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1 ACADEMIA DE POLICIA MILITAR

ACADEMIA DE POLICIA MILITAR 1 · Elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional da APM. p. 53 1. Segurança pública. 2. Educação de Polícia Militar. ... O PDI da Academia

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ACADEMIA DE POLICIA MILITAR

2

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA

ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

2014 a 2016

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COMANDANTE DA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR Cel. PM Eduardo César Reis

COORDENADOR DOS SISTEMAS DE QUALIDADE DA EPM Ten Cel PM Windson J. M. de

Oliveira

Comissão de revisão:

Ten Cel PM Mauro Lúcio Honorato

Maj PM QOS Fabrizia Lopes Brandão Pereira

Maj PM Carlos Frederico Otoni Garcia

Cap PM QOS Eliene Lima de Souza

Cap PM Geovana M. da S. Gonçalves

2º Ten PM Elaine Mary G. L. Almeida

Resângela Pinheiro de Souza

Lincoln Ignácio Pereira

Isabel Cristina P. M. Nazareth

Luciana M. F. S. Moreira

4

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Academia de Polícia Militar. Elaboração do Plano de Desenvolvimento

Institucional da APM.

p. 53

1. Segurança pública. 2. Educação de Polícia Militar.

CDD 352.2

5

ADMINISTRAÇÃO

Secretaria da Academia de Polícia Militar

Academia de Polícia Militar

Rua da Diábase, 320 – Prado

CEP 30411-060

[email protected]

(31) 2123-9405

6

APRESENTAÇÃO:

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) é o documento que identifica a

Instituição de Ensino Superior apresentando sua filosofia de trabalho, sua missão, as

diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, sua estrutura organizacional e as

atividades acadêmicas que desenvolve ou que pretende desenvolver1. Tem como

parâmetro o Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício

das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior

e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, o qual, em

seu artigo 16 estabelece os elementos mínimos que devem compor o PDI.

O PDI da Academia para o período de 2011 a 2015 foi elaborado pela

comissão 012/2011, designada pelo Comando da Academia de Polícia Militar (APM)

012/11, publicada no Boletim Interno nº 26, de 11 de julho de 2011. Essa comissão foi

composta por representantes do sistema de Educação Profissional da Policia Militar de

Minas Gerais, incluindo-se oficiais das Escolas e Centros, psicólogos e pedagogos da

APM, tendo no Plano Estratégico Institucional o principal referencial para seu trabalho.

Paralelamente à construção desse documento, a APM designou a Comissão

14/2011, com o objetivo de estudar, planejar e desenvolver um novo modelo de

gestão, no qual as questões educacionais fossem tratadas num campo diferenciado das

atividades administrativas típicas de uma unidade policial militar. O relatório final

dessa comissão propôs a criação da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da

Educação de Polícia Militar – CSQEPM, e seus departamentos, com a finalidade de

assessorar, estudar, planejar, coordenar, fiscalizar e controlar as atividades que

envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão no âmbito da capacitação e qualificação

do policial militar.

A Coordenadoria foi implantada em 2012, tendo como uma de suas primeiras

ações a implementação do PDI da APM. Com vistas a operacionalização dessa tarefa,

elaborou o Plano de Ação da Academia de Polícia Militar, estabelecendo estratégias,

metas e prazos a serem cumpridos no período de 2012 a 2014.

1 Como dispositivos legais de orientação à elaboração do PDI, dentre outras, destacam-se: Lei Nº 9.394/1996 (LDB),

Decreto Nº 5.773/06, Lei Nº 10.861/04, Decreto Nº 2.494/98, Decreto Nº 5. 224/04, Portaria MEC Nº 1.466/01, Portaria MEC Nº 2.253/01, Portaria

MEC Nº 3.284/03, Portaria MEC Nº 7/04, Portarias Normativas Nº 1/07 e 2/07, Resolução CES/CNE Nº 2/98, Resolução CNE/CP Nº1/99, Parecer

CES/CNE Nº 1.070/99.

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No segundo semestre de 2013, o Conselho Estadual de Educação (CEE)

realizou uma 'verificação in loco' na APM, com vistas à renovação do reconhecimento do

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Segurança Pública, e em seu relatório final,

sinalizou para a necessidade de revisão do seu PDI. Assim, foi publicada em 01 de

Setembro de 2014 a designação da comissão Nº 08/14, composta por integrantes da

CSQEPM e demais representantes do Sistema de Educação Profissional da Polícia

Militar de Minas Gerais para revisão do referido Plano, trazendo ações a serem

desenvolvidas no período de 2014 a 2016.

Portanto, síntese desse movimento revisitório, este documento está organizado

em oito capítulos. No primeiro apresenta-se o perfil da instituição mantida, o seu

histórico, a estrutura organizacional, a missão, os valores e os princípios; no segundo

capítulo apresenta-se o Projeto Pedagógico Institucional, descrevendo-se seus princípios

filosóficos e técnico-metodológicos, a sua organização didático-pedagógica, as políticas

de ensino, pesquisa e extensão proposta pela Academia e a responsabilidade social da

IES; no capítulo três apresenta-se o cronograma de implantação e desenvolvimento da

instituição e dos cursos que possui; o capítulo quatro traça o perfil do corpo docente; no

capítulo cinco apresenta-se a organização administrativa da IES; no capítulo seis são

discutidas as políticas de atendimento aos discentes; o capítulo sete traz a infraestrutura

da APM e o capítulo oito apresenta a avaliação e acompanhamento do

desenvolvimento institucional.

Conclusos os trabalhos, pretende-se, com este Plano de Desenvolvimento

Institucional, possibilitar que a Academia de Polícia Militar, enquanto Instituição de

Ensino Superior, avance na produção de uma educação profissional inovadora aos

servidores da Polícia Militar de Minas Gerais.

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Sumário

1 PERFIL INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 10

1.1 Introdução.............................................................................................................................. 10

1.2 Breve Histórico ...................................................................................................................... 11

1.3 Missão, visão e valores ....................................................................................................... 16

1.4 Área de atuação acadêmica ............................................................................................ 18

2 PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL – PPI................................................................ 19

2.1 Inserção Regional: ................................................................................................................ 19

2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos que norteiam as práticas acadêmicas

da instituição. ................................................................................................................................... 21

2.3 Organização didático-pedagógica da instituição. ....................................................... 25

2.4 Políticas de Ensino. ............................................................................................................... 28

2.5 Políticas de Pesquisa. .......................................................................................................... 31

2.6 Políticas de Extensão. .......................................................................................................... 32

2.7 Políticas de gestão. ............................................................................................................. 35

2.8 Responsabilidade social da IES. ....................................................................................... 36

3 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO E DOS

CURSOS (PRESENCIAL E A DISTÂNCIA) ..................................................................................... 38

3.1 Prospecção de oferta de cursos e vagas na APM. ....................................................... 38

3.2 Cronograma de implantação de ações para desenvolvimento da instituição. ....... 42

4 PERFIL DO CORPO DOCENTE ................................................................................................ 45

4.1 Composição ........................................................................................................................... 45

4.2 Plano de carreira ................................................................................................................. 46

4.3 Critérios de seleção, contratação, regime de trabalho e remuneração. .................. 48

4.4 Titulação do corpo docente e plano de expansão. ...................................................... 49

5 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA IES .......................................................................... 51

5.1 Organização administrativa. ............................................................................................. 51

5.2 Unidades de execução do ensino. .................................................................................... 52

5.3 Colegiado. ............................................................................................................................ 55

5.3.1 Composição do colegiado. ................................................................................................ 56

5.4 Setores de apoio às atividades acadêmicas. ................................................................ 57

6 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES ................................................................. 58

9

6.1 Programas de apoio ao discente ..................................................................................... 58

6.2 Organização estudantil. ..................................................................................................... 59

6.3 Acompanhamento de egressos. ......................................................................................... 59

7 INFRAESTRUTURA ...................................................................................................................... 61

7.1 Recursos de infraestrutura física e instalações prediais. .............................................. 61

7.2 Recursos didáticos: ............................................................................................................... 67

7.2.1 Tecnológicos e áudio visuais. ............................................................................................. 67

7.2.2 Laboratórios e recurso didático para aulas práticas ................................................... 69

7.3 Biblioteca ............................................................................................................................... 72

7.4 Projetos de expansão e melhorias da infraestrutura. .................................................. 73

8 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL. ..... 75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 80

10

PERFIL INSTITUCIONAL

1.1 Introdução

O Sistema de Ensino de Polícia Militar – EPM, criado pela Lei 20.010 de

janeiro de 2012, é composto, no Nível Estratégico, pelo Estado-Maior da Polícia Militar

(EMPM), responsável pela supervisão e acompanhamento, no Nível Tático, pela

Academia de Polícia Militar (APM), unidade responsável pela direção geral da EPM. A

Academia é credenciada pelo Sistema Estadual de Educação, nos termos do Decreto

Estadual s/nº, de 29 de novembro de 2005, publicado no Diário Oficial de 30 de

novembro de 2005. Em nível operacional é composto pelas Escolas, Centros, Núcleos de

Formação, Companhias de Ensino e Treinamento (Cia ET) e Adjuntorias de Treinamento

concentradas e desconcentradas.

Por Adjuntorias de Treinamento concentradas entende-se aquelas cujas sedes

localizam-se no complexo da APM e a ela são vinculadas técnica, administrativa e

operacionalmente. São elas: Centro de Pesquisa e Pós-Graduação (CPP), Escola de

Formação de Oficiais (EFO), Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos

(EFAS), Escola de Formação de Soldados (EFSd), Centro de Treinamento Policial (CTP).

Jás as desconcentradas são aquelas cujas sedes localizam-se fora do complexo

da APM, sendo subordinadas operacional e administrativamente às respectivas

Unidades de Execução Operacional (UEOp) e vinculadas tecnicamente à Academia de

Polícia Militar. Encontram-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte e nas demais

Regiões de Polícia Militar do Estado. São elas: Centro de Treinamento de Inteligência

(CTInt); Companhias de Ensino e Treinamento (Cias. E.T.); Núcleo de Formação

Aeronáutica; Núcleo de Formação de Condutores; Adjuntorias de Ensino e Treinamento

(AET).

A seguir, apresenta-se um pequeno resumo da história da educação

profissional na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), ressaltando as origens da

formação policial militar e as adequações pelas quais passou até atingir sua estrutura

atual.

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1.2 Breve Histórico

A educação de polícia militar começa a ser pensada a partir de 1912, quando

da contratação do capitão do exército suíço Roberto Drexler, comissionado Coronel da

Força Pública, em 24 de dezembro do citado ano que, juntamente com seu filho, Rodolfo

Drexler, e técnicos paulistas, tinham por objetivo implementar a instrução militar e o

“adestramento das praças”, restando a necessidade do desenvolvimento intelectual das

lideranças da Força Pública do Estado. O Coronel Drexler, ao assumir a direção técnica

da Força Pública, procurou organizar diversos manuais de instrução, e por sua influência

direta é promulgado, em 11 de maio de 1915, o Decreto n. 4380, que trata das

disposições reguladoras da Instrução da Força Pública (DECRETO n. 4380 apud COTTA,

2001, p. 35).

Em 1927, pelo Decreto n. 7.712, de 16 de Junho, foi normatizado o Corpo

Escola, cujo objetivo consistia na preparação do pessoal da Força Pública - oficiais e

praças. Ainda em 1927, por influência do então Tenente José Carlos Campos Cristo, do

Exército Nacional, o Presidente do Estado, Dr. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, criou

a Escola de Sargentos, que foi a institucionalização da possibilidade de acesso do

sargento de polícia ao oficialato, via mérito intelectual.

O Regulamento de 1927, em seu artigo 58, prescreve que as vagas de 2º

tenente sejam preenchidas por sargentos-ajudantes e primeiros sargentos habilitados,

possuidores do curso da Escola de Sargentos. Aos candidatos seria exigida conduta civil

e militar irrepreensível, preferindo-se, em igualdade de condições, aqueles que tivessem

serviço de guerra (COTTA, 2001, p. 47). Anteriormente o acesso à carreira independia

de qualquer preparação, sendo o merecimento o critério exclusivo para ascensão

hierárquica, avaliado a partir dos seguintes aspectos: bons serviços prestados, disciplina

militar, inteligência, probidade, procedimento militar, subordinação, valor e zelo

(ALMEIDA JÚNIOR, 1991, p. 16).

Em 1931, o Decreto n. 9.867, transforma o Corpo Escola (responsável pela

formação das praças) em Batalhão Escola (BE) e o Curso de Sargentos em Curso de

Educação Militar. O contexto do fechamento da Escola de Sargentos, para Almeida

Júnior (1991), está ligado ao fato de que a Revolução de 1930 teve uma influência

social e política no cenário da época, trazendo a necessidade de reorganização da

12

formação dos oficiais face às deficiências enfrentadas durante o conflito armado. No

entanto, para Cotta (2001), o fechamento da Escola de Sargentos ocorreu devido à

participação de professores e alunos da Escola, altamente politizados, em movimento

surgido para depor o Presidente Olegário Maciel.

Seguindo a primeira linha de raciocínio, Almeida Júnior (1991) pontua que a

precária e deficiente participação na Revolução de 30 leva um grupo de oficiais

superiores a relembrar o trabalho instrutivo desenvolvido pelo Professor João Batista

Mariano, convidando-o novamente para ministrar aulas aos comissionados no Quartel

do5º Batalhão de Caçadores, hoje 5º Batalhão de Polícia Militar. De maneira a sanar

as deficiências detectadas, o Professor Mariano decide, então, criar um Curso Técnico

Militar e Propedêutico, aceito, desenvolvido e logo estendido a todas as Unidades da

capital.

Na retrospectiva histórica apresentada por Almeida Júnior (1991), a visita do

então Presidente do Estado e do Secretário do Interior ao 5º Batalhão de Caçadores e

o contato com os excelentes trabalhos produzidos pelos oficiais-alunos do curso do Prof.

Mariano foi decisivo na nomeação do referido mestre como Professor Complementar da

Força Pública e a criação das bases de um curso que beneficiaria a todos os oficiais e

Sargentos. Em consequência do estabelecimento deste curso, é criado em 03 de Março

de 1934, pelo Decreto n. 11.252, o Departamento de Instrução (DI).

Em 16 de abril de 1934, tiveram início no Departamento de Instrução as aulas

do Curso Especial e do Curso de Formação de Oficiais (CFO). Concomitante ao

funcionamento do CFO, outros cursos se desenvolviam no DI como, por exemplo, o já

citado Curso Espe- cial, o Curso de Formação de Oficiais da Administração e o Curso

Especial de Formação de Oficiais, cursos que se iniciaram e desapareceram,

permanecendo apenas o CFO.

O Departamento de Instrução desempenhou o seu papel na formação dos

oficiais e sargentos desde a sua criação até meados da década de 70. No ano de

1973, a Lei Estadual n. 6.260 instituiu o sistema de Ensino da Polícia Militar do Estado

de Minas Gerais com a finalidade de proporcionar ao respectivo pessoal a capacitação

para o exercício dos cargos e funções previstos em sua organização, bem como

proporcionar assistência educacional aos seus dependentes. Desde então, o sistema de

Ensino da PMMG não sofreu nenhuma alteração.

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A referida Lei estabeleceu que o ensino profissional seria ministrado pelo

Departamento de Instrução e também no Batalhão Escola e Centros de Aperfeiçoamento

Profissional, dividindo-se o ensino em três graus: o básico, com os cursos de soldados e

cabos, e instrução da tropa; o intermediário, com os cursos de formação e

aperfeiçoamento de sargentos; e o superior, que se dividia em três ciclos destinados a

oficiais. O primeiro com responsabilidade sob a formação e especialização; o segundo,

visando ao aperfeiçoamento; e o terceiro, ao curso superior de polícia.

Em 1975, a Lei estadual n. 6.624, de 18 de julho, é promulgada, dispondo

sobre a organização básica do sistema de ensino policial militar do Estado de Minas

Gerais, separando a formação dos oficiais e das praças. Desta forma, o Departamento

de Instrução (DI) passava a se denominar Escola de Formação e Aperfeiçoamento de

Oficiais (EsFAO). Na prática, separava-se o Ensino Superior em uma só escola e os

ensinos básicos e intermediários passaram a ocorrer em outro Centro, denominado

Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP).

Em 1979, a promulgação da lei n. 7.625, de 21 de dezembro de 1979, criou

a Academia de Polícia Militar (APM) e nesse mesmo instrumento legal foi desativado o

CFAP. A partir daí, a formação dos oficiais e das praças (de cabo a subtenente) foram

reintegradas à agora denominada Academia de Polícia Militar e a formação dos

soldados retorna à responsabilidade dos Batalhões de Polícia Militar. Alguns anos mais

tarde, novamente, a formação das praças e dos oficiais foi separada em duas escolas

distintas - a APM retorna com a formação específica dos oficiais e o CFAP com a

formação das praças.

