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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Universidade De Lisboa A.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras: A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.): Faculdade De Ciências (UL) A.3. Ciclo de estudos: Mestrado Integrado em Engenharia Física A.4. Grau: Mestre (MI) A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data): DR, 2ª Série, Nº122, 26/06/2012-Despacho 8541/2012; DR, 2ª Série, Nº70, 10/04/2013-Despacho 4916/013 A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos: Engenharias e Tecnologias Físicas A.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF): 441 A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: N/A A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: N/A A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 300 A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março): 10 semestres A.10. Número de vagas proposto: 30 Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em Funcionamento Pergunta A.11 A.11.1.1. Condições específicas de ingresso. Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais A.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas. As provas de ingresso, 07: Física e Química e 19 Matemática A, são as possíveis e adequadas para um Ciclo de Estudos (CE) de Engenharia Física e a nota mínima de candidatura é compatível com a lei. Os requisitos de ingresso no segundo ciclo (licenciatura - ou equivalente - em Física, Engenharia Física, Física Tecnológica, Ciências Geofísicas ou áreas afins obtida em Portugal ou no estrangeiro) são, também, os adequados. pág. 1 de 16

ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE das unidades curriculares. 1.6. Recomendações de melhoria. ... Apesar da relação de proximidade, só inquéritos anónimos podem evidenciar

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE

ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAECaracterização do ciclo de estudosPerguntas A.1 a A.10

A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora:Universidade De LisboaA.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras:

A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.):Faculdade De Ciências (UL)A.3. Ciclo de estudos:Mestrado Integrado em Engenharia Física A.4. Grau:Mestre (MI)A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data):DR, 2ª Série, Nº122, 26/06/2012-Despacho 8541/2012; DR, 2ª Série, Nº70, 10/04/2013-Despacho4916/013A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos:Engenharias e Tecnologias FísicasA.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF):441A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF), se aplicável:N/AA.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável:N/AA.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:300A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março):10 semestresA.10. Número de vagas proposto:30

Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em FuncionamentoPergunta A.11

A.11.1.1. Condições específicas de ingresso.Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legaisA.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.As provas de ingresso, 07: Física e Química e 19 Matemática A, são as possíveis e adequadas paraum Ciclo de Estudos (CE) de Engenharia Física e a nota mínima de candidatura é compatível com alei. Os requisitos de ingresso no segundo ciclo (licenciatura - ou equivalente - em Física, EngenhariaFísica, Física Tecnológica, Ciências Geofísicas ou áreas afins obtida em Portugal ou no estrangeiro)são, também, os adequados.

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEA.11.2.1. DesignaçãoÉ adequadaA.11.2.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.O curso tem uma cobertura adequada de todas as áreas de Física e Engenharia Física de um grau deensino superior.A.11.3.1. Estrutura curricular e plano de estudosSão adequadas e cumprem os requisitos legaisA.11.3.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.O CE é organizado em semestres, total de 300 ECTS em dez semestres de 30 ECTS cada. Todas asáreas fundamentais de uma formação em Engenharia Física (Matemática, Química, Informática eComputação, Física Clássica e Física Moderna, Laboratório, Instrumentação, Óptica, Nanotecnologia,Ciências Nucleares Aplicadas, Metrologia, Qualidade e Gestão) estão representadas com umadistribuição razoável de ECTS. No primeiro ciclo, os alunos recebem uma formação sólida em Física,Matemática e Electrónica e uma formação básica em Economia e Gestão. O segundo ciclo contemplauma formação avançada em Física Industrial e Aplicada, abordando diferentes domínios e problemasespecíficos. Um período de formação/dissertação de 24 ECTS (último semestre) permite um contactodirecto com a actividade de investigação. A liberdade de escolha do perfil de formação é conseguidaatravés de algumas UC opcionais nos últimos anos do CE.A.11.4.1 Docente(s) responsável(eis) pela coordenação do ciclo de estudosFoi indicado e tem o perfil adequadoA.11.4.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.É uma docente com ampla experiência, uma investigadora ativa, com uma longa ligação aoDepartamento de Física(DF) da FCUL com contrato a tempo inteiro.

Pergunta A.12

A.12.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.2. São indicados recursos próprios da Instituição para acompanhar os seus estudantes noperíodo de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação emserviço dos estudantes.Não aplicávelA.12.4. São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número equalificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores).Não aplicávelA.12.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A secção A.17 do RAA não foi preenchida, o que indica que o CE não inclui treino em serviço.A.12.6. Pontos Fortes.N/AA.12.7. Recomendações de melhoria.N/A

1. Objetivos gerais do ciclo de estudos1.1. Os objetivos gerais definidos para o ciclo de estudos foram formulados de forma clara.Sim1.2. Os objetivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da Instituição.Sim

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE1.3. Os docentes envolvidos no ciclo de estudos, bem como os estudantes, conhecem os objetivosdefinidos.Sim1.4. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Quer o RAA quer o portal da FCUL apresentam com clareza o objectivo principal do curso:preparação de profissionais com uma sólida formação científica e técnica em Física, Engenharia eTecnologia, formação essa que está na base da inovação tecnológica. É indubitável a adequação deum tal curso à missão de uma Faculdade que tem como finalidade a promoção da Ciência através doEnsino e Investigação.1.5. Pontos Fortes.O portal da FCUL tem informação bastante detalhada sobre a organização do curso e ofuncionamento das unidades curriculares.1.6. Recomendações de melhoria.A informação do Portal parece mais adequada para os estudantes que já estão no CE, e menosdirigida a potenciais candidatos. A informação existe, mas não está apresentada de modo suscitar ointeresse de estudantes que contemplem ingressar no curso. A CAE (Comissão de Avaliação Externa)foi informada que a FCUL está a tomar iniciativas para melhorar a sua apresentação externa (videospromocionais dos cursos). A CAE sugere que os estudantes do curso sejam envolvidos nesseprocesso.

