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I ANNO DOMINGO, 15 DE SETEMBRO DE 1901 N.° 9 SEM ANARIO NOTICIOSO, LI TTERARIO E AGRÍCOLA Assignahsm Anno, 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adiantado. Na cobrança pelo correio, accresce o prémio do vale. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio AC; l ç| SPashli c a c õ es ç 3 Annunciots— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, ------------- A 20 réis. Annuncios 11a 4.» pagina, contracto esp <ial. O. auto- pRUA DE JOSÉ MARIA DOS SANTOS li sraphos nr,° sc resti^ mlT r T? ou nr,° ^ hli; i,d0Ã- M a lu k íja lle c a h PROPRIETÁRIO — Josc Augusto Saloio EXPED IE N TE Aceeitam-se foui grati dão «jiiacsíjíacr noticias que sejam de interesse publico. lAC-KINLEY i aítentado contra o pre sidente da repsaMIca dos listados BJnidos da America do Xertc. A’ hora em que escreve mos este artigo, já os nos sos leitores devem estar informados do odioso at- tentado de que foi victima o presidente da republica norte-americana, Mac-Kin- ley. Provocou, como era de esperar, indignação univer sal. Todo o mundo civili zado reprovou unanime mente consternado, o trá gico acontecimento que neste momento enluta a America do Norte. E é bem natural e perfei tamente justificada essa in dignação. A America im põe-se ao respeito e á ad miração geral, não só pe las suas tradições históri cas, mas tambem pelos re levantes serviços que os seus filhos têm prestado á sciencia e industria. Um paiz que produz ho mens como Washington, o primeiro presidente, que pelos seus concidadãos, duas vezes foi elevado á magistratura s u p r ema; Monroé, bem conhecido pe las suas doutrinas; Lincoln, o heroe da guerra civil; Rumford, o physico emi nente; Morse, bem conhe cido inventor do telegra- pho do mesmo nome; Sie mens, Bell, Edison, e tan tos outros sabios illustres, cujos nomes ficarão immro- redouros na historia da sciencia; esse paiz é digno de consideração e sympa- thia de todo o orbe civi lizado. O criminoso, evidente mente um desequilibrado ou talvez mais ainda,— um iouco,— victima dos prin cípios falsos, perigosos e jutopicos que ultimamente se têm espalhado com o nome de anarchísmo, etc., e que a nosso vêr só ser vem para desvairar os ce- rebros fracos, que se jul gam, segundo as suas theo- rias, destinados a modificar as sociedades actuaes, por processos illegaes; o cri minoso, repetimos, assu miu perante o mundo in teiro, uma tremenda res ponsabilidade. Não é só a familia de Mac-Kinley que chora a desgraça que a feriu; não é só a republica norte-ame- ricana que deplora a fatali dade que fulminou o seu presidente; é o mundo to do, que lastima o iniquo attentado contra o repre sentante duma nação e que por isso se revolta indigna do contra o auctor ou au- ctores do nefando crime. E’ necessário e impres cindível até, que os gover nos de todos os paizes ac- cordem entre si, no meio de expurgar da sociedade esta perigosa seita, que constitue uma ameaça cons tante, qual nova espada de Damocles, para os dirigen tes das nações. J ulio M oreira de Sá. INTRIGAS O correspondente da Vanguarda nesta localida de queixa-se de não haver um jornal que defenda os in teresses desta terra e que o nosso publica unicamente versos e cantigas. Ora s. ex.a, que tão zeloso sc mos tra pelas coisas daqui, não poderia, com a sua pen- na auctorisada, defendel-as noutro jornal, uma vez que o nosso, segundo diz, não se quer occupar com isso? E’ o caso do argueiro no olho do visinho. Não nos incommodaria- mos a responder a s. ex.a se não soubessemos que as intrigas podem ás vezes ca lar no animo das pessoas menos entendidas que tal vez julguem mal o nosso procedimento. Mas a parte do publico sensata e razoa- vel ha de fazer-nos justiça, vendo que o nosso jornal tem já defendido causas justas e que não se dobra a conveniências nem a ca prichos de ninguém. Aos que nos lêem deixa mos o cuidado de julgar as nossas acções. E ponto final, que o tem po é dinheiro e nao vale a pena gastar cera com ruins defuntos. íís festejos de Alcochete Assim como noticiámos realizaram-se nesta impor tante- terra, os tradicionaes festejos a Nossa