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ESN Minho aconchega Natal a estudantes ERASMUS campus Sete anos de serviço público ao livro e à literatura CONFIDENCIALIDADE E INFORMALIDADE TÊM SIDO FATORES MUITO IMPORTANTES NA MINHA ATIVIDADE DE PROVEDOR” AAUMinho com oito nomeações na gala do desporto universitário desporto PROVEDOR DO ESTUDANTE, ANTÓNIO PAISANA, AO ACADÉMICO campus Chega ao fim o ano do desporto na cidade de Guimarães local ACADÉMICO EM PDF Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 202 / ANO 9 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 11.DEZ.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO 202

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ESN Minho aconchega Natal a estudantes ERASMUS

campus

Sete anos de serviço público ao livro e à literatura

CONFIDENCIALIDADE E INFORMALIDADE

TÊM SIDO FATORES MUITO

IMPORTANTES NA MINHA ATIVIDADE

DE PROVEDOR”

AAUMinho com oito nomeações na gala do desporto universitário

desporto

PROVEDOR DO ESTUDANTE, ANTÓNIO PAISANA, AO

ACADÉMICO

campusChega ao fim o ano do desporto na cidade de Guimarães

local

ACADÉMICO EM PDF

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA202 / ANO 9 / SÉRIE 5

QUARTA-FEIRA, 11.DEZ.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

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04.DEZ

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

ESN MinhoLembrar-se dos estudantes eras-mus que ficam no nosso país sem possibilidade de estar com as famílias no Natal não é novo. Novo e orgulhosamente lembra-do deve ser o projeto que a ESN Minho promove já neste Natal tentando arranjar uma compa-nhia cultural e etnicamente inte-ressante para quem por cá passa a data. De louvar estas iniciativas.

Avaliação de professoresO tema já fez correr muita tinta. Irá, até dia 18 de dezembro - data da prova - fazer ainda mais. Os professores estão descontentes. Também a considero um ultraje para o ensino superior no nosso país. Um professor deve ser ava-liado não só pelo que sabe, mas pelo que sabe e a forma como transmite esse saber. E isso não se avalia na prova.

Cidade Europeia do desportoEfetivamente, Guimarães não pára e este ano de 2013 foi mais uma prova da vitalidade e energia da cidade e dos seus habitantes. Os vimaranenses souberam, uma vez mais, dizer presente, ain-da para mais depois de exaustivo ano de promoção cultural. A cida-de ficou a ganhar e o desporto em Portugal teve, em Guimarães, os grandes palcos que merece.

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 11 dezembro 2013 / N202 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VENCEDOR UM AO QUADRADO: PAULO ARAÚJO - 2º ANO - MIECOM

cátia silva

[email protected]

No próximo dia 14, o Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) vai rea-lizar a XVIII edição do seu concerto de Natal “Puer Na-tus Est” na Sé Catedral de Braga. O evento que, mais uma vez, se encontra asso-ciado a uma causa social, pretende “envolver a cidade de Braga num espírito nata-

lício e solidário”.Este ano o CAUM vai apoiar o Centro de Acolhimento e Formação Jovens em Ca-minhada na distribuição de alimentos aos jovens proble-máticos da cidade. A ideia é que cada pessoa que vá as-sistir ao concerto leve uma “prenda simbólica” para reverter a favor da associa-ção, como latas de salsicha, atum, bolachas, cereais, lei-te, entre outros, não sendo,

no entanto, obrigatório. Além disso, este concerto está inserido nas festivida-des da comemoração dos 25 anos do Coro Académico. Ele vai ainda contar com a presença do Coro Infantil do Centro Cultural de Música do Instituto Nun’Alvres, em Santo Tirso, da Orquestra Artave e da Associação do Coro Infantil de Esporões.O concerto tem início mar-cado para as 21h30 e é de

dos protagonistas da ceri-mónia de Imposição de In-sígnias onde dá voz ao Hino da Academia.Como maestro têm, des-de há seis anos, Rui Paulo Teixeira. Tiveram, anterior-mente, na direção musical o maestro Fernando Lapa, sendo que as canções que agora cantam, assim como arranjos musicais, foram feitos por este dinamizador do CAUM.

entrada gratuita.O grupo que acolhe estu-dantes e ex-estudantes da UMinho tem, neste mo-mento, cerca de 45 pessoas a frequentar os seus ensaios. Estes acontecem no auditó-rio A5 do CP1 às segundas e quintas-feiras das 21h30 às 23h30.Além dos concertos dados ao longo do ano e das par-ticipações na receção ao ca-loiro e enterro da gata, é um

caum dá concerto solidário

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PÁGINA 03 // 11.DEZ.13// ACADÉMICO

LOCAL

silvana valente

[email protected]

Chegou o mês de dezembro, o mês de festividades que encerra o ano. Nessa con-dição, termina, também, a iniciativa de interesse públi-co, Guimarães2013, em que a cidade reteve o estatuto de Cidade Europeia do Despor-to. Ao longo dos 12 meses, vários eventos, estudos e programas foram ofereci-dos ao público. Como não poderia deixar de ser, para acabar em grande, este mês está recheado de congres-

sos, conferências e eventos, com destaque para a ceri-mónia de encerramento da CED2013 que irá ocorrer no dia 22. No dia 12, das 9h às 19h, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), está programado o III Congresso do Despor-to e Inclusão. Este resulta da parceria entre a Câmara Municipal de Guimarães, o Plano Nacional de Ética no Desporto e outras institui-ções. O objetivo da organiza-ção é promover a função so-cial e educativa do desporto em Portugal. O convite está lançado a todos os profissio-nais, alunos e investigado-res das áreas relacionadas

ao tema e que pretendam divulgar as suas experiên-cias, estudos ou trabalhos nesta área. Para os dias 13 e 14, no CCVF, está agendado o XIV Congresso Nacional da APOGESD, sob o tema “Da liderança à inovação: o pa-pel do Gestor Desportivo”. Conta-se com a participação de meio milhar de pessoas, nestes dois dias de traba-lhos, que terão por base a re-flexão sobre o papel do ges-tor num período de crise. Está confirmada a presença de nomes importantes na área como José Manuel Ri-beiro, Rui Vitória, entre ou-tros. No âmbito deste con-

aquisição de vouchers com valores entre 1 e 10 euros. Os valores angariados rever-terão para diversas institui-ções humanitárias. Por fim, desce o pano no dia 22, onde será realiza-da, a partir das 18h30, no CCVF, a Cerimónia de En-cerramento da Guimarães 2013 – Cidade Europeia do Desporto. Neste espetácu-lo, a Orquestra Juvenil de Pevidém irá executar temas imortalizados pelo despor-to. A atuação resume-se a 60 minutos em que o públi-co será embalado por músi-cas que ilustraram o mundo e os personagens míticos do desporto.

gresso realizar-se-á a última sessão do ciclo de conferên-cias motivacionais, no dia 14, no pequeno auditório do CCVF. Será ainda apresen-tado o livro “Coach to coa-ch – Motivar, liderar e gerir equipas”, de Rui Lança. Passando a um evento práti-co, no dia 15, pelas 15h, será no Largo do Toural que os participantes da caminhada de Natal, que integra a ini-ciativa “Caminhadas quatro estações”, se concentrarão e darão a partida para um circuito pelo centro históri-co. Este será um evento com fins humanitários, em que os participantes serão cha-mados a contribuir com a

chega ao fim o ano do desporto em guimarães

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PÁGINA 04 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

CAMPUS

ana pinheiro

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O “Movimento menos olhos que barriga” organizou uma ação de guerrilha nas cantinas da Universidade do Minho, onde chamaram atenção para o desperdício

movimento menos olhos que barriga entrou em ação

contexto de aula e foi apre-sentado aos SASUM, que o elegeram como o projeto vencedor, no âmbito da pro-posta de criação do cartaz que assinalava o Dia Mun-dial da Alimentação.Segundo Sara Oliveira, um dos elementos do grupo, “as pessoas perceberam a ideia da ação e entenderam que o

objetivo era essencialmente incentivá-las a não desper-diçar tanta comida. Nem todas as pessoas receberam tão bem, mas de uma forma geral correu bem e conse-guimos chamar a atenção, que era o nosso objetivo”.No dia 11, quarta-feira, esta ação acontecerá na cantina do campus de Azurém.

alimentar.Concretizou-se na última terça-feira no bar 5 da Escola de Ciências da Saúde e na quarta-feira na cantina do campus de Gualtar.Esta ação foi feita em parce-ria com os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho e um grupo de vo-luntários.

