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BA de Guimarães reabre de “cara lavada” UNIVERSIDADE DO MINHO CELEBRA 40 ANOS COM OLHOS POSTOS NA REGIÃO ACADEMIA MINHOTA ESTÁ DE PARABÉNS campus Produtos “made in Portugal” no centro da cidade de Braga local DESPORTO NA UMINHO É O MELHOR DA EUROPA RANKING DA EUSA COLOCA A UMINHO COMO A MELHOR INSTITUIÇÃO. O ACADÉMICO FOI PERCEBER AS RAZÕES QUE MOTIVAM ESTE SUCESSO ACADÉMICO EM PDF Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 203 / ANO 10 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 19.FEV.14 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Igualdade de género no Dia Mundial da Rádio Braga, a capital dos estudantes de Economia e Gestão

ACADÉMICO 203

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BA de Guimarães reabre de “cara lavada”

UNIVERSIDADE DO MINHO

CELEBRA 40 ANOS

COM OLHOS POSTOS NA

REGIÃO

ACADEMIA MINHOTA ESTÁ DE PARABÉNS

campusProdutos “made in Portugal” no centro da cidade de Braga

local

DESPORTO NA UMINHO É O MELHOR DA EUROPARANKING DA EUSA COLOCA A UMINHO COMO A MELHOR INSTITUIÇÃO. O ACADÉMICO FOI PERCEBER AS RAZÕES QUE MOTIVAM ESTE SUCESSO

ACADÉMICO EM PDF

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA203 / ANO 10 / SÉRIE 5QUARTA-FEIRA, 19.FEV.14

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

Igualdade de género no Dia Mundial da Rádio

Braga, a capital dos estudantes de Economia e Gestão

19.FEV.14 // AC

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ÉMIC

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BA

METR

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NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

BA de GuimarãesRenasceu, revitalizou-se ou re-formulou-se? Creio que qualquer das opções serviria para respon-der à pergunta: O que aconteceu no BA de Guimarães? Agora há condições, urge aproveitá-las e potenciar ao máximo um espaço nobre dos nossos estudantes.

As praxesA discussão sobre o tema já ul-trapassou o limite. O que acon-teceu no Meco não é praxe e quando tentam colar esse facto ao que se passa nas outras uni-versidades é muito grave. Por-que a praxe no Minho EXISTE, mas não como a “comentam”.

Desporto na UMinhoIncontornável. O desporto na UMinho bate recordes. Assume--se como sendo de excelência e deixa pouco espaço aos “faze-dores de opinião” para criticar. A cultura desportiva existe e há instituições que estão, por isso, de parabéns.

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 19 fevereiro 2014 / N203 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

PÁGINA 03 // 19.FEV.14// ACADÉMICO

LOCAL

josé reis

[email protected]

A ideia passava por um projecto temporário, apro-veitando a época de Natal onde todos procuram o presente ideal para todos: abrir uma loja com conceito definido no centro da cida-de de Braga. Um local onde se privilegiasse os produtos portugueses, com design arrojado, com ideias inova-doras e numa lógica de dar a conhecer que Portugal é, afinal, um país pejado de criadores e criativos. Assim surgiu, em plena Rua de Ja-nes, a AKA Store. “A ideia surgiu com um amigo meu, que me ajudou na procura de um espaço, e passava por dar a conhecer alguns cria-dores nacionais, algumas

marcas, mas apenas por um determinado tempo”, revela Juliana Rito, a proprietária desta loja, em conversa com o ACADEMICO. Um tempo que abrangeria apenas o pe-ríodo de Natal mas que aca-bou por se prolongar. “Cor-reu bem, não tive prejuízo (risos), o que me levou a pensar que poderia continu-ar com este espaço aberto. Sinto que não existe na cida-de nada com este conceito e que existe público para este tipo de objectos”, destaca a arquitecta.

Design português

Mas, afinal, que produtos se podem encontrar nesta loja com um conceito bem demarcado? “Há várias coi-sas, para um espaço que não

é assim tão grande (risos). Temos roupa de designers jovens portugueses, temos alguns objectos de decora-ção, alguns acesssórios de moda, temos calçado. Nou-tra vertente, temos também alguns produtos gourmet, alguns trabalhos de artes plásticas. Mas tudo com assinatura portuguesa”, re-força Juliana Rito, fazendo deste mote o destaque fun-damental da loja que inau-gurou há cerca de três me-ses. “O feecback tem sido positivo, tenho sentido mui-ta curiosidade por parte dos bracarenses sobre estes pro-dutos. Porque, finalmente, temos uma loja destas em Braga, não precisamos de ir ao Porto”, destaca a arqui-tecta, que acumula as fun-ções diárias nesta área com

tindo que, depois do dia de trabalho, ainda possa passar por cá para comprar um ou vários produtos”, esclarece Juliana Rito. Para a Prima-vera/Verão, e para além das novas marcas e colecções que quer mostrar no seu espaço, a arquitecta prome-te novidades, como o lança-mento de marcas no local.

a loja, aberta de quarta a sá-bado, entre as 15h e as 20h. “Sinto que ninguém sai de casa às 10h da manhã para comprar roupa. E sinto que o horário das lojas normais não se coaduna com a roti-na diária dos consumidores. Por isso optei por prolongar o horário de funcionamento da loja até às 20h, permi-

produtos “made in portugal” no centro da cidade de braga

josé reis

[email protected]

São produtos portugueses, juntos, num mesmo espaço. A AKA Store pretende dar assim espaço a que os jovens criado-res e criativos da região e do país possam dar a conhecer os seus produtos.O ACADÉMICO foi conhecer este novo conceito no centro de Braga, em plena Rua de Janes.

PÁGINA 04 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

CAMPUS

inês barbosa

[email protected]

A “Semana da Lei”, organi-zada pelo Centro de Estu-dantes de Engenharia In-formática da Universidade do Minho (CeSIUM), lança a todos os elementos do universo académico, desde alunos e docentes a fun-cionários, a possibilidade de participarem na “Cor-rida Social de LEI”. Entre as diversas atividades, esta assume um cariz social e desportivo e tem como prin-cipal objetivo fazer reverter o valor total das inscrições para o Fundo de Emergên-cia Social da UM, de forma a ajudar estudantes com dificuldades sócio-econó-micas. Através deste fundo, 50 alunos receberam apoio financeiro em apenas 6 me-ses. Filipe Oliveira, mem-bro do CesiUM declarou ao ACADÉMICO que “desde que haja um estudante que não deixe de estudar por razões económicas devido a

lei põe academia a correr por causa solidária

as inscrições estão a correr a um ritmo “extremamente positivo” e todas as medidas estão a ser tomadas para que esta atividade aconteça de uma forma exemplar. A prova realizar-se-á no pró-ximo dia 19 de fevereiro e

a primeira partida será às 16h30 junto à Biblioteca Geral de Gualtar. As inscri-ções deverão ser enviadas até às 12h do mesmo dia para [email protected] ou entregues na sede do CeSIUM.

estas iniciativas, isso já jus-tifica todo este esforço.” A prova terá uma distância de 4000 metros, de forma a cativar diferentes faixas etá-rias. Todos os tempos serão controlados pela Associação de Atletismo de Braga e o trajeto será percorrido den-tro do espaço do Campus de Gualtar. Os participantes poderão consultar o percur-so e informações adicionais no regulamento da prova, na Internet. O curso com maior número de partici-pantes, bem como os três primeiros classificados nos Escalões Sénior (masculino e feminino), receberão um prémio. A ideia surgiu do Departa-mento de Relações Externas e Patrocínios do CeSIUM e a partir de exemplos bem sucedidos e concretos, como a “Corrida Vital - NEMUM” e “Corrida Social AAUM”. Esta será uma competição de superação pessoal e so-cial, que visa estabelecer o convívio, a seriedade e a

convicção. Este grupo de estudan-tes confessou que prevê “a participação de 150 atletas, colocando a linha dos 100 participantes como o nível de sucesso mínimo a alcan-çar.” Segundo os mesmos,

CAMPUSPÁGINA 05 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

francisco gonçalves

[email protected]

