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Cerimônia de Posse S ob a coordenação do Des. Murta Ribeiro, que à época era o presidente do TJRJ, a Mesa composta pelo Di- retor Geral do Arquivo Nacional – Prof.Jaime Antunes da Silva – e por ilustríssimas personalidades, deram posse ao presidente da ACAN – Dr. Lício de Araújo- e aos membros da nova Diretoria para o exercício de 2008-2011. No auditório do Arquivo Nacional, registraram-se presen- ças representativas de diversos segmentos da sociedade bra- sileira, os novos associados diplomados e seus respectivos paraninfos, amigos e colaboradores da ACAN. A sintonia harmônica do Coral do Arquivo Nacional com as imagens projetadas, sobre a restauração deste prédio, complementaram o cenário da nobre cerimônia de posse. Páginas 6 e 7 Nesta Edição A C A N Informa INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO ARQUIVO NACIONAL FUNDADA EM 2 DE DEZEMBRO DE 1987 ANO 3 � Nº 10 � 2009 Exposição de imagens do acervo do Arquivo Nacional Os projetos paisagísticos de Glaziou descritos em audio-book O bicentenário de nascimento de Louis Braille Louis Braille (1809-1852), notável criador do sistema de escrita e leitura fundamental para a inclusão social dos deficientes visuais, nascido no povoado de Coupvray, na França, recebe este ano homenagens pelo bicentenário de seu nascimento. O Brasil, a França e Macau lançaram selos comemorativos da efeméride. Pelos Correios, no Brasil, serão mais de um milhão emitidos em todo país.Criado pelo artista plástico mineiro Ricardo Cristofaro, o selo expressa a importância do Sistema Braille para as pessoas cegas como instrumento de acesso à educação e à cidadania. Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre idéias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma. França no Brasil 2009 Ano da

ACAN - arquivonacional.gov.br ACAN.pdf · do Projeto de restauro deste imponente monumento neoclássico.A ele, sempre dedicamos honrosas homenagens conferidas pelos ex- presidentes

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Cerimônia de Posse

Sob a coordenação do Des. Murta Ribeiro, que à época era o presidente do TJRJ, a Mesa composta pelo Di-

retor Geral do Arquivo Nacional – Prof.Jaime Antunes da Silva – e por ilustríssimas personalidades, deram posse ao presidente da ACAN – Dr. Lício de Araújo- e aos membros da nova Diretoria para o exercício de 2008-2011.

No auditório do Arquivo Nacional, registraram-se presen-

ças representativas de diversos segmentos da sociedade bra-sileira, os novos associados diplomados e seus respectivos paraninfos, amigos e colaboradores da ACAN.

A sintonia harmônica do Coral do Arquivo Nacional com as imagens projetadas, sobre a restauração deste prédio, complementaram o cenário da nobre cerimônia de posse.

Páginas 6 e 7

Nesta Edição

A C A N InformaINFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO ARQUIVO NACIONAL FUNDADA EM 2 DE DEZEMBRO DE 1987 ANO 3 � Nº 10 � 2009

� Exposição de imagens do acervo do Arquivo Nacional

� Os projetos paisagísticos de Glaziou descritos em audio-book

� O bicentenário de nascimento de Louis Braille

Louis Braille (1809-1852), notável criador do sistema de escrita e leitura fundamental para a inclusão social dos deficientes visuais, nascido no povoado de Coupvray, na França, recebe este ano homenagens pelo bicentenário de seu nascimento.

O Brasil, a França e Macau lançaram selos comemorativos da efeméride. Pelos Correios, no Brasil, serão mais de um milhão emitidos em todo país.Criado pelo artista plástico mineiro Ricardo Cristofaro, o selo expressa a importância do Sistema Braille para as pessoas cegas como instrumento de acesso à educação e à cidadania.

Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre idéias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma.

