30

Acessibilidade Ibape Web

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Inspeção Acessibilidade

Citation preview

  • Sndicos e administradores prediais do Brasil h quase 15 anos tm sua disposio a INSPEO PREDIAL como ferramenta de auxlio para o desenvolvimento de uma gesto de manuteno eficiente. Partindo de anlises documentais e tcnicas, a INSPEO PREDIAL possibilita ao gestor predial conhecer o real estado de conservao da edificao e, ainda, estabelecer prioridades de intervenes.

    A Cmara de Tcnica de Inspeo Predial nasceu no IBAPE/SP e, com pioneirismo, os trabalhos desenvolvidos resultaram em cursos, normas tcnicas e diversas publicaes sobre o tema, sempre com o objetivo da formao profissional e informao sociedade.

    Em continuidade aos trabalhos desenvolvidos, o IBAPE/SP iniciou, em 2012, a publicao de cartilhas informativas. A primeira conhecida como Inspeo Predial A Sade dos edifcios, a segunda como Ins-peo Predial Preveno e Combate a Incndios e, agora, integra a coletnea a terceira publicao, Inspeo Predial Acessibilidade, que visa elucidar aspectos particulares da acessibilidade, garantindo as-sim conforto e segurana aos usurios.

  • Inspeo PredialACESSIBILIDADE

    CHECK-UP

    COMO EVITAR ACIDENTES

    FERRAMENTA DA MANUTENO

    NORMAS TCNICAS

    DECRETOS E LEIS

    2014

  • COORDENAO:Vanessa Pacola Francisco

    AUTORES:Antnio Carlos Dolacio

    Eduardo Jos Santos Figueiredo

    Vanessa Pacola Francisco

    REVISORES:Antnio Carlos Dolacio

    Eduardo Jos Santos Figueiredo

    Flvia Zoga A. Pujadas

    Vanessa Pacola Francisco

    COLABORADORES:Altamiro J. Ramos Filho

    Antnio Carlos P.L. Pinto

    Christiane S. F. Ishida

    Claudio Mazzucca

    Flvia Zoga A. Pujadas

    Fernanda Martinatti

    Gerson Viana da Silva

    Jos Carlos Paulino

    Marli Lanza Kalil

    Silvio Romero Bezerra de Melo

    Inspeo Predial: Acessibilidade uma publicao tcnica da Cmara de Inspeo Predial do IBAPE/SP, em continuidade ao trabalho Inspeo Predial: a Sade dos Edifcios, publicado em 2012.

    REALIZAO:

  • QUEM SOMOS

    O Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia de So Paulo - Ibape/SP, filiado ao ibape, Entidade Federativa Nacional, o rgo de classe formado por Engenheiros, Arquitetos e Empresas habilitadas que atuam na rea das Avaliaes, Vistoria, Inspees Prediais e Percias de Engenharia no Estado de So Paulo, fundado em 15 de janeiro de 1979.

    Trata-se de entidade sem fins lucrativos com objetivo de congregar tais profissionais e promover o avano tcnico das reas de interesse. Para tanto, realiza intercmbio, difuso de informaes e desenvolvimento tcnico. O Ibape/SP promove, ainda, cursos de formao bsica e avanada, congressos, ciclos de estudos, simpsios, conferncias, reunies, seminrios, painis de debates e outros eventos. Desenvolve, atravs de suas Cmaras Tcnicas, livros, cartilhas, artigos, normas, estudos, termos de referncia e outros documentos tcnicos para o aprimoramento profissional de seus associados e avano nas reas de interesse.

    O Ibape/SP organizado por sua Diretoria Executiva e Cmaras Tcnicas, quais sejam: Cmara de Avaliaes, Cmara de Percias, Cmara de Inspeo Predial e Cmara Ambiental.