“Há exatamente 40 anos, neste mesmo Salão Medie-val, foi investida a Comissão Instaladora da Universidade do Minho (UM).” Foi assim que se iniciou o discurso do magnífico reitor da UM, António M. Cunha, na ceri-mónia solene do 40º aniver-sário de uma instituição que viria a vingar o «ceticismo» de muitos, aos olhos de Dio-go Freitas do Amaral, antigo ministro do governo socia-lista de José Sócrates, que se auto-intitulou «benjamim» da referida Comissão Ins-taladora, que tomou posse a 17 de Fevereiro de 1974, data a partir de então assinalada como referência para cele-brar o dia institucional da academia minhota. Foi ao som das vozes do Coro Académico da UM, acompanhado pelo Quinte-to de Metais, formado por alunos do Departamento de Música, e sob a direção do maestro Rui Paulo Teixei-ra, que o tradicional cortejo académico, composto por personalidades destacadas no Ensino Superior em Por-tugal, percorreu o corredor central do Salão Medieval, localizado no edifício da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga.A sessão teve como primei-

ro orador o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, que salientou as transformações e as novidades que a UM, “vista por muitos, à época, como um fracasso” devido às divergências existentes entre os vários intervenien-tes no processo de fundação, e por ser, também, uma épo-ca de estagnação promovida pelo Estado Novo, veio ins-taurar, nomeadamente nas relações que a própria Co-missão Instaladora preten-dia estabelecer entre a Aca-demia e a Sociedade Civil, que nas palavras de Freitas do Amaral, seriam “relações próximas e fecundas (…) algo que era novidade num país onde a investigação era muito individualista, fecha-da e restrita às instituições da capital”. Freitas do Ama-ral referiu ainda o “prazer intelectual e profissional que fora construir do nada este projeto” que se revelou “tão prolífero e que pôde dar tantos frutos”. Sobre a situa-ção económica atual, Freitas do Amaral afirmou: “a crise há-de passar” e acrescentou: “ é importante salientar que no tempo das vacas magras é necessário manter e atu-alizar os projetos para que, chegada a hora das vacas gordas, a UM possa apare-cer com os seus trunfos e brilhar” e deixou ainda uma sugestão para os mais céti-cos: “Valerá a pena? O poeta

dá-nos uma resposta genial” referindo-se à máxima pes-soana “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.Esta cerimónia foi palco de uma homenagem ao principal impulsionador do surgimento das chama-das “Novas Universidades”, José Veiga Simão, ministro da Educação Nacional entre 1970 e 1974, referido por Freitas do Amaral como “o melhor ministro da Educa-ção que Portugal conheceu”. A Veiga Simão, que não es-teve presente na cerimónia por motivos de saúde, tendo sido apresentado num vídeo onde é entrevistado pelo atual reitor, deve-se o surgi-mento de quatro novas uni-versidades: Minho, Aveiro, Nova de Lisboa e Instituto Universitário de Évora, mais tarde, Universidade de Évo-ra, aumentando assim para oito as instituições de ensi-no superior em Portugal.

AAUM olha para o passado da instituição

Carlos Videira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), aponta o sucesso e crescimento da UM como resultado da sua “capacida-de reivindicativa e construti-va”, que “nunca temeu desa-fiar caminhos improváveis” e que “teve a audácia de an-tecipar o risco da mudança

em nome do futuro coleti-vo”. Carlos Videira salientou três aspetos importantes que marcaram os últimos tempos, tanto a nível inter-no como a nível nacional: as sinergias estabelecidas entre a Universidade e a sua associação académica no que concerne à temática do desporto, que levou a ins-tituição a alcançar, no ano transato, o primeiro lugar do ranking da Associação Europeia de Desporto Uni-versitário; a falta de reco-nhecimento, por parte da tutela, dos sucessos alcança-dos, não criando “condições para que os mesmos se mul-tipliquem”, nomeadamente com os devidos apoios que se veem sucessivamente re-duzidos, relembrando que a UM é “a instituição de En-sino Superior com maior número de bolseiros em ter-mos absolutos”; por último, denunciou, ainda, o “forte ataque” que os meios de co-municação social têm per-petrado aos estudantes do Ensino Superior, “decorren-te de leituras precipitadas (…) num aproveitamento inaceitável de um aconteci-mento trágico que merecia um tratamento com outra elevação”, referindo-se à tra-gédia ocorrida na Praia do Meco.

António Cunha critica cor-tes orçamentais

Para o reitor, António Cunha, “são tempos difí-ceis os que nos aguardam”, relembrando a redução efe-tiva de 6,1% do Orçamento do Estado dirigido à UM, valor que o magnífico rei-tor espera ver alterado “nos termos do compromisso assumido pelo Senhor Pri-meiro-Ministro”, afirma. Apesar de tudo, António M. Cunha realça a importância da reafirmação das Univer-sidades Públicas enquanto organismos autónomos que “precisam de trabalhar num quadro regulamentar trans-parente e atempadamente

definido, incluindo ao nível do seu financiamento” de modo a poderem “afirmar, de forma diferenciada, os seus projetos educativos e de desenvolvimento”. A UM não pode, nas palavras do reitor, “abdicar daquilo que é a sua matriz fundacional” e o compromisso que esta-beleceu “com o desenvolvi-mento da nossa região e do nosso país”. Durante esta cerimónia foram decorrendo vários momentos que visaram premiar todos os membros da academia que se desta-caram durante o ano letivo anterior, com especial ên-fase para a atribuição de Prémios de Mérito ao Estu-dante, no qual foram distin-guidos cerca de 20 alunos com as melhores classifica-ções de cada escola; e para a atribuição do Prémio de Mérito à Investigação, pré-mio anual que visa distin-guir os investigadores que compõem as várias escolas e institutos da universidade, este ano atribuído a Arman-do Machado, professor cate-drático da Escola de Psico-logia da UM e coordenador do Laboratório de Aprendi-zagem e Cognição Animal, o único do género em Por-tugal. Procedeu-se ainda à entrega oficial do cheque de 50 mil euros, angariados pelo Lions Clube de Braga, que serão revertidos para o Fundo Social de Emergên-cia e que visam ajudar os alunos carenciados e que foram excluídos do processo de seleção normal de bolsas de ação social.Esta cerimónia terminou em plena Praça da Repúbli-ca, sob um céu cinzento que não dava sinais de tréguas, com a inauguração da Expo-sição Itinerante dos 40 anos da UMinho, que irá percor-rer sete concelhos da região minhota e que é composta por 12 estruturas, uma de apresentação da UM e 11 apresentando cada uma das Unidades Orgânicas de En-sino e Investigação.

a ternura dos 40 celebrada com maturidade e autonomia

clara ferreira

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Os Serviços de Ação Social da UM (SASUM) juntamen-te com a Associação Acadé-mica da Universidade do Minho (AAUM) e a Associa-ção de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AEUM) estão a promover uma campanha desde 20 de janeiro relacionada com a recolha e oferta de roupa. O objetivo das entidades que promovem esta atividade passa por angariar roupas para os alunos e comunida-

campanha de recolha e oferta de roupa continua até 22 de fevereiro

bemos é que os nossos alu-nos, funcionários e docentes são em regra pessoas muito generosas e solidárias. Há também muitas doações da comunidade externa à Uni-versidade”, conta.Relativamente ao cenário de crise em que o país se en-contra e questionado acerca do suposto aumento da do-ação nestas épocas, Fernan-do Parente diz que “a solida-riedade existe sempre. Este ano houve mais procura de pessoas para levantarem roupa, sinais de uma crise muito sentida, muito mais do que nos é transmitido

diariamente pelos media”.Qualquer estudante que te-nha em vista a recolha de peças de roupa para seu uso ou de outros (amigos, fami-liares) poderá fazê-lo sem qualquer custo na zona de exposição dos Complexos atrás referidos, numa zona reservada para o efeito, até ao dia 21 de Fevereiro.As peças de vestuário que não forem recolhidas por estudantes da Universidade do Minho até dia 21 de feve-reiro serão doadas a Institui-ções de Solidariedade Social dos concelhos de Braga e Guimarães.

de externa com mais neces-sidades, mas também for-mar personalidades e uma atitude solidária por parte da comunidade académica.