Como culminância de todo este processo de adequação do ensino policial

militar ao sistema civil de ensino, no ano de 1983, por meio do processo n. 233 e

Parecer 237, de 16 de março, o Conselho Federal de Educação emitiu o reconhecimento

da equivalência do CFO a curso de terceiro grau para os que ingressaram no curso a

partir de 1970.

A partir da Lei Estadual n. 6.260, já citada, a PMMG organizou seu sistema de

ensino próprio que vigora respaldado em normas e diretrizes. Até 1998, vigoravam as

Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino – NPCE, cuja denominação foi

alterada para Diretrizes, no início de 1999, bem como algumas regras nele contidas. As

significativas alterações na legislação de ensino da PMMG ocorreram com a publicação

e entrada em vigor da Resolução 3.510, de 10 de novembro de 1999, que exigia o

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ensino médio aos candidatos dos cursos de formação de soldados, cabos e sargentos e

titulação mínima de graduação aos professores dos cursos de nível técnico, mudanças

nas condições de frequência dos alunos e no processo de avaliação, entre outras

(LUNARDI, 2002, p.08).

Em 1999, o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de

Segurança Pública (SENASP), elaborou documento intitulado Bases Curriculares para a

Formação do Profissional de Segurança Pública com o objetivo de nortear a formação

dos operadores de segurança pública, tendo como fundamentação o Estado

Democrático de Direito e modernas concepções de aprendizagem. As diretrizes

norteadoras para a formação em segurança pública, emanadas pelo Governo Federal,

desdobram-se, no Estado de Minas Gerais, em políticas de modernização da educação

de polícia militar, consolidadas em um documento oriundo do Estado-Maior da PMMG,

no ano de 2000, definindo a execução de diversos projetos a serem desenvolvidos por

comissões de policiais com a finalidade de adequar a formação profissional à visão de

polícia orientada para a sociedade (LUNARDI, 2002, p.08).

Ribeiro et al, ao discorrerem sobre os avanços na formação do profissional de

segurança pública, afirmam que o modelo militar imposto pelo Exército evoluiu para o

ensino mais policial. Tal evolução do ensino atrelou-se aos valores democratizantes que

emergiram com a Constituição Federal de 1988, demandando uma nova postura na

atuação da Instituição e, por consequência, na formação de seus talentos humanos.

Acresce-se a isto, a emergência da Filosofia dos Direitos Humanos e o estudo do tema

“educação” por integrantes da PMMG que foram aspectos importantes para que

mudanças na formação profissional se processassem (RIBEIRO et al apud LUNARDI,

2002, p. 05).

Em 24 de outubro de 2001, a Resolução 3.628 extinguiu a Academia de

Polícia Militar, estabelecendo uma nova estrutura de Ensino a partir da criação do

Instituto de Educação de Segurança Pública (IESP). Na composição do IESP

congregavam-se os seguintes Centros: Centro de Ensino Técnico (CET), responsável pela

formação das praças, Centro de Ensino de Graduação (CEG), responsável pela

formação dos oficiais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação (CPP), responsável pelos

cursos de especialização lato-sensu, Centro de Treinamento Policial (CTP) responsável

pela educação continuada, e o Centro de Administração do Ensino (CAE) com a

responsabilidade de dar subsídios ao desenvolvimento do ensino nos demais Centros,

desonerando os Comandantes e Chefes de deliberações sobre questões meramente

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administrativas para manter o foco permanente na gestão da educação nas respectivas

unidades de execução.

Em 2003, a Resolução n. 3.726 de 03 de julho, retornou o nome Academia de

Polícia Militar, extinguindo-se o IESP, mas mantendo a estrutura e organização do ensino

conforme disposto na Resolução 3.628. A referida alteração se deveu ao fato de o

nome “Instituto” não ser adequado à formação de profissionais de segurança pública,

restringindo-se à formação docente. Na prática, o retorno ao nome “Academia de

Polícia Militar” não trouxe alterações ao seu organograma.

Como resultado de discussões internas com foco na modernização do ensino na

PMMG e no intercâmbio da Educação de Polícia Militar com o sistema civil de educação,

em 2005 a Academia de Polícia Militar é credenciada como Instituição de Ensino

Superior, por meio do Decreto s/n, de 29 de novembro de 2005. O Decreto s/n, de 30

de janeiro de 2008, subsidiado no Parecer n. 1369, de 28 de novembro de 2007, do

Conselho Estadual de Educação, reconheceu o Curso de Bacharelado em Ciências

Militares, área de Defesa Social, por um período de cinco anos, de acordo com os

parâmetros previstos na Resolução CEE/MG n. 450, de 26 de março de 2003.

Buscando novos avanços na formação e aperfeiçoamento do policial militar, em

2010, a Lei Complementar 115 alterou o Estatuto dos Militares do Estado de Minas

Gerais, tornando o curso superior uma exigência para ingresso na Corporação. Dessa

forma, a partir do ano de 2012, o nível intelectual mínimo exigido para preenchimento

das vagas à graduação de soldado passou a ser o 3º grau, em qualquer área de

conhecimento, e, para concorrer a uma vaga ao Curso de Formação de Oficiais, o

candidato deve possuir o título de bacharel em Direito. A formação do sargento,

embora permaneça com a exigência do ensino médio como requisito para

preenchimento das vagas, passou a ser feita por meio de um curso reconhecido como

tecnólogo, realizado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos (CFAS),

incorporado à estrutura da APM em 2010.

Esse novo cenário no qual passou a se inserir o Sistema de Educação de Polícia

Militar exigiu um processo de atualização administrativa da APM que em 2012 passou

por uma reformulação de seu modelo de gestão. A Resolução 4.194, publicada em

fevereiro daquele ano, estabelece a criação da Coordenadoria dos Sistemas de

Qualidade da Educação de Polícia Militar (CSQEPM), constituída por sete

departamentos, quais sejam: Departamento de Gestão da Qualidade da Política

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Pedagógica, Departamento de Gestão da Qualidade do Ensino, Departamento de

Gestão da Qualidade do Treinamento, Departamento de Gestão da Qualidade da

Extensão e Pesquisa, Departamento de Coordenação Pedagógica, Departamento de

Gestão do Desenvolvimento Organizacional e Departamento de Gestão da Tecnologia

da Informação.

Essa mesma resolução alterou as denominações das Escolas e Centros da APM,

da seguinte forma: o Centro de Ensino de Graduação passa a denominar-se Escola de

Formação de Oficiais, o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos passa a

denominar-se Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos e o Centro de

Ensino Técnico passa a denominar-se Escola de Formação de Soldados.

Ainda no ano de 2012 houve a criação do Centro de Atividades Musicais

(CAM) que pertenceu à APM até 2014, quando passa a fazer parte da Diretoria de

Comunicação Organizacional. Neste mesmo ano de 2014 foi criado o Centro de

Educação Física e Desportos (CEFD), unidade responsável por coordenar, controlar e

fiscalizar as atividades de educação física no âmbito da PMMG, fomentar atividades

desportivas junto ao público interno da Corporação, além de promover ações conjuntas

com os profissionais de saúde para prevenção de lesões decorrentes da prática

desportiva e promoção da saúde e qualidade de vida do policial militar, com foco na

atividade operacional.

A Lei Complementar 115 ensejou a reformulação geral das matrizes

curriculares dos cursos de formação e aperfeiçoamento na PMMG, com vistas a sua

adequação ao novo perfil de ingresso do candidato à carreira policial militar. A

corporação se encontra, portanto, num momento profícuo de inovação de processos

educacionais e aprimoramento de métodos que culminarão numa prestação de serviços

de melhor qualidade ao povo mineiro.

1.3 Missão, visão e valores

Preocupada em consolidar-se como referência de estudos e pesquisas no

campo da Segurança Pública, a APM tem como missão “Promover uma educação

inovadora e de qualidade, voltada ao desenvolvimento de competências profissionais, para

assegurar a dignidade da pessoa humana, as liberdades e os direitos fundamentais”. (Minas

Gerais, 2012)

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Alinhada prospectivamente com o planejamento estratégico da PMMG e com a

respectiva visão institucional, a visão da APM é:

“Sermos uma instituição de ensino reconhecida pelo seu compromisso com a

formação e qualificação dos profissionais de segurança pública, capacitando-os

adequadamente para o trabalho de prevenção e repressão à criminalidade, respeitando as

liberdades e os direitos fundamentais”.

Os valores formam um conjunto de crenças e percepções que orientam as

atividades e operações de uma organização. Constituem preferências, pontos de vista,

deveres, inclinações internas, entre outros. São padrões de conduta praticados pela

organização e que influenciam o comportamento geral de seus membros. Em seu Plano

Estratégico para o período 2012-2015 a PMMG declara os seguintes valores, como

direcionadores de suas ações:

representatividade: relaciona-se à internalização e prática dos valores

institucionais pelos servidores, que os tornam em condições de demonstrar,

positivamente, a imagem da PMMG, tanto na condição policial militar como em

situações da vida cotidiana;

respeito: a PMMG oferece aos seus servidores condições para que expressem

sua inteligência e suas capacidades no respeito e garantia dos diretos fundamentais das

pessoas;

lealdade: resposta atitudinal constituída por componentes cognitivos e afetivos,

considerado importante nos relacionamentos da organização policial e entre os seus

integrantes;

disciplina: é a exteriorização da ética profissional dos policiais militares e

manifesta-se pelo exato cumprimento de deveres. Integra o hábito interno que

correlaciona o cumprimento das atribuições, regras e deveres. Inclui a disciplina tática

no regramento de atitudes e ações;

ética: é orientada por um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar

que guiam ou chamam a si a autoridade de guiar as ações em grupo;

justiça: a justiça regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a

dignidade humana, respeita os Direitos Humanos. Trata de nossos direitos e nossos

deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à sociedade;

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hierarquia: é entendida como a ordenação da autoridade em níveis diferentes

dentro das estruturas das instituições militares estaduais. Deve servir como fator

facilitador do controle, de forma a permitir a coesão do funcionamento das atividades

da PMMG.

A Academia, enquanto órgão integrante da Polícia Militar, também cultua esses

valores. Contudo, enquanto instituição de ensino superior valoriza, ainda, o

comprometimento e a responsabilidade com a educação e o fomento intelectual.

1.4 Área de atuação acadêmica

A Academia de Polícia Militar é a unidade da PMMG responsável por todo o

planejamento e gerenciamento da educação profissional de Polícia Militar. Inserida no

contexto de defesa social do Estado de Minas Gerais, cabe à APM o desenvolvimento

de cursos de capacitação e qualificação dos profissionais, possibilitando à Polícia Militar

o cumprimento de sua missão constitucional na área de segurança pública.

Os cursos são oferecidos nos níveis de graduação e pós graduação, sob a

forma de atividades presenciais e mediante utilização de ferramentas de Educação a

distância. Na capacitação o objetivo é o desenvolvimento de aptidões e a formação de

competências para o exercício das funções constitucionais. A qualificação profissional da

EPM compreende os cursos da educação continuada que visam ao aprimoramento

profissional e ao desenvolvimento de aptidões para funções técnicas especializadas e

ascensão na carreira.

A Academia desenvolve, ainda, atividades de pesquisa e extensão, além de

ocupar-se da gestão do Treinamento de Polícia Militar em todo o estado de Minas

Gerais.

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2 PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL – PPI

O projeto pedagógico institucional da Academia de Polícia Militar de Minas

Gerais, parte que integra o PDI, constitui-se em um instrumento político, filosófico, de

planejamento e teórico- metodológico que evidencia as políticas acadêmicas, de ensino,

pesquisa, treinamento e extensão, considerando a sua perspectiva histórica, missão,

visão e valores institucionais.

Construído a partir de discussões técnicas, orientadas por comissão

multidisciplinar envolvendo representantes da comunidade acadêmica, a sua

organização e fundamento basearam-se na legislação da educação nacional e

estadual, em normas internas do sistema de educação e também na Matriz Curricular

Nacional para Formação dos Profissionais da Segurança Pública.

2.1 Inserção Regional:

A garantia da segurança pública em toda a extensão territorial do estado

ocorre por meio da atuação de diversos órgãos em nível municipal, estadual e federal,

sendo que a preparação dos profissionais, em cada um desses órgãos, ocorre

internamente e de forma individualizada, visando o enfoque específico que cada um

demanda para cumprimento de suas funções. Dessa forma, a Polícia Civil de Minas

Gerais possui sua própria Academia para formação dos policiais de seus quadros, a

ACADEPOL, assim como a Guarda Municipal, que inicialmente delegava à PMMG a

formação de seus integrantes, hoje realiza essa atividade de forma independente.

Na Polícia Militar a preparação profissional, além das instalações da APM,

localizada em Belo Horizonte, dispõe ainda de dezoito Companhias de Ensino e

Treinamento (Cias E.T) localizadas nas cidades abaixo citadas, as quais podem ser

localizadas na Figura 1:

Juiz de Fora

Diamantina

Uberaba

Governador Valadares

Lavras

Bom Despacho

Barbacena

Montes Claros

Manhuaçu

Ipatinga

Patos de Minas

Uberlândia

Teófilo Otoni

Pouso Alegre

Divinópolis

Sete Lagoas

Unaí

Poços de Caldas

20

Essas Cias de Ensino e Treinamento (Cias E.T) possuem infraestrutura adequada

para o desenvolvimento das atividades do Curso Especial de Formação de Sargentos

(CEFS), do Curso de Formação de Soldados (CFSd), do Treinamento Policial Básico (TPB)

e outros treinamentos denominados na instituição como Treinamentos Complementares.

Seguindo a doutrina emanada pela APM, as Cias oferecerem seus cursos e treinamentos

no padrão estabelecido pela instituição.

Figura 1 – Localização das Companhias de Ensino e treinamento da Polícia Militar –

Minas Gerais, 2014.

Fonte: Minas Gerais, Polícia Militar, Academia de Polícia Miliar, 2014.

Os cursos e treinamentos desenvolvidos em todo o sistema de ensino da PMMG

estão em consonância com o Plano Estratégico da PMMG para o período 2012-2015,

no qual foram estabelecidos doze objetivos institucionais. O Objetivo 10, “Aperfeiçoar o

gerenciamento dos Recursos Humanos”, definido à partir da macro meta “Profissionais de

Excelência atuando na Segurança Pública”, possui estratégias diretamente ligadas à APM

no que diz respeito à qualidade do ensino e do treinamento policial básico. Nesse

sentido, a APM forma e treina policiais militares para atuação em todo o Estado,

desenvolve pesquisa em seus cursos e vem estruturando as atividades extra classe com

vistas a organizá-las em projetos de extensão além de participar ativamente na

elaboração de doutrinas, por meio de manuais técnicos.

De forma sistemática o Curso de Formação Especial de Sargentos (CEFS) e o

Treinamento Policial Básico são desenvolvidos simultaneamente, todos os anos, em Belo

21

Horizonte, no Centro de Treinamento Policial e na Escola de Formação e

Aperfeiçoamento de Sargentos, respectivamente, bem como nas Cia E.T. no Estado.

2.2 Princípios filosóficos e técnico-metodológicos que

norteiam as práticas acadêmicas da instituição.

O desafio da Academia de Polícia Militar consiste em preparar o profissional

de segurança pública para atuar na proteção e defesa da cidadania, numa sociedade

permeada pela desigualdade social. Tarefa complexa, que envolve a capacidade de

administrar conflitos em situações imprevisíveis e vulneráveis, respeitando a diversidade

e atuando em conformidade com os fundamentos dos Direitos Humanos e da Polícia

Comunitária, sendo responsável por entregar à sociedade mineira profissionais de

excelência atuando na segurança pública.

Para tanto, os princípios filosóficos e técnico-metodológicos norteadores do PPI

definem o compromisso da educação de polícia militar para uma formação inicial e

continuada, pautada pela noção de que não existe separação entre segurança pública

e cidadania. Buscam, ainda, fortalecer a identidade organizacional e orientar a prática

policial, tornando-se ferramentas importantes na qualidade dos serviços prestados à

população.

Dessa forma, os princípios filosóficos norteadores da EPM, estão assim

definidos:

I – integração à educação nacional;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber,

No âmbito das ciências militares e de acordo com as demandas da

Corporação;

III - pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, respeitada a

especificidade da Educação de Polícia Militar;

IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V – valorização dos profissionais de educação da EPM;

22

VI – valorização da cultura institucional, dos valores éticos, da disciplina e da

hierarquia;

VII – gestão democrática, na forma da Lei e da legislação dos sistemas de

ensino;

VIII – garantia do padrão de qualidade;

IX – valorização da experiência profissional;

X – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

XI – profissionalização, obedecendo a processo gradual de formação

continuada, constantemente aperfeiçoada;

XII – qualificação profissional de base humanística, filosófica, científica e

estratégica, para permitir o acompanhamento da evolução das diversas áreas do

conhecimento, o relacionamento com a sociedade e a atualização constante da doutrina

policial-militar;

XIII – hierarquia;

XIV – disciplina.