Os voluntários entraram nos locais e começaram a abordar as pessoas que se encontravam a fazer as suas refeições. As pessoas que não desperdiçavam comida ganhavam um pin como re-compensa.Este projeto foi criado por um grupo de alunos de Ci-ências da Comunicação em

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CAMPUSPÁGINA 05 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

francisco gonçalves

[email protected]

A medida implementa-da este ano pelo Ministé-rio da Educação e Ciência (MEC), que visa proceder a uma alteração do Estatuto da Carreira Docente com a realização, por parte dos professores contratados de todos os níveis de ensino, de uma Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacida-des (PACC), tem sido alvo de contestação por parte dos sindicatos dos professores e por toda a comunidade edu-cativa. Em Diário da República, o Governo justifica a im-plementação desta medi-da com a “necessidade de uma seleção inicial de pro-fessores que permita inte-grar no sistema educativo aqueles que estão melhor preparados e vocacionados para o ensino”. É possível ler, ainda, que esta prova garante “a comprovação de requisitos mínimos nos co-nhecimentos e capacidades transversais à lecionação de qualquer disciplina” e que “a informação que se pode obter com a prova (…) é complementar daquela que é possível comprovar atra-vés dos demais processos

de avaliação vigentes” como, por exemplo, a “formação inicial, desenvolvida nas instituições de ensino supe-rior para tal habilitadas”.Entretanto, essa prova, após negociações com as diversas associações sindicais, foi tornada obrigatória apenas a professores contratados com menos de cinco anos de serviço.

Prova não agrada a estudan-tesO ACADÉMICO saiu à rua para saber qual a opinião da comunidade académica que compõe o Instituto de Edu-cação da Universidade do Minho (IEUM) no que con-cerne a esta temática.Maria Cristina Barros, alu-na do 2º ano da licenciatura em Educação Básica, afirma não ser a favor desta medida porque “os professores não devem ser avaliados apenas através de uma prova” que “reduz todos os anos de li-cenciatura e mestrado a um curto espaço de tempo”. No entanto, a aluna ressalva a ideia de que “os professores não devem ter receio, por-que esta é uma forma de estes provarem aquilo que valem como docentes, que, quando assumem o exercí-cio dessa profissão, devem

estar devidamente capaci-tados para transmitirem os seus conhecimentos aos alu-nos”. Questionada sobre al-ternativas que apresentaria para fazer face a esta prova, Maria Cristina aponta que uma “avaliação justa seria em contexto de sala de aula, na altura em que o professor desempenha efetivamente a sua função”, exemplifican-do, através da sua experiên-cia como aluna, com o facto de haver alguns professores “que não são devidamente capacitados e que não trans-mitem a informação de for-ma coerente”.A mesma opinião é parti-lhada por Ana Rodrigues, aluna do 3º ano da mesma licenciatura, sustentando a sua opinião com o facto de que “ser professor é muito mais do que ter bons conhe-cimentos teóricos, sendo também importante avaliar a prática da profissão, por exemplo, na forma como os professores se relacionam com os alunos”. A futura professora critica as medi-das que têm sido tomadas que “desvalorizam, cada vez mais, os professores e que servem apenas para dificul-tar” o acesso a uma carreira que, por si só, exige “cinco anos de estudo, ao todo, ti-

rando todos os outros anos de estudo que estão para trás”, para além de que, “atualmente, ser professor é uma profissão que não dá garantias nem estabilidade, sabendo que se pode não conseguir trabalho ou ter de ir para zonas distantes do país” e remata: “É preciso gostar muito disto para vir para esta profissão e ainda somos confrontados com estas medidas desvaloriza-doras”, realçando que “uma prova não é suficiente para avaliar a vocação do candi-dato a docente”.

UMinho ajustada às neces-sidades curricularesZélia Anastácio, docen-te do IEUM, desvaloriza a importância desta prova, considerando-a desnecessá-ria e refere que “o conjunto de resultados que os alunos obtêm nos vários exames a que são submetidos duran-te a sua formação traduz o impacto das capacidades que possuem”. A docen-te relembra, ainda, que “a Universidade do Minho está em constante atuali-zação dos conteúdos que leciona de acordo com as metas curriculares que são estabelecidas”, realçando a

preocupação do IEUM em “ajustar os conteúdos lecio-nados à formação de docen-tes”. Para além disso, Zélia Anastácio refere não ter “co-nhecimento do Instituto ter sido requerido para algum parecer” no âmbito da reali-zação desta prova, como tem acontecido com medidas an-teriores, por exemplo, “com os programas de formação dos professores, nos quais o Instituto foi chamado para colaborar, por exemplo, quando se estabeleceram as novas metas curricula-res de Língua Portuguesa e Matemática do primeiro ciclo.” A docente da acade-mia minhota aponta, como alternativa “mais aceitável”, a realização de uma entre-vista com o candidato a pro-fessor contratado e a análise de todo o seu currículo e de-fende “uma atualização de conhecimentos e uma for-mação ao longo da vida de acordo com as reformas que vão sendo feitas no ensino”. E termina: “não considero esta prova adequada numa altura em que se procuram outras formas de avaliação, mesmo no ensino superior, para além do teste. O teste é (apenas) um elemento de avaliação”, conclui.

prova dos professores contratados aos olhos dos estudantes e professores do instituto de educação

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susana silva

[email protected]

Depois de uma época extre-mamente positiva no plano desportivo da Universida-de do Minho, que valeu o segundo lugar no total de medalhas nos Campeona-tos Nacionais, a instituição encontra-se com oito no-meações para a 6º Gala do Desporto Universitário pro-movida pela FADU (Federa-ção Académica do Desporto Universitário). A gala, que se realiza no próximo dia 12 de dezembro na Facul-dade de Medicina Dentária de Lisboa, pretende premiar

aauminho com oito nomeações na gala do desporto universitário

no lote de melhores trei-nadores do ano: “É sempre agradável participar na Gala do Desporto Universitário. Confesso que é uma honra estar neste grupo de treina-dores.” O técnico tem tam-bém a equipa que orienta, de futsal feminino, nome-ada para melhor equipa do ano, bem como a jogadora Melissa, que está inserida na votação para melhor atle-ta. Anselmo mostra-se feliz com esta situação que refere ser “ o reconhecimento de um excelente ano do futsal feminino da Universidade do Minho.” Para além do futsal, outras modalidades, como o andebol e o futebol, estão incluídas nas nome-ações. Para o treinador isto é “resultado do trabalho de-

senvolvido ao longo destes anos, sobretudo da dedica-ção e empenho dos atletas”, sendo um reconhecimento gratificante para todos os incluídos no projeto.Quando questionado se a Universidade do Minho pode, este ano, superar os resultados das últimas com-petições, considera que isso “ não será fácil”. “Foi uma época que nos correu muito bem e onde conseguimos o lugar máximo no ranking da EUSA”, frisou.A votação é feita através dos clubes participantes, de um júri nomeado e do público, que até dia 11 pode ajudar a escolher o vencedor de cada categoria através da pági-na oficial no facebook da FADU Portugal.

todos aqueles que se desta-caram na época 2012/2013. A Universidade do Minho, em termos coletivos, vê as suas equipas masculinas de futebol de 11, de futsal, de andebol, e ainda a equipa de futsal feminino nome-adas para melhor do ano, tendo todas elas se sagrado Campeãs Nacionais Univer-sitárias. Nos Campeonatos Europeus, o andebol arre-cadou o 1º lugar, o futsal fe-minino foi vice-campeão e o futsal masculino e o futebol de 11 alcançaram o 6º e 7º lugares, respetivamente. Já no individual, são também quatro os nomeados: Me-lissa Antunes (futsal) para melhor atleta feminina; Anselmo Calais (técnico de futsal feminino) e Gabriel

