, precisa ter três ou mais abortos sucessivos, os chamados de abortos de repetição, e é uma paciente que merece ser investigada. No passado, só se pensava em estudar essas pacientes depois do terceiro episódio. Hoje, com o desenvolvimento da medicina, acha-se muito cruel esperar que ocorram três abortos para começar a investigação. Por isso se preconiza que, havendo disponibilidade de exames, a pesquisa comece depois do segundo aborto sucessivo.

Em se tratando de saúde pública, porém, isso não é fácil de realizar e a investigação das causas de abortamento começa, em geral, depois de três ou mais abortamentos.

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Drauzio – Bem no início da gravidez, podem ocorrer abortamentos silenciosos difíceis de serem identificados. A menstruação ocorre depois de uns dias, às vezes, uma ou duas semanas depois da data prevista e o fato é interpretado como atraso menstrual e não como abortamento espontâneo.

Mario Burlacchini – Em geral, esses abortamentos não são diagnosticados. São abortos subclínicos, muito precoces, e não há como comprovar que realmente ocorreram. Atualmente se acredita que sejam ligados à linha imunológica, à rejeição do hospedeiro contra o antígeno, ou seja, imunologicamente a mulher rejeita a gravidez porque o embrião é um corpo novo que se instala no organismo materno, que o reconhece como estranho e provoca sua eliminação.

Drauzio – Em medicina, existe uma analogia entre gravidez e tumor maligno, porque o feto não é igual à mãe. Na verdade, se retirarmos um fragmento de pele de um bebê recém-nascido e o enxertarmos na mãe, ela rejeitará a pele do filho. Como, então, o feto consegue crescer no interior de um organismo diferente sob o ponto de vista imunológico sem ocorrer rejeição?

Mario Burlacchini – No momento da implantação do embrião, certos linfócitos e macrófagos do sistema imunológico são ativados. De um lado, são ativadas células que potencializam a resposta imunológica (linfócitos T helper ou auxiliadores) e de outro, o próprio embrião produz fatores supressores que vão estimular a produção de células imunologicamente competentes, capazes de bloquear a resposta da mãe contra o embrião. Do balanço entre esses mecanismos de ações opostas, resulta o sucesso ou o fracasso da gestação.

Drauzio – Qual é o procedimento para investigar a causa de três abortamentos consecutivos numa mulher?

Mario Burlacchini – A primeira medida é inteirar-se da época em que ocorreu o abortamento, que é considerado precoce até a 12ª semana de gravidez, e tardio entre a 12ª e a 20ª semana. Se foi precoce, as principais causas são as genéticas, as infecciosas ou as imunológicas. Já os mais tardios estão relacionados com a dificuldade de expansão, de crescimento do útero, como as malformações uterinas e a incompetência cervical, isto é, a incapacidade de manter o colo do útero fechado para levar a gravidez a termo.

Nos abortamentos precoces, o casal passa por uma avaliação genética para verificar se há casos de malformação e de problemas genéticos na família e pode ser pedido o cariótipo do casal.

Drauzio – Você poderia explicar o que é cariótipo?

Mario Burlacchini – Cariótipo é o mapa dos cromossomos. Homens e mulherestêm 23 pares de cromossomos. Quando há abortamentos habituais, é comum encontrar no casal o que chamamos de translocação balanceada, ou seja, existe a mudança de posição de algum cromossomo, que é transferido de forma não balanceada para o filho. Isso acontece em 3%, 4% dos casais abortadores habituais que só ficam sabendo do fato quando ocorrem os abortamentos.

Drauzio – Na gravidez que ultrapassa 10 ou 12 semanas, as causas de aborto mecânicas e anatômicas passam a ser as mais importantes?

Mario Burlacchini – É claro que não existe uma parede separando as doze primeiras semanas das subseqüentes, mas usamos essa data como referência. Em geral, os abortos mais tardios estão relacionados com malformações uterinas, como o útero didelfo (dois úteros formados por dois cornos uterinos e dois colos), o útero bicorno (dois corpos uterinos em um só colo), o útero septado (com um fenda na cavidade uterina) e incompetência cervical.

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Drauzio – Essa diversidade de formas uterinas são variações anatômicas encontradas com frequência?

Mario Burlacchini – Principalmente o útero bicorno é muito frequente.

ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS

Drauzio – Quais são as possibilidades de resolver o problema de um casal com alterações cromossômicas, uma vez que não se pode mudar a genética?

Mario Burlacchini – A alteração cromossômica é a mais complicada de todas. Se o casal tem translocação balanceada, o risco de transmiti-la de forma não balanceada para o feto é de 25%. É um índice elevado, uma vez que em cada quatro gestações uma apresentará a alteração.

Como não há tratamento que consiga modificar a genética, a única saída é partir para a fertilização assistida com a doação de oócitos ou de espermatozóides, dependendo do lado que venha o problema.

Drauzio – Qual a conduta quando o aborto ocorre por alteração imunológica, ou seja, a mãe elimina o feto porque o reconhece como um corpo estranho?