Senhora da Vida nos dias 7, 8 e 9, os quaes correram na me- ihor ordem, não havendo, sequer, uma leve questiun- cula que incommodasse a auctoridade local. No largo de S. João, onde se passa ram os: festejos, achavam- se as barracas das prendas, sendo algumas destas de bastante merecimento co mo dois quadros a cravou, etc., etc., que foram vendi das por elevados preços. A’lém destas barracas ha via tambem de pim-pam- pum, escola de tiro, anima- tographo, muitos tabolei- ros, etc., etc. A phylarmo- nica da terra executou al gumas peças do seu reper- torio, sendo por isso bas- tante palmeada. No dia <j, sahiu em procissão da egre- ja matriz para a sua ermi da, Nossa Senhora da Vida. A’ noite houve arraial, ker- messe, musica, illumina- ções, etc., etc. Não houve cavalhadas o que bastante indignou algumas pessoas. Será bom não esquecer este divertimento que tan to prende e satisfaz os fo rasteiros, assim como tam bem o povo alcochetano. S a l una a « c a Partiram para alli os nos sos amigos Manuel Ferrei ra Giraldes e José Maria Mendes Junior. Estimamos que gosem quanto dese jam. Festejos da Moita Nos dias 9 e 10 do cor rente, tiveram logar na- quella pittoresca villa os deslumbrantes festejos a Nossa Senhora da Boa Via jem, padroeira cíaquella terra e advogada da classe maritima; festejos estes, que attrahiram grande nu mero de forasteiros. A commissão promotora d estes festejos, para bem satisfazer todas as exigen- cias do publico, envidou todos os esforços, conse guindo por isso que as fes tas deste anno fossem re vestidas da maior pompa. Abrilhantaram estes fes tejos as bandas da Mari nha, Infanteria 2 e a phy- larmonica Eslrella Moiten- se, cíaquella villa. Pena é que todos os an- nos nesta villa se dêem de sordens, entrando logo a predilecta navalha. Não se poderá acabar com estes covardes nauseabundos? E por que não são tão fre quentes estes casos nas mais partes? ANNIVERSARIOS Completa hoje o seu pri meiro anniversario natali- cio, o menino Horacio, gen- tilissima creança, filho do nosso bom amigo o sr. José Augusto Saloio. As nossas felicitações a seus paes. Fez no dia 8 do corrente, 11 annos, a menina Maria da Luz Soeiro d’Almeida, gentil filha do nosso bom amigo e assignante, o exm.° sr. Manoel Neves Nunes de Almeida, digno professor da Escola Municipal Secun daria desta villa. Os nossos parabéns. A VIDA N’ALDEIA Brevemente começará o nosso jornal a publicação dum romance intitulado: A vida naldeia, escripto ex pressamente para 0 Do mingo, por um dos nossos redactores. Temos a certeza de que .1 vida lialdeia, escripta em linguagem simples e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos lei tores, proporcionando-lhes uns momentos ágradaveis. Ila n o c l ISeslossdo Já regressou para sua casa, nesta villa, o nosso amigo Manoel Redondo, que como em tempo noti ciámos, foi victima dum desastre com uma arma dc fogo, tendo por isso de re colher ao Hospital de S. José. Vem um pouco melhor. Fazemos votos para que em breve o vejamos com pletamente restabelecido. fseiivrasices A exm.a sr.a D. Feliciana Aug-usta de Vasconcellos, esposa do nosso bom ami go, o sr. Antonio Augusto de Vasconcellos, deu á luz, no dia 8 deste mez, uma formosa menina. Mãe e filha acham-se num estado bastante lison jeiro. Os nossos sinceros para béns. A ex.ma sr.a D. Maria da Gloria Quaresma Nepo- muceno Gouveia, esposa do nosso presado amigo Justiniano Antonio Gou veia, deu á luz com a maior felicidade, 110 dia 11 do cor rente, uma linda creança do sexo feminino, pelo que lhe enviamos as nossas fe- licitacões. Aposta Numa noite da semana passada, deu-se uma aposta na importancia de 1 Sooo réis, entre Carlos Caria Ju nior e differentes indiví duos. A aposta constava de ir ao Montijo — não sabemos se para tomar banho — e voltar, escrevendo com car vão na pyramide que alli se acha, qualquer coisa que provasse ter lá ido, não le vando comsigo páu nem pedra ou outra qualquer arma que lhe servisse para defeza do tardo ou outro qualquer bicho parecido. O- caso é que o homemsinho foi ao Montijo, escreveu o que entendeu na pyramide, mas perdeu a aposta, por que levou comsigo um páu