Oliveira (técnico de ande-bol masculino) e Humberto Gomes (andebol) para me-lhor jogador masculino. A Universidade do Minho é, assim, a que possui o maior número de nomeados, o que mais uma vez distin-gue a qualidade desportiva da instituição que desde o início do ano figura no se-gundo lugar no ranking da EUSA (Associação Europeia do Desporto Universitário), que é definido segundo as participações e resultados conseguidos em Campeo-natos Europeus, sendo este o terceiro ano consecutivo em que a Universidade mar-ca presença no pódio. Anselmo Calais, um dos nomeados, mostra-se or-gulhoso por estar incluído

CAMPUSPÁGINA 06 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

rute pires

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Desde a passada quinta-fei-ra, dia 5 de dezembro, que a Residência Lloyd, em Bra-ga, possui ecopontos para a recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos para poste-rior reciclagem.Esta iniciativa foi desen-volvida pela Comissão de Residentes da Residência Universitária Lloyd Braga,

residência universitária lloyd “invadida” por ecopontos

juntamente com a Braval, empresa multimunicipal que procede à valorização e tratamento dos resíduos sólidos de seis municípios, entre os quais Braga, que quando solicitados para aju-dar, prontamente se dispo-nibilizaram.Cedidos pela Braval, re-cipientes de separação de resíduos foram colocados à disposição de todos os re-sidentes da residência, que

serão colocados em cada quarto. O objetivo desta ac-ção que nos tempos de hoje se afigura de extrema im-portância, segundo Pedro Ribeiro, da Comissão de Re-sidentes Lloyd Braga, “é sen-sibilizar os residentes para a separação do lixo e eviden-ciar, assim, a importância deste ato para o ambiente, bem como criar o hábito de o fazerem nesta que é tam-bém a ‘casa’ deles.”

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CAMPUSPÁGINA 07 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

clara ferreira

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Nesta quadra, a ESN Minho (Erasmus Student Network) propôs uma atividade de acolhimento aos alunos em ERASMUS ou em progra-ma de intercâmbio. Este tipo de atividades já é habitual, uma vez que exis-tem alunos que não visitam o seu país de origem no Na-tal (por motivos financeiros ou outros) e, por isso, não recebem o aconchego dos seus entes. A grande novi-dade deste ano é a de inte-ração direta com as famílias portuguesas, o que revela alguma diferença em rela-ção a anos anteriores onde os estudantes erasmus se reuniam entre si.Ao ACADÉMICO, Alexan-dra Almeida, vice-presi-dente da ESN Minho, es-clareceu como se procede ao acolhimento: “Os alunos estrangeiros interessados neste programa deverão preencher o formulário que se encontra no facebook da ESN Minho ou no site ofi-

esn aconchega natal a estudantes erasmus

Muitas pessoas dirigem-se a nós para nos desejar boa sorte e os parabéns por esta campanha, uma vez que esta atividade já é feita nou-tros locais da rede ESN”, su-blinha a responsável.Por fim, a mesma acres-centa: “Se não resultar, há que melhorar no próximo

ano, uma vez que se apren-de com os erros e o que nós mais ambicionamos é pro-porcionar uma excelente experiência aos alunos es-trangeiros. A mostra da cul-tura portuguesa que os fará, quem sabe, voltar um dia a visitar o Minho e Portugal”, concluiu a universitária.

cial - www.esnminho.org -. O mesmo processo deve ser feito pelas famílias interes-sadas em acolher. Depois, a organização faz o matching dos alunos e fornece infor-mações à família candidata sobre o procedimento”. Este formulário facilita este pro-cesso de associação, uma vez que foca pontos cen-trais, como, por exemplo, habilitações linguísticas.Alexandra diz ainda que o principal objetivo desta atividade “é aproximar da cultura e das famílias por-tuguesas os alunos que não podem ver a sua família do Natal. A barreira linguísti-ca, para alunos que não fa-lem línguas comuns, não é problema, mas uma motiva-ção erasmus também inclui um grande objetivo: a aven-tura!”, concluiu,É também de salientar que esta ação se vai associar às dioceses de Braga e que qualquer família do Minho, ainda que ninguém estude na Universidade do Minho, está convidada a acolher os estudantes. Cada família tem o critério de decidir

como quer proporcionar o melhor festejo ao aluno, já que a ESN funciona apenas como “intermediária” para facilitar o contacto.Para já, Alexandra confi-dencia: “o feedback tem sido muito positivo, espe-ramos ter grande adesão e que a ação seja um sucesso.

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CAMPUSPÁGINA 08 // 11.DEZ.13 //ACADÉMICO

adriana carvalho

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É um dos programas mais antigos e com mais segui-dores na Rádio Universitá-ria do Minho (RUM).“Livros com RUM” come-morou o seu aniversário no passado dia 14 de novem-bro. António Ferreira, jun-tamente com Sérgio Xavier, locutor e animador da esta-ção, dão a voz ao programa de todas as quintas-feiras a partir das 21 horas.Já estão há sete anos no ar e pelo Livros com RUM já passaram mais de 300 auto-res em 331 programas. É feito por quem e para quem gosta de livros, litera-tura e cultura.É seguido por pessoas de todo o mundo e, ao pro-grama, já foram algumas personalidades do mundo literário como Mia Couto, Aguiar e Silva, Manuel An-tónio Pina, Ricardo Adolfo, Irene Pimentel, Élmer Men-doza, Rosa Montero, num misto de escritores nacio-nais com estrangeiros, me-xicanos e espanhóis. Muitos dos prémios literários já passaram por esta “casa do livro”, fazendo de António Ferreira, inicialmente sem experiência de rádio, uma estrela em ascenção.Não há quem faça melhor, não é o melhor, mas melhor ninguém faz e o ACADÉ-MICO esteve à conversa, precisamente, com o seu criador... António Ferreira

Neste 7 anos teve momentos especiais?Sem dúvida! Tive dois es-critores que foram muito importantes, mesmo para o trabalho pessoal que estava a fazer, que foi o professor Aguiar e Silva. O professor tem o livro dentro dos es-tudos literários - “A Teoria da Literatura” - e fui com um pouco de receio, por-que a minha área não é da

sete anos de serviço público ao livro e à literatura

Para mim a romancista mais importante no séc. XX e XXI. Não há ninguém que tenha um romance como “A Ronda da Noite”. Em termos pessoais foi a minha mágoa maior.

Qual o seu género preferido de leitura?

A poesia, sempre. Há ain-da outros autores que me “orientam”, como são os ca-sos de Martin Codax, Luis de Camões, Vitorino Nemé-sio, Herberto Helder, Gil de Carvalho, Jorge de Sousa Braga ou Rui Lage.

Dos livros que leu, de qual

guarda melhores memo-rias? Não são bem memórias, mas, antes, dois grandes romances de leitura “obri-gatória”.O primeiro, de David Gross-man, “Até ao Fim da Terra”. O “Balas de Prata de Élmer Mendoza, para além da es-tória em si, o edifício narra-tivo é, simplesmente, genia.E, como a literatura portu-guesa é muito importante, aqui fica o grande romance deste séc.XXI, dificilmente se escreverá outra obra tão genial, fica o desafio para uma natural leitura n’ “A ronda da noite” de Agustina Bessa-Luís.

literatura. Ele ficou muito surpreendido. Também o professor mexicano Élmer Mendoza, durante a entre-vista, fez uma afirmação abonatória sobre o meu trabalho, porque, no seu en-tender, eu tinha percebido o conjunto da obra como mais ninguém.

Os escritores vêm em si, no seu programa, uma forma de serem criticados?Sim, mas também alguém que lhes entenda a obra. Alguém que lhes chama à discussão de problemas, porque, acima de tudo, lhe leu a obra. Sem fazer repa-ros a ninguém, os escritores ficam, no final da crítica, satisfeitos porque, acima de tudo, alguém lhes leu a obra. Não fazemos crítica li-terária. Há uma consciência e valorização do trabalho do escritor.

Lê todos os livros que co-

menta?Todos! Nunca entrevistei um escritor sem ler o seu livro. É a minha paixão e tem a ver, exatamente, com o objetivo do programa, o processo de educação não formal. Educação do livro e do saber, a partir disso cons-truir uma dimensão critica. O pressuposto do programa é não falar do que não se sabe. Sem ler não sou capaz de dizer o que quer que seja, alimentar uma discussão. Não é possível, numa hora, conversar com alguém base-ado numa contracapa.

