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Edição nº 01 - Data: 02 de Agosto de 2016 - Organizadores: ACDH, GDI e CODD ACAMPAMENTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E ACESSO À INFORMAÇÃO JÁ AMANHÃ ogo a seguir à inauguração ofi- L cial da Terceira Edição do Acam- pamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação, a economista Luísa Dias Diogo, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Barclays Bank, irá dar uma espécie de aula inaugural aos mais de 120 participantes que estarão acampados na Barragem dos Pequenos Libom- bos, a maioria dos quais jovens. Diogo, que, de entre outros, é antiga Primeira-Ministra da República de Moçambique (2003-2010), versará sobre “O Papel dos Jovens na Promo- ção dos Direitos Humanos e Desen- volvimento”, uma temática para a qual o acesso à informação é, de resto, um incontornável desiderato. Outras três comunicações serão apre- sentadas no primeiro dos três dias da Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Huma- nos, Cidadania e Acesso à Informação: Toby Mendel, do Canadá, e os mo- çambicanos Ernesto Lipapa (da Co- missão Nacional de Direitos Huma- nos) e Emanuel Mavie (quadro sénior do Ministério da Administração Estatal e Função Pública) falarão sobre “A Implementação da Lei do Direito à Informação: Perspectivas Internacio- nal, Continental e Doméstica”; O ad- vogado e político Teodato Hunguana abordarão tema “A Paz como Direito Humano: Premissas para uma Recon- ciliação Nacional Efectiva”; a fechar, num outro painel, Maxwell Kadiri, da Nigéria, e Arlanza Dias, directorado CEDIMO (Centro Nacional de Docu- mentação e Informação de Moçam- bique) darão os seus contribu-tos no tema “Da Implementação da LDI: Papel do Governo e do Parlamento”. Luísa Diogo fala sobre e para jovens PRÉ-UNIVERSITÁRIOS DE BOANE Premiados procuram-se! “Apanha-me se puderes” é como se denomin(a)ou a obra de ficção cien-tífica de Steven Spielberg, lan-çada em 2002 e que, até hoje, ainda é objecto de comentários, pelo seu tom didáctico e pela representação surrealista do actor principal, Leonardo DiCaprio, per- sonificando o lendário consultor Frank William Abagnale, Jr. Mas amanhã à tarde, no Acampamento Internacional sobre Direitos Hu- manos, Cidadania e Acesso à Infor- mação, a empreitada será real e se designará Feira de Cidadania e Acesso à Informação. Se na acima referida obra de 'séti- ma arte' as figuras de cartaz foram Leonardo DiCaprio e Tom Hanks, na tarde de amanhã serão 150 alunos pré-universitários (décima primeira e décima segunda classes) das escolas 'Secundária de Boane' e 'Secundária Joaquim Chissano'. Na 'direcção não artís- tica' estarão Carlos Mondlane, presidente da Associação Mo- çambicana de Juízes, e Ana Sénia Sambo, jurista e docente uni- versitária. De entre os 150 alunos que estrela- rão a Feira de Cidadania e Acesso à Informação, dois serão premiados. Não na magnitude do Hollywood, mas...à medida de jovens estudan- tes: um tablet e um diploma de honra para cada um dos premia- dos, mais 10 livros (cinco por esco- la) para os partilharem com os seus colegas. Destaques Coerência argumentativa central no debate público Pág. 02 Depoimentos de alguns participantes Pág. 03 Colectânea lançada amanhã Pág. 04

ACAMPAMENTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS HUMANOS, … · 2017. 6. 21. · mais de 20 comunicações a serem apresentadas no decurso da Terceira Edição do Acampamento Internacional

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Page 1: ACAMPAMENTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS HUMANOS, … · 2017. 6. 21. · mais de 20 comunicações a serem apresentadas no decurso da Terceira Edição do Acampamento Internacional

Edição nº 01 - Data: 02 de Agosto de 2016 - Organizadores: ACDH, GDI e CODD

ACAMPAMENTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E ACESSO ÀINFORMAÇÃO

JÁ AMANHÃ

ogo a seguir à inauguração ofi-Lcial da Terceira Edição do Acam-pamento Internacional sobre

Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação, a economista Luísa Dias Diogo, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Barclays Bank, irá dar uma espécie de aula inaugural aos mais de 120 participantes que estarão acampados na Barragem dos Pequenos Libom-bos, a maioria dos quais jovens.Diogo, que, de entre outros, é antiga Primeira-Ministra da República de Moçambique (2003-2010), versará sobre “O Papel dos Jovens na Promo-ção dos Direitos Humanos e Desen-volvimento”, uma temática para a qual o acesso à informação é, de resto, um incontornável desiderato.Outras três comunicações serão apre-sentadas no primeiro dos três dias da Terceira Edição do Acampamento

Internacional sobre Direitos Huma-nos, Cidadania e Acesso à Informação: Toby Mendel, do Canadá, e os mo-çambicanos Ernesto Lipapa (da Co-missão Nacional de Direitos Huma-nos) e Emanuel Mavie (quadro sénior do Ministério da Administração Estatal e Função Pública) falarão sobre “A Implementação da Lei do Direito à Informação: Perspectivas Internacio-nal, Continental e Doméstica”; O ad-vogado e político Teodato Hunguana abordarão tema “A Paz como Direito Humano: Premissas para uma Recon-ciliação Nacional Efectiva”; a fechar, num outro painel, Maxwell Kadiri, da Nigéria, e Arlanza Dias, directorado CEDIMO (Centro Nacional de Docu-mentação e Informação de Moçam-bique) darão os seus contribu-tos no tema “Da Implementação da LDI: Papel do Governo e do Parlamento”.

Luísa Diogo fala sobre e para jovensPRÉ-UNIVERSITÁRIOS DE BOANE

Premiados procuram-se!“Apanha-me se puderes” é como se denomin(a)ou a obra de ficção cien-tífica de Steven Spielberg, lan-çada em 2002 e que, até hoje, ainda é objecto de comentários, pelo seu tom didáctico e pela representação surrealista do actor principal, Leonardo DiCaprio, per-sonificando o lendário consultor Frank William Abagnale, Jr. Mas amanhã à tarde, no Acampamento Internacional sobre Direitos Hu-manos, Cidadania e Acesso à Infor-mação, a empreitada será real e se designará Feira de Cidadania e Acesso à Informação.Se na acima referida obra de 'séti-ma arte' as figuras de cartaz foram Leonardo DiCaprio e Tom Hanks, na tarde de amanhã serão 150 alunos pré-universitários (décima primeira e décima segunda classes) das escolas 'Secundária de Boane' e 'Secundária Joaquim Chissano'. Na 'direcção não artís-tica' estarão Carlos Mondlane, presidente da Associação Mo-çambicana de Juízes, e Ana Sénia Sambo, jurista e docente uni-versitária.De entre os 150 alunos que estrela-rão a Feira de Cidadania e Acesso à Informação, dois serão premiados. Não na magnitude do Hollywood, mas...à medida de jovens estudan-tes: um tablet e um diploma de honra para cada um dos premia-dos, mais 10 livros (cinco por esco-la) para os partilharem com os seus colegas.

Destaques

Coerência argumentativa central no debate públicoPág. 02

Depoimentos de alguns participantes Pág. 03

Colectânea lançada amanhã

Pág. 04

Page 2: ACAMPAMENTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS HUMANOS, … · 2017. 6. 21. · mais de 20 comunicações a serem apresentadas no decurso da Terceira Edição do Acampamento Internacional