França no Brasil 2009Ano da

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DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Diretoria ACAN

Diretoria Executiva Presidente: Licio Ramos de Araújo Diretor Administrativo Financeiro: José Gomes de Almeida Netto Diretor Técnico-Operacional: Charley Fayal de Lyra Junior Diretor Cultural: Fernando João Abelha Salles Diretor de Eventos: José Carlos Pereira da Silva

Conselho Fiscal Presidente: Wanderley Pinto de Medeiros Vice-Presidente: Marijane Vasconcelos Tavares Membros: Geraldo Rezende Ciribelli Gilson Neder Cunha Isaldo Vieira de Mello José Elias Jacob Aloan

Conselho Deliberativo Presidente: Licio Ramos de Araújo Vice-Presidente: Oscar Boechat Filho Membros: Antonio Romano Soares Charley Fayal de Lyra Junior Nelson Mufarrej Filho Waldemar Ferreira da Silva

Conselho Consultivo Presidente: Mauro José de Miranda Gandra Vice-Presidente: Rui Barreto Membros: Alfredo Sebastião Seixas Antonio Veiga de Almeida Filho Arethuza Aguiar Bryan Michael Neele Cesar Ferreira Vargas Edgar Campos Silva Eduardo Lessa Bastos Fernando Nascimento Francisco Horta Haroldo Bezerra da Cunha Jorge Moreira Andrade José Carlos Barbosa José Carlos Schmidt Murta Ribeiro José Lisboa Gama Malcher José Luiz Barreto Junior José Santa Cruz Marcilio Marques Moreira Marco Pólo Moreira Leite Olavo Monteiro de Carvalho Osni Wesley de Oliveira Paulo Henrique da Cruz Paulo Santos Pedro Luiz de Araujo Braga Sylvio Capanema de Souza

Conselho de Notáveis constituído por ex-Presidentes

Celina Vargas do Amaral Peixoto Israel Klabin Rosina Iannibelli de Almeida Cândido Guinle de Paula Machado Teophilo de Azeredo Santos Renato B. Archer da Silva Airton Young Hermano Lomba Santoro Rubens Bayma Denys

Informa: publicação editada pela ACAN Jornalista Responsável: Fernando João Abelha Salles - Mtb 11.774Projeto Editorial: Jeannette Garcia Projeto Gráfico: Luiz Guimarães Editoração: Letra Capital Editora

Revisão: Jeannette Garcia Praça da República, 173 Prédio P Nível 2 CEP 20211-350 Rio de Janeiro RJ Tel: (21) 2179-1328 E-mail: [email protected]

E X P E D I E N T E

Palavras do Presidente Retrospectiva & Metas

A ACAN foi instituída no ano de 1987, em âmbito nacional, por iniciativa da

benemérita e ex-presidente, Profª Celina Var-gas do Amaral Peixoto, tendo como finali-dade precípua conceder pleno apoio às ati-vidades culturais e científicas a serem desen-volvidas pelo Arquivo Nacional e às ações de preservação do patrimônio documental ou quaisquer outras atividades na área de atuação do Arquivo Nacional.

Desde a sua fundação, a ACAN vem se empenhando na captação de recursos financeiros necessários à execução dos Projetos propos-tos pelo Arquivo Nacional, através das leis de incentivo à cultura.

A trajetória desse empenho e fidelidade estatutária, no transcur-so das gestões anteriores até o atual exercício, desta Presidência, é representativa e louvável.

Registros marcantes se destacaram quando do Projeto de restau-ração e adaptação de uso deste prédio, tombado pelo IPHAN,para ser instalada a sede do Arquivo Nacional.

O Projeto, de grandes proporções e notoriedade, se desenvolveu em exaustivas e vitoriosas etapas que foram submetidas à avaliações sucessivas visando melhor adequação dos procedimentos técnicos.

O árduo e minucioso Projeto de restauração ficou sob a responsabili-dade de Alfredo Britto, arquiteto de notório e público profissionalismo.

Louve-se a dedicação dos que executaram a obra projetada e a com-petência administrativa dos que permitiram viabilizar este Projeto.

Não podemos esquecer os esforços do nosso benemérito e ex-presidente General Rubens Bayma Dennys quando da execução do Projeto de restauro deste imponente monumento neoclássico.A ele, sempre dedicamos honrosas homenagens conferidas pelos ex-presidentes e diretores da ACAN.

Ao iniciarmos, mais um ano de atividades, consignamos em cerimônia nobre a posse de personalidades que, então, passaram a integrar o nos-so Quadro Social agregando suas experiências, desde a diplomacia às áre-as da indústria, comércio, justiça e, sobretudo os que se dedicam às letras e artes. A ACAN reúne, atualmente, cerca de 200 associados ilustres, que consideramos verdadeiras ferramentas vivas das ações planejadas para a agenda de 2009 que pretendemos cumprir com esmero.