Alguém ficou por entrevis-tar em 7 anos?Ficou. Um dos escritores que me deixou muita pena. Não foi culpa de ninguém. A única pena de nunca ter entrevistado, ainda, foi a Augustina Bessa-Luís, é a romancista, o grande autor que eu tenho da literatura portuguesa do séc. XX.

Sérgio Xavier e António Ferreira.A cara e voz atrás dos livros

Daniel Vieira da Silva

Daniel Vieira da Silva

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INQUÉRITO

Daniel Cerqueira admite não ter estado “muito por dentro do assunto”. No en-tanto, o estudante refere que sabia da existência de duas listas, e que teve acesso às propostas apresentadas pela lista B. Daniel confessa não ter votado por não ter estado presente nesse dia, e por isso não critica a falta de participação dos estudantes, mas frisa de que “para po-derem criticar, as pessoas têm de votar, as eleições são a altura certa para as pesso-as poderem mudar a situa-ção”. Daniel considera que as listas fizeram uma boa campanha através dos ex-positores instalados no CPII e das redes sociais e afirma que “as listas não podiam ter feito muito mais do que isso” apesar de desconhecer “o que as listas fizeram ao certo, para além disso.”

Márcia Carvalho também não exerceu o seu voto pe-las mesmas razões. A estu-dante de LEI aponta duas razões justificativas para a elevada abstenção: em pri-meiro lugar sugere a influ-ência que o panorama do país e as atitudes adotadas pelos mais velhos ao abste-rem-se de votar exerce sobre os estudantes, “que não li-gam tanto a estas temáticas como deviam”. Em segundo lugar, Márcia frisa a falta de originalidade das propostas: “as listas apresentam sem-pre os mesmos objetivos, que por vezes são incompa-tíveis com os objetivos dos estudantes”. Márcia confes-sa, no entanto, não se ter in-teirado sobre os programas apresentados, mas afirma que “as listas deviam ter di-vulgado mais informação e deviam ter estado mais «vi-síveis»”.

Ana Catarina Silva foi, dos inquiridos, a única a vo-tar. A aluna refere o “puro desinteresse” e a “falta de impacto que estas eleições deviam ter tido” as prin-cipais justificações para a abstenção record. Ana Cata-rina vai mais longe e sugere que “mais do que as campa-nhas exercidas pelas listas apelando aos estudantes para que votassem em de-terminada lista, deveria ter havido uma maior sensibi-lização dos estudantes para a importância do voto como forma de demonstrar a sua opinião”. Ana Catarina afirma também que nem ela nem os seus colegas ti-veram acesso às propostas apresentadas pelas listas e que “não houve uma gran-de insistência por parte das listas em fazer passar essas propostas aos estudantes” e exemplifica: “já não me lembro se havia panfletos ou não, mas a única coisa que recebi em mãos foram autocolantes: não sei se foi assim tão divulgado”.

Jorge Mendes confessa não ter votado e indica, tam-bém, duas razões para a ele-vada abstenção verificada: alheamento e resignação. “Uma parte (dos abstencio-nistas) não se importa e não dá o devido valor; outra par-te considera desnecessário votar porque ganha sempre a mesma lista, não vale a pena votar noutra” frisa. O mestrando indica não ter tido acesso aos programas apresentados pelas várias listas e revela: “em quatro anos que aqui estou, este foi o único ano em que vi tão pouca publicidade às listas e às suas ideias: tanto na dis-tribuição de panfletos como na exposição de ideias das listas concorrentes”.

MÁRCIA CARVALHO2º ANO//

ENG. INFORMÁTICA

ANA CATARINA SILVA2º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

jORGE MENDES1º ANO - MESTRADO //

CIENC. TECN. AMBIENTE

francisco gonçalves

[email protected]

No passado dia 3 de dezembro, realizaram-se as eleições para a Associação Académica da Universidade de Minho (AAUM), onde mais uma vez a abstenção atingiu valores elevados:88% dos alunos não se dirigiram às mesas de voto para exercerem o seu direito.

O ACADÉMICO foi perceber, junto dos alunos, qual a sua opinião quanto ao significado deste número elevado de abstenções e de que forma se sentiram envolvidos nestas eleições que resultaram numa vitória significativa da lista A, reconduzindo Carlos Videira como presidente da AAUM.

DANIEL CERQUEIRA2º ANO//

BIOQUÍMICA

como se explica a elevada abstenção nas eleições para a AAUM?

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PÁGINA 11 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

dantes estão a reivindicar mais aquilo que acham que deve corresponder às suas expectativas. Outro indica-dor marcante é o de que são, maioritariamente, os alunos do 1º ciclo que procuram o Provedor (cerca de 60%). A média de desempenho aca-démico por outro lado anda à volta dos 13 valores.Ainda relativamente ao to-tal de casos registados no último ano – cerca de 150 – acaba por ser significativo devido ao efeito multiplica-

faseados. Outro facto im-portante é o de que todos os casos que disseram res-peito à avaliação e acompa-nhamento de aprendizagem representaram cerca de 22% do total.Em minha opinião, este facto poderá indicar que os estudantes estão mais rigo-rosos e mais mobilizados para fazer corresponder as expectativas que lhes criam à entrada da universidade, em relação aquilo que na realidade obtêm. Os estu-

ENTREVISTA

daniel vieira da silva

[email protected]

Que balanço faz do mandato que cumpre e que números foram apresentados na pas-sada semana ao Conselho Geral no que diz respeito à atividade do Provedor do Es-tudante na Universidade do Minho (UM)?Em termos de balanço, pen-so que este deve ser feito em termos do que aconteceu neste último ano mas tam-

bém em termos cumulati-vos, ou seja, abarcando os três anos de atividade. Este foi um ano em que a ativi-dade foi mais intensa do que em anos anteriores. O número de casos aumentou substancialmente, numa base de pouco mais de 50 no primeiro ano, 116 no segun-do e, neste terceiro ano, a chegar aos 149 caos, ou seja, quase que triplicou o núme-ro de casos. Em termos de análise dos mesmos, veri-ficou-se uma normalização

da tipologia a nível nacio-nal tendo-se adotado cinco grandes áreas, desdobradas em cerca de 35 subtemas, o que denota que a atividade do provedor é muito diversa e abrangente. Os temas academico-admi-nistrativos representaram perto de 60% dos casos e, neste grupo, engloba-se tudo o que diz respeito a problemas de matrículas, atraso no lançamento de no-tas, estatutos, equivalências, propinas com pagamentos

ANTÓNIO PAISANA

“A RELAÇÃO DO PROVEDOR COM A AAUM TEM SIDO

ÚNICA A NÍVEL NACIONAL”

António Paisana aborda os números da sua atividade enquanto Provedor do Estudante

Daniel Vieira da Silva

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

seriam contemplados, não se candidataram.Acho que a justiça foi repos-ta e isso poderá vir a pesar nos números do abandono escolar associados a este obstáculo regulamentar.

Elogia aqui a AAUM. Na passada semana decorre-ram as eleições na AAUM, como vê a reeleição do Car-los Videira?Foram os estudantes que decidiram. Em termos da-quilo que tem sido a relação do Provedor com a AAUM, esta tem sido única a nível nacional. Alguns provedo-res tiveram, no início, al-gumas reservas por parte das associações académicas e alguns ainda se queixam de alguma falta de acom-panhamento e cooperação com as mesmas. Aqui isso não acontece, porque tem havido uma relação muito próxima, trocamos casos e pedimos ajuda mútua para resolução de alguns proble-mas o que faz com que haja uma colaboração estreita. O Carlos Videira é um Presi-dente muito ativo, dinâmico e preocupado com tudo o que se passa à volta dos es-tudantes. É assim que tenho visto a sua atuação.

É com satisfação que lê as palavras do presidente do Conselho Geral onde elogia o papel dos estudantes no órgão? Recordo que estas palavras contrastam com as declarações de Luís Braga da Cruz no início deste ano. Há aqui uma mudança ou acha que a opinião do ante-rior presidente do CG estava desfasada?Definitivamente a opinião do antigo presidente do CG estava desfasada. Não havia muitas sessões públicas, mas os representantes dos estudantes trocavam comi-go várias informações sobre o que se passava naquele órgão. E eu sabia que os es-tudantes tinham uma par-ticipação ativa, daí que con-sidere que esse comentário, na altura, foi injusto. Neste momento, veio dar-se razão às críticas feitas, nessa altu-ra, pelos estudantes.Este ano tenho acompanha-do algumas das reuniões do CG e tenho visto os es-tudantes a intervirem e a darem a sua opinião sobre

a sairem de dilemas impor-tantes. Mas, como disse, é um processo de aprendiza-gem e o regulamento atual necessitará de ser ajustado, nomeadamente, no que diz respeito ao facto de um aluno só poder beneficiar do apoio uma vez dentro do ciclo de estudos em que está inscrito, assim como na definição do limite máximo de apoio que corresponde ao valor da propina.