2. Organização interna e mecanismos de garantia daqualidade2.1. Organização Interna

2.1.1. Existe uma estrutura organizacional adequada responsável pelos processos relativos ao ciclode estudos.Sim2.1.2. Existem formas de assegurar a participação ativa de docentes e estudantes nos processos detomada de decisão que afetam o processo de ensino/aprendizagem e a sua qualidade.Sim2.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os processos de decisão estão concentrados no Presidente do Departamento (distribuição de serviçodocente, proposta de reestruturação do CE) e no Coordenador do curso (proposta de reestruturaçãodo CE), sujeitos a aprovação por orgão colegial (Conselho Científico). A participação do Conselhopedagógico parece ser menos relevante. A participação docente ocorre ao nível de ComissãoCientífica do Departamento, embora não seja óbvio do RAA o modo de intervenção. Os estudantesparticipam nas Comissões Pedagógicas de curso e preenchem inquéritos pedagógicos obrigatórios. Avisita revelou que estes inquéritos não são considerados tão importantes como o contacto direto epersonalizado com os docentes e coordenação do curso. O conselho pedagógico sinaliza problemasmas deixa a iniciativa de resolução à coordenação de curso.2.1.4. Pontos Fortes.Os estudantes privilegiam o contacto direto com coordenação de curso relativamente aos inquéritosinstitucionais. A coordenação de curso revelou compromisso forte com a qualidade das unidadescurriculares. A responsabilidade pelos processos de decisão do cursos está claramente personalizadae os estudantes sabem quem são os seus interlocutores.2.1.5. Recomendações de melhoria.Apesar da relação de proximidade, só inquéritos anónimos podem evidenciar certos tipos deproblemas e a Instituição (IES) teria vantagem em estabelecer processos mais sistemáticos deintervenção em situações problemáticas. A CAE regista com satisfação e apoia a recente introdução

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEde inquérito globais de satisfação sobre o CE. Os resultados do de 2015-16 são reveladores de altograu de satisfação dos estudantes com o curso e tem boa representatividade,

2.2. Garantia da Qualidade

2.2.1. Foram definidos mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos.Sim2.2.2. Foi designado um responsável pelo planeamento e implementação dos mecanismos degarantia da qualidade.Sim2.2.3. Existem procedimentos para a recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódicado ciclo de estudos.Sim2.2.4. Existem formas de avaliação periódica das qualificações e competências dos docentes para odesempenho das suas funções.Sim2.2.5. Os resultados das avaliações do ciclo de estudos são discutidos por todos os interessados eutilizados na definição de ações de melhoria.Sim2.2.6. O ciclo de estudos já foi anteriormente avaliado/acreditado.Sim2.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Existe um sistema de garantia de qualidade multi-nível (Reitoria, Faculdade, Departamento e CE) eprocedimentos claros de recolha e sistematização de informação (inquéritos pedagógicos, relatóriosde UC e de CE). Menos claros e sistemáticos são os processos de intervenção e correção dosproblemas detectados. Neste contexto, o trunfo principal parece ser a relação de proximidade, queum número não excessivo de estudantes possibilita. Os estudantes não valorizaram muito osinquéritos institucionais, mas também ficou a percepção que nem sempre as suas preocupaçõeslegítimas encontram resposta pronta. O ciclo de estudo teve acreditação preliminar pela A3ES.2.2.8. Pontos Fortes.Um sistema de recolha e análise de informação a vários níveis que proporciona aos decisoresinformação sobre o funcionamento do CE, com a possibilidade de comparar anos sucessivos. Umrelação de proximidade docentes e estudantes que facilita a comunicação recíproca.2.2.9. Recomendações de melhoria.Embora os estudantes reconheçam o empenho da coordenação do CE e dos docentes em geral noprocesso de qualidade (a sua "boa vontade"), existe também a percepção que estes nem sempredispõem - ou querem usar? - os instrumentos necessários para a resolução de situações menospositivas. Uma postura ainda mais pro-activa não só no reconhecimento de possíveisconstrangimentos nas também na procura de soluções, ainda que incrementais, deve ser umapreocupação constante.