AC; l ç| SPashli c a c õ e s ç - mun-montijo.pt · O DOMINGO CARIDADE Ha um bem tão excellenle, divino, Tem por patria o mundo, por throno os céos, Dimana perenne do proprio

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I ANNO DOMINGO, 15 DE SETEMBRO DE 1901 N.° 9

SEM A N A R IO N O T IC IO S O , LI T T E R A R IO E A G R ÍC O L A

AssignahsmAnno, 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adiantado. Na cobrança pelo correio, accresce o prémio do vale.A vulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

AC; l ç| SPashli c a c õ e s ç3 Annunciots— i. a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

------------- A 20 réis. Annuncios 11a 4.» pagina, contracto esp < ial. O. auto-

pR U A DE JOSÉ MARIA DOS SANTOS li sraphos nr,° sc resti m lT r T ? ou nr,° ^ hli; i,d0Ã-M a l u k í j a l l e c a h PROPRIETÁRIO— Josc Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

A c e e ita m -s e f o u i g r a t i­dão « jiia c síjía cr n o t ic ia s q u e se ja m de in t e r e s s e p u b lic o .

lAC-KINLEYi aítentado contra o pre­sidente da repsaMIca dos listados BJnidos da Am erica do X ertc.

A’ hora em que escreve­mos este artigo, já os nos­sos leitores devem estar informados do odioso at- tentado de que foi victima o presidente da republica norte-americana, Mac-Kin- ley.

Provocou, como era de esperar, indignação univer­sal. Todo o mundo civili­zado reprovou unanime­mente consternado, o trá­gico acontecimento que neste momento enluta a America do Norte.

E é bem natural e perfei­tamente justificada essa in­dignação. A America im­põe-se ao respeito e á ad­miração geral, não só pe­las suas tradições históri­cas, mas tambem pelos re­levantes serviços que os seus filhos têm prestado á sciencia e industria.

Um paiz que produz ho­mens como Washington, o primeiro presidente, que pelos seus concidadãos, duas vezes foi elevado á magistratura s u p r ema; Monroé, bem conhecido pe­las suas doutrinas; Lincoln, o heroe da guerra civil; Rumford, o physico emi­nente; Morse, bem conhe­cido inventor do telegra- pho do mesmo nome; Sie­mens, Bell, Edison, e tan­tos outros sabios illustres, cujos nomes ficarão immro- redouros na historia da sciencia; esse paiz é digno de consideração e sympa- thia de todo o orbe civi­lizado.

O criminoso, evidente­mente um desequilibrado ou talvez mais ainda,— um iouco,— victima dos prin­cípios falsos, perigosos e

jutopicos que ultimamente se têm espalhado com o nome de anarchísmo, etc., e que a nosso vêr só ser­vem para desvairar os ce- rebros fracos, que se jul­gam, segundo as suas theo- rias, destinados a modificar as sociedades actuaes, por processos illegaes; o cri­minoso, repetimos, assu­miu perante o mundo in­teiro, uma tremenda res­ponsabilidade.

Não é só a familia de Mac-Kinley que chora a desgraça que a feriu; não é só a republica norte-ame- ricana que deplora a fatali­dade que fulminou o seu presidente; é o mundo to­do, que lastima o iniquo attentado contra o repre­sentante duma nação e que por isso se revolta indigna­do contra o auctor ou au- ctores do nefando crime.

E’ necessário e impres­cindível até, que os gover­nos de todos os paizes ac- cordem entre si, no meio de expurgar da sociedade esta perigosa seita, que constitue uma ameaça cons­tante, qual nova espada de Damocles, para os dirigen­tes das nações.

J u lio M o r e ir a d e Sá.

I N T R I G A SO correspondente da

Vanguarda nesta localida­de queixa-se de não haver um jornal que defenda os in­teresses desta terra e que o nosso publica unicamente versos e cantigas. Ora s. ex.a, que tão zeloso sc mos­tra pelas coisas daqui, não poderia, com a sua pen- na auctorisada, defendel-as noutro jornal, uma vez que o nosso, segundo diz, não se quer occupar com isso? E’ o caso do argueiro no olho do visinho.

Não nos incommodaria- mos a responder a s. ex.a se não soubessemos que as intrigas podem ás vezes ca­lar no animo das pessoas menos entendidas que tal­vez julguem mal o nosso procedimento. Mas a parte do publico sensata e r a z o a - vel ha de fazer-nos justiça, vendo que o nosso jornal

tem já defendido causas justas e que não se dobra a conveniências nem a ca­prichos de ninguém.

Aos que nos lêem deixa­mos o cuidado de julgar as nossas acções.

E ponto final, que o tem­po é dinheiro e nao vale a pena gastar cera com ruins defuntos.

í í s festejos de A lc o c h e te

Assim como noticiámos realizaram-se nesta impor­tante- terra, os tradicionaes festejos a Nossa Senhora da Vida nos dias 7, 8 e 9, os quaes correram na me- ihor ordem, não havendo, sequer, uma leve questiun- cula que incommodasse a auctoridade local. No largo de S. João, onde se passa­ram os: festejos, achavam- se as barracas das prendas, sendo algumas destas de bastante merecimento co­mo dois quadros a cravou, etc., etc., que foram vendi­das por elevados preços. A’lém destas barracas ha­via tambem de pim-pam- pum, escola de tiro, anima- tographo, muitos tabolei- ros, etc., etc. A phylarmo- nica da terra executou al­gumas peças do seu reper- torio, sendo por isso bas- tante palmeada. No dia <j, sahiu em procissão da egre- ja matriz para a sua ermi­da, Nossa Senhora da Vida. A’ noite houve arraial, k e r - messe, musica, illumina- ções, etc., etc. Não houve cavalhadas o que bastante indignou algumas pessoas. Será bom não esquecer este divertimento que tan­to prende e satisfaz os fo­rasteiros, assim como tam­bem o povo alcochetano.

S a l una a « ca

Partiram para alli os nos­sos amigos Manuel Ferrei­ra Giraldes e José Maria Mendes Junior. Estimamos que gosem quanto dese­jam.

F e s te jo s da M oita

Nos dias 9 e 10 do cor­rente, tiveram logar na- quella pittoresca villa os

deslumbrantes festejos a Nossa Senhora da Boa Via­jem, padroeira cíaquella terra e advogada da classe maritima; festejos estes, que attrahiram grande nu­mero de forasteiros.

