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1 Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International Abril- 2015 Ano 15, Nº 1061 Abril-2015 Religiosos defendem trabalho contínuo para manter a paz Ainda neste número Páginas: Notícias das comunidades------------------------------3-4 Huambo ganha um parque industrial----------------------6 Papel das igrejas na manutenção da paz------------------8 Huambo vai recuperar o estatuto de segundo parque industrial do país num futuro muito próximo.(Pág-6) Jovens incentivados a serem verda- deiros patriotas(Pág-5) (Página-8)

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1Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International

Abr

il- 2

015

Ano

 15

, Nº 

106

1

                                                  Abril-2015

Religiosos defendem trabalhocontínuo para manter a paz

Ainda neste número Páginas:

Notícias  das  comunidades------------------------------3-4Huambo ganha um parque industrial----------------------6Papel das igrejas na manutenção da paz------------------8

Huambo  vai  recuperar  o  estatuto  desegundo parque industrial do país numfuturo muito próximo.(Pág-6)

Jovens incentivados a serem verda-deiros patriotas(Pág-5)

(Página-8)

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Editorial

Ficha Técnica

Coordenação: Amilcar Salumbo

Paginação e Impressão: Pedro Seala

Redacção e Reportagem: Victória de Fátima

Ilustração: Venâncio Benvindo e Pedro Seala

Tradução: Boaventura Elias e Pedro Seala

Contribuição: Moisés Festo e

Hernâni Cachota.

Produção: Grupos Comunitários

Editado por: Development Workshop- DW

Endereço: Rua 105, nº 30, Capango-Huambo

Tel:(244) 412 20338

Email: [email protected]

Tiragem : 2000 exemplares

É um prazer ser  leitor do  jornal Ondaka,  tudoporque traz informações muito importantes sobre avida social como também do país e em particularda província do Huambo.Queria dizer também que sou um leitor que nãodispensa este jornal, a cada dia preocupo-me em

saber  se  jáe x i s t e mn o v a sedições. Istoporque  umap e s s o ainformadavale  muitomais  e  naqualidade daact ividadeq u e

exercemos  necessariamente  não  dispensamosinformações.Como leitor formativo deste jornal gostaria que seaumente o número de edições e indicar os locais defácil acesso aos leitores. Sem jornal Ondaka deforma particular não há conhecimento do que ocorre

no dia-a-dia.

Espaço do Leitor

Leitor: Manuel Jamba

Em respostas às sugestões e às opiniões manifestadas pelos nossos leitores mais assíduos e

proactivos, o nosso boletim começa a registar algumas melhorias que são visíveis já neste número

do mês de Abril, consagrado às celebrações da paz e também da juventude. Acreditamos que os

nossos leitores verifiquem por si próprios a evolução do nosso boletim, relativamente à informação que

nele é veiculada.

O nosso número de Abril de 2015 traz, para além das habituais histórias do quotidiano das comunidades,

referência a notícias do fórum internacional, nomeadamente à situação dos imigrantes que na África do sul

têm sido vítimas de ataques e perseguições em ampla escala, que já provocam consequências negativas

para as relações políticas e económicas no continente. Regista igualmente uma abordagem à questão da

juventude e a sua participação na sociedade angolana.

Do ponto de vista do desenvolvimento económico é apresentada a questão das perspectivas que se

abrem ao desenvolvimento industrial na província do Huambo, e o seu impacto para a melhoria das

oportunidades de emprego, sobretudo para a juventude. Por último é feita alusão ao papel das igrejas na

manutenção da paz.

Uma vez mais desejamos que a informação apresentada no nosso boletim esteja de acordo com as

expectativas dos nossos leitores, de quem aguardamos o fiel apoio com a emissão de suas ideias e sugestões,

para que o nosso desempenho seja continuamente melhorado.

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Notícias

Foi no dia 14 do mês de Abril do corrente anopor volta das vinte horas, em que uma senhorade nome Elisa espancou seu cunhado de nomePalata  com  umapedra  sobre  acabeça  por  estarembriagado.  Omesmo foi levadoao hospital  ondefoi socorrido. Deseguida  recebeualta, voltou para acasa, onde jantoue  foi  descansar.Na  madrugadaverificou-se que o senhor estava num estadocritico. Assim que foi levado de volta ao hospitalonde chegou a morrer. A senhora neste momento

já se encontra a contas com a justiça.