O Projeto Político Institucional - PPI, adota o currículo por competências ao

tratar dos princípios técnico-metodológicos, pautando-se nas orientações metodológicas

da Secretária Nacional de Segurança Pública – SENASP, e naquelas advindas dos

princípios da educação profissional e do ensino superior.

Na definição do Conselho Nacional de Educação competência profissional é a

capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e

habilidades necessárias para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas

pela natureza do trabalho (BRASIL,1999). Esse referencial teórico orienta a seleção dos

componentes curriculares das matrizes dos cursos de capacitação e qualificação da

APM, organizando-os por áreas temáticas e eixos articuladores.

As áreas temáticas contemplam os conteúdos indispensáveis à formação do

profissional da área de segurança pública e estão assim definidas: conhecimento

jurídico; valorização profissional e saúde do trabalhador; comunicação, informação e

tecnologia e em segurança pública; sistemas, instituições e gestão integrada em

23

segurança pública; violência, crime e controle social; modalidades de gestão de conflitos

e eventos críticos; cultura, cotidiano e prática reflexiva.

Permeando transversalmente as disciplinas que compõem tais áreas estão os

eixos articuladores, os quais são definidos com base em sua pertinência nas discussões

sobre a segurança pública e por envolverem problemáticas sociais de abrangência

nacional. A Matriz Curricular Nacional propõe quatro eixos articuladores, quais sejam:

Sujeitos e as interações no contexto da segurança pública; Ética, cidadania, direitos

humanos e segurança pública; Diversidade étnico-sociocultural, conflitos e segurança

pública; Sociedade, poder, espaço público e segurança pública.

Em que pese a importância dos eixos articuladores nas práticas curriculares da

instituição, a APM está em fase incipiente da organização pedagógica dos eixos com os

componentes curriculares. Desta forma, optamos por tratá-los por meio de abordagens

metodológicas tais como seminários, palestras, simpósios, ações sociais e outras

atividades organizadas pelo corpo docente e discente. Essas atividades inspiram a

articulação entre o ensino e a extensão, oportunizando aos discentes a discussão com

temas da atualidade e de relevância para melhoria das ações de segurança pública.

Nesse contexto, a interdisciplinaridade e a transversalidade são tratadas

como essenciais para nortear o currículo dos cursos de EPM, à medida que oportunizam

a ampliação e a reflexão sobre a prática, auxiliando na solução de problemas de

segurança pública. Por meio de tais abordagens metodológicas, diferentes campos do

conhecimento são articulados e contextualizados com a prática profissional, de maneira

a contribuir para a consolidação de uma aprendizagem significativa. Sobre isso, a

Matriz Curricular Nacional da SENASP pontua que:

As ações formativas devem promover a interdisciplinaridade entendendo-se como

de extrema relevância a capacidade de lidar com questões complexas, mobilizando

conhecimentos oriundos de disciplinas e saberes distintos - da literatura científica, da

prática profissional, da vivência pessoal. A interdisciplinaridade deve caracterizar não só o

currículo, mas também a abordagem de situações-problema específicas, bem como a

formação e a integração dos próprios membros do corpo docente (BRASIL 2008, p. 12).

Com esse foco, a Academia de Polícia Militar propõe diretrizes que valorizam

as práticas pedagógicas articuladoras do saber e do saber-fazer, contemplando nos

24

projetos/planos de cursos/treinamentos e nas práticas educativas das Escolas, Centros e

Companhias de Ensino e Treinamento, as seguintes ações propositivas:

a) atividades de ensino que proporcionem ao sujeito confrontar novas

situações, integrando as diferentes disciplinas e formas de conhecimento;

b) a observância às áreas temáticas que conectam os componentes curriculares

no sentido de constituírem caminhos ao exercício interdisciplinar;

c) a presença, em todo o currículo, dos valores e atitudes inerentes à

formação policial militar, os quais devem ser problematizados, visando à

sua introjeção;

d) as escolhas metodológicas, situações de aprendizagens propostas pelos

professores, devem ser mediadas, orientadas e acompanhadas pela escola

para favorecer as dimensões das competências: saber, saber–fazer, saber-

ser, saber-conviver.

e) as práticas pedagógicas devem se identificar com ações ou processos de

trabalho do sujeito que aprende;

f) a formação de outros espaços de aprendizado capazes de interferir na

formação para permitir que o conhecimento se transforme num

procedimento cotidiano;

g) a utilização de projetos que articulam relações diretas com a comunidade,

como forma de aproximação do ensino, pesquisa e extensão;

h) o incentivo a práticas docentes que permitam problematizar questões do

cotidiano, através de notícias de jornais, revistas e telejornais, práticas

simuladas, seminários, experiências vivenciadas nos estágios, dentre outras;

i) a concepção da iniciação à pesquisa como instrumento de construção do

senso crítico, da compreensão do contexto social e da capacidade de

desenvolvimento de análise e síntese.

Para a definição dos currículos dos cursos, os conteúdos devem ser elaborados

a partir dos três principais ingredientes da competência profissional: conceitual (teorias,

informações e conceitos), procedimental (técnicas, abordagens e métodos) e atitudinal

(na forma de valores e atitudes que estarão em evidência na atuação profissional).

Além disso, a seleção dos conteúdos deve ser feita em função de critérios bem definidos

(axiológicos, científico-tecnológicos, históricos, lógicos, metodológicos, psicológicos, sócio-

político-culturais) e sua atualização e coerência com os acontecimentos do mundo

contemporâneo, devem ser constantes nos cursos.

25

2.3 Organização didático-pedagógica da instituição.

As diretrizes para a organização didático-pedagógica da EPM são formuladas

pela Academia, pelo comandante da APM e pelo Conselho Superior da APM, órgão

maior da EPM, sendo desdobradas pela Coordenadoria do Sistema de Qualidade de

Educação de Policia Militar e seus respectivos departamentos2, com o apoio dos

colegiados estruturados nas escolas e centros do complexo da Academia.

Em razão da complexidade e abrangência do preparo do profissional da

PMMG, a Academia de Polícia organiza seus cursos em níveis e modalidades, conforme

regulamentado no seu Regimento Escolar, sendo o funcionamentoem unidades

concentradas, na capital, e desconcentradas no interior do Estado.

A desconcentração de alguns cursos permite alcançar uma maior capilaridade

de suas ações formativas, redução de custos aos cofres públicos e pulverização imediata

das doutrinas policiais, possibilitando atender a necessidade da organização PMMG em

manter a atualização constante de seus profissionais.

Além disso, essa política favorece maior vínculo identitário entre o discente e

seu local de trabalho, permitindo-lhe apropriar-se da cultura local, dos aspectos sociais,

políticos e econômicos, o que possibilita maior aproximação com o contexto e as

atividades curriculares desenvolvidas durante os cursos em pauta.

A organização didático-pedagógica da instituição considera as mudanças nos

perfis profissiográficos e, consequentemente nos currículos dos cursos, como o resultado

da evolução do “fazer polícia”, saindo de um modelo de polícia de combate para um

modelo de polícia cidadã que busca junto à sociedade as soluções para o

enfrentamento dos problemas relativos à criminalidade.

Nos diversos cursos da educação profissional da PMMG, tanto na formação

inicial quanto na educação continuada, a articulação ensino, pesquisa e extensão ocorre

através de atividades interdisciplinares e de práticas curriculares supervisionadas.

2 A estruturação e atribuições dos departamentos que compõem a coordenadoria do sistema de Qualidade de EPM estão

descritas no Regulamento da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da Educação de Polícia Militar.

26

As Atividades Educacionais Interdisciplinares (AEI) são atividades curriculares

que objetivam enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o

desenvolvimento das competências profissionais e para o alcance de uma formação

interdisciplinar, prática, especializada e socialmente contextualizada. São consideradas

atividades educacionais interdisciplinares: desfiles matinais, palestras, seminários,

jornadas rurais e policiais, serviço interno, painéis, treinamento esportivo e eventos

sociais.

Constituem-se componente curricular dos cursos, devendo compor a carga

horária destes para integralização. Não são consideradas disciplinas, embora devam

estar descritas na matriz curricular dos cursos, sendo seu cumprimento exigido para

efeitos de diplomação.

A prática curricular supervisionada é ato educativo escolar, constante do

Projeto Pedagógico do Curso e desenvolvido no ambiente de trabalho. Prepara o

discente para o exercício das atividades de polícia militar e visa propiciar ao discente o

contato com a realidade operacional e administrativa da PMMG. Além disso, possibilita

a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula e os resultantes da

experiência concreta e progressiva da função policial-militar.

A prática curricular supervisionada será realizada mediante planejamento

conjunto das Unidades de Ensino e Unidades de Direção Intermediária envolvidas.

Acontece após a conclusão de algumas disciplinas de cunho técnico-profissional,

momento em que o discente deverá ser empregado no serviço operacional de polícia,

em eventos especiais afetos às RPM, preferencialmente os relacionados com sua

especialidade, sendo acompanhado por um profissional mais experiente e avaliado em

seu desempenho. Outra modalidadeda prática curricular supervisionada é o emprego

do discente em serviço interno ou externo3, após lhe serem ministrados os ensinamentos

mínimos necessários descritos no projeto pedagógico do curso.

Algumas das atividades desenvolvidas pelos discentes são: participação

efetiva nos serviços de policiamento ostensivo em eventos, o patrulhamento cotidiano nos

bairros do entorno da Academia de Polícia em atendimento a população local,

3 Define-se como serviços internos aqueles provenientes da gestão administrativa da APM como: guarda de quartel,

função de oficial de dia, plantonista e outros. Os serviços externos são aqueles provenientes do policiamento ostensivo no atendimento direto

a população.

27

orientação sobre segurança aos comerciantes da região, bem como, a realização de

pesquisas de levantamento dos índices de criminalidade na região para propor ações

locais de melhoria na sensação de segurança, entre outras. Ao final da atividade os

discentes retornam ao ambiente escolar para o relato das experiências e dificuldades

vivenciadas. O resultado da avaliação é ferramenta pedagógica utilizada pela gestão

escolar para a retroalimentação do ensino e novas perspectivas de inovação.

Ao possibilitar aos futuros profissionais da segurança pública a interação com o

campo de atuação, a prática curricular supervisionada caracteriza-se como um momento

indispensável na formação, pois envolvem o desenvolvimento pessoal, profissional e

organizacional da profissão. Esta atividade formativa propicia a experiência nas

diversas situações de ensino-aprendizagem, articulando a formação inicial com a

prática profissional numa aproximação entre o espaço da Academia e os contextos

reais sem que isso se restrinja a uma etapa no final do curso. Possibilita ao discente se

confrontar com o contexto real da atividade policial e colocar em ação a sua

capacidade de resolução de problemas e internalização dos protocolos do serviço

policial.

Considerando-se que a formação do policial militar ocorre em num contexto

político e social bastante específico, uma vez que a própria distribuição de vagas é

oriunda de uma decisão governamental, o sistema de ensino na Academia obedece a

algumas peculiaridades que determinam a rotina escolar dos discentes, docentes e

corpo administrativo.

O quadro de horários das aulas é estabelecido de forma a conciliar atividades

teóricas e práticas, num período diário que inclui 08 (oito) horas-aula, de segunda a

sexta-feira, podendo vir a comportar até 10 (dez) horas-aula, quando há essa

necessidade para cumprimento de carga-horária. Com vistas à manutenção dos valores

militares cultuados na Instituição as atividades acadêmicas iniciam-se às 07h, em pelo

menos dois dias na semana, com a realização de uma solenidade matinal em que os

símbolos nacionais e as autoridades militares sejam reverenciados. Nestas solenidades

os discentes exercem algumas atribuições, tais como a de mestre de cerimônia,

comandantes de pelotões, companhias e batalhão de desfile. É um momento em que se

observa, portanto, a prática de conteúdos de algumas disciplinas curriculares, tais como

Ordem Unida, Oratória, Comunicação Organizacional e Chefia e Liderança.

28

As atividades acadêmicas tem previsão de encerramento diário às 17h30,

podendo haver variação neste horário de acordo com as atividades previstas para

cada curso/escola. Entretanto, após a liberação, os discentes desenvolvem atividades

práticas, as quais complementam sua formação policial por sua natureza essencialmente

operacional.

O corpo administrativo é composto por oficiais e praças policiais militares e

funcionários civis, os quais desempenham as funções específicas de uma escola de

formação profissional. O horário de funcionamento das seções administrativas é de 08h

às 17h, com intervalo de almoço entre 12h e 13h, de segunda a sexta-feira.

2.4 Políticas de Ensino.

A política de ensino da educação profissional na Polícia Militar, amparada na

Legislação Nacional, orienta-se pelas seguintes diretrizes:

1) Promoção de ensino de qualidade, incorporando os avanços da ciência e

dos processos de ensino-aprendizagem, com base em princípios de

interdisciplinaridade que visa a articulação das diversas áreas do saber;

2) Compreensão e incorporação de saberes teórico-práticos que favoreçam a

aprendizagem significativa, que parte de situações reais vividas pelo

educando apoiado na presença mediadora e gestora do professor;

3) Valorização dos cursos de graduação e pós-graduação, que em sua

essência e concepção, têm um papel imprescindível na formação crítica, na

atuação cidadã e no comprometimento ético-profissional;

4) Atualização, coesão e coerência das propostas curriculares, tendo em vista

as demandas da sociedade democrática e o perfil de egresso delineado

pela instituição;

5) Apropriação e produção de conhecimento, estímulo ao estudo e integração

do trinômio ensino, pesquisa e extensão, tomando como referência

essencial a avaliação permanente do desempenho dos alunos, dos

docentes e dos cursos;

6) Potencialização da educação continuada na perspectiva de atualização e

capacitação constante dos seus profissionais, ampliando a capacidade de

treinamento dos policiais na modalidade presencial e através de

ambientes virtuais de aprendizagem.

29

Baseada nessas premissas, a Academia de Polícia Militar desenvolve uma

educação profissional focada na aquisição das competências necessárias para o

exercício das atividades típicas de polícia militar e, com vistas à formação profissional,

mantém cursos de graduação e pós-graduação, inclusive oferecendo cursos abertos ao

público externo.

A capacitação profissional em turmas mistas, composta por discentes militares e

civis ocorre desde o ano de 2012, ano em que a Academia ofertou cursos de

especialização em Direitos Humanos, em Polícia Comunitária e em Gestão Estratégica.

Para o período de 2014 a 2016 esse portfólio de cursos será ampliado, também sendo

ofertados os cursos de especialização em Direito Processual Penal Militar, Gestão

Estratégica e Atividade de Inteligência. Por meio desses cursos as Academia consolida

seu papel de promotora de educação de qualidade, extrapolando as fronteiras de

formação interna no intuito de ampliar a capacidade de articulação com as pesquisas

exógenas para caminhar, num futuro próximo, na projeção de programas stricto sensu.

A educação continuada é também uma importante plataforma das políticas de

ensino da instituição, visto que qualificar e capacitar seus profissionais durante o

exercício da profissão é imprescindível para a excelência dos serviços de segurança

pública prestada à sociedade mineira. Além disso, possibilita a revisão das práticas do

policiamento ostensivo e dos processos da gestão administrativa à medida que os

policiais, ao retornarem para os cursos decapacitação e ou treinamento policial, trazem

para a reflexão suas experiências e saberes do ofício que permitem reavaliar as

atividades policiais, renovando os processos de trabalho. Desta forma, as escolas e

centros que integram o complexo da APM desenvolvem cursos de qualificação

profissional visando a progressão na carreira e o treinamento dos policiais no

aprimoramento das técnicas e táticas de policiamento.

No período de abrangência desse PDI, a Academia desenvolverá os cursos

regulares de formação, conforme se observa no capítulo III, o qual descreve o

cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e dos cursos. A partir do

ano de 2015 passa também a oferecer cursos de curta duração, desenvolvidos no

Centro de Treinamento Policial e no Centro de Pesquisa e Pós-graduação, os quais tem

como objetivo oferecer ao policial militar da Região Metropolitana de Belo Horizonte o

aperfeiçoamento em diversas atividades que compõem sua prática profissional. Dentre

os cursos que são oferecidos, citam-se:

30

Quadro 1: Cursos de curta duração a serem realizados na Academia em 2015.

2015

1º Semestre 2º Semestre

Armamento e Tiro Prevenção à Violência doméstica

Multiplicador de Polícia Comunitária Multiplicador de Polícia Comunitária

Promotor de Polícia Comunitária Gestor de base comunitária

Gestor de base comunitária Operador de base comunitária

Conduta de patrulha GEPAR

Condução de motopatrulha PROERD

Capacitação de pregoeiros Patrulha Escolar

Educação Física Professor de Direitos Humanos

Identificação veicular Conduta de patrulha

Multiplicador de IMPO4 Condução de motopatrulha

Montagem e desmontagem de pistola .40 Direitos Humanos

Montagem e desmontagem de fuzil Educação Física

Pronto socorrismo policial Identificação veicular

Preenchimento de Boletim de Ocorrências Montagem e desmontagem de pistola .40

Qualidade no atendimento ao cidadão Montagem e desmontagem de fuzil

Técnicas de Prevenção e repressão a homicídios Operações de Controle de Distúrbio (OCD)

Técnicas de Prevenção e repressão a roubos Pronto socorrismo policial

Gestão Educacional Preenchimento de Boletim de Ocorrências

Qualidade no atendimento ao cidadão

Técnicas de Prevenção e repressão a homicídios

Técnicas de Prevenção e repressão a roubos

Gestão em Comunicação Organizacional

Prevenção e repressão a homicídios para gestores Fonte: Departamento de Gestão da Qualidade do Treinamento – APM.