A commissão promotora d estes festejos, para bem satisfazer todas as exigen- cias do publico, envidou todos os esforços, conse­guindo por isso que as fes­tas deste anno fossem re­vestidas da maior pompa.

Abrilhantaram estes fes­tejos as bandas da M ari­nha, Infanteria 2 e a phy- larmonica Eslrella Moiten- se, cíaquella villa.

Pena é que todos os an- nos nesta villa se dêem de­sordens, entrando logo a predilecta navalha. Não se poderá acabar com estes covardes nauseabundos? E por que não são tão fre­quentes estes casos nas mais partes?

A N N I V E R S A R I O SCompleta hoje o seu pri­

meiro anniversario natali- cio, o menino Horacio, gen- tilissima creança, filho do nosso bom amigo o sr. José Augusto Saloio.

As nossas felicitações a seus paes.

Fez no dia 8 do corrente,11 annos, a menina Maria da Luz Soeiro d’Almeida, gentil filha do nosso bom amigo e assignante, o exm.° sr. Manoel Neves Nunes de Almeida, digno professor da Escola Municipal Secun­daria desta villa.

Os nossos parabéns.

A VIDA N’ALDEIA

Brevemente começará o nosso jornal a publicação dum romance intitulado: A vida naldeia, escripto ex­pressamente para 0 Do­mingo, por um dos nossos redactores.

Temos a certeza de que .1 vida lialdeia, escripta em linguagem simples e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos lei­tores, proporcionando-lhes uns momentos ágradaveis.

Ilan o cl ISeslossdo

Já regressou para sua casa, nesta villa, o nosso amigo Manoel Redondo, que como em tempo noti­ciámos, foi victima dum desastre com uma arma dc fogo, tendo por isso de re­colher ao Hospital de S. José.

Vem um pouco melhor. Fazemos votos para que em breve o vejamos com­pletamente restabelecido.

fseiivrasices

A exm.a sr.a D. Feliciana Aug-usta de Vasconcellos, esposa do nosso bom ami­go, o sr. Antonio Augusto de Vasconcellos, deu á luz, no dia 8 deste mez, uma formosa menina.

Mãe e filha acham-se num estado bastante lison­jeiro.

Os nossos sinceros para­béns.

A ex.ma sr.a D. Maria da Gloria Quaresma Nepo- muceno Gouveia, esposa do nosso presado amigo Justiniano Antonio Gou­veia, deu á luz com a maior felicidade, 110 dia 11 do cor­rente, uma linda creança do sexo feminino, pelo que lhe enviamos as nossas fe- licitacões.

A p o s ta

Numa noite da semana passada, deu-se uma aposta na importancia de 1 Soo o réis, entre Carlos Caria Ju­nior e differentes indiví­duos.

A aposta constava de ir ao Montijo — não sabemos se para tomar banho — e voltar, escrevendo com car­vão na pyramide que alli se acha, qualquer coisa que provasse ter lá ido, não le­vando comsigo páu nem pedra ou outra qualquer arma que lhe servisse para defeza do tardo ou outro qualquer bicho parecido. O- caso é que o homemsinho foi ao Montijo, escreveu o que entendeu na pyramide, mas perdeu a aposta, por que levou comsigo um páu

O D O M I N G O

CARIDADE

Ha um bem tão excellenle, divino,Tem por patria o mundo, por throno os céos, Dimana perenne do proprio Deus,E ’ da alma um cântico, um hymno.

Enxuga lagrimas, cobre a nitde-,Mata fomes e assiste ao enfermo,Percorre tudo, da cidade ao ermo,Com egual desinteresse e candide

Funda escolas, hospitaes, asylos,N'esse vesuvio de tantos affeclos:Os pobres são os seus bem-dilectos.Os orphãos sem amparo os seus pupillos.

Tem nos labios um salutar conselho,Norteia o infeli- transviado,Ampara o triste e desgraçado,E uma virtude do Evangelhô.

T i’ aurora que illumina suave,Dando alento, vida e vigor;E um balsamo bem consolador,E o terno e meigo olhar da ave.

E o anjo que protege e guia No immenso mar de dor e de pranto,K o numen que se adora tanto,E um raio celeste de alegria.

Ha um bem tão excelso, na verdade,Tem por patria o mundo, por throno os céos, Dimana perenne do proprio Deus,E a sublime e santa Caridade!

M e n d e s P i n h e i r o

Aldegallega do Ribatejo, 14 de setembro de 1901.

GENESISDeus/q - o manto d ’Aurora Do leu sorriso innocenle,E da lu\ dos olhos teus,Os raios do sol-poente.

Da tua bocca formosa,Onde o bejo fa~ morada,Tirou o perfume da rosa E as tintas da Madrugada.

As estreUas são os teus beijos.Que andam perdidos no ar,Dos lyrios do collo leu,E o i que Deus fe~ o luar.

A lb in o B a st o s

P E N S A M E N T O S

0 que nós chamamos a pratica da sociedade c a arte de manobrar no meio de todas as convenções.

que disse ser por causa dos cacs.