Acha que os Serviços de Ação Social podem aqui ter um papel mais interventivo no sentido de alocar uma verba do seu orçamento para apoio a este fundo?Pois, isso seria o desejável e, porventura, o expectável. O assunto já foi falado, só que o Administrador dos SASUM nunca se mostrou muito disponível para isso, talvez porque também não terá recursos para isso.

Como olha o Provedor para o “voltar atrás” do Governo na ação social ao revogar uma medida que havia sido denunciada pela AAUM?É com satisfação que vejo o revogar dessa medida. É im-portante relevar o papel da AAUM nesta matéria. Era, de facto, uma regra injusta e, no ano passado, alguns dos casos que me chegaram estavam relacionados com ela. No ano passado, cerca de 10% dos casos indeferi-dos deveram-se a esse crité-rio e muitos mais existiriam mas, por saberem que não

É evidente que os casos mais complicados são os que en-volvem relações alunos-do-cente quer no contexto da orientação, nomeadamente das teses, mas também no contexto de avaliação. Estes não são problemas fáceis de resolver. Têm sido maiorita-riamente resolvidos no tal contexto de confidencialida-de e informalidade, mas já houve casos que em foi soli-citada a intervenção formal de instâncias superiores.

O caso das praxes foi um dos aspectos no primeiro mandato. Os mesmos têm vindo a diminuir. Confir-ma-se esta tendência?Sim. O número de casos relativos às praxes que che-garam ao Provedor dimi-nuiram. Como é sabido, no ano passado houve uma alteração na regulamenta-ção sobre comportamentos associados às praxes den-tro dos campi, por parte da Reitoria, que originaram alguns casos relacionados com a aplicação dessa regu-lamentação. Este ano, houve apenas uma queixa, e exter-na à Universidade. Duas ou três empresas fizeram uma exposição a denunciar o ba-rulho que está a ser feito na envolvente do campus, por estar a perturbar o seu nor-

mal funcionamento.

Falou há pouco do FSE que vai ganhando uma impor-tância cada vez mais signifi-cativa. Considera este meca-nismo de uma importância vital para os alunos?O FSE nem um ano de exis-tência tem, mas o grupo que foi nomeado pelo Reitor tem vindo a refletir sobre a experiência adquirida. Dos cerca de 60 casos, cerca de 40 foram diferidos. O FSE tem ajudado alguns alunos

dor associado à resolução de muitos deles.

E casos mais virados para as questões sociais e económi-cas. Esses casos têm apare-cido?Se considerarmos os casos relacionados com as bolsas, que antes iam aparecendo, esses casos diminuiram e penso que isso estará rela-cionado com o funciona-mento do Fundo Social de Emergência ao longo do 2º semestre do ano letivo transato. Ainda que os pro-blemas com propinas se mantenham significativos. No entanto, o FSE poderá ter causado alguma dimi-nuição em termos de casos apresentados dessa tipolo-gia.

Há casos em que tenha sentido alguma dificuldade acrescida na sua resolução?A confidencialidade e infor-malidade têm sido dois fa-tores muito importantes na minha atividade, e na ativi-dade dos outros provedores a nível nacional. E isto sur-ge, não só na relação com os alunos, mas também na re-lação com os elementos das estruturas com quem falo no decorrer do processo de resolução dos processos que me apresentam.

Nuno Gonçalves

António Paisana quando tomou posse enquanto Provedor do Estudante

Nuno Gonçalves

“O desempregojovem é umproblemaeuropeu.

Parece que não existe uma

reestruturaçãorobusta na

economia paraabsorver

essamão-de-obra”

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ENTREVISTAPÁGINA 13 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

emigrar?Não há recursos suficientes para tudo e há que tomar decisões. O que se pode questionar são as decisões sobre essa alocação. E aí há que ter visão de longo prazo e pensar nos investimentos que custam neste momen-to, mas que vão ter frutos daqui a uns tempos. A edu-cação situa-se nesse ponto.Quanto ao desemprego jo-vem, essa é uma situação gravíssima. A indústria e os serviços não estão a corres-ponder à existência desses recursos qualificados. Ou seja, parece que não existe uma reestruturação robusta na economia para absorver essa mão-de-obra. Mas re-cordo que o problema do de-semprego jovem é um pro-blema europeu, que é grave, e que deixa qualquer pessoa preocupada.

Quer deixar algum apelo fi-nal aos estudantes?Tenho de passar uma men-sagem de confiança. A UM tem excelentes recursos e estruturas. Foi, recente-mente, reconhecida como a melhor universidade nacio-nal no ranking mundial e os estudantes devem ter con-fiança na sua formação. No entanto, é impossível pen-sar que a estrutura respon-derá sempre e a todos, de acordo com as expectativas criadas. Mas também nes-tes casos últimos, existem meios e recursos á disposi-ção dos estudantes. Na pró-pria estrutura, na AAUM e no Provedor do Estudante.

mente, de longo prazo e de sustentabilidade. O êxito do António Salvador, cujos fru-tos recentes na área despor-tiva e não só (veja-se o au-mento enorme no número de sócios) todos apreciamos, é uma estratégia feita e em-preendida há uns anos atrás e que agora mostra os seus frutos. Actualmente, Antó-nio Salvador apresenta um projeto baseado em ques-tões de sustentabilidade e de longo prazo. De novas ideias e novos projetos. E é neste contexto que me junto a essa candidatura.

Será então vice-presidente para a mesa da Assembleia Geral do Sp. Braga, ao lado de José Manuel Fernandes, eurodeputado, do qual tam-bém já esteve ao lado nas li-des políticas quando apoiou Ricardo Rio nas autárquicas em Braga. É também essa mesma estratégia que o fez integrar a comissão de hon-ra do atual presidente da Câ-mara Municipal de Braga?Estratégia desportiva de um clube é uma coisa, a política é outra. O que me levou a in-tegrar a comissão de honra de Ricardo Rio foi, até, uma questão contrária. Foi uma questão de mudança, de novas ideias, num contexto de maior proximidade, mas também dos projetos que o Ricardo Rio mostrou querer concretizar.

Estamos a falar de política... Como olha para o crescente desemprego no nosso país e a necessidade de alguns jo-vens terem necessidade de

questões de interesse insti-tucional.

Em relação à Fundação AAUM, como olha para este processo que está parado?Quando se começou a que-rer revitalizar e reavivar a Fundação isso aconteceu num período nada propí-cio. Falou-se muito sobre as fundações, e estas eram um “patinho feio” em tudo o que dizia respeito à utili-zação de recursos públicos. Estamos agora num impas-se. A fundação AAUM foi apanhada nesse movimen-to e nesse contexto. Neste momento, aguarda-se um pedido de adiamento para responder às exigências de património que o governo impôs.

Na última vez que falamos falou na necessidade comu-nicar melhor com as estru-turas da universidade e com os estudantes. Está a ser conseguida essa melhor co-municação?Penso que o aumento do número de casos é signi-ficativo e poderá estar de alguma maneira relacio-nado com isso. Tentou-se divulgar, um pouco mais, a figura do Provedor no cam-pus de Azurém. Tenho, ain-da assim, algumas dúvidas sobre a se a divulgação foi

bem-sucedida.

Tem neste o seu último mandato. Já pensou o que poderá fazer depois disso? O regresso às aulas poderá ser o caminho?Este é o meu último ano, e penso naturalmente no regresso às aulas e à inves-tigação, algo que tem ficado para trás nos últimos anos e que é uma exigência, cada vez maior, na carreira do-cente.Penso que poderei vir a uti-lizar muito do envolvimento que mantive com projetos como o do Quadrilátero Ur-bano para efeitos de investi-gação e publicação.