Alicerçada em base científica e humanística, a política de ensino da Academia

busca, por meio do fomento à interdisciplinaridade, a interlocução entre as práticas

educativas das diversas escolas e centros do complexo da APM, de modo que os

discentes possam desenvolver coletivamente atividades de ensino em permanente

contato com os vários níveis e modalidades de atuação na instituição, contribuindo para

o dialogo, a tolerância à diversidade de ideias e o aprender a conviver juntos. Dessa

forma, a partir do segundo semestre de 2015 a Academia promoverá ações com vistas

à definição de um tema transversal único que orientará as ações interdisciplinares nos

cursos. Essa política tem como finalidade orientar seminários, eventos e até mesmo

atividades avaliativas nas disciplinas, nos cursos que terão seu início em 2016.

4 Instrumento de Menor Potencial Ofensivo

31

2.5 Políticas de Pesquisa.

O fomento à cultura da pesquisa tem sido uma constante nas ações da gestão

educacional, empreendida especialmente nos cursos de graduação e pós-graduação,

estimulando o desenvolvimento da iniciação científica como passo inicial para o

engajamento e despertar dos discentes nas atividades de pesquisa, na convivência

cotidiana com os procedimentos da metodologia científica, em suas técnicas,

organização e métodos, incentivando o pensar cientificamente e a criatividade

decorrentes do confronto direto com os problemas de pesquisa.

Desta forma, tem se como princípio norteador das políticas de pesquisa, a

interlocução direta dos conteúdos curriculares com as questões postas no cotidiano, de

maneira que professores e alunos construam uma didática que problematize os institutos

da segurança pública, contribuindo para a disseminação dos saberes e, em

contrapartida, revelem inovações e mudanças no contexto social e no campo do ofício

de polícia.

Constituem-se, ainda, diretrizes educacionais para a pesquisa na EPM, no

período de 2014-2016:

a) articulação da pesquisa com o ensino e a extensão, promovendo

oportunidades para uma educação continuada;

b) consolidação de uma cultura de pesquisa na instituição, a qual poderá ser

reforçada pelas seguintes ações:

- estímulos à qualificação acadêmica de seus integrantes;

- incremento de núcleos de pesquisa;

- valorização dos trabalhos técnico-científicos através de sua divulgação e

do incentivo à sua apresentação em seminários e congressos;

- estímulo à publicação de trabalhos em revistas científicas indexadas;

c) incremento e valorização de projetos interdisciplinares que fomentem a

pesquisa e propicie a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão;

d) acompanhamento e avaliação permanente dos trabalhos técnico-científicos

com vistas à excelência da produção do conhecimento.

A Academia reconhece que o desenvolvimento das políticas de pesquisa só é

possível com ações a médio e longo prazo, portanto, através do seu Centro de Pesquisa

32

e Pós Graduação – CPP, para os anos de 2014 a 2016, tem como perspectiva de

ações iniciativas como:

a) reorganização das revistas “Alferes Tiradentes” e “Psicologia, saúde mental

e segurança pública” ampliando sua publicação impressa para, também,

uma formatação eletrônica;

b) reformulação dos conselhos editoriais e científico, de maneira a atender às

exigências no critério de avaliação para categoria Qualis das revistas

indexadas;

c) incentivo ao corpo docente e discente das escolas e centros na publicação

de artigos, resultado das pesquisas de trabalho de conclusão de curso;

d) criação de uma linha de pesquisa que possa agrupar pesquisadores

internos e externos à instituição com estudos nas diversas áreas do

conhecimento, para posterior registro junto ao CNPQ;

e) estabelecimento de parceria com o Hospital da Polícia Militar para

utilização do comitê de ética e pesquisa em fase de implantação naquela

unidade, como pré-condição bioética para a execução de qualquer estudo

envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou dimensão, em

consonância com a Resolução 196/ 96 do Conselho Nacional de Saúde;

f) incentivo à qualificação do corpo docente e pesquisadores da APM em

programas de mestrado e doutorado em outras instituições de ensino

superior, por meio de convênio e a órgãos de fomento a pesquisa.

A política de pesquisa contribuirá para o desenvolvimento da própria

instituição, visto que envolve a compra de equipamentos, melhoria dos laboratórios e da

biblioteca, criando assim uma infraestrutura mais adequada à essa finalidade.

2.6 Políticas de Extensão.

A extensão na educação de polícia militar coloca-se como prática acadêmica

que objetiva interligar os diferentes cursos por meio da participação de discentes e

professores em atividades interdisciplinares.

Obedecendo ao que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

busca articular o ensino e a pesquisa, viabilizando uma troca de saberes sistematizada

que oportuniza a produção de conhecimento resultante do confronto com a realidade

operacional, a democratização do conhecimento acadêmico e a interlocução com a

33

comunidade, reafirmando o compromisso social nas ações de promoção e garantia dos

valores democráticos, de igualdade e desenvolvimento social, na formação do

profissional cidadão.

Nesta perspectiva, a extensão constitui-se uma via de mão dupla, que

oportuniza a elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico, ao mesmo tempo

em que consolida o aprendizado, apresenta-se sensível aos problemas e apelos da

sociedade, participando e intervindo através de projetos, pesquisas, prestação de

serviços e ações sociais, produzindo conhecimentos tanto para referenciar sua formação

técnica, quanto para a transformação social.

É importante ressaltar que a APM considera imprescindível na política de

extensão promover a integração entre os cursos, seja de graduação, pós-graduação e

qualificação profissional. Com esse objetivo, estrutura suas atividades de extensão em

duas linhas de ação:

1ª linha de ação - Projeto “Batalhão Acadêmico Fernão Capelo - BAFC”:

consiste em atividade extensionista por meio da qual os discentes são empenhados em

práticas profissionais que lhes permitam fazer a articulação entre o ensino acadêmico e

a atividade policial militar, buscando o atendimento às demandas da comunidade. Esse

projeto, em diferentes formatos, já existe na Academia desde 1990, sempre com o

intuito de propiciar aos discentes o conhecimento e o treinamento necessários à

formação. A partir do ano de 2015 o projeto será reformulado, passando a funcionar

em três módulos, quais sejam:

- Módulo acadêmico: ocorrerá em ambiente acadêmico, por meio dos

conteúdos ministrados nas disciplinas previstas nas matrizes curriculares e nos projetos

pedagógicos dos cursos.

- Módulo vivencial: consistirá em atividades práticas e operacionais planejadas

pela coordenação geral do projeto, e executadas pelos discentes, os quais serão

divididos em duas Cias operacionais, escalados em tarefas compatíveis com os cargos e

funções para as quais estão sendo capacitados/qualificados.

- Módulo avaliativo-reflexivo: neste ciclo, cujo objetivo é propiciar a

articulação dos ciclos acadêmico e vivencial, os discentes terão oportunidade de refletir

sobre a prática realizada, a partir de reuniões interdisciplinares nas quais participarão

professores dos cursos da APM, supervisores pedagógicos, chefes de curso e monitores.

34

Também nesse ciclo há a previsão de reuniões com a comunidade, por meio das quais se

colherá o feedback sobre os serviços prestados e o levantamento de dados para o

planejamento de novos empenhos a partir das demandas sociais.

Nessa nova proposta, o BAFC passa a atender integralmente os requisitos para

sua caracterização como atividade extensionista, uma vez que contempla um espaço de

discussão da atividade realizada, favorecendo a reflexão-na-ação, a reorientação de

condutas, a socialização das experiências, a retroalimentação da formação policial e

dos conteúdos curriculares, o incremento da pesquisa e de projetos interdisciplinares.

2ª linha de ação: promoção de eventos para a comunidade acadêmica e

comunidade em geral. O objetivo dessa linha é fomentar outras atividades de extensão,

tais como eventos científicos (seminários, simpósios, encontros, oficinas, workshops) e

artístico-culturais (grêmios estudantis, apresentações musicais, festas populares5),

publicações e produtos acadêmicos (artigos, revistas, pesquisas).

As ações de extensão são desenvolvidas pelas escolas e centros da APM e

estão descritas nos projetos pedagógicos de cada curso. Em razão das peculiaridades

da educação de polícia militar e da especificidade de cada curso, as atividades de

extensão estarão vinculadas ao contexto social, podendo sofrer modificações em cada

período letivo, haja vista que a educação de polícia militar deve estar atenta a

situações que possam impactar a segurança pública.

Nesse sentido ao longo do ano de 2014, em razão da realização no Brasil, da

Copa do Mundo de Futebol, as atividades educacionais na Academia terão sua atenção

voltada para a preparação necessária ao discente para atuação no policiamento da

Capital, em razão dos jogos. Ao final do campeonato, discentes e docentes terão, nas

experiências acumuladas ao longo dos empenhos operacionais, um vasto material

prático para ser articulado à teoria transmitida em sala de aula. No ano de 2016, face

à realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, nova oportunidade se fará para tal

articulação, haja vista que há previsão de jogos na cidade de Belo Horizonte, o que

implicará em novo emprego dos discentes da Academia, nessa modalidade de

policiamento especializado.

5 A Academia de Polícia Militar realiza todo ano o ARRAIASP, uma festa junina que já tornou-se tradicional junto à

comunidade acadêmica e para a população em geral, que participa ativamente da programação.

35

A participação efetiva dos discentes nas atividades extensionistas, orientados

pelo corpo de professores das escolas e centros, coloca o discente como protagonista de

sua formação. Permite-lhe reconhecer-se como agente de transformação social,

conduzindo a uma formação cidadã que extrapola os limites do espaço físico da sala

de aula, no seu aspecto tradicional de ensino-aprendizagem, para outros espaços fora

do ambiente acadêmico, podendo conhecer a comunidade que irá servir e reposicionar

seus saberes acadêmicos intermediados pelas vivências e saberes produzidos nos lócus

de atuação.

2.7 Políticas de gestão.

O cenário no qual se insere o Sistema de Educação de Polícia Militar foi

completamente remodelado diante da vigência da Lei Complementar Estadual n.

115/2010, que instituiu a exigência do curso superior para inclusão na Corporação.

Diante da nova realidade, o Comando Geral designou a Comissão n. 16/2011, de 03

de Maio de 2011, com o objetivo de estudar, organizar, planejar e promover as

medidas necessárias à reestruturação e implantação da Educação Profissional na

PMMG.

O estudo da comissão resultou na criação da Coordenadoria dos Sistemas de

Qualidade da Educação de Polícia Militar criado em 2012, cuja finalidade é o estudo,

planejamento, coordenação, fiscalização e controle das atividades do sistema de

educação profissional da Polícia Militar. A Coordenadoria é organizada em sete

departamentos, cujas atribuições estão descritas em regulamento próprio, os quais são

assim denominados:

Departamento de Gestão da Qualidade da Política Pedagógica;

Departamento de Gestão da Qualidade do Ensino;

Departamento de Gestão da Qualidade do Treinamento;

Departamento de Gestão da Qualidade da Pesquisa e Extensão;

Departamento da Coordenação Pedagógica;

Departamento de Gestão da Tecnologia da Informação;

Departamento de Gestão do Desenvolvimento Organizacional;

36

Subdepartamento de Gestão de Projetos

Subdepartamento de Gestão Orçamentária.

Como forma de promover a democratização da gestão, a Academia adota a

convocação de colegiados para assessoria nas decisões de questões educacionais. A

partir de 2015, passa também a contar como o Conselho Superior de Educação (CSE), a

Comissão Própria de Avaliação (CPA), o Núcleo Docente Estruturante (NDE), como forma

de fortalecer a gestão participativa.

No que tange ao corpo docente, sua seleção é feita a partir de processo de

credenciamento, por meio de edital público, com avaliação de currículo e da

competência didático-pedagógica.

2.8 Responsabilidade social da IES.

A responsabilidade social da Academia de Polícia Militar é observada por

meio do cumprimento de sua função na instituição, como encarregada pela qualificação,

capacitação e treinamento dos policiais militares, os quais, com vistas a atender a

sociedade, devem não apenas estar qualificados tecnicamente, mas demonstrarem a

capacidade de atuação pautada pelos princípios éticos da profissão, pela legalidade,

pelo uso progressivo da força e pelo respeito à dignidade da pessoa humana.

Assim, conduzir a formação e preparação adequada de seu capital humano,

coloca para a PMMG o desafio do acompanhamento permanente de toda a educação

profissional. Para tanto, a Academia utilizar-se-á, no período de 2014 a 2016, de

indicadores de avaliação que abrangem não apenas os cursos oferecidos na capital

como também no interior, permitindo um controle e monitoramento mais eficaz dos seus

egressos. Em contrapartida, permite uma retroalimentação dos processos de ensino para

possíveis inovações e redirecionamentos da formação profissional.

A Academia também cumpre seu papel social à medida que adequa seus

currículos às exigências de uma sociedade democrática, por meio da inserção de

disciplinas voltadas para os Direitos Humanos e a Polícia Comunitária, alinhada aos

objetivos institucionais de servir e proteger. Os discentes também organizam ações

cívico-sociais com a realização de ruas de lazer e campanhas de doação de agasalhos

e alimentos para instituições carentes. Realizam, ainda, doação de sangue para apoiar

os órgãos de saúde em campanhas para reposição do estoque dos seus bancos, além

37

de fazer o atendimento a demandas apresentadas pelo público interno e externo. Ao

final de cada curso ocorre a solenidade de formatura na qual um dos atos mais

significativos é o juramento feito pelos formandos, quando então, é feita a declaração

de compromisso em respeitar a dignidade humana e garantir os direitos constitucionais.

À medida que a instituição aprimora seus processos de gestão educacional,

obtém como resultado profissionais melhor qualificados, o que, em âmbito de Estado, se

traduz em redução do índice de criminalidade, restauração dos espaços coletivos em

poder do tráfico de drogas, fortalecimento da cidadania, através da condução de

projetos sociais em parceria com outros atores da sociedade civil. Esses resultados

impactam diretamente a sociedade como destinatária final das políticas públicas de

segurança, de forma objetiva (cidade segura) e subjetiva (cidadãos satisfeitos com os

serviços), pressupondo maior perspectiva de crescimento regional.

Pretende-se até o ano de 2016, investir na discussão de temas transversais que

servirão de direcionamento para os cursos de qualificação, capacitação e treinamento.

A discussão será viabilizada com a participação da comunidade, por meio de diálogos,

de maneira a atender aos anseios e demandas da sociedade no âmbito da segurança

pública.

38

3 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO E DOS CURSOS

(PRESENCIAL E A DISTÂNCIA)

Este capítulo discute a política de oferta de vagas para cursos na Academia de

Polícia Militar, apresentando, ainda, todos os cursos em execução em seus diversos

níveis. Demonstra, também, o cronograma de ações que visam o desenvolvimento da

Academia, enquanto instituição de ensino superior, no período de 2014-2016.

3.1 Prospecção de oferta de cursos e vagas na APM.

Os cursos regulares realizados na Polícia Militar de Minas Gerais são definidos

por Resolução do Comando Geral da Polícia Militar, com base no orçamento e

planejamento do Governo do Estado e nas necessidades de ampliação de seus quadros,

de capacitação de pessoal e de plano de carreira da Instituição. Além disso, encontram

respaldo normativo na Lei estadual nº 5.301/69, que contém o Estatuto dos Militares do

Estado de Minas Gerais. Dessa forma, os cursos que serão oferecidos ao longo de cada

ano sempre estarão amparados em resolução publicada no ano anterior, na qual se

fundamentam as diretrizes de planejamento de ensino na Academia.

Os cursos de capacitação e qualificação oferecidos regularmente pela APM,

são:

Curso de Especialização em Gestão Estratégica em Segurança Pública

(CEGESP) e Curso de Especialização em Segurança Pública (CESP): realizados em

parceria com a Fundação João Pinheiro, esses cursos tem por objetivo a qualificação

dos discentes para as ações de comando, despertando para uma melhor compreensão e

interpretação da realidade social em prol da ordem pública. O CEGESP é destinado

aos Oficiais Superiores (Tenentes-coronéis e Majores) e o CESP é destinado aos Oficiais

Intermediários (Capitães) da Corporação.

39

Curso de Formação de Oficiais (CFO): tem por finalidade capacitar o

ingressante para desempenhar asfunções do Quadro de Oficiais da Policia Militar

iniciando-se no posto de Aspirante a Oficial. Está dividido em dois módulos, sendo o

primeiro de formação profissional para inserção das práticas nas atividades de polícia

ostensiva. Já o segundo módulo é específico para gestão de polícia ostensiva por meio

de curso de especialização lato sensu.