Oh! hometnsinho, você tinha medo dos cães ou do tardo ?!

B lo s p cd c s

De visita aos nossos es­timáveis amigos os srs. An- tonio Maria dos Santos e Vicente José Madeira, este guarda-livros da casa Lu­cas & C .a, estiveram nesta villa os srs. Antonio Gar- ducho Borges, de Pedro- gão do Alemtejo, e, José Mendes de Carvalho, abas­tado proprietário da Vidi- gueira.

NECROLOGIA

Sarilhos Grandes. — Fal- leceu no dia 10 do corren­te, na sua casa em Sarilhos Grandes, o nosso prezadís­simo amigo o sr. João Fir- mino.

Alma boa e generosa, e ainda no vigor da vida, succumbiu á terrível doen­ça da tuberculose.

A sua esposa, e a toda a sua familia, enviamos as nossas condolências.

Moita. — Tambem falle- ceu no dia 11, na Moita, o sr. Manoel Ribeiro Galvão, que ha muito se achava doente, de 32 annos d’eda- de, irmão do nosso amigo o sr. Vicente Ribeiro Gal­vão.

Sentidos pezames.

Carnaxide. — Falleceu na madrugada do dia 11, na sua vivenda em Linda-a- Velha, a exm.a sr.a D. Anna Rosa Soares de Faria, abas­tada proprietaria, prima do nosso muito amigo e assi- gnante Julio Cesar de Cas­tro, habil pharmaceutico, actualmente estabelecido, em Sarilhos Grandes, com loja [de- differentes artigos.

Era uma senhora muito virtuosa, dotada de nobres sentimentos, applicando uma parte do seu rendi­mento ao louvável fim de

FOLHETIM

Tradurçáo de J. DOS ANJOS

A ULTIMA CRUZADAV III

A marqueza fez um tregeito de creança Impaciente.

A sombra filtrava por entre as cor­tinas de pellucia. Ainda não tinham trazido luzes, Regina estremecia quando ouvia rodar uma carruagem.

A sua belleza enlanguescia n’aquella sombra e o seu ves'tuario, que se diria ser copia ^o de uma estampa do seculo passado, fazia-a mais desejável, mais perturbadora. Ella sabia-o e julgava- se certa do seu poJer.

soccorrer grande numero de famílias necesskadas, que hoje choram a sua p^r- da, e tambem muitas casas de b~neíicencia que foram sempre bem contempladas com o seu valioso auxilio.

Succumbiu a um volvo, sendo baldados todos os esforços empregados pela medicina.

Effeccuou-se o seu fune­ral no dia 13, sendo o ca- daver conduzido para Lis­boa, para o seu jazigo, no cemiterio do Alto de S. João. Paz á sua alma.

A’ enlutada familia envia­mos os nossos sentidos pe­zames.

Collceelíes íle Jorâsaes

Na secção competente, annunciamos algumas col- lecçÕes de differentes jor- naes, que se vendem por preços rasoaveis.

Aos colleccionadores e bibliographos, aqui fica o aviso.

@ 1SCES íll se«s «IíMêiíD

Quando se paga ao nos­so amigo e assignante, o sr. Francisco T. S. Ribeira- dio, aimportancia de 1000 réis, proveniente de i o cha­péus de palha, que o mes­mo vendeu a uma certa so­ciedade, pela occasião do carnaval ?

Então isto é roupa de...

Fesías beo ggíârrelr©

Têem logar hoje e áma- nhã as grandiosas festas a Santa Barbara e Nossa Se­nhora do Monte do Carmo, no pittoresco Alto de Santa Barbara, na villa do Bar­reiro.

Abrilhantam estas festas a banda da Armada Real e a phylarmonica i ." de De­zembro, de Aldegallega, que tocarão até á meia noi­te, hora a qiu será quei­mado um brilhante fogo de artificio.

Ha grande enthusiasmo no povo aldegallense, que sempre concorre a estas festas.

Mas o conde Moh low viria, ape­sar das promessas trocadas na vespe- ra, no baile dos Bois-Rhouel? E com os olhos meio fechados, entregava-se á commoçáo sensual que }á sent.ra quan.lo valsá-a com elle. Guardava uma recordação capitosa dos enlaces prolongados, do coração batendo fov- temente contra o peito do seu par, de uma vertigem que a deixava,sem forças.

Pelo meio da noute. cançados de dançar, tinham-se ref- giado n’uma sa- la onde a musica lhes clr.-gava aos ou­vidos como tocada por instrumentos invisiveis. E sorrindo de um modo secluctor, semi-cerrava os olhos e mostrava os dentes nacarados, mor­dendo o labio como num a contracção espasmódica; a final murmurara n'um tom indifferente :

— A ’s quinta ; feiras rocebo a socie­

dade que me aborrece; agora as pes­soas da minha amizade, ou as que di­zem sêl-o, são sempre bemvindas nos outro; dias. das cinco ás seis. Quer o senhor entrar n’esse numero?

E esperava-o.Mas no fim de contas, amava-o?