3. Recursos materiais e parcerias3.1. Recursos materiais

3.1.1. O ciclo de estudos possui as instalações físicas necessárias ao cumprimento sustentado dosobjetivos estabelecidos.Sim3.1.2. O ciclo de estudos possui os equipamentos didáticos e científicos e os materiais necessários aocumprimento sustentado dos objetivos estabelecidos.Sim

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE3.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A visita confirmou a existência de instalações - enumeradas no RAA - perfeitamente adequadas àlecionação deste CE, incluindo salas de aula, espaços de estudo, biblioteca e equipamentolaboratorial e computacional avançado capaz de sustentar teses de mestrado. Este equipamento estápredominantemente adstrito a Unidades de Investigação (os docentes do Departamento de Físicaestão adstritos a 8 Unidades de Investigação). A dispersão geográfica das instalações destasUnidades cria, contudo, algumas dificuldades. Uma decorreu paradoxalmente da recentereestruturação da Universidade de Lisboa (UL). Com a integração do Instituto de TecnologiaNuclear (ITN) no IST, a FCUL passou a ter de pagar a colaboração com o ITN, o que dificultou oacesso dos estudantes aos docentes e instalações do ITN.3.1.4. Pontos Fortes.Os espaços disponíveis são amplos e de qualidade. Os estudante do CE dispões de espaços de estudoincluindo uma biblioteca com uma boa coleção de livros de estudo.3.1.5. Recomendações de melhoria.A CAE notou um predomínio de kits completos para suporte de experiências pré-montadas noslaboratórios dos três primeiros anos e um apoio oficinal ao ensino muito reduzido. Existe uma oficinano polo da FCUL do CENTRA mas é essencial para uma formação em Engenharia Física todo oDepartamento ter acesso de a boas oficinas de mecânica e electrónica.

3.2. Parcerias

3.2.1. O ciclo de estudos estabeleceu e tem consolidada uma rede de parceiros internacionais.Em parte3.2.2. O ciclo de estudos promove colaborações com outros ciclos de estudo dentro da suaInstituição, bem como com outras instituições de ensino superior nacionais.Em parte3.2.3. Existem procedimentos definidos para promover a cooperação interinstitucional no ciclo deestudos.Em parte3.2.4. Existe uma prática de relacionamento do ciclo de estudos com o seu meio envolvente,incluindo o tecido empresarial e o sector público.Sim3.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A parcerias internacionais ocorrem no âmbito do Erasmus. Foram fornecidos números para atotalidade da UL: 1 bolsa Erasmus de mobilidade "out" para cada 50 estudantes. Não foi fornecidainformação sobre a mobilidade "out" específica neste CE. Este CE está bem entrosado com outros daresponsabilidade do DF (especialmente com o Mestrado em Física), através da partilha de UCs e dapossibilidade de os estudantes escolherem opções de outros mestrados. Na prática estapossibilidade colide com problemas de compatibilização de horários.A UL, no âmbito da recente fusão, aprovou uma directiva para promover a realização de UC emoutras escolas; na prática, essa intenção colide com problemas logísticos de compatibilização dehorários e mesmo com alguma resistência administrativa. Foram mencionadas na visita iniciativas eintenções de trazer mais frequentemente empregadores à FCUL transversais aos vários CE emavaliação.

3.2.6. Pontos Fortes.A FCUL e os seus programas, em particular da área da Física, são muito bem considerados pelosresponsáveis de empresas baseadas no conhecimento.3.2.7. Recomendações de melhoria.A visita revelou excelentes relações do DF com empresas baseadas no conhecimento, e a grandeconsideração com que os seus executivos vêem a FCUL e a sua formação. O CAE considera que o

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEFCUL e o DF devem capitalizar esse prestígio e tentar melhorar os canais de comunicação dosalunos com essas empresas. Os estudantes de Engenharia Física são aqueles cuja motivação maispoderia beneficiar dessa melhoria de comunicação.

4. Pessoal docente e não docente4.1. Pessoal Docente

4.1.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais (corpo docente próprio, academicamentequalificado e especializado na(s) área(s) fundamental(ais)):Sim4.1.2. Os membros do corpo docente (em tempo integral ou parcial) têm a competência académica eexperiência de ensino adequadas aos objetivos do ciclo de estudos.Sim4.1.3. O número e o regime de trabalho dos membros do pessoal docente correspondem àsnecessidades do ciclo de estudos.Sim4.1.4. É definida a carga horária do pessoal docente e a sua afectação a atividades de ensino,investigação e administrativas.Em parte4.1.5. O corpo docente em tempo integral assegura a grande maioria do serviço docente.Sim4.1.6. A maioria dos docentes mantém a sua ligação ao ciclo de estudos por um período superior atrês anos.Sim4.1.7. Existem procedimentos para avaliação da competência e do desempenho dos docentes do ciclode estudos.Sim4.1.8. É promovida a mobilidade do pessoal docente, quer entre instituições nacionais, querinternacionais.Em parte4.1.9. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.O número de docentes doutorados é quase de 100%; os docentes são qualificados para ensinar UCsbásicas, e temexperiência de investigação relevante para UCs mais avançadas-O DF tem cerca de uma dezena de colaboradores investigadores, em geral com serviço docente maisreduzido (~3.4 ETI).É difícil avaliar a carga docente real: nalgumas fichas as UCs de orientação listam 0h de contacto eoutra não; ascargas docentes variam entre 28 h a 469 h/contacto (!) anuais para docentes a tempo integral. Amédia ronda 7hsemanais; na visita foi mencionada uma média de 8 horas, algo pesada, mas não excessivamente.Um terço dos docentes não indicaram publicações nos últimos 5 anos; muitos não deram informaçãosobreexperiência de supervisão. A lista de publicações do DF, contudo, revela um corpo docentecientificamente ativo.Há várias fichas curriculares com quase nenhuma informação, e muitas não mencionam a unidadede investigação dodocente.A avaliação docente segue a legislação geral. 4.1.10. Pontos Fortes.