Curso de Especialização de Gestão em Polícia Ostensiva (CEGEPO): é

destinado aos alunos matriculados no Curso de Formação de Oficiais, com o objetivo de

complementar a formação do futuro Oficial da PMMG, em seus postos iniciais (Aspirante

a Oficial, 2º Tenente e 1º Tenente). Tem por objetivo desenvolver nos discentes as

competências necessárias ao exercício da gestão pública, com as especificidades das

organizações responsáveis pela prestação de serviços de segurança pública, com foco

nas tarefas do nível operacional da corporação, segundo as técnicas contemporâneas

da administração pública gerencial, em conformidade com os princípios da legalidade,

da moralidade, da ética e, principalmente, do respeito ao ser humano.

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Segurança Pública (CSTGSP):

destinado a policiais da graduação de Segundo-sargento a Subtenente, possuidores de

mais de quinze anos deefetivo serviço na Corporação. Visa formar tecnólogos na área

de defesa social, especificamente para gestão de polícia ostensiva e preservação da

ordem pública. Tem o objetivo de atualizar conhecimentos, promover reflexões sobre a

mudança de papel e agregar competências voltadas para o exercício e a função de

gestor de segurança pública.

1 Curso de Atualização em Segurança Pública (CASP): curso de qualificação

destinado aos segundos-sargentos da Corporação, com a finalidade de

atualizar os conhecimentos indispensáveis à correta execução de suas

missões institucionais.

2 Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública (CSTSP): curso

oferecido aos soldados e cabos da Corporação, aprovados em concurso

interno de seleção, e visa atender à demanda de formação dos 3º

Sargentos na Instituição, numa perspectiva sócio-cultural-profissional, como

forma de oferecer formação de nível superior aos futuros graduados.

3 Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS): atendendo a

determinação de dispositivo legal, esse curso dispensa a aprovação em

concurso interno e é oferecido aos Cabos da Corporação, que tenham

40

atingido oito anos nessa graduação, com vistas à promoção à graduação

de 3º Sargento. Tem como objetivo oferecer aos discentes conhecimentos

atualizados que os capacitem ao desempenho das competências

necessárias à correta execução de suas missões institucionais.

4 Curso Superior de Tecnologia em Atividades de Polícia Ostensiva

(CSTAPO): tem por finalidade capacitar o discente para desempenhar as

funções de soldado. Destinado aos candidatos aprovados em processo

seletivo para ingressar na carreira policial, o curso tem seu foco nas

tarefas do nível operacional e, embasado no ordenamento jurídico e no

respeito aos direitos humanos, busca desenvolver no discente as

competências necessárias ao atendimento de ocorrências e às demandas

gerais da população na área da segurança pública.

Treinamento Policial Básico (TPB): qualificação oferecida bianualmente a todos

os policiais militares, independente do posto ou graduação e do quadro funcional ao

qual pertença. Tem por objetivo propiciar treinamento ao policial militar para o

exercício das atividades de policiamento ostensivo geral, em conformidade com a

legislação vigente, com as políticas estaduais de segurança pública, com o escopo

doutrinário e com os elementos da identidade organizacional da Corporação.

Atualmente a APM possui em andamento os cursos que são detalhados nos quadros 2 a

5.

Quadro 2: Cursos de Pós-graduação a serem oferecidos pela Academia de Polícia

Militar- 2014/2016

Nome do curso Unidade

Executora Nº de turmas Nº de vagas

Curso de Especialização em Gestão de Segurança Pública

(CEGESP) I (2014)

Centro de

Pesquisa e Pós-

Graduação

(CPP)

01 27

Curso de Especialização em Gestão de Segurança Pública

(CEGESP) II (2014) 01 30

Curso de Especialização em Segurança Pública (CESP) I

(2014) 02 62

Curso de Especialização em Segurança Pública (CESP) II

(2014) 02 61

Curso de Pós Graduação Direito Penal 01 32

Curso de Pós Graduação Direitos Humanos 01 21

Curso de Pós Graduação Gestão Estratégica 01 28

Curso de Pós Graduação Inteligência 01 27

Curso de Especialização de Gestão em Polícia Ostensiva

(CEGEPO) 2014

Escola de

Formação de

Oficiais (EFO)

03 101

Fonte: Anexo Único da Resolução 4279, de 21 de Outubro de 2013.

41

Quadro 3: Cursos de Graduação a serem oferecidos pela Academia de Polícia Militar

– 2014/2016

Nome do curso Unidade Executora

Nº de turmas

Nº de vagas

Situação atual do curso no CEE

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Segurança Pública. (CSTGSP)

Escola de Formação de Oficiais (EFO)

04 98 Reconhecido

Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública (CSTSP-2013 )

Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos (EFAS)

06

131

Reconhecido

Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública (CSTSP-2014)

10 240 Reconhecido

Curso Superior de Tecnologia em Atividades de Polícia Ostensiva (CSTAPO)

Escola de Formação de Soldados (EFSd)

64

1983

Reconhecido

Fonte: Anexo Único da Resolução 4279, de 21 de Outubro de 2013.

Quadro 4: Cursos de Qualificação a serem oferecidos pela Academia de Polícia

Militar – 2014/2016

Nome do curso Unidade Executora Nº de turmas

Nº de vagas

Curso de Atualização em Seg. Pública ( CASP) Escola de Formação e Aperfeiçoamento

de Sargentos (EFAS)

08 175

Curso Esp. de Formação de Sargentos (CEFS) 10 233

Treinamento Policial Básico (TPB) Centro de Trein. Policial (CTP) 487 14668

Trein. Pol. Básico no Interior (TPB) Cias ET 967 29022

Fonte: Anexo Único da Res.4279, de 21Out2013, EPM 4210 de 23Abr12 e Res. 4084 11Mai10.

Quadro 5: Cursos Virtuais a serem oferecidos pela Academia de Polícia Militar –

2014/2016.

Nome do curso Unidade Executora

Situação atual do curso (*)

Treinamento Policial Básico à Distância 2012-2013

Centro de

Treinamento

Policial

(CTP)

Regular

Treinamento Policial Básico Diferenciado Regular

Administração Orçamentária Financeira

Livre Escolha

Blitz Policial

Capacitação em Direito Humanos – 2014

Controladoria de EAD (Tutor Motivacional)

Curso de Menor Potencial Ofensivo

Formação de Tutor Professor

Intervenção Policial, Uso da Força e Verbalização

Processo Administrativo Disciplinar Fonte: APM Virtual.

42

(*) Cursos realizados conforme interesse pessoal e nº de turmas de acordo com a

demanda. Utilizam de ferramentas tecnológicas para o maior alcance da capacitação dos

policiais militares no Estado de Minas Gerais.

3.2 Cronograma de implantação de ações para

desenvolvimento da instituição.

As ações apresentadas neste Plano de Desenvolvimento Institucional são

oriundas de um diagnóstico elaborado a partir dos relatórios baseados em

questionários de avaliação do ensino e treinamento; de pesquisa de clima

organizacional; da aplicação de técnicas de brainstorming para a construção da matriz

SWOT (levantamento das Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) na análise dos

ambientes interno e externo. Essas atividades envolveram representantes das Escolas e

Centros, e também das seções da APM.

O diagnóstico pedagógico foi efetivado tendo por base as seguintes normas:

Lei N. 9.394/1996 (LDB); Decreto N. 5.773/2006 (dispõe sobre o exercício das funções

de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos

superiores de graduação no Sistema Federal de Ensino); Instruções para elaboração de

Plano de Desenvolvimento Institucional – SAPIENS, oriundo do Decreto anteriormente

citado; Manual de Verificação in loco das condições Institucionais – MEC, 2002.

Os quadros 6 e 7apresentam ações na área de ensino, pesquisa e extensão e

sua evolução de cumprimento ao longo do período 2014-2016.

43

Quadro 6: Ações na área de ensino previstas para o período 2014-2016 na

Academia de Polícia Militar.

Área Ação 2014 2015 2016

1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem

Ensi

no

Elaboração do calendário escolar/ 2015. X

Implantação do Conselho Superior (CSE) X

Implantação do corpo docente estruturante. X

Implantação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) X

Realização da Jornada Pedagógica X

Definição de tema transversal para os cursos da EPM. X

Revisão da matriz curricular dos cursos. X X

Realização de reuniões de avaliação do ensino X X X X

Preparação da APM para a certificação ISO 9001 X X X X

Elaboração do Projeto Pedagógico do CFSd. X

Participação na elaboração da Resolução Geral de

cursos para 2016.

X

Reunião do NDE. X

Realização de supervisão pedagógica. X X

Reunião do CSE X X

Avaliação da pesquisa de egressos. X X

Avaliação parcial dos cursos

Diagnóstico da infraestrutura das escolas X X X

Avaliação geral dos cursos nas escolas. X

Capacitação do corpo técnico da APM X

Qualificação de chefes de curso. X

Avaliação da videoconferência X X

Implantação do SIGE (Sistema Informatizado de

Gestão Educacional)

X X X X X X

Acompanhamento da TV Corporativa X X X X X X

Implantação do projeto “Lousa digital”. X X

Avaliação do sistema EaD X

Execução do projeto de expansão da biblioteca. X

Projeto de expansão da infraestrutura X

Projeto de melhoria de acessibilidade X

Reunião da CPA X X

Projeto ambientação X

Elaboração do calendário escolar/ 2016 X Fonte: Plano de Ação da Academia de Polícia Militar - 2012

44

Quadro 7: Ações na área de extensão e pesquisa previstas para o período 2014-

2016 na Academia de Polícia Militar.

Área Ação 2014 2015 2016

1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem 1ºsem 2ºsem

Exte

nsão

Apresentação de proposta de cursos de extensão

(cursos de curta duração) X

Criação do núcleo de extensão. X X

Implementação de indicador de extensão X

Realização de eventos de extensão. X X X X X X

Apresentação de proposta de realização de

intercâmbios. X

Revisão e ampliação do projeto de extensão

“Batalhão Fernão Capelo”. X X

Avaliação parcial das atividades de extensão. X X

Fomento à participação em eventos de extensão fora

da instituição. X

Pesq

uisa

Articulação de grupos de pesquisa. X

Coordenação de formação de redes dePesquisa na

APM e com outras instituições. X X X X

Intermediação de contatos entre agências

financiadoras, empresas e pesquisadores, para

auxiliar na elaboração de propostas de financiamento

de projetos de pesquisa.

X X X X

Estabelecer parceria com o Comitê de Ética do HPM a

fim de garantir o cumprimento das exigências éticas

das pesquisas desenvolvidas no CPP.

X X

Reformulação dos conselhos editoriais da revista “O

Alferes” e “Psicologia, saúde mental e segurança

pública”.

X X X X

Ampliar e atualizar o acervo da biblioteca da APM. X X

Ampliar os ambientes da biblioteca, criando novas

salas de estudo e novos espaços para locação do

acervo.

X X

Fonte: Plano de Ação da Academia de Polícia Militar - 2012

As ações acima descritas delineiam as prioridades da Academia, no período de

abrangência deste PDI. A pretensão da instituição é alinhar suas ações, cada vez mais, à

legislação nacional de ensino, ampliando sua capacidade de produção de conhecimento e

interação com a sociedade, por meio da extensão e da pesquisa.

45

4 PERFIL DO CORPO DOCENTE

Este capítulo descreve o perfil do corpo docente da Academia de Polícia

Militar e os processos de credenciamento, seleção, acompanhamento e capacitação,

bem como aponta para algumas mudanças que serão implementadas a fim de

incentivar maior envolvimento desse grupo com o cotidiano da escola, principalmente

nas atividades extraclasse.

4.1 Composição

O Corpo Docente da Academia de Polícia Militar, seguirá para o triênio 2014-

2016, a mesma composição já instituída, de professores civis e militares, podendo estes

últimos ser do serviço ativo ou da reserva remunerada, qualificados nas diversas áreas

do conhecimento que compõem a matriz curricular dos cursos, e possuidores da titulação

exigida pela Lei nº 9.394 (LDBEN), pelo prescrito nas Diretrizes de Educação de Policia

Militar (DEPM) e demais normas pertinentes. Os professores civis serão designados

mediante assinatura de contrato de trabalho em conformidade com a respectiva carga-

horária. Incluem-se, ainda, dentre os professores da Academia, os servidores efetivos do

estado, os quais são amparados pela Emenda nº 49, à Constituição do Estado, e pela

Lei 869/52, que trata do Estatuto dos Funcionários Públicos e das Leis 15.301/2004 e

15.961/2005, que regulam a carreira e a remuneração destes servidores.

Observado o que dispõe a legislação nacional de ensino, na APM a titulação

mínima exigida para os professores dos cursos de nível superior e de especialização é a

pós-graduação lato sensu. Contudo, em função das peculiaridades do ensino policial

militar, nas disciplinas eminentemente policiais militares a escola poderá, em caráter de

exceção, designar docentes com formação acadêmica de graduação, conforme prevê a

Resolução CEE 459, artigo 65, § 2º, desde que comprove alto grau de experiência e

capacidade técnico profissional para a disciplina que deverá candidatar-se. Para os

cursos de qualificação profissional a titulação mínima é a graduação, exceto para o

Treinamento Policial Militar.

O quadro de docentes da Academia será composto por três categorias de

professores, classificados de acordo com o regime de trabalho. Assim, os professores

46

serão distribuídos em professores com atuação em tempo integral, professores com

dedicação parcial ou professores horistas (Quadro 8).

Os professores que atuam em tempo integral são policiais militares lotados na

Academia de Polícia Militar com dedicação exclusiva às atividades de Educação de

Polícia Militar (EPM), perfazendo um total de 40 horas semanais em atividades de

planejamento do ensino, docência nos diversos cursos, orientação de trabalhos de

conclusão de cursos, acompanhamento de atividades práticas profissionais, participação

em reuniões pedagógicas e de colegiado, coordenação e chefia de cursos.

Os professores com dedicação parcial são os policiais militares pertencentes às

diversas unidades da PMMG que atuam como docentes na APM, e os professores

horistas são civis designados temporariamente para ministrar aulas no curso, e dedicam-

se exclusivamente à atividade de ensino em sala de aula, sendo remunerados à razão

de horas-aula ministradas. Não há previsão no estado, de cargos de professores na

APM, razão pela qual os professores são contratados pela mantenedora segundo o

regime de leis trabalhistas, observados os critérios e normas do Projeto Pedagógico da

APM e da legislação vigente.

4.2 Plano de carreira

Em cumprimento ao Decreto 43.576/2003, que estabelece as diretrizes para a

elaboração dos anteprojetos de lei dos planos de carreira na Administração Pública, a

estruturação das carreiras do quadro de pessoal civil foi instituída pela Lei 15.301, de

10 de agosto de 2004, art. 1º, XIII c/c art. 29 e 30 § 1º, 2º da Lei 15.961, de 30 de

dezembro de 2005. Dentre essas carreiras está a de Ensino Superior, justificada pela

necessidade de provimento de professores civis que exercem a atividade de docência

na APM, perfazendo um total de quatro (04) professores efetivos. Os referidos

profissionais ingressaram na corporação como detentores de função pública, mas, com a

efetivação, ficaram sem carreira própria, já que os docentes atuais são todos

contratados como temporários, para cumprir a carga horária de suas respectivas

disciplinas. Ressalta-se que, diferentemente do ensino regular, pela peculiaridade da

formação policial-militar, as disciplinas no curso não se estendem durante todo o ano, de

modo que, cumprida a carga horária da disciplina, o professor efetivo tem seu trabalho

finalizado e dá suporte em outras atividades de planejamento educacional.

47

Por questões orçamentárias e políticas e, ainda, por tratar-se de um público

flutuante em função da oferta de cursos, não há um plano de carreira para a função de

docente, o que traz como resultado colateral a pouca adesão desses profissionais às

atividades de EPM extra sala de aula. Para minimizar tais efeitos, a APM está

reestruturando a composição de seu corpo docente, mudando categoria e

desenvolvendo estratégias voltadas para garantir maior envolvimento dos professores

com a escola. Dessa forma, o corpo docente, a partir de 2015, passará a ser

classificado de acordo com as seguintes categorias:

I – Professor Titular: aquele que possui a titulação preferencialmente stricto

sensu, sendo militar ou servidor civil efetivo ou de função pública dos quadros da Polícia

Militar, lotado na Academia de Polícia Militar ou nas Escolas e Centros que lhe são

subordinados, sendo responsável pela cadeira de uma disciplina. O professor Titular se

inclui no grupo de docentes com dedicação exclusiva às atividades da APM.

II – Professor Assistente: é o militar ou servidor civil efetivo ou de função

pública que, lotado na Academia de Polícia Militar ou nas Companhias de Ensino e

Treinamento, possui a titulação, preferencialmente, lato sensu, que além das atividades

de docência, auxiliará o professor titular na cadeira de uma disciplina. Também está

entre o grupo de docentes com dedicação exclusiva às atividades da APM.