Tanto como ao (áosinho que dormia placidamente n uma poltrona ou aos ramos de violetas qu? tinha nas jarras. E ra apenas o despertar de uma ten­tação inédita, a curiosidade frivola de um peceado a commetter. o desejo de folhear os capitulos de um roman­ce novo, e sobretudo a certeza ciu­menta de que Ivan M ohilov corteja­va a sr.a Storkford e passava por seu amante ao; olhos de todos.

A marqueza de Taillemaure abor­recia effcctivamente aquella mulher que enchia Paris com os seus milhões gastos sem contar, a quem os jornaes

adulavam como a uma déusa e que era tão formosa, tão caprichosa, que fazia girar a moda a seu belp azer como um catavento de papel.

Debalde Regina tentara luetar con­tra o seu luxo, contra os seus vestuá­rios maravilhosos, contra as suas re­cepções assombrosas. A americana desprezava a batalha, sabendo perfei­tamente que com o menor milhão da agenc.a do marido deitaria por terra nquelle casal, enterrado até ao pescoço.

N'este novo assalto as probabilida­des eram eguaes. E , sem querer saber da sua honra intacta, a m rq ueza re­gozijava-se por andar em breve com Mohilow pelas corridas ou pelos ba ­les e ver entf:o o despeito da rival abandonada.

Comtudo já passara, a horae o con­de Mohilow não apparecia.

A G R I C U L T U R A

S o v o in c íl io i lo p a ra a e n h u r a d o s sn o ra u - g u c ir o s

A delicadeza e as quali­dades hygienicas deste fru- cto obrigam-nos a fallar delle, para assignalarmos, segundo o American A g n - culturisl, um novo metho- do de cultura que certa­mente os nossos jardineiros totalmente desconhecem.

E’ a cultura em pipas. Um americano, M. J. P.

Ohner Daytors, inventou este methodo, decerto ori­ginal, mas que, segundo o seu auctor, dá os melho­res resultados. Segundo as suas daclarações, ha vinte annos que o segue, tendo-o gradualmente melh o rado até leval-o á perfeição actual.

Eis, em poucas palavras, a maneira de proceder:

Aproveitam-se algumas pipas, tirando a cada uma d’ellas quatro arcos de ferro. Collocam-se de pé, e em volta, dalto a baixo, fazem- se buracos, a distancia de 20 centímetros uns dos ou­tros. Em cada buraco plan­ta-se um pé de morangueiro e enchem-se as pipas de ter­ra e estrume até cima.

Ohner Daytors colloca as suas pipas á distancia de i"',2 5 umas das outras, e applica actualmente na sua excentrica cultura a baga- tella de 2:000 pipas. A co­lheita do frueto para cada pipa está calculada, em mé­dia, que é a de meio al­queire.

As vantagens d’este me­thodo são as seguintes:

A suppressão dos cuida­dos da cultura;

Os fruetos, não tocando no solo, estão sempre lim­pos e a salvo das lesmas, que, como se sabs, des­truem grande parte;

Emfim, a colheita é mais facil.

Notemos que para asse­gurar uma boa colheita é preciso regar com abun- dancia a terra contida nas vasilhas.

Entrou o creado de quarto do marquez trazendo uma carta n'uma salva de cobre lavrada. Regina reco­nheceu a letra do marido e não abriu o sobrescripto.

— O senhor janta fora? perguntou ella.

— Sim. minha senhora, respondeu o creado.

E sahiu, muito correcto na sua ca­saca preta.

Regina ateiou o lume machinalmen- te. Levantava-se, sentava-se, arranca­va violetas dos ramos e desfolhava-as no tapete. A espera prolongada exci­tava-lhe os nervos. Habituada a ser obedecida, a im pôr os seus caprichos a um marido submisso, teria encon­trado a final quem a dominasse?

(Continua

(3 DO MI N G O r>D

Manoel Neves Nunes de Almeida, director da Escola Municipal Secundaria do concelho d’Aldegallega do Ribatejo.

Faz publico que está aberta a matricula para as disciplinas professadas nes- ta Escola no anno lectivo de 1901 a 1902.

Os alumnos, que pela primeira vez teem de fre­quentar esta Escola, apre­sentarão a certidão de eda- de e a de approvação no exame de instrucção pri­maria 2.0 gráu.

Os alumnos matricula­dos nos annos anteriores terão tambem de apresen­tar-se ao director da Es­cola, até 28 do corrente, para declararem que disci­plinas desejam estudar.

O ensino é de graça pa­ra os alumnos que residem neste concelho, tendo uni­camente de pagar a verba de matricula— 225o réis— na thesouraria da Camara.

A matricula termina no dia 28 do corrente.

Fóra deste prazo só se­rão admittidos á matricula os que apresentarem au- ctorisação da Camara.

Aldegallega do Ribatejo,' 10 de Setembro de 1901.

O D irector

Manoel Neves Nunes deAlmeida.

Acha-se bastante mal de saude com uma ulcera can­cerosa na garganta, o sr. Raphael Gonçalves ^Aze­vedo, pae do nosso amigo Emygdio Gonçalves d’Aze­vedo, digno pharmaceutico desta villa.