    DIRETORIA EXECUTIVA - Binio 2014/2015

    Presidente: Eng Flvia Zoga Andreatta Pujadas

    Vice-Presidente: Arq Cirlene Mendes da Silva

    Diretor Tcnico: Eng Antonio Carlos Dolacio

    Diretor Cultural: Eng Jos Ricardo Pinto

    Diretora de Eventos: Eng Andrea Cristina Kluppel Munhoz Soares

    Diretor Financeiro: Eng Walter Checon Filho

    Diretora de Relao com Associados: Eng Marli Lanza Kalil

    Diretor de Relaes Institucionais: Eng Luiz Henrique Cappellano

    Diretor Administrativo: Eng Eduardo Rottmann

    Coordenadores das Cmaras Tcnicas - Binio 2014/2015

    Cmara de Percias: Eng Octavio Galvo Neto

    Cmara de Avaliaes: Arq Ana Maria de Biazzi Dias de Oliveira

    Cmara de Inspeo Predial: Arq Vanessa Pacola

    Cmara Ambiental: Eng Bruno Moraes Nerici

    Consultor das Cmaras Tcnicas: Eng Paulo Grandiski

  • PREFCIO

    A INSPEO PREDIAL estudada pelo Ibape/SP h mais de 15 anos. Desde o incio, o Instituto publica livros, artigos, cartilhas e diretrizes sobre o tema em auxlio aos profissionais e sociedade.

    Esta mais uma publicao da coletnea de cartilhas sobre a Inspeo Predial. A primeira, denominada A sade dos edifcios, destacou a importncia da Inspeo Predial como check-up da edificao e descreveu a metodologia dessa atividade. Tratou, portanto, da relevncia da Manuteno e da importncia do Laudo de Inspeo Predial como ferramenta da gesto do patrimnio, onde possvel orientar atividade de manuteno e de reforma e/ou recuperao. Assim, apresenta a Inspeo como mecanismo da avaliao sistmica do edifcio na fase de uso, operao e manuteno.

    Tambm, nessa primeira publicao, observaram-se os acidentes prediais ocorridos e a ausncia de Manuteno. Destacou-se a Inspeo Predial como uma das aes preventivas aos acidentes prediais, alguns inclusive com vtimas fatais.

    J a segunda publicao dessa coletnea versou sobre a Inspeo Predial no sistema de proteo e combate a incndio, considerada a relevncia do requisito de desempenho para a segurana, e a necessidade das manutenes peridicas para garantir a operao, confiabilidade e disponibilidade desse sistema quando do uso.

    Dessa forma, a Cmara de Inspeo Predial, pioneiramente, lana a presente publicao com enfoque Acessibilidade.

    Parabns aos membros titulares do Ibape/SP, autores e colaboradores do presente trabalho, considerando a importncia do assunto sociedade para garantia de espaos urbanos democrticos e mais seguros.

    Eng Civil Flvia Zoga Andreatta Pujadas

    Presidente do Ibape/SP

    Binio 2014/2015

  • SUMRIO

    1. Introduo ..........................................................................................................7

    2. A inspeo predial e a verificao das

    Condies de acessibilidade nas edificaes .............................................9

    3. Conceitos ............................................................................................................12

    4. Anlise de aspectos de acessibilidade ...........................................................14

    5. Bibliografia ..........................................................................................................29

  • 7Inspeo Predial Acessibilidade

    1. INTRODUO

    De acordo com a Norma ABNT NBR 9050:2004 - Acessibilidade a Edificaes, Mobilirio, Espaos e Equipamentos Urbanos, define-se como Acessibilidade a possibilidade e condio de alcance, percepo e entendimento para a utilizao com segurana e autonomia de edificaes, espao, mobilirio, equipamento urbano e elementos.

    fato que a questo da acessibilidade tem tido destaque nas ltimas dcadas, na rea da construo civil, com ateno especial voltada s dificuldades enfrentadas por pessoas com deficincias ou mobilidade reduzida, no sentido de permitir e possibilitar o gozo e o exerccio, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos mbitos poltico, econmico, social, cultural e civil.

