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CAPÍTULO QUADRAGÉSIMO SEGUNDO

FOTO ANTIGA

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ACADÊMICOS DE 1948 POR RUBENS DIAS MAIA

1-GOMES,2-LAUREANO, 3-JOSÉ ROMÃO, 4-JOSÉ FIGUEIREDO,

5-HENRIQUE ROBERTO,6-PRÓDIGO, 7-CIRINO, 8-VALENTIM,

9-ABELARDO, 10-PAULO APÓSTOLO, 11-MAIA,12-ALOISIO, A-PADRE ADRIANO

SEELEN, B-PADRE LÉO LEENDERS

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Nosso colega Gino Crês inaugurou uma página de recordação (VIDE ABAIXO), revendo velhas fotografias do saudoso tempo da Escola Apostólica de Pirassununga. A fotografia, comentada pelo Gino, nos mostra quatorze jovens, quarenta e nove anos atrás. Por sugestão do João Gomes procurei uma loto de minha turma tirada em 1948 por ocasião da Academia. Não sei se todos se recordam desse acontecimento cultural e literário quando alunos do último ano, a chamada classe da Retórica, conforme denominação das escolas francesas, reuniam-se durante alguns dias para examinar trabalhos escolares extraordinários e conferir-lhes prêmios. Maiores informações, leiam os artigos do Antonelli (Academia Pio XI).

Eram acontecimentos solenes, o que explica a seriedade da foto.

Os "imortais" de cabelos bem penteados, todos de terno e gravata, na gola do paletó a flâmula, distintivo da Academia. Daí o contraste com o desalinho da turma do Gino, "certo desleixo no cabelo, calças e paletós de brim bastante folgados. O Gino descreve a fotografia começando pela esquerda. Vou começar pela direita.

1 - O primeiro de pé, do lado direito, é o nosso Secretário Geral, João Baptista Gomes, 52 anos mais novo e mais leve. Consigo ver o Gomes, já nessa época distante, com pendores para a literatura, poesia e a oratória que ele cultiva, ainda hoje, nos artigos e nos discursos das reuniões. Desse grupo foi o primeiro a procurar os novos caminhos da vida. Em outubro deixou a Escola Apostólica de Pirassununga, terra de nossa adolescência feliz e difícil. Saiu e continua sempre conosco.

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2 - Ao lado do Gomes vemos um moço baixo de estatura e de bom vigor físico. E o Laureano Marques. Desde menino praticava muita ginástica, principalmente na barra. Chegou a quebrar o braço num desses exercícios, caindo da barra. Ordenou-se padre. No Escolasticado, onde convivi com ele, mostrava muito ardor missionário. De fato, depois de trabalhar em Campinas, foi para as missões na Indonésia, em 1961. Missionário nas Ilhas de Java e Kei, contraiu malária. Voltou ao Brasil e gostava trabalhar com doentes.

Conheci bem o Laureano, era simples, gostava das coisas da roça e das pessoas simples. Morreu em 1973. Saudades do Laureano.

3 - Agora, a vez do José Romão. Fomos de Bauru para a Escola Apostólica encaminhados pelo Pe. João van der Hulst. Juntos estivemos até no Escolasticado. Fez curso em Roma. Deixando o seminário, lecionou filosofia na Universidade do Sagrado Coração em Bauru. Tem o nome nas placas dos corredores da Universidade. Só uma vez apareceu em Pirassununga.

4 - O seguinte ‚ o José Figueiredo. Mineiro de Serrania, irmão do falecido Pe. Luís Figueiredo e do Walter, nosso colega e assíduo freqüentador dos encontros. Figueiredo representava no teatro. Com ele, o Gomes, o Sarmento e outros fizemos a peça "Sabotagem". Saindo do seminário morou no Ipiranga onde, algumas vezes, me hospedei. Lembro-me de seus pais, Argínio e Maria Magdalena, com gratidão e saudades. Estamos sentindo a ausência do José Figueiredo.