III – Professor Auxiliar I é o militar ou servidor civil efetivo ou de função pública

dos quadros da Polícia Militar, que, a título eventual e por tempo estritamente

determinado, fará parte do corpo docente para desenvolver programas específicos de

ensino, pesquisa e extensão, podendo ainda suprir a falta temporária de docentes

integrantes do quadro docente da EPM. Está incluído no grupo de docentes com

dedicação parcial às atividades da APM.

IV – Professor Auxiliar II é o civil contratado, que, a título eventual, e por tempo

estritamente determinado, fará parte do corpo docente para desenvolver programas

específicos de ensino, pesquisa e extensão, podendo, ainda, suprir a falta temporária

de docentes integrantes do quadro docente da EPM. Corresponde ao grupo de

professores horistas.

Não havendo, no âmbito na Academia de Polícia Militar, militar ou servidor

civil efetivo ou de função pública que preencha os requisitos para a função de professor

48

titular da disciplina, poderá ser convidado um docente Auxiliar, em caráter excepcional,

sob a denominação de professor titular honorário.

Além da nova categorização, a APM criará o Núcleo Docente Estruturante

(NDE) que será constituído de um grupo de docentes, com atribuições acadêmicas de

acompanhamento, consolidação e atualização dos projetos pedagógicos dos cursos.

Será constituído por membros do corpo docente com comprovada experiência docente,

com titulação no nível de pós-graduação, preferencialmente stricto-sensu. As atribuições

e a constituição do NDE serão definidas em norma específica.

4.3 Critérios de seleção, contratação, regime de

trabalho e remuneração.

Para o ingresso no quadro de pessoal docente da APM, serão avaliadas a

qualificação e titulação acadêmica, bem como a experiência profissional e docente, a

produção literária ou científica e outras qualificações.

Para o ingresso no quadro de professor Auxiliar I ou Auxiliar II será

obrigatória a passagem pelo processo de credenciamento no âmbito das Escolas e

Centros, observada a legislação pertinente. O militar ou servidor civil efetivo ou de

função pública dos quadros da Polícia Militar que estiver na função de professor Titular

ou Adjunto permanecerá na função por dois anos, prorrogáveis por mais um ano. Ao

término deste período será procedida nova seleção no âmbito da Academia para fins

de titulação. A seleção para designação de professores da EPM é procedida por meio

de edital de credenciamento, o qual é feito pela APM.

Os professores militares serão designados a cada novo período letivo e

recebem honorários-aula de acordo com o previsto nas DEPM. No caso de o professor

ser militar da reserva remunerada da PMMG a designação também ocorre a cada

período letivo e é feita pelo Comandante da APM, na Região Metropolitana de Belo

Horizonte, e pelos Comandantes de RPM, no interior do Estado.

Para fins de organização e de alinhamento entre as diversas Escolas/Centros e

Cias ET, cada disciplina da EPM terá um Coordenador Geral, que terá sob sua

responsabilidade a gestão da disciplina em todos os cursos da EPM, considerando o

itinerário formativo policial militar. O Coordenador Geral será o militar mais antigo

cadastrado/credenciado da APM para ministrar aulas para a disciplina. As atribuições

49

e os procedimentos alusivos à coordenação geral de disciplinas da EPM serão

legisladas em instrução de ensino.

Nos cursos de EPM, para cada disciplina onde houver mais de um professor

designado, será nomeado um professor coordenador de disciplina, cuja função precípua

é conduzir os trabalhos da disciplina nos cursos, promovendo o alinhamento didático e

metodológico. A indicação do professor coordenador de disciplina será feita

observando-se os critérios de antiguidade, conveniência e disponibilidade.

Nas disciplinas típicas de Polícia Militar que, em razão dos métodos e processos

de ensino utilizados, exijam a presença concomitante de mais de um professor para

lecioná-la, ambos serão designados e receberão honorários conforme as normas em

vigor na Instituição.

Os valores percebidos pelos professores da APM são os constantes do Decreto

nº 42.672, de 17 de junho de 2002, sendo que, para cursos de nível superior de

escolaridade, o honorário-aula corresponde a 3,82% do valor da remuneração básica

do soldado de 1ª classe. Os professores contratados e designados recebem o valor do

honorário-aula multiplicado pela carga horária das disciplinas e número de turmas para

as quais exercem a docência.

4.4 Titulação do corpo docente e plano de expansão.

Os quadros 09, 10 e 11 apresentam a composição atual do corpo docente da

APM, classificados por titulação, nos cursos de capacitação e qualificação.

Quadro 09: Corpo docente dos cursos de pós-graduação - 2013.

CURSO TITULAÇÃO

Pós Doutores

Doutores Mestres Espec. Graduados TOTAL

Direito Penal e Processo Penal Militar 02 01 03 07 13

Gestão Estratégica e Planejamento 02 02 11 01 16

Direitos Humanos 01 02 08 01 12

Inteligência de Seg. Pública e Cenários

Prospectivos 01 01 07 03 12

Curso de Espec. em Gestão de

Segurança Pública (CEGESP*) 00 12 04 02 18

Curso de Espec. em Segurança Pública

(CESP*) 00 08 13 02 23

Curso de Espec. em Gestão de Polícia

Ostensiva (CEGEPO) 00 02 09 03 01 15

TOTAL 6 28 55 20 1 109 Fonte: Dados das Escolas e Centros da APM.

50

Quadro 10: Corpo docente dos cursos de graduação – 2013.

CURSO TITULAÇÃO

PósDoutores

Doutores Mestres Espec. Graduados TOTAL

CHO 00 03 12 45 07 67

Curso Sup. Tec. Seg. Pública 00 03 19 53 9 84

CFSd- CESTAPO 00 13 81 180 397 671

TOTAL 0 19 112 278 413 822 Fonte: Dados das Escolas e Centros da APM.

Quadro 11: Corpo docente dos cursos de qualificação - 2013.

CURSO TITULAÇÃO

Pós Doutores

Doutores Mestres Espec. Graduados Ens. Médio TOTAL

CFO 00 00 09 52 17 00 78

CASP 01 01 04 21 12 00 40

CEFS 02 00 10 92 44 00 148

TPB 00 00 05 62 32 21 120

TOTAL 3 1 28 227 105 21 386 Fonte: Dados das Escolas e Centros da APM.

Considerando-se que a oferta de cursos na Academia ocorre por meio de

resolução de curso, conforme apresentado no item 3.1 deste PDI, o credenciamento de

docentes é feito mediante demanda.

Com vistas a valorizar e melhorar a qualificação do seu público interno,

aumentando, assim, o quantitativo de professores com dedicação integral à docência, a

Academia vem buscando parcerias para desenvolvimento de cursos de pós graduação

stricto sensu, como se observa no cronograma de implantação de desenvolvimento da

Instituição. Além disso, como estratégias de ampliação da qualificação docente,

intenciona-se o credenciamento de professores já titulados em nível de pós-graduação,

especialmente mestres e doutores, e a proposta, para 2016, de mestrado profissional

próprio.

Por fim, para melhor gestão do corpo docente da APM, será implantado o

Sistema Informatizado de Gestão do Ensino (SIGE) onde será inserido um módulo que

permitirá a atualização de dados d corpo docente com maior agilidade e

confiabilidade, além de permitir seu acompanhamento por meio de indicadores.

51

5 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA IES

Este capítulo apresenta os aspectos relativos à estrutura organizacional da

Academia de Polícia Militar (APM), destacando seus órgãos de decisão e controle da

qualidade dos processos de Educação de Polícia Militar (EPM), de apoio às atividades

desenvolvidas na escola, bem como a estrutura e funcionamento dos colegiados.

5.1 Organização administrativa.

A administração da APM é exercida pelo (a):

I - Comandante da APM.

II - Subcomandante da APM.

III - Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade de Educação de Polícia Militar.

O comandante da APM, função exercida por um Coronel PM, é a autoridade

técnica para decidir sobre os processos de educação profissional de Polícia Militar a

partir da política educacional do Comandante Geral

A função de Subcomandante da APM é exercida por um Tenente-coronel PM,

designado pelo Comandante-geral, a quem estão subordinados os Centros e Escolas,

além das Seções de Recursos Humanos, Inteligência, Emprego Operacional e

Comunicação Organizacional.

A Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade de Educação de Polícia Militar

(CSQEPM), órgão de gestão estratégica da qualidade do sistema de EPM, é chefiada

por um Tenente-coronel PM e é a unidade responsável pela implementação de políticas

pedagógicas de acordo com as diretrizes do Comandante da APM. A Coordenadoria

se encarrega da gestão do ensino profissional, do treinamento, da pesquisa e extensão,

articulando e padronizando as diversas atividades educacionais desenvolvidas pelas

unidades de execução de EPM concentradas e desconcentradas. Compete à

Coordenadoria o estudo, o planejamento, a coordenação, a fiscalização e o controle

das atividades do sistema de EPM, bem como a sua avaliação nas unidades executoras,

52

propondo a intervenção necessária para sua melhoria contínua. Compõem a

Coordenadoria os seguintes departamentos:

I –Gestão da Qualidade da Política Pedagógica (DGQPP);

II – Gestão da Qualidade do Ensino (DGQE);

III –Gestão da Qualidade do Treinamento (DGQT);

IV –Gestão da Qualidade da Pesquisa e Extensão (DGQPE);

V – Coordenação pedagógica (DCP);

VI – Gestão da Tecnologia da Informação (DGTI);

VII – Gestão do Desenvolvimento Organizacional (DGDO).

Visando uma gestão mais democrática e participativa, a APM está

implementando em 2015, o Conselho Superior de Educação de Polícia Militar (CSE) que

terá funções deliberativa, normativa e consultiva em assuntos acadêmicos e didático-

pedagógicos. Será presidido pelo Comandante da APM, tendo o Coordenador dos

Sistemas de Qualidade como vice-presidente, um secretário e os seguintes membros:

- Subcomandante da APM

- Chefe de Centro ou comandante da Escola

- Pedagogos das escolas

- 01 Representante do corpo administrativo da APM

- 01 Representante do corpo docente

- 01 Representante do corpo discente

5.2 Unidades de execução do ensino.

As Unidades concentradas e vinculadas técnica, administrativa e

operacionalmente à APM, para execução do ensino, são:

I – Centro de Pesquisa e Pós-graduação (CPP);

53

II – Escola de Formação de Oficiais (EFO);

III – Escola de Formação de Sargentos (EFAS);

IV – Escola de Formação de Soldados (EFSd);

V – Centro de Treinamento Policial (CTP);

As unidades desconcentradas e vinculadas tecnicamente à APM são:

I - Centro de Treinamento de Inteligência (CTInt.);

II -Companhias de Ensino e Treinamento (Cias. E.T.);

III - Núcleo de Formação Aeronáutica;

IV - Núcleo de Formação de Condutores;

V - Adjuntorias de Treinamento (Adj.Tr.).

Nas unidades de execução da EPM são oferecidos cursos de qualificação e

capacitação formação, aperfeiçoamento, graduação e de especialização lato sensu, e o

treinamento, de acordo com as Diretrizes da Educação de Polícia Militar (DEPM) e com o

Regimento da Academia de Polícia Militar (RAPM).

O Centro de Pesquisa e Pós-Graduação (CPP) é responsável pelo ensino de

nível superior de pós-graduação, pela pesquisa, pela editoração de obras técnico-

científicas e dos periódicos institucionais, pela gestão da biblioteca e pelo

desenvolvimento dos seguintes cursos:

I – Curso de Especialização em Gestão Estratégica de Segurança Pública

(CEGESP), destinado aos oficiais superiores (realizado em parceria com a Fundação

João Pinheiro);

II - Curso de Especialização em Segurança Pública (CESP), destinado aos

oficiais intermediários (realizado em parceria com a Fundação João Pinheiro);

III – Cursos de Especialização lato sensu, destinados ao público interno ou

externo da Polícia Militar, de acordo com as normas vigentes do Conselho Estadual de

Educação (CEE). Para o período 2014-2016 tem-se a proposta de oferta dos seguintes

54

cursos: Gestão Estratégica e Planejamento, Direito Penal e Processo Penal Militar,

Direitos Humanos, Inteligência de Segurança Pública e Cenários Prospectivos.

IV – Estágio de Adaptação de Oficiais (EAdO), destinado a profissionais da

área de saúde em processo de seleção para o preenchimento de vagas do Quadro de

Oficiais de Saúde.

A Escola de Formação de Oficiais (EFO) é a unidade responsável pela

formação e habilitação de oficiais da corporação e a ela compete a realização dos

seguintes cursos:

I – Curso de Formação de Oficiais (CFO);

II – Curso de Especialização em Gestão de Polícia Ostensiva (CEGEPO);

III – Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Segurança Pública (CSGTSP).

A Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos (EFAS) é a unidade

responsável pela formação e atualização dos sargentos da Corporação e a ela

compete a realização dos seguintes cursos:

I – Curso de Atualização em Segurança Pública (CASP);

II - Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública (CSTSP);

III – Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS);

IV – Curso Intensivo de Formação de Sargentos (CIFS).

A Escola de Formação de Soldados (EFSd) é a unidade responsável pela

formação dos soldados da corporação por meio do Curso Superior de Tecnologia em

Atividades de Polícia Ostensiva (CSTAPO).

O Centro de Treinamento Policial (CTP) é responsável pelo Treinamento Policial

Básico (TPB) para os militares da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Executa, ainda, Treinamentos Complementares, os quais são oferecidos a policiais de

todas as Regiões de Polícia Militar.

Todos os Centros e Escolas da APM possuem estrutura administrativa próprias,

de acordo com as especificidades de suas atividades. O organograma geral da APM é

apresentado na figura 2.

55

Figura 2 – Organograma Institucional e Acadêmico da APM – 2013.

Fonte: Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

5.3 Colegiado.

Atualmente, os colegiados do sistema de educação de polícia militar são

órgãos consultivos de assuntos referentes a questões regimentais e integram a

organização da APM, de suas escolas, centros e unidades de execução

desconcentradas. Reúnem-se quando convocados pelo respectivo comandante ou chefe

da escola ou centro.

Considerando-se que, de acordo com a legislação de ensino regular, o

colegiado deve ser um órgão consultivo e deliberativo em torno de questões afetas ao

cotidiano acadêmico e aos processos de ensino e aprendizagem, a APM está revendo a

periodicidade de reuniões e o papel do colegiado que, a partir de 2015, passará a ter

as seguintes competências:

I - analisar e emitir parecer sobre os projetos pedagógicos e planos de

treinamento;

II - propor a destituição de membro do Colegiado, em virtude de fatos que o

incompatibilizem para o exercício do encargo;

III - assessorar permanentemente o comandante/chefe nas questões afetas ao

processo de ensino e aprendizagem;

56

IV – reunir-se periodicamente para avaliar a qualidade do ensino oferecido

pela sua escola e propor medidas decorrentes;

V – emitir parecer nos casos de:

a) Trancamento de matrícula ex-ofício;

b) Reprovação por infrequência;

c) Inadaptabilidade de discente à função militar.

Nessa nova proposta, no início de cada curso ou ano letivo serão nomeados e

designados os membros do colegiado pelo comandante/chefe de unidade executora de

EPM. O processo de designação dos membros será de responsabilidade de cada

unidade executora da EPM e a designação será realizada de forma pública.

5.3.1 Composição do colegiado.

Os colegiados das escolas e centros da APM serão convocados pelos

respectivos comandantes ou chefes e presididos pelos subcomandantes ou subchefes e

terão membros efetivos e variáveis, estes últimos sendo eleitos pelos seus respectivos

pares.

I – Membros efetivos:

a) supervisor de ensino ou treinamento;

b) secretário de ensino ou treinamento;

c) chefe de curso ou correspondente;

d) pedagogo, quando houver;

e) psicólogo, quando houver;

II – Membros variáveis:

a) representante docente do curso ou treinamento;

b) representante do corpo discente.

57

5.4 Setores de apoio às atividades acadêmicas.

A Academia possui, ainda, em sua estrutura, os seguintes setores de apoio

técnico e administrativo:

I – Assessoria Pedagógica, exercida por pedagogos do complexo da APM;

II – Assessoria Jurídica, exercida por profissionais contratados da área jurídica;

III – Assistência médica, odontológica e psicológica, exercida por oficiais do

Quadro de Oficiais de Saúde da PMMG;

IV -Centro de Educação Física e Desporto;

V – Biblioteca da APM.

VI – Centro de Administração de Ensino (CAE).

58

6 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES

Este capítulo apresenta os recursos disponíveis no sistema de educação

profissional da PMMG para suporte ao corpo discente durante o curso que frequenta,

do ponto de vista pedagógico, cultural e de saúde. Demonstra, ainda, a forma como a

instituição procede ao acompanhamento dos seus egressos.

6.1 Programas de apoio ao discente

No período em que o policial militar se encontra em cursos ou treinamentos, ele

pode contar com o acompanhamento e apoio de um profissional que exerce a função

de chefe de curso ou monitor de turma.

Esses profissionais são responsáveis por receber os alunos de sua turma do

primeiro ao último dia de formação/treinamento e orientá-los quanto à cultura

organizacional, missão, visão e valores da instituição, rotina e atividades planejadas

para o período, além de apresentar as instalações físicas onde o curso será realizado.

Orienta-os, ainda, quanto a seus direitos e deveres, devendo estar disponíveis para

receber demandas dos discentes, adotando uma postura profissional, ética e séria, além

de acolhedora.

Além disso, os discentes têm, à sua disposição, as Assessorias Pedagógica e

Psicológica, as quais oferecem subsídios no âmbito didático-pedagógico a fim de

possibilitar a oferta de um ensino que vá ao encontro das necessidades profissionais do

discente. A presença do Oficial Psicólogo contribui para que o corpo administrativo da

APM tenha suporte para lidar com as dificuldades emocionais que, porventura, os

discentes possam apresentar ao longo do período de curso.

Outro apoio disponibilizado ao corpo discente é o atendimento médico e

odontológico, que acompanha o estado geral de saúde dos alunos e de todo o corpo

administrativo realizando o Programa de Saúde Ocupacional do Policial Militar da

PMMG (PSOPM) anualmente.

Nas dependências da APM existe, também, uma Clínica de Fisioterapia, que

oferece aos discentes maior comodidade e rapidez no atendimento, e uma creche, que

59

oferece vagas para os filhos dos militares em curso ou que compõem o corpo

administrativo.

6.2 Organização estudantil.

Os discentes dos cursos das escolas de formação da APM se organizam para a

composição de Diretórios Acadêmicos. Na Escola de Formação de Oficiais esse diretório

é denominado “Diretório Acadêmico Euclides da Cunha – DAEC, e na Escola de

Formação de Soldados é denominado “Diretório Acadêmico Alferes Tiradentes – DAAT.

Por meio deles são realizados grêmios culturais e ações cívico-sociais.

No DAEC, existem duas salas de jogos e um refeitório à disposição dos

discentes. Também na EFO os discentes formaram uma banda, conhecida como

“Permanência Compulsória” cujo repertório variado anima as atividades culturais

desenvolvidas na APM, confraternizações e comemorações.

Na Escola de Formação de Sargentos a existência de um espaço de

organização estudantil é um projeto que já existe desde 2012, quando foi desenvolvido

o primeiro Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública - CSTSP. O registro

formal desse diretório está previsto para ocorrer na vigência do CSTSP/2014,

mediante a elaboração de seu Estatuto.

Ressalta-se, ainda, a presença ativa dos discentes da Academia nos colegiados

e comissões, por meio de representantes de turma/curso. A partir de 2015, com a

criação do Conselho Superior de Educação de Polícia Militar, os discentes passam a ter

um novo espaço de participação nas decisões acadêmicas, por meio de um

representante.

6.3 Acompanhamento de egressos.

As capacitações, qualificações e treinamentos oferecidos pela Academia de

Polícia Militar serão submetidas, no triênio 2014-2016, a uma “pesquisa de egresso”

com vistas ao aprimoramento da qualidade da Educação profissional de Polícia Militar,

a partir do olhar do discente e de seus chefes direito.

Com vistas ao aprimoramento da qualidade da Educação de Polícia Militar, foi

implementada em 2012 a Pesquisa de Egresso na Academia de Polícia Militar, como

parte da Avaliação Institucional do Sistema de Educação.

60

Pretende-se, inicialmente, trabalhar dezessete atribuições relacionadas às

competências a serem desenvolvidas nos discentes por meio das disciplinas dos cursos.

Essas atribuições são avaliadas pelos participantes, a partir de uma escala conceitual

decrescente, possibilitando a conclusão sobre o grau de contribuição do curso para a

aquisição de cada uma.

Não só o egresso responde à pesquisa, mas também o seu chefe direto, o qual

é consultado sobre a habilidade do egresso em apresentar resultados satisfatórios em

cada uma das competências em estudo. O formulário, que é aplicado seis meses após a

formatura do curso, traz questões que também permitem a avaliação da infraestrutura

e organização didático pedagógica da Escola, a qualidade do corpo docente e o clima

organizacional. Com a informatização de diversos processos da Educação de Polícia

Militar, a pesquisa de egresso será sistematizada, passando a ser um procedimento

rotineiro e parte integrante da avaliação institucional.

61

7 INFRAESTRUTURA

Este capítulo descreve a infraestrutura da Academia de Polícia Militar,

principalmente no que se refere aos espaços físicos destinados à realização das

atividades educacionais e que dão suporte ao cotidiano acadêmico, bem como

equipamentos e recursos. Traz, ainda, dados atualizados e perspectivas de avanços

sobre a biblioteca e plano de expansão no triênio 2014-2016.

7.1 Recursos de infraestrutura física e instalações

prediais.

A Academia de Polícia Militar está situada à Rua Diabase Nº 320, e ocupa

todo o quarteirão formado pelas ruas Platina, Dr. Gordiano e Pampas, no Bairro Prado,

em Belo Horizonte. Neste mesmo quarteirão podem ser encontrados, ainda, o Regimento

de Cavalaria Alferes Tiradentes (RCAT), o Centro de Recrutamento e Seleção da PMMG

(CRS), o Colégio Tiradentes Unidade “Nossa Senhora das Vitórias” e o Clube dos

Oficiais da Polícia Militar (COPM).

Figura 3: Foto aérea da localização da APM – 2013.

Fonte: Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

62

A Academia possui edificações que atendem às exigências de segurança

específicas de um aquartelamento militar, ao mesmo tempo em que possui instalações

adequadas às necessidades de uma instituição de ensino. Na entrada principal da APM

encontram-se as instalações do prédio administrativo do comando onde são encontrados

os gabinetes do Comandante e do Subcomandante e da Coordenadoria dos Sistemas

de Qualidade da Educação de Policia Militar (CSQEPM) com seus respectivos

departamentos. Além de boa parte das seções administrativas pertencentes ao Centro

de Administração do Ensino (CAE) e outros setores de apoio às atividades acadêmicas,

encontramos também nesse prédio e em seus arredores, algumas estruturas de uso

comum a todos os discentes dos cursos que são realizados na Instituição, e também pelo

corpo administrativo. São elas:

Dois auditórios: um com capacidade para 250 (Auditório Pau Brasil) e outro com capacidade para 60

pessoas (Auditório Buriti);

Núcleo de Assistência Integral à Saúde (NAIS);

Creche;

Laboratórios de técnicas de defesa pessoal policial;

Laboratório de manejo de armamento e equipamento policial;

Laboratório de treinamento policial - laboratório destinado à prática de técnica e tática policial nos

diversos cursos e treinamentos da corporação;

Ginásio de esportes;

Sala de musculação;

Clínica de Fisioterapia;

Biblioteca;

Livraria;

Instalações das agremiações musicais;

Copa;

Alojamentos e vestiários;

Dois pátios destinados a estacionamento de veículos e local para atividades práticas e aulas

realizadas em ambiente aberto (ordem unida, técnica policial, por exemplo);

Complexo desportivo composto por pista de atletismo, quadras e piscina.

63

Figura 4: Complexo desportivo da APM

Fonte: Arquivos da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

Figura 5: Pista de atletismo da APM:

Fonte: Arquivos da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

Pela entrada principal, o público tem acesso ao Centro de Pesquisa e Pós

Graduação (CPP), Escola de Formação de Oficiais (EFO) e o Centro de Treinamento

Policial (CTP).

64

Figura 6 – Fachada do Centro de Pesquisa e Pós Graduação.

Fonte: Arquivos da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

No mesmo quarteirão, com acesso pela Rua Dr. Gordiano, encontram-se os

prédios onde funcionam a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos (EFAS)

e a Escola de Formação de Soldados (EFSd). Além de estarem dotados com toda uma

infraestrutura própria para a execução do ensino (salas de aulas, laboratórios de

informática, laboratório de Defesa Pessoal, vestiários e cantinas), as duas Escolas

utilizam também todo o suporte disponível na APM para prática de atividades físicas,

prática policial, prática de tiro e biblioteca. Vale ressaltar que para as instruções e

prática de tiro policial, além de sua estrutura própria, a APM utiliza o Estande do

“Complexo da Gameleira”6, o qual possui capacidade para absorção de um número

maior de discentes, simultaneamente, com segurança e melhores recursos técnicos.

6 Denomina-se “Complexo da Gameleira” todo um conjunto de aquartelamentos da PMMG situados no Bairro Nova

Gameleira. Além do Estande de Tiro, localizam-se nesse complexo três Batalhões da PMMG, a Diretoria de Apoio Logístico (DAL), a Diretoria de

Tecnologia e Sistemas (DTS), o Núcleo de Assistência Integral à Saúde (NAIS/DAL), e uma das unidades do Colégio Tiradentes.

65

Figura 7 – Escola de Formação de Soldados.

Fonte: Arquivos da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

É importante destacar que a APM tem buscado soluções criativas e inovações a

fim de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem. Na EFSd existe uma “sala de

aula ao ar livre”, que consiste numa estrutura física semelhante a um teatro de arena

que proporciona maior conforto para as atividades que devem ser realizadas em

ambiente aberto além de estimular a interação ao longo do processo de aprendizagem.

Figura 8 – Sala de aula ao ar livre.

Fonte: Escola de Formação de Sargentos.

66

A estrutura física geral das Escolas e Centros da APM, para execução de

ensino estão detalhados no quadro 13, o qual demonstra quantitativamente a

infraestrutura disponível.

Quadro 12 – Detalhamento da infraestrutura física das Unidades Concentradas de

Execução de Ensino.

Estrutura CPP7 EFO EFAS EFSd CTP Salas de aula 03 14 27 33 11

Auditórios 00 01 01 01 00

Salas de reuniões 00 00 01 00 00

Sala de docentes 00 01 01 01 00

Laboratório de informática 00 01 02 04 00

Laboratório de Defesa Pessoal 00 00 00 01 01

Instalações administrativas 06 07 11 12 06

Vestiários 00 06 00 11 03

Alojamentos 02 24 00 07 00

Banheiros 04 08 18 76 04

Cantina 00 01 01 01 00

Áreas de lazer (quiosques) 00 01 01 00 00 Fonte: Dados das Escolas e Centros

Figura 9: Sala de aula do CPP.

Fonte: Arquivos da Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

Com vistas ao aprimoramento físico dos militares da APM, tanto do corpo

discente quanto do corpo administrativo, será criada uma nova sala de condicionamento

físico, a ser instalada na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos.

7 CPP – Centro de Pesquisa e Pós-graduação

EFO – Escola de Formação de Oficiais

EFAS – Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos

EFSd – Escola de Formação de Soldados

CTP – Centro de Treinamento Policial

67

7.2 Recursos didáticos:

7.2.1 Tecnológicos e áudio visuais.

A Academia de Polícia Militar, por meio do Departamento de Gestão da

Tecnologia da Informação (DGTI), ampliará, no triênio 2014-2016, os recursos

tecnológicos na produção de cursos de extensão e treinamento online por meio da

plataforma da educação á distância e da tecnologia da videoconferência. Essas

ferramentas facilitarão o acesso dos policiais lotados nos diversos municípios do Estado

de Minas Gerais às doutrinas da corporação e ampliarão os trabalhos da educação

continuada.

Os cursos e treinamentos, que utilizam das ferramentas tecnológicas para a

aprendizagem em ambiente virtual, são desenvolvidos por equipes multidisciplinares,

compostas por professores conteudistas, especialistas na área de tecnologia,

pedagogos, técnicos de suporte, bem como, quando necessária a contratação, empresas

terceirizadas no ramo da tecnologia educacional.

Para o desenvolvimento das atividades na modalidade semipresencial, a APM

desenvolveu um sistema próprio denominado “APM Virtual”, que utiliza da plataforma

MOODLE (Modular Object-OrientedDynamic Learning Enviroment), um software livre, de

apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. Esse sistema favorece a

interatividade entre docentes, discentes e administração permitindo o envio de

mensagens, abertura de chats e fóruns de debate, demandando a participação dos

seguintes profissionais:

- Tutor Motivacional: responsável pela inscrição de alunos no sistema APM

Virtual, pelo controle de frequência e por gerar o relatório final do curso. É o elo entre

o aluno e a administração.

- Tutor Professor: responsável por acompanhar o aluno no processo de ensino

e aprendizagem, esclarecer dúvidas, propor e incentivar a participação em fóruns e

chats.

- Tutor Master: é o professor que cooperou na produção do conteúdo da

disciplina. Tem a função de apoiar os tutores professores, caso apareça alguma dúvida

em relação ao conteúdo do curso.

68

- Tutor Master de sistema: responsável pelo funcionamento do sistema da APM

Virtual, fiscalizando a atuação dos tutores professores e esclarecendo as dúvidas dos

tutores motivacionais. É um profissional com qualificação específica tanto na área de

produção (web e vídeo) quanto na área de tecnologia da informação.

Figura 10– Página inicial do APM Virtual

A Academia dispõe também de equipamentos que permitem a realização de

vídeo conferências, favorecendo a realização de atividades integradas com outras

unidades de execução de ensino da PMMG. Ao todo são vinte e um pontos de

videoconferência, distribuídos em locais estratégicos nas instalações da APM e também

nas Companhias de Ensino e Treinamento. Por meio dessa tecnologia é possível realizar

palestras, conferências e simpósios para atender aqueles participantes que por questões

geográficas não estão presentes nos eventos promovidos pela Academia.

Outro recurso disponível na APM é a TV corporativa que conta com TV de 52’

instaladas no hall das Escolas. É um meio de comunicação muito eficiente e possibilita:

endomarketing; mural digital; campanhas internas de prevenção; ginástica laboral;

notificação de eventos; divulgação de metas; treinamento; etc.

Para as salas de aula do complexo da Academia de Polícia Militar foram

adquiridos equipamentos de multimídia e projeção. Além disso, a partir de convênio com

a Secretaria de Defesa Social (SEDS) foram adquiridas lousas digitais para as unidades

concentradas de execução de ensino. Por meio desta tecnologia busca-se colaborar com

69

a mediação didática da prática docente e ampliar a capacidade tecnológica da

educação de polícia militar.

As perspectivas de avanço da Academia de Polícia Militar em relação ao

suporte tecnológico à educação, no período de 2014-2016, incluem as seguintes ações:

a) manutenção e ampliação dos sistemas de TV Corporativa e

videoconferência;

b) capacitação de pessoas para que o uso da lousa digital ocorra com

aproveitamento total de todas as suas possibilidades;

c) desenvolvimento do Sistema Integrado de Gestão Educacional (SIGE);

d) ampliação da Educação à Distância (EaD) com o desenvolvimento de novos

cursos;

e) desenvolvimento de versão mais evoluída da plataforma de EaD

atualmente utilizada.

7.2.2 Laboratórios e recurso didático para aulas

práticas

Um dos grandes avanços da infraestrutura da Academia, no que diz respeito

aos recursos didático-pedagógicos para execução do ensino, foi a construção do

“Laboratório de Treinamento Policial” (Figura 11), uma edificação composta por

diversos cenários montados que se assemelham às características de um aglomerado,

propiciando ao discente maior aproximação com a realidade do trabalho policial.

Nesse laboratório os discentes realizam aulas práticas de técnica policial com a

simulação de situações de atendimento de ocorrências policiais em áreas de risco,

utilizando da técnica da verbalização, o uso do armamento de menor potencial ofensivo

e desenvolvimento das habilidades de negociação, capacidade de decisão, controle

emocional e controle do risco policial.

70

Figura 11: Laboratório de Treinamento Policial.

Fonte: Centro de Treinamento Policial.

Nos laboratórios de manejo de armamento e equipamento policial (Figura 12)

encontra-se o material didático específico, à disposição dos discentes para as aulas

práticas. Recursos tais como armas em corte longitudinal, produtos químicos e artefatos

utilizados em eventos de massa, munições e equipamentos de segurança policial, dentre

outros, são utilizados para visualização e manuseio com vistas a facilitar a identificação

de peças e seu funcionamento.

Figura 12: Laboratório de Manejo de Armamento e Equipamento Policial do Centro

de Treinamento Policial.

Fonte: Centro de Treinamento Policial.

Para as aulas de informática as escolas de formação contam com laboratórios

de informática mobiliados e aparelhados para comportar dois discentes para cada

microcomputador, conforme a seguinte distribuição:

71

- Escola de Formação de Oficiais: possui um laboratório com vinte

computadores;

- Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos: possui dois

laboratórios com vinte e sete computadores;

- Escola de Formação de Soldados: possui seis laboratórios com noventa

computadores.

Para o triênio 2014-2016, pretende-se proceder à manutenção dos

laboratórios e dos recursos didáticos, promovendo, dentro do possível e de acordo com

a necessidade, a manutenção e revitalização desses espaços de aprendizagem

significativa.