sociólogo Elísio Macamo, Oque assumiu a função de editor da Colectânea de

Textos da Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação, defende, em entrevista a este Boletim Informati-vo, que uma Lei do Direito à Infor-mação (LDI) é, sobretudo pelo seu poder normativo e institucional, importante num contexto demo-crático, mas não é tudo. Sobre a LDI no quadro do debate público em Moçambique, Macamo coloca acento tónico na centralidade da coerência argumentativa. Diário do Acampamento (DA): Como sabe, a Barragem dos Pequenos Libombos, no Município de Boane, província de Maputo, acolhe, de 2 a 5 de Agosto próximo, a Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à In-formação. Acha relevante um evento destes? Porquê?Elísio Macamo (EM): Tudo que con-tribui para que se debatam assun-tos nacionais é sempre bem-vindo. A democracia não é um fim em sim, mas o meio. O debate faz parte do que torna a democracia vigorosa.DA: Muitos festejaram e continuam a festejar o facto de Moçambique já possuir uma Lei do Direito à Informação (desde Dezembro de 2014) e seu respectivo Regulamen-to (desde Dezembro de 2015), ao fim de vários anos de espera. Mas ter leis parece não ser tudo. Zimba-bwe, por exemplo, há muito que tem uma Lei do Direito à Informa-ção, mas, em Moçambique, sem lei tal, era até menos difícil ter acesso à informação de interesse público...EM: Pois, mas uma lei é sempre um argumento forte por causa do seu poder normativo e institucional. O caso do Zimbabwe pode ser sintomático dum problema que me parece estar a ser descurado na forma como se pratica a democra-

cia nos nos-sos países. Há uma certa tendência de reduzir a democracia a uma rotina de proce-dimentos. Se queremos combater a corrupção criamos um instituto de integridade pública, ou algo parecido, fazemos campanha para que haja uma lei de probidade, etc. e esquecemos que estamos a lidar com um desafio social que se não reduz a uma mera mu-dança de mentalidades, mas sim a mudanças em toda uma estrutura de teias de relações. Estou em crer, por exemplo, que muitos “combatentes pela integridade”, pela sua participação nessas teias, contribuem para produzir a corrupção que eles próprios comba-tem, mas não se apercebem porque o importante é a capacidade de “forjar” indignação… Essa teia de relações é que garante o cumprimento de leis, e ela não muda simplesmente porque existem leis. Em nenhum país é assim, nem mesmo nos países que servem hoje de exemplo. Há um caso histórico muito interessante que dá por pensar. O duelo na Inglaterra foi proibido (com penas duríssimas), mas foi praticado

durante séculos, incluindo, e principal-mente, por membros do governo. Por-quê? Porque fazia parte de toda uma teia de relações que envolviam honra, estatuto, identidade e distribuição de favores. Só quando essa teia mudou é que as leis passaram a ter a sua força… o acesso à informação num contexto onde o que se sabe sobre outra pessoa é trunfo, onde deter informação é o que define o funcionalismo público, etc. é coisa muito complicada. É preciso pri-meiro entender essa teia de relações para realmente perceber de que ma-neira essa lei pode de facto mudar seja o que for.DA: Tem reflectido muito sobre a qualidade do debate público. Acha que o acesso à informação como direito fun-damental tem nisso alguma relevância?EM: Tem relevância, sim, mas não na forma instrumental como as Organiza-ções da Sociedade Civil (OSCs) pensam a coisa (pelo menos a julgar pela leitu-ra dos textos da colectânea). Noto, com todo o respeito, uma certa aborda-gem encantatória que me parece mais dirigida à reprodução dessas or-

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socialtrendsinstitute.org

Coerência argumentativa central no debate públicoÉ O SOCIÓLOGO ELÍSIO MACAMO QUEM O DIZ

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ganizações… de qualquer maneira, do ponto de vista do debate público não é o acesso à informação que con-ta (embora seja importante), mas sim o tratamento que é dado ao que fica-mos a saber. A questão é como discu-timos. Uma boa cultura de debate não precisa necessariamente de informa-ção tanto mais que se for mesmo boa, é capaz de colmatar as suas próprias lacunas em termos de informação. Modéstia à parte, os textos que escrevo e são apreciados por algumas pessoas não dependem de nenhum acesso a seja qual for o tipo de infor-mação. Dependem da sua coerência argumentativa, creio. Caracteristica-mente, muitas pessoas me pergun-tam como é que consigo estar “tão bem informado” e não acreditam quando lhes digo que não estou infor-mado… O debate público em Mo-çambique é, infelizmente, bastante pobre. A denúncia é um trunfo e a plausibilidade o principal recurso re-tórico. Isto é, o que importa é que aquilo que opinamos confirme um palpite (e quanto mais emocional for a nossa relação com o palpite, tanto melhor). O que determina a validade dum argumento entre nós não é a sua coerência, nem lucidez, mas sim a sua plausibilidade moral. Nestas circuns-tâncias, o acesso à informação, ainda que bem-vindo, pode contribuir para viciar o debate público ainda mais. Remédio pode também ser veneno. Um exemplo interessante é a horrível discussão sobre as dívidas públicas que, pelo menos intelectualmente, morreu mesmo antes de começar. Transformou-se numa catarse grotes-ca contra uma caricatura de Guebuza a qual se entregaram pessoas que