5 - Em seguida, quase no meio do grupo está o mais novo da turma, o Henrique, hoje, Pe. Henrique Baptista Roberto. Gostava de música, tocava piano e acompanhava, ao harmônio, os cânticos sacros. Atualmente dirige um colégio de alto nível no Bairro Industrial de Campinas, Colégio Pe. Júlio Chevalier.

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Recebeu o título de Cidadão campineiro pelos trabalhos em Campinas. Coordena também o encontro dos ex-padres MSC em Guararema.

6 - Depois do Henrique está o Pródigo. Pródigo Mateus de Andrade era de Tibiriçá. Ele fazia questão de dizer "Tibiriçá, perto de Bauru". O Pródigo foi para o noviciado e para o Escolasticado. Saiu e parece que nunca mais encontrou um rumo certo. Desorientado procurou ajuda com o colega Benedito Inácio. Não tive mais noticias do Pródigo, o colega com quem vivemos os sonhos da juventude. Morreu?

7 - José Cirino, o seguinte, era o mais velho, o decano. De origem muito humilde, veio das Minas Gerais. Enquanto estudava em Pirassununga nunca recebeu visita dos familiares. O regime rigoroso afastava o menino do aconchego do lar. Uns mais, outros menos tinham o consolo das visitas dos pais, irmaos ou parentes. José Cirino viveu o seminário sem esses momentos rápidos do carinho da família. No Escolasticado, em 1950, numa viagem de férias para a fazenda da Barra, sofremos um acidente. O caminhão, pau-de-arara, capotou parte no rio e parte no barranco, e o Cirino ficou entre as vítimas mais graves, Joaquim Cortês e Luis Xavier. Não tenho mais notícias do Cirino.

8 - Em seguida vejo o Valentim Manich numa nuvem de esquecimento. Valentim talvez tenha vindo do Sul. Fez o noviciado e estudou em São Paulo. Não há mais lembranças desse moço de pele clara e bom amigo. Onde anda o Valentim?

9 - Sem outras noticias do Valentim, passo para o Abelardo Sebastião Vergueiro. Mineiro de Brasópolis, família tradicional, tinha gênio forte e pavio curto. Quando nervoso, fechava ligeiramente o olho esquerdo.

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Aqui fora, trabalhou na revisão do jornal "O Estado de São Paulo". Conforme o João Gomes, ele tentou a vida política, gastou seu dinheiro e obteve míseros votos (5?). Perdeu a vida tragicamente num acidente na rodovia Fernão Dias, perto de Careaçu. Abelardo era diretor do Ginásio Estadual de Brasópolis.

10 - Finalmente o Paulo Apóstolo. Da esquerda para a direita ‚ o primeiro de pé. Paulo Apóstolo, como todos nós, viveu os seis anos de estudante entre os muros austeros do Colégio da Raia. Vivendo longe da família, sonhávamos com as férias da Retórica no mundo lá fora, na casa paterna. Perto de vinte dias, eram férias rápidas depois dos longos seis anos de seminário. Com muita dificuldade, emoção e saudades, terminadas as férias, deveríamos retornar ao rigor da vida entre os muros do colégio. O Gino confessa que não voltou. Ele e outro colega. O Paulo Apóstolo voltou como todos da classe voltamos. Mas trouxemos na alma aquele impacto de sedução da vida fora do seminário.

Não superando a crise, ouvíamos seus descontentamentos, sentimentos de revolta. Um colega já tinha saído, o Gomes. Os padres observavam os rumores do Paulo Apóstolo. E aconteceu a solene expulsão do Paulo Apóstolo. Era diretor da Escola Apostólica, nessa época, o Pe. Adriano Seelen (A). Aquele que está sentado e tem um sorriso nos lábios. O único sorridente entre pessoas sérias. Quem sabe o Paulo Apóstolo também quisesse sorrir. Ele, o Henrique, o Pe. Léo e o Gomes talvez. Os outros, muito sérios.

O Pe. Adriano Seelen tinha sido nomeado, em 1946, para substituir o Pe. Antônio van Es. Jovem de 38 anos, bom pianista, o Pe. Seelen introduziu o costume de audição de música clássica durante a leitura aos domingos.

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Fazia uma introdução explicativa sobre a música, o autor e uma curiosidade sobre o disco. Começamos a gostar das grandes obras clássicas. Pe. Seelen demonstrava certo tino psicológico no trato com a alma inquieta do adolescente, na direção espiritual. Por isso fica sem explicação o que presenciamos naquela tarde de fim de ano. O diretor, como era costume, apresentava o relatório de aproveitamento nos estudos e comportamento do aluno. Na sua vez, o Paulo Apóstolo foi chamado e ouviu o relato de seu comportamento e a sentença fulminante de expulsão, acompanhada da informação do horário de trem que o deveria levar de volta para o mundo lá fora. Silêncio e consternação geral. Sem nenhuma defesa, o nosso colega desapareceu de nossa presença. Misteriosos sinais dos tempos. Muitos anos depois, com emoção, abracei Paulo Apóstolo num encontro em Pirassununga. Era militar na Baixada Fluminense. Ao lado do diretor, o outro padre era o Prefeito dos estudos e professor, Pe. Léo Leenders (B). Muito amável com os alunos, Pe. Léo foi capelão em Araras e hoje ‚ homenageado com o nome numa rua de Pirassununga.

11 - Finalizando, restam dois. Do lado esquerdo sentado estou eu, o Maia. A Academia devia ter um presidente. Meio século mais moço, apesar de aposentado, leciono língua latina na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).

12 - Por fim o Aloisio Pereira Pinto, Vice-presidente da Academia. Nascido em Itajubá, irmão do Zé Pinto, outro ex-aluno, gostava muito de teatro. Colaborei com ele na organização de muitos Atos variados, comédia com muita improvisação. Ordenou-se sacerdote em 1955 e foi vigário de Itajubá . Depois de uns trinta anos na Congregação tornou-se padre secular.

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Trabalhou em Mairiporã onde foi recebido como um sacerdote muito virtuoso e santo. Quem atesta‚ o João Gomes. Morreu em 1994.

Assim acabamos de ver a fotografia de alguns jovens da querida Escola Apostólica de Pirassununga. O jovem de ontem‚ o idoso de hoje. Sentimos saudades do jovem que ficou na fotografia. Duas épocas distantes. O que é melhor, ser jovem ou ser idoso? A resposta está na vida que não pára, é contínua e acumula experiências. A juventude dos tempos da Escola Apostólica ainda está em nosso coração. Lá cultivamos a semente do amor e fraternidade no Sagrado Coração de Jesus, e recebemos a esperança de uma nova vida que, em Deus, ser sempre jovem e perene. As saudades de hoje tornam presentes as alegrias do passado.

RUBENS DIAS MAIA

OBSERVAÇÃO: HÁ FOTO OFICIAL NO CAPÍTULO DO JOÃO BAPTISTA GOMES

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GINO CRÊS

Nelson Altran, você, no seu livro "Memórias de Um Ex-seminarista", página 99, Capítulo XLII, com o título "O Benjamim de Olhos Puros", escreve assim: "Recordo-me de uma fotografia geral de nossa classe na qual, como afirmou o próprio padre Superior, na época, 1951, o Padre Adriano Seelen, em um de seus costumeiros colóquios em sua sala, nós dois (você e o Benjamim) éramos os únicos que estampávamos fisionomias inocentes, quais crianças, onde brilhavam dois olhos claros sem a feia bruma do pecado nem malícia aparente”.

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Essa fotografia eu a perdi, assim como perdi essa mesma inocência. Nelson, aproveito para levar ao seu conhecimento que essa fotografia, eu a encontrei, está aqui comigo, mas a sua inocência não foi possível ainda achar. De fato, esta foto que está comigo, estampa a minha classe, a "Tertia", na época, em 1951, na sala dos trabalhos manuais, A Oficina Manual como era conhecida, diante de um acampamento romano construído por nós (A Minha Classe). Essa foto deu a oportunidade ao Nelson de escrever o capítulo, página 99, com o título "O Benjamim de Olhos Puros" e agora, me dá a oportunidade de escrever com muita saudade sobre a Minha Classe. Éramos, ao todo, quatorze jovens seminaristas, todos sem exceção, estampando fisionomias inocentes sem a feia bruma do pecado nem malícia aparente. Hoje não posso garantir-lhes se todos ainda conservam a inocência da foto.

1-PADRE DONATO, 2-ÉZIO, 3-ALBINO, 4-SÉRGIO, 5-ALFREDO,

6-CHICO OSÓRIO*, 7-GINO, 8-CELSO, 9-NELSON, 10-HUGO,

11-BENJAMIN, 12-BECKMAN, 13-CÉSAR,14-AFONSO E

15-BUZZANELLO

*APELIDO DADO PELO ÉZIO...!!!

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Na foto, pela ordem, aparece o 1 - Pe. Donato, bravo, dinâmico, enérgico, respeitado por todos; 2 - o Ézio Monari, grande pintor e desenhista. Guardo dele um cartão com a estampa de um menino Jesus deitado numa manjedoura que enviei aos meus pais por ocasião das bodas de prata. No verso desse cartão, o Ézio, um artista, escreveu com letras todas trabalhadas: recordando as felizes bodas de prata em 10/11/1951, aos meus ditosos pais, Gino Crês FMSC. Nunca mais o vi, embora tenha uma sua irmã, morando a uma quadra da minha casa em Bauru. Pedi à sua irmã, caso ele aparecesse por aqui, que me fizesse uma visita, mas até agora nada. A seguir, aparece o 3 - Albino Diniz, o portuguesinho, também de Bauru. Só tive notícias dele através da sua irmã casada com o ex-aluno José Jorge Gonçalves que, por dois anos, moraram aqui em Bauru, indo em seguida morar em São José do Rio Preto. Tanto o Ézio como o Albino ordenaram-se padres, deixando alguns anos depois de exercer o ministério. Como diz o Berje Luiz Raphaelian numa de suas belas e interessantes cartas, quando os chama de desbatinados. Mantendo a ordem, segue o 4 - Sérgio Cabral, irmão do Renato Cabral, que foi meu anjo da guarda, quando, em 1948, entrei no seminário. O Sérgio e o irmão, nunca mais os vi. Mas sobre o Sérgio, há uma passagem acontecida ali perto da sapataria, quando jogávamos o "Estrategos", hoje conhecido como Combate, onde havia dois exércitos um de costas para o outro, em que um militar de patente maior eliminava o de patente menor. O jogo só acabava, quando se descobria a bandeira. Jogávamos eu o Sérgio, quando no ardor da disputa nós nos desentendemos e ele, mais forte, me mandou um tapa na face esquerda e eu, querendo colocar na

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prática as palavras do evangelho, ofereci a face direita, ele não pensou duas vezes, mandou com mais força ainda a mão na face oferecida. Chorei, mas não consegui guardar mágoa alguma desse violento acontecimento. Só sei que depois disso nunca mais dei a cara para bater. O Sérgio, outro que também sumiu, nunca mais o vi, nem notícia tive a respeito. Pela ordem, aparece o 5 - Alfredo Máximo da Silva, um grande escultor, era bravo, eu tinha um medo danado dele. Numa briga ele era feroz. Sei que hoje é padre secular. Na seqüência, aparece o 6 - Francisco Honório, o oposto do Alfredo, sempre risonho, manso, o homem da gaita, morador de Descalvado. Não sei por onde anda e também nunca mais o vi. Agora, é a minha vez, 7 - Gino Crês, pelo tamanho, o menor e o mais novo da turma. Fomos eu e o Nelson Altran, os Santos Inocentes, no dia 28 de dezembro de 1948, quando ainda estávamos na Sexta. A seguir aparece o 8 - Celso Pedro da Silva no estudo era o primeiro da classe, ganhava todos os primeiros prêmios; hoje ele ‚ o cônego Celso Pedro da Silva. Na época, ele e eu fomos os dois únicos que não voltaram ao seminário depois das férias da Retórica. O Celso foi quem celebrou o meu casamento, na igreja Santa Terezinha, em Bauru, em 1968. Só o vejo através das fotos do meu casamento. Logo depois está o 9 - Nelson Altran, o grande escritor que, certamente, logo nos brindará com mais um livro.

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Em seguida, vem o 10 - Hugo Nunes, irmão do Orozimbo Nunes, que, às vezes, escreve no Inter-Ex cartas de grande reflexão. Nunca mais vi os dois irmãos. Atrás aparece o 11 - Benjamim Brito, o citado por Nelson Altran com fisionomia inocente. Atrás do Hugo Nunes e ao lado do Benjamim, aparecendo uma testa larga de nortista, está o 12 - Antonio Beckman, o Maranhense, muito inteligente, um perfeito cultor do vernáculo. Nunca mais o vi. Bem atrás de mim e encostado na parede, aparece o 13 - César Augusto Machado, o carioca de Jacarepaguá , um dos maiores atores que já passou por Pirassununga, ator principal de qualquer peça teatral ensaiada pelo Pe. Donato. Tive a felicidade de reencontrá-lo, depois de 45 anos em 1998, numa reunião em Itajubá , onde ele esteve com seus dois filhos, o César é mais um desbatinado. Num plano mais alto, ao lado do César, está o 14 - Afonso Peres, de Lorena, o jardineiro, era fisicamente o mais forte da turma, foi um "caçador" implacável de ex-alunos, trazendo-os às reuniões de Pirassununga, entre eles destacamos o Licínio Poersch, de Cascavel, Paraná , hoje um dos assíduos participantes dos vários encontros. O Afonso Peres era conhecido como o "Tio", por ter na época um sobrinho no seminário, o Geraldo Magela. O último, atrás, de pé, numa cadeira era o 15 - José Buzzanello, o mais velho da turma, era alto, forte, vermelhão, sorridente, um poeta, era um homem com coração de criança. O Buzzanello e o Afonso Peres, o Tio, eram os jardineiros do seminário, pessoas tão boas como eles só podiam lidar com flores.

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Finalizando, todos, na foto, demonstram um certo desleixo no cabelo, pois não alimentávamos ali nenhum sentimento de vaidade e com calças e paletós de brim bastante folgados, o que demonstra a vida quase franciscana que tínhamos no seminário. Essa era a minha classe. Nem todos, infelizmente, atingiram o ideal da vida sacerdotal, mas uma coisa ‚ certa: os anos que passamos juntos, e os ensinamentos que tivemos foram determinantes para nossa vida e nossa formação cristã. O amor ao Sagrado Coração de Jesus e a devoção à Nossa Senhora do Sagrado Coração foram fundamentais à nossa vida, pois fomos a Eles consagrados como Missionários do Sagrado Cora‡ao por toda a nossa vida. Foi com lágrimas nos olhos e com uma emoção muito forte batendo nesse meu coração já doente que recordei através dessa foto os meus colegas de classe reduzidos a quatorze. Tudo daria para rever estes meus colegas, conversar com eles, saber o que estão fazendo, como e onde estão, abraçá-los, olhá-los de frente, olho no olho e recordar juntos aqueles anos de felicidade vividos no seminário da Raia, sob os olhares compassivos e misericordiosos do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora.

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1966 – 3º COLEGIAL – UM TORNEIO DE FUTEBOL INTERCLASSE NO SEMINÁRIO DE

PIRASSUNUNGA. O TIME DA FOTO VIVEU AS GRANDES MUDANÇAS DE UM MUNDO CHEIO DE TRADIÇÕES. OS CRAQUES SÃO:

DE PÉ: 1-LUIS CARLINDO MAZIEVIERO, 2-FRANCISCO FERRON, 3-LUIS VÍTOR MARTINELLO, 4-JOSÉ BENEDITO RIBEIRO (BEBÉ), 5-ÂNGELO GARBOSSA, 6-RUI

RIBEIRO DE CAMPOS E 7-BONIFÁCIO EUFROSINO (PARAÍBA) como técnico e/ou

massagista. AGACHADOS: 8-CLODOALDO MENGHELLO CARDOSO, 9-JOSÉ PONTIM, 10-LUIS CARLOS RUZENE, 11-PADRE HUMBERTO CAPOBIANCO E 12-JOSÉ MARIA DE

AGUIAR SANTANA. O Gino só não nos diz de quanto foi a “pelada”!!!

1966. TORNEIO INTERCLASSE NO SEMINÁRIO DE PIRASSUNUNGA. O time da foto (3º. colegial) deu muito que falar. Alegre, brincalhão... era aquela classe que viveu as grandes mudanças de um mundo cheio de tradições. No futebol, também empregávamos táticas revolucionárias, explorando em cada um suas características peculiares. Vejam algumas delas pela ordem da foto (da esquerda para a direita):

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1 - Luís Carlindo Mazieviero: Simpático e tranqüilo, o Carlindo parecia que estava passeando no campo. Olhava o jogo como se mirasse uma paisagem distante... Quando a bola chegava, ele a chutava e pronto. Hoje, deve ministrar aulas de yoga, filosofia oriental ou coisa parecida 2 - Francisco Ferron: Este já era forte, troncudo e pragmático. Estava no campo para decidir de vez a jogada. A tática era colocar o Ferron para marcar aqueles adversários franzinos e metidos a dribladores... Hoje, o Ferron ‚ administrador do SESC de Campinas. 3 - Luiz Vítor Martinello (Bauru): Elétrico e entusiasmado, ele jogava com o coração. Era goleador. Gesticulava e xingava quando a jogada não dava certo. Com a bola nos pés esquecia de tudo; abaixava a cabeça e partia em direção do gol. Algumas vezes o campo acabava e o Bauru continuava. Com tanta emoção, o Vítor só podia se transformar-se no grande poeta e professor de literatura. 4 - José Benedito Ribeiro (Bebé): Este foi craque. Era o famoso beque central salvador da pátria. Sério e disciplinado taticamente lembrava o lendário Luís Pereira do Palmeiras. Porém, às vezes, o Bebé‚ matava saudades das várzeas de Delfim Moreira e... chutão para o alto. Atualmente mora em Bauru e continua aquela pessoa compenetrada e de grande coração. 5 - Ângelo Garbossa: Comprido e de pernas longas, o Garbossa era uma figura no campo. Ia com tudo de encontro a bola com passadas largas e garbosas... e muitas vezes não achava nada. Sempre alegre e sorridente, via o jogo com uma brincadeira despreocupada. Disseram que mora em Curitiba. 6 - Rui Ribeiro de Campos: Por que o Rui jogava no gol? Não me lembro. Talvez tenha sido porque fosse um observador perspicaz e de humor discreto. Assim no gol tinha mais tempo para ficar observando os colegas e depois inventar trocadilhos. Hoje‚ professor de destaque em Campinas e deve divertir os alunos com suas piadinhas 7 - Bonefácio Eufrosinho (Paraíba): Olha ele ai pousando de técnico ou massagista. Na verdade o Paraíba era um daqueles beques de canelas de ferro. Baixinho e magro, mas numa bola dividida o adversário ficava no chão. Como bom nordestino, era prestativo e amigos de todos. Mora em São Paulo certamente. 8 - Clodoaldo Meneguello Cardoso(Clodô): Eu falava bem mais do que jogava. Devia ser um pentelho. Talvez por isso que sempre me escalavam de lateral ou ponta esquerda, quase fora do campo. Nem canhoto eu era. Tinha uma qualidade: era cabeçudo bastante para agüentar, no jogo aéreo, aquelas bolas de

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cabotão com mais de cinco quilos, no seco. De cabeça grande, dediquei-me aos estudos de filosofia e sou professor em Bauru. 9 - José Pontim: Normalmente ele jogava de goleiro e não comprometia. Magro, alto e sério, o Pontim era uma figura ascética. Eu olhava para ele no gol eu via São Francisco de Assis de calção e chuteira. Era o decano da classe e muito respeitado. Depois do seminário moramos em uma república em Petrópolis. Hoje, casado e pai, o meu amigo Pontim é diácono em São Felix do Araguaia. Minhas visões tinham sentido. 10 - Luis Carlos Ruzene: Veio de Campinas city, torcia pelo Guarani e adorava futebol. Muito alinhado, estiloso e entendido de táticas, nos orientava em campo. Era um líder! Quando o Ruzene, sem os óculos, conseguia ver a bola até que não jogava mal. Hoje deve ser um chefe de empresa, um executivo, em um grande cidade. É claro! 11 - Pe. Humberto Capobianco: Era nosso orientador, mestre e amigo. No campo parecia um maestro do time a la Ademir da Guia (até parece que fui palmeirense). Abria os longos braços e gingava o corpo... era o famoso drible sem tocar na bola. Eu pensava: o padre qualquer dia vai sair voando. No fim do jogo o uniforme continuava impecável. O Pe. Humberto continua o mesmo. Que bom! 12 - José Maria de Aguiar Santana. Era franzino e intelectual. Eu não me lembro de suas características como jogador. De uma coisa eu tenho certeza, o Zé Maria prestava uma atenção enorme no jogo. Apertava os olhos como que tivesse analisando todos os detalhes de cada jogada. Mas parece que não era o futebol que lhe agradava, e sim a observação em si mesma. Faz sentido ser ele, hoje um grande jornalista em São Paulo. Vejo ainda na foto uma pessoa que não está nela, mas que era titular absoluto neste time, o Douglas Dias Ferreira Jogava bem, mas nele o estilo valia mais que o próprio jogo. Após cada jogada, passava a mão no cabelo sempre brilhante e arrumado. Era o gala da turma e um grande amigo. Mora em Leme e especializou-se em revisão de livros. Não existem lembranças de fatos do passado. Dele só ficam impressões e sentimentos. Portanto, apenas ficamos nós mesmos.

Clodoaldo Contribuição do Gino Crês

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ESTA FOTO CORREU MUNDO ATÉ CHEGAR AO QUE PODEMOS... ACHAR OS NOMES FOI UMA TAREFA “SCHERLOQUIANA” DO GINO CRÊS. VÁRIOS COLEGAS AJUDARAM NA PESQUISA, MAS AINDA TEM FALHAS. VOCÊ PODERÁ TAMBÉM COLABORAR?

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01 - José Albino 02 - Benedito Itamar de Castro 03 - Juarez Bueno 04 - Jovelino Pereira 05 - Armando Turtelli Júnior 06 - Valderez Ginês de Paula 07 - Luiz Flávio Machado 08 - Roberto Mattos Rocha 09 - Clóvis de Miranda Leite 10 - Benedito Antunes Pereira 11 - José Possebom 12 - José Adilson Siqueira 13 - Hélio Pereira da Silva 14 - Pe Germano Muschele 15 - Pe Adão Bombach 16 - Pe José Maria de Beer 17 - Pe Tiago van Maren

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18 - Pe Cornélio von Amerongen 19 - Pe Léo Leenders 20 - Pe Henrique Alofs 21 - Pe João Smith 22 - Pe Amadeu Rodrigues Gusmão 23 - Pe Antonio Gusmão 24 - Pe Luiz Ferracini Bilia 25 - Hélio Pereira da Silva, 26 - José Aparecido de Oliveira 27 - Darci Molina 28 – Eduardo Gomes 29 – Waldir Nery 30 - Ademar Ginês, 31 - José Trevisol 32 - Adriano Helmer 33 - Nicolau Rietjens 34 - Pe Arlindo Giacomelli 35 - Walter Figueiredo de Souza 36 - Carlos Magno Antunes Pereira 37 - Eugênio de Assis 38 - Itacir Bertazzi 39 - Silvano Urbino 40 - Paulo Mendes Barbosa 41 - Luiz Gonzaga de Almeida 42 - Antonio Maria Claret da Silva 43 – Ladislau José Vitachi 44 - Martinho Steutjes 45 - Pe Antonio Brogliatto 46 - Antonio Carlos Sigrist 47 - Nelson Pierdoná 48 - Henrique Helmer 49 - Edmundo Vieira Cortez 50 - Dom Ricardo Pedro Páglia, bispo em Pinheiro, Maranhão 51 - Odair Maistro 52 - Pedro Brouwers 53 - Irmão Paulo 54 - Pe Rosário de Azevedo Martins 55 - Aparecido Celso da Silva 56 - José Adolar Fernandes 57 - Geraldo Luiz Antonelli 58 - João Pioker 59 - (não identificado) 60 - Wanderley dos Reis Ribeiro

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61 - Paulo Paiva 62 - Dimas Begalli de Figueiredo 63 - Pe João José de Almeida 64 - Vicente Brunetta 65 - Irmão Adriano 66 - Pe Irineu Benemann 67 - Joaquim Vieira Cortez 68 - Paulo Jorge Gonçalves 69 - João Carlos Eufrozino 70 - Genésio Geraldo Ginês 71 - (holandês não identificado) 72 - Lázaro Sílvio de Oliveira 73 - Pe. Benedito Tarcísio de Lima 74 - Gutemberg Rodrigues de Lima 75 - Pe José Augusto dos Santos 76 - Gabriel Francisco da Silva 77 - Irmão José van der Slutjs 78 - Irmão Huberto 79 - Irmão Henrique Bouwmann (Forgeron) 80 - José Maria de Paiva 81 - Valdinei Marini 82 - Sebastião Geraldo Cardillo D'Ângelo 83 - Felipe Lauro Muller 84 - Berje Luis Raphaelian 85 - Pe Sebastião Xavier Peres 86 - Pe Sérgio Joaquim de Almeida 87 - Pe José Quirino de Paula Santos 88 - Pe Almir Silva 89 - José Márcio de Camargo 90 - Deomar Poletto 91 - Elias José Alves 92 - Nivaldo Bortoliero 93 - Fausto Diniz Gonçalves 94 - Claudionor Nogueira 95 - João Batista Marcondes Cirineu 96 - Ivo Bottega 97 - Lourenço Raimundo Costa 98 - Benedito Jones Filho 99 - Gilberto Faria de Azevedo 100- Geraldo Luiz Sigrist 101- Edgard Parada 102- Adalberto Cardarelli 103- Gildo Trevisol 104- Pe Sírio Motter

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105- Alberto Maria da Silva 106- Mírio Alberto Flach 107- Alberto Maria da Silva 108- Pe Durval Checchinato e 109- Irmão João van der Borne (enfermeiro)

Realizado esse belo trabalho, o Gino Crês faz o seguinte apelo. “Como seria gratificante reencontrá-los (todos se possível fosse) em Pirassununga, no seminário da Raia de tantas recordações! Já imaginaram a emoção de podermos abraçar-nos após tantas décadas de separação ? Será qualquer coisa de maravilhoso. Vamos reviver essas emoções já e agora no Encontro de Pirassununga no dia 31 de agosto de 2003. Façamos o encontro dos alunos da década de 50, ou melhor, o encontro dos alunos da foto de março (ou dezembro) de 1954. Caros colegas, com esta foto vocês fizeram a história da Escola Apostólica, e hoje, vocês são a história da nossa Associação de ex-alunos...”