Mario Burlacchini – Esse tipo de aborto se chama alo-imune, e o problema deve ser identificado e tratado antes de a mulher engravidar. A genotipagem, ou seja, a pesquisa genética, mostra se há compatibilidade entre marido e mulher. Quanto maior for a compatibilidade genética, maior o risco de aborto. O ideal é que os dois sejam bastante incompatíveis.

Drauzio – Esse é um conceito muito importante. Você poderia repeti-lo?

Mario Burlacchini – Fazendo a genotipagem, identifica-se o grau de compatibilidade entre o homem e a mulher. Quanto maior o número de alelos compatíveis, maior o risco de abortamento. Alelos incompatíveis diminuem a possibilidade de abortos.

Drauzio – Exatamente o contrário do que se deseja nos transplantes.

Mario Burlacchini – É exatamente o contrário do que se deseja nos transplantes. Em vista disso, o tratamento consiste em sensibilizar a mãe com os antígenos do marido, por meio da infusão de leucócitos paternos antes da gravidez, para que ela crie anticorpos e reconheça o embrião quando for implantado em seu útero, já que ele carrega características genéticas do pai. Essa é a causa alo-imune da reação antígeno-hospedeiro. A outra causa imunológica de abortamento é a auto-imune, ou seja, a mulher começa a produzir anticorpos contra si própria. Não é necessário que um corpo estranho se instale dentro dela para desencadear a reação. É o caso da chamada síndrome antifosfolípedes.

Existem também as trombofilias, alterações imunológicas muito valorizadas atualmente, e que podem ser tratadas no caso das abortadoras habituais.

CAUSAS INFECCIOSAS

Drauzio – Quais são as causas infecciosas de abortamento?

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Mário Burlacchini – Embora algumas infecções sejam consideradas como causa de abortamento habitual, é muito difícil uma paciente ter três abortos provocados pela mesma infecção. Veja o que acontece com a toxoplasmose, por exemplo, uma infecção que pode ser transmitida da mãe para o feto e que, na fase aguda, quando acontece muito precocemente, leva ao abortamento. No entanto, se a mulher já contraiu essa doença numa gravidez, provavelmente ela não se repetirá na gestação seguinte.

Algumas infecções vaginais, como a clamídea e a vaginose bacteriana, também podem ser causa de abortamento, mas tratadas de forma adequada deixam de representar problema.

Drauzio – Que cuidados a mulher grávida deve ter para não pegar toxoplasmose?

Mario Burlacchini – De preferência antes de engravidar, a mulher deve consultar o obstetra ou ginecologista para uma avaliação pré-concepcional e colher algumas sorologias para infecções como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus. Exceção feita ao citomégalo, se houve contato prévio com os agentes dessas patologias, ela está protegida. Se não houve, contra a rubéola existe vacina.

Contra a toxoplasmose não existe, mas há como prevenir o contágio. Os primeiros cuidados se referem à alimentação. Carnes mal cozidas, verduras cruas e mal lavadas, sanduíches preparados sem a devida higiene não devem fazer parte do cardápio. Ovo cru e casca de ovo, que muitas pessoas comem porque acreditam que tem cálcio e faz bem para os ossos, podem representar também uma fonte de transmissão da doença. É aconselhável, ainda, que a pessoa use luvas quando manipula carnes que podem estar contaminadas.

O mais importante, porém, é evitar o contato com gatos, porque eles são os grandes transmissores da toxoplasmose. Em São Paulo, alguns anos atrás, ocorreram casos da doença adquirida na areia dos parques infantis, onde gatos eliminam dejetos durante a noite liberando o agente transmissor da toxoplasmose. No dia seguinte, não só as crianças, mas todas as pessoas que mexiam nos tanques de areia contaminada adquiriam a infecção.

Drauzio – Quando você diz que se deve evitar o contato com gatos, está se referindo também ao gatinho de estimação?

Mario Burlacchini – Também ao gatinho de estimação. Se a pessoa vai manipular material que contenha fezes ou urina de seu gato, deve pelo menos usar luvas porque as mãos podem ter pequenas escoriações que servem de porta de entrada para a contaminação.

Drauzio – E os pombos, também representam perigo na transmissão da toxoplasmose?

Mario Burlacchini – Acredita-se que o pombo também seja transmissor dessa doença, mas não é tão importante quanto o gato. Na verdade, se não existissem gatos, provavelmente não teríamos toxoplasmose. Talvez o pombo adquira o toxoplasma porque cisca nos lugares em que o gato liberou o agente infectante.

ANOMALIAS ANATÔMICAS

Drauzio – Em relação às variações anatômicas, qual a conduta mais indicada para evitar o abortamento?

Mario Burlacchini – Inicialmente nós sempre tentamos evitar a cirurgia. Se de um lado ela visa à correção de uma anomalia para o útero expandir-se, por outro pode criar um fator de dificuldade

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para manter a gravidez e até mesmo para a mulher engravidar. São as aderências que aparecem no local do corte onde se forma a cicatriz.

Por isso, é preferível que ela engravide e comece o pré-natal precocemente, pois existem substâncias que facilitam o relaxamento uterino para que ele cresça sem problemas. A progesterona, por exemplo, é um bio-relaxante fácil de administrar que favorece a distensão da fibra muscular uterina e prolonga a gravidez.