A trajetória da ACAN tem registrado o apoio permanente dos Conselhos Deliberativo e Consultivo, além dos Diretores convidados para compor a equipe de trabalho,reconhecidamente,colaboradora e íntegra na consecução dos objetivos da nossa Associação Cultural em consonância com o Arquivo Nacional.

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ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Projetos Culturais • Contábil • Tributário • Societário • Trabalhista • Previdenciário

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No ano de 1922, realizou-se no Brasil

uma grande Feira Internacional. Empresários

americanos que participavam,desta Feira,vieram

demonstrar os avanços da radiodifusão que

estavam em destaque nos Estados Unidos.

Uma antena transmissora foi, então, instalada

no alto do morro Corcovado pela Westinghouse

Electric Company para transmitir o discurso

do Presidente da República, Epitácio Pessoa,

durante a comemoração do centenário da

Independência do Brasil

(7/Setembro/1922, na Praia Vermelha).

Edgar Roquette-Pinto estava presente ao

evento e, fascinado, exclamou:

Eis uma máquina importante para educar

nosso povo!

Ilustre Vizinhança do Arquivo NacionalIV - Rádio MEC

Convicto e decidido sobre os benefícios que a radiodifu-são proporcionaria à Educação, Edgar Roquette-Pinto com um grupo de amigos da Academia Brasileira de Ciências, funda em 1923, a primeira emissora considerada, oficial do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

Mas, no ano de 1936, é formalizada a doação da Rádio Sociedade ao Ministério da Educação, na gestão de Gus-tavo Capanema(governo Vargas).

Passa, a partir deste ato, a ser conhecida como Rádio MEC (Rádio Ministério da Educação e Cultura).

Na década de 90, ela deixa de ser vinculada ao anti-go MEC mas, mantém seu nome,já popularizado – Rádio MEC - como referência ao tripé de sua programação : Música,Educação e Cultura.

Atualmente, a Rádio MEC está incorporada à Empre-sa Brasileira de Comunicação-EBC, constituída no final de 2007, cuja superintendência é responsável pela gestão de 08 emissoras: MEC AM, MEC FM, Nacional AM no Rio de Ja-neiro, além de 03 emissoras em Brasília e 02 na Amazônia.

A MEC AM é uma emissora com perfil de programa-ção baseada num triplo conteúdo: informação jorna-lística, difusão cultural (com destaque para a MPB, em

particular o samba, o choro, a seresta, a música regio-nal, a bossa nova) e educação inclusiva (programas para crianças,mulheres,portadores de deficiência).

Já, a MEC FM, tem programação 90% voltada para a música clássica(ou de concerto) com algumas janelas dire-cionadas à informação e música instrumental.Ambas têm programas de auditório ao vivo, programas autorais pré-gravados, coberturas externas de shows e espetáculos de música e planilhas musicais.

Assim como, as demais emissoras das Rádios EBC, são rádios públicas voltadas para a cidadania, a informação de qualidade, a diversidade cultural, a educação inclusiva, a prestação de serviços e o entretenimento.

ORLANDO GUILHON, é Superintendente de Rádio da EBC- Empresa Bra-sileira de Comunicação e Membro Titular da ACAN

A Rádio França Internacional e a Rádio MEC assinaram um

acordo para intercâmbio de programas. Até em cidades do inte-

rior da França já se ouve a nossa Rádio brasileira.

Roquette-Pinto, precursor da radiodifusão no Brasil

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O presidente da ACAN – Dr. Licio de Araújo – entrega o certificado de membro titular da Associação Cultural do Arquivo Nacional ao Prof. Pedro Moura, Coordenador Geral do Arquivo Público Estadual de Pernambuco “Jordão Emerenciano”.

Na oportunidade, o Prof.Moura exaltou o profícuo desenvolvimento do Projeto Memórias Reveladas, coordenado pelo Arquivo Nacional sob a gerência de patrocínio da ACAN.