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEUm corpo docente altamente qualificado, estável, cientificamente ativo e muito experiente.4.1.11. Recomendações de melhoria.Como em todos os DF do país, o corpo docente necessita de alguma renovação, que tem ocorridomuito lentamente. As autoridades da IES mencionaram 150 novos contratos docentes para toda aUniversidade de Lisboa. O número para o DF será baixo, mas deverá levar em conta a necessidadede ter também docentes jovens no ensino da Física.Em oportunidades futuras recomenda-se mais atenção e controlo sobre o preenchimento das fichascurriculares dos docentes,

4.2. Pessoal Não Docente

4.2.1. O pessoal não docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio àlecionação do ciclo de estudos.Sim4.2.2. O número e o regime de trabalho do pessoal não docente correspondem às necessidades dociclo de estudos.Em parte4.2.3. O desempenho do pessoal não docente é avaliado periodicamente.Sim4.2.4. O pessoal não docente é aconselhado a frequentar cursos de formação avançada ou deformação contínua.Em parte4.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.O pessoal não docente está sujeito ao processo de avaliação de desempenho de trabalhadores dafunção pública. O pessoal de apoio a laboratórios não é suficiente e quase não existe apoio oficinal àactividade laboratorial. Os funcionários de apoio à direção e às actividades do Departamento têm umsólido compromisso e dedicação à Instituição.Não foi muito claro que os funcionários tivessem plena consciência das oportunidades de formaçãoprovidenciadas pela UL.Foram relatadas à CAE dificuldades burocráticas sérias sentidas por estudantes estrangeiros(sobretudo de CE mais avançados), que os serviços académicos centrais não parecem ter consciência,ou que não valorizamsuficientemente.4.2.6. Pontos Fortes.O Pessoal não docente é qualificado, dedicado e testemunha um bom ambiente de trabalho e umcompromisso com a Instituição.4.2.7. Recomendações de melhoria.A FCUL deve ser mais atenta e pro-activa em proporcionar oportunidades e promover omelhoramento profissional dos seus funcionários não docentes. Os serviços centrais deverãoprocurar estar mais conscientes das dificuldades sentidas pelos estudantes estrangeiros.

5. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem5.1. Caracterização dos estudantes

5.1.1. Existe uma caracterização geral dos estudantes envolvidos no ciclo de estudos, incluindo o seugénero e idade.Sim5.1.2. Verifica-se uma procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes ao longo dosúltimos 3 anos.Sim

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE5.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.O Numerus Clausus é de 30 e o número de inscritos manteve-se estável nos últimos três anos, médiade 29 por ano.O número de estudantes no CE é de 108. Cerca de 29% dos estudantes são do sexo feminino e cercade 25% dos estudantes têm mais de 24 anos; a idade esperada para um estudante que termina omestrado ao fim de 5 anos de estudos superiores seria 23~24 anos.As classificações do último colocado são algo baixas, embora tenham subido nos últimos dois anos.Os candidatos colocados em primeira opçâo são cerca de 50 % dos inscritos.5.1.4. Pontos Fortes.A subida das classificações do último colocado.5.1.5. Recomendações de melhoria.O CE está agora em seu sexto ano de funcionamento e o número de estudantes a frequentar é decerca de 70% do número de anos (N = 5) vezes a entrada anual média. A FCUL e o DF precisam sepreocupar com esse número, que indica que uma fracção significativa de alunos deixa o grau. Ocoordenador do curso mostrou a devida atenção a esta questão. É importante verificar porquê equando os alunos que entram neste grau o deixam prematuramente.

5.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

5.2.1. São tomadas medidas adequadas para o apoio pedagógico e o aconselhamento sobre opercurso académico dos estudantes.Sim5.2.2. São tomadas medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica.Sim5.2.3. Existe aconselhamento dos estudantes sobre a possibilidade de financiamento e de emprego.Sim5.2.4. Os resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes são usados para melhorar o processode ensino/aprendizagem.Em parte5.2.5. A Instituição cria condições para promover a mobilidade dos estudantes.Sim5.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A UL tem estruturas de apoio e aconselhamento institucionais à integração e acompanhamento dosestudantes. No âmbito deste CE merece destaque a iniciativa de estudantes do Núcleo de Física eEngenharia Física de envolver estudantes no mentorado (51 mentores com 2 a três mentorados pormentor). A CAE recomenda o apoio da IES na consolidação desta iniciativa. A visita revelou que osestudantes não valorizam muito os inquéritos pedagógicos e a IES deveria fazer uma reflexão naprocura de alterações, ou alternativas, para tornar mais eficaz a consulta aos estudantes.A FCUL tem estruturas de promoção dos empregos dos seus diplomados. Mas os empregadores sãode opinião que a mensagem do elevado apreço que têm pelos diplomados em Física não passa paraos estudantes. O Departamento tem um coordenador de ações Erasmus mas a CAE não tem dadossobre o seu sucesso na promoção das mobilidades "in" e "out".5.2.7. Pontos Fortes.A iniciativa recente dos estudantes de Física e Engenharia Física de um programa de mentorado deestudantes para estudantes.Os procedimentos institucionais sistemáticos de recolha de informação sobre os funcionamentos doCE e das UCs.5.2.8. Recomendações de melhoria.Embora se reconheça o papel importante da intervenção pessoal do Director do CE e do Director doDepartamento, a CAE crê que a FCUL e o DF deviam reflectir sobre processos sistemáticos decontrolo e melhoria adaptados a este tipo de CE. Por exemplo, a consulta aos estudantes por meio de