Fernando Parente sublinha boa adesão

Em entrevista ao ACADÉ-MICO, Fernando Parente, responsável da atividade garante que “apesar de não existirem ainda contagens finais, a adesão tem sido muito boa. Já terão recolhi-do cerca de 2000 peças”.Esta atividade que começou em 2008 com 825 peças

entregues, ao longo dos úl-timos anos tem-se “mantido estável, entre 1500 e 2000 peças de roupa e calçado”, revelou. Qualquer pessoa pode doar, frequentando ou não a Uni-versidade do Minho, os lo-cais de “receção e exposição são os Complexos Despor-tivos de Azurém e Gualtar (9h-24h), até sexta feira dia 21 de Fevereiro, mas se vie-rem atrasados recebemos na mesma”. A única “exigên-cia” que esta ação de caráter social traz é o bom estado da roupa.“Não há um perfil, o que sa-

CAMPUSPÁGINA 06 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

catarina hilário

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Uma das maiores gráficas do mundo, a Hung Hing Printing, vai explorar a tec-nologia Bridging Book, de-senvolvida na Universidade do Minho. O acordo entre ambas as partes já foi assi-nado. Esta tecnologia foi produzi-da pelo engageLab, laborató-rio da UM criado em 2009, pelo Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade e pelo Centro Algoritmi e per-mite a conexão de livros em papel com dispositivos mó-veis, mais especificamente

gigante asiática pretende usar tecnologia da uminho nos seus produtos

com tablets. Sem necessi-dade de cabos de ligação ou pilhas, a conexão é feita atra-vés de um sistema de tecno-logia por íman e permite fazer a deteção dos livros físicos e estabelecer o entre-laçamento, gerando conte-údos complementares. Ou seja, ao mesmo tempo que as páginas do livro físico são folheadas, é possível visuali-zar e interagir com conteú-dos multimédia no ecrã do tablet ou smartphone. Nelson Zagalo, um dos cria-dores do Bridging Book, ex-plicou ao ACADÉMICO que “é uma tecnologia que per-mite ligar livros de papel a livros digitais num formato tablet”.

O contacto inicial foi estabe-lecido pela gráfica asiática e depois de uma apresentação e demonstração numa feira de tecnologia em Frankfurt, deu-se início às negocia-ções. A Hung Hing Prin-ting trabalha com os princi-pais editores internacionais e é responsável pelo desen-

volvimento de soluções de design complexo e inovador. A tecnologia Bridging Book foi licenciada para uso ex-clusivo da empresa, que pre-tende introduzi-la nos seus produtos. “Uma patente que demorou mais de um ano a desenvol-ver, tendo surgido sem um

objetivo concreto. Apenas procurávamos criar novas interfaces para o livro em papel. Foi da muita teoria à mistura com a experimen-tação constante que surgiu o novo objeto”, conta o pro-fessor Nelson Zagalo no blog Virtual Illusion, onde é coordenador.

CAMPUSPÁGINA 07 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

ana rita MagalhÃes

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Reabriu, na passada quarta--feira, o BA de Guimarães com novas valências que prometem dar mais confor-to e apoio aos estudantes.Carlos Videira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), considera um es-

parceiros que possam aju-dar estes empreendedores no seu negócio”.A nova sede da AAUM va-loriza ainda a vertente cul-tural, com a criação de um estúdio da Rádio Univer-sitária do Minho (RUM) e apoio pedagógico com um espaço de estudo e centro de explicações. Apesar de ser um local

“agradável”, Carlos Videira chama a atenção para a inse-gurança da zona, alertando as entidades competentes para a necessidade de “refor-ço da iluminação, melhorias na pavimentação da zona que envolve quer a sede da AAUM quer as residências universitárias, para que os estudantes se possam sentir seguros”, conclui Videira.

paço agradável e ideal para o bem-estar dos estudan-tes. Este novo espaço, “que abre com cara lavada”, conta com uma zona de restau-ração que irá permitir aos estudantes frequentarem--no durante a noite “para se divertirem e para terem as melhores vivências acadé-micas neste espaço”, afirma o presidente da AAUM.

O novo espaço assenta so-bretudo em três valências: o empreendedorismo, com a criação do projeto Liftoff to Market. Segundo Ana Rita, este projeto “tem como objetivo a disponi-bilização do espaço físico para as atividades dos em-preendedores, aliado ao apoio que o Liftoff pode dar no acesso a uma carteira de

BA de guimarães reabre de “cara lavada”

CAMPUSPÁGINA 08 // 19.FEV.14 //ACADÉMICO

toMás soveral

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Celebrou-se na passada quinta-feira, dia 13, o Dia Mundial da Rádio. Instituí-do pela UNESCO em 2012 com o intuito de celebrar a rádio como meio de co-municação, a edição deste ano procurou promover a igualdade de género. Re-gistaram-se ao longo do dia inúmeras iniciativas e inter-venções por todo o mundo, de modo a reforçar a impor-tância desta data.Para além do tema princi-pal, esta 3ª edição procurou, também, sensibilizar os go-vernos e donos das estações a fomentar políticas que promovam a igualdade de género na rádio, eliminar

igualdade de género no dia mundial da rádioum pouco mais longe do que a sua realidade local”. Enquanto que Madalena Oliveira afirma que “a rádio ainda não está agarrar o po-tencial que a internet ofere-ce”, ainda que aproveita um “elemento muito importan-te que é o do arquivo”, aca-bando assim com a efemeri-dade da rádio.Também se discutiu a im-portância que a rádio ainda tem em zonas como Amé-rica do Sul e África, por se-rem áreas com pouco acesso à internet, sendo a rádio, segundo Pedro Portela, “o meio mais natural, pois está baseado na voz e na orali-dade”. Criando-se assim, de acordo com Madalena Oliveira, uma relação de intimidade entre quem fala

ao microfone e quem ouve, diferente da relação criada com a imagem, pois en-quanto esta mostra a super-fície das coisas, o som vem de dentro das mesmas”.Por fim, debateu-se o pa-pel pedagógico que a rádio pode representar, com Pe-dro Portela a afirmar que “só quando aprendemos a ouvir, é que aprendemos a dizer, o que se torna impor-tante pois é este ideia que está na base de todas as rela-ções pessoais”. Por sua vez, Madalena Oliveira apontou a “falta de programação in-fantil” como uma “grande lacuna da rádio”, pois esta pode vir a provocar um “abandono dos mais jovens em relação à rádio como meio de comunicação”.

estereótipos e promover a segurança das mulheres jornalistas de rádio.Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, afirmou que através destas iniciativas “celebramos a rádio como força para a liberdade de ex-pressão e pluralismo para todos os homens e mulhe-res, especialmente as mu-lheres, que permanecem sub-representadas nas notí-cias, na tomada de decisões e na posse de meios de co-municação”. Já o secretário--geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou ao mundo que fossem “ouvidas as vozes das mulheres pelas ondas da rádio”, chamando a atenção para a “necessi-dade do reconhecimento profissional entre homens e

mulheres”.

RUM celebrou a data com emissão especialA Rádio Universitária do Minho celebrou a data com vários apontamentos du-rante todo o dia e com uma emissão especial com Ma-dalena Oliveira e Pedro Por-tela como convidados. Neste programa foram abordados vários temas relacionados com a situação atual da rá-dio e do seu potencial.O primeiro tema abordado foi o da internet, onde Pedro Portela demonstrou estar seguro de que esta se trata de um “aliado da rádio”, pois pode “aumentar o sinal”, al-cançando um público mais extenso, “levando a que as rádios comecem a olhar

rUte Pires

[email protected]