“Quando o Palácio do Campo das Princesas foi reformado em 1922 foram descartados - enquanto papéis velhos-, no rio Capibaribe, os documentos que pertenciam ao acervo histórico do Estado arquivados desde a administração do Conde da Boa Vista, no ano de 1842. No governo do Des. José Neves Filho foi, então, criado o Arquivo Público Estadual em 1945 mas, adotando o nome Jordão Emerenciano a partir de 1970.Está localizado na rua do Imperador, centro de Recife”.

Homenagem em Recife

Prof. Pedro Moura recebe certificado do Dr. Lício de Araújo.

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Homenagemao TrabalHadorUm herói anônimo

Mas Jesus lhes disse:

“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (Jo 5,17)

Se partirmos das palavras do Mestre, registradas nos Evangelhos, o trabalho está na origem das ações e realiza-ções divinas e humanas. As grandes conquistas realizadas através da história pelo homem só se tornaram possíveis por meio do trabalho físico e mental.

Em qualquer momento da história, o homem se defron-ta com o trabalho, não apenas com a necessidade de atingir a distribuição mais eqüitativa da riqueza, mas também com os aspectos que se relacionam ao sujeito do trabalho.

Infelizmente, na sociedade moderna, industrial, um grande número de pessoas descobre uma tênue ou ne-nhuma significação final nas tarefas que realiza no seu cotidiano, e essa verdade se aplica tanto a empregados quanto a empregadores.

Considerando-se o homem como um ser que se compõe de corpo e espírito, a simples recompensa material em forma de lucros e de salários, denominação que, vale assinalar, vem da palavra sal, uma das primeiras coisas a ser usada como elemento de troca, pode, hoje, não satisfazer o trabalhador.

Há quem trabalhe por causa do companheirismo, ou ainda pelos objetivos da empresa, prestar um grande servi-ço à coletividade e/ou buscar a realização própria.

Nos dez mandamentos entregues a Moisés no Monte Sinai, Deus estabelece o seguinte:

“Seis dias trabalharás e farás neles toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nele nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem teu servo, nem tua serva...” (Ex.20,9).

Como se deduz, trata-se de um preceito positivo, porque si-naliza que o trabalho deve ser feito em seis dias, e um dia deve voltar-se para o Senhor. É o próprio Deus que organiza, portan-to, o horário do trabalho do homem, que deve ser alternado com um dia de descanso semanal, previsto na Bíblia.

De outro lado, o Apóstolo Paulo insiste que todos devem trabalhar, a fim de não se tornarem pesados aos outros, ou como diríamos, não viverem às custas dos outros:

“Nem comemos de graça o pão de homem algum, antes em trabalho e fadiga, trabalhando de noite e de dia para não sermos pesados a nenhum de vós.” (II Tess 3,8-10).

O mesmo Apóstolo também relaciona o trabalho direta-mente à subsistência e, neste raciocínio, limita-se ao cam-po moral e não à esfera política e econômica. O trabalho assegura ao homem a independência, defende-o do mal, mas pode também assumir uma tarefa providencial, ao se considerar que ele nos propicia meios para praticarmos a caridade para com aqueles que padecem necessidades.

Também o Rei Salomão, considerado o homem mais sábio da história, diz: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os

seus caminhos, e sê sábio” (Prov.6,6). Desta forma e com muita propriedade se afirma que o preguiçoso por si só é reprova-do, por tratar-se de pessoa desprovida de sabedoria, e mais ainda, de alguém carente de inteligência.

Tipo assim de pessoa é considerada mais “amigo do

dormir do que trabalhar e, consequentemente, chegará às por-

tas da indigência. É preciso de que todos sejam alertados sobre

os descaminhos da ociosidade, pois “mente ociosa é oficina de

satanás”.

É por essa razão que é necessário voltar o olhar de todos para o sentido dignificante do trabalho, e de sua necessidade para atingir os objetivos que se centralizam no próprio eu, quanto para atingir aqueles que se centralizam nos outros.

É nesse particular que o assunto bíblico difere do secular pelo fato de se considerar a necessidade do trabalho como parte da ordem do próprio Deus que fez do homem um ser para, além do trabalho, realizar um objetivo mais elevado, a saber, uma vida de amor e de serviço orientada pela sabe-doria de Deus.