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEinquéritos pedagógicas parece ser vista como ineficaz pelos mesmos. A IES deve fazer um reflexãosobre a razão de ser deste desinteresse e melhorar a eficácia das medidas de resposta à auscultaçãodos estudantes. Apesar de haver outros vias de comunicação da vivência dos estudantes, o inquéritoanónimo desempenha uma papel relevante na melhoria da qualidade,

6. Processos6.1. Objetivos de Ensino, Estrutura Curricular e Plano de Estudos

6.1.1. Estão definidos os objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) adesenvolver pelos estudantes e foram operacionalizados os objetivos permitindo a medição do graude cumprimento.Sim6.1.2. A estrutura curricular corresponde aos princípios do Processo de Bolonha.Sim6.1.3. Existe um sistema de revisão curricular periódica que assegura a atualização científica e demétodos de trabalho.Sim6.1.4. O plano de estudos garante a integração dos estudantes na investigação científica.Sim6.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os objectivos de aprendizagem são definidos genericamente e por UC e é evidente um foco naformação para o conhecimento em Física, Matemática e Engenharia. Na avaliação regista-se, emconjunto com exames e testes escritos, o recurso a trabalhos escritos e apresentações orais, queestimulam o desenvolvimento de competências importantes.Os estudantes realizam trabalhos emvárias UCs nas unidades de Investigação, com destaque para o estágio/dissertação.A revisão curricular é feita de modo informal, sem procedimentos padrão estabelecidos ouperiodicidade regular, e é coordenada pelo coordenador do CE.O curso iniciou-se em 2011-2012 (só em 2015/16 que tem estudantes no quinto ano) e tem 10semestres de 30 ECTS por semestre.6.1.6. Pontos Fortes.O CE tem uma avaliação exigente e estruturada que requer um esforço significativo dos estudantesque aspiram ao sucesso proporcionando-lhes a formação de bom nível referida nos objectivos docurso.O nível científico de conteúdos é compatível com um grau de segundo ciclo.As 6 dissertações já realizadas estão disponíveis no repositório da U. Lisboa, e predomina odesenvolvimento de instrumentos e/ou técnicas de medida, claramente compatíveis com osobjectivos do CE. Estas dissertações só são possíveis graças à actividade científica dos docentes em várias Unidades de Investigação muito bem classificadas. 6.1.7. Recomendações de melhoria.Nada a assinalar.

6.2. Organização das Unidades Curriculares

6.2.1. São definidos os objetivos da aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) que osestudantes deverão desenvolver em cada unidade curricular.Em parte6.2.2. Existe coerência entre os conteúdos programáticos e os objetivos de cada unidade curricular.Sim6.2.3. Existe coerência entre as metodologias de ensino e os objetivos de cada unidade curricular.Sim

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAE6.2.4. Existem mecanismos para assegurar a coordenação entre as unidades curriculares e os seusconteúdos.Sim6.2.5. Os objetivos de cada unidade curricular são divulgados entre os docentes e os estudantes.Sim6.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os objectivos definidos para a maioria das UCs (sobretudo as mais básicas) são centrados nosconhecimentos a adquirir, mais do que nas aptidões e competências. Em algumas UCs os objectivosconfundem-se com conteúdos muito resumidos. Os métodos de avaliação incluem exames e testes,trabalhos e apresentações e resolução de problemas em casa e são compatíveis com os objetivosdeclarados paras as UCs.O portal da FCUL tem informação completa sobre as UCs. A coordenação de conteúdos é feita peloCoordenador do CE. A CAE não detectou problemas de sobreposições ou omissões nos conteúdos eproporcionam uma formação globalmente equilibrada. Contudo, a lista de UCs da área ETFIS(Engenharia e Tecnologia Física) não dá uma ideia clara do foco e da imagem de marca da FCUL enEF (materiais?, nanotecnologia? sensores? instrumentação para o espaço?metrologia?)6.2.7. Pontos Fortes.Há um bom nível científico de conteúdos, garantia de uma formação avançada de qualidade paraestudos posteriores de Física.6.2.8. Recomendações de melhoria.Uma apresentação das unidades curriculares optativas mais avançadas em grupos, de acordo comperfis de formação mais coerentes, tornaria mais clara a imagem deste CE. Isso não implicaria nema introdução de especializações, nem a restrição à liberdade de escolha dos estudantes; apenasproporcionaria uma orientação mais clara para quem desejasse uma formação mais completa numdeterminada área. Também teria a vantagem de obrigar a uma maior coordenação na definição deconteúdos.As UCs de laboratório mais avançadas foram contestadas: experiências demasiado dirigidas, poucoespaço para trabalho do tipo projeto, valor formativo reduzido. Os docentes devem repensar osobjectivos de formação a atingir com estas UCs para as tornar mais eficazes na formação decompetências importantes.Os seminários do DF não têm um esquema bem estabelecido, foram relatados problemas desobreposição dehorários com seminários de grupos de investigação e fraca participação de docentes einvestigadores.