Dczejamos-lhe rapidas melhoras.

S E C J J J O

nayes procurou ao princi­pio tranquillisal-a com pro­testos hypocritas; depois vendo que eram baldados os seus esforços, disse:

— «Se não tenho mais attençÕes que guardar, sa­berei domar a vossa vonta­de altiva...»

Então com gesto furioso e ameaçador apresentou- lhe um papel:

— « Assignai... assignai- me este escripto, quando não empregarei a violên­cia. »

— Antes me matarei! exclamou ella.

E arrancando-lhe então da mão a faca de trinchar, tentou ferir-se com ella. T udo se passou num relam- pago. Elle deu um grito, susteve-lhe o braço, e fe­lizmente o ferro havia res­valado em consequencia de uma chavinha que es­tava suspensa ao pescoço de madama d’Aulnayes por uma fita côr de rosa.

(Continua)

AecsBsamos as segMiit- íes assigaiaturas recebi­das

Dos exm.os srs. :

Francisco Pereira Nepo- muceno, um anno, 1000 réis.

Julio Pereira Nepomuce- no, um semestre, 5oo réis.

Manuel Maria da Silva, um semestre, 5oo réis.

José Theodozio da Silva, um semestre, 5oo réis.

Emygdio Pires, um se­mestre, 5oo réis.

João Bento & Nunes de Carvalho, um semestre, 5 00 réis.

José Maria Bastos, um semestre, 5oo réis.

Augusto Gualdino Sal gado, um semestre, 5oo

Julio Pereira um semestre,

A áraâção de meia fflUsr

(Continuação/

— Senhora, alguém ha oue vos dá maus conselhos Tremei se se confirmarem as minhas suspeitas.»

E ao mesmo tempo elle brincava com uma faca de trinchar, que estava sobre uma mesa ao seu lado.

— « Eu não vos amo, se­nhor, mas tenho em muita conta os meus deveres, e sempre serei fiel a elles. Não temo as vossas amea­ças, tanto mais que desejo a morte... Já é tarde, reti­rai-vos, eu vos peço.

1 anta era a dignidade de seu gesto, que mr. d’Aul-

Antonio Vicente Nunes Marques, um semestre, Soo réis.

Dr. J. J. Marques Guima­rães, um semestre, Soo réis.

Antonio Duarte Maneira, um semestre, 5oo réis.

Francisco Rodrigues Pin­to, um semestre 5oo réis.

José Maria Mendes Jú­nior, um semestre, 5oo réis.

D. Francisco de Salazar Moscoso, um semestre, 5oo réis.

(Continua)

A N N U N C I O S

a n n u n g i o

Pelo juizo desta comar­ca e cartorio cio escrivão do 2.0 officio, Mou.inho, ha dè ter logar á porta do respectivo tribunal no dia 22 do corrente mez de se­tembro, a venda em hasta publica de toda a uva da presente colheita, respei­tante ao casal inventariado ie Manoel de P aiva Carro- meu e em que é cabeça de casal a viuva Maria Angé­lica, de Sarilhos Grandes. A uva é posta em praça pelo valor da sua avalia­ção, e no acto da praça é pago o produeto, assim como a percentagem legal dalmoeda, sendo esta de tantos lotes, quantos os prédios em que existe a mesma uva. _ A praça é aberta ao meio dia; e para a mesma são citados quaes- quer credores incertos. Al­deia Gallega do Ribatejo, 11 de setembro de 1901.

V erifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

N. Souto.

reis.Antonio

Moutinho,5oo réis.

Manuel Ferreira Girai des, um semestre, 5oo reis.

Emygdio Gonçalves de Azevedo, um semestre, 5oo réis.

Rozendo de Sousa Rama, um semestre, 5oo réis.

Jorge Viallad, um semes­tre, 5oo réis.

Jacintho Simões Quares­ma, um semestre, 5oo réis.

«Novo Club», um se­mestre, 5oo réis.

Ernesto Borges- Sacoto, um semestre, 5oo réis.

Francisco Silverio Fer­nandes, um semestre, 5oo réis.

Carlos Augusto Moreira, um semestre, 5oo réis.

Manuel Neves Nunes d’Almeida, um semestre, 5oo réis.

D 5 -RIBATEJO

da Silva, Secretario da Ca­mara o subscrevi.

O P r e s i d e n t e

Domingos Tavares

ADUBOSHa para vender ás sac-

cas em boas condicções.Para tratar com Julio

Castro, em Sarilhos Gran­des.

JOMAES

Ctollecçõcs de differen- tes joruacs <pie se ven­dem.

«eeaaSa»

Desde o dia 20 zembro de 1897, presente.

de de-até ao

ttHppIemento Secsilo

o n.° 1 até aoDesde n.° 165.

Pãrodia

nDesde

0 5o.o n.° 1 até ao

a*l§íaj5íã©

Desde o n.° 1 até ao fim do anno passado. Esta col- lecção está incompleta.

Na redacção deste jor­nal, indica-se a pessoa que trata desta venda.