Depois de Coimbra e do Porto, é a vez de Braga ser a cidade acolhedora deste que é o XIV Encontro Nacional de Estudantes de Economia e Gestão (ENEEG), que rea-lizar-se-á nos dias 13, 14, 15 e 16 de Março de 2014.O ENEEG figura já uma constante na vida académica dos estudantes de Economia e Gestão, sendo considerado um evento de referência na área a nível nacional. Os participantes têm oportu-nidade de integrar diversos workshops e conferências, atendendo os contributos

braga, a capital dos estudantes de economia e gestãode célebres oradores de re-nome nacional e internacio-nal e atividades englobadas na competente pedagógica do evento. Nestas sessões irão ser exploradas questões pertinentes e atuais, do in-teresse dos estudantes da área, com vista ao desenvol-vimento de aprendizagens e competências que cada estudante poderá preser-var para um futuro reple-to de mudanças sociais e constantes desafios. O XIV ENEEG será organizado pe-los estudantes de Economia e Gestão da Universidade do Minho e conta já com a confirmação da presença de Rafael Koehler, empresário industrial de sucesso e atu-

al presidente da Associação Nacional de Jovens Empre-sários (ANJE); Luís Campos e Cunha, professor com um percurso profissional invejá-vel, tendo já desempenhado funções de Ministro das Fi-nanças, Vice-Governador do Banco de Portugal e Diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e Vital Morgado, ad-

ministrador executivo da Agência para o Investimen-to e Comércio Externo de Portugal (AICEP).O ENEEG têm como prin-cipais objetivos a criação de uma rede de contactos entre os participantes; o desenvol-vimento de capacidades de iniciativa e liderança; mo-tivação nos estudantes face aos desafios existentes no mercado de trabalho; con-solidação de competências teóricas; promoção do deba-te e do empreendedorismo; desenvolvimento da capaci-dade de análise crítica e, por último, a sensibilização dos estudantes para a realidade Política e Económica. Este é um projeto que visa

o desenvolvimento pessoal, profissional, social e cultu-ral dos seus participantes, sendo uma mais-valia na experiência de qualquer es-tudante de Economia e Ges-tão. De um lado, estudantes que procuram arduamente um emprego, do outro, em-presas que procuram maxi-mizar os seus ganhos num futuro investimento em ca-pital humano, escolhendo os melhores entre os melho-res.Anabela Coelho Marinho, da Comissão Organizado-ra do XIV ENEEG, apela a participarem no evento, relembrando que as inscri-ções estão abertas até dia 6 de Março.

PÁGINA 09 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

INQUÉRITO

Já pratiquei natação quando era mais novo. Sei que o gi-násio é grande e tem boas condições. Como entrei na Universidade do Minho este ano gostava de poder ir com mais regularidade mas o in-verno não ajuda. Já me ins-crevi mas nunca lá fui. Fui dois dias vá. No verão vou pensar melhor no caso. Não estou muito por dentro do assunto mas sei que a UM tem imensos desportistas que se destacaram ao longo dos tempos, principalmente no ano passado. Pelo que ouvi falar, o kickboxing, o futsal e o taekwondo são desportos conhecidos den-tro da Universidade.

Já ouvi falar bem do despor-to na UM, principalmente do ginásio. Tenho amigas minhas que frequentam e disseram-me muito bem. Gostava de ir às aulas e pra-ticar vólei. Pelo que oiço as condições são óptimas e os instrutores também. Para não falar nos preços, que são bastante acessíveis. Não sabia que a UM foi a melhor universidade europeia no que diz respeito ao desporto universitário mas fico feliz por saber tal notícia. Estou a pensar inscrever-me no ginásio para me manter em forma.

A prática desportiva na UM está bastante bem desenvol-vida. Além das excelentes infraestruturas, existe uma enorme quantidade de mo-dalidades disponíveis para toda a comunidade univer-sitária. Quanto aos preços, estes são bastante mais acessíveis comparativamen-te à maioria dos locais que conheço. Todos estes fato-res têm contribuído para o desenvolvimento de uma cultura desportiva na Uni-versidade, pois cada um pode escolher fazer aquilo que mais gosta, dentro de um grande cardápio de hi-póteses, a preços acessíveis e com boas condições. O reconhecimento da UMi-nho/AAUM como a melhor academia europeia a nível desportivo é algo que pode-mos ver com naturalidade, quando olhamos para todo o trabalho desenvolvido. É impressionante como é que uma Universidade que não possui um curso na área do desporto consegue gerar tão bons resultados em tantas modalidades diferentes.

Pratiquei voleibol no pri-meiro ano da licenciatura e frequento o ginásio várias vezes.Já fui a vários CNU’s e Opens e a UM tem sido das melhores. Sabia que a UM tinha ganho e, como partici-pei, senti isso na pele.Acho que temos uma cultu-ra desportiva muito grande e isso verifica-se nos resul-tados que se podem ver, mesmo no desporto indivi-dual.Em relação ao desporto co-letivo sinto que há possibi-lidade de entrar nos treinos mas nem todos os alunos conseguem, depois, entrar nas convocatórias. Não há uma oportunidade real, o que é pena. Mas também se não fosse assim, que opor-tunidades a UM teria de obter tais resultados? O fac-tor competitivo predomina mais do que o factor despor-tivo, felizmente ou não.

SARA FERREIRA1º ANO//

SOCIOlOGIA

PEDRO CARA D’ANjO3º ANO //

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

TATIANA SOARESMESTRADO //

EDUCAÇÃO

daniel Mota

[email protected]

A Universidade do Minho foi eleita a melhor da Europa em desporto universitário, em 2013, depois de obter os melhores resultados desportivos no conjunto dos 17 campeonatos europeus universitários organizados, no ano passado, pela European University Sports Association.

A academia minhota lidera, assim, o ‘ranking’ das 400 instituições europeias que participaram na competição, seguida pela Croácia e Espanha. Com isto, o ACADÉMICO, esteve no campus de Gualtar para saber a opinião e a experiência pessoal dos estudantes face a esta notícia.

TIAGO VIEIRAMESTRADO //COMUNICAÇÃO,

ARTE E CUlTURA

como olhas para o desporto universitário na uminho?

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PÁGINA 11 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

académico. A tudo isto, se junta a cons-tante organização de campe-onatos internacionais, cuja qualidade é amplamente reconhecida pelos organis-mos que regem o desporto universitário. Estes são, por isso, alguns dos fatores que podem ex-plicar o porquê da Univer-sidade o Minho ser uma referência no desporto uni-versitário.

rendimento beneficiam de um acompanhamento pri-vilegiado, através do progra-ma TutorUM, no qual a falta de comparência às aulas por questões relacionadas com competições, estágios e trei-nos é reparada pela ajuda de um docente. Os prémios de mérito desportivo são outro método que visa premiar to-dos aqueles que conjugam um rendimento desportivo de primazia com o sucesso

REPORTAGEM

sUsana silva

[email protected]

A Universidade do Minho é a melhor no que diz respei-to ao desporto universitário europeu. Esta distinção, por parte da EUSA (European University Sports Asso-ciation), tem como base o número de participações e resultados obtidos nos Cam-peonatos Europeus, nos

quais a instituição minhota se destacou. O título de campeã euro-peia de andebol masculino e o segundo lugar no futsal feminino, as boas presta-ções no Taekwondo, entre outros, em muito contri-buiram para que, após três anos seguidos no pódio, a Universidade do Minho ar-recadasse, finalmente, em 2013, o primeiro lugar do ranking.

Este feito é ainda mais sur-preendente se levarmos em conta que a academia mi-nhota, ao contrário de Uni-versidades como a do Porto ou de Vila Real, não possui nenhum curso de Desporto. Mas a universidade não de descura no apoio prestado a quem queira conciliar o sucesso académico com o desportivo. Para compensar a falta de oferta curricular desportiva, os atletas de alto

DESPORTO DA UMINHO NO TOPO DA EUROPA

Carlos Videira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, considera que o título de melhor universidade eu-ropeia do desporto é uma vitória “do trabalho desen-volvido por várias direções da AAUM, em colaboração com o Departamento de Desporto e Cultura dos Ser-viços de Ação Social e com uma grande cumplicidade da reitoria”. Após o terceiro lugar no ranking em 2010 e o segundo em 2011 e 2012, o líder da Associação vê na conquista do primeiro lugar “ o concretizar de um sonho antigo.” Carlos Videira destaca o es-forço que é feito pela AAUM no âmbito do deporto uni-versitário, ao reforçar o seu financiamento nesta área e ao assumir parte das des-pesas suplementares. Uma aposta válida, afirma. “Fa-zêmo-lo porque os resulta-dos são bons, porque acre-ditamos na importância do desporto universitário como formação complementar na vida dos estudantes-atletas, que certamente se irá re-percutir na sua vida futura, e fazemos também porque acreditamos no projeto e no nome da Associação Acadé-mica e da Universidade a nível nacional e além fron-teiras”, justificou.Na sua opinião, a excelência da Universidade do Minho

no desporto universitário, mesmo sem curso na área, pode ser explicada em par-te pela rica cultura des-portiva que se respira na academia e pelas parcerias estabelecidas com clubes da região. “O SC Braga/AAUM e também o projeto ainda mais recente, o do ABC/UMINHO, são dois projetos muito interessantes onde se têm alcançado sinergias muito positivas”, disse, não deixando de lado o desporto escolar, cuja ligação, refere, “é para ser mantida e re-forçada nos próximos anos, porque temos ali uma base de potenciais atletas que muito podem contribuir para a continuidade destes resultados.”

Candidaturas são para conti-nuar a ser entregues

A Universidade do Minho tem sido um dos principais organizadores de Europeus e Mundiais universitários. Recentemente, em 2012, re-cebeu o Campeonato Mun-dial Universitário de futsal e o de xadrez, e o futuro avista-se promissor.Este ano irá assumir a or-ganização do Campeonato Mundial de Andebol e no próximo ano o Europeu da mesma modalidade. A organização do Campeo-nato Mundial de Karaté, em 2016, estará também a

cargo da academia minho-ta, que estuda ainda pos-síveis candidaturas a um Campeonato Europeu em 2017. “Somos reconhecidos pela Federação Académica do Desporto Universitário como um dos principais, senão o principal, parceiro ao nível das organizações competitivas, e de facto o histórico que temos, no-meadamente desde 1998, quando organizamos pela primeira vez um evento in-ternacional - o Campeonato Mundial Universitário de futsal – é de grande suces-so, o que realça a capacidade organizativa quer da Asso-ciação Académica quer da Universidade do Minho, sempre em cooperação com a Federação Académica do Desporto Universitário”, mencionou, lembrando as vantagens inerentes a estas organizações: “É algo que projeta a Universidade além--fronteiras, algo que tam-bém tem um complemento muito importante na vida das cidades que acolhem estas organizações, com um número de voluntários mui-to significativo que se apre-senta à academia.”

Universíadas podem espe-rar

O líder da Associação Aca-démica da Universidade do Minho entende que, apesar

da elevada capacidade da Universidade em acolher eventos internacionais, este ainda não é o momento da Academia receber as Uni-versíadas.O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, tem manifestado publica-mente essa intenção, à qual a Associação Académica tem demonstrado algumas reservas. “Em primeiro lu-gar porque o nível organiza-tivo está muito além daquilo que são as organizações dos Campeonatos Europeus e Mundiais, e também por-que vivemos numa época de grandes restrições eco-nómicas e financeiras. É importante não dar passos maiores do que a perna”, frisou. A prioridade, consi-dera, deve ser a de propor-cionar a que cada vez mais atletas possam participar nas competições nacionais e internacionais. A aposta deverá, então, ser redirecionada para novas infraestruturas, sendo que alguns projetos já estão si-nalizados, como é o caso do pavilhão da Veiga, em Gui-marães e o campo de Gual-

tar, em Braga.

Futuro risonho pela frente, com a cooperação de todos

Os feitos alcançados pelo desporto da Universidade do Minho deixam Carlos Videira orgulhoso e acre-dita que este projeto pode colher ainda mais frutos. Para tal, e apesar das restri-ções financeiras, destaca a importância de uma maior conjunção dos esforços: “ Seria justo que houvesse um maior investimento por parte da Universidade e por parte dos Serviços de Ação Social, até porque o próprio desporto acaba por trazer muitas vantagens”, referindo-se aos atletas que vêm para as competições internacionais e usufruem das cantinas e residências universitárias. Tudo porque acredita na continuação do sucesso des-portivo da Universidade a longo prazo.” Temos pers-petivas de que este trabalho continue a ser consolidado e penso que temos aqui um futuro muito risonho à nos-sa frente”, disse.

Carlos Videira, presidente da AAUM

ESPECIAL DESPORTO NA UMINHOPÁGINA 12 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

No futsal, Amílcar Gomes, penta-campeão nacional universitário e jogador do SC Braga/AAUM, vê no des-porto universitário um nível de exigência que tende a aumentar: “As competições nacionais universitárias e internacionais têm cada vez jogos mais difíceis. A qua-lidade está a aumentar, há uma aposta nítida no des-porto universitário.” Aposta essa que, no seu entender, pode ser verificada no proto-colo entre o Sporting Clube de Braga e a Associação Aca-démica da Universidade do Minho, onde o treinador do SC Braga/AAUM assume o comando da equipa univer-sitária e vários estudantes integram a equipa profissio-nal federada bracarense. “É bom para o desporto fede-rado poder contar com atle-tas que são universitários porque desenvolvem outras competências fora da qua-dra que também são essen-ciais dentro dela”, destacou. Para o jogador, o primeiro lugar no ranking do des-porto universitário europeu deve-se ao trabalho feito pela Associação Académica, pelos SASUM e pela Uni-versidade do Minho, “quer no acompanhamento dos atletas, dando- lhes todas as condições para poder competir, mas também nas organizações que tem vindo a fazer de excelência, tanto nos Campeonatos Nacio-nais Universitários como nos Europeus e Mundiais.”

Também no futsal, Daniela Fernandes, capitã da equipa de futsal feminino que no Europeu realizado no ano passado, em Málaga, se sa-grou vice-campeã, destaca as condições com que os atletas são brindados para conciliarem o estudo com o desporto e saírem vencedo-res em ambos.“Eu tirei Engenharia dos Materiais e mesmo assim sempre tive dispensa quan-do competi pela Universida-de. Neste último ano sagra-mo-nos campeãs nacionais universitárias de futsal e vice-campeãs europeias. To-dos os esforços foram feitos para treinarmos o maior nú-mero de vezes possível.O ginásio sempre foi coloca-do a disposição (em horários específicos), bem como o tratamento médico por par-te do fisioterapeuta.”Daniela Fernandes afirma que desde o primeiro dia foi incentivada à prática desportiva, ressalvando os inquéritos que são feitos no momento da inscrição na universidade acerca das mo-dalidades praticadas pelos alunos, por considerar que este aspeto permite colocar o aluno no desporto que pratica e também dar a co-nhecer à faculdade quais os desportos que podem sur-gir, conforme o número de praticantes. A estudante-atleta enaltece ainda os horários em que se realizam as modalida-des, que permitem aliar os estudos com a atividade desportiva, bem como as parcerias feitas no futsal, no âmbito do projeto SC Braga/AAUM.Para Daniela Fernandes, a Universidade do Minho tem todas as condições para continuar a ser a me-lhor universidade europeia no desporto. “O que torna a Universidade do Minho diferente é ter uma organi-zação forte, com excelentes profissionais, que embora pese o facto de não ter o cur-so de Desporto, possui todas as condições para a prática desportiva”, concluiu.

Rui Bragança, um dos mais medalhados desportistas da academia, considera o estatuto de alta competição essencial para a conciliação dos estudos com a modali-dade que pratica, o taekwon-do: “ Se eu não tivesse o estatuto de atleta de alta competição era impossível ter feito aquilo que fiz. Ou não era aluno de medicina ou então não era atleta de taekwondo.”O atleta, terceiro classifica-do no último campeonato europeu universitário, sa-lienta a qualidade das in-fraestruturas desportivas, e aponta que a não existência do curso de desporto pode até ser uma vantagem. “Por não termos os alunos de des-porto é que conseguimos ter coisas tão boas e acessíveis para toda a gente”, referiu. A simpatia dos funcionários é outro dos fatores que o atleta realça, já que sempre que se desloca ao pavilhão é rece-bido por alguém “com um sorriso na cara.”Rui Bragança não tem dúvi-das em considerar a Univer-sidade do Minho a grande responsável no sucesso que tem obtido: “Se eu estives-se a estudar noutra univer-sidade era completamente impossível. É por causa da Universidade do Minho que eu consigo fazer aquilo que faço.”

Miguel Sarmento faz parte do lote de atletas que bene-ficiam do estatuto de alta competição. O jogador de andebol, atualmente a de-fender as cores da equipa sé-nior do FC Porto, prossegue os estudos na Universidade do Minho, no curso de Ciên-cias da Comunicação. Embora ainda não tenha concluído o curso, refere que faz intenções de o fazer. Miguel Sarmento, que con-ta no currículo com a pas-sagem pelo ABC de Braga, mostra-se bastante satisfeito com o apoio prestado pela Universidade: “não tenho nada a apontar, tenho sim para com a Universidade do Minho um agradeci-mento porque sempre me ajudaram, estiveram sem-pre presentes para resolver qualquer tipo de situação relacionada com o meu cur-so.”Apesar da experiência pro-fissional na modalidade, Miguel considera que a inte-gração na equipa de andebol da Universidade do Minho o ajudou a crescer como jo-gador. Mas não só. Acima de tudo leva da equipa universitária minhota fortes vivências e amizades. “ Não é tão profis-sional o desporto universitá-rio, mas é aí que se salienta o grande espirito de grupo,

de grandes amizades que fiz e que conservo ao longo deste tempo. E o desporto universitário deu-me tudo isso. Eu acho que tem sido uma experiencia ótima.”O apoio prestado aos atletas, que se reflete em progra-mas como o TutorUM e os prémios de mérito desporti-vo, são uma aposta da Uni-versidade do Minho para a obtenção de bons resultados desportivos. Algo inconcebí-vel noutras universidades, refere o atleta: “costumo ter conversas com colegas meus de outras universida-des e não têm o mínimo de apoio. Já eu tive a felicidade de ganhar três prémios de mérito desportivo, e isso seria impensável noutras universidades, assim como termos acesso gratuito ao gi-násio e uma série de outras regalias.”Este ano a Universidade do Minho irá organizar o Cam-peonato Mundial Univer-sitário de Andebol. Miguel Sarmento, que pode ser um dos eleitos, não esconde a ansiedade. “Toda a gente que poderá ser selecionada está entusiasmada e ansiosa para que chegue esse mo-mento de jogar em casa e representar o desporto uni-versitário português, o que vai ser uma grande honra”, sublinhou.

atletas elogiam apoio prestado pela universidadeMiguel Sarmento rui bragança amílcar gomes daniela

fernandes

ESPECIAL DESPORTO NA UMINHOPÁGINA 13 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

melhores condições para os atletas e equipas”.Mais difícil que atingir o topo, é manter-se lá.O técnico encara o primeiro lugar como um reconhe-cimento do trabalho de-senvolvido até agora, o que acresce a responsabilidade para os tempos que se avizi-nham: “Temos consciência que teremos de continuar a trabalhar com muito empe-nho, muito esforço e muita dedicação pois, cada vez mais, as dificuldades, quer

por criar uma dinâmica de trabalho e um espírito de equipa muito forte que nos permitiu participar em pra-ticamente todas as competi-ções nacionais, com resulta-dos históricos, o que acabou por se refletir também nas participações europeias”, disse. João Chaves saúda, também, o trabalho das vá-rias direções da AAUM, que “com grande esforço finan-ceiro garantiram sempre as

João Pedro Chaves, treina-dor da equipa de basquete-bol da AAUM e funcionário dos SASUM, aponta a es-tratégia levada a cabo pelos SASUM como a chave para o sucesso. Quer através do chefe do Departamento de Desporto e Cultura, Fernan-do Parente, sem esquecer os vários técnicos e colabora-dores que diariamente tra-balham em prol das equi-pas e atletas. “Acabamos

Fernando Parente, consi-dera que o êxito sucede da forma organizada como a Universidade presta os ser-viços desportivos a toda a comunidade.No seu parecer, o Departa-mento de Desporto e Cultu-ra (DDC) marca a diferença face às restantes lideranças da Universidade ao ofere-cer serviços que podem ou não resultar, e não apenas aqueles em que a procura desportiva é grande.A acrescentar a isto, existe ainda um acompanhamento muito próximo dos atletas. “Todos os anos inquirimos a população. Queremos sa-ber quais são as motivações, os hábitos, e planeamos o nosso desporto em função dessa matriz”, assumiu. Este ano, no pólo de Guima-rães, decorrerá o Campeo-nato Mundial de Andebol. Fernando Parente deixa cla-ro que essa é uma estratégia bem delineada por parte da instituição: “A organização de eventos internacionais, para nós, é muito impor-tante. Nós tentamos, pelo

menos de dois em dois anos, fazer uma organiza-ção maior, uma organização internacional.” Na voz do diretor, o progra-ma TutorUM tem trazido resultado extremamente animadores. A taxa de su-cesso, segundo Fernando Parente, é de mais de 80 por cento com os mais de 100 atletas ao abrigo do es-tatuto de alto rendimento, sendo que o contacto com aqueles que não conseguem concluir o curso não é per-dido. Há uma tentativa para que voltem a estudar, após a carreira.Para o dirigente, a tarefa da UM em manter o título não será fácil. A fasquia au-menta gradualmente, com as universidades a disputa-rem os campeonatos com cada vez melhores atletas e equipas. “O nosso objetivo vai sempre passar por nos mantermos no top dez euro-peu. Não é fácil e nós temos tido algum mérito, porque na realidade temos um des-porto forte. Temos algumas modalidades onde somos

mesmo uma universidade de topo”, refere.O diretor do DDC, conside-ra, ainda, as parcerias esta-belecidas com clubes da re-gião um fator fundamental na obtenção de resultados desportivos de mérito: “ procuramos ter uma relação forte de proximidade e de complementaridade e só as-sim é que conseguimos ser fortes.”

Cultura desportiva compen-sa falta do curso de Despor-to

Para Fernando Parente, a mensagem transmitida aos colaboradores, dirigentes e atletas passa facilmente, e isso reverte numa cultu-ra desportiva muito forte. Além disso, desde o primei-ro ano na Universidade é in-cutido nos alunos um forte espírito desportivo, bem como a todos os estrangei-ros que passam um perío-do letivo na Universidade. “Sentimos que uma das questões que nos diferencia é exatamente esta: a aceita-

ção do desporto e o desporto fazer parte do dia-a-dia das pessoas que estão no cam-po de Azurém e de Gualtar, e isso é fundamental para haver desenvolvimento des-portivo”, declarou.

Piscinas são um objetivo

A UMinho não possui infra-estruturas que permitam a oferta de atividades aquáti-cas e, para Fernando Paren-te, essa é uma questão em que a Universidade deveria colocar o enfoque, já que permitiria passar “de cerca de 40 por cento de utiliza-dores, que temos neste mo-mento em termos de utiliza-ção da academia, para 60 ou 70 por cento, o que era bom para sustentar ainda mais o projeto.”O diretor revelou que a Uni-versidade já tentou concor-rer a fundos comunitários para fazer desse projeto uma realidade, mas sem su-cesso. Contudo, fez questão de referir que a Universida-de do Minho não vai baixar os braços, por esse ser um

sonho da academia.

Com menor dimensão, as Universíadas podem decor-rer no MinhoAs Universíadas, uma espé-cie de Jogos Olímpicos Uni-versitários, são um evento que prima pela grandeza na organização. Fernando Parente partilha da ideia de Carlos Videira de que a Universidade do Minho não possui, neste momento, condições para receber um evento de tal dimensão. “Ti-nha que ser um projeto mui-to bem pensado e a longo prazo. Tinha que fazer parte de um projeto de desenvol-vimento desportivo e não fazer um evento só por fa-zer”, salienta, sem deixar de parte a possibilidade de no futuro a academia minhota organizar as Universíadas. “Estes grandes eventos têm que ser mais sustentáveis para o futuro e se calhar não terem o gigantismo que têm hoje, e aí poderemos ter uma janela de oportu-nidades para organizar um evento destes”, disse.

Fernando Parente, diretor do Dept. Desporto e Cultura dos SASUM

económicas, quer académi-cas, obrigam-nos a ser mais exigentes e rigorosos.”Sem curso de Desporto, João Pedro Chaves acredi-ta que esse poderia ser um fator positivo para a Univer-sidade, ao atrair atletas de elite.No entanto, o facto de a Universidade do Minho ser a que conta com mais prati-cantes de desporto e os exce-lentes resultados nesta área, demonstram que tal não interfere com o rendimento

desportivo da instituição. “Como costumo dizer mui-tas vezes, os melhores são os que cá estão pois é com eles que temos de ir à luta”, rematou.

João Pedro Chaves

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Estão abertas as inscrições para a 11ª edição do Laboratório de Ideias de Negócio – IdeaLab. Destinada a alunos e recém diplomados da UMinho que demonstrem especial interes-se em levar ideias de negócio para o mercado, esta edição decorrerá entre março e julho de 2014.Os participantes serão acompanhados por uma equipa de consultores que os ajudará a desenvolver as suas competên-cias empreendedoras e a elaborar um plano de negócios. Os interessados poderão concorrer individualmente ou em grupo (no máximo de cinco elementos) até 12 de março, preenchendo um formulário de inscrição disponível em www.tecminho.uminho.pt/empreender/idealab. Cada candidato ou grupo de candidatos só poderá concorrer com uma ideia de negócio.Os candidatos que submeterem as suas ideias dentro do prazo estabelecido serão convidados a participar numa ses-são de ideação com o objetivo de melhor definir a ideia que pretendem desenvolver que decorrerá nos dias 18 e 19 de março no campus de Azurém.O IdeaLab é uma iniciativa lançada em 2009 pela TecMi-nho, em parceria com o Dept. de Produção e Sistemas, que já apoiou o desenvolvimento de 150 ideias de negócio pro-movidas por mais de 300 empreendedores da UM.

> 19 de FEVEREIRO ‘14Workshop Competênciaspara EmpreenderCampus de Gualtar

>> 10 a 19 MARÇO ‘14Curso liderar e Gerir EquipasEdit Value Formação Empresarial Braga

IdeaLabLaboratório de Ideias de

Negócio - TecMinho- Balanced Scorecard (BSC) - Ferramenta de Controlo Estratégico- Como implementar um BSCA estratégia empresarial é um processo de gestão que visa a tomada de decisão a

O Workshop Controlar, me-dir e decidir a Estratégia Empresarial, inserido no Connecting The, abordará as seguintes temáticas:

- Estratégia, fará sentido de-finir uma?

Workshop Controlar, medir edecidir a estratégia empresarial

médio e longo prazo envol-vendo decisões relativas à definição de negócios, dos objetivos e desenvolvimento de fatores chaves de suces-so. O Balanced Scorecard é uma metodologia de medi-ção e gestão de desempenho que pode auxiliar no proces-so de tomada de decisão. Dinamizador:César CerqueiraEmpreendedor, Business e Lifestyle Coach e Formador nas áreas Comportamentais e de Gestão Estratégica Horário: 18h-20h

Participação gratuíta me-diante inscriçãoLOCAL: CPII - 211 | Cam-pus de Gualtar (Universida-de do Minho - Braga)

> 05 de MARÇO ‘142Share – Tertúlia Criatividade para o Negócio livraria Almedina, Gualtar

PÁGINA 15 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

> 26 de FEVEREIRO ‘14Workshop Controlar,Medir e decidir a estratégiaempresarial, Campus de Gualtar

> 13 a 27 de MARÇO ‘14Curso Software de Gestão Primave-ra Profissional; Edit Value Formação Empresarial, Braga

CULTURA

umanticristo

domesticado

SALA DE CINEMA ninfomaníaca. vol. 1 (2013)

como já é sabido, fora de tela e de forma tão gratuita quanto insensata (todos se lembrarão de Cannes 2011).Um senhor de idade, Selig-man, encontra Joe, a per-sonagem que atribui título ao filme, espancada e des-maiada num beco. Este con-vida-a para irem para sua casa, onde as feridas dão lugar a longas explicações com moldes de uma his-tória com vários capítulos, mantendo-se o habitué do realizador. No meio de con-fissões e devaneios eróticos, alguns triviais, outros joco-sos, formam-se analogias difíceis de digerir: o sexo é considerado enquanto arte de pesca, enquanto música

e enquanto botânica.Esta matemática de inter-pretações chega a confun-dir de tão dúbia. Seligman parece a representação de nós mesmos, público apáti-co, com uma voz mais ativa e um guião para ler. Stacy Martin, a jovem Joe, conse-gue ser, ainda assim, uma agradável surpresa. Uma Thurman surge a dar vida à única cena que respira os ares de um já arcaico Dog-ma 95.O resto é um catálogo das depravações sexuais, de personagens e autor, numa estrutura metafórica algo “idiótica” e onde o espetácu-lo não a consegue fruir. Lars von Trier não montou

um novo enredo claustro-fóbico, bem ao jeito do seu período niilista, ficou, ali-ás, mais perto de uma tri-vial peça de humor negro; tampouco nos presenciou com a prometida polémica - salvando-se, ainda assim, a censura a que foi sujeito - da sua abordagem carnal e crua num tema que lhe parecia adequado. Ficou-se pela imagem de professor ofendido, de dedo em riste para com a massa crítica que o atormenta, a deixar-nos muito pouco salivantes com a continuação deste capítu-lo que parece, mais do que nunca, encerrar o capítulo maior que nos dava conta de um realizador enorme.

césar carvalho

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Designam-no como o úl-timo capítulo da trilogia depressiva, com início em “Anticristo” (2009) e com passagem em “Melancolia” (2011), da autoria do realiza-dor dinamarquês.Na realidade pode-se-lhe apontar apenas uma esté-tica sentimentalista, bem aquém do quadro carrega-do de emoções vivas que foi outrora imagem de marca, e uma comicidade de algum mau gosto.Lars von Trier é – e vai sen-do há tempo demais - uma sombra do que foi.

Na primeira parte do que foi proposto como ‘pornogra-fia chocante’ pairam sérias dúvidas; não só quanto ao choque (onde estará?), mas quanto ao real valor artístico da obra mais recente, e por isso mais madura, (quase) necessariamente, de um autor de quem se tem muito em conta. Ainda que nos te-nha chegado somente a ver-são mais soft e curta, molda-da bem ao jeito da censura mal dissimulada das dis-tribuidoras, pouco daquele grito de revolta e rebeldia de “Os Idiotas” (1998) se nota no produto final. Lars von Trier estará agora, porven-tura, mais preocupado em se mostrar assim, impuro

Realizador:Lars von Trier

Elenco: Charlotte Gains-bourg, Stellan Skarsgård,

Stacy Martin

Estreou em Portugal:16/01/2014

Nacionalidade: Dinamar-quês/alemão/francês

Pontuação: 3/5

4 - Porto. Viagem ao Passado de Manuel da Silva Ramos. Parsifal. Na tradição da velha mordacidade erótico-satírica, o autor prepara uns acepipes literários de consumo rápido, mas que valem a leitura, se valem.

5 - A Minha Mamã de Almeida Faria. Assírio e Alvim. Reedição de um grande romance e só lendo se percebe a importância desta data.

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RUM BOXTOP RUM - 07 / 201414 FEVEREIRO

1 BECK - Blue moon

2 PZ + dB - Cara de chewbaca

3 ARCADE FIRE - Reflektor

4 NORTON - Magnets

5 TEMPlES - Keep in the dark

6 CASS MCCOMBS - Big wheel

7 CRYSTAl FIGHTERS - You & I

8 AU REVOIR SIMONE Somebody who

9 lOCAl NATIVES - You & I

10 PORTUGAl THE MAN Modern jesus

11 COCOROSIE - Gravediggress

12 NICK CAVE & THE BAD SEEDS - We no who u r

13 NOTWIST, THEClose to the glass

14 CAYUCASHigh school lover

15 YCWCB - Be my world

16 Clà - Rompe o cerco

17 FOXYGEN - No destruction

18 jP SIMÕESGosto de me drogar

19 MÁRCIA - Menina

20 WOODEN SHjIPSBack to land

POST-IT

17 fevereiro > 21 fevereiro

DEAD COMBOA Bunch Of Meninos

WHO MADE WHOThe Morning

FANFARlOlandlocked

josé reis

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Oito temas, oito viagens, oito destinos diferentes. Esta podia ser a síntese de um disco sem cor defini-da, sem estilo demarcado, sem príncipio, meio e fim. E toda esta ausência destas características é o maior elogio que se pode fazer a “8”, o novo disco dos por-tugueses Sensible Soccers. Um grupo que surgiu pela

curiosidade e gosto musical de quatro amigos, alguns deles directamente ligados à rádio, através da Rádio Uni-versitária de Coimbra, para onde os interesses musicais foram sendo canalizados a bem de todos nós. Depois de EP’s e um tema viral nas redes sociais e nas conver-sas entre amigos, chamado “Sofrendo por Você”, eis que chega o ansiado novo disco. Numa edição partilhada entre a bracarense PAD e a promissora Groovement,

CD RUM

este disco oscila entre pai-sagens ambientais de uma névoa difícil de descortinar a 5 metros de distância até à rugosidade dos ritmos da música eletrónica, em te-mas cuja duração podem ir de apenas um minuto até quase 10 minutos. A voz, essa coisa tão fundamental que alguém achou um dia ser “essencial à sobrevivên-cia da música”, ganha aqui várias toadas, várias tonali-dades, vários volumes. Sem-pre em registo instrumen-

AGENDA CULTURALBRAGA

MÚSICA

21 de fevereiroThe Wooden WolfTOCA

21 de fevereiroOldseedFNAC - Braga

21 de fevereiroFirst breathe after comaFNAC - Braga

22 de fevereiroMafalda ArnauthTheatro Circo

23 de fevereiroTributo a Zeca e AdrianoGrupo Canto D’AquiTheatro Circo

GUIMARÃES

22 de fevereiroWalter BenjaminCCVF (café concerto)

TEATRO22 de fevereiroCoriolanoCCVF

21 de fevereiroA Grande estreiaSão Mamede

FAMALICÃO

22 de fevereirojP SimõesCasa das Artes

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

8x8 é igual a sensible soccers

1 - O Jogo de Anders de la Motte. Bertrand.Este é o primeiro volume de uma trilogia policial, onde o mundo das IT é o centro aglutinador da trama.

2 - A filha das flores de Vanessa da Mata. Quetzal. A cantora brasileira faz a estreia na escrita literária, num romance à la “realismo mágico” e num ritual de descoberta do corpo.

3 - O Estranho Caso de Sebastião Moncada de joão Pedro Marques. Porto Editora. O fundo é a guerra entre D.Pedro e D.Miguel, o cerco ao Porto, mas, mais que tudo, são os dramas humanos pungentes.

tal, a voz como instrumento e o instrumento como a voz do projecto. Em “8”, o oito ganha importância pela forma que assume mas, para se apreciar o som do grupo, são necessárias mais

que oito audições (repeti-das!) para que reparemos em todos os pormenores deste disco de uma banda que será, em breve, um dos maiores nomes da música nacional.

DIVERSOSPÁGINA 18 // 19.FEV.14 // ACADÉMICO

No que toca à recetividade por parte dos alunos ao Jan-tar do Pijama, o primeiro organizado pelo Cabido de Cardiais, a Papa da Académi-ca Minhota referiu: “Tendo em conta o facto de este ser o primeiro jantar deste género e a situação financeira atual, até está a ter alguma adesão”. “Quem não pode participar do jantar, pode sempre par-ticipar das restantes ativida-des”, acrescentou.Paralelamente à festa e ao

bárbara Martins

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É já hoje (dia 19 de fevereiro) que se realiza a Festa do Pi-jama, evento organizado pelo Cabido de Cardiais da Uni-versidade do Minho (UM) desde 2010. Esta atividade cumpre a função de promo-ver a interação entre os alu-nos com vários graus hierár-quicos, dos diferentes cursos da UM. Aliada à festa, este

ano, o Cabido de Cardiais decidiu organizar o Jantar do Pijama.Para além da promoção do convívio entre os estudantes da academia minhota, a Fes-ta do Pijama tem um cariz solidário. “Este ano consi-deramos importante aler-tar para a problemática dos “moradores de rua”. Assim, iremos realizar uma recolha de agasalhos, que poderão ser entregues no “Arraial Engenharias em Euforia” e

no Sardinha Biba. Para além da recolha de agasalhos, por cada pessoa que entrar de pijama no Sardinha Biba, receberemos 1 euro para, em conjunto com a discoteca, doar a uma instituição de apoio aos sem abrigo”, expli-cou ao ACADÉMICO Maria Canelas, Papa da UM. Assim sendo, este é um evento te-mático que procura levar os estudantes a sair à noite com o pijama vestido e a ajudar aqueles que mais precisam.

jantar, na discoteca Sardinha Biba haverá um concurso. O concurso está destinado a quem estiver de pijama e os concorrentes estarão a con-correr para o prémio de me-lhor pijama e melhor grupo. “Esperamos que esta noite seja um sucesso, se pinte de pijamas e que consigamos angariar muitos agasalhos, de modo a podermos dar uma ajuda maior a quem precisa”, concluiu Maria Ca-nelas.

cabido de cardeais promove festa do pijama solidário na uminho

trabalhadores e colabora-dores dos SAS está de para-béns, por todo o trabalho que tem desenvolvido na grande instituição que é a Universi-dade do Minho”.Recorde-se que o Prémio Ex-celência no Trabalho 2013 “é um estudo de clima organi-zacional e desenvolvimento do capital humano realizado pela Heidrick & Struggles

daniel vieira da silva

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222 empresas de vários se-tores de atividade (privado e público) concorriam a este prémio que acabou por vir parar à Universidade do Mi-nho. Os Serviços de Ação So-cial da Universidade do Mi-nho (SASUM) conquistam assim um prémio que foi o

resultado da análise da ativi-dade nos seus serviços num trabalho conduzido pelo INDEG – ISCTE, em várias dimensões, em particular na área da gestão dos recur-sos humanos, e validado por evidências documentais. As dimensões analisadas foram ainda cruzadas com inqué-ritos enviados diretamente a todos os trabalhadores e co-

laboradores da organização, refere uma nota enviada ao ACADÉMICO. Na reação a esta prémio, o administra-dor dos SASUS, Carlos Silva referiu: “Temos consciência clara, e humildade suficien-te para perceber que ainda temos muito caminho a per-correr em várias dimensões, mas os resultados demons-tram que a vasta equipa de

em parceria com o Diário Económico e o INDEG - ISC-TE, através do qual se analisa o estado de arte das práticas de recursos humanos em Portugal e se premeiam as entidades que mais inves-tem e apostam nesta área.” Depois de 2013, a exigência administrativa dos SASUM será ainda maior para “segu-rar” este prémio.

prémio excelência no trabalho atribuído aos sasum

PÁGINA 19 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

Estou muito feliz por ter partici-pado no “Erasmus + Creativity: Social Entrepreneurshipandthe-GenerationalApproach”! Durante o intercâmbio, tive a oportunidade de conhecer de perto as possibili-dades de mobilidade no âmbito eu-ropeu, nomeadamente as que inte-gram o novo programa Erasmus +. Fui, ainda, capaz de refletir acerca da questão do empreendedorismo social e de desenvolver iniciativas empreendedoras, indo ao encontro das necessidades da comunidade local.Todas as atividades foram realiza-das em grupos, constituídos por jovens de distintas nacionalidades,

o que penso ter sido uma ótima estratégia, não só para nos obri-gar a interagir numa língua não materna, mas também para nos aproximar uns dos outros. Além destas aprendizagens formais, tive a oportunidade de desenvol-ver a língua inglesa, de contactar de perto com novas culturas e de conhecer pessoas que nunca vou esquecer. Foi a minha primeira ex-periência num intercâmbio juvenil e espero que tenha sido a primeira de muitas!Aconselho a toda a gente a parti-cipar neste tipo de atividades, por-que são experiências únicas, que ficam para marcadas a vida inteira.

I’m really happy for participating in “Erasmus + Creativity: Social en-trepreneurship and the generatio-nal approach”. During the exchan-ge, I had the opportunity to get to know the mobility possibilities, within the European framework, mostly the ones that are part of the new Erasmus + program. I was, still, able to think over the issues about social entrepreneurship and I was able to develop entrepreneu-rial initiatives, that meet the needs of the local community. All activi-ties were done in groups, made of young people from different na-

tionalities, which I think it was a great strategy, not only to make us talk to each other in a second lan-guage, but also to bring us closer. In addition to these formal lear-nings, I had the chance to develop my English, to have close contact with new cultures and to meet people who I will never forget. It was my first experience in a you-th exchange and I hope it was the first of many! I advice to everyone to join in this kind of projects, be-cause they are unique experiences, that will be marked for a lifetime.

13 MarchBuddy Party

From 24.02 to 27.02Erasmus Welcome Week

1 & 2 MarchTrip to Aveiro and Coimbra

03 MarchKaraoke & Carnaval Party

06 MarchFlag Party

11 MarchTuesday Sessions Surf Music

15 & 16 MarchTrip to Salamanca

17 MarchQuizz Erasmus

20 MarchFlower Power Party25 MarchErasmus Got Talent

28 MarchGlow Party

29 & 30 MarchTrip to Lisbon

• Os locais das festas serão atempadamente comunicadas

•The places of the parties will soon be communicated

E + C: SEGAO empreendedorismo social em discussão

E + C: SEGASocial entrepeneurship in debate

Agenda ESN Minnho