6.3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem

6.3.1. As metodologias de ensino e as didáticas estão adaptadas aos objetivos de aprendizagem dasunidades curriculares.Sim6.3.2. A carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS.Sim6.3.3. A avaliação da aprendizagem dos estudantes é feita em função dos objetivos da unidadecurricular.Sim6.3.4. As metodologias de ensino facilitam a participação dos estudantes em atividades científicas.Sim6.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.As 6 dissertações estágio concluídas e as que estão em curso são claramente de iniciação àinvestigação e desenvolvimento e os estudantes realizam-nas em grupos de investigação, por vezesnoutras instituições. Os objectivos das UCs privilegiam o conhecimento de métodos e técnicas, a

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEcapacidade de resolver problemas, incluindo problemas tecnológicos, e os métodos de avaliação sãoadequados aqueles objectivos (problemas para casa, testes e exames, relatórios e apresentações). Acarga de trabalho por UC é em geral pensada nos momento de reestruturação curricular. Nãoexistem um procedimento sistemático de as avaliar, mas as entrevistas com estudantes nãorevelaram problemas neste assunto.6.3.6. Pontos Fortes.A iniciação à investigação nas dissertações, através da integração em unidades de investigação bemclassificadas.6.3.7. Recomendações de melhoria.A metodologia de alguns dos cursos experimentais deve permitir maior iniciativa, ter maisexperiências abertas e desafiar os estudantes a pensar e resolver problemas. Isso aproximaria otrabalho experimental da prática da investigação.O CE parece precisar de um foco mais bem definido para se distinguir das restantes formaçõesnacionais em Engenharia Física. A interação dos estudantes com empresas durante o CE (emparticular no estágio, último semestre) deve ser incentivada.

7. Resultados7.1. Resultados Académicos

7.1.1. O sucesso académico da população discente é efetivo e facilmente mensurável.Sim7.1.2. O sucesso académico é semelhante para as diferentes áreas científicas e respetivas unidadescurriculares.Sim7.1.3. Os resultados da monitorização do sucesso escolar são utilizados para a definição de ações demelhoria no mesmo.Sim7.1.4. Não há evidência de dificuldades de empregabilidade dos graduados.Sim7.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os dados de sucesso académico nas UCs dos alunos deste CE estão de um modo geral acima dos50% de aprovados/inscritos com alguma variação entre áreas (mais baixos em Química e Estatística,mais altos em Economia e Informática). Contudo estes dados não revelam o que é um problemasignificativo de desistências deste CE. De acordo com os dados fornecidos na visita, em média cadacoorte reduz-se a um terço no quinto ano (Ex: dos 39 estudantes entrados em 2011/12, só 13 seencontram em 2015/16.Os resultados são monitorizados pelo Coordenador de CE, e os desvios da média são sinalizados paraactuação. Os dados de empregabilidade não podiam ser melhores, embora para um muito baixonúmero de diplomados. 7.1.6. Pontos Fortes.Nada a mencionar.7.1.7. Recomendações de melhoria.O curso iniciou-se em 2010-2011 e, portanto, o número de estudantes que já terminaram o CE ébaixo (4 no penúltimo ano e 3 no último, embora todos tenham terminaram o CE em 5 anos). Naaltura de elaboração do RAA não estaria ainda terminado o ano de 2015/16. Mas na altura da visitafoi dada a informação de 6 dissertações submetidas, o que indica uma baixa percentagem deestudantes diplomados, relativamente a um número de entradas de cerca de 30.A coordenadora deste CE apurou directamente as razões de 7 desistências ao final do ano de2015-16, tendo predominado a transferência para outros cursos (alguns do DF), o que pode estarrelacionado a percentagem de escolha em 1ª opção.(~50%) Contudo os dados fornecidos na visita

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEindicam saídas em todos os anos do curso, A FCUL e o DF devem tentar apurar as causas destefenómeno para o reduzir.

7.2. Resultados da atividade científica, tecnológica e artística

7.2.1. Existem Centro(s) de Investigação reconhecido(s), na área científica do ciclo de estudos ondeos docentes desenvolvam a sua atividade.Sim7.2.2. Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 5 anos e na área do ciclo de estudos.Sim7.2.3. Existem outras publicações científicas relevantes do corpo docente do ciclo de estudos.Sim7.2.4. As atividades científicas, tecnológicas e artísticas têm uma valorização e impacto nodesenvolvimento económico.Sim7.2.5. As atividades científica, tecnológica e artística estão integradas em projectos e/ou parceriasnacionais e internacionais.Sim7.2.6. Os resultados da monitorização das atividades científica, tecnológica e artística são usadospara a sua melhoria.Sim7.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os docentes do Departamento de Física participam em 8 unidades de investigação, em áreasbastante diversas, classificados de Muito Bom ou Excelente pela FCT. Tem uma produção científicaabundante e de qualidade. Publicam regularmente em revistas dedicadas ao ensino e divulgação daFísica. A produção científica é monitorizada pelas avaliações regulares dos Centros onde estãointegrados.7.2.8. Pontos Fortes.Um corpo docente cientificamente ativo com produção em padrões internacionais.7.2.9. Recomendações de melhoria.Existe uma dispersão apreciável de atividade pelos muitos centros de investigação; contam-se porexemplo dois na área de Astrofísica, dois em Biofísica. A esta dispersão corresponde também umadispersão geográfica de instalações que não favorece nem a visibilidade da atividade dos centrosjuntos dos estudantes, nem a integração e coordenação entre a investigação (centros) e o ensino(departamento). Deve haver uma colaboração dos Centros de I&D na preparação e programação deeventos que enriqueçam a vivência do CE, envolvendo em particular empresas baseadas emconhecimento.