O trabalho não deve ser para o homem aprisionamento de seus talentos, mas deve representar a busca da sabedoria e da liberdade. O trabalho deve permitir ao homem desen-volver a arte de pensar e proteger sua emoção. Quando o trabalho é feito sem sabedoria e sem amor, o homem se torna máquina de trabalhar, de produzir. Neste sentido, o trabalho torna-se frustração, asfixia a mente e algema a emoção, não permitindo que o homem se torne aquele ser humano, completo, pleno e total. Contudo aprendemos que o trabalho, realmente, dignifica o homem.

Hermínio da Silveira é Reitor do Uni IBMR e Membro titular da ACAN.

Tarsila do Amaral.

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Cerimônia de Posse da ACANRegistro Especial

(1) Desembargador Murta Ribeiro presidiu a posse do Dr. Lício de Araújo e dos novos diretores 2008-2011, (2) Prof. Jaime e componentes da Mesa cumprimentam a Sra. Nejar, (3) Desembargador Murta Ribeiro, Dr. Lício de Araújo, Brigadeiro Mauro Gandra e Prof. Airton Young, (4) Dr. Luiz Carlos de Souza e Dra. Saiçu Amaral ladeiam o seu paraninfo Cons. Fernando Abelha Salles, (5) Prof. Jaime Antunes expõe sobre os projetos do Arquivo Nacional, (6) Presidente da ACAN ladeado pelo diretor do Arquivo Nacional e o vice-presidente da ACAN, Dr. Oscar Boechat, (7) Cons. Wanderley de Medeiros é cumprimentado pelo juiz Francisco Horta, (8) Cons. Paulo Santos exibe o livro “Orquídeas” doado à ACAN, (9) Procurador Hermano Cavalcanti e seu paraninfo, o empresário Antônio Romano, (10) Dr. Luis Emmanuel Novaes, vice-presidente do Fluminense tornou-se associado da ACAN.

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(11)Empresário Joaquim Pereira da Silva diplomado pelo Des. Murta Ribeiro, (12) Eng. Celio Schwartz recebe certificado da ACAN, (13) O Marquês de Vianna faz a entrega de preciosa publicação à direção do Arquivo Nacional, (14) Coral do Arquivo Nacional e a maestrina Elizabeth Oliveira, (15) Waldermar Ferreira da Silva confraterniza com Lício Araújo e Francisco Horta, (16) Des. Gama Malcher cumprimenta os ilustres componentes da Mesa, (17) No auditório do Arquivo Nacional convidados atentos à cerimônia da ACAN.

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A França no BrasilAuguste François Marie Glaziou (1833 - 1906)

Botânico e paisagista francês veio para o Rio de Janeiro, em 1858, a convite do imperador D.Pedro II trazendo reflexões originais sobre o paisagismo urbano que influenciaram seus projetos.Realizou,também, pesquisas botânicas classificando espécies da flora brasileira adotadas,por ele, em praças e ruas.

Entre seus célebres projetos no Rio de Janeiro, destacam-se : o Campo de Santana,a reforma do Passeio Público, a Quinta da Boa Vista, os Jardins do Palácio Imperial de Petrópolis e do Palácio do Catete, o Parque São Clemente em Nova Friburgo e, na cidade mineira de Juiz de Fora, o Parque Mariano Procópio.

Uma equipe de pesquisadores , considerados experts em Glaziou , está desenvolvendo um Projeto abordando este personagem e sua trajetória profissional no Brasil. O objetivo principal é a produção de um áudiobook – livro para ouvir- destinado aos portadores de deficiência visual colaborando para sua inclusão social.

A pesquisadora Camila Dias Amaduro,integrante desta equipe, apresenta um breve resumo da atuação do paisagista francês na cidade de Nova Friburgo (RJ).

Jeannette Garcia-Coordenadora do Projeto

Os jardins da Chácara do Challet (atual Parque São Clemente) foram projetados por Glaziou a pedido do 1º Barão de Nova Friburgo,o português Antonio Clemente Pinto considerado, à época, um dos maiores cafeicul-tores do país.Sua construção foi realizada entre 1840 e 1860.Permaneceu com seus herdeiros até 1913, quan-do foi vendida à família Guinle.Atualmente, pertence ao Nova Friburgo Country Clube. Glaziou,também, participou do projeto paisagístico dos jardins do Palá-cio do Catete, suntuosa propriedade do Barão, no Rio de Janeiro.