EUCALIPTOSNa horta do sr. José

Bessa, na rua do Poço, desta Villa, ha uma gran­de quantidade de EUCA- LYPTOS em vasos pro- prios, para transplantar, que se vendem por mais ou menos preço, segundo a quantidade que se pre­tenda e segundo o seu ta­manho.

C O N C U R S O

A Camara Municipal deste Concelho faz publi­co que se acha aberto con­curso por espaço de 3o dias, a contar da data da segunda publicação efeste annuncio no Diario do Go­verno, para o logar vago de guarda cio Cemiterio da freguezia de Sarilhos Gran­des, deste Concelho, com o vencimento annual de

4^000 réis. Os concorren­tes deverão apresentar dentro do referido prazo na Secretaria da Camara os seus requerimentos le­galmente documentados.

Aldegallega do Ribatejo, 10 de setembro de 1901.

E eu Antonio Tavares

mente para envasilhar, ten­do a agua nas mesmas con­dicções.

Teem os respectivos ca­chorros e mais pertences que dizem respeito ás ade­gas.

Quem as pretender, pó- de dirigir-se a Arthur Coe­lho, 110 Largo da Misericór­dia, desta villa.

M ED ICO -CIRU RG ICO

O medico-cirurgião J. J. Marques Guimarães, tendo deixado de dar consultas na Pharmacia Maneira, instai- lou o seu consultorio na Rua Direita, n.° i g , 1 an­dar, onde continua a dar consultas pelos mesmos preços porque as dava na- quella pharmacia. Aos po­bres continua tambem dar consultas gratuitas.

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A D E G A SArrendam-se em Alde­

gallega, duas, para envasi­lhar, tendo uma lagariça, tanque para deposito dt uvas e agua canalisada pa­ra o serviço, e outra só-

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Especialidade em chá, café, ;ssucar, manteigas nacionaes e estrangeiras, massas; dòces, semeas, arroz, legumes, azeite, petroleo, sabão de .todas as quaidndes; artigos . c taaque.ro c- retrozeiro, louças, carne de porco, taba cos, ec<., etc.

O propriet rio d’csta casa vende tudo por preços convidativos, e além d isso todo o íreguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia. de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.

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DEJOSE’ AUGUSTO SALOIO

Encarrega-se de todos os trabalhos typographicos.R. D E JOSÉ M A R IA DOS SANTO S

ALJDISCiAL&ECLt

i S C O M P A N H I A F A B R I L S W f i E KP o r 5 oo réis semanaes se adquirem as cele­

bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador

da casa a ib c o c k c .a e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogas a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

MERCEARIA ALDEGALLENSED E

Jo sé A nton io N u n e s

A este estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos propnos do seu ramo de commercio, podendo p o r isso ojferecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

I risite pois o publico esta casa.

«9- - I .A H G O ID.A. E G E E J A -I 9 -AAltlçgaHega do H lhatejo

A N 11G AD O M I N G O

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\ H f A DG P O VOS A L <A N T O N I O S A L O I

c s íe cs<.íífe«íic<*lBMesí» e s ífo a t fs ^ c á veaida pelos jíreeos sia;íis «< d ativos. ískb variado sortabícíbío <íe ^esieros guroprios do ses» raino de assereao. o iferecen d o p & v is so as sssaiores garantias aos sesas estim ave! gasezes e ao m p é ita v e ! p b l l e o .

R U A 13 O C A E S - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

oatvs- coan- s Ire-

POYOA L D E G A L L E G A D O R I B A T E J O

Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende todos os seus artigos pelos preços das pnncipaes casas de Lisboa, e alguns

a i n d a m a i s b a r a t o sGrande collecção dartigos de Retrozeiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .

Selins prelos e de cor parafórros de fatos para homem, assim como todos os accessorios para os mesmos.

Esta casa abriu uma SECÇÃO E S P E C I A L que muito ulil é aos habitantesdesta villa, e ?«e ^ C O M P R A ÈM L IS B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o zelo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.

B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean­ças de todas as edades.

A CO R PRETA D ’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa é G A M A R P O U C O PARA VENDER MUITO.

J O A O R E j m & NUNES DE C A R V A L H O88, R, DlREÍTA, 90 - 2, R. DO CONDE, 2

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D E P O S I T OIDE

VINHOS, V l iA G R E S E A G UA RD EN TESE F A B R I C A D E L I C O R E S

G R A N D E D E P O S I T O D A A C R E D I T A D A F A B R I C A DEJANSEN & C. - L I S B O A

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C E R V E J A S , G A Z O Z A S , PIROLITOSVENDIDOS PELO PRECO DA FABRICA

- - - - - - L U C A S & C/ —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

YiaahosVinho tinto de pasto de i.a, litro

» » » » )) 2.a, »» branco » » i.« »» verde, tinto.... » »» abafado, branco » »» de Collares, tinto » garrafa » Carcavellos br.c> » »» de Pãlmella.... » »» do Porto, superior »» da Madeira........ »

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Granito .. Com a :;arrafa mais 60 réis.

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P A R A REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A L U C A S & CaA — ALDEGALLEGA