7.3. Outros Resultados

7.3.1. No âmbito do presente ciclo de estudos, existem atividades de desenvolvimento tecnológico eartístico, prestação de serviços à comunidade ou formação avançada.Sim7.3.2. O ciclo de estudos contribui para o desenvolvimento nacional, regional e local, a culturacientífica e a ação cultural, desportiva e artística.Sim7.3.3. O conteúdo das informações sobre a Instituição, o ciclo de estudos e o ensino ministrado sãorealistas.Sim7.3.4. Existe um nível significativo de internacionalização do ciclo de estudos.

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAENão7.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A reunião com empregadores revelou um alto apreço pelos diplomados da FCUL, e do DF emparticular. Ficou claro, também, que esse apreço deriva da capacidade de pensamento abstracto eda abordagem a problemas que os estudantes apresentam, em suma, de competências gerais, maisdo de conhecimentos específicos. O valor para a comunidade da formação em Física da FCUL é poisevidente. Para este CE que ainda produziu poucos diplomados, é importante usar esse capital deprestígio, para reforçar a interação, nomeadamente através de estágios em empresas. A informaçãodos sites da FCUL é completa e realista ainda que muito institucional e pouco criativa naapresentação das qualidades dos CEs.O grau de internacionalização deste CE é baixo, embora se note nas poucos dissertações terminadasuma significativa colaboração com instituições estrangeiras.7.3.6. Pontos Fortes.O alto apreço da comunidade de empregadores pela FCUL e seus graduados e a percepção que têmque a escola tem uma marca própria, que valoriza os seus diplomados.7.3.7. Recomendações de melhoria.A FCUL e o DF devem procurar reforçar as ligações com as empresas, em particular com as queempregam ou foram criadas pelos seus diplomados. É convicção dos empregadores com que a CAEcontactou que a grande variedade de oportunidades que estão abertas a quem tem tiver uma boaformação em Física, continua a ser desconhecida dos estudantes e mesmo dos docentes. Oinvestimento nesta área contribui para convencer estudantes a permanecer neste CE.

8. Observações8.1. Observações:O Mestrado Integrado em Engenharia Física da FCUL tem um muito bom nível científico. Osdocentes envolvidos nesta formação são cientificamente ativos, dispõem de estruturas deinvestigação que enquadram as dissertações e, como tal, prestam um serviço socialmente relevante,e reconhecido externamente, na formação avançada em Engenharia Física. O CE existe numambiente de forte concorrência por estudantes, quer interna ao próprio departamento (Mestrado emFísica e Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica) e a outros departamentos daFCUL (Engenharia de Energia e Ambiente) quer externa à FCUL.A principal fragilidade deste CE é a ausência de um foco definido que permita uma distinção claraface às restantes formações nacionais em Engenharia Física. A colaboração com empresas nacolocação de estudantes a realizar o estágio final do CE é, também, um outro ponto a requerer adefinição de uma estratégia clara por parte do DF. A dispersão de docentes do DF por 8 centros deinvestigação, com alguma dispersão geográfica de instalações pode criar dificuldades na criação desinergias entre a formação avançada e a investigação. A colaboração estreita entre o DF e os centrosafigura-se tão desafiante e complexa como importante.8.2. Observações (PDF, máx. 100kB):<sem resposta>

9. Comentários às propostas de ações de melhoria9.1. Comentários à análise SWOT e às propostas de ações de melhoria:Os pontos fortes 1, 2, 4, 8 e 9 são evidentes e não requerem comentário. O ponto 5 é correto nopapel, mas na prática a visita revelou dificuldades por parte dos estudantes na frequência dedisciplinas da responsabilidade de outros departamentos da FCUL. Esta dificuldade é, ainda, maiorno caso de outras escolas da UL. Apesar de no âmbito da recente fusão ter sido aprovada umadiretiva para promover a realização de UC em outras escolas da UL, na prática essa intenção colide

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEcom problemas logísticos de compatibilização de horários e mesmo com alguma resistênciaadministrativa. Sobre os pontos 3, 6 e 7 levanta-se a seguinte questão: apesar de se registar a altaconsideração das entidades empregadoras pelos graduados em Física da FCUL (uma oportunidade),o treino de estudantes em ambiente empresarial é muito limitado e a visita não foi esclarecedorasobre a estratégia do DF para promover essa integração.Dos pontos fracos é especialmente significativo o ponto 3 (o ponto 2 está de alguma formarelacionado com este). O constrangimento referido em 1 é partilhado por outras instituições deensino superior no País que lecionam Engenharia Física no quadro de departamentos de Físicaintegrados em Faculdades de Ciências. Aos pontos fracos identificados a CAE juntaria: (a) adificuldade em perceber qual é a marca distintiva da FCUL na formação pós-graduada emEngenharia Física; (b) algumas dificuldades com a dispersão dos docentes por muitos Centros deInvestigação, cujas instalações estão também algo dispersas; (c) a necessidade de uma formaçãolaboratorial com mais abertura à iniciativa dos estudantes e mais desafiadora em termos deresolução de problemas experimentais. Nas oportunidades, destaca-se a menção relativa à colaboração entre a FCUL e outras escolas da ULno quadro da recente fusão de duas Universidades de Lisboa numa só. Um maneira de promoveressa colaboração, em particular com o IST, é, por exemplo, a realização de eventos destinadosexplicitamente aos estudantes das duas escolas que a FCUL e o DF podem explorar.