Eteke ca kala ekûi la Kuâla ko sâi ilo ya Cinuike, yulimaulo wolohulukâi vivali kekûi latãlo, ko wola yecalâla

kekumbi oco umue ukâilonduko  ya  Elisa  a  vetanãwa  yaye wa  tukowalelonduko  ya Palata,  lewevutwe toke afã. Ocitanguieci  ca  lipita  mekondaliuholua. Eci aka vetiwa,vahuvaye vo wambata tokekombutika  yineneyuhayele. Kuna kua eciwaekuatiso limue liemba, poléoku pintîla koñolosi nokeyo ndalelo, wa fetika vali

oku lekisa esakalalo kepata toke a tualiwa onjaja yavali Kombutika yuahayele kuna a tula omuenyo.Polé cilo ukâi okuti nãwa yaye, o sangiwa ale peka lya

kuenje velombe.

Grupo: Nzanji

Foi no dia 26 de Abril de 2015, por volta das19 horas  em  que  um  jovem  de nome  nãoidentificado aparentemente de 30 anos de idadeespancou sua esposa.Tudo isto ocorreu numDomingo  quando  aesposa  saiu  de  casapara fazer visita a suafamília,    na  alturaapareceu o amigo domarido que o convidoupara  irem  a  lugar  delazer e consumir álcool.Quando  a  senhoravoltava para casa, porvolta  das  19  horas,encontra o marido e o seu amigo já embiagados,pelo caminho. Sem perguntar o motivo do atrasoda esposa  em chegar  a  casa,  começaram abater na esposa até o desmaio e quando elacaiu os dois meteram-se em fuga. Actos quenão dizem respeito a seres humanos.

Grupo: Samacau

Marido espanca esposa e foge

Mulher mata homem Ukâi o ponda umue ulume

Umue olume oveta okãi wayeEteke cakala akui a vali lepandu yo sãi ya Cinuikewulima wolohukâi vivali la tãlo kelivala liekui lecelãlãkuteke,  umue  ukuenje  londuko  ka  ya  kuliñwile

ukuanyamo osoka akuilatatu waveta ukãi waye.Ocitangi  eci  camuiwaeteke lya calumingo eciukãi waye a tunda konjooco a kanyule epata, ecia tunda ulume wa likuatako lekamba lyaye kuenjevanda  oku  ka  vanjiliaomuenyo wolokopo.Ukãi  eci  a  tiukakunguende  wayewokunyula kelivala lyekui

lecelãlã kuteke vonjila otembo kapitinlile konjo wasangaulume waye kuenda ekamba omu vanyuila, kuenjen pokumola ukâi kavapulile vali yu vokuata va fetika oku vetakavalikavo. Eci valimbuka okuti ukãi wakupuka posiwabuka ovo vatila. Elinga limue ka lya sungulukile.

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Os pedidos de boicote aos produtos sul-africanos multiplicaram-se, como no Malawi e na Zâmbia, já queas agressões contra os estrangeiros dirigiram-se, na maior parte, contra os africanos, escreve  Jean Lioupara a AFP.As imagens das agressões circularam por todo o continente, em canais de televisão e redes sociais.Embora o embaixador da República Democrática do Congo (RDC), Bene M’Poko, tenha pedido aospaíses africanos que “evitem qualquer represália”, o presidente da União nacional de estudantes doZimbabwe (Zinasu), Gilbert Mutubuki, convocou - segundo a imprensa - os nacionais a atacarem osinteresses sul-africanos no país.

Joanesburgo - Autoridades e meios económicos sul-africanos temem as consequênciasda onda de violência xenófoba que atinge a África do Sul, assim como as possíveisrepresálias financeiras dos países africanos.

Economia sul-africana teme asconsequências da violência xenófoba

Notícias Internancional

Fonte: portalangop

A imprensa sul-africana chegou ainformar que o APC, partido quechegará  ao  poder  na  Nigéria,ameaçou Pretória com o boicoteaos negócios sul africanos no paísmais  povoado  do  continente.Essa informação foi desmentidapelo  presidente  eleitoMuhammadu Buhari. Grupos  sul-africanos  como  oMTN, de telecomunicações, odistribuidor Shoprite, a cervejariaSABMiller, os bancos StandardBank e Nedbank, a seguradoraOld Mutual, são alguns dos quepodem  ser  afectados  nocontinente.O grupo petroquímico Sasol játeve  que  retirar  os  seusfuncionários  do  centro  emMoçambique. Alguns veículoscom  placa  da  África  do  Sultambém foram apedrejados nopaís, embora tenham sido casosisolados.Entretanto,  a  situação  éconsiderada  muito  séria  pelaÁfrica  do Sul,  pois  a  balançacomercial muito deficitária do paístem apenas um superávit com orestante da África.“Desde  o  início  dos  ataques,nosso  país  perdeu  bilhões  de

rands (a moeda sul-africana) emreceitas de exportação”, disse ovice-ministro  de  Comércio  eIndústria, Mzwandile Masina.“Vendemos  260  bilhões  (20bilhões de euros) em mercadoriasa outros países africanos. Isso criamais de 160.000 empregos naÁfrica do Sul”, lembrou o ministrode Desenvolvimento Económico,Ebrahim Patel.Sublinhou que vários sul-africanosperderão os seus empregos e osvínculos económicos que unem aÁfrica  do  Sul  ao  resto  docontinente”, insistiu na quarta-feira  o ministro  diante de  umgrupo de operários.Dennis  Dykes,  analista  doNedbank, assegura que o retornode imigrantes aos seus países, seisso se amplificar, pode afectar aeconomia  sul-africana,  já  quemuitos deles são qualificados.O setor do turismo também temesérias consequências, embora atéao momento não tenha havidomuitos cancelamentos de viagens.A empresa do sector Local OnneVegter quis esclarecer qualquerdúvida  e  lembrou  numcomunicado  no  seu  sitee s p e c i a l i z a d o

(tourismeupdate.co.za):  “Asviolências  xenófobas  não  sãocontra os turistas e não afectamas zonas turísticas”.Os  potenciais  turistas  podemacreditar  que  todos  osestrangeiros  são  atacados,lamenta  o  comunicado.  “Paranós, é um desastre em termos derelações públicas, já que mais umavez nosso país ocupa as primeiraspáginas  dos  jornais  por  mausmotivos”.É certo que os turistas ocidentaisnão têm nada a temer, mas umterço dos visitantes na África doSul são procedentes de países do

continente africano.

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Entrevista

Ondaka: Qual é a mensagem que deixa para os jovens, já que estamos no mês da juventude?Isaías Alfredo: Esperança. Sabe-se que o país vive inúmeros problemas e ainda assim acreditamos quedias melhores virão. Ainda há muita coisa a fazer por isso acho que o melhor caminho está em dedicar-sena formação para que sejam integrados no mercado de trabalho.

O mês de Abril é historicamente um mês muito importante para Angola, pois nele se consagra odia da juventude angolana. É igualmente o mês em que começa uma nova etapa na vida decada         angolano e não só, é o mês da paz. Por isso, procuramos o Presidente do Conselhoprovincial da juventude, Isaías Alfredo, para nos falar do contributo que esta importante

franja da sociedade tem dado para a manutenção da paz em Angola, alcançada há 13 anos. O mesmoapontou a formação académica e técnico-profissional dos jovens como principal via para o crescimento.

Ondaka: Qual tem sido ocontributo dos jovens namanutenção da paz?Isaías Alfredo:  Falar  docontributo  dos  jovens  namanutenção da paz implica recuara história do nosso país. Desde aluta contra o colonialismo, a lutapela  independência  e  muitorecentemente a luta de 1992 atéo ano 2002, eles deram o seumelhor para a conquista da paz.Agora que a alcançamos abrem-se  novos  desafios  para  ajuventude,  sobretudo  napreservação da paz duramenteconquistada, na democratizaçãodo país para além dos desafiosrelacionados com a formação dosjovens.  O  país  está  emreconstrução  e  necessita  dejovens capazes daí o desafio paraa formação académica e técnico-profissional.

Ondaka: O que os jovensdevem fazer para que seconsiga manter essa paz?Isaías Alfredo: Os jovens devemser  verdadeiros  patriotas.  Opatriota é aquele que ama a suapátria e se todos nós tivermosamor  pelo  nosso  país  e  pelopróximo,  acredito  que  o  paíspoderá crescer ainda mais.

Ondaka: O que dizer doscomportamentos desviantesque envolvem principalmentejovens?Isaías  Alfredo:  Essaresponsabilidade  deve  ser  detodos  nós  e  sobretudo  dasfamílias.  Esses  jovens  que  seenvolvem na violência, consumode  álcool,  droga  e  outrasvicissitudes, partem sempre de umlar,  por  isso  penso  que  éimportante o papel da família naeducação dos filhos. A seguir éque vem a  igreja  a escola e aprópria sociedade em si, mas oponto  de  partida  é  mesmo  afamília.

Ondaka: O emprego e a aquisição da casa própria sãoproblemas comuns para os jovens.Isaías Alfredo: Sim. Para reduzir esta carência temos estado a incentivaros jovens a se formarem técnica e profissionalmente. Temos algunsjovens a se formarem no centro de formação profissional do CassequeIII, temos dado formações sobre empreendedorismo de modo a quecada jovem formado se não encontrar um emprego, possa criar o seupróprio negócio e talvez empregar outros jovens. Essas têm sidoiniciativas que muitas vezes são concretizadas.

Ondaka: Algunsempregadores exigem docandidato ao emprego doisou três anos de experiência.O que dizer a eles?Isaías  Alfredo:  Isso  não  écorrecto.  O  jovem  quandoterminar  a  sua  formaçãocertamente quererá emprego, atéporque muitos deles adaptam-sefacilmente ao trabalho. Por isso,apelamos  a  essas  empresas  adarem  mais oportunidade  aosjovens.

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6 Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International

Reportagem

Estatuto de segundo parque industrialde Angola pode ser um facto

A província do Huambo já foi considerada como o segundo parque industrial de Angola. Antes doconflito armado havia nela inúmeras fábricas como por a Sodet, fábrica de sabão, Massas Duquesa,fábrica de massa alimentar, Coalfa, fábrica de vinhos entre outras. Com o conflito armado todas as

fábricas foram destruídas e por isso perdeu este estatuto. Mas existe uma luz no fundo do túnel pois começaaos poucos a crescer o número de fábricas na província,  além do Pólo  Industrial da Caála onde serãoinstaladas várias fábricas.

A Ministra da Indústria, Bernarda Martins, afirmou que aprovíncia do Huambo vai recuperar o estatuto de segundoparque  industrial  do  país  num  futuro  muito  próximo. A afirmação foi feita durante o Conselho Consultivo Alargado

do Ministério da Indústria, realizado na cidade do Huambo no dia 10 deAbril de 2015.

Bernarda Martins  disse que  a  vocação  industrial  da  província  doHuambo, aliada às potencialidades agrícolas e à qualidade de trabalhodo seu povo, constituem uma base sólida para atrair investimento privadosignificativo, que pode engrandecer e fortalecer os índices económicosda província.

“Estamos convictos de que, com o lançamento do Pólo Industrial daCaála,  uma  infra-estrutura  fundamental  para  esse  renascimentoeconómico, a província do Huambo se afirma, na visão do Executivo,como a principal base do desenvolvimento da indústria transformadoraem Angola, à luz Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017”, disse.

A Ministra referiu que reabilitação do Caminho-de-ferro de Benguelae o normal funcionamento do Porto Comercial do Lobito são realizações

que colocam o Huambo num doseixos  estratégicos  maisimportantes para a diversificaçãoda economia nacional.

A par das actividades do sector daindústria no Huambo, foi feita aentrega de 22 títulos provisóriosde lotes de terreno aos investidoresindustriais,  que  marcou  olançamento  do  Pólo  deDesenvolvimento  Industrial  daCaála,  numa  cerimóniatestemunhada  pela  Ministra  daIndústria,  Bernarda GonçalvesMartins.

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7Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International

O  empresárioEliasKusonehã disse que o pólotem a sua importância para

o desenvolvimento da província, ecomo o Huambo já foi consideradoo segundo parque industrial do país,com  a  abertura  do  mesmo  queracreditar  que  se  vai  recuperarsignificativamente o nome.

Ana Maria, responsável da fábricaÁtomo  regresso  motorizadas,empresa  de  montagem  demotorizadas,  disse  estar  já  apreparar  toda  matéria-prima  paracomeçar a trabalhar.

O consultor do Ministério da  Indústria para a  Implementação dos Pólos, Luís Ribeiro, disse que aprimeira actividade baseou-se em procurar os investidores e com eles definir os projectos a serem

instalados no pólo.

“Os investidores que apresentaram projectos e foram aceites, têm a possibilidade de começar a trabalhar.Aos poucos vai se fazer a infra-estruturação, trazer a energia eléctrica, água e sistemas de tratamento deresíduos sólidos”, disse o responsável.

Luís Ribeiro afirmou que a candidatura para a aquisição dos títulos provisórios no Pólo de DesenvolvimentoIndustrial da Caála, é feito mediante a apresentação de projectos e identificação dos investidores.

No acto de lançamento do Pólo da Caála, foram atribuídos títulos aos investidores industriais ligados aofabrico de cimento, montagem de motorizadas, produção de géneros alimentares, vidreira, rações, sabão edetergentes, material higiénico, material de construção civil, caixilharia e transportes.

Alguns empresários que receberam os títulos provisórios foram unânimes em afirmar que pela localizaçãodo pólo que se encontra próximo a estrada nacional e ao caminho-de-ferro de Benguela, há vantagens parao negócio.

“Já estão a formar as estruturas para a entrada de energia e águas,o empresário vai encontrar facilidade no seu trabalho, sobretudo porse localizar perto da estrada e do caminho-de-ferro de Benguela”,disse.

Foram  igualmente  inauguradas  duas  fábricas  ligadas  ao  ramo  deconstrução civil, sendo uma de  produção  de  material  deconstrução  civil  e  transformação  de  rocha  e  artefacto  de  pedrapertencente  à empresa Angolaca localizada no Belém do Huambo,e outra de tintas e alumínio da Amana Group, localizada no bairroSão Pedro, ambas nos arredores da cidade.

Outra unidade fabril igualmente inaugurada sexta-feira na provínciado Huambo foi a de contraplacados ALMEIDA’S, Lda. Situada noMunicípio do Catchiungo, o empreendimento vai produzir diariamente600 folhas por dia, para diversos tipos de utilidades e criou 222 postosde trabalho.

Reportagem

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8 Este número conta com contribuições da União Europeia & Homeless International

O  secretário  executivo  daAssociação Missão  Centroda  Igreja  Adventista  do

Sétimo dia Pastor Adriano Tomé,sublinhou que a paz é um bem comume dádiva de Deus, por isso as igrejastêm muito que fazer de modo a queesta paz seja conservada.O responsável religioso lembrou queo  papel  das  igrejas  é  de  manter  aharmonia  social  e  espiritual  daspessoas  e  trabalhar  para  reter  estapaz.Disse  também  que  essa  paz  que  opaís  vive  há  13  anos,  tem  os  seusefeitos  socioeconómicos dos  quaisresulta  a  circulação  de  pessoas  ebens. Ao nível da igreja também seregistou muita evolução pois existemnovos  templos,  mais  pastores  emembros e um equilíbrio que antesnão existia.“É  papel  da  igreja  trabalhar  napacificação dos espíritos para que apaz seja definitiva”, disse.Questionado  sobre  o procedimentodos  membros  da  seita  religiosa“Kalupeteca”, o  Pastor  AdrianoTomé disse não saber que motivaçõestêm essas seitas religiosas, porque aigreja  é  pela  paz,  harmonia  eobediência.Segundo ele, as seitas que aparecempara a desarmonia, não têm valoresmorais e humanos, como o respeitopelas demais igrejas, respeito peloscrentes  e  também  pelo  Estado.“Queremos uma convivência salutarentre  os  angolanos  trabalhando  econtribuir para desenvolver o país”.

