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AÇÃO AÇÃO Em determinado momento histórico, o Em determinado momento histórico, o Estado chamou a si a tarefa de Estado chamou a si a tarefa de administrar a justiça, fazendo-o por administrar a justiça, fazendo-o por meio do meio do processo processo , verdadeiro , verdadeiro substitutivo civilizado da vingança substitutivo civilizado da vingança privada”. Se o Estado aboliu a privada”. Se o Estado aboliu a vingança privada, autolimitou, como vingança privada, autolimitou, como vimos, o seu poder de punir como vimos, o seu poder de punir como forma de composição de litígios, forma de composição de litígios, avocando o monopólio daquela função avocando o monopólio daquela função de administrar a justiça. de administrar a justiça. O fundamento do direito de ação O fundamento do direito de ação repousa, pois, na proibição da repousa, pois, na proibição da

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AÇÃO AÇÃO

Em determinado momento histórico, o Estado chamou a Em determinado momento histórico, o Estado chamou a si a tarefa de administrar a justiça, fazendo-o por meio si a tarefa de administrar a justiça, fazendo-o por meio do do processoprocesso, verdadeiro substitutivo civilizado da , verdadeiro substitutivo civilizado da vingança privada”. Se o Estado aboliu a vingança vingança privada”. Se o Estado aboliu a vingança privada, autolimitou, como vimos, o seu poder de punir privada, autolimitou, como vimos, o seu poder de punir como forma de composição de litígios, avocando o como forma de composição de litígios, avocando o monopólio daquela função de administrar a justiça.monopólio daquela função de administrar a justiça.

O fundamento do direito de ação repousa, pois, na O fundamento do direito de ação repousa, pois, na proibição da autodefesa, e seu fundamento jurídico está proibição da autodefesa, e seu fundamento jurídico está no próprio capítulo dos direitos e garantias individuais – no próprio capítulo dos direitos e garantias individuais – art. 5º, XXXV, CF/88.art. 5º, XXXV, CF/88.

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AÇÃO PENALAÇÃO PENAL

ConceitoConceito

É o direito de pedir do Estado-Juiz a aplicação do É o direito de pedir do Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito público subjetivo do Estado-Administração, o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo, com Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo, com a conseqüente satisfação da pretensão punitiva.a conseqüente satisfação da pretensão punitiva.

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CaracterísticasCaracterísticas

A ação penal é:A ação penal é:a) a) um direito autônomoum direito autônomo, que não se confunde com o , que não se confunde com o

direito material que se pretende tutelar;direito material que se pretende tutelar;b) b) um direito abstratoum direito abstrato, que independe do resultado final , que independe do resultado final

do processo;do processo;c) c) um direito subjetivoum direito subjetivo, pois o titular pode exigir do , pois o titular pode exigir do

Estado-Juiz a prestação jurisdicional;Estado-Juiz a prestação jurisdicional;d) d) um direito públicoum direito público, pois a atividade jurisdicional que , pois a atividade jurisdicional que

se pretende provocar é de natureza pública. se pretende provocar é de natureza pública.

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EspéciesEspéciesCPP, art. 100, CPP, art. 100, caput.caput.

1 -1 - Ações Penais PúblicasAções Penais Públicas – – poispois a CF/88 atribui ao a CF/88 atribui ao MP, com exclusividade, a propositura da ação penal MP, com exclusividade, a propositura da ação penal pública, podendo ser:pública, podendo ser:

a)a) pública incondicionadapública incondicionada - o Ministério Público - o Ministério Público promoverá a ação independente da vontade ou promoverá a ação independente da vontade ou interferência de quem quer que seja, bastando, para interferência de quem quer que seja, bastando, para tanto, que ocorram as condições da ação e os tanto, que ocorram as condições da ação e os pressupostos processuais.pressupostos processuais.

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b) pública condicionada – b) pública condicionada – seu exercício se subordina a uma seu exercício se subordina a uma condição, ou seja, a atividade do Ministério Público fica condição, ou seja, a atividade do Ministério Público fica condicionada à manifestação de vontade do ofendido ou de condicionada à manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal, como também à requisição do seu representante legal, como também à requisição do Ministro da Justiça. Ministro da Justiça.