    Atualmente, ganharam espao as obras e os servios de adequao do espao urbano e dos edifcios s necessidades de incluso de toda populao, visando eliminar os obstculos existentes ao acesso, modernizando e incorporando as pessoas ao convvio social, eliminando as barreiras e possibilitando-as de ir e vir.

    A Norma ABNT NBR 9050:2004, vigente desde 30 de junho de 2004, estabelece que:

    Todos os espaos, edificaes, mobilirio e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construdos, montados ou implanta-dos, bem como as reformas e ampliaes de edificaes e equi-pamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessveis;

    Edificaes e equipamentos urbanos que venham a ser reforma-dos devem ser tornados acessveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessvel.

    Considerando o quanto estabelecido na Norma suprarreferida, bem como o conceito bsico da atividade da Inspeo Predial, como ferramenta na gesto de uso, operao, manuteno e funcionalidade da edificao (consideradas as exigncias dos usurios), o Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia de So Paulo IBAPE/SP, atravs da sua Cmara de Inspeo Predial, desenvolveu a presente Cartilha, com o fito de dar destaque aos critrios e parmetros tcnicos a serem observados quando do desenvolvimento dos trabalhos de inspeo predial, especificamente, quanto s verificaes das condies de acessibilidade dos locais vistoriados, contemplando, apenas, assuntos comuns a empreendimentos residenciais multifamiliares.

    Trata-se de uma publicao voltada no apenas aos profissionais que atuam na rea, mas tambm sociedade em geral, para esclarecer e informar, de forma sucinta e simplificada, sobre os aspectos a serem observados quando da anlise das condies de acessibilidade (e de atendimento s normas) nas edificaes.

  • 8 Ibape/SP

    Garantir condies de acessibilidade em uma edificao constitui necessidade imperativa, no s para que se possa atender ao requisito de desempenho quanto sua habitabilidade, mas tambm para evitar e/ou minimizar a ocorrncia de acidentes, preocupao esta sempre latente nos trabalhos de inspeo predial.

    Eng Civil Antonio Carlos Dolacio

    Diretor Tcnico do Ibape/SP

    Binio 2014/2015

    Toda pessoa tem direito de se locomover com autonomia e independncia.

  • 9Inspeo Predial Acessibilidade

    2. A INSPEO PREDIAL E A VERIFICAO DAS CONDIES DEACESSIBILIDADE NAS EDIFICAES

    Na atividade da Inspeo Predial, a verificao das condies de acessibilidade, constitui ferramenta eficiente para monitoramento das condies de alcance, percepo e entendimento dos espaos nas edificaes, garantindo sua utilizao com segurana e autonomia. Conforme critrio e mtodo para sua realizao, previsto na Norma de Inspeo Predial do IBAPE/SP, so identificadas eventuais falhas, suas criticidades e o que deve ser ajustado ou reparado, antes da operao e uso dos sistemas e espaos da edificao, de forma a evitar acidentes.

    Conforme disposto tambm no trabalho Inspeo Predial: A Sade dos Edifcios IBAPE/SP (1 Cartilha desta coletnea), essa atividade tcnica possui seqncia geral para seu desenvolvimento que segue, resumidamente:

    PRINCIPAIS ETAPAS PARA REALIZAO DE UMA INSPEO PREDIAL

    1 Etapa:

    Levantamento de dados e documentos da edificao: administrativos, tc-nicos, de manuteno e operao (plano, relatrios, histricos, etc.).

    2 Etapa:

    Entrevista com gestor ou sndico para averiguao de informaes sobre o uso da edificao, histrico de reforma e manuteno, dentre outras inter-venes ocorridas.

    3 Etapa:

    Realizao de vistorias na edificao, realizadas com equipe multidis- ciplinar ou no, dependendo do tipo de prdio e da complexidade dos sistemas construtivos existentes.