Mais tempo para a inves-tigação, mas mais tempo também para o “seu” futsal. A equipa este ano tem tido uma participação brilhante. Como vê esta boa fase de equipa?Esta equipa teve uma evo-lução gradual e pensada. A grande mudança surgiu contudo no ano passado com a chegada de uma nova equipa técnica. A aposta foi clara, os objetivos e procedi-mentos claramente defini-dos e adotados. Conseguiu--se juntar na equipa gente muito nova com outros com mais experiência. Temos um treinador virado para a

formação e, caso consiga-mos segurar estes jogado-res, temos o futuro assegu-rado.

Ligado ao Sp. Braga pelo fut-sal, mas, agora, não só. Inte-gra a lista de António Salva-dor como vice-presidente da Assembleia Geral. Como é que esta sua integração na lista surge?Os académicos são pesso-as que vivem e convivem com o longo prazo, seja no ensino, seja no que levam à sociedade, seja na inves-tigação e esta ligação surge com uma candidatura que aparece com ideias, clara-

Nuno Gonçalves

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A sua ligação ao futsal continua a ser bastante forte. Orgulha-se do percurso da equipa nesta época

“AntónioSalvador

apresenta um projeto baseado em questões de sustentabilidade e de longo prazo

para oSC Braga”

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

inês barbosa

[email protected]

Telemóvel inteligente ajuda invi-suais em supermercados

Foi divulgada recentemente uma nova tecnologia que pre-tende apoiar os invisuais nas compras de supermercado. Um telemóvel inteligente que cria um percurso real, diminuindo a distância percorrida pelo sujeito e tendo em conta a sua lista de compras. Este protótipo, que ainda se encontra em fase de testes, foi desenvolvido por dois alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo. Para que o indivíduo seja localizado, este sistema recorre à tecnologia da identifi-cação automática por sinais de rádio colocada nos corredores comerciais, em pontos de de-

cisão de um sistema de orien-tação táctil.

Compra da Nokia pela Micro-soft autorizada

A comissão europeia revelou não ter entraves no negócio da divisão de telemóveis da Nokia por parte da Microsoft. Ficou acordado que esta transacção não causa qualquer preocupa-ção a nível da concorrência. As-sim, o negócio deverá ocorrer no próximo trimestre, onde a Nokia pagará 5,3 milhões de eu-ros pela divisão dos telemóveis, pelo uso da marca Nokia nos aparelhos e pela utilização de patentes da multinacional fin-landesa. A Microsoft afirma que não vai restringir o uso do Windows Phone aos telemóveis Nokia.

Microsoft bate recorde na venda das novas Xbox One No dia de lançamento da Xbox One, a Microsoft anunciou ter

vendido mais de um milhão de exemplares em 24 horas. A empresa norte-americana con-quistou, assim, o melhor lan-çamento da história da Xbox, colocada à venda em 13 países. O vice-presidente do marketing

da Xbox, Yusuf Mehdi, revelou em comunicado o seu agradeci-mento pelo entusiasmo dos fãs da Xbox. A Microsoft pretende deixar claro que ambiciona atrair, não só os aficionados em jogos, mas também os usu-

fruidores de música e televisão, neste equipamento. Anterior-mente a esta, encontramos a Xbox 360, que foi a consola mais vendida nos EU.

Telemóvel “jolla” desenvolvido por ex-funcionários da Nokia

Este novo aparelho utiliza um sistema operativo que partiu da plataforma MeeGo e chega a Portugal no próximo ano. Será colocado à venda pela empresa SmartTeki9 e terá o custo de 399 euros. O telemóvel fun-ciona, maioritariamente, por toques e gestos no ecrã e não possui qualquer botão frontal. É compatível com as aplicações para Android e integra mapas e serviços de geolocalização “Here”. Esses são desenvolvi-dos pela Nokia, sendo parte integrante do negócio de venda de telemóveis entre a empresa finlandesa e a Microsoft. O dis-positivo começou a ser comer-cializado na Finlândia há duas semanas.

twittadas

daniel Mota

[email protected]

A maior empresa de comér-cio online do mundo, Ama-zon, está a testar uma forma inédita de entregar as suas encomendas através de ‘dro-nes’, veículos aéreos não tri-pulados. Após a encomenda no site a empresa consegui-rá fazer chegar o produto às mãos do cliente em apenas meia hora.Esta nova possibilidade de transporte - Amazon Prime Air - surgiu no programa “60 Minutes”, da CBS, pelo presidente executivo da em-presa, Jeff Bezos, que acre-dita que dentro de quatro ou cinco anos já será possível entregar encomendas de pe-quenas dimensões através deste sistema batizado por “Octocopters”. Este poderá transportar encomendas até aos 2,3 quilos – o que cobre 86% das encomendas co-mercializadas pela Amazon

- e o raio de distância entre o ponto de partida e de en-trega do ‘drone’ não pode passar dos 16 quilómetros, o que também não é particu-larmente preocupante, dado que cobre a grande maioria das zonas urbanas. Ainda em entrevista, Jeff Bezos ex-plicou que esta ideia pionei-ra tem algumas limitações e esclareceu: “São realmente drones, mas não há razão para que não possam ser usado como veículos de dis-tribuição”. Depois será ain-da precisa a autorização da Administração Federal de Aviação dos EUA para o uso de veículos aéreos teleco-mandados para propósitos civis. Esta demorará alguns anos, especialmente porque a utilização de drones tem estado sob grande debate nos Estados Unidos, preo-cupados com as implicações a nível de segurança e de privacidade dos cidadãos.Roger Costa, estudante da Universidade do Minho

fazer uma encomenda online, pagar e receber o produto em casa?tempo de espera aproximado: 30 minutos

mostra-se recetivo acerca do tema em questão: “Acho uma fantasia ainda longín-qua para poder acontecer. Existem, ainda, demasiados fatores que me fazem duvi-dar da exequibilidade desta ideia”. Telmo Crisóstomo,

também estudante na Aca-demia Minhota, acrescenta: “Apesar de apoiar que este é um sistema que poderá simplificar o sistema de entregas da Amazon, sinto, no entanto, que não é um projeto que vamos poder ver

a funcionar nos próximos anos. Para já, tudo o que sei é que os drones são usados para fins militares e não acho que, neste momento, poderá ser adaptado para o que a Amazon pretende. Daqui a dez anos, não sei”.

DR

Page 15: ACADÉMICO 202

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

EngenheiroElectrotécnico M/F

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criar startups ou arrancar com projectos. O Lean Startup é uma filo-sofia assente, sobretudo, na validação da oportunidade de negócio, do problema e da solução junto dos seus potenciais clientes preve-nindo, assim, que se pro-duza o maior de todos os

O workshop sobre Lean Startup, inserido no Con-necting The Dots | Uminho | Liftoff | CGG, decorre a 11 de dezembro no Campus de Azurém e é totalmente gra-tuito.Esta formação introduz tudo o que precisas de saber sobre esta forma única de

Workshop Lean Startup

O Liftoff estará presente no evento “Encontra o teu E!” a 17 de dezembro. Trata-se de uma mostra que está a ser organizada pelo Centro de Informação Europe Direct de Barcelos (CIED Barcelos), em colaboração com o Gabinete de Relações In-ternacionais (GRI), com o Gabinete de Emprego, Empre-endedorismo e ligação às Empresas (G3E), e da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (AEIPCA) .

O evento decorrerá nos dias 17 e 18 de dezembro nas insta-lações do Campus do IPCA em Barcelos.

Uma mostra que pretende dar enfase a “És” intrinsecamen-te indissociáveis na vida de cada cidadão: Europa, Estágio, Emprego e Empreendedorismo.

Inscrições em http://ciedbarcelos.ipca.pt/pt/281

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>> 15 de DEZEMBRO ‘13Fim do prazo de inscrições para o Concurso de Empreendedorismo Realize o seu Sonho

desperdícios: produzir algo que ninguém quer com-prar. Todos temos a apren-der algo com Lean Startup e este workshop vai-te dar os conceitos e as principais fer-ramentas sobre o mesmo!

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Encontra o teu E!

no Anfiteatro 101 do CPII (Campus de Gualtar) a 12 de dezembro, .

- 17.30h Abertura- 17.40h Apresentação do projeto MENTOR e da pla-taforma www.redementor.pt - receção de candidaturas ao apoio de mentoring

A Associação Industrial do Minho e o Conselho Empre-sarial do Centro/Câmara do Comércio e Indústria cria-ram a Rede de Mentores, cujo objetivo é apoiar jovens empreendedores, no desen-volvimento de projectos ino-vadores.O projeto será apresentado

Sessão de Apresentação do Projeto Mentor18.00h Espaço para dúvidasSe é empreendedor e pre-tendes beneficiar de um apoio de mentoring no de-senvolvimento do teu pro-jeto não podes perder esta oportunidade.

Para mais informações con-sultar liftoff.aaum.pt.

> 15 de DEZEMBRO ‘13Fim do prazo de inscrições para o Concurso de Empreendedorismo InovPortugal

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CULTURA

a vida sonhada de dois anjos encantadoresSALA DE CINEMA: a vida de adèle (2013)

sante a proximidade com ela: os grandes planos cap-tam-lhe qualquer expressão e os olhares variantes, apro-ximam-na de nós e obriga--nos a partilhar as suas emoções. São, pois, jogos de obsessões partilhados por emissor e receptor. Adèle Exarchopoulos mostra-se mestre nesta manipulação, consegue transfigurar a ideia de personagem em

pessoa autêntica, sem to-ques de sensacionalismo. O reconhecimento só lhe fica bem, mesmo que pareça, ainda assim, escasso.As cenas de sexo tão faladas e criticadas – e são muitas, é certo - não chocam por um simples motivo: são repre-sentações plenas de sensu-alidade dos estímulos exta-siados e fervorosos que as duas partilham. Esta sim-

biose dos corpos foi a mais bela forma de poesia que o realizador encontrou para retratar um romance que se queria real. Conseguiu mais do que isso, conseguiu criar uma autêntica ode ao senti-mentos já tão massacrados pela repetição inconsequen-te, concebendo uma experi-ência assombrosa que cres-ce de consideração a cada minuto de distância.

cÉsar carvalho

[email protected]

É difícil escrever sobre “A Vida de Adèle”. Por muito que me empenhe a exterio-rizar o encanto de tal expe-riência, nunca conseguirei fazer jus à última obra de Kechiche por meio de pa-lavras; esta será sempre maior, ainda maior, que a o carácter superlativo que aqui lhe reconheço. O filme não é só o merecido vence-dor da Palma de Ouro na última edição do Festival de Cannes (e onde a dupla de atrizes foi laureada, de for-ma inédita, com o mesmo e referido prémio), ele é, por-ventura, a mais bela história de amor passada para o ecrã neste novo século.Que não restem dúvidas, é de amor que o filme trata. Sem qualquer preocupação com a controvérsia – o rótu-lo de ‘impúdico’ manchou fortemente a reputação do filme -, o realizador tunisi-no dá a atenção devida dos habituais romances para criar um exemplar sem gé-nero nem rótulo, um drama conjugal sem formalismos. Adèle conhece Emma num período de descoberta do

seu corpo e dos seus de-sejos. A sinopse não pode mostrar muito mais do que isto: Emma estuda Belas Artes, Adèle quer ser edu-cadora. Ambas rapidamente se mostram dependentes uma da outra. O ato de en-volvimento que as une serve os propósitos continuamen-te associados à ideia juve-nil da própria concepção: o encontro, a idealização, o amadurecimento, a dor e a desilusão. O seu amor lés-bico, fruto de uma química fascinante entre as atrizes, é tão ou mais complexo que o comum dos relacionamen-tos tradicionais. As sensa-ções, essas parecem ser re-dobradas, para o bem e para o mal.Como nos informa o título, o filme é a representação da história de Adèle na sua etapa mais intensa. Não é à toa que esta personagem partilha o nome da atriz que lhe dá vida; o motivo de Kechiche foi dar ao motor da história o máximo de fi-delidade material. E Adèle, a actriz, deu à Adèle perso-nagem o maior dos trunfos: deu-lhe corpo e mensagem, deu-lhe vida. A construção das imagens busca inces-

Realizador:Abdellatif Kechiche

Elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos,

Salim Kechiouche

Estreou em Portugal:28/11/2013

Nacionalidade: Francês

Pontuação: 5/5

Page 17: ACADÉMICO 202

ruas, tudo passa por estas páginas escritas com muito carinho.

5 - A Minha Mamã de Astley e Baker, Bertrand. A porquinha Peppa e os seus rebentos, num pequeno livro. É um regalo para os mais pequenos.

PÁGINA 17 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 49 / 201306 DEZEMBRO

1 ARCADE FIRE - Reflektor

2 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you

3 PZ + dB - Cara de chewbaca

4 LINDA MARTINI - Ratos

5 COCOROSIE - Gravediggress

6 BONOBOHeaven for the sinner

7 CRYSTAL FIGHTERS - You & I

8 PALMA VIOLETSBest of friends

9 MÁRCIA - Menina

10 NOISERVToday is the same as yesterday, but yesterday is not today

11 LUÍSA SOBRAL - Mom says

12 WARPAINT - Love is to die

13 BEST COASTI don’t know how

14 VAMPIRE WEEKENDDiane young

15 GUTA NAKI - Ainda não sei

16 NICK CAVE & THE BAD SEEDSWe no who u r

17 PEIXE AVIÃOPonto de fuga

18 CAYUCASHigh school lover

19 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege

20 NIGHTMARES ON WAX Now is the time

POST-IT9 dezembro > 13 dezembro

CLÃRompe O Cerco

VERONICA FALLSNobody There

LOCAL NATIVESYou & I

JosÉ reis

[email protected]

O nome de Jessy Lanza é ainda desconhecido para muitas pessoas. Desconhe-cem que é uma das recentes aquisições da Hyperdub, a editora de Kode 9 (ligada à música electrónica mais experimental e às novas tendências urbanas), desco-nhecem que acaba de editar um belo disco, de seu nome “Pull My Hair Back” (numa clara alusão aos longos ca-

belos que tem...), desconhe-cem que pode ser um dos nomes a seguir em 2014, num ano que está prestes a arrancar. Jessy Lanza chega com pezinhos de lã, uma electrónica que conforta, uma voz que lembra, aqui e ali, lendas vivas (ou mor-tas...) do r&b mais tradicio-nal, com Aaliyah à cabeça. Mas Jessy Lanza é mais que isso: é um sussurrar entre lençóis de nevoeiro, é uma presença constante num ambiente feito de electróni-

CD RUM

cas minimais. No entanto, a música não deixa enga-nar. Se, a espaços, tudo isto soar a Junior Boys, a dupla canadiana que está há al-gum tempo sem dar sinal de vida, não é por acaso. Jeremy Greenspan, uma das metades da dupla cana-diana, foi o nome escolhido para a produção do álbum de estreia de Jessy Lanza. Um padrinho de peso, num disco que marca (e marcará mais, se lhe derem espaço) este final de ano de 2013.

AGENDA CULTURALBRAGA

LITERATURA12 a 22 de dezembroFeira do Livro de NatalCasa do professor

MÚSICA14 de dezembroXVIII Puer Natus EstSé Catedral

14 de dezembroCarlos do CarmoTheatro Circo

21 de dezembroComemorar AquilinoCasa do professor

TEATRO

13 de dezembroAh, os dias felizesTheatro Circo

17 a 20 de dezembroSabe Deus pintar o diaboTheatro Circo (peq. auditório)

GUIMARÃES

13 de dezembroMultiplexCCVF

14 de dezembroNoiservCCVF (black box)

FAMALICÃO14 de dezembroSara TavaresCasa das Arte

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

voz de elfo num lençol de nevoeiro

1 - Memórias de um amigo imaginário de Matthew Dicks. A vida e imaginação de um menino autista em confronto com a sua alma gémea. Hino ao respeito humano.

2 - Os Afluentes do Silêncio de Eugénio de Andrade, Assírio e Alvim. O poeta português em diálogo com os seus interesses literários, numa prosa límpida.3 - Caderno de Significados de Agustina Bessa-Luís,

Guimarães Editores. Pequenos apontamentos, as amizades, Sophia, e, pasme-se, a sua filiação política. Até neste registo, o génio é perceptível

4 - Porto. Viagem ao Passado de Germano Silva, Porto Editora. O grande divulgador da capital do norte, em mais um livro que é um hino às gentes generosas e sinceras do Porto. Os seus cafés, as suas igrejas, as suas

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PÁGINA 18 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

DESPORTO

E como têm sido os resulta-dos académicos?Nos três primeiros anos, os resultados não foram os que eu esperava porque estava a dedicar-me mais ao desporto. Depois foram melhorando e

toMás soveral

[email protected]

Como concilias os estudos com a competição?Tem de ser com muito esfor-ço. Tento planear bem o estu-do, saber bem o calendário desportivo e estudar com an-tecedência para os exames. Levo uma vida mais organi-zada do que a maioria dos alunos porque a qualquer momento posso ficar sem tempo para estudar.