2 –2 – Ação Penal PrivadaAção Penal Privada - - é aquela em que o Estado, titular é aquela em que o Estado, titular exclusivo do direito de punir, transfere a legitimidade para a exclusivo do direito de punir, transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou a seu representante propositura da ação penal à vítima ou a seu representante legal, podem ser:legal, podem ser:

a) Ação Penal Privada Propriamente Dita ou exclusivamente a) Ação Penal Privada Propriamente Dita ou exclusivamente

privada – privada – Arts. 31 e 34, CPP. Aqueles casos em que os Arts. 31 e 34, CPP. Aqueles casos em que os crimes atingem imediata e profundamente o interesse do crimes atingem imediata e profundamente o interesse do sujeito passivo da infração, por isso a instrução probatória sujeito passivo da infração, por isso a instrução probatória fica, quase que por inteiro, na dependência do concurso do fica, quase que por inteiro, na dependência do concurso do ofendido. ofendido.

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b) Ação Penal Privada Subsidiária da Públicab) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública – – prevista no art. 5º, LIX, da CF/88, art. 100, §3º do CP prevista no art. 5º, LIX, da CF/88, art. 100, §3º do CP e art. 29 do CPP. é aquela que se intenta nos crimes e art. 29 do CPP. é aquela que se intenta nos crimes de ação penal pública, seja condicionada, seja de ação penal pública, seja condicionada, seja incondicionada, se o órgão do Ministério Público não incondicionada, se o órgão do Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal. oferecer denúncia no prazo legal.

c) Ação Penal Privada Personalíssima – c) Ação Penal Privada Personalíssima – Arts. 240, §2º; Arts. 240, §2º; e 236, parágrafo único, ambos do CP. É cabível em e 236, parágrafo único, ambos do CP. É cabível em dois casos: 1 – crime de adultério; e 2 – crime de dois casos: 1 – crime de adultério; e 2 – crime de induzimento a erro essencial e ocultação de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento.impedimento ao casamento.

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TÍTULO IIITÍTULO III DA AÇÃO PENALDA AÇÃO PENAL    Art. 24. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será Nos crimes de ação pública, esta será

promovida por denúncia do Ministério Público, mas promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.08.93)pela Lei nº 8.699, de 27.08.93)

§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.08.93)nº 8.699, de 27.08.93)

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Art. 25. Art. 25. A representação será irretratável, A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.depois de oferecida a denúncia.

Art. 26. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.judiciária ou policial.

Art. 27. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.elementos de convicção.

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Art. 28. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

Art. 29. Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.do querelante, retomar a ação como parte principal.

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Art. 30. Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.representá-lo caberá intentar a ação privada.

Art. 31. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Art. 32. Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.nomeará advogado para promover a ação penal.

§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder § 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem privar-se dos prover às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da família.recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da família.

§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da § 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrição residir o autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.ofendido.

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Art. 33. Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.para o processo penal.

Art. 34. Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.ser exercido por ele ou por seu representante legal.

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Art. 35. Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de 27.11.97)(Revogado pela Lei nº 9.520, de 27.11.97) Art. 36. Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa,

terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.instância ou a abandone.

Art. 37. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.gerentes.

Art. 38. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31único, e 31

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Art. 39. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.Público, ou à autoridade policial.

§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura § 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.houver sido dirigida.

§ 2o A representação conterá todas as informações que possam § 2o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.servir à apuração do fato e da autoria.

§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade § 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.à autoridade que o for.

§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida § 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.inquérito.

§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 (quinze) dias..de 15 (quinze) dias..

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Art. 40. Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.necessários ao oferecimento da denúncia.

Art. 41. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.necessário, o rol das testemunhas.

Art. 42. Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.da ação penal.

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Art. 43. Art. 43. A denúncia ou queixa será rejeitada A denúncia ou queixa será rejeitada quando:quando:

I – o fato narrado evidentemente não constituir I – o fato narrado evidentemente não constituir crime;crime;

II – já estiver extinta a punibilidade, pela II – já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa;prescrição ou outra causa;

III – for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar III – for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação condição exigida pela lei para o exercício da ação penal.penal.

Parágrafo único. Nos casos do no III, a rejeição da Parágrafo único. Nos casos do no III, a rejeição da denúncia ou queixa não obstará ao exercício da denúncia ou queixa não obstará ao exercício da ação penal, desde que promovida por parte ação penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.legítima ou satisfeita a condição.

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Art. 44. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo devem ser previamente requeridas no juízo criminal.criminal.

Art. 45. Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.todos os termos subseqüentes do processo.

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Art. 46. Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 (cinco) dias, contado da data em o réu preso, será de 5 (cinco) dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver inquérito policial, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.receber novamente os autos.

§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito § 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representaçãoinformações ou a representação

§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 (três) § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 (três) dias, contado da data em que o órgão do Ministério dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.prosseguindo-se nos demais termos do processo.

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Art. 47. Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los.que devam ou possam fornecê-los.

Art. 48. Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.

Art. 50. Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.procurador com poderes especiais.

Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiroprimeiro

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Art. 51. Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.relação ao que o recusar.

Art. 52. Art. 52. Se o querelante for menor de 21 (vinte e um) e Se o querelante for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de perdão poderá ser maior de 18 (dezoito) anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito.produzirá efeito.

Art. 53. Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz lhe aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz lhe nomear.nomear.

Art. 54. Art. 54. Se o querelado for menor de 21 (vinte e um) anos, Se o querelado for menor de 21 (vinte e um) anos, observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52.no art. 52.

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Art. 55. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.poderes especiais.

Art. 56. Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o disposto no art. 50.o disposto no art. 50.

Art. 57. Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova..os meios de prova..

Art. 58. Art. 58. Concedido o perdão, mediante Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de 3 (três) dias, se o intimado a dizer, dentro de 3 (três) dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.aceitação.

Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.extinta a punibilidade.

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Art. 59. Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal ou declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.procurador com poderes especiais.

Art. 60. Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:considerar-se-á perempta a ação penal:

I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos;andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos;

II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;

III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;

IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.sem deixar sucessor.

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Art. 61. Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.ofício.

Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concederá o prazo de 5 (cinco) dias para a conveniente, concederá o prazo de 5 (cinco) dias para a prova, proferindo a decisão dentro de 5 (cinco) dias ou prova, proferindo a decisão dentro de 5 (cinco) dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentença final.reservando-se para apreciar a matéria na sentença final.

Art. 62. Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.

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EspéciesEspéciesCPP, art. 100, CPP, art. 100, caput.caput.

1 -1 - Ações Penais PúblicasAções Penais Públicas – – poispois a CF/88 atribui ao a CF/88 atribui ao MP, com exclusividade, a propositura da ação penal MP, com exclusividade, a propositura da ação penal pública, podendo ser:pública, podendo ser:

a)a) pública incondicionadapública incondicionada - o Ministério Público - o Ministério Público promoverá a ação independente da vontade ou promoverá a ação independente da vontade ou interferência de quem quer que seja, bastando, para interferência de quem quer que seja, bastando, para tanto, que ocorram as condições da ação e os tanto, que ocorram as condições da ação e os pressupostos processuais.pressupostos processuais.

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PrazoPrazo

1 – Oferecimento de denúncia por parte do MP – art. 46 1 – Oferecimento de denúncia por parte do MP – art. 46 do CPP: do CPP: 55 dias para indiciado dias para indiciado preso preso e e 15 15 dias para dias para indiciado indiciado soltosolto. .

No entanto, existem prazos especiais: No entanto, existem prazos especiais: • crime eleitoralcrime eleitoral – 10 dias (357 Código Eleitoral); – 10 dias (357 Código Eleitoral); • crime de imprensacrime de imprensa – 10 dias (art. 40 da Lei nº – 10 dias (art. 40 da Lei nº

5.250/67); 5.250/67); • Crime de tóxicosCrime de tóxicos – ; – ;• crime contra economia popularcrime contra economia popular – 2 dias (art. 10, §2º, – 2 dias (art. 10, §2º,

da Lei nº 1.521/51).da Lei nº 1.521/51).

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• crime falimentarcrime falimentar – 5 dias quando o passivo é igual ou – 5 dias quando o passivo é igual ou superior a cem vezes o maior salário mínimo vigente superior a cem vezes o maior salário mínimo vigente no país; e 3 dias quando o passivo for inferior àquela no país; e 3 dias quando o passivo for inferior àquela quantia. (arts. 109 e 200, §5º da Lei de Falências);quantia. (arts. 109 e 200, §5º da Lei de Falências);

• crime de abuso de autoridadecrime de abuso de autoridade – 48 horas (art. 13 da – 48 horas (art. 13 da Lei nº 4.898/65).Lei nº 4.898/65).

2 - O direito de queixa, de regra, deve ser exercido no 2 - O direito de queixa, de regra, deve ser exercido no prazo de 6 meses - art. 38 do CPP. No entanto, às prazo de 6 meses - art. 38 do CPP. No entanto, às vezes há prazos especiais: vezes há prazos especiais: crime de adultériocrime de adultério - prazo - prazo de 1 mês (art. 240, §2º, do CP); ou pode ser que o de 1 mês (art. 240, §2º, do CP); ou pode ser que o prazo comece a fluir a partir de outra data (p. ú do art. prazo comece a fluir a partir de outra data (p. ú do art. 236, CP). 236, CP). Lei de imprensaLei de imprensa - prazo de 3 meses. - prazo de 3 meses.

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Ação Penal e Ação Penal e actio civilis ex delictoactio civilis ex delicto

A ação Penal e a A ação Penal e a actio civilis ex delicto actio civilis ex delicto não se não se confundem: a ação penal tem por escopo realizar o confundem: a ação penal tem por escopo realizar o Direito Penal objetivo, isto é, visa à aplicação de uma Direito Penal objetivo, isto é, visa à aplicação de uma pena ou medida de segurança ao criminoso; a pena ou medida de segurança ao criminoso; a actio actio civilis ex delicto civilis ex delicto tem por objetivo precípuo e único a tem por objetivo precípuo e único a satisfação do dano produzido pela infração.satisfação do dano produzido pela infração.

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Sistema pátrioSistema pátrio

No Direito pátrio, a parte interessada, se quiser, somente No Direito pátrio, a parte interessada, se quiser, somente poderá promover a ação para a satisfação do dano na poderá promover a ação para a satisfação do dano na sede civil. Por outro lado, como o fato gerador dessas sede civil. Por outro lado, como o fato gerador dessas responsabilidades é o crime, se houver sentença penal responsabilidades é o crime, se houver sentença penal condenatória com trânsito em julgado, em face da condenatória com trânsito em julgado, em face da influência que tal decisão exerce no cível, será ela influência que tal decisão exerce no cível, será ela exeqüível na jurisdição civil, onde não mais se exeqüível na jurisdição civil, onde não mais se discutirá o discutirá o na debeatur na debeatur (se deve), e sim o (se deve), e sim o quantum quantum debeatur debeatur (quanto é devido). (quanto é devido).

Por outro lado, é possível ocorrer a satisfação do dano Por outro lado, é possível ocorrer a satisfação do dano na esfera penal. O CPP prevê nos arts. 118 a 120, a na esfera penal. O CPP prevê nos arts. 118 a 120, a possibilidade da restituição ao lesado de coisas possibilidade da restituição ao lesado de coisas apreendidas no juízo criminal e até mesmo na fase apreendidas no juízo criminal e até mesmo na fase investigatória que procede a propositura da ação investigatória que procede a propositura da ação penal. penal.

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Responsabilidade civil e responsabilidade penalResponsabilidade civil e responsabilidade penal

A responsabilidade penal é sempre e sempre pessoal. O A responsabilidade penal é sempre e sempre pessoal. O resultado de que depende a existência do crime resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa, não somente é imputável a quem lhe deu causa, não podendo nenhuma pena passar da pessoa do podendo nenhuma pena passar da pessoa do delinqüente. delinqüente.

Já a responsabilidade civil, embora, em regra, seja de Já a responsabilidade civil, embora, em regra, seja de quem praticou a ação antijurídica, sê-lo-á, às vezes, quem praticou a ação antijurídica, sê-lo-á, às vezes, dos seus representantes legais, e a ação civil de dos seus representantes legais, e a ação civil de ressarcimento poderá, inclusive, era proposta contra ressarcimento poderá, inclusive, era proposta contra os herdeiros do responsável, respeitadas, apenas, as os herdeiros do responsável, respeitadas, apenas, as forças da herança.forças da herança.

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Objeto da “actio civilis ex delicto”Objeto da “actio civilis ex delicto”

A responsabilidade civil, comporta três objetivos: A responsabilidade civil, comporta três objetivos:

a) a) restituiçãorestituição (devolução da própria coisa); (devolução da própria coisa);

b) b) ressarcimentoressarcimento (o pagamento do seu equivalente em (o pagamento do seu equivalente em dinheiro); dinheiro);

c) c) reparaçãoreparação (satisfação de danos não materiais, como (satisfação de danos não materiais, como nos crimes contra a honra). nos crimes contra a honra).