Nos casos em que o colo do útero dá sinais de incompetência cervical, ou seja, de que não é capaz de se manter fechado até o final da gravidez, a indicação é uma cirurgia simples chamada circlagem realizada no terceiro mês (12ª, 13ª, 14ª semana). Por via vaginal, são dados pontos no colo do útero para fixá-lo até o final da gestação, quando os pontos são tirados e a mulher entra em trabalho de parto espontâneo.

PERFIL PSICOLÓGICO

Drauzio – Dizem que mulheres mais estressadas e com problemas de ansiedade estariam mais propensas a abortamentos espontâneos. O que existe de científico nisso?

Mario Burlacchini – Pacientes abortadoras de repetição ou habituais têm um perfil de estresse acentuado. Na verdade, trata-se de um circulo vicioso: a mulher fica ansiosa porque teme não conseguir levar a gravidez a termo e isso acarreta dificuldades de manter a gravidez e até mesmo de engravidar.

A gente sabe que a mente comanda o corpo dentro de certos limites. Se a paciente começa o pré-natal muito ansiosa, com muito medo e muito negativismo, vai desencadear fenômenos biopsíquicos que podem levá-la a novo abortamento.

Por isso, o atendimento da paciente abortadora habitual precisa ser multidisciplinar. Ginecologista, obstetra, geneticista, assim como o laboratório e os profissionais que nele trabalham são fundamentais no acompanhamento dessas pacientes.

O apoio psicológico também é muito importante e deve incluir o casal e não só a mulher. É preciso que ela se tranqüilize, tenha confiança no tratamento proposto e esteja disposta a segui-lo direitinho. Não adianta o médico prescrever a medicação, se ela não acredita que seguir o tratamento vai ajudá-la.

Drauzio – Falamos do impacto do psiquismo na gravidez. Agora vamos falar do impacto causado pela repetição dos abortos na psicologia da mulher e na vida do casal que quer ter filhos?

Mario Burlacchini – Não existem estatísticas a respeito do número de mulheres abortadoras habituais que desistem de engravidar, mas são muitas. O abortamento repetido pode levar a problemas familiares e até mesmo à separação do casal. A impossibilidade de ter filhos leva a uma frustração muito grande, uma vez que está arraigada nas pessoas a tradição de casar, ter filhos, criá-los.

Às vezes, a mulher nos procura sozinha e percebe-se que ela está sofrendo pressões por não conseguir engravidar, embora nem sempre seja a causadora do problema. Nas clínicas de esterilidade, não é raro o homem recusar-se a ser avaliado, temendo ser a causa do problema.

Drauzio – O homem sempre acha que a causa está na mulher?

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Mario Burlacchini – Na grande maioria das vezes, acha. A situação ainda é pior para as pacientes que engravidam e não mantêm a gravidez, porque fica patente que ele é capaz de engravidá-la e é ela que não consegue manter a gravidez.

Muitos casais chegam ansiosos. Felizmente, no local onde exerço mais o acompanhamento de gestantes com abortamento, temos um serviço de psicologia competente, acostumado a lidar com o casal com esse problema ou com qualquer outro que surja na gravidez.

ACOMPANHAMENTO MÉDICO

Drauzio – A mulher com abortamentos frequentes que tipo de médico deve procurar?

Mario Burlacchini – Inicialmente deve procurar o seu ginecologista que com certeza vai recorrer a outros profissionais. O geneticista fará uma avaliação do casal e, se for localizado algum problema genético, providenciará um encaminhamento para os setores apropriados ou até mesmo para o setor de esterilidade, de reprodução humana para fazer uma fertilização in-vitro, se for essa a opção.

Sob o ponto de vista imunológico, o ginecologista e o obstetra precisarão também de orientações hematológicas, porque os aspectos imunes mexem com a via sangüínea provocando infartos e tromboses que repercutem durante a gravidez.

No caso de malformações, acredito que um ginecologista com experiência seja capaz de lidar com o problema. Hoje, existem médicos que se especializam numa linha específica de abortamento e que podem dar suporte ao ginecologista.

Meninas lembram-se de mim???Pois é para que me conheçe e e se lembra dos meus tópicos sabe que já estive grávida duas vezes e as duas vezes que estive grávida em espaço de pouco tempo depois de saber perdi os meus bebes. ;O(Não sei porque...Se por andar sempre a correr, se pelo stress do meu dia á dia, não sei.Esta ultima vez que ainda nem foi á um més, tive mais cuidado que da 1º gravidez estava feliz muito mesmo por voltar a estar gravida em tão pouco espaço de tempo, mas ele voltou a ir embora e voltei a ficar de rastos.Passado uns diazitos fui á eco ver se tinha saido tudo naturalmente e sim saiu.Mas o medico nessa consulta também me disse que tinha um pequeno ioma no utero de 0,8mm pequeito.Os meus patroes quando souberam que estava de bebe e que voltei a perder, não reagiram nada mal e pelo contrario até a minha patroa me disse:- secalhar tu es daquelas mulheres que tems de estar em repouso e descanso, se não fores tu a olhar por ti mais ninguém se rala.Confesso que me senti reconfortada para que da próxima vez,a 3º vez, tudo fosse diferente.A próxima não sei como será ou irá para a frente quero muito ser mãe, mas não sei o que está a falhar...Agora estou á espera da mestruação a 1 depois de ter abortado, o medico quer voltar a ver-me. Pois quero engravidar outra vez. Espero que tudo corra melhor provavelmente em repouso em casa, mas

que este bebe venha pois é muito esperado...