Nesta Chácara, tem-se componentes marcantes do tra-balho de Glaziou que são expressos pela conjugação estilís-tica do paisagismo francês e inglês: combinam elementos geométricos franceses com traços sinuosos do paisagismo romântico inglês.

“rompem-se os traços retilíneos do jardim barroco e aplica-se, em seu lugar, as famosas alamedas recurvadas e sinuosas em torno de jardins ovalados e côncavos;elevações que se per-meiam aos lagos,fontes,cascatas e às ilhas,também,ovaladas;,as pontes reproduzindo galhos de árvore; quiosques e mirantes destinados à contemplação do cenário produzido”.

Em relação aos chafarizes,Glaziou implantou um sis-tema de represamento para dar pressão à água- neste período,ainda, não existia nenhum tipo de mecanismo avançado para esta função-.Os 3 principais chafarizes atingiam tanta força que superavam a altura do Chal-let, o que é comprovado por fotografias do final do século XIX.

O Projeto paisagístico da Chácara do Challete outras atuações de Glaziou em Nova Friburgo

O projeto inicial do paisagista francês sofreu inter-venções a partir do herdeiro do Barão, o Conde de São Clemente, que finalizou a construção do Challet.A ex-posição gradativa ao tempo e intempéries foi subme-tendo elementos originais à deteriorização.Mas, fe-lizmente, foram realizados projetos de restauração e pesquisa direcionados ao resgate das características originais,inclusive, estudos para identificar as espécies exóticas e nativas, que tinham sido plantadas nos jar-dins.Este trabalho foi coordenado pelo biólogo Gustavo Martinelli-Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Flores-tal- que identificou quase todas as espécies do acervo botânico do Parque São Clemente.

Outros projetos,na cidade de Nova Friburgo, são atribu-ídos ao francês Glaziou.A Praça Princesa Isabel(atual Praça Getúlio Vargas), cujos projetos originais foram encontra-dos, recentemente, ainda mantem suas únicas caracterís-ticas iniciais: as alamedas de eucaliptos instaladas,nesta praça, para drenar o terreno.

Na Praça do Suspiro, se identificam estilos do paisa-gista pela presença de lagos,caminhos sinuosos e cor-rimões em formato de troncos.Os jardins da residência do Barão de Duas Barras(atual prédio da Faculdade de Odontologia), que encomendou um projeto reprodu-zindo as semelhanças que o agradaram, na Chácara do Challet.

Estes dois jardins não tem,até o presente, documen-tação assinada por Glaziou que comprovem sua autoria.Mas, os seus estilos próprios estão expressos direta ou in-

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ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

diretamente nestes jardins.Glaziou sempre manteve correspondência com outros

conceituados botânicos estrangeiros demonstrando dedica-ção à pesquisa e ao seu aprimoramento profissional. Estes conhecimentos e a permuta científica proporcionaram a

aplicação de novas descobertas aos seus projetos notáveis.

Camila Dias Amaduro é graduada em História e pesquisadora de Histó-ria Regional e Institucional do Nova Friburgo Country Clube.Participou do III Ciclo de Preservação Histórica e Urbanística promovido pela ACAN.

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Secretaria de Pós-GraduaçãoPraia de Botafogo, 158 - Botafogo - RJ

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DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

P ara divulgar seu acervo, o Arquivo Nacional desenvolve, desde

1886, um programa diversificado de publicações. Atualmente, entre os produtos editorias do Arquivo Nacional estão a revista ACERVO - temática e de periodicidade semestral; publicações técnicas; instrumentos de pesquisa e de trabalho; publicações históricas e manuais; obras raras; catálogos de exposições e álbuns dos eventos e datas comemorativas e a série Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa – concurso de monografias instituído em 1991 que, bienalmente, premia trabalhos cujas principais fontes de pesquisa pertençam ao acervo da instituição.

Complexo com livraria, Loja de CD’s e DVD’s, café e bar.