  • 10 Ibape/SP

    4 Etapa:

    Classificao das deficincias constatadas nas vistorias, por sistema constru-tivo, conforme a origem das mesmas.

    Estas podem ser classificadas em:

    - Anomalias construtivas ou endgenas (quando relacionadas aos proble-mas da construo ou projeto do prdio);

    - Anomalias funcionais (quando relacionadas perda de funcionalidade por final de vida til envelhecimento natural) ou

    - Falhas de uso e manuteno (quando relacionadas perda precoce de desempenho por deficincias no uso e nas atividades de manuteno peridicas).

    Todas as deficincias so cadastradas por fotografias que devem constar no Laudo de Inspeo Predial.

    5 Etapa:

    Classificaes dos problemas (anomalias e falhas), de acordo com grau de prioridade, conforme estabelecido em norma.

    6 Etapa:

    Elaborao de lista de prioridades tcnicas, conforme a classificao de prioridade de cada problema constatado. Esta lista ordenada do mais cr-tico ao menos crtico.

    7 Etapa:

    Elaborao de recomendaes ou orientaes tcnicas para a soluo dos problemas constatados. Estas orientaes podem estar relacionadas adequao do plano de manuteno ou reparos e reformas para solu-o de anomalias.

    8 Etapa:

    Avaliao da qualidade de manuteno, conforme estabelecido em norma.

    9 Etapa:

    Avaliao do Uso da Edificao. Pode ser classificado em regular ou irregular. Observam-se as condies originais da edificao e se seus sistemas constru-tivos, alm de limites de utilizao e suas formas.

  • 11

    Inspeo Predial Acessibilidade

    A INSPEO PREDIAL possibilita atendimento vida til do sistema e de seu desempenho, bem como o uso seguro e democrtico dos espaos nas edificaes. Se realizada de forma planejada, e com periodicidades pr-estabelecidas, assegura a confiabilidade e disponibilidade s instalaes e espaos da edificao, evitando assim, acidentes, surpresas, imprevistos e situao de pnico.

    Passam a ser destacados, a seguir, conceitos ligados s questes de acessibilidade, bem como os aspectos a serem analisados, em diferentes espaos da edificao (considerando empreendimentos residenciais multifamiliares), cujas condies devem atender ao disposto na Norma ABNT NBR 9050:2004 - Acessibilidade a Edificaes, Mobilirio, Espaos e Equipamentos Urbanos.

  • 12 Ibape/SP

    3. CONCEITOS

    Segundo a ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a possibilidade e condio de alcance, percepo e entendimento para a utilizao com segurana e autonomia de edificaes, espao, mobilirio, equipamento urbano e elementos.

    Deficincia: Trata-se da caracterizao da reduo, limitao ou inexistncia das condies de percepo das caractersticas do ambiente ou de mobilidade e de utilizao de edificaes, espao, mobilirio, equipamento urbano e elementos, em carter temporrio ou permanente.

    O Censo Demogrfico definiu os tipos de mobilidades reduzidas permanentes ao pesquisar na populao amostral a presena de pessoas com deficincia mentais; deficincia fsica como: tetraplegia, paraplegia, hemiplegia, falta de membro ou parte dele, alm das deficincias visual, motora e auditiva, de acordo com o grau de incapacidade produzida ou limitao fundamental.

    Pessoa com mobilidade reduzida: Aquela que, temporria ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utiliz-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida a pessoa com deficincia, idosa, obesa, gestante, pessoas com crianas de colo entre outros.

    Desenho Universal: o processo de criar os produtos acessveis a todas as pessoas, independente de suas caractersticas pessoais, idade ou habilidades, assegurando, dessa forma, que todos possam utilizar com segurana e autonomia os objetos e diversos espaos construdos. Inicialmente chamado de Desenho Livre de Barreiras, o conceito da eliminao de barreiras evoluiