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Abra os olhos e veja o futuro. Jornal Oftalmológico Nº 117 - Janeiro / Fevereiro de 2008 Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485/00 do Ministério da Justiça

Abra os olhos e veja o futuro. - Conselho Brasileiro de Oftalmologia · que várias outras profissões da saúde, por conta de mobilizações políticas e sociais de seus praticantes

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Abra os olhose veja o futuro.

Jornal Oftalmológico

Nº 117 - Janeiro / Fevereiro de 2008Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485/00 do Ministério da Justiça

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Modernizaçãodo CBO.

• Valor da anuidade com reajuste mínimo

• 50% de desconto para jovens sócios com menos de 5 anos de formados

• Congresso Brasileiro de Oftalmologia: Preço super diferenciado e mudançasna Programação Científica

• Publicações nacionais de peso e série de livros do CBO oferecidas por quase a metade do preço

• Jornal informativo moderno. O Jota Zero é novo

• Receba em sua casa os Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

• Modernização do site

• Departamento jurídico para orientar você

• Retomada do Programa de Educação Continuada

• Prova para Título de Especialista cada vez mais aperfeiçoada, e em 2008, a prova para categoria especial dos médicos com mais de 15 anos de formados

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Veja o que você ganha sendo um associado:

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Deixe o CBO surpreender você.

Reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal pela Portaria 485 do Ministério da Justiça

Informativo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Conselho Brasi le iro de Oftalmologia

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Momentos decisivos para a Oftalmologia

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Tudo o que você precisa saber sobre a lei do Ato Médico

7 CBO- A Palavra do Presidente

8 Ato Médico

Momentos decisivos para a oftalmologiaEm busca da difícil conciliaçãoA visão do assessor parlamentar

16 XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual

24 Prova Nacional de Oftalmologia

28 Mudanças na Comissão Nacional de Residência Médica

36 Notícias do CBO

44 Oftalmologia em Notícias

52 Classificados

53 De olho no Calendário

ConselhoBrasileiro de Oftalmologia

Alameda Santos, 1.343 • cj.1.110 • Cerqueira César • São Paulo • SP• CEP 01419-001 Tel. (11) 3266-4000 • Fax (11) 3171-0953

Departamento de Oftalmologia da Associação MédicaBrasileira - AMB

Expediente

Diretoria do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia:Gestão 2007/2009

Presidente:Hamilton Moreira

Vice-presidente:Homero Gusmão de Almeida

Secretário Geral:Nilo Holzchuh

1º Secretário:Wallace Chamon

Tesoureiro:Adamo Lui Netto

Jornal Oftalmológico Jota Zero:Órgão de Divulgação do CBO

Jornalista Responsável:José Vital MonteiroMTb: 11.652

Publicidade:Lavoro Publicações Técnicas, Científicas e Eventos Ltda.Tel. (11) 3726-6941Fax (11) 3731-5287e-mail: [email protected]

Criação e Diagramação:Ronda Propaganda e PromoçõesTel. (11) 3875-1690/ 3875- [email protected]

Serviços Gráficos:Ipsis Gráfica e Editora

Periodicidade: Bimestral

Os artigos assinados não representam,necessariamente, a posição da diretoriada entidade. É permitida a reprodução de artigos, desde que citada a fonte.

Jornal Oftalmológico Jota Zero nº 117janeiro / fevereiro de 2008com circulação em março de 2008

Home Page: www.cbo.com.br

E-mail: [email protected]

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Florianópolis

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Prova Nacional de Oftalmologia

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Palavra doPresidente

Iniciamos o ano com muitos objetivos. Certamente, o maior deles é a aprovação do Projeto de Lei

do Ato Médico. Surpreende como muitos de nós têm total desconhecimento da matéria. Este número do

JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO traz esclarecimentos importantes. Reflete como o Conselho

Brasileiro de Oftalmologia desempenha seu papel com vigor e galhardia. Somos a entidade de defesa dos

oftalmologistas. Sem esquecer de nossa missão principal: o ensino da Oftalmologia, temos defendido o

direito dos oftalmologistas, temos defendido nossa classe e, sobretudo, a saúde ocular da população

brasileira com grande eficiência.

Irmanados com o Conselho Federal de Medicina, com a Associação Médica Brasileira e com os sindicatos

dos médicos, em várias reuniões com muitos parlamentares, o CBO tem levantado os argumentos

substanciados em nossa história. Temos um passado de trabalho em defesa da saúde ocular do

Brasileiro, especialmente do cidadão mais carente. Temos um passado soberbo com campanhas de

prevenção da cegueira que não pode ser esquecido. E sobretudo, temos a Constituição Brasileira.

Aproveito este espaço para agradecer sincera e profundamente a todos aqueles que tanto tem ajudado

na aprovação deste projeto de lei. A você, oftalmologista, filiado ao CBO, leitor deste jornal informativo

faço um pedido: discuta, critique, participe. A Oftalmologia brasileira precisa de você.

Boa leitura.

Hamilton MoreiraPresidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

O CBO e o Ato Médico

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Projeto de Lei 7.703/06Exercício

da Medicina

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MOMENTOSDECISIVOS PARAA OFTALMOLOGIA

Deputado Edinho Bez

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Esta avaliação é feita pelopresidente do Conselho Brasileirode Oftalmologia, Hamilton Moreira,a respeito das discussões e vota-ções que envolvem o Projeto de Lei7.703/06 em Comissões Perma-nentes da Câmara dos Deputados.O projeto para regulamentar oexercício da medicina, que algunschamam de “lei do ato médico”,atualmente está em tramitação naComissão de Trabalho, Adminis-tração e Serviço Público (CTASP) daCâmara dos Deputados, onde a-guarda relatório do DeputadoEdinho Bez (veja entrevista napágina 11). Em seu artigo 4º elencatodas as atividades exclusivas doprofissional médico através deincisos. Entre estes incisos está ode número dez (X, em numeração

romana) que diz simplesmente queentre as atividades privativas doprofissional médico está a “pres-crição de órteses e próteses oftal-mológicas”. Este inciso vem logoem seguida ao inciso nove (IX),onde se assinala que entre asatividades privativas do médicoestá a “indicação do uso de órtesese próteses, exceto as órteses deuso temporário”. “Muitas vezes, para analisar aimportância de um texto legal,devemos mentalmente inverter oseu sentido” - explica Hamilton Mo-reira - “assim, vamos supor por ummomento que o Projeto de Lei7.703/06, em seus incisos IX e Xdeterminassem que a prescrição deórteses e proteses oftalmológicasnão são mais exclusivas do médico,

mas podem ser prescritas porqualquer profissional que se sintahabilitado para tanto, bastandopara isto ter uma estratégia demarketing convincente para sobre-viver num mercado altamente com-petitivo. É justamente isto que serádecidido nas próximas semanas naCâmara Federal e que precisa ser ofoco da atenção prioritária dosoftalmologistas de todo o Brasil ede suas entidades representativas”.

“Nas próximas semanas estaremos vivendo momentos decisivos para aconsolidação da prática da Oftalmologiano Brasil tal como a conhecemos nos últimos 75 anos, ou para o surgimentode uma situação em que prevaleça a mercantilização da medicinae da saúde ocular da população”.

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10ISTÓRICO

Durante vários anos, especialistas em direito da saúde apontaram para uma situação paradoxalexistente no Brasil: a profissão médica tinha uma legislação extremamente fluída e genérica, ao passoque várias outras profissões da saúde, por conta de mobilizações políticas e sociais de seus praticantese de suas entidades representativas, haviam conquistado legislações bastante detalhadas e específicas.

Tal situação levava à multiplicação de conflitos e processos judiciais, queacabava prejudicando a população e a prestação dos serviços de saúde.

Em 2002, o então senadorGeraldo Althoff (PFL-SC), apre-sentou o projeto 25/2002, ela-borado em conjunto com repre-sentantes da Associação MédicaBrasileira e do Conselho Federal deMedicina, para regulamentar o AtoMédico. O projeto teve o condão deunificar as entidades representa-tivas das outras categorias profis-sionais ligadas à área de saúdenuma grande frente contra a Lei doAto Médico. Os debates resultaramna modificação do projeto originalcom o propósito de harmonizartodos os interesses envolvidos e oprojeto foi relatado pela senadoraLúcia Vânia (PSDB/GO).Nesta faseda tramitação, houve intensotrabalho de esclarecimento dossenadores e, principalmente, darelatora, efetivado pelo ex-presi-dente e atual integrante doConselho de Diretrizes e Gestão doCBO, Marcos Ávila, que efetivouvárias reuniões nas quais defendeua saúde ocular e as prerrogativasprofissionais dos médicos oftalmo-logistas.

O projeto foi aprovado porunanimidade no Senado Federal nofinal de 2006 e foi remetido para a

Câmara dos Deputados. NaCâmara, houve o recrudesci-mento das discussões e dasdisputas em torno da regula-mentação de profissões e desuas respectivas atividades. Odebate ganhou novos contornoscom a ação de grupos de inte-

resses de profissões não regula-mentadas, entre as quais opto-metristas e acupunturistas, buscan-do retirar do projeto partes con-trárias aos seus interesses. Aochegar na CTASP o projeto, agoracom o número de 7.703/06, recebeucerca de 60 emendas, duas dasquais relacionadas com a supressãodo inciso X, justamente o quegarante que a prescrição de órtesese próteses oftalmológicas são decompetência exclusiva do profis-sional médico.

O ex-presidente atual integrantedo Conselho de Diretrizes e Gestãodo CBO, Elisabeto Ribeiro Gonçal-ves, assinala que representantesdas entidades oftalmológicasacompanharam cuidadosamente atramitação do projeto no Senado,destacando a atuação de MarcosÁvila junto a relatora.

“Foram inúmeras as reuniões, asidas à Brasilia, as participações emdebates com os senadores. Nãoestávamos só defendendo osinteresses dos oftalmologistas e,principalmente, da saúde ocular dapopulação, mas participando de umexaustivo processo que, neces-sariamente, terá importantes reper-

cussões sobre as atividades deoutros profissionais e mesmo deoutras especialidades médicas”,afirmou Elisabeto.

O ex-presidentee atual inte-grante do Conselho de Diretrizes eGestão do CBO assinala ainda que aação dos oftalmologistas também foidecisiva na Câmara dos Deputados,onde foram realizadas audiênciaspúblicas sobre a matéria e váriosdebates sobre o assunto.

“Esta não foi uma ação desta oudaquela diretoria, desta ou daquelaentidade, foi uma luta que envolveua todos. Foram vários os dirigentesque abandonaram seus consultóriose clínicas por dias e dias paraparticipar dos debates, num trabalhoque passa despercebido dos cole-gas que não estão diretamenteenvolvidos, mas que é fundamentale que continua sendo feito comempenho exemplar pela atualdiretoria do CBO e pelo seu presi-dente, Hamilton Moreira. Mas oque temos que ter em mente é quea luta ainda não acabou e que aOftalmologia brasileira precisa,cada vez mais, da colaboração detodos”, concluiu Elisabeto RibeiroGonçalves•

Leia a íntegra do projeto na home page:http://www2.camara.gov.br/proposicoes/loadFrame.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/sileg/prop_lista.asp?fMode=1&btnPesquisar=OK&Ano=2006&Numero=7703&sigla=PL

Envie uma mensagem de apoio à manutenção do Inciso X doartigo 4º do Projeto de Lei 7.703/06 ao deputado Edinho Bezatravés do e-mail: [email protected]

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EM BUSCADA DIFÍCIL

CONCILIAÇÃO

Deputado Edinho Bez

dinho Bez (PMDB), relator do projeto de lei que regulamentaa atividade médica na Comissão de Trabalho, Administração eServiço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, é DeputadoFederal por Santa Catarina desde 1995 e foi reeleito em 2006 paraseu quarto mandato consecutivo na Câmara. Edinho foi agricultor,professor, contador e funcionário da Caixa Econômica Federal,onde exerceu a gerência por 14 anos. Elegeu-se DeputadoEstadual em 1990. Entre janeiro de 2003 e abril de 2005, foiSecretário de Infra-Estrutura do Governo do Estado de SantaCatarina. Nesta entrevista ao JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTAZERO conta quais os princípios e as dificuldades encontradas narelatoria do projeto e como pretende se desincumbir desta missão.

JZ - Como está o processo derelatoria do PL 7703/06, queregulamenta os atos privativos damedicina. É possível traçar umbreve histórico do projeto, desdesua aprovação no Senado até omomento, com a realização deaudiências públicas e debates? EB- O PL 7703/2006 foi originalmenteapresentado em 2002 pelo entãosenador Geraldo Althoff (PFL-SC),sob o número 25/2002. O documentoserviu de base para a criação deoutro projeto similiar no Senado, nomesmo ano, pelo também entãosenador Benício Sampaio (PPB-PI).A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO)foi à relatora da última versão do PLque trata do assunto e que foiaprovado por unanimidade naComissão de Assuntos Sociais. Em

2006 o PL seguiu para análise daCâmara e passou a ter o número7703/2006. Atualmente, tramita naComissão de Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público, ondesou o relator. Desde que assumi arelatoria já estive em diversasregiões do País para discutir e ouviras propostas para o PL. Aqui naCâmara Federal participei de váriosseminários, simpósios, audiênciaspúblicas, grupos de discussão nainternet e reuniões com profis-sionais médicos e não-médicospara também discutir o assunto.Antes de apresentar minharelatoria, tenho corrido portoda a parte do Brasil paraouvir todas as posições envol-vidas .

JZ - Quais as linhas mestras queestão norteando o trabalho da

relatoria?EB - A linha mestra é ouvirexaustivamente os anseios dosprofissionais da medicina e deoutras áreas da saúde acerca doprojeto. Todos, absolutamente to-dos, tiveram e têm a chance de semanifestar. Fico honrado e orgulhosodo modo como os segmentos semanifestam, Enfim, da maneiracomo o processo está sendoconduzido, de forma extremamentedemocrática. Precisamos adequaràs necessidades recíprocas e,principalmente às necessidadessociais.

JZ- Como todo projeto deenvergadura, que procura harmonizarinteresses de diversos segmentosda sociedade, o PL 7703/06 épolêmico. Quais os pontos que mais“elevaram a temperatura dosdebates” e que demonstraram

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maiores dificuldades na conciliaçãodos interesses envolvidos?EB- O diagnóstico de doenças, queconsta no PL como uma funçãoprivativa do médico, tem sido temade muita discussão. A indicação eexecução de procedimentos inva-sivos da pele com o uso de injeção,por exemplo, também tem difi-cultado a conciliação. No entanto,após reuniões e debates e atémesmo os encontros isolados comos segmentos diminuiu a apre-

ensão. Vamos continuar conver-sando e recebendo sugestões nomáximo de tempo possível.

JZ- Representantes das entidadesmédicas consideravam que aunanimidade obtida entre todos osseguimentos interessados por oca-sião da aprovação do projeto noSenado seria mantida na trami-tação do mesmo na Câmara, o quenão ocorreu por ocasião das audi-ências públicas e debates, quandoalguns representantes de outrasprofissões defenderam alterações notexto do projeto aprovado no Sena-do. Como este fato repercute notrabalho da relatoria?EB- Quando se trata de muitosgrupos discutindo em torno de umaproposta, é natural que haja dissenso.Esperávamos que algumas partesestivessem mais amarradas, e noentanto, qual não foi nossa sur-

presa quando notamos que haviainsatisfação por parte de alguns emquestões que já achávamos queestavam pacificadas. Para que setenha uma idéia, recebi 60 emendasao PL 7703. Mesmo assim não desistode buscar a conciliação.

JZ- O projeto recebeu dezenaspropostas de emendas dos depu-tados. Qual a atitude do relatordiante das emendas apresentadaspor seus colegas?

EB- Minha função comorelator é analisar minu-ciosamente as cerca desessenta emendas querecebi, uma por uma. Epodemos acatar, no que forrazoável, aquelas que são deinteresse comum. Tenho ditoe mantido uma relação“Ganha-Ganha”, ou seja, meupropósito e o da comissão éque todos fiquem satisfeitos.

JZ - A Oftalmologia tem grandeinteresse na manutenção do incisoX, do artigo 4º do PL 7703/06 que,por sua vez, foi objeto de duasemendas substitutivas. Como orelator pretende equacionar estecaso em particular?EB- Não há dúvidas que um dospontos polêmicos do projeto é aquestão do inciso X, do artigo 4º,mas estamos estudando a melhorforma para que não alijemos doprocesso os optometristas, porém,sempre reconhecendo o papele o conceito dos médicosoftalmologistas que terão destedeputado uma atenção responsável.

JZ- O Deputado tem algumaprevisão de quando o relatório seráapresentado?EB – Por trata-se de um projeto delei muito polêmico, discutido etambém pela falta de consenso que

tem gerado, senti a necessidade deouvir mais interessados e discutí-lomais profundamente. Quero ouvirexaustivamente as partes, buscandosatisfazer com eqüidade os interes-sados e cuidando da supremacia dointeresse público, acima de tudo. Masacredito que final de março, início deabril o relatório será entregue. Eu e aequipe estamos nos esforçando.

JZ - A partir da apresentação dorelatório, qual será a tramitação doprojeto no Congresso Nacional atésua aprovação final?EB - Passará pela Comissão deSeguridade Social e Comissão deConstituição e Justiça, tudo noâmbito da câmara. O regime detramitação é o conclusivo nascomissões, isto quer dizer que nãovai à Plenário, salvo alguma ma-nobra regimental que pode serutilizada. Vale lembrar que osmembros das duas comissões antesreferidas estão participando dosdebates, presenciando as discussões,até para estarem conscientes decomo deverão ser suas relatorias.

JZ- Como os médicos oftalmologistaspodem, na condição de cidadãosbrasileiros, interferirem nos debatespara apoiar os pontos de vista queconsideram corretos junto aosdeputados?EB- Meu gabinete sempre esteveaberto a recebê-los. Existe os e-mails institucionais dos deputados,que servem para justamente ouviros reclames da sociedade. Foraisto, há também o mecanismo dasaudiências públicas, abertas aopúblico. Além de nós pessoalmentetermos feito os convites para aparticipação de nossos encontros,tenho demonstrado interesse ematendê-los e estou consciente daimportância dos nossos conceitua-díssimos oftalmologistas •

O presidente da Câmara dos Deputados, ArlindoChinaglia, participa da audiência Pública para discutir o projeto 7.703/06 na CTASP

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A VISÃODO ASSESSORPARLAMENTAR

inda é longo o caminho até aaprovação da Lei que regulamentará a profissão médica e exigirá de suasentidades representativas uma vigilânciaconstante em todas as fases do processopelo qual o projeto tramitará, pois umavitória numa fase deve ser garantida na fase seguinte, ao passo que uma derrota,dificilmente é revertida no futuro.

Esta é a opinião de NapoleãoPuentes de Salles, assessor parla-mentar do CBO, da AssociaçãoMédica Brasileira e do ConselhoFederal de Medicina.

A história do Projeto de Lei7.703 começa em 2001, quando oConselho Federal de Medicinapublicou a resolução 1.621, na qualdefinia “o ato profissional de médicocomo todo procedimento técnico-profissional praticado por médicolegalmente habilitado e dirigidopara: a promoção da saúde eprevenção da ocorrência de enfer-midades ou profilaxia (prevençãoprimária); a prevenção da evoluçãodas enfermidades ou execução deprocedimentos diagnósticos ou tera-pêuticos (prevenção secundária); aprevenção da invalidez ou reabi-litação dos enfermos (prevençãoterciária).

Meses depois, o então senadorGeraldo Althof (na ocasião PFL/SC),depois de reuniões com representantes

do CFM e da AMB, encaminhou aresolução aprovada pelo CFM comoprojeto de lei, que iniciou suatramitação sob o número de 25/02. A resolução do CFM e o projeto delei provocaram forte reação dasentidades representativas de outrasprofissões da área de saúde, queiniciaram um processo de mobi-lização contra a Lei do Ato Médico,com direito a passeatas, abaixo-assinados, páginas na internet eassembléias permanentes. O movi-mento chegou a angariar 500.000assinaturas de cidadãos brasileiroscontra o projeto. Os médicos, porsua vez, também se mobilizaram emdefesa do projeto e chegaram aprotocolar no Senado um abaixoassinado com um milhão de as-sinaturas pedindo sua aprovação.

Com a polêmica instalada, apresidente da Comissão de Assun-tos Sociais (CAS) do Senado, LúciaVânia, avocou para si a relatoria doprojeto e iniciou um amplo processo

de negociações para sua tramita-ção. Uma de suas providências foiapensar o projeto 25/02 ao projeto268/02, que tratava do exercício damedicina, de autoria do entãosenador Benício Sampaio (PPB/PI),iniciando as negociações para apre-sentar uma única peça legislativa,num processo que exigiu a reali-zação de 26 reuniões, audiênciaspublicas em assembléias legisla-tivas, audiências em gabinete en-volvendo mais de 1.600 pessoas.

“O projeto original era muitoenxuto. Com a reação das entida-des representativas das outras pro-fissões da área da saúde buscou-seuma saída negociada. Na verdade,essas entidades queriam colocar nalei o que tinham determinado nasresoluções de seus respectivosconselhos fe-derais. Depoisde anos denegociação,chegou ao de-nominador co-mum e o pro-jeto foi apro-vado por una-nimidade naCAS e nãoprecisou pas-sar pelo ple-nário”, contaPuentede Salles.

NapoleãoPuentes Salles

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O assessor parlamentar ressalta aatuação do CBO e das entidades mé-dicas que, através de eficiente açãode esclarecimento, conseguiu inserirno projeto o Inciso X do artigo 4º, quegarantiu a prescrição das órteses epróteses oftalmológicas como atividadeexclusiva do profissional médico. A de-finição de órteses e próteses foi umdos pontos mais polêmicos de todo oprojeto e a ação do CBO junto àrelatora foi essencial para a defesado inciso.

Aprovado por unanimidade noSenado, o projeto passou para a Câ-mara dos Deputados, onde foi enca-minhado para a Comissão de Traba-lho, Administração e Serviço Público(CTASP), com relatoria do deputadoEdinho Bez. Depois o projeto seráencaminhado para a Comissão deSeguridade Social e Família (CSSF),posteriormente para a Comissão deConstituição e Justiça e de Cidadania(CCJC) e finalmente será submetida avotação no plenário. Caso a Câmarados Deputados aprove modificações,o projeto voltará ao Senado queentão poderá acatar as modificaçõesfeitas pela Câmara dos Deputados ourejeitá-las, enviando o projeto parasanção presidencial.

Na CTASP, o projeto já foi objetode duas audiência públicas e inúme-ras discussões. Puentes de Sallesafirma que, por dinâmicas políticas

internas, diretorias de várias enti-dades representativas de outras pro-fissões da saúde haviam mudado ealguns dos novos integrantes senti-ram-se desobrigados com a unani-midade obtida meses antes no Sena-do. Entretanto, houve a pronta atua-ção da AMB e do CFM em defesa doprojeto acordado. Foram apresenta-das 60 emendas, respondidas uma auma pelo CFM/AMB tanto junto aorelator quanto junto a cada um deseus autores em particular.

“Nesta fase do processo, temossentido a atuação agressiva dossegmentos ligados à optometria e àacupuntura. O relator comprometeu-se a apresentar um substitutivo até31 de março, embora os prazos pos-sam ser compreensivelmente elásti-cos num projeto polêmico como este.A posição das entidades médicas éque o Projeto 7.703/06 regulamentaa profissão do médico e as outrasprofissões têm que se mobilizar paraapresentar projetos separados que asregulamente e não tentarem obtersua regulamentação através de umprojeto que, repito, tem a finalidadede regulamentar a profissão domédico”, afirma Puentes de Salles.

O assessor parlamentar acreditaque na Comissão de SeguridadeSocial e Família o debate vai adquirirnova qualidade, pois a maioria dosintegrantes desta comissão é ligada

“O Senado Federal se propôs a realizar uma obra histórica, ao reunir, modernizar econsolidar toda a legislação federal relacionada com a Saúde de forma lógica esistemática, através da discussão do Projeto de Lei 619/07. E a Oftalmologia brasileiraveio, mais uma vez, manifestar sua vocação de participação ao colocar-se à disposição dorelator do projeto para prestar todos os esclarecimentos necessários relacionados à saúdevisual e ocular da população”.

Foi desta forma que o ex-presidente e atual integrante do Conselho de Diretrizes eGestão do CBO, Marcos Ávila analisou a reunião que manteve com o Senador AugustoBotelho (PT/RR) em 14 de fevereiro. Botelho é o relator do Projeto de Lei 619/07, de autoriado Senador Tião Viana (PT/AC) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. A reunião também contou com a participação deEdson de Oliveira Andrade (presidente do CFM), Wirlande da Luz (coordenador da Comissão de Assuntos Políticos do CFM/AMB) eLuc Weckx (diretor da AMB).

O Projeto de Lei 619/07 tem o objetivo de reunir e racionalizar todos os dispositivos legais relacionados à saúde. “É um projeto extremamente longo e complexo e exigirá um acompanhamento permanente da Oftalmologia brasileira. Nossa

reunião com o Senador Augusto Botelho foi bastante produtiva e tivemos a garantia que os dispositivos legais atualmente em vigorque beneficiam a saúde ocular da população brasileira serão mantidos na nova compilação legislativa”, concluiu Marcos Ávila.O texto completo do projeto pode ser consultado no site: http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/getPDF.asp?t=11615

Marcos Ávila (CBO), Wirlande da Luz(Coordenador da Comissão de Assuntos PolíticosCFM/AMB), Senador Augusto Botelho, Edson de Oliveira Andrade (presidente do CFM) e Luc Weckx (diretor da AMB)

à área de saúde. Será uma discussãomelhor, assinala, ressaltando queisto não quer dizer que será maisfácil. Na Comissão de Constituição eJustiça e de Cidadania, o mérito doprojeto não estará em discussão,mas apenas sua constitucionalidadee técnica legislativa.

“Não podemos fazer qualquerprevisão de quando o projeto setransformará em lei. Temos que levarem conta que nosso legislativo éconturbado, com a pauta trancadapor medidas provisórias e que 2008é ano de eleições, que reduzirãosignificativamente o ritmo dos traba-lhos da casa no segundo semestre.Entretanto, as entidades represen-tativas dos médicos e, principalmentedaqueles que têm pontos de interesseespecífico, como é o caso dos oftal-mologistas, devem acompanhar sem-pre o processo com redobrada aten-ção, pois uma vitória numa fase nãogarante nada na fase seguinte, aopasso que uma derrota é sempremais difícil de ser revertida”, con-cluiu Napoleão Puentes de Salles•

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUALFlorianópolis

•03 a 06 de setembro de 2008•

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revenção dos Anos de Vida com CegueiraP“O Congresso de setembro, em

Florianópolis, será um marco na história doscongressos do CBO. Isto não é frase de efeitoou marketing. Foram instituídas uma série demudanças com o propósito de aprimorareste grande fórum de transmissão de conhe-cimentos científicos com o aumento dos in-centivos para a participação dos associadosao CBO da possibilidade para que cada con-gressista busque as informações de seuinteresse de forma dinâmica e ativa”.

Esta é a avaliação que o integrante daComissão Científica e 1º secretário do CBO,Wallace Chamon, faz do XVIII Congresso Bra-sileiro de Prevenção da Cegueira e Reabi-litação Visual, que será realizado de 03 a 06de setembro na capital catarinense. As pri-meiras mudanças que Chamon faz questãode ressaltar é a significativa redução do

custo de inscrição para os filiados do CBO.Haverá também a restituição do pagamentoda inscrição para os palestrantes inscritos epresentes na programação oficial do evento.

A Programação Científica do Con-gresso será iniciada com a realização do “DiaEspecial”, 03 de setembro, no qual haverá dezhoras de exposição sobre cada uma dequatro grandes áreas da Oftalmologia:Catarata e Cirurgia Refrativa; Córnea e Lentede Contato; Retina; Glaucoma.

“É uma experiência que vem tendogrande sucesso nos encontros da AcademiaAmericana de Oftalmologia e em outroseventos de porte internacional e que permiteque cada congressista tenha uma visão gerale profunda de tudo o que se relaciona à áreade seu principal interesse”, explica Chamon.

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SIMPÓSIOSUma das mudanças mais si-

gnificativas do congresso de Flo-rianópolis será a realização, em 05de setembro, do Simpósio Pan-Americano, de oito horas de dura-ção, com a participação de convi-dados ligados à Academia Ameri-cana de Oftalmologia, à AssociaçãoPan-Americana de Oftalmologia eao Conselho Brasileiro de Oftalmo-logia, onde serão abordados os últi-mos avanços da ciência e da práticaoftalmológicas no mundo globali-zado. O tema do Simpósio será:Oftalmologia no Século XXI: UmaPerspectiva Global.

Os outros simpósios, considerados

como a espinha dorsal da programaçãodo evento, foram divididos nasseguintes categorias: Simpósiospor Conteúdo, Simpósios Especiais,Simpósios de Sociedades Filiadasao CBO. Além destes, também serárealizado um Simpósio de MobilizaçãoProfissional e um dedicado exclusiva-mente à Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual.