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vais ver qu brevemente vais ter um bebé linddo e saudavel, e que vai crescer cheio de força pois tem duas estrelinhas como anjinhos da guarda, espero que te corra tudo bem e nõ desanimes ,como se costuma dizer à 3a é de vez...

03-10-2008- finalmente encontrei o que tanto procurava http://sonhos-tecidos.blogspot.com/, miminhos para os nossos tesouros

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Domingo, 20/03/2011 - 23:31

#2

soleil82

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Desde: 15.05.2010

nao te preocupes, as

nao te preocupes, as gravidezes nao sao todas iguais, eu proprias tive 2 abortos, e agora estou gravida de quase 30 semanas.tens é que ter calma, e ver que tudo vai correr bem.bj

soleilmae de um menino

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Domingo, 20/03/2011 - 23:51

#3

Anónima1

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Desde: 04.12.2010

Minha amiga!!! Se for preciso

Minha amiga!!!Se for preciso passas as 40 semaninhas deitadinha na cama. Deve ser um sufoco, mas se assim tiver de ser, será.Tem calma, vais ver que tudo se vai resolver, e a tua 3ª gravidez vão ser só coisas boas:)

ainda vamos andar a passear as nossas barrigas pela rua juntas Mantém a esperança e nada de medos!!!

Uma estrelinha no céu...outra quase a chegar à terra ****************************************************************************Madrinha orgulhosa da sempre lutadora Raquel Azevedo

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Terça, 22/03/2011 - 04:06

#4

reginasoste

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Desde: 18.03.2011

sinto muito sua perda.

muito mesmo!!!não se sinta culpada em tê-los perdido, Deus dá a vida e Deus toma... e não é facil aceitar isso.ainda mais quando planejamos e sonhamos com nossos bbs,se cuida fisicamente, emocionalmente e espiritualmente, pois não sei se aconteceu com vc, mas comigo surgiram muitas perguntas do tipo: será que foi algo q fiz, q pensei, ou o q eu deixei de fazer, será um castigo?...mas nem uma delas tem fundamento, nem uma nos ajudam... converse com as pessoas ao seu redor, converse com seu esposo, e principalmente com Deus, ele nos entende.não se preocupe por ter mioma, conheço um montão de mulheres que tem e tbm tem filhos... se

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cuida!!!Não deixe essas perdas ofuscarem a alegria da tua próxima gravidez,curta bastante, intensamente, tire muitas fotos... e seja uma mamãe feliz!!!

bjus, td d bom p/ vc e pros bbs q vc vai ter...

JESUS TE AMA!!!Minha história: http://demaeparamae.pt/forum/favor-me-ajudem-essa-...

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Quarta, 23/03/2011 - 13:57

#5

Minhós

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Desde: 24.09.2010

Olá, Nitta! Neste momento

Olá, Nitta!Neste momento estou com uma gravidez não evolutiva (saco gestacional vazio). Mas também já tive outra situação de aborto... Senti necessidade de procurar alguém na mesma situação que eu porque estou com muitas dúvidas... A situação não é bem igual mas decidi partilhar contigo na mesma e pode ser que alguém veja a minha situação e possa comentar (o que eu agradeço). Peço desculpa porque acho que vai a minha história vai ficar muito grande, mas tenho dificuldade em encurtar!Há 4 anos atrás engravidei pela primeira vez, soube com 4 semanas, e ficámos muito felizes! Marquei consulta com a minha GO para lhe mostrar as análises que tinha feito (sem saber que já estava grávida) e qual não é o meu espanto quando a médica me diz que tinha uma análise (citomegalovírus) que dava positivo e não era bom sinal! Passos seguintes, fazer novamente a análise de urgência e se continuasse a dar positivo repetir a análise no instituto Ricardo Jorge, caso se confirmasse o resultado teriamos que partir para interrupção da gravidez. Fiquei desesperada, cheguei a casa e fui pesquisar o que se diz sobre este vírus e fiquei apavorada. A 2ª análise deu positivo novamente, voltei a contactar com a médica, pensando que me mandava ao Instituto, acontece que desta vez agiu como se nada se passasse e disse-me para esperar tranquilamente... Claro que depois do que ela me tinha dito da 1ª vez e do que eu li na net, era completamente impossível ficar tranquila! Através de uma amiga que já tinha tido uma situação muito dificil de aborto aos 4 meses, porque a criança tinha malformações, fui ter com o médico dela que me mandou fazer uma análise de avidez que diria se eu tinha estado em contacto com o vírus há menos de três meses pois esse era o factor principal para se fazer a interrupção. Mas entretanto, com quase 8 semanas, antes ainda de saber esse resultado, comecei a sangrar e fui às urgências onde me

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disseram que o meu bebé tinha parado o desenvolvimento às 6 semanas e que estava a iniciar um processo de aborto. Soube depois que a análise à avidez não era muito conclusiva pois estava no limiar do resultado > ou = a 3 meses. Ninguém me deu a certeza mas tudo levava a crer que era devido a esse vírus que estava a abortar. Estive duas semanas de baixa, durante as quais fui sempre acompanhada pela minha GO, que me ia tranquilizando dizendo que tudo estava a correr como o previsto. Tive alta e fui trabalhar. Ao fim de 4 dias tive uma hemorragia como eu não imaginava ser possível de acontecer. Fui parar às urgências, onde fui atendida por um médico que ficou escandalizado com o facto de eu estar num processo de aborto e estar a trabalhar. Disse que não podia ter acontecido isto e que estes processos não se faziam da forma que estava a acontecer comigo (tinham-me receitado comprimidos que estava a tomar via oral para ajudar a expulsar tudo). Resultado: tiveram que parar a hemorragia e fazer uma curetagem. Depois do que aquele médico disse não tive coragem de voltar à minha GO. Pensei que numa próxima gravidez faria o acompanhamento no meu médico de família, e pronto! Durante algum tempo o meu médico mandou-me fazer as ditas análises e deu sempre positivo (IgG e IgM), até que me disse que seria melhor procurar um especialista. Então e tive que procurar um GO e procurei quem me tinha assitido quando tive a hemorragia. Passou a ser o meu GO, e em relação ao citomegalovírus, disse que não havia qualquer problema e que podia engravidar. Em Abril do ano passado começámos a tentar, mas até Outubro, nada! Comecei a ficar outra vez preocupada! Entretanto já tinha conhecido aqui o fórum e comecei a trocar mensagens com alguém que tinha tido a mesma situação em relação ao citomegalovírus, e no caso dela a médica aconselhou que esperasse até negativar um dos resultados. Este vírus não me deixava descansada, e aqui também encontrei alguém que falou que por causa do vírus a GO a tinha mandado para uma consulta de infecciologia. Procurei um, e a 2 de fevereiro fui a uma consulta. Ele explicou-me tudo, pode até nunca negativar, mas como não tenho sinais de infecção, não haverá qualquer problema para o bebé. Para além disso a primeira infecção (mais perigosa porque ainda não temos anticorpos) foi pelo menos há mais de 4 anos. A única questão que se podia colocar seria fazer cesariana, para o caso de na altura do parto eu ter uma infecção activa, nesse caso a cesariana evita a transmissão ao bebé! Sem a sombra deste vírus sobre a minha cabeça, mal começámos a tentar novamente engravidei logo!!! Novamente muito felizes! Mas... passado muito pouco tempo o meu GO diz-me que o saco gestacional está vazio... Pensei... tudo outra vez... Ontem tive a confirmação de que não está mesmo a evoluir. Mas fiquei muito preocupada com o facto dele me dizer para vir para casa e fazer a minha vida normal e voltar lá dia 10 de Abril! Como já tive uma situação muito complicada quando tive a hemorragia, fiquei com muito medo que me volte a acontecer... O médico diz que são situações diferentes mas eu não compreendo porquê! È à mesma um aborto, certo? será que já vos aconteceu algo parecido? E os vossos GO, que atitude tiveram? E agora após um segundo aborto, será que devemos consultar outro especialista, para saber se se está a passar algum problema connosco? Ou será que ainda não é caso para isso? Quanto tempo vos aconselham a esperar para engravidar novamente depois de um aborto? Sempre quis ser mãe, e está a ser dificil este percurso... Espero que em breve tenha realmente uma boa noticia!E desejo-te também que a boa noticia chegue depressa para ti também, Nitta, e para todas aquelas que o desejam!

M. Minhós

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Page 13: Aborto espontâneo.docx

Domingo, 03/04/2011 - 22:22

#6

Cristina36

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Desde: 03.04.2011

Gravidez Ectopica e Aborto Tubário...

Olá Nitta, olá a todas...Sou nova aqui, acabei de me registar...A minha história não é nem mais, nem menos triste do que as vossas, talvez seja apenas diferente como todas... Tenho 36 anos, aos 22 fui operada de urgência pois tive uma torção do ovário e trompa esquerda e tive qie tirar... após a operação, a minha GO aconselhou-me a engravidar logo, pois se passado 1 ano não conseguisse não iria conseguir mais... Precisamente ao fim de 1 ano, descobri que estava grávida de 8 semanas, alegria total!!! Tudo correu bem, apenas o facto que a minha filhota nasceu de 29 semanas, hoje tem 14 aninhos. Entretanto, a 7 anos atrás, tive uma gravidez ectopica e tive que ser operada. No dia 22 de março deste ano, descobri que estava grávida de 3 semanas, alegria total mas, o receio de ter novamente gravidez ectopica pairava no ar e... confirmou-se. Gravidez ectopica que depressa passou para aborto tubário, naturalmente... Neste momento estou a perder sangue, estou a ser controlada pelo meu GO, a fazer analises (beta hcg). A dor é imensa... 1 sentimento de dor, perda, misturado com revolta. Juntamente com o meu marido, optamos por fazer FIV. A partir de amanhã vou já começar a procurar clinicas, pois as listas de espera nos hospitais públicos são enormes e o nosso desespero é imenso... Contudo, aqui fica uma opinião e conselho que espero receber da vossa parte, será que não posso tentar mais uma vez engravidar naturalmente? dava-me jeito poupar dinheiro,até porque ele é tão pouco, mas sei que os riscos são muitos... Beijinhos a todas que carregam consigo este tipo de sofrimento e, que nunca deixem de acreditar...