Para apoiar nas aulas práticas, a APM possui uma Seção de Transportes, cujo

patrimônio inclui viaturas de quatro e duas rodas, ônibus, micro-ônibus e ambulância.

Esses veículos são utilizados para atendimento de demandas administrativas e do

próprio corpo docente e discente, mas também estão disponíveis para atendimento à

execução do ensino naquelas aulas práticas que preveem a utilização de viaturas

policiais como recurso didático. O quadro 13 apresenta a descrição do quantitativo das

viaturas existentes na Academia para suporte à atividade docente.

Quadro 13: Viaturas existentes na APM para apoio às aulas práticas

Viaturas Quantidade Automóveis 16

Motocicletas 15

Ônibus 01

Microônibus 3

Ambulância 2 Fonte: Seção de Transportes - APM

Outros equipamentos policiais, tais como capacete, algema, cones, bastões de

madeira, tonfa, escudo balístico e escudo anti-tumulto, sinalizadores e coletes, além das

próprias armas de fogo, podem ser encontradas na Seção de Armamento e Tiro,

disponíveis para as aulas e o treinamento policial militar.

No Centro de Educação Física e Desportos os professores podem encontrar

diversos recursos, tais como colchonetes, blocos ShuttleRun, apito e corda, instrumentos

indispensáveis para a execução das aulas práticas de educação física.

72

7.3 Biblioteca

A biblioteca “Capitão Geraldo Walter da Cunha” localiza-se no prédio do

Centro de Pesquisa e Pós Graduação (CPP) da APM. Em seu quadro de pessoal conta

com três funcionárias civis, sendo uma bibliotecária e duas auxiliares. Possui espaços

destinados a estudo individual e cabines para atividades em grupo, acesso à internet e

acesso informatizado a todo o acervo disponível. A biblioteca da APM, como as demais

bibliotecas das IES, possibilita ao discentes o ‘empréstimo entre bibliotecas’, o que é

intermediado pela bibliotecária. Seu horário de funcionamento é adequado aos

horários de funcionamento dos cursos das escolas, havendo atendimento às segundas,

terças, quintas e sextas, entre 08h e 20h, e às quartas das 08 às 18h.

Além da bibliografia específica referente aos cursos ligados às ciências

militares, a biblioteca da APM possui todo um acervo de cultura geral, periódicos e

dicionários de diversas áreas do conhecimento. O quadro 14 demonstra

quantitativamente os materiais disponíveis em forma impressa e digitalizada.

Quadro 14 – Acervo da Biblioteca da APM, em 2013.

ACERVO QUANTIDADE Livros 20.702

Periódicos 3906

Coleções 126

Dicionários 259

Enciclopédias 182 volumes

DVD 40

CD 337

Vídeo 28

Trabalhos acadêmicos impressos 4320

Trabalhos acadêmicos informatizados 1.200 Fonte: Biblioteca da APM.

Em razão do crescente número de discentes em curso na APM, foi elaborado,

para o período de 2014-2016, um projeto de ampliação de acervo e estrutura física

da biblioteca. Para subsidiar a expansão do acervo, será realizado um levantamento,

junto ao corpo docente da Academia, para indicação de referências bibliográficas

básicas e complementares de todas as disciplinas. O quadro 15 apresenta a projeção

de expansão da biblioteca.

73

Quadro 15 – Projeto de expansão da biblioteca da APM.

AQUISIÇÕES QUANTIDADE Livros 700

Periódicos 06

Revistas (Títulos) 01

Jornais (Títulos) 01

Estantes 25

Computadores 10 Fonte: Biblioteca da APM.

A fim de propiciar melhoria de acessos dos portadores de necessidades

especiais aos diversos ambientes escolares, está em fase de estudos e orçamentos um

projeto que inclui a instalação de elevadores, plataformas e rampas nos prédios onde

funcionam os cursos. Para melhoria da entrada na biblioteca foi projetada uma rampa

de acesso, a qual será concluída no segundo semestre de 2014.

7.4 Projetos de expansão e melhorias da

infraestrutura.

Por meio de recursos estaduais e de convênios com a Secretaria Nacional de

Segurança Pública (SENASP), a Academia elaborou um programa de modernização com

metas a serem atingidas a partir do ano de 2014. O quadro abaixo apresenta as

perspectivas de avanço na infraestrutura da Academia entre os anos de 2014 e 2016.

74

Quadro 16 - Programa de modernização da infraestrutura da Academia.

Projetos Metas

2014 2015 2016

Semestres

1º 2º 1º 2º 1º 2º

1. Reestruturação da

rede lógica e tecnológica

1.1 Contratação de pessoa jurídica para execução de serviço de

reestruturação na rede lógica do prédio do CPP e EFO. X

2. Reestruturação da

rede elétrica

2.1 Contratação de pessoa jurídica para execução de serviço de

reestruturação na rede elétrica do prédio da APM, CAE, CTP, CPP e

EFO.

X

3. Reforma dos telhados

3.1 Substituição do telhado da EFSd e anexos. X

3.2 Reforma do telhado do Corpo da Guarda e Estação de

Treinamento. X

3.3 Substituição do telhado do anexo à Platina. X

3.4 Substituição do telhado do CTP X

4. Reestruturação da

Biblioteca

4.1 Ampliação e reforma do espaço da biblioteca. X

4.2 Aquisição de mobiliários. X

4.3 Renovação do acervo. X

4.4 Informatização das consultas. X

5. Estruturação do

Centro de Educação

Física

5.1 Instalação do Centro de Educação Física X

5.2 Estruturação do Laboratório de Avaliação Física X

5.3 Modernização da sala de musculação X

5.4 Reforma do piso da quadra poliesportiva do ginásio da APM

6. Reestruturação dos

vestiários/ banheiros 6.1 Reforma dos vestiários da EFSd X

7. Acessibilidade 7.1 Construção de rampa de acesso na EFSd X

7.2 Instalação de plataforma no CPP X

8. Reestruturação da

Seção de Armamento e

Tiro

8.1 Renovação do estoque de armamento X

8.2 Informatização da SAT X

9. Reestruturação do

Sistema de Segurança 9.1 Informatização do plano de estacionamento X

10. Valorização dos

Recursos Humanos

10.1 Aquisição de bebedouros X

10.2 Aquisição de ventiladores X

10.3 Aquisição de mobiliário administrativo X

10.4 Implantação de sistema de climatização para os prédios da

APM X

10.5 Construção do NAIS APM X

11. Revitalização dos

ambientes de ensino

11.1 Reforma dos Dojos X

11.2 Substituição dos computadores das salas de informática X

11.3 Estruturação de salas de aula padrão X

12. Reestruturação do

sistema hídrico

15.1 Construção de poço artesiano na EFSD/ EFAS X

15.2 Construção de caixa d'água na EFSD/ EFAS X

15.3 Substituição das torneiras do complexo da APM X

15.4 Substituição dos sistemas de descarga dos banheiros do

complexo da APM X

Fonte: Departamento de Gestão do Desenvolvimento Organizacional/APM

75

8 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO

DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL.

A busca da excelência na oferta de cursos de capacitação e qualificação dos

profissionais que integram os quadros da Polícia Militar exige, dentre outros atributos,

muito dinamismo, sendo este mais um desafio colocado para a Academia de Polícia

Militar. Em um mundo cada vez mais globalizado, as mudanças se processam com uma

rapidez impressionante, exigindo constante revisão dos métodos educacionais adotados

e a correção imediata de desvios encontrados.

Ao longo dos anos, a Educação de Polícia Militar tem procurado se aprimorar,

e hoje, busca sintonizar-se com o novo perfil do policial militar da contemporaneidade.

Para o desenvolvimento desta nova forma de ser e pensar polícia, faz-se necessária a

adequação de procedimentos e atividades que visem alcançar o pretendido. Os

diversos cursos da APM devem estar, assim, afinados com este novo contexto, e a

instituição de ensino deve estar permanentemente preocupada em aferir os seus

resultados.

Nessa visão, a APM, por meio de suas escolas e do Centro de Treinamento

Policial, faze uso de alguns instrumentos e procedimentos que visam avaliar seus cursos.

Os resultados colhidos são devidamente tratados e servem de subsídio para ações de

melhorias no processo de ensino e aprendizagem, fomentando reflexões sobre o ensino,

pesquisa, treinamento e extensão, como forma de contribuir para a elevação de sua

qualidade, bem como para preparar-se para a avaliação externa. Os mecanismos de

avaliação que serão utilizados no triênio 2014-2016, são os seguintes:

a) Questionário de avaliação da disciplina

Destinado ao corpo discente dos cursos e treinamentos com a finalidade

específica de oportunizar a autoavaliação, bem como avaliar o desencadeamento das

disciplinas ministradas no curso e o desempenho dos professores em sala de aula. A

aplicação deste questionário se dará ao término de cada disciplina e seus resultados

serão utilizados para dar feedback aos professores sobre seu desempenho e também

como parâmetro para revisão dos programas de disciplinas.

76

b) Pesquisa pedagógica de resultado de avaliação

Procedimento administrativo de ensino destinado a apurar as distorções

ocorridas nas avaliações, cujos resultados não estejam ajustados ao critério de

aceitação preestabelecido no Regimento da APM.

c) Supervisão pedagógica

Procedimento didático pedagógico de observação, acompanhamento,

assessoramento e avaliação do trabalho individual do professor e da escola como um

todo. Realizada pela equipe técnica das escolas e centros, através de assistência às

aulas e/ou supervisão das atividades acadêmicas.

d) Pesquisa de egressos

Aplicado aos alunos recém egressos dos cursos, após decorridos um mínimo de

seis meses, visa obter informações sobre o desempenho desses militares nas funções

para as quais foram formados/treinados, sobretudo para verificar se os objetivos

pretendidos com a realização das diversas atividades estão sendo alcançados de

maneira satisfatória.

e) Relatório de avaliação de Atividade Educacional Interdisciplinar- AEI

Destinado aos alunos dos diversos cursos e realizada ao término das AEI. O

relatório deverá constar as atividades desenvolvidas pelos discentes, apresentando

críticas e sugestões ao processo de ensino e aprendizagem, promovendo

redirecionamentos para o alcance dos objetivos propostos.

f) Colegiado de avaliação dos cursos

Esta reunião de colegiado congrega professores, alunos e equipe técnico-

administrativa e tem por objetivo discutir o ensino nos diversos cursos, sob o enfoque dos

diversos envolvidos. Ao final do colegiado é elaborado um relatório com propostas de

mudança e soluções dos problemas apresentados. O colegiado de avaliação dos cursos

é um momento ímpar de consolidação da avaliação final do processo de ensino,

congregando os dados coletados ao longo do semestre através dos outros vários

instrumentos de avaliação.

77

Todos esses instrumentos e procedimentos utilizados na APM estão embasados

no estabelecido nas Diretrizes da Educação de Polícia Militar, no Regimento da

Academia de Polícia Militar e no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES), instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, por meio da Comissão

Própria de Avaliação, instalada na APM em Dez14.

Com vistas a ampliar o processo de acompanhamento do ensino na Academia,

a partir de 2015 a Supervisão Pedagógica passará a ser um procedimento

padronizado no âmbito das unidades de execução da EPM, podendo ocorrer nas

seguintes modalidades:

I – Supervisão Pedagógica Operacional (SPO): é a atividade de

acompanhamento dos discentes empregados em estágio curricular operacional;

II – Supervisão Pedagógica Acadêmica (SPA): é a atividade desenvolvida pela

Academia de Polícia Militar a fim de se verificar a execução das atividades

administrativo-educacionais das Unidades integrantes do Sistema;

III – Supervisão Pedagógica Escolar (SPE): é a verificação in loco do

cumprimento dos respectivos programas das disciplinas previstas na matriz curricular dos

cursos e treinamentos de EPM.

IV – Supervisão Pedagógica de Campo (SPC): é a verificação das atividades

escolares de campo (jornadas policiais rurais) previstas para os cursos/treinamento da

EPM

O Conselho Superior de Educação de Polícia Militar é outro mecanismo de

acompanhamento do ensino profissional na instituição, tendo em vista que as principais

decisões a serem tomadas no âmbito escolar devem ser por ele analisadas. O

regulamento do Conselho Superior contempla a realização de pelo menos duas reuniões

para discussão dos cursos em desenvolvimento na Academia, ao longo do período letivo,

possibilitando, assim, o compartilhamento de informações de planejamento, no início do

curso, e também a avaliação dos resultados e procedimentos adotados, ao finalizar-se

o curso.

O acompanhamento e controle da educação de Polícia Militar também são

feitos por meio de indicadores de qualidade, os quais são monitorados pelos

78

departamentos que compõem a Coordenadoria dos Sistemas de Qualidade da EPM.

São eles:

Indicador Quantitativo do Treinamento Policial Básico: tem por finalidade

mensurar o percentual de policiais militares que foram treinados mensalmente;

Indicador Político Pedagógico: trata-se de um indicador alimentado por meio

de dados da Pesquisa de Egresso e visa sinalizar o atingimento de objetivos no que

tange à aquisição de competências profissionais pelos discentes formados na Academia.

Para o período de 2014-2016, a Academia se prepara para avançar no uso

de indicadores que possam mensurar a qualidade da pesquisa e da extensão. O

indicador de qualidade do ensino é um instrumento que já foi elaborado e encontra-se

atualmente aguardando sua informatização no sistema de gestão da educação. A partir

de 2015 a Academia passará também a utilizar o indicador qualitativo do Treinamento

Policial Básico, por meio do qual os discentes treinados poderão avaliar o treinamento

recebido a partir de seis dimensões que visam mensurar aspectos como a recepção dos

discentes, a qualidade dos conteúdos e professores, infraestrutura e satisfação geral

com o treinamento recebido.

A Academia de Polícia Militar utiliza também a realização de reuniões de

avaliação e acompanhamento da educação, como ferramenta de controle. Essas

reuniões podem ocorrer a qualquer momento da execução do curso, a fim de proceder

ao realinhamento do planejamento, ou até mesmo sua verificação, mas necessariamente

ocorrerá no início do curso e ao seu final. Participam destas reuniões os diversos atores

envolvidos na EPM, sobretudo os Supervisores de Ensino, mas também membros do corpo

docente e pedagogos das escolas e centros. A partir de 2015 o Departamento de

Gestão da Qualidade da Política Pedagógica passará a realizar reuniões mensais com

os Supervisores de Ensino, a fim de estreitar a comunicação entre os integrantes das

escolas e maior socialização do planejamento de atividades.

O Núcleo Docente Estruturante da Academia de Polícia Militar também se

consolida como proposta de acompanhamento e retroalimentação da qualificação,

capacitação e treinamento, para o período de 2014-2016. Trata-se de órgão

consultivo, responsável pela concepção, consolidação, atualização e acompanhamento

do projeto pedagógico da APM. Dentre suas atribuições destacam-se: Contribuir para a

consolidação do perfil de egresso pretendido para o curso; zelar pela integralização

79

curricular das diferentes atividades de ensino constantes do currículo; propor programas

ou outras formas de capacitação docente, visando a sua formação continuada; levantar

dificuldades na atuação do corpo docente do curso, que interfiram na formação do

perfil profissional do egresso. Quando do início de cada curso o NDE se reunirá com

vistas ao alinhamento das premissas constantes nos respectivos projetos pedagógicos.

Instrução de Educação de Polícia Militar normatiza as atribuições e os procedimentos

relativos ao NDE.

Outro procedimento de avaliação a ser instituído no triênio 2014-2016 é o

relativo à Comissão Própria de Avaliação Institucional da Educação de Polícia Militar

(CPAI), nos termos do art. 11 da Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004 - Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. Trata-se de órgão de

assessoria ao comando da APM, cuja finalidade é conduzir os processos de avaliação

internos da Instituição, sistematizar e prestar as informações solicitadas pelo Conselho

Estadual de Educação. Neste sentido, a CPAI é responsável pela avaliação institucional

e pela implantação e coordenação do processo de avaliação docente da APM. O

processo avaliatório da EPM ocorrerá durante o ano, sendo que, ao final do ano letivo,

a Comissão apresentará um relatório final da avaliação institucional e do corpo

docente, fazendo sua ampla divulgação para a comunidade acadêmica. Destacam-se

como seus objetivos, dentre outros: impulsionar um processo de autocrítica da Instituição,

tendo em vista a garantia da qualidade de sua ação em sintonia com os seus próprios

objetivos; conhecer os processos educativos e pedagógicos que ocorrem no interior da

instituição e que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão; estudar, propor e

implementar mudanças na prática acadêmica e na gestão da Instituição, para a

formulação de projetos pedagógicos e institucionais. A constituição, atribuições e o

funcionamento da CPAI serão legislados em norma específica.

80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96.

Brasília: 1996

______. DECRETO Nº 5773 de 09 de maio de 2006. Dispõe sobre o exercício das

funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e

cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Disponível

em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/decreton57731.pdf

MINAS GERAIS. PMMG. Plano Estratégico da PMMG. Belo Horizonte: 2011.