Quanto tempo despendes para cada actividade?Como estou no último ano de medicina, tenho uma componente de estágio mui-to forte, por isso, passo muito tempo no Hospital e quando chego a casa, ainda tenho tra-balho para fazer. Apenas no final do dia é que me posso dedicar ao taekwondo.

Consegues descrever o teu dia-a-dia?Acordo por volta das 7h00 e entro no Hospital entre as 8h00 e as 8h30. Costumo almoçar por lá e se não tiver estágio à tarde, vou estudar para a biblioteca da univer-

sidade. Depois a partir das 19h00 vou para o treino.

Tem ajudado o facto de seres aluno/atleta?Uma das coisas boas é poder utilizar o pavilhão à vonta-de, mas o facto de ser aluno/atleta implica que tenha de trabalhar mais do que um aluno normal. Quando en-trei no curso, ainda não ha-via grande sensibilidade da parte dos professores para os atletas, mas agora penso que a situação está melhor, até porque já podemos realizar provas orais, no caso de ter-mos faltado a algum exame.

O que tens a dizer sobre o apoio que é dado aos atletas aqui na Universidade do Mi-nho?A Universidade do Minho tem um apoio ao desporto acima da média. Somos uma universidade que não tem o curso de Desporto, mas, mesmo assim, penso que vamos ser agora Campeões da Europa de modalidades e a nível nacional também es-tamos muito bem classifica-dos. O que demonstra que o apoio no desporto está a ser muito bem feito.

josé Fernandes, de 26 anos, conquistou a medalha de bronze no último Campeonato Europeu Universitário, em Moscovo. É natural de Braga e frequenta o 5º ano de Medicina na Universidade do Minho.

Quais são as tuas metas fu-turas?

Neste momento, estou a de-dicar-me mais ao curso por-que o futuro profissional está mais próximo e, como a si-tuação do país não está fácil, tenho de me esforçar. A nível desportivo, quero continuar a conciliar o taekwondo com o curso, treinando todos os dias e fazendo o meu melhor em todas as provas que parti-cipar, como neste último Eu-ropeu Universitário, em que consegui o 3º lugar.

Quais foram os melhores momentos da tua carreira?O melhor momento foi quando fui Campeão Euro-peu Universitário, em 2008. Foi fantástico!Até aí, ainda ninguém tinha conseguido esse título, o que fez com que a equipa acredi-tasse que seria possível che-gar sempre ao lugar mais alto do pódio.Todos os títulos nacionais que fui conquistando tam-bém foram importantes. No geral, estou satisfeito com toda a minha carreira porque consegui manter-me sempre no topo.

o próprio gosto pelo curso foi crescendo, porque conse-gui desenvolver uma maior capacidade de trabalho e de organização, que me permi-tiu conciliar o curso com o ta-ekwondo de forma eficiente.

O que gostas de fazer nos teus tempos livres?

Eu gosto de sair, apesar de não o fazer com frequência. Mas aproveito o tempo livre para estar com a minha na-morada. Ela está no mesmo curso que eu e como tam-bém tem pouco tempo livre, aproveitamos para estar jun-tos. Também aproveito para

Costumas ir sair a bares ou discotecas?

Já não saio à noite há muito tempo, acho que a última vez foi no verão. Levo uma vida tão organizada e com tão pouco tempo de sobra que uma só noite pode-me desor-ganizar a vida toda. Por isso, só nas férias é que costumo sair.

passar algum tempo em fa-mília porque ao longo destes anos, com todo o trabalho, tem sido difícil.

Queres partilhar algum epi-sódio caricato que já te tenha acontecido em algum dos tor-neios?

Costumo contar sempre a mesma história quando me

o lado pessoal do atleta josé fernandes

DR

JOSÉ FERNANDES

fazem essa pergunta, por isso não vou fugir à regra. Em 2007, fomos para o Open de Espanha, de avião, mas quando chegámos, ninguém tinha malas. Tinham-se per-dido na viagem e tínhamos lá toda a nossa roupa e todo o material que precisávamos para a competição.Tivemos de andar a pedir material emprestado a ou-

tros atletas, antes de cada combate. Emprestaram-nos tudo, mas os tamanhos eram enormes, por isso, tivemos de andar a dobrar os fatos para ficarem minimamente confortáveis. No final, correu muito bem! Todos consegui-mos conquistar medalhas e foi aí que consegui obter o meu estatuto de atleta de alta competição.

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PÁGINA 19 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

Após ter comemorado o seu se-gundo aniversário a Erasmus Student Network (ESN) Minho chega ao Jornal Académico. Além da newsletter semanal e da página no Facebook, agora poderás acom-panhar-nos também no papel. De forma a garantir o igual acesso à informação os artigos, escritos por alunos de várias nacionalidades, serão traduzidos pelos mestrandos em Tradução e Comunicação Bi-lingue da UM. A ESN Minho tem como missão principal propiciar aos estudantes de mobilidade uma experiência mais enriquecedora e inesquecí-vel. Os estrangeiros a estudar em Braga e Guimarães podem apren-der novas línguas, aprender a dan-çar com profissionais, assistir a

filmes de culto, ser solidários e ati-vos socialmente, entre outros, tudo gratuito e além das já conhecidas festas e viagens.Mas não existimos apenas para eles. Com o ESNCard todos os estudantes do Minho podem ter acesso a descontos exclusivos em centenas de cidades europeias, participar nos nossos intercâmbios europeus e passar períodos remu-nerados no estrangeiro no quadro do Serviço Voluntário Europeu.Com esta página queremos que estejas sempre a par de tudo isto e muito mais.Se quiseres fazer parte desta aven-tura envia-nos um e-mail e parti-cipa nas sessões de recrutamento. A ESN Minho chegou e está aqui para ti!

After celebrating its second anni-versary, Erasmus Student Network (ESN) Minho has now hit the news through the Jornal Académico. In addition to our Facebook page and the weekly newsletter, you can now follow us on paper. To assure equal and easy access to information, our articles, written by students from different nationalities, will be translated by students from the Master’s degree in Translation and Multilingual Communication (MTMC) at UMinho. Our mission at ESN Minho is to provide an enriching and unfor-gettable experience to mobility stu-dents. Foreign students both in the Braga and Guimarães campi have the chance to learn new languages, attend professional dance classes,

watch cult movies and be actively involved in social, solidarity work (among others), for free. Not for-getting, of course, our famous par-ties and trips.So welcome aboard. All UMi-nho students are welcome. How? Thanks to the ESNCard they can benefit from exclusive discounts in several European cities, be part of European exchange programs and be involved in exchange perio-ds abroad within the scope of the European Voluntary Service.This page is designed to keep you up-to-date about all this and much more. If you want to be part of this adventure, send us an e-mail and attend the selection sessions. ESN Minho has arrived and it is here to help you!

13/12 – 20h00Braga – Pai Natal Party @ Stéphane

Até 02/01Candidaturas intercâmbio E+C: SEGA

Until 02/01Application for E+C: SEGA Exchange Programme

11/12 – 23h30Guimarães – Seven Acade-mic Sins Party @ Double & Pulse12/12 – 10h00Guimarães – Erasmus in Schools

18/12 – 20h00GuimarãesJantar e Festa de NatalChristmas Dinner and Party

24/12 – 20h00Braga e Guimarães – Ceia de Natal Erasmus nas famílias | Erasmus Christmas dinner with Portuguese families

31/12 – 20h00Revéillon Erasmus

08/01 – 21h00Guimarães White Party10/01 – 20h00Braga – Welcome Back Party

16/01 – 20h00Braga – Pijama’s Party @ Stéphane & BA

18 & 19/01Viagem à | Trip to Serra da Estrela

ESN em papel ESN on paper

Agenda ESN Minnho

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