Os Simpósios por Conteúdo, emnúmero de 17 com total de 62horas/aula, abordarão os diversospontos da Oftalmologia com progra-mação de objetivo didático, comgraus de profundidade variados,para atender aos interesses de

todos os congressistas, desde osalunos de cursos de especialização eresidentes até os pesquisadoresavançados. Em todos eles haverátempo para a apresentação oral detemas livres relacionados com osassuntos abordados e tempo paraexposição de pontos voltados paraa prevenção da cegueira e reabi-litação visual que também guardemrelação com o mote do simpósio.

“Com estas alterações preten-demos valorizar os melhores temaslivres escolhidos pela ComissãoCientífica do CBO e inserirmos adiscussão sobre a prevenção dacegueira nos assuntos pertinentes, w

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PAINÉIS

Complementando as atividadescom propósito didático, os painéisforam inseridos pela primeira vezno Congresso do CBO. Os Painéis,em número de 25 com duas horasde duração cada, serão determi-nados pela Comissão Científica doCBO, que escolherá os respectivoscoordenadores e temas a seremabordados. Cada painel terá pelomenos cinco painelistas e serásempre na forma de discussão dostemas apresentados pelo coorde-nador.

O programa dos Cursos deInstrução está sendo coordenadopor Eduardo Soriano. Também comduas horas de duração cada, serão

VALORIZAÇÃO DO EVENTO

Chamon ressalta que o grande objetivo das modificações introduzidas no XVIII Congresso Brasileiro dePrevenção da Cegueira e Reabilitação Visual é a valorização do evento e de todos os que dele participarem.

Assinala que o tempo mínimo que cada palestrante terá, independente da atividade que esteja participando,será de quinze minutos, o que possibilitará a realização de menor número de exposições, porém mais bem cuidadase elaboradas. Além disso, os palestrantes terão direito ao reembolso do valor de suas respectivas inscrições noevento.Ao mesmo tempo, Chamon declara que no congresso de Florianópolis haverá um sistema no qual os congressistaspoderão avaliar as aulas e os palestrantes e que os dados resultados dessa avaliação ficarão arquivados no CBO paraa montagem dos eventos futuros. Da mesma forma, os palestrantes que não comparecerem aos compromissosassumidos com o evento não poderão ser convidados para o próximo congresso promovido pelo CBO.

“Cada um desses aperfeiçoamentos foi fruto de horas de discussão. Tenho certeza que o XVIII CongressoBrasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual será a confluência da tradição dos excelentes congressosrealizados pelo CBO e pela Oftalmologia brasileira com a modernidade exigida pelas condições atuais daespecialidade. Será um congresso que servirá de referência para os que vierem posteriormente”, conclui WallaceChamon•w

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18reforçando o objetivo do CBO devalorizar as ações preventivas e dereabilitação”, declara o 1º secre-tário.

Os trabalhos apresentados naforma de pôsteres também serãovalorizados. Seus autores permane-cerão em determinados horários naárea de exposição dos mesmospara explicação e debates com oscongressistas. Os trabalhos relacio-nados estarão concentrados porsub-especialidade e avaliadoresestarão presentes para argüição eentrega de certificados. A valori-zação dos temas livres será comple-tada pela apresentação dos relatosde casos em horários e locaisseparados.

Os SimpósiosEspeciais, dequatro horascada, serãoespaços paraexposição ediscussão detemas mais

específicos que interessam a parce-las mais definidas dos of-talmologistas: Arquivos Brasileirosde Oftalmologia; Banco de Olhos,Pesquisa Básica em Oftalmologia,

Pós-Graduação; e o Fórum deResidentes e Jovens Oftalmolo-gistas.Já os Simpósios das SociedadesFiliadas, em número de 15, comquatro horas cada, seguirão oformato estabelecido e serãocoordenados e realizados por cadasociedade.

Wallace Chamon

propostos pelos oftalmologistasassociados ao CBO interessados emministrá-los, sujeitos à aprovaçãoda Comissão Científica do CBO paraa realização no congresso e terãoinscrição à parte do evento (vejamatéria na página 19). “O CBO estáabrindo as portas para que a co-munidade oftalmológica decida oconteúdo do Congresso”, afirmaSoriano.

Todas as submissões e ava-liações dos trabalhos, cursos evídeos enviados ao congresso seráfeita digitalmente pela internet.Todas as apresentações aceitasestarão disponíveis aos congres-sistas antes do evento, ajudandoque cada um escolha com ante-cedência o tema livre que vaiassistir, o curso de instrução de seuinteresse ou o poster que pretendeacompanhar.

CURSOS DE INSTRUÇÃO

INTERFACE DIGITAL

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CURSOS DE INSTRUÇÃOA participação da comunidade

na elaboração do programa do evento

• Administração em Oftalmologia • Catarata• Cirurgia Refrativa • Clinica Médica • Córnea e Doença Externa Ocular • Educação Médica • Glaucoma• Informática Aplicada a Oftalmologia • Metodologia Cientifica• Neuro-Oftalmologia

• Oncologia Ocular • Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo • Órbita Via Lacrimal e Cirurgia Plástica • Patologia Ocular • Prevenção da Cegueira • Reabilitação da Visão • Refração e Lentes de Contato • Retina e Vítreo • Uveítes

Os Cursos de Instrução do Congresso

de Florianópolis devemabordar pontos

relacionados com asseguintes disciplinas:

30 de abril de 2008 é oprazo limite para a inscrição deprojetos de Cursos de Instruçãopara serem ministrados no XVIIICongresso Brasileiro de Prevençãoda Cegueira e Reabilitação Visual.Uma das mais promissoras iniciativasdo evento, os Cursos de Instruçãopoderão ser propostos, organizadose ministrados por qualquer filiadoao CBO e foram instituídos com afinalidade de favorecer a flexibilidadee a diversidade dos pontos abor-dados no programa científico docongresso.

“Todo oftalmologista, inclusive ojovem, terá oportunidade de propore organizar Cursos de Instrução doassunto sobre o qual detenhamaiores informações que possamser de interesse da comunidade of-talmológica. Com isso, vamos diver-sificar o conteúdo científico do pro-grama do congresso, democratizar asua elaboração e ampliar a criativi-dade da Comissão Científica do CBO”,avalia Eduardo Sone Soriano, coorde-nador dos Cursos de Instrução do con-gresso de Florianópolis.

A proposta de um Curso de Ins-trução deve ser enviada através da

internet por formulário próprio, queencontra-se disponível na homepage do evento (www.cbo2008.com.br).Iniciativa semelhante foi colocadaem prática durante o XXXI CongressoBrasileiro de Oftalmologia, realizadoem setembro de 2001, em SãoPaulo e também ocorrem nos pro-gramas científicos dos congressos daAcademia Americana de Oftalmo-logia e da American Society ofCataract and Refractive Surgery(ASCRS), sempre com excelentesresultados.

As propostas de Cursos de Ins-trução enviadas serão avaliadas eselecionadas pela Comissão Cien-tífica do CBO, que poderá vetaraquelas desprovidas de interessecientífico. Os oftalmologistas respon-sáveis pelas sugestões devem serfiliados ao CBO, com as respectivasanuidades em dia e devem pre-encher formulário de esclareci-mento sobre eventuais interessescomerciais. Durante a realizaçãodos Cursos de Instrução, seusparticipantes farão uma avaliaçãoque possibilitará o melhor plane-jamento dos congressos futuros daespecialidade.

A inscrição de um Curso deInstrução deve seguir estritamenteas regras expostas na home pagedo congresso e as instruções con-tidas no formulário de inscrição.Poderão ter o formato de palestra(com aulas expositivas), ou painéis(com a participação de um a cincopainelistas) ou ainda de apresentaçãode casos, com a discussão de casosclínicos ou apresentação de vídeos. Osprojetos devem levar em conta que,durante o congresso de Florianópolis,os cursos serão apresentados emmódulos de duas horas.

“O XVIII Congresso Brasileiro dePrevenção da Cegueira e Reabi-litação Visual apresenta uma sériede mudanças em relação aos con-gressos anteriores e a instituiçãodo Curso de Instrução representaum grande avanço no sentido decomprometer uma parcela maiordos oftalmologistas na execução eno sucesso do mais importanteevento oftalmológico do ano. Asreações estão sendo extremamentepositivas e tudo indica que estanovidade será um dos pontos altosdo evento”, afirma Eduardo SoneSoriano •

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XVIII CONGRESSO BRASILEIRODE PREVENÇÃO DA CEGUEIRA

E REABILITAÇÃO VISUAL

alam os presidentes da Comissão ExecutivaFHá seis meses do XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção

da Cegueira e Reabilitação Visual, os presidentes da ComissãoExecutiva do evento, Ayrton Roberto Branco Ramos e João Luiz Lobo

Ferreira, comemoram o grande interesse da comunidadeoftalmológica. Até agora, são mais de 500 os pré-inscritos para o

congresso que ocorrerá de 3 a 6 de setembro, em Florianópolis (SC).Os dois presidentes da Comissão Executiva do congresso fazem

a avaliação preliminar de suas expectativas e das mudanças queforam introduzidas na elaboração da programação do encontro.

Expectativas com relação aoXVIII Congresso Brasileirode Prevenção da Cegueira

e Reabilitação Visual

“Queremos superar as ediçõesanteriores. Estamos planejando rece-ber mais de 3 mil oftalmologistas emum evento grandioso, a ser reali-zado em local de 26.410 m2. A mu-dança no formato vai incentivar aparticipação no congresso, que con-ta com simpósios, painéis, Cursosde Instrução, além do Dia Especial -no primeiro dia do evento. No con-gresso haverá ampla discussão daprevenção à cegueira, com mobi-lização das classes médica e polí-tica quanto às causas e soluçõespara os problemas.”

Novidades no Congresso

“A nova formatação é a principalinovação, mas teremos tambémnovidades em imagens, diagnósticose tratamentos medicamentosos.Pequenas e grandes empresas elaboratórios estarão envolvidos naexposição comercial e terão parti-cipação nos simpósios satélites. Oespaço de pôsteres será valorizadocom a presença dos autores e ava-liadores do CBO; os melhores temaslivres serão apresentados em sim-pósios. Os Cursos de Instrução serãopropostos, planejados e ministradospor sócios do CBO, o que amplia apossibilidade de participação detodos os oftalmologistas. Tambémestamos apostando na apresen-tação de filmes relacionados à visãoe vídeos premiados, num incentivoaos estudiosos, que podem enviarseus vídeos para a comissão orga-nizadora do congresso.”

O tema do evento, Prevençãodos Anos de Vida com Cegueira,

vai ser tema de estudo“O estudo é uma pesquisa

multicêntrica a fim de se obter operfil da população com baixa de visão.Foi inspirado em estudo retrospectivoapresentado no VII Congresso Bra-sileiro de Prevenção à Cegueira,realizado em Porto Alegre, em 1986.Decidimos fazer um trabalho pros-pectivo envolvendo os Cursos de Es-pecialização em Oftalmologia cre-denciados pelo CBO, com grandeadesão. Os resultados serão apre-sentados no congresso e traduzidosem termos de expectativa de vidade acordo com as doenças correla-cionadas com anos de vida comcegueira. Com base na expectativade vida de pessoas que apresentamdeterminados tipos de cegueira,pretendemos traçar o perfil dosbrasileiros neste aspecto, respei-tando as regiões do País e suaspeculiaridades.”

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Dia Especial

“O Dia Especial terá programação específica com debates,palestras, apresentações, fóruns ediscussões sobre quatro temas:Retina e Vítreo; Glaucoma; Córneae Lentes de Contato e Catarata eCirurgia Refrativa. Será um diainteiro de imersão nessas áreas,onde os participantes terão a

oportunidade de aumentar os conhecimentos específicos.

Palestrantes“Através de duas comissões do CBO – a Comissão Científica e a Comis-

são de Prevenção da Cegueira – definiram palestrantes nacionais e interna-cionais de renome. Todos estão relacionados com o tema do congresso e sãopreocupados com o ensino. O envolvimento dos palestrantes vai contribuirpara o sucesso do congresso e dos temas propostos, mesmo porque existemproblemas comuns de prevenção e tratamento de doenças oftalmológicasem todo o mundo.”

Próximo passo“O detalhamento da grade científica do XVIII Congresso Brasileiro de

Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual é a nossa próxima meta.”

Entre as inovações do

XVIII CongressoBrasileiro de

Prevenção daCegueira

e ReabilitaçãoVisual está a instituição

do Prêmio Educaçãoem Saúde Ocular,

que será outorgado ao

melhor trabalhoinscrito no evento que

aborde o ensinodos médicos ou a

educaçãoda população em

geral sobre saúde ocular.

• Prêmio CBO - melhor trabalho inscrito no Congresso

• Prêmio Oftalmologia Clínica • Prêmio Oftalmologia Cirúrgica• Prêmio Pesquisa Básica• Prêmio Internacional - melhor

trabalho de pesquisador brasileiro residente no exterior

• Prêmio Regional Norte• Prêmio Regional Sul• Prêmio Regional Nordeste• Prêmio Regional Sudeste• Prêmio Regional Centro-Oeste• Prêmio Prevenção da Cegueira • Prêmio Educação em Saúde Ocular

Os temas livres apresentados no evento de setembro em Florianópolis estarão concorrendo aos seguintes prêmios:

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Durante o XVIII Congresso Brasileirode Prevenção da Cegueira e ReabilitaçãoVisual será comunicada a adesão doConselho Brasileiro de Oftalmologia aoOphthalmic News & Education (O.N.E.),poderoso recurso educacional on-linedesenvolvido pela Academia Americana deOftalmologia (AAO).

Depois de vários anos dedesenvolvimento, a AAO disponibilizou aseus associados um programa de educaçãocontinuada em Oftalmologia on-line quepossibilita acesso fácil e rápido a pesquisas,casos clínicos, vídeos de cirurgias e exa-mes, com possibilidade de acesso hierar-quizado a vários níveis de informaçõesrelevantes sobre todas as áreas da espe-cialidade. Permite também acesso a bibli-otecas e publicações especializadas, alémde uma série de outras possibilidades úteispara o médico oftalmologista.

Desenvolvido inicialmente parapermitir aos oftalmologistas norte-ameri-canos prepararem-se para os exames derecertificação do título de especialista doAmerican Board of Ophthalmology, o O.N.E.é atualmente a mais completa ferramentaeducacional voltada para a Oftalmologia nainternet.