Parto prematuro ás 29 semanas – 1997; (filha linda com 15 anos);Gravidez ectópica – 2005;Aborto tubário – abril de 2011; Aborto tubário – julho de 2011;DUM – 31 de dezembro de 2011; Positivo – Janeiro de 2012;DPP – 6/7 outubro 2012.

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Domingo, 03/04/2011 - 22:33

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#7

cri1980

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Desde: 09.01.2011

è claro que tentar engravidar

è claro que tentar engravidar naturalmente ha-de ser sempre o melhor, mas no teu caso a questão é, estas disposta a arriscar? pode correr tudo bem mas tambem pode acontecer o mesmo, ma se és seguida por go porque não lhe expoes essa duvida? ha-de haver um problema duas gravidez fora do sitio não ha-de se normal,mas tambem de uma maneira ou de outra corres sempre esse risco, se te sentires preparada para todos os risco emocionalmente então sim experimenta o natural caso contrário recorre mesmo a especilistas...

03-10-2008- finalmente encontrei o que tanto procurava http://sonhos-tecidos.blogspot.com/, miminhos para os nossos tesouros

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Segunda, 04/04/2011 - 00:16

#8

Estela2010

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Desde: 11.01.2010

Olá Nitta

Dizem que não há duas sem tres. Vais ver que é desta. força e nao sei o que fazes, mas se vires que nao consegues abrandar mete baixa. Dá prioridade ao bébe e ja viste que no trabalho te compreendem.

BeijinhosEstela

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14.02.11 - A novidade desejada01.04.11 - O que nao queremos ouvir... Vou amar-te SEMPRE!

Jan-Abril 2011 - O Céu ganhou uma Estrelinha

Estela2010, Paty_pedro e Malu_ka: Uma por todas e todas por um bebé!!!

Junho... mês de namoro, mês de casamento e hade ser mês de estrelinha. Madrinha das queridas e doces Aninh@s, Thesweetestthing e Paula Ventura. Afilhada das incriveis e fantásticas Suzinha, Malu_ka e Ysa. Adoro-vos minhas lindas!

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Segunda, 04/04/2011 - 00:20

#9

Estela2010

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Desde: 11.01.2010

Ola Cristina

Estou na mesma situaçao que tu. Infelizmente o meu embriao tb nao se desenvolveu e agora estou para ver o que me vao fazer. Pelo que sei depois de ficares limpinha tens de esperar 2 ou 3 meses até engravidar mas o teu medico é que te vai dizer. Eu so soube na sexta, mas amanha tenho a eco que ja tava marcada e na terça a consulta com a minha medica de familia. Mas penso que depois dali devo ter uma consulta na maternidade para lá se fazer alguma coisa.

BeijinhosEstela

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Segunda, 04/04/2011 - 16:32

#10

Cristina36

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Desde: 03.04.2011

Olá Estela2010

O teu embrião não se desenvolveu, mas onde se encontrava? O meu estava na trompa... E estavas de quanto tempo?Depois diz como correu a ecografia de hoje...Eu também tenho consulta amanhã, vou tentar tirar todas as duvidas com o meu GO que são mais que muitas... tentar perceber que apesar da hispossalpingografia que fiz o ano passado ter dado o resultado que estava tudo ok com a minha trompa, afinal não é bem assim...Espero que contigo as coisas corram da mesma forma que correram comigo, ou seja: desta vez não necessito fazer cirurgia para retirar o embrião, está a sair naturalmente.... Espero que contigo também seja igual... Beijinho grande no coração....

Parto prematuro ás 29 semanas – 1997; (filha linda com 15 anos);Gravidez ectópica – 2005;Aborto tubário – abril de 2011; Aborto tubário – julho de 2011;DUM – 31 de dezembro de 2011; Positivo – Janeiro de 2012;DPP – 6/7 outubro 2012.

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Segunda, 04/04/2011 - 17:05

#11

Estela2010

Page 17: Aborto espontâneo.docx

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Desde: 11.01.2010

Olá Cristina

O meu supostamente estava no utero. O médico na sexta, chamou-lhe gravidez embrionária, ou seja, so se desenvolveu ate determinado ponto e depois.... enfim... mas eu ja rezei para que ele se tivesse enganado... Também tenho 36 anos e embora só desde o ano passado tenha querido ser mãe, sei que quanto antes melhor... e alem disso a vontade é mais que muita. Faltam 2 horas para a eco e estou ja pronta. Estou numa pilha de nervos. E nem sei porque... ou melhor... acho que sei... deve ser por isso. Só espero que isto tudo passe depressa e que engravide logo para abafar esta perda. Não tá facil.