Segunda à sexta das 9h às 20h | Sábado das 10h às 18h

Praça XV 48, loja 1 Centro RJtel: (21) 2524-7242 | 2220-8471

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Livros

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DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Na cerimônia de abertura do XV Conami –Congresso Na-cional do Mercado Imobiliário & II Fórum Internacional de

Administradores de Imóveis do Rio de Janeiro foram homena-geados com o Prêmio Destaque Secovi/Rio - Personalidade do Segmento de Administração Imobiliária, os empresários Geral-do Rezende Ciribelli e Paulo Victor da Costa Monnerat eméritos membros dos Conselhos Consultivo e Fiscal da ACAN.

O elevado conceito,respeito e distinção que são conferidos à Geraldo Ciribelli pelos empresários da área imobiliária foram externados através deste prêmio.A retrospectiva de sua nobre trajetória profissional foi apresentada aos convidados,desta cerimônia: fundador da ABADI-Associação Brasileira das Ad-ministradoras de Imóveis; a realização da 1ª Conai-Convenção Nacional das Administradoras de Imóveis; promoveu a campa-nha para arrecadação de fundos junto à Sociedade de condô-minos e locatários para atender crianças carentes, portadoras de câncer; esta arrecadação permitiu em 1982, a inauguração do Pavilhão Infantil do Hospital Mário Kroeff, pelo próprio Prof. Kroeff , que aos 92 anos viu realizado seu sonho aguardado há tanto tempo; o empenho de Ciribelle junto ao Prefeito Satur-nino Braga para a concessão do título de Órgão de Utilidade Pública à ABADI e a liderança ímpar da empresa IMÓVIL que este ano celebrou seu 61º aniversário de fundação.

Homenagem

Música

Prêmio destaque SECOVI-Rio aos conselheiros da ACAN

Recital da pianista Carol Murta Ribeiro encantou os convidados que lotaram o auditório do Arquivo Nacional

Os Desembargadores Murta Ribeiro e Sylvio Capanema eo Dr. Lício Araujo, prestigiam os homenageados

Dr. Pedro Warmann - Presidente do SECOVI-Rio entrega o prêmio ao Dr. Ciribelli

A pianista Carol recebeu medalha e diploma conferidos

pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro,

acompanhada pelo marido,

o Desembargador Murta Ribeiro.

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DO ARQUIVO NACIONAL

ASSOCIAÇÃO CULTURALInforma

Agenda

Nas comemorações do Ano da França no Brasil, o Arquivo Nacional apresenta a exposição França: uma festa brasileira que será inaugurada no dia 7 de julho. Despertado no século XVI, o encontro entre franceses e Brasil envolve as idéias, o modelo de civilização e os padrões de comportamento que, a partir do século XVIII, constituíram tantas gerações. Por todo, esse período, os franceses invadem o litoral e as bibliotecas; livros raros como o de Jean de Lévy, no século XVI, ou a edi-ção da Encyclopédie são alguns exemplos entre os que, em nosso tempo, povoaram livrarias, mesas de cabeceiras e cáte-dras universitárias nas primeiras edições de Roger Bastide, de Germain Bazin e Claude Lévi-Strauss.

O Arquivo Nacional exibe uma história do Brasil pelo prisma da recepção do mundo francês, sem esquecer os 220 anos da Queda da Bastilha e da Inconfidência Mineira.A República brasileira,filiada em grande parte ao programa positivista de Auguste Comte, soube em seus primórdios se associar ao 14 de julho,instituído como data nacional.Um capítulo da festa brasileira, portanto, está nos 120 anos da Proclamação da República com o original da primeira constituição do novo regime.

A exposição se encerra com as manifestações estudantis de 1968 que, nas ruas das cidades brasileiras, se alinharam à rebeldia dos jovens em Paris.

Exposição de imagens do acervo do arquivo nacional

Françauma festa brasileira

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Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2009

Concurso de âmbito nacional e temática livre, aberto à pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de nível superior, que possuam trabalhos referenciados nas fontes docu-mentais depositadas no Arquivo Nacional.

A premiação consiste na publicação e divulgação dos três melhores trabalhos apresentados.

O Arquivo Nacional lança Edital e Regulamento do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2009.Os trabalhos serão recebidos até às 17 horas do dia 14 de agosto de 2009.

Arquivo Nacional - Pr. da República, nº 173 –Centro/RJSegunda à sexta-feira das 8 às 17 horas