10. Análise da proposta de reestruturação curricular.10.1. Nova estrutura curricular:Não foi submetida proposta de alteração com o RAA. Mas na visita foram sugeridas alteraçõespontuais (ver 10.2)

10.2. Novo plano de estudos:Proposta feita na visita:a) Eliminação de opção de 6 ECTS no 5º ano/S2 e passagem de estágio/dissertação para 30 ECTSb) substituição de opção de FCSE (6 ECTS) por mini-projecto de engenharia Física (6 ECTS)

A CAE concorda com estas propostas. Vê vantagem em reservar um semestre integralmentededicado a dissertação estágio e entende que a introdução do mini-projeto de EF vai no sentido deproporcionar um espaço de desenvolvimento da iniciativa dos estudantes. 10.3. Novo corpo docente:N/A

11. Conclusões11.1. Recomendação final.O ciclo de estudos deve ser acreditado11.2. Período de acreditação condicional (se aplicável):<sem resposta>11.3. Condições (se aplicável):N/A11.4. Fundamentação da recomendação:A recomendação de acreditação traduz uma avaliação positiva deste CE nas suas múltiplas vertentes.

1. Condições físicas de funcionamentoAs instalações e infraestruturas da FCUL (salas de aula, espaços de estudos, bibliotecas,

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEequipamento informático) são amplas e de qualidade. As unidades de investigação proporcionam ascondições fundamentais para a realização do estágio/dissertação com qualidade e relevância para aformação de futuros investigadores e/ou inovadores. Nota-se, no entanto, dispersão das instalaçõesdas unidades de investigação que não favorece a criação de um espírito de corpo, de colaboração ede ajuda mútua entre os estudantes. Nestes contexto são desejáveis todas as iniciativas queagreguem os estudantes

2. Recursos HumanosO corpo docente é doutorado, amplamente qualificado e ativo na investigação. Tem uma elevadaprodução científica e está maioritariamente integrado em centros de Investigação classificados deExcelente ou Muito Bom nas avaliações da FCT. O seu ensino é por isso atual e relevante para aformação pós-graduada.Colaboram também na docência alguns investigadores e pós- docs. Esta colaboração deinvestigadores ativos enriquece a componente científica do curso. Esta colaboração émaioritariamente pro-bono o que levanta algumas questões éticas. Cremos que é à legislaçãoexistente, e não a esta instituição em particular, que se deve exigir a clarificação das condiçõesdeste tipo de colaboração.

3. Qualidade de ensinoA FCUL, e o DF em particular, tem uma longa história de formação em Física, com uma tradição dequalidade na formação reconhecida pelos pares e por parceiros empregadores. A FCUL dispõe deum sistema de controlo de qualidade, com inquéritos pedagógicos obrigatórios. A visita mostrou quea relação de proximidade com os docentes e diretor de curso é vista como mais importante do que osinquéritos anónimos, cujo eficácia em UCs com muito poucos estudantes é quase nula. A CAE registae aprova a realização de inquéritos gerais de satisfação dos estudantes, que revelaram nível de geralde aprovação da qualidade da formação pelos estudantes.

4. ResultadosO CE atrai cerca de 30 estudantes por ano e as nota mínima de entrada tem vindo a subir. Contudo ocurso tem um problema sério de desistência (estão 108 estudantes inscritos quando número de anosx entradas é cerca de 150). Sendo um curso que só agora está a entrar em regime estacionário esteponto merece a atenção da FCUL e do DF.

5.O curso tem ainda alguma falta de identidade em termos de áreas de especialização que marquema diferença relativamente a formações concorrentes em Engenharia Física. Parece estar a definir-secomo foco para o futuro a instrumentação para o espaço e a metrologia. É importante que estaclarificação seja prosseguida e aprofundada.

Como recomendações principais a CAE sugere: a) Reforço do apoio oficinal de mecânica e electrónica aos estudantes deste CE; b) Reflexão e aprofundamento da imagem de marca deste mestrado integrado com clarificação dassuas áreas mais fortes; c) Reforço da colaboração DF-centros de investigação, para ultrapassar as dificuldades resultantesda grande dispersão dos docentes do DF por vários centros, em vários locais de funcionamento.d) reconsideração 9 ECTS mínimos em UCs de Formação Cultural, Social e Ética (FCSE). A lista dasUCs oferecidas inclui algumas de relevância duvidosa---"Informática na Ótica do Utilizador" e"História dos Jogos de Tabuleiro" - são dois exemplos. Não se trata de criticar a opção por umaformação humanista, não exclusivamente técnica, mas de salientar que essa formação não precisa deser obtida exclusivamente em UCs avaliadas com atribuição de ECTS, podendo, em alternativa, fazerparte de uma oferta extra-curricular. Acresce que os estudantes reportaram fortes restrições deescolha por dificuldades de horário.

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ACEF/1516/0901727 — Relatório final da CAEEstas recomendações, não impedem uma avaliação positiva da qualidade de formação oferecida poreste CE pelo que a CAE considera que este CE deve ser acreditado sem condições. A CAE não temobjecções às alterações curriculares propostas durante a visita, que vão no sentido das suasrecomendações, mas estas devem ser aprovadas nos orgãos competentes da IES.

A CAE regista a pronúncia da IES e exprime a satisfação de ver o trabalho de implementação dassuas recomendações, no que diz respeito a relações com empresas, já iniciado.

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