Nas próximas semanas, a AAO vaiestabelecer convênios com as associaçõesnacionais de oftalmologia para disponibilizaresta ferramenta aos oftalmologistas deoutros países. No Brasil, as negociaçõesestão sendo levadas a cabo pelo CBO e emsetembro, na programação conjunta com aAAO e a Associação Pan-Americana deOftalmologia, será oficializado o acesso dosoftalmologistas brasileiros, através do CBO,a este programa •

Comissão ExecutivaAyrton Roberto Branco Ramos e JoãoLuiz Lobo Ferreira Presidentes

Cleusa Coral Ghanem e Ernani LuizGarciaVice-presidentes

Ademar Valsechi e Assad Rayes Secretários

André Benedito Silva Bernardes eGustavo da Silva LimaTesoureiros

Comissão SocialCinthia Ramos Vianna Ernani Serpa Júnior Sandra Maria Mansur Botelho

Comissão Científicado CBO

Hamilton Moreira • Presidente da Comissão

Wallace Chamom • Assessor Especial

Ana Luisa Hofling- Lima

André Barbosa Castelo Branco

Ayrton Roberto Branco Ramos

Bruno Machado Fontes

Carlos Alexandre Garcia

Elisabeto Ribeiro Gonçalves

Italo Mundialino Marcon

Jacó Lavinsky

João Agostini Netto

João Luiz Lobo Ferreira

Maria Cristina Nishiwaki Dantas

Milton Ruiz Alves

Newton Kara José Júnior

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“ A Prova Nacional de Oftalmologia temcomo uma de suasfinalidades estimularum padrão técnico-científico mínimo paraque o jovem estejacapacitado paraatender osproblemas de saúdepública ocular dapopulação brasileira.”

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PROVA NACIONALDE OFTALMOLOGIA

“A Prova Nacional de Oftal-mologia, organizada e promovidapelo CBO atingiu tal grau de ex-celência que servirá de modelo paraa realização de exames de certi-ficação na especialidade por todo ocontinente latino-americano. Dire-tores da Associação Pan-Americanade Oftalmologia (APAO) já se com-prometeram a divulgar os conceitosbásicos da prova brasileira comomodelo a ser estudado e adaptadopara outros países”.

Quem faz esta afirmação é PauloAugusto de Arruda Mello, coorde-nador da Comissão de Ensino doCBO que, por sua vez, é responsávelpela elaboração, organização, pla-nejamento, administração e aplica-ção da Prova Nacional de Oftalmo-logia, que em 2008 ocorreu em 17 e18 de janeiro em duas cidades, São

Paulo e Brasília, e contou com aparticipação de 475 candidatos aoTítulo de Especialista em Oftal-mologia.

Último elo do processo de for-mação de especialistas, a ProvaNacional de Oftalmololgia compre-ende uma complexa cadeia de de-cisões e ações que envolvem cen-tenas de pessoas em dezenas deinstituições. A fluidez quase que au-tomática com que as diferentesetapas de sua aplicação se desen-rolam, escondem meses de intensotrabalho e anos de experiênciasacumuladas necessários para aconcretização da prova.

De acordo com Arruda Mello, aProva Nacional de Oftalmologia temcomo uma de suas finalidades esti-mular um padrão técnico-científicomínimo para que o jovem estejacapacitado para atender os proble-mas de saúde pública ocular dapopulação brasileira. A Comissãode Ensino tem tomado uma série de

medidas para aprimorá-la cadavez mais, principalmente atravésda profissionalização dos respon-sáveis por várias de suas etapas.A Prova sempre foi elaborada

com questões originadas detodos os cursos de especializaçãocredenciados pelo CBO. Com opassar do tempo, a Comissão deEnsino verificou que era neces-

sária uma avaliação mais criteriosadas questões enviadas. “Além dis-so, aumentamos gradativamente onúmero de questões, pois a expe-riência revelou que não se pode teruma avaliação real do conhecimen-to do oftalmologista com algumas

poucas questões de córnea, cata-rata e glaucoma,” declarou ArrudaMello.

Além do aumento do número dequestões, há dois anos foi instituída

uma avaliação através de questões relativas a imagens de patologiasoculares. Em 2008, foi instituídaoutra inovação, com o aumento donúmero de questões relacionadascom o conhecimento básico de me-dicina e de oftalmologia (anatomia,fisiologia, citologia, farmacologiaetc).

A prova de 2008 exigiu acontratação de quatro profissionaispara a avaliação e elaboração dasquestões com base nas sugestõesenviadas pelos diferentes serviçosde todo o País. Depois de seismeses de trabalho, o resultado foinovamente avaliado e balanceadopor uma equipe de professores deOftalmologia.

O presidente do CBO, HamiltonMoreira, fala da importância daProva Nacional de Oftalmologiaaos candidatos em São Paulo.

O secretário geral do CBO, Nilo Holzchuh,fala sobre a importância da Prova Nacionalde Oftalmologia aos candidatos emBrasília

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epois disso, a prova foiencaminhada para uma primorosaedição e impressão em empresanão ligada ao segmento oftalmo-lógico.

A logística aplicada em 2008também foi mudada. Até 2007, aProva Nacional de Oftalmologia erarealizada simultaneamente em vá-rias capitais brasileiras, exigindo odeslocamento de professores, equi-pes de controle e materiais.

Neste ano, a prova foi aplicadaapenas em São Paulo e em Brasília,com grande racionalização dos pro-cessos logísticos e dos investimen-tos necessários para a realizaçãoda prova.

Tanto em São Paulo quanto emBrasília, os espaços foram adequadospara a realização do evento e foramtomadas todas as medidas parafacilitar a fiscalização e garantir alisura da avaliação. Os aprovadosnas provas de 17 e 18 de janeiroserão submetidos a uma prova

Durante o XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, que ocorrerá de 03 a 06 de setembro em Florianópolis,

o CBO vai organizar um exame de habilitação do Título de Especialista em Oftalmologia destinado especificamente aos médicos formados

há mais de 15 anos. A Comissão de Ensino do CBO já está elaborando esta prova que terá características especiais, tendo em vista seu caráter

excepcional, enfatizando a prática das clínicas e consultórios. O processo para a elaboração das questões e para a concretização

do evento exigirão os mesmos cuidados e atenções destinados à Prova Nacional de Oftalmologia.

“O Conselho Brasileiro de Oftalmologia decidiu atender a um pedido daAssociação Médica Brasileira e vai promover esta prova diferenciada. Entretanto,

seus objetivos continuarão os mesmos da Prova Nacional de Oftalmologia: a correta avaliação dos conhecimentos dos candidatos e a valorização do Título

de Especialista em Oftalmologia”, explicou Paulo Augusto de Arruda Mello.

prática, a ser realizada nas próximassemanas nos diferentes cursos deespecialização em Oftalmologia cre-denciados pelo CBO. Quando tam-bém serão tomadas todas as me-didas necessárias para garantir aobjetividade da avaliação do can-didato.

“Toda esta evolução não é gra-tuita ou arbitrária. É fruto de muitotrabalho que envolveu as diretorias doConselho Brasileiro de Oftalmologia,os integrantes da Comissão de Ensinoe dezenas de profissionais em todo oBrasil. Ainda temos que evoluir, maspodemos dizer com orgulho que aProva Nacional de Oftalmo-logia tornou-se um dos meiosmais eficientes para aumentaro padrão técnico-científico daespecialidade e de valorizaçãodaqueles que são os respon-sáveis pela saúde ocular dapopulação”, concluiu o coordena-dor da Comissão de Ensino do CBO,Paulo Augusto de Arruda Mello.

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A Prova Nacional de Oftalmologia de 2008 teve 477 médicos inscritos em sua etapa inicial, aanálise de currículos, com a seguinte origem:Alunos de cursos de especialização em oftalmologia credenciados pelo CBO........................253Ex-alunos dos cursos de especialização em oftalmologia credenciados pelo CBO......................14Alunos originários das residências do MEC................................................................................214 Candidatos independentes............................................................................................................116 Currículos reprovados.........................................................................................................................2

CursosCredenciados

Ex-alunos MEC Independentes Total

Inscritos 253 14 92 116 475

Ausentes 09 01 07 13 30

Presentes 244 13 85 103 445

Reprovados 31 09 29 74 143

Aprovados 213 04 56 29 302

% de aprovados 87,30 30,77 65,88 28,16 67,87

Os alunos aprovados nas provas teóricas e teórico-pratica realizadas em 17 e 18 de janeiro de 2008serão submetidos à prova prática. Os alunos dos cursos de especialização credenciados pelo CBO,realizarão esta etapa em seus respectivos cursos, ao passo que os outros candidatos serão direcionados aserviços capacitados a ministrarem a prova.

Os aprovados nesta última etapa estarão capacitados para requererem o Titulo de Especialista emOftalmologia emitido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia/Associação Médica Brasileira •

elipi Zambon, aluno do Curso deEspecialização em Oftalmologia doHospital das Clínicas da Universidadede São Paulo, obteve a maior médianas provas teóricas e teórico-prá-tica da Prova Nacional de Oftalmo-logia de 2008 e conquistou o PrêmioCBO/Allergan 2008. Newton KaraJosé, coordenador do mesmo curso,também ganhou o Prêmio CBO/Allergan 2008 como coordenador do

Curso de Espe-cialização cujosalunos obtive-ram a maiormédia na ProvaNacional de Of-talmologia dosúltimos quatroanos.

O Prêmio CBO/Allergan consisteno pagamento da inscrição dosvencedores no encontro daAssociation for Research in Visionand Ophthalmology (ARVO), queeste ano será realizado de 27 deabril a 01 de maio em FortLauderdale, Flórida (EUA), passagemaérea e hospedagem durante operíodo do evento.

Já o Prêmio Maimônides 2008 -Beca Marcos Lottenberg - foi con-quistado por Rodrigo SanchesOliveira, aluno do Curso de Espe-cialização em Oftalmologia daSociedade Befenicente Santa Casade Campo Grande. O PrêmioMaimônides-Beca Marcos Lotten-berg, oferecido anualmente poruma comunidade

de oftalmologistas de confissãoisraelita, consiste no pagamento depassagem aérea e estadia duranteum mês em Israel para realizaçãode estágio acadêmico e visitamonitorada, ao aluno que obteve amelhor média do curso credenciadopelo CBO que obteve a maior médianas provas teóricas e teórico-prá-tica da Prova Nacional de Oftal-mologia.

Newton Kara José

Felipi Zambon

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MUDANÇAS NACOMISSÃO NACIONAL DE

RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM)

legando discordâncias com a política proposta peloMinistério da Saúde, o professor titular da Disciplina de ClínicaMédica do Departamento de Medicina da Unifesp, AntonioCarlos Lopes, pediu demissão da Comissão Nacional deResidência Médica (CNRM), depois de quatro anos respondendopela Secretária Executiva, no Ministério da Educação.

No período, ele ampliou a participação das Sociedades deEspecialidade e das universidades, incentivou a preceptoria,abriu 700 novas bolsas, instituiu critérios mais rigorosos paraavaliação de cursos e adequou a duração dos vários programas.Também lançou o estágio optativo para residentes em regiõesde fronteira e de difícil acesso, a prova prática no processoseletivo.

Embora resguarde o papel do Ministério da Educação,Carlos Lopes deu várias declarações criticando as interferênciado Ministério da Saúde na Comissão Nacional de ResidênciaMédica: “Estas interferências começaram a prejudicar a busca

da excelência na formação do residente, alicerçada no méritoacadêmico e competência profissional. Esses princípioscaracterizaram o nosso trabalho nestes últimos quatro anos, queacabou sendo reconhecido por todos: sociedades de especialidade,entidades governamentais, AMB e CFM”, afirmou. (A entrevistapode ser lida na íntegra no link:http://www.amb.org.br/mc_noticias1_abre.php3?w_id=3240)

O novo titular do cargo é o psiquiatra mineiro José Carlos deSouza Lima, que em entrevista à assessoria de imprensa daAssociação Médica Brasileira defendeu o caráter colegiado daCRNM e criticou propostas de abrir programas de residênciasmédicas sem preceptoria. (A entrevista de Souza Lima pode serlida no link: http://www.amb.org.br/ mc_noticias1_abre.php3?w_id=3256)

Publicamos nas próximas páginas a avaliação do coordenadorda Comissão de Ensino do CBO, Paulo Augusto de Arruda Mello,artigo do próprio Antônio Carlos Lopes sobre o assunto e a opiniãodo presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral.

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sistema de aprendizado de espe-cialidades médicas pode ter é a suatransformação em mecanismo deatendimento à população sem levarem conta seu caráter prioritariamenteeducacional, através da redução dasexigências curriculares em benefí-cio de uma pretensa adaptação àsnecessidades do País.

Aparentemente esta posição, anosso ver equivocada, defendidapelo Ministério da Saúde, tornou-semajoritária na CNRM e levou An-tônio Carlos Lopes a pedir de-missão.

Desta forma, queremos mani-festar nossa preocupação com ofuturo do sistema de ensino dasespecialidades médicas no Brasil.Logicamente, tínhamos discordân-

cias com o ex-dirigente daCNRM e ainda não conhecemosas posições de seu sucessor noórgão. Esperamos, sinceramen-

te, que nossa preocupação venha ase revelar despropositada, que acolaboração entre as sociedades deespecialidades filiadas à AMB e aCNRM continue cada vez mais es-treita e que os sistemas de ensinodas especialidades médicas cum-pram sua finalidade maior de pre-parar da melhor forma possível ojovem médico para atender à popu-lação brasileira com a excelênciaque ela precisa, merece e temDireito.

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Preocupação com o futuroPaulo Augusto de Arruda MelloCoordenador da Comissão de Ensino do CBO

A saída de Antônio Carlos Lo-pes da direção da Comissão Na-cional de Residência Médica deveser lamentada levando-se em contaa forma como foi efetuada, as ra-zões alegadas e o histórico de co-laboração entre a CNRM e as so-ciedades de especialidades em be-nefício do ensino médico que suaatuação no órgão possibilitou.

Sempre defendemos a posiçãode que o ensino médico deve buscara excelência. O jovem médico devesair das residências e dos cursos deespecialização com conhecimentotécnico-científico que lhe permitatrabalhar em qualquer lugar domundo, formação humanista paraenxergar em qualquer paciente oSer Humano e não o portador dadoença e conhecimento administrativopara gerir sua vida profissional emtempos de grandes mudanças so-ciais e tecnológicas. Tal posiçãonão deve e não pode ser confundidacom elitismo ou com qualquer pre-tenso desprezo pelas necessidadesde atendimento médico da popu-lação, principalmente da mais ca-rente.

Em diversas ações e manifes-tações públicas, Antônio CarlosLopes defendeu a mesma posição.

Sempre defendemos que asdistorções históricas que levaram acriação de sistemas de formação deespecialistas diferenciados, umoficial representado pela CNRM eoutro não governamental repre-sentado pelos cursos de especi-alização credenciados pelas soci-

edades de especialidade filiadas àAMB, deveriam ser superadas atra-vés do diálogo e do respeito mútuo,num processo mais ou menos longoque envolvesse a colaboração cres-cente entre as duas esferas insti-tucionais do ensino das especiali-dades. Sempre defendemos, tam-bém, que tal processo não pode

nem deve obedecer a conjunturaspolíticas necessariamente voláteis,mas ter como fato gerador e pro-pulsor a busca pela excelência noensino médico.

Em diversas ações e mani-festações públicas, Antônio CarlosLopes defendeu as mesmas posi-ções e em passado recente ocor-reram ações conjuntas entre repre-sentantes da Comissão de Ensinodo CBO e a CNRM extremamenteprodutivas para o ensino da espe-cialidade.

Sempre defendemos a posiçãode que a maior distorção que o

Paulo Augusto de Arruda Mello

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A residência médica é umaconsagrada forma de especializaçãoem medicina. Busca, por meio daprática clínica, sob a supervisãoqualificada, formar os médicos, ha-bilitando-os ao pleno exercício daprofissão.

A ampliação do conhecimentomédico nas últimas décadas exigecorrespondente aumento no conte-údo e extensão dos programas deresidência médica, que hoje, emtodo mundo, obrigatoriamente ul-trapassa quatro anos.

Espera-se que a formação domédico seja integral, sólida a pontode permitir-lhe desenvolver-se emuma carreira que, não raro, ultrapassaquarenta anos. A residência é com-plementação obrigatória do cursode formação e, ao completá-la,

deve o médico dominar a espe-cialidade escolhida em todos osaspectos.

Trata-se de um erro fundamentaltentar reduzir os programas apenasaos aspectos mais prevalentes dasdoenças que circunstancialmente

afligem o país, visto que estequadro é mutável e a carreira élonga. De outra parte, se o fi-

zéssemos, teríamos profissionaisde qualidade inferior aos formadosem países mais bem sucedidos.Estaríamos, portanto, caminhandona direção contrária ao progressoque desejamos.

O Ministério da Educação e asSociedades de Especialidade pode-riam melhor contribuir para a for-mação dos médicos, se o Ministérioda Saúde se ocupasse em criarcondições para distribuir os mé-dicos no Brasil facilitando sua atu-

ação.Vemos com apreensão pro-postas reducionistas e manifes-tações de conceitos ultrapas-

sados. Não há lugar para médicos“pés descalços” no mundo globa-lizado.

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Residência Médica em DebateJosé Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica Brasileira

José Luiz Gomes do Amaral

Atentado ao ensino médicoAntonio Carlos Lopes ex-Secretário Executivo da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)

Há dias circulou a notícia de queo Ministério da Saúde planeja im-plantar “um novo perfil para amedicina”, por intermédio de suaSecretaria de Gestão do Trabalhoda Educação na Saúde. A propostaestá centrada no curso de graduaçãoem medicina. Por conhecermos afilosofia ideológica desta Secretaria,somos obrigados a trazer a públicoa realidade dos fatos. O objetivo éformar médicos para o SUS, edesde já salientamos a contramãoda realidade em que se encontraeste projeto.

Contestamos tal posicionamento,pois a prioridade deve ser a forma-ção de médicos competentes, éti-cos, prontos para trabalhar no SUSe também nos diversos locais que omercado oferece. O paciente doSistema Único de Saúde tambémmerece um médico qualificado, porisso, a formação deve ser de exce-lência. A proposta do Ministério daSaúde mostra desconhecimentosobre o ensino médico e o exercícioprofissional; afronta princípios doensino preconizados por quem exer-ce a medicina e busca a excelência

acadêmica e a competência pro-fissional.

O correto e bom ensino médico écomplexo. Envolve currículo humanista,modelo pedagógico, estrutura aca-dêmico-administrativa, metodolo-gia de ensino e de avaliação, erecursos humanos e materiais con-dizentes. É necessário ainda quehaja quem ensine, pois a medicinaé uma profissão em que só seaprende ao lado de quem sabe,assim como é fundamental o am-biente em que se dá o aprendizado.Este fato, com a grande expansão

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do ensino médico na última década,pode ser um complicador, pois nãohá docentes qualificados para todasas escolas recém-criadas, sendoque a maioria não possui condiçõesminimamente adequadas.

Como sabemos, um grande nú-mero dos postos de saúde apre-senta condições precárias de aten-dimento e não têm estrutura para oensino da medicina. As filas sãoenormes, as condições de higieneprecárias, o atendimento ao paci-ente dura menos de dez minutos,pessoas morrem em filas de espera,as doenças não são tratadas, massim os sintomas, e os resultadosdos exames só chegam quando asituação clínica do paciente já étotalmente diferente da inicial. É,portanto, claro que este não é umambiente adequado para o ensinoda medicina. Porém, é evidente queos alunos da graduação devem terno seu currículo o estágio no SUS,até mesmo para aprender o que nãose deve fazer, mas isso nunca podeser prioridade.

Se o escopo do Ministério daSaúde é propor mudanças no ensi-no da medicina, o que não é da suaalçada, com o objetivo de garantirmão-de-obra barata, não consegui-rá. Se pretende sensibilizar o alunoa se compromissar com o SUS,certamente o amedrontará. Inclusi-ve corremos o risco de a decepção olevar a abandonar o curso médico,tão desejado dentro de seu idealis-mo louvável. Se tal proposta fosseboa, não deveria envolver repassede verbas, uma vez que as institui-ções, que possuem a massa pen-sante, já estariam centrando o en-sino na rede pública de saúde. Quenão se confunda ensino da medici-na com mercadoria que pode ser“comprada”.

Entendemos ser o SUS o melhor

sistema de saúde já idealizado elutamos por sua valorização, massomos testemunhas dos problemasque o tornam inviável para a trans-missão de conhecimento e a forma-ção médica. Concordamos que oensino deva ser baseado na comu-nidade, e não apenas como ocorreem algumas instituições, em queestá centrado em casos ditos“interessantes”, pois todos o são, eo que ocorre são médicos desin-teressados, cujo desinteresse pos-

sui explicações que escapam ao es-copo deste artigo.

Para agravar a situação, a Se-cretaria de Gestão do Trabalho daEducação na Saúde, do Ministérioda Saúde, tenta transformar a resi-dência médica em política desaúde, quando é política de educa-ção. É a educação a serviço da sa-úde, e por isso está alocada noMEC. Além de a Secretaria tentarinterferir no ensino da graduação,quer usar o residente para solu-cionar os problemas de saúde dopaís, por ser mão-de-obra barata,comprometendo o aprendizado emserviço que caracteriza a resi-dência, que não tem como objetivosanar as dificuldades da graduação,mas o faz uma vez ser esta total-mente deficiente.

A referida Secretaria lamentaser a residência médica puramentecurativa, propondo um perfil maispreventivo. Porém, o atendimentomédico só poderá ser preventivo,

como todos queremos, quando asdoenças e o sofrimento das pes-soas estiverem sob controle, e ospacientes tiverem atendimento mé-dico digno, que priorize a relaçãomédico-paciente e o humanismo.Infelizmente, os que defendem ar-duamente a medicina preventiva têmdemonstrado incompetência no con-trole da dengue, da febre amarela ede outras doenças prevalentes.Também por falta de conhecimentonão sabem que a medicina curativaestá compromissada e vinculada àmedicina preventiva, porém emníveis secundário e terciário. Res-peitamos a opinião do Ministério daSaúde por garantia ao estadodemocrático de direito. Contudo, adesqualificamos com base no ex-

posto. Esperamos que o ministroda Educação, Fernando Haddad,que tem lutado pela busca da

excelência na educação, traba-lhando com seriedade e propostaslouváveis, interfira imediatamentenessa questão.

Dentro de uma intelectualidadedelirante, talvez tenham concluídoque a medicina de Cuba seja asolução para o Brasil, advogandopara o atendimento médico bacha-réis em medicina que não conh-ecem as características do SUS eda medicina brasileira, com forma-ção (se é que ela existe) funda-mentalmente sanitarista.

Talvez, a curto prazo, a buscadesse novo perfil para a medicinaleve nossos estudantes a ter comoprofessores tais bacharéis cubanos,que nem revalidaram seus diplo-mas, colocando em risco o ensino ea graduação •

Antônio Carlos Lopes

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rARQUIVOS BRASILEIROS

DE OFTALMOLOGIA SE RENOVAM

A revista Arquivos Brasileiros deOftalmologia (ABO) passou por umaexpressiva reformulação internacom o objetivo de aprimorar aindamais o processo de seleção eedição das matérias publicadas.

O cargo de Editor Chefe continuasendo ocupado por Harley E. A.Bicas. Foi criado o cargo de Co-Editor, que passa a ser ocupado porCristina Muccioli, Mauro Campos ePaulo E. Corrêa Dantas. Além disso,houve a escolha de novos nomespara ocupar o cargo de Editor As-sociado: Célia Regina Nakanami,Eduardo Cunha de Souza, EduardoMelani Rocha, Eduardo Sone Soria-no, José Álvaro Pereira Gomes, Jo-sé Paulo Cabral Vasconcellos, Ma-rio Luiz Ribeiro Monteiro, MichelEid Farah, Remo Susanna Júnior,Sergio Felberg, Silvana A. Schellini,Suzana Matayoshi, Wallace Cha-mon e Walter Yukihiko Takahashi.

O Conselho Editorial da

publicação também sofreu modifi-cações em sua composição.

Conforme explicou HarleyE. A. Bicas, o Editor Chefe, no úl-timo editorial da revista, “tais subs-tituições não devem ser interpre-tadas como relacionadas a reconhe-cimentos diminuídos de méritospessoais dos que saem. Ao contrá-rio, não é raro ser justamente aelevação do nível de ocupações,determinada pelo exercício profis-sional e, ou, acadêmico, a razão deos tempos das pessoas tornarem-semenos disponíveispara análises deestruturas, conte-údo e forma de umartigo científico.De qualquer mo-do, não há comoexplicitar novas o-portunidades aum, sem que suce-dam compreensi-

vas e generosas aceitações decessão por outros, cujas excelentescolaborações continuarão a serindispensáveis... os A.B.O. prosseguemem seus enfretamentos de novosdesafios, com o entendimento deque seja elemento refletor docrescimento contínuo de nossaOftalmologia e, ao mesmo tempo,fator com que ela se consolida noconceito internacional”•

Reunião dos editores da revista

“Novos tempos. Aceleremos!”

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PRESENÇABRASILEIRA NO

ENCONTRO DA ARVO

Argentina 21

Brasil 139

Colombia 3

Costa Rica 4

Espanha 126

México 58

Peru 1

Portugal 13

Venezuela 1

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Aos médicos participantes

do Programa deEducação Continuada

(PEC) do CBOA Unimagem Produções Audio-

visuais, empresa que produz os volu-mes do Programa de Educação Con-tinuada (PEC) CBO, solicita a todos osmédicos que responderam as ques-tões dos diferentes volumes do pro-grama em 2007 que informem os res-pectivos números do CPF. Sem estainformação, a empresa não tem con-dições de enviar a relação à Co-missão Nacional de Acreditação, pa-ra que sejam atribuídos os pontos re-ferentes a cada volume.

A empresa enviará a todos osparticipantes do programa um e-mailneste sentido, que possibilitará aresposta com total segurança.

Qualquer dúvida poderá ser res-pondida pela Comissão de Ensino doCBO pelo telefone (11) 3266-4000 ouatravés do e-mail:[email protected]

Médicos terão novo Código de Ética em 2009

O atual Código de Ética Médica, aprovado em 1988, será reformulado até o primeiro semestre de 2009. OConselho Federal de Medicina (CFM) criou a Comissão Nacional de Revisão do Código, cuja composição ecompetências foram definidas no Regimento Interno da mesma, aprovado em dezembro último. A comissão planejapromover amplo debate com a classe médica para atualizar os preceitos éticos, técnicos e morais da medicina.Será integrada por 15 membros, coordenados pelo 1º vice-presidente do CFM, representantes da Associação MédicaBrasileira, da Federação Nacional dos Médicos, das cinco regiões do país e seis consultores - membros do PoderJudiciário, do Ministério Público, da Sociedade Brasileira de Bioética e filósofos e teólogos.

Além da comissão nacional, serão também criadas comissões nos estados com conselheiros regionais,representantes da AMB, do sindicato dos médicos do estado e três representantes da sociedade escolhidos acritério do CRM local.

Atualmente, os membros da comissão nacional fazem uma revisão histórica dos Códigos de Ética Médica devários países, como Reino Unido, Bélgica, Canadá e Venezuela. Em 2008, a Comissão Nacional de Revisão doCódigo de Ética Médica fará reuniões mensais e estão previstas conferências nacionais com a participação dascomissões estaduais de revisão. Também está sendo organizada uma consulta pública para o recebimento desugestões.

Pesquisadores brasileiros apresentarão 139 trabalhos nopróximo encontro da Association for Research in Vision andOphthalmology (ARVO), que ocorrerá em Fort Lauderdale, Flórida, EUA,de 27 de abril a 1 de maio. Com esta marca, o Brasil destaca-se comoo país ibérico que mais terá pesquisadores apresentando trabalhosnesta importante reunião científica da especialidade, superando,inclusive, a Espanha.

Os números de trabalhos inscritos no evento por pesquisadoresoriginários de cada país ibérico são os seguintes:

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do CBONotíciasNotícias

O ConselhoBrasileiro deOftalmologia temmantido contatos e negociaçõespermanentes coma área responsáveldo Ministério

da Saúde, a Secretaria de Alta e MédiaComplexidade, naSecretaria de Assistênciaà Saúde (SAS) para tentardiminuir o prazo deliberação de recursos oureorganizá-los para seremmelhor distribuídos.

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Há alguns anos, o Minis-tério da Saúde não trabalha maiscom o formato de “mutirão” paranenhum tipo de cirurgia (sejacatarata, hérnia, varizes etc). Desde2005 a política do ministério échamada de “Cirurgias Eletivas”,cujo pagamento continua sendofeito extra-teto, por Autorização deProcedimentos Ambulatoriais deAlta Complexidade/Custo (APAC),através do Fundo de Ações Estraté-gicas e de Compensação (FAEC).

A lógica instituída peloMinistério da Saúde no Programade Cirurgias Eletivas (regulado,atualmente, pela Portaria 252/GMde 2006) é de oferecer mais R$ 2,25por habitante por ano para cadamunicípio brasileiro. O montantetotal do recurso deve ser destinadopela Secretaria de Saúde (Munici-pal, se em gestão plena, ou Esta-dual se o município não estiver emgestão plena) para quaisquer dos82 procedimentos cirúrgicos lista-dos no rol das cirurgias eletivasdesta portaria. Assim, uma cidadede 50.000 habitantes, por exemplo,tem direito a receber R$ 112.500,00por ano neste sistema e, caso optarpor realizar apenas facectomias (oque não é permitido, já que pelomenos dois procedimentos devemser contemplados) seria possívelrealizar cerca de 254 novos proce-dimentos por ano.

Para receber este recurso,a Secretaria de Saúde precisa apre-sentar um projeto ao Ministério daSaúde determinando quais são suasprioridades, isto é, que cirurgiasdeseja contemplar, e a quantidadede cada uma delas, respeitando o

valor total do recurso que lhe cabeproporcional ao número de habi-tantes. Este projeto passa por umtrâmite interno, que nem sempre érápido como se espera e o repasseé realizado em parcelas.

Muitas vezes, as secretariasde Saúde alegam que sem o re-passe não podem autorizar ascirurgias, o que não é correto.É importante esclarecer que oPrograma de Cirurgias Eletivas temo objetivo de complementar deman-das específicas de cada região enão substituir as cirurgias de rotina.Cada Secretaria de Saúde já re-cebe, mensalmente, do Ministérioda Saúde recursos referentes aoTeto MAC para custear as ativi-dades de saúde, que devem seracrescidos pela participação muni-cipal (15% do orçamento). Este re-curso fixo, mensal, tem o objetivode custear os procedimentos de“rotina”, inclusive as cirurgias decatarata. Somente as cirurgias“extras”, que existam por demandareprimida, devem ser incluídas noProjeto de Cirurgias Eletivas.

O que acontece, infeliz-mente, é que as Secretarias Muni-cipais e Estaduais tem, habitual-mente, usado o dinheiro do TetoMAC ou do recurso próprio parapagar as cirurgias que estão no roldas Cirurgias Eletivas, deixando, as-sim, de realizar os procedimentosde “rotina”. Com isso, são penali-zados tanto a população com umademora excessiva para a realizaçãodas cirurgias, que na maioria dasvezes provoca a necessidade derefazer os exames pré-operatórios,num carrossel de desperdício, quan-to os prestadores de serviço, que

trabalham sem previsibilidade. O que os oftalmologistas,

entidades representativas da espe-cialidade e serviços credenciadospara a realização de cirurgias po-dem e devem fazer é negociarpermanentemente com os gestoreslocais (da secretaria municipal desaúde no caso de municípios que jádetenham a gestão plena e dasecretaria estadual da saúde nosoutros) para definir a cota de ci-rurgias de catarata de rotina, queseria acrescida da quantidade extrade cirurgias eletivas por ocasião daliberação dos recursos provenientesdo FAEC. É importante também queo envio destes projetos de cirurgiaseletivas para o Ministério da Saúdeseja agilizado e monitorado pelosrepresentantes da especialidade edos serviços, já que muitas vezes aliberação dos recursos atrasa porque o projeto demorou a ser apre-sentado.

O Conselho Brasileiro deOftalmologia tem mantido contatose negociações permanentes com aárea responsável do Ministério daSaúde, a Secretaria de Alta e Mé-dia Complexidade, na Secretaria deAssistência à Saúde (SAS) para ten-tar diminuir o prazo de liberação derecursos ou reorganizá-los paraserem melhor distribuídos. Emborahaja evidente boa vontade dasautoridades, isto nem sempre épossível em virtude da grandedisputa pelos recursos da saúde,que como todos sabemos, infeliz-mente são limitados•

Catarata pelo SUS: a difícil adaptação aos novos tempos

Alexandre Taleb - Consultor Técnico para Oftalmologia (DAE/MAC/SAS/MS)

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Projeto Refração BrasilO CBO apoia o programa “Refração Brasil (Olhar

Brasil) que está em discussão no Ministério da Saúdehá três anos e reivindica a criação de um Programaconsistente de combate às causas prevalentes daCegueira, inserido numa Política Nacional de Oftal-mologia. Estes são os pontos centrais de uma comu-nicação que a presidência do Conselho enviou aoDiretor Executivo da Secretaria de assistência à Sa-úde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame. Veja aíntegra do documento:

Dando prossdeguimento à reu-nião realizada na sede desteMinistério em 18 de dezembro, emque participaram rubens Belfort,Marcos Ávila, João Orlando RibeiroGonçalves e Paulo Henrique Mora-les, todos representantes do CBO,em que se discutiu o programa na-cional de oftalmologia, o CBO seposiciona oficialmente em relaçãoàquelas questões.

O CBO apoia a criação doprojeto “Refração Brasil”,em discussão neste Minis-tério nos últimos três anos.

A descontiuidade nos projetosde oftalmologia implantados nopassado, especialmente os projetoscatarata e retinopatia diabética,que tem trazido dificuldades deacesso à população brasileira, su-geriu ao CBO alterações de posturanos últimos doze meses.

Assim, o CBO apóia a criação doPrograma de Combate às CausasPrevalentes da Cegueira e a PolítcaNacional de Oftalmologia, em pre-paração neste Ministério. Apóia e concorda com o lança-

mento destes programas conformeanunciado pelo Ministro JoséGomes Temporão na abertura doXXXIV Congresso Brasileiro deOftalmologia em Brasília e refe-rendado por Alberto Beltrame na-quele mesmo congresso durante arealização do II Fórum Nacional deSaúde Ocular na Câmara dos De-putados, ambos em setembro de2007.

Dentre as causas mais pre-valentes de cegueira no Brasil, queserão contempladas por estas po-líticas, encontrram-se a catarata, oglaucoma, a retinopatia diabética ea degeneração macular. Sugere-seque sejam incorporados novosprocedimentos à tabela SUS (aserem elencados), dentre os quaisos procedimetnos anti-angiogênicospara o tratamento de degeneraçãomacular relacionada à idade, assimcomo a terapia fotodinâmica demaneira combinada. Sugere-se ain-da que, para o tratamento da re-tinopatia diabética, seja incluídonovo código para o diagnóstico eacompanhamento dos pacientes emfase inicial, visando à prevenção da

cegueira e diminuição nos altoscustos decorrentes do tratamentoda fase avançada da doença. paratanto se sugere, ainda, que talcódigo seja composto de consultaoftalmológica, oftalmoscopia indiretae angiofluoresceinografia.

O levantamento recente do CBO,publicado durante o último Con-gresso Brasileiro mostra aumentoanual dos casos de cegueira e aexistência de quase um milhão emeio de pessoas cegas. O Minis-tério da Saúde diminuiu o ritmo desua atuação, anteriormente feita demaneira intensa, na redução doscasos de cegeurai pelas causaspreveníveis e as reversíveis, especi-ficamente catarata, glaucoma e re-tinopatia diabética. uge a execuçãode novos programas, para que hajacontinuidade daquelas açõesanteriormente realizadas como apoio do Conselho Brasileirode Oftalmologia e de toda aclasse oftalmológica, visandoreduzir a incidência de novoscasos de cegueira no País. Porse tratar de programa de combateàs causas prevalentes de cegueira,deve contemplar, além do tratamen-to, a detecção precoce e o acom-panhamento dos pacientes identifi-cados, para que estes não se ter-minem em casos de cegueira ir-reversível no futuro.

A redução expressiva (ano aano) do número de procedimentos,provavelmente devido a questõesfinanceiras (só para catarata eramdisponibilizados R$ 1,25 por habi-tante/município) e a entraves ope-racionais, leva o Conselho Brasi- N

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leiro de Oftalmologia a solicitar aoMinistério da Saúde a criação doPrograma de Combate às CausasPrevalentes de Cegueira.

Sugerimos atenção especial àcatarata, apesar de entendermosque não devem acontecer açõesdescoladas, mas sim que visem aoftalmologia como um todo. É deentendimento de todos que onúmero de cirurgia de catatatafinancieaas em nosso país peloSUS está muito abaixo do neces-sário para manter em nível satis-fatório da doença como causa dacegueira. Algumas populações maiscarentes tem sido alvo de açõesimpertinentes por parte de gover-nos de outros países, conforme

divulgado pela mídia. Precisamoscom urgência de financiametnosadequados para retomar o númerode cirurgias a um patamar ade-quado e condizente a nossa popu-lação. Sugere-se, entretanto, que ofinanciamento do Programa deCombate à Cegueira seja desvin-culado do Programa Nacional de Ci-rurgias Eletivas de Média Complexi-dade. O CBO sugere ainda que sejamantido o financiamento via FAEC(Fundo de Ações Estratégicas eCompensação). O corpo técnico doMinistério da Saúde identificaráqual a melhor lógica de repassedesse financiamento, que pode atéseguir a lógica do repasse dascirurgias eletivasa. desta forma,

espera-se que a Política Nacionalde Cirurgias Eletivas seja mantida(sem o grupo das cirurgias oftal-mológicas) e, em paralelo, regula-mentado por nova portaria o Pro-grama de Combate à Cegueira, se-guindo as determinações da PolíticaNacional de Oftalmologia, em fasefinal de estudo por este Ministério.Colocamo-nos ainda à disposiçãopara participar nas definições pon-tuais e temáticas desses Projetos •

Hamilton MoreiraPresidente

O CBO APOIAA CRIAÇÃO

DO PROJETO “REFRAÇÃO BRASIL”

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Atualize seus dados no CBO

Comunicação da Secretaria Geral

Respaldada pelo Ouvidor doConselho Brasileiro de Oftalmologia,Orestes Miraglia Júnior, a SecretariaGeral do CBO esclarece que:Não existe “habilitação legal” paraoperar aparelhos de exames com-plementares que não interagemcom o paciente (exames não in-vasivos e sem contato).Exemplos:1) Para operar aparelhos de raio X énecessário um diploma de Técnico deRadiologia, pois estes aparelhos sãoinvasivos e interagem com o paciente(radiação) - Curso de Técnico em Radi-ologia.2) A tonometria de contato (aplanação)realizada nos consultórios oftalmo-lógico, só pode ser realizada pelo Mé-dico Oftalmologista, visto que há con-tato com o olho do paciente.

3) Para fazer curativos há necessidadede Diploma de Técnico em Enferma-gem, pois há interação com o pacientecomo aplicação de medicamentos,injeções etc - Curso de Técnico de En-fermagem (Auxiliar de Enfermagem).4) A retinografia fluorescente (onde háinjeção de contraste) é feita pelo mé-dico Oftalmologista com um auxiliar deenfermagem (necessário Diploma Téc-nico do Auxiliar).5) Para realizar exames não invasivos esem contato, tais como ceratometria,auto-refração, topografia, campo vi-sual computadorizado, tonometria desopro (a ar - sem contato) e micros-copia especular sem contato, não sãonecessários cursos nem diplomasespeciais para os técnicos que reali-zam a parte puramente mecânica doexame. Não existem cursos para este

fim, pois não existe esta exigêncialegal para técnicos executarem taisatos. Estes aparelhos são de usoprivativos de médicos (decretos-lei de1932/34) e podem ser operados porauxiliares sob supervisão médica jáque não há contato nem interação;a) eles não causam nem colocam emrisco a saúde ou a integridade física dopaciente, mesmo se operados de ma-neira errônea;b) a maneira de operar o aparelho nãointerfere no resultado do exame;c) não há nenhuma ação interpretativaou interativa do examinador para rea-lizar o procedimento;d) para operar estes aparelhos sãonecessárias apenas noções básicas dedigitação•

•Técnicos para manuseio de aparelhos

Comissão de Prevenção da Cegueira do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estárealizando estudo multicêntrico para determinar as causas de baixa visão queafetam os pacientes que procuram os serviços de atendimento oftalmológico doBrasil. Os resutlados do trabalho serão apresntados no XVIII Congresso Brasileiro dePrevenção da Cegueira e Reabilitação Visual. Foi elaborado um questionário paraanotação de dados dos pacientes que procurarem os serviços que se disponham aparticipar do estudo no período de três meses. O Estudo está sendo realizado emvários serviços em todas as regiões brasileiras •

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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia mantém o maior cadastro de médicos oftalmologistasdo País e sua atualização é muito importante para agilizar a comunicação entre a entidade etodos os que praticam a especialidade.Mudanças de endereço, endereço eletrônico, telefones, estado civil e outras devem sercomunicadas ao CBO para que a entidade tenha melhores condições de atuar em benefícioda Oftalmologia brasileira e dos médicos que a ela se dedicam.A atualização do cadastro pode ser feita através da home page www.cbo.com.br, nolink “Atualize seu cadastro” ou enviando os dados através do [email protected], ou pelo fax (11) 3171-0953 ou ainda pelo correio, comcorrespondência para a Secretaria Geral do CBO: Alameda Santos, 1.343 - 11º andar - CEP 01419-001 - São Paulo - SP.

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Regina Souza Carvalho e JoãoLuiz Lobo Ferreira, que vão

coordenar o estudo

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XXXV Congresso Brasileiro de OftalmologiaBelo Horizonte - 2009

Tema Oficial do XXXVICongresso Brasileiro

de Oftalmologia - 2011

Os oftalmologistas mineiros Elisabeto Ribeiro Gonçalves e João Agostini Netto serãoos presidentes da Comissão Executiva do XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia, queserá realizado em Belo Horizonte, em agosto/setembro de 2009. O convite foi feito emdezembro pelo presidente do CBO, Hamilton Moreira, e imediatamente aceito pelosescolhidos, que já começaram as articulações para a formação da comissão e a realizaçãodo evento.

O evento será lançado oficialmente em 28 de março próximo, numa solenidade queocorrerá na Casa Bernardi, em Belo Horizonte. Na ocasião, os presidentes da ComissãoExecutiva do XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia farão uma exposição de suasmetas e apresentarão os preparativos iniciais para a realização do evento aosoftalmologistas, autoridades e representantes das empresas do segmento ofálmico.

Na ocasião, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia prestará uma homenagem aodeputado federal Rafael Guerra, pela sua constante atuação em defesa da saúde ocularda população e das prerrogativas profissionais dos médicos oftalmologistas •

Elisabeto RibeiroGonçalves

Deputado Rafael Guerra

João Agostini Netto

O presidente do CBO, HamiltonMoreira, nomeou os professoresGeraldo Vicente de Almeida,Homero Gusmão de Almeida ePaulo Augusto de Arruda Mellocomo relatores do Tema Oficialdo XXXVI Congresso Brasileirode Oftalmologia, que ocorreráem 2011: Diagnóstico do Glau-coma •

Geraldo Vicentede Almeida

Homero Gusmãode Almeida

Paulo Augustode Arruda Mello

EsclarecimentoNa página 11 da edição nº 116 do JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO,

foi reproduzida matéria públicada anteriormente pelo Diário de Cuiabá, comuma entrevista com o presidente do CBO, Hamilton Moreira. Lamen-tavelmente, a matéria do jornal matogrossense trouxe um mal-entendidonão intencional, ao afirmar que existiria cirurgia de catarata feita por laser.Considerando que ao reproduzir a matéria já publicada, o jornal do CBO nãopoderia efetuar a correção do publicado, que o assunto principal da repor-tagem eram as terríveis conseqüências das cirurgias realizadas na Bolívia eque o jornal do CBO é dirigido aos médicos oftalmologistas que, eviden-temente, perceberiam o erro da informação e o colocariam em sua realdimensão, o esclarecimento deixou de ser feito naquela edição. Avaliaçõesposteriores revelaram que esta não foi a atitude mais correta, razão pelaqual o JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO presta este esclarecimento aseus leitores.

José Vital Monteiro - Editor

O SITE DO CBOFOI ATUALIZADO

E MODERNIZADO.VISITE:

www.cbo.com.br

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em notícias

OftalmologiOftalmologia44

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Guerra.Quando o programa de atendi-

mento integral dos alunos matricu-lados nas escolas públicas começou aser discutido houve gestões para que oexame oftalmológico dos estudantesfosse realizado por pessoas semformação médica ligados aocomércio óptico, numa claratentativa de levar o GDF a cometeruma ilegalidade e colocar em risco asaúde ocular da população atendida.

A reunião de 14 de fevereiroocorreu na sede administrativa dogoverno e contou com a participaçãode Procópio Miguel dos Santos eRogério Nóbrega (representando aSociedade Brasiliense de Oftalmologia-SBrO), Dennis Burns (representanteda Sociedade de Pediatria do DistritoFederal), Ricardo Castanheira (Coor-

Serão os médicos oftalmologistasos responsáveis pela realização dosexames oftalmológicos do Progra-ma de Educação Integral do DistritoFederal, a ser iniciado ainda em2008. Este foi o resultado da reu-nião mantida em 14 de fevereiroentre representantes da especialidadee o secretário extraordinário deEducação Integral do Governo doDistrito Federal (GDF), Alcenir

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as“A catarata limita a visão e atrapalha as pessoas ematividades como a leitura, fundamental para o dia-a-dia. Osprofissionais envolvidos se sentem gratificados por podercontribuir e ajudar outras pessoas. Estamos ajudando areforçar uma cultura voluntária entre os cooperados daUnimed-Rio”.

Esta foi a avaliação de Sérgio Pinho Costa Fernandes ao completar asegunda etapa do projeto de Responsabilidade Social da Unimed-Rio queconsiste na realização de tratamento oftalmológico gratuito para osmoradores do Retiro dos Artistas. A ação, idealizada e conduzida por SérgioFernandes e Paulo César Fontes, promoveu 16 cirurgias de catarata, emcomplemento aos procedimentos já realizados na primeira etapa do projeto,em 24 de novembro de 2007. Somando os atendimentos das duas ocasiõesforam feitas 30 cirurgias de catarata. Os procedimentos foram realizados noCentro Médico Rio Mar-Hospital Oftalmológico da Barra, um dos parceirosda iniciativa ao lado do Alcon, laboratório especializado que doou osinsumos necessários para os atendimentos, e do Ministério da Saúde-Hospital de Ipanema. As equipes de enfermagem e anestesia queparticiparam das cirurgias atuaram de forma voluntária. O evento foiacompanhando por cooperados da Unimed-Rio, que puderam assistir àscirurgias por meio de equipamento de transmissão simultânea.

Participaram da ação os oftalmologistas Paulo César Fontes, BrunoFontes, Rogério Fortes, Israel Rosenberg, Armando Crema, Flávia Dominguese Líbero Bez Batti•

A Federação dasCooperativas Estaduais de

Serviços Administrativosem Oftalmologia

(FeCOOESO) continua suacampanha de arrecadaçãode recursos para a compra

de sede própria. Paracolaborar, o interessado

deve realizar depósitobancário no Banco Itaú,

nominal à FeCOOESO,agência 0706, conta

corrente 68094-9.

45

Mais uma vitória da Oftalmologia

Canrobert Oliveira, Ricardo Castanheira, Procópio Miguel dosSantos, Lucia Maria Neves, Alcenir Guerra, Rogério Nóbrega

e Dennis Burns

denador da Oftalmologia do GDF),Canrobert Oliveira (oftalmologista deBrasília), Mariza Ferraz (Coordenadorado COMPP/GDF) e Lucia Maria Ne-ves (CBO). Após a discussão e aná-lise, ficou acordado que o examedeverá ser feito por médicos oftal-mologistas.

As articulações que resultaramna realização do encontro foramefetivadas pelo presidente do CBO,Hamilton Moreira e pelo integrantedo Conselho de Diretrizes e Gestãodo CBO, Marcos Ávila •

(Milton Atanazio colaborou com a reportagem)

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Em 19 de janeiro, médicos doHospital Celso Ramos e integrantesda diretoria da Sociedade Catari-nense de Oftalmologia (SCO)realizaram o projeto “Saúde Ocularde Santa Catarina”, com atendi-mento de aproximadamente 130pessoas carentes da cidade deNova Trento. A iniciativa foi coorde-nada pelo presidente da SCO,Ademar Valsechi, contou com a

presença da prefeita da cidade,Sandra Regina Eccel (PMDB) e dasecretária municipal de Saúde,Ester A. V. Dalbosco.

A maioria dos atendimentosforam relacionados com casos derefração, embora também tenhamsido diagnosticados casos de pato-logias clínicas e cirúrgicas, queforam encaminhados para trata-mento •

Há aproximadamente um ano, o CBO e a Sociedade

Catarinense de Oftalmologia(SCO) ingressaram com ação

para impedir a atuação de umoptometristas formado na

Universidade do Contestado(UnC) e sua respectiva óptica,

na comarca de Canoinhas (SC).No início de 2008 foi publicada

a sentença de mérito queconfirma a liminar concedida

no início da ação e o acórdãoque o TJSC.

“A decisão confirma a validadee constitucionalidade dos

Decretos 24.942/34 e 20.931/32,bem como esclarece que aClassificação Brasileira de

Ocupações de 2002, doMinistério do Trabalho e

Emprego, e a Portaria MEC2.948/03, não autorizam osoptometristas e ópticas a

realizarem tarefaseminentemente médicas, tais

como a prescrição de lentes degrau e adaptação de lentes de

contato”, afirmou o assessorjurídico do CBO, Flávio Winkler.

O Juiz determinou, ainda, a venda dos equipamentos

médicos encontrados na óptica•

A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF - 4ª região)decidiu, em 12 de fevereiro, por unanimidade que um grupo de optometristasnão pode praticar atividades privativas de médico oftalmologista. Elestambém estão impedidos de instalar consultório para atender clientes.

Em setembro de 2007, a Vara Federal de União da Vitória (PR) atendeu opedido do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Associação Paranaensede Oftalmologia, proibindo que os optometristas atuassem como oftalmo-logistas. Os profissionais apelaram da decisão. De acordo com o relator docaso, o juiz federal Marcelo De Nardi, convocado para atuar comodesembargador no TRF, os Decretos n.º 20.931/32 e 24.492/34, que regulame fiscalizam o exercício da medicina, continuam em vigor e deixam claro serde competência exclusiva de médicos o diagnóstico de alterações visuais ea prescrição de lentes de grau.

Segundo o juiz, “embora a profissão de optometrista não esteja regu-lamentada, as atividades praticadas invadem os limites daquelas próprias eexclusivas de médicos oftalmologistas”.O magistrado argumentou que “emse tratando de saúde do ser humano, em beneficio da qual o profissionaldeverá agir com o máximo zelo e capacidade, a continuação das atividadesdos optometristas constitui perigo à saúde pública, por ausência de habi-litação suficiente, além de interferência indevida na esfera de proce-dimentos privativos dos médicos oftalmologistas”•

TRF DA 4a REGIÃOPROÍBE OPTOMETRISTAS

DE REALIZAR ATOS MÉDICOS

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Em 6 de março comemorou-se o Dia Mundial do Glaucoma.No Brasil, foram realizadas atividades tais como palestras, entrevistas

à imprensa e exames para detecção de casos suspeitos em comunidadescarentes em várias cidades. As atividades foram incentivadas pela

Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), que nomeou o oftalmologistaFábio N. Kanadani como coordenador nacional.

O Dia Mundial do Glaucoma foi uma iniciativa global da AssociaçãoMundial do Glaucoma e da Associação Mundial de Pacientes do Glaucoma

com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença.

“Novidades em Catarata eCirurgia Refrativa” foi o tema prin-cipal do 43º Congresso do Centro deEstudos Oftalmológicos Cyro deRezende, realizado de 04 a 06 deoutubro de 2007 pelo Departamentode Oftalmologia, Otorrinolaringolo-gia e Cirurgia de Cabeça e Pescoçoda Faculdade de Medicina da USPde Ribeirção Preto. O evento contoucom a participação de mais de 400congressistas e teve mais de cemapresentações de especialistas emOftalmologia. As atividades práti-cas ocorreram no Hospital das Clíni-cas-FMRP-USP e as palestras e dis-cussões no Centro de Convençõesde Ribeirão Preto.

Pela primeira vez, nesse evento,houve curso voltado exclusivamentepara auxiliares de oftalmologista.Também houve importante reuniãona qual foram debatidas convergênciase divergências entre a clínica, a

pesquisa e a indústria. O evento fez uma homenagem

ao professor Harley E. A. Bicas,fundador e primeiro presidente doCentro de Estudos, e também pre-miou os seguintes temas livres:Estudo do Efeito do dinitrato deisossorbida sobre a hiperalgesia deratos (Mariana Bellini Oliveira),Inflamação orbitária idiopática nainfância (Carolina Trindade Pinto) eTransplante lamelar anterior auto-matizado sem uso de suturas: Re-lato de caso (Gleilton Carlos Men-donça e Sidney Júlio de Faria eSousa).

O 44° Congresso do Centro deEstudos Oftalmológicos Cyro deRezende será realizado em 31 deoutubro e 01 de novembro de 2008 •

Mais informações podem ser obtidas no site

www.oftalmoribeirao.com.br

O autodenominado Conselho Regional deTécnicos Ópticos, Optometristas e Conta-tólogos do Estado do Espírito Santo tevesua dissolução decretada pelo Juiz a 3ªVara Federal Cível, Ronald Kruger Rodor,conforme sentença publicada no DiárioOficial do Estado em 16 de janeiro.A sentença é resultado de uma Ação CivilPública movida pelo O autodenominadoConselho Regional de Técnicos Ópticos,Optometristas e Contatólogos do Estado doEspírito Santo teve sua dissolução decre-tada pelo Juiz a 3ª Vara Federal Cível,Ronald Kruger Rodor, conforme sentençapublicada no Diário Oficial do Estado em 16de janeiro.A sentença é resultado de uma Ação CivilPública movida pelo Ministério PúblicoFederal, motivada, por sua vez, por gestõesefetuadas pela Sociedade Capixaba deOftalmologia (SCO) e pela Cooperativa Es-tadual de Serviços Administrativos emOftalmologia do Estado do espírito Santo(COOESO/ES).Na parte final da sentença, o juiz afirmaque “ Ante o exposto, com fundamento noart. 5º, XIX, da Constituição Federal, julgoprocedente o pedido de item “8” da inicial,decretando a dissolução do réu, ConselhoRegional de Técnicos Ópticos, Optome-tristas e Contatólogos do Estado do EspíritoSanto, por reconhecer a constituição domesmo para o fim precípuo de exerceratividades ilícitas.”Ministério Público Fe-deral, motivada, por sua vez, por gesetõesefetuadas pela Sociedade Capixaba deOftalmologia (SCO) e pela CooperativaEstadual de Serviços Administrativos emOftalmologia do Estado do espírito Santo(COOESO/ES).Na parte final da sentença, o juiz afirmaque “ Ante o exposto, com fundamento noart. 5º, XIX, da Constituição Federal, julgoprocedente o pedido de item “8” da inicial,decretando a dissolução do réu, ConselhoRegional de Técnicos Ópticos, Optome-tristas e Contatólogos do Estado do EspíritoSanto, por reconhecer a constituição domesmo para o fim precípuo de exerceratividades ilícitas”•

Em 2007, a Opto destacou-se no segmento industrial de alta tecnologia,figurando entre as 100 empresas de pequeno e médo portes que mais crescem,de acordo com a revista Exame PME. A empresa também recebeu da revistaPequenas Empresas Grandes Negócios o prêmio Empreendedor de Sucesso nacategoria Hors-Concours.

A revista Exame PME publicou, em setembro de 2007, a relação das 100 pequenas e médias empresas que mais crescemno Brasil. A pesquisa foi realizada pela publicação em parceria com a Deloitte. A Opto alcançou a 33ª posição no ranking.

Entre os dados enfatizados pela publicação, são apresentados números que justificam a inclusão da Opto na lista.“Fundada há mais de 20 anos em São Carlos, no interior de São Paulo, a empresa registrou crescimento de 137% entre 2004e 2006, ano em que obteve faturamento líquido de 36,6 milhões de reais”, destacou a matéria.Também em 2007, a Opto venceu o 1º Prêmio Empreendedor de Sucesso, promovido pela revista Pequenas Empresas eGrandes Negócios. O prêmio foi concedido cinco empresários do País •

Imprensa econômica premia Opto

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Em 28 de fevereiro, o Desem-bargador Antenor Demeterco Jú-nior, da 7ª Câmara Cível, Curitiba(PR), indeferiu o pedido de AdemirBento Júnior de suspender a liminarde processo onde foi determinadoque se abstenha da “prática deadaptar lentes de contato e realizarexames de refração, de vistas outestes de visão, bem como para quenão prescreva, indique ou reco-mende a utilização de lentes degrau nem utilize os equipamentos

arrolados na exordial ou outrosprivativos da atividade médica nematenda clientes em consultório ouconfeccionem lentes sem prescri-ção médica”.

Ao realizar o exame sumário dosautos, o Desembargador determinoua continuidade da liminar constatando,pela legislação em vigor, que ooptometrista está proibido de pres-crever, indicar ou recomendar a uti-lização de lentes de grau •

Em 16 de fevereiro, foi fundadaa Associação Rondoniense deOftalmologia (AROFT), com aredação de seus estatutos eeleição da diretoria provisória, quedirigirá os destinos da entidade até29 de março: Valdemar Kjaer(presidente) e Cleiton Bach(secretário).O presidente da AROFTafirma a entidade vai congregar osoftalmologistas para lutar contra oexercício ilegal da medicina. “OEstado de Rondônia conta com odiscutível privilégio de abrigarvários falsos médicos, alguns dosquais até com consultório nasproximidades da sede daSecretaria de Saúde, em PortoVelho. Temos que lutar para acabarcom esta situação que, emalgumas cidades do interior, temlevado colegas ao desespero”,declarou.Os contatos com a associação podem

ser feitos através do [email protected]

VIII Curso Certificado de Treinamento Técnico e Científico

em Banco de Olhos no BrasilA Associação Pan-Americana de

Bancos de Olhos (APABO) realizaráde 10 a 26 de julho, em São Paulo(SP), seu VIII Curso Certificado deTreinamento Técnico e Científicoem Banco de Olhos no Brasil, quetem como principais objetivos aformação de profissionais para osbancos de olhos, a padronizaçãodos procedimentos dos bancos deolhos e o estabelecimento de umsistema de controle de qualidadeno processamento dos tecidosoculares doados.

O Curso é destinado a pro-fissionais de bancos de olhos e aoftalmologistas. Cada banco deolhos filiado à APABO tem umavaga garantida no Curso e direito aodesconto oferecido na taxa deinscrição, desde que esteja em diacom a anuidade e tenha respeitadoos prazos previstos para a reno-vação dos valores.

Para o preenchimento das vagas,serão considerados “filiados” osbancos de olhos e oftalmologistasque renovarem a anuidade até 29de Março de 2008. No caso de no-vas filiações, os bancos de olhos e

oftalmologistas que forem aceitos eefetuarem o pagamento da anuida-de até 29 de Fevereiro de 2008.

O profissional não-médico sópoderá participar do Curso se es-tiver formalmente vinculado a umbanco de olhos e a inscrição deveráser solicitada, oficialmente, pelodiretor médico da instituição. Asfichas para solicitação de inscrição,juntamente com a declaração deconhecimento e aceitação dasregras do Curso, devem ser envia-das até 18 de Abril para Caixa Postal210 - CEP 37550-000 - Pouso Alegre- MG. A seleção dos candidatosserá feita, pela APABO, entre 22 e25 de Abril. Para a seleção doscandidatos, serão considerados di-ferentes aspectos e, de acordo coma necessidade, poderão ser so-licitadas informações adicionais. AAPABO fará contato com os candi-datos•

Informações adicionais: Telefone/fax (35) 3421-2186

E-mail: [email protected] page www.apabo.com.br Endereço Skype: apabobrasil.

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Após exaustivas negociações ocorridas durante 2007, a Bradesco Saúde fechou acordo operacional com representantesdo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Sociedade Brasileira de Oftalmologia e Federação das Cooperativas Estaduais deAdministração em Oftalmologia operacional em reunião realizada em 21 de fevereiro. O Acordo tem abrangência Nacional eseus valores serão considerados como balisadores na forma de “pacotes” por procedimentos, mantidos os preceitos da livrenegociação entre médicos, clínicas e a empresa. Os pacotes (taxas, materiais e medicamentos), não incluem honoráriosmédicos, órteses ou próteses.

Os valores acertados no acordo são os seguintes:

Acordo com o Bradesco Saúde

Cirurgia de Pterígio sob Anestesia Tópica / local 400,00

Cirurgia de Pterígio sob Bloqueio Peribulbar 450,00

Exerese de Tumor Palpebral 239,00

Cirurgia de Estrabismo sob Bloqueio Peribulbar 553,00

Cirurgia de Estrabismo sob Anestesia Geral 652,00

Transplante de Córnea 1.503,52Transplante de Córnea + Vitrectomia Anterior com Fixação ou Reposição de Lio (Valor da Lio - R$ 600,00) 2.708,02

Cirurgia Antiglaucomatosa (Trabeculectomia) 827,00

Transplante de Córnea + Facectomia por Facoemulsificação+ Lio (Valor da Lio - R$ 600,00) 2.380,73Facectomia por Facoemulsificação com Implante de Lente Intra-Ocular(Valor da Lio - R$ 600,00) 1.500,00

Facectomia por Facoemulsificação + Lio + Trabeculectomia (Valor da Lio - R$ 600,00) 1.500,00

Facectomia por Facoemulsificação + Lio + Vitrectomia Anterior (Valor da Lio - R$ 600,00) 1.700,00Facectomia Extracapsular Automatizada com ou sem Implante de Lio (Valor da Lio -R$ 600,00) 1.500,00

Facectomia Extracapsular Automatizada + Lio + Trabeculectomia (Valor da Lio - R$ 600,00) 1.600,00Facectomia ECP Automatizada com ou sem Lio + Vitrectomia Anterior (Valor da Lio - R$ 600,00) 2.050,00

Implante Secundário + Fixação de Lio (Valor da Lio - R$ 600,00) 1.115,00

Implante Secundário + Vitrectomia Anterior + Fixação de Lio (Valor da Lio - R$ 600,00) 2.019,45

Cirurgia de Retinopexia com Introflexão Escleral 938,00

Vitrectomia via Pars Plana 2.000,00

Vitrectomia via Pars Plana + Retinopexia 2.223,00

Vitrectomia via Pars Plana + Endolaser 2.778,70

Vitrectomia via Pars Plana + Remoção de Óleo de Silicone 2.510,00

Vitrectomia via Pars Plana + Retinopexia + Endolaser 3.100,00

Vitrectomia via Pars Plana + Implante de Óleo de Silicone 2.624,00

Vitrectomia via Pars Plana + Retinopexia + Endolaser + Óleo de Silicone 3.755,00Vitrectomia via Pars Plana + Retinopexia + Endolaser + Óleo de Silicone + Faco + Lio (Valor da Lio - R$ 600,00) 4.801,21

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ClassificadosClassificadosO JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO publica gratuitamente,nesta seção de classificados, anúncios de interesse da comunidadeoftalmológica com a única finalidade de prestar mais um serviço aosassociados. Sempre que possível, os anúncios são confirmados antesde sua publicação. Entretanto, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e o jornal não têmqualquer responsabilidade pelo conteúdo dos anúncios e muitomenos pelos negócios eventualmente efetivados a partir de suapublicação. É fundamental que o comprador tome os devidos cui-dados para verificar a procedência dos materiais e equipamentos queestiver adquirindo e que o vendedor se precavenha com as garantiasnecessárias nesse tipo de transação.

Envie as informaçõesatravés do [email protected] pelo fax (11) 3171-0953

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Hospital da Visão de Passo Fundo, referência para o norte doRS, em fase de estruturação de seu corpo clínico, necessitasubespecialistas nas áreas de retina/vítreo e estrabis-mo/oftalmopediatria. Necessária dedicação exclusiva peloporte do hospital e pela demanda. Maiores informações com Dr. Gilberto Padilha de Vargaspelo fone (54) 2103-0303 ou através do [email protected]

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ISENÇÃO DE ANUIDADES

DO CBOO Associado Titular

Honorário do CBO estáisento do pagamento dasanuidades da entidade econtinua tendo todos os

benefícios da condiçãode associado.

De acordo com oEstatuto do CBO, o

Associado TitularHonorário é “portador doTítulo de Especialista em

Oftalmologia expedidopelo CBO/AMB, que

comprovar no mínimosetenta anos de idade,

vinte e cinco anos deexercício da

Oftalmologia e quitaçãoda anuidade do CBO nos

últimos dez anosconsecutivos.”

Entretanto, de acordocom o Regimento

Interno do CBO, paramudar sua categoria

para Titular Honorário, oassociado deve

encaminhar solicitaçãoescrita ao Secretário

Geral, comprovando queatende as condições

requeridas pelo Estatuto.

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14 a 17X Congresso Internacional de Catarata eCirurgia RefrativaCentro de Convenções de GoiâniaGoiânia - GOInform.: JDE Comunicação e EventosTels.: (11) 5084-9174/5082-3030Fax: (11) 5574-8261e-mail: [email protected] page: www.catarata-refrativa.com.br

30 e 31Congresso de Oftalmologia da UNICAMPCentro de Convenções do Hospital Sírio-Libanês -São Paulo - SPInform.: JDE Comunicação e EventosTels.: (11) 5084-9174/5082-3030Fax: (11) 5574-8261e-mail: [email protected] page: www.oftalmounicamp.com.br

30 e 31Simpósio do Instituto Penido BurnierTema: Imagens em OftalmologiaThe Royal Palm Plaza- Campinas - SPInform.: Tels.: (19) 3232-5866e-mail: [email protected]

Junho

13 e 14XXXIII Congresso da AssociaçãoParanaense de OftalmologiaCongresso Brasileiro de Glaucoma deÂngulo FechadoCuritiba - PRInform.: Tels.: (41) 3039-8001/3232-4031home page: www.congressoapo.com.br

19 a 21XV Simpósio Internacional de Oftalmologiada Santa Casa de São PauloSão Paulo - SPInform.: JDE Comunicação e EventosTels.: (11) 5084-9174/5082-3030Fax: (11) 5574-8261e-mail: [email protected] page: www.oftalmosantasa.com.br

53

2 0 0 8N O C A L E N D Á R I O

Março

13 a 15Congresso Hospital de Olhos Sadalla AminGhanem-comemoração aos 65 anos Em parceria com a Sociedade Catarinensede OftalmologiaHotel Bourbon - Joinville - SCInform.: Tel.: (47) 3481-8888e-mail: [email protected] page: www.congressohosag.com.br

Abril

3 a 533º Congresso da Sociedade Brasileira deRetina e VítreoBahia Othon Palace Hotel - Salvador - BAInform.: Tel.: (71) 2104-3477e-mail: [email protected] page: www.retina2008.com.br

11 e 12Simpósio da Sociedade Brasileira dePlástica Ocular, Vias Lacrimais e ÓrbitaTeatro da Fac. de Medicina da USP - São Paulo - SPInform.: Tel.: (14) 3811-6256e-mail: [email protected] [email protected]

11Curso de Especialização em Córnea,Refrativa e Lentes de ContatoAudit. Centauro do Hotel Mercure - B. Horizonte - MGInform.:Consult Comunicação e EventosTel.: (31) 3291-9899home page: www.consulteventos.com.br/cornea

Maio

7 a 10II Congresso da Sociedade Pan-Americana de Retina e Vítreo e XII Fórumdo Grupo Latino-Americano deAngiografia, Laser e Cirurgia Vítreo-Retiniana (GLADAOF)Hotel HiltonIlha Margarita - VenezuelaInform.: e-mail: j [email protected]

Os interessados em divulgar suas atividades científicas no JORNAL OFTALMOLÓGICO JOTA ZERO devem remeter as informações pelo fax (11) 3171-0953 ou pelo e-mail: [email protected]

DEOLHO

26 a 28VIII Congresso da Sociedade Caipira deOftalmologiaIpe Park Hotel - São José do Rio Preto - SPInform.: Tel.: (17) 3235-7017Fax: (17) 3235-5334e-mail: [email protected] [email protected]

Junho/Julho

28/6 a 2/7Congresso Mundial de OftalmologiaHong KongInform.:home page: www.woc2008hongkong.org

Julho

2 a 5XV Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira deOftalmologiaVI Congresso Luso-HispanoBrasileiroVI Encontro França-BrasilI Congresso Latino-AmericanoWindsor Barra Hotel - Rio de Janeiro - RJInform.: Tels.: (21) 2557-7298/2258-5753Fax: (21) 2205-2240e-mail: [email protected] page: www.sboportal.org.br

10 a 26VIII Curso Certificado de TreinamentoTécnico e Científico em Banco de Olhosno BrasilSão Paulo - SPInform.: Tel/Fax: (35) 3421-2186 e-mail: [email protected] home page: www.apabo.com.br

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Por decisão do Conselho Deliberativo do CBO, deve haver um interstício de 45 dias antes e 30 dias depois dos Congressos Brasileiros de Oftalmologia e dos Congressos Brasileiros de Prevenção da Cegueira,

durante o qual não devem ser realizados eventos oftalmológicos.

2 0 0 8N O C A L E N D Á R I O

DEOLHO

Setembro

3 a 6XVIII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira eReabilitação Visual• A participação neste evento confere 20 pontos para a revalidação do Título deEspecialistaFlorianópolis - SCInform.: Attitude Promo Marketing e Eventos - Tel.: (48) 3035-4388 e-mail: [email protected]

Outubro/Novembro

31/10 e 1/1144º Congresso do Centro de EstudosOftalmológicos “Cyro de Rezende”Ribeirão Preto - SPInform.: e-mail: [email protected]

31/10 e 5/11Curso Cleber Godinho de Lentes deContatoBelo Horizonte - MGInform.: Consult Comunicação e EventosTel.: (31) 3291-9899home page: www.clebergodinho.med.br

Novembro

8 a 11Reunião Anual da Academia Americanade OftalmologiaAtlanta - Georgia - EUAInform.: home page: www.aao.org/meetings/

28 a 3011º Congresso de Oftalmologia da USP10º Congresso de Auxiliares deOftalmologia da USPCentro de Convenções RebouçasSão Paulo - SPInform.: Creative SolutionTel.: (11) 5575-0254e-mail: [email protected] page: www.congressousp.com.br

Outubro

1 a 4XVII Congresso do CLADE - ConselhoLatino-Americano de EstrabismoBuenos Aires - ArgentinaInform.: e-mail: [email protected] page: www.clade2008.org

2 a 4IV Congreso ALACCSA del Hemisferio SurBuenos Aires - ArgentinaInform.: e-mail: [email protected] page: www.alaccsa.com

8 a 10XVI Congresso Norte-Nordeste deOftalmologiaHangar - Centro de Convenções da AmazôniaBelém - PAInform.: Tel.: (91) 3230-1622e-mail: [email protected]

16 a 18XXIX Congresso do Hospital São GeraldoMinascentro - Belo Horizonte - MGInform.: Consult Comunicação e EventosTel.: (31) 3291-9899home page: www.hospitalsaogeraldo.com.br

23 a 25Congresso Sotrim - Sociedade deOftalmologia do Triângulo MineiroCenter Convention - Uberlândia - MGInform.: Sion Eventos Tel.: (34) 3231-4500e-mail: [email protected]

2 0 0 9Março

13 e 14IX Congresso de Oftalmologia do Centro-OesteGoiânia - GO

26 a 29V Congresso Brasileiro de Catarata eCirurgia RefrativaNavio MSC - Opera - Trajeto Santos, Búzios, Angrados Reis e SantosInform.: Tel.: (21) 2225-2600 e-mail: [email protected]

Abril

16 e 1834º Congresso da Sociedade Brasileira deRetina e VítreoCentro de Convenções do Ceará - Fortaleza - CEInform.: Tel.: (85) 4011-1572 - Fax (85) 4011-1573e-mail: [email protected]

Maio

21 a 23XIII Congresso da Sociedade Brasileira deGlaucomaSão Paulo - SPInform.: e-mail: [email protected]

2 0 1 0Junho

2 a 5XI Congresso Internacional de Catarata eCirurgia RefrativaCentro de Convenções de NatalNatal - RNInform.: Tel.: (21) 2225-2600 e-mail: [email protected]

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