fizeram da indignação sua principal razão de existência. É uma orgia incrível de platitudes ditas com ar gra-ve que põe a descoberto esta abordagem encantatória das coisas da nossa vida que eu pelo menos deploro. Lembra um episódio contado por um jornalista americano, William Finnegan, num livro sobre a guerra dos 16 anos no nosso país. Ele conta a reacção de pessoas numa cidade no norte do país que assistiam a um filme soviético. Milícias atacaram uma aldeia, violaram mulheres e mataram os homens (silêncio na sala), mas quando queimaram a roupa das pessoas mortas ou violadas todo o mundo gritou de indignação! O pseudo-debate sobre as dívidas públicas tem muito disto. DA: Qual julga que deveria ser o sentido dos debates no Acampamen-to Internacional sobre Direitos Huma-nos, Cidadania e Acesso à Informa-ção?EM: Difícil de dizer. Conforme escrevi mais acima, fiquei com algumas d ú v i d a s a o l e r a l g u m a s d a s contribuições pela abordagem quase encantatória que me pareceram privilegiar. Na crítica que faço à indústria do desenvolvimento, tenho falado da síndroma de fazer o que é bom (“doing the right thing”) e pensar que só por isso as coisas vão mudar. É uma atitude que revela bastante perplexidade em relação à vida social. Não vamos ter o mundo que quere-mos simplesmente porque fizemos o que é bom. Essa expectativa deixa-nos pouco preparados para entender resistências, reveses e falhas. Perante essas situações, refugiamo-nos na denúncia (corruptos, autocratas,

ladrões, etc.) e tornamos o debate na esfera pública mais difícil ainda. Apesar destas dificuldades, o que espero que seja o sentido dos debates no acampamento é um pouco o que espero que seja o debate público: cada um de nós devia desenvolver a capacidade de articular o seu posicionamento em relação aos assuntos a um princípio geral e procurar ser coerente a partir daí tendo em conta a teia de relações dentro da qual as coisas acontecem. Um exemplo: há um interessante texto na colectânea que peca, em minha opinião, num aspecto crucial. Está todo ele virado para a elaboração da lei do direito à informação mais perfeita do mundo sem atenção ao contexto local, às sensibilidades, à história, etc. Alguém decidiu que uma lei de acesso à informação é crucial para a democracia e direitos huma-nos, prontos, toca daí a lutar apenas por essa lei, não pelo princípio geral que ela protege e que devia estruturar a nossa reflexão. Essa abordagem encantatória serve para reproduzir as organizações da sociedade civil, mas duvido que sirva para lograr os objectivos que tais leis se propõem. Mas esta é a opinião dum leigo algo hostil à sociedade civil profissionaliza-da…DM: A Sra. Pansy Tlakula, Presidente da Comissão dos Direitos Humanos e dos Povos da União Africana (UA), que é também Relatora Especial da UA para a Liberdade de Expressão e Aces-so à Informação, é uma das personali-dades que vai participar no evento. Tem alguma mensagem para ela?EM: Não.

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GDIGovernance and Development Institute

Intituto de Apoio à Governação e Desenvolvimento

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CENTRO DE ESTUDOS E PROMOÇÃODE CIDADANIA, DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE

AIJE M RA DI NNTIE

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É lançada, amanhã, uma colectânea contento 13 das pouco mais de 20 comunicações a serem apresentadas no decurso da Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação, que decorre de 3 a 5 de Agosto corrente, na Barragem dos Pequenos Libombos, no Município de Boane, província de Maputo, sob os auspícios da ACDH, GDI e CODD, parceiros da IBIS no quadro do Programa AICE/AGIRA referida colectânea será lançada logo após a cerimónia oficial de abertura da Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação. Além de uma apresentação geral da publicação, o lançamento compreenderá a exposição, pelo respectivo autor – Jorge Matine, pesquisador do Centro de Integridade Pública (CIP) –, de um texto intitulado “O papel das OSCs [Organizações da Sociedade Civil] na monitoria da qualidade e abrangência dos serviços públicos (com destaque para o sector da saúde – Lei do Direito à Informação e a promoção dos serviços de saúde”.A melhoria dos serviços públicos (saúde e educação, em particular) é um dos quatro objectivos do Programa Acesso à Informação e Engajamento dos Cidadãos (AICE), gerido pela IBIS e integrado no Programa de Acções para uma Governação Inclusiva e Responsável (AGIR), que é também intermediado pela Diakonia, Oxfam e WeEffect. São doadores do AGIR, neste momento com certa de 70 parceiros nacionais, a Embaixada da Suécia, a Embaixada do Reino dos Países Baixos e a Embaixada da Dinamarca.Além do texto de Jorge Matine, na Colectânea de Textos do Acampamento, editada pelo Professor Elísio Macamo, contribuem igualmente os juristas Toby Mendel (Moçambique: uma análise da Lei do Direito à Informação); Tomás Timbane (Provedor de Justiça: actor estratégico na

monitoria da Lei do Direito à Informação no sector público? Oportunidades e Desafios); Egídio Canuma (Dodeverde proactividade da administração pública na efectivação do direito à informação); Maxwell Kadiri (Análise comparativa do papel do parlamento como mecanismo de fiscalização na implementação da liberdade de informação em partes de África e no contexto específico de Moçambique); Dário de Sousa (Minorias sexuais e direito à informação: entre a censura e a invisibilidade); e Didier Malunga (Criança, família e herança: Do Direito à Protecção).Contribuem também os jornalistas Tomás Vieira Mário (O papel das Tecnologias de Informação e Comunicação na promoção e massificação da Lei do Direito à Informação jundo das comunidades locais); Jeremias Langa (Como a Lei do Direito à Informação pode alimentar o jornalismo de investigação: o caso da violação de direitos humanos); Fátima Mimbire (A contribuição da Lei do Direito à Informação no aumento da transparência no sector extractivo em Moçambique: avanços, retrocessos e oportunidades);e Gil Lauriciano (Independência editorial no sector público dos media em Moçambique: um desafio que só se ganhou no papel).Os activistas Egídio Vaz (A contribuição dos media sociais para a promoção e difusão da Lei do Direito à Informação e seu Regulamento) e Ângelo Amaro (O papel das OSCs na monitoria da qualidade e abrangência de serviços públicos nos sectores de saúde e educação) constam do rol dos contribuintes à Colectânea de Textos, subdividida em quatro partes: 1. Enquadramento Geralda LDI; 2. A LDI e o desafio da democratização; 3. A LDI e os desafios à comunicação social; e 4. A LDI e a promoção de uma cidadania activa.

Colectânea lançada amanhã

Depoimentos dos participantes

É já amanhã que inicia a Terceira Edição do Acampamento Internacional sobre Direitos Humanos, Cidadania e Acesso à Informação. A equipa de produção deste Diário do Acampamento regista, nas linhas que se seguem, as expectativas de quatro jovens que participaram na edição anterior, realizada em 2014, igualmente na Barragem dos Pequenos Libombos, no Município de Boane, em Maputo.

Kenny Laice (estudante finalista de Direito)

“Nesta edição, não muito diferente da anterior, espero que se atinjam os objectivos traçados. Gostava que nós, os que tomaremos parte, participássemos de forma intensiva nos debates e que cada um de nós se interessasse, de forma sincera, nos pontos de agenda”.

CONTENDO COMUNICAÇÕES A SEREM APRESENTADAS NO ACAMPAMENTO

Ercília Pelembe (estudante finalista de Direito)

“No que concerne à organização, nada a menos da edição anterior, na medida em que fomos acolhidos de forma condigna e desde já endereçar os sinceros agradecimentos aos promotores da iniciativa. Este espaço de excelência promove a participação pública no consumo de informação pelos cidadãos e promoção dos direitos humanos, entre outros. Espero a constatação de novos projectos, bem como a participação de activistas que na anterior edição não se fizeram presentes, que com certeza teriam, e terão, contributos positivos em todos os sentidos”.