Por  outro  lado  o  Padre JoséGonçalves dos Santos disse que

a igreja desde sempre defendeu a pazentre  os  homens.  Essa  paz  vem  apartir do amor,  reconciliação e doscorações dos homens, sem paz numasociedade não há tranquilidade nemfraternidade.

Os responsáveis religiosos defenderam um trabalho contínuo para a manutenção da paz. Esse trabalho baseia-se natransmissão da mensagem de conversão, reconciliação, harmonia e diálogo entre os homens.

O sacerdote referiu que o país comemora agora 13 anos de paz cujo alcancecustou o sangue de muitos angolanos, foi fruto de muito empenho e sacrifício,é uma paz que é um dom de Deus com a colaboração dos homens.“Por isso a igreja deve fazer tudo, pois o trabalho para a manutenção da pazdeve  ser  contínuo porque  entre  os  homens  nunca  falta  alguma  desavença,inveja,  perturbações.  É  necessário  pregar  sempre  para  a  pacificação  doscorações, conversão e reconciliação para que haja uma verdadeira paz no paíse no mundo”, lembrou.O padre José Gonçalves dos Santos disse também que apesar de estarmos aviver esta paz que é o calar das armas existe a guerra de reclamações de algunsserviços sociais, mas reconhece que muita coisa  se  tem feito para resolvermuitas situações sociais pois para que se faça mais requer tempo.Reconheceu o papel do governo na busca de uma estabilidade social para opovo encontrar a paz social. Apelou à reconciliação, conversão, compreensãoe diálogo entre os homens, para que a paz seja efectiva.O padre condenou o acto da seita religiosa “Kalupeteca”, tendo afirmado quetudo aquilo que aparece para desestabilizar uma ordem social, a paz entre asnações, entre os povos, não é uma religião porque a religião procura defenderos interesses de um povo pelo qual Cristo morreu.“A igreja é pela paz e pelo amor e toda a seita ou grupo religioso que aparecea contrapor-se àquilo que pode construir a paz e a harmonia, estimula umainstabilidade e até promove mal-estar contra o Estado, é uma igreja entre ospovos não é por Deus e sim contra Deus, pois as igrejas surgem para defendera paz e são em prol da salvação entre os homens” disse.E esta seita “Kalupeteka”!Os seguidores da seita religiosa denominada igreja do Sétimo Dia a Luz doMundo mais conhecida por “Kalupeteca” têm praticado actos de desacatocontra a ordem e a segurança pública nas províncias do Bié, Benguela e Huambo.

Por  isso a  Procuradoria-Geral da República na província do Bié emitiu ummandato  de  captura  contra  o  líder  da  referida  seita,  José JulinoKalupeteka, no cumprimento da qual originou o assassinato de nove

membros da Policia Nacional.

O incidente aconteceu na tarde de quinta-feira 16 de Abril, em Serra Sumé, a 25quilómetros  da  Caála,  tendo os  agentes  sido  surpreendidos  por  elementosdessa  seita.O líder já se encontra detido. No local de concentração estavam mais de duasmil  pessoas,  provenientes de  várias  províncias  do  país,  e  eram  esperadasoutras, já que o seu líder tem estado a apregoar que o fim do mundo aconteceráa 31 de Dezembro deste ano.

Os relatos policiais apontam igualmente para a morte de 13 seguidores da seitana sequência da intervenção e troca de tiros.

A  referida seita é alegadamente conhecida por queimar o acervo histórico,travar a escolarização e vacinação dos fiéis, concentrando-os em acampamentos

sem condições e reunindo centenas de pessoas.

Sociedade

PAPEL DAS IGREJAS NAMANUTEÇÃO DA PAZ