BeijinhosEstela

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Segunda, 04/04/2011 - 18:28

#12

Anónima1

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Desde: 04.12.2010

Estela, muito boa sorte,

Estela, muito boa sorte, linda!! Fico a torcer por ti e pelo teu bebecas.

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Uma estrelinha no céu...outra quase a chegar à terra ****************************************************************************Madrinha orgulhosa da sempre lutadora Raquel Azevedo

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Segunda, 04/04/2011 - 20:02

#13

Estela2010

Offline

Desde: 11.01.2010

Correu da maneira como nao

Correu da maneira como nao queremos mas é a realidade e temos de aceitar. Tb ja tava preparada. Nao vi embriao nenhum. So mesmo o saquinho vazio!... Eu estava de 11 semanas mas ele deve ter morrido ha mais tempo. Eu nunca tinha feito nenhuma eco. PAra a proxima vou pedir uma mais cedo À minha medica. Sera que deixam? Nao queria nada ir para clinicas privadas...

Mas pronto... há que seguir em frente.

BeijinhosEstela

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Segunda, 04/04/2011 - 23:55

#14

Catimp

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Desde: 12.03.2011

Olá Estela

Também fiz a minha eco às 11 semanas, mas o bébé já estava sem batimentos há mais tempo. A minha GO disse que na próxima vez que engravidar vou fazer mais ecografias do que o normal, não por ser uma gravidez de risco mas pela ansiedade que vamos ter em saber se está tudo bem.

Muita força agora e espero que tudo corra da melhor forma.Muitos beijinhos

1º Positivo a 02-01-2011 - Aborto retido a 17-02-2011

Novo Positivo a 17-11-2011 - DPP: 28-07-2012 Vem aí o tão desejado Gonçalo

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Terça, 05/04/2011 - 10:28

#15

Estela2010

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Desde: 11.01.2010

Page 20: Aborto espontâneo.docx

Olá Catimp

Pois eu hoje vou falar com a minha médica de familia e vou ver o que ela me diz. Eu estava a fazer tudo assim. A minha GO é muito cara e já há 3 anos que comecei a fazer tudo no centro de saude. Enfim...

BeijinhosEstela

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Terça, 05/04/2011 - 14:09

#16

Cristina36

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Desde: 03.04.2011

Olá a todas... Hoje vou ao

Olá a todas...Hoje vou ao GO, mostrar os valores do beta hcg que no sabado dia 2 de abril estava em 15,00 UI/l, o que no meio de tudo é bom sinal, sinal que o aborto tubário está a correr ou correu bem, nem sei bem se já terminou por completo uma vez que ainda estou a deitar um pouco de sangue.Entretanto vou perguntar ao GO, quais os riscos de tentar novamente uma gravidez natural, pois estou desesperada ainda mal saí desta e estou ansiosa para engravidar novamente de tal forma, que chego até a esquecer dos riscos fisicos e psicologicos que poderei passar, se as coisas não correrem da melhor forma e tiver que ser internada novamente...Quanto a ti Estela2010, vou-te ensinar um pequeno truque:Da próxima vez que estejas grávida, espero que seja o quanto antes... mal saibas do teste positivo, vai logo ao hospital mais próximo (urgências), diz que estás grávida e cheia de dores... foi o que eu

Page 21: Aborto espontâneo.docx

fiz.mal o teste deu positivo, numa 2ª feira, marquei GO na 3ª, que marcou-me eco para 6ª feira, mas a minha ansiedade era tanta, que mal saí do consultorio, fui a correr ao hospital e lá fizeram-me logo eco abdominal e endovaginal e, é assim que farei sempre. como vés e estava apenas de 3 semanas...Deixo aqui uma dúvida: existe alguma forma de me inscrever nas consultas de infertilidade na MAC pela internet, sem ter que me dirigir lá?Obrigado a todas, beijinhos...

Parto prematuro ás 29 semanas – 1997; (filha linda com 15 anos);Gravidez ectópica – 2005;Aborto tubário – abril de 2011; Aborto tubário – julho de 2011;DUM – 31 de dezembro de 2011; Positivo – Janeiro de 2012;DPP – 6/7 outubro 2012.

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Terça, 05/04/2011 - 22:31

#17

Estela2010

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Desde: 11.01.2010

Gostei da ideia.

Gostei da ideia.

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Junho... mês de namoro, mês de casamento e hade ser mês de estrelinha. Madrinha das queridas e doces Aninh@s, Thesweetestthing e Paula Ventura. Afilhada das incriveis e fantásticas Suzinha, Malu_ka e Ysa. Adoro-vos minhas lindas!

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Quarta, 25/01/2012 - 16:59

#18

tania vanessa

Offline

Desde: 25.01.2012

ola... Eu estou numa situaçao

ola...Eu estou numa situaçao de nervos, quero muito ser mãe,ja estive gravida 2 vezes num espaço de 8 meses mas das 2 vezes terminaram em aborto.Não sei pk.Quero muito ter um filho e não vou desistir, mas ao mesmo tempo tenho medo k volte a passar o mesmo...

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Quarta, 25/01/2012 - 17:00

#19

tania vanessa

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Desde: 25.01.2012

ola... Eu estou numa situaçao

ola...Eu estou numa situaçao de nervos, quero muito ser mãe,ja estive gravida 2 vezes num espaço de 8 meses mas das 2 vezes terminaram em aborto.Não sei pk.Quero muito ter um filho e não vou desistir, mas ao mesmo tempo tenho medo k volte a passar o mesmo...

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Quinta, 26/01/2012 - 15:28

Page 23: Aborto espontâneo.docx

#20

Solémio

Offline

Desde: 14.11.2010

Olá Tania

Como já viste tb ja perdi dois bebes. Não existe explicação possivel é a natureza que sabe oque faz. é algo que nos ultrapassa.Neste momento estou de novo grávida. De 30 semanas. Como vés não desisti, essa nunca foi a minha opcão.Graças a deus tudo esta a correr melhor se bem que estou em casa de repouso.Num ano engravidei 3 vezes até que agora foi de vez, mas mesmo assim o medo está lá e vai sempre estar. Nunca nos vamos esqueçer dos que foram e eles estao a olhar por nós. Acredita. Luta sempre, nunca desistas. Uma perda custa sempre mas... se é o que queres, segue em frente deus sabe o que faz. bjitos e força

Já falta pouco para te conheçer princesa.

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Quinta, 26/01/2012 - 15:31

#21

Cristina36

Offline

Desde: 03.04.2011

tania vanessa

Page 24: Aborto espontâneo.docx

Olá tania vanessa ...Eu também passei pelo mesmo, num espaço de 3 meses....Em abril e em julho de 2011 tive 2 abortos tubáios, sem contar que em 2005 tinha tido uma gravidez ectópica e....Estou aqui, cheia de forças sem NUNCA baixar os braços, muito menos desistir....Deus é grande,

Beijos minha querida e muita força......... Continua a tentar, tal como eu...

Parto prematuro ás 29 semanas – 1997; (filha linda com 15 anos);Gravidez ectópica – 2005;Aborto tubário – abril de 2011; Aborto tubário – julho de 2011;DUM – 31 de dezembro de 2011; Positivo – Janeiro de 2012;DPP – 6/7 outubro 2012.

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Sexta, 27/01/2012 - 00:15

#22

Estela2010

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Desde: 11.01.2010

Voces sao realmente uma

Voces sao realmente uma inspiração. Nao devemos desistir nunca e ter a vossa foRÇA!

BJINHOS

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Sábado, 28/01/2012 - 17:50

#23

tania vanessa

Offline

Desde: 25.01.2012

ola Nitta,mas tu foste ao

ola Nitta,mas tu foste ao medico?Fizeste algum tratamento?Bjs

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Segunda, 30/01/2012 - 17:21

#24

carla capela

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Desde: 13.01.2012

Duas estrelinhas no céu!!:'(

Olá, sou novata neste forum e ate mesmo nesta situação. Por duas vezes seguidas perdi as minhas estrelinhas. Sinceramente encontro-me a sobreviver cada dia que passa.Espero que seja desta vez. Para mim ser mãe é um DOM que tanto ambiciono. Pela primeira vez sinto que não estou sozinha.

Beijo grande a todas.

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Sexta, 09/03/2012 - 00:06

Page 26: Aborto espontâneo.docx

#25

gisacg

Offline

Desde: 08.03.2012

ABORTO ESPONTÂNEO

BOA A TODAS AS MAMÃES,

GOSTARIA DE RELATAR ALGO QUE ACONTECEU COMIGO TALVEZ EU ME ENDENTIFIQUE COM ALGUÉM,JÁ TENHO UMA FILHA DE 3 ANOS E 6 MESES E A UM ANO E MEIO ATRÁZ EU ENGRAVIDEI E ASSIM QUE DESCOBRI PERDI ACHO QUE COM 4 OU 5 SEMANAS,FIQUEI TRISTE MAS SUPEREI.NESSE MÊS DE FEVEREIRO DE 2012 DESCOBRI QUE ESTAVA GRAVIDA E FIQUEI MUITO FELIZ E INFELIZMENTE COM 4 OU 5 SEMANAS PERDI NOVAMENTE E AINDA TIVE QUE FAZER A CURETAGEM,NÃO CONSIGO ENTENDER POIS NA MINHA PRIMEIRA GRAVIDEZ FOI TUDO PERFEITO DO INICIO AO FIM E AGORA JÁ É 2 ABORTO.O QUE SERÁ QUE ESTÁ ACONTECENDO? FIZ EXAMES DE ULTRASSON DE GINECOLOGIA E ESTÁ TUDO BEM DESTA VEZ ME ABATI MUITO POIS FOI PLANEJADO EU E MEU MARIDO JÁ ESTAVAMOS FAZENDO PLANOS.ME AJUDEM O QUE SERÁ QUE PODE SER,VOU PROCURAR UM ESPECIALISTA MAS NÃO VOU DESISTIR DE TER O MEU BEBÊ.

BOA SORTE A TODAS...COM FÉ EM DEUS TUDO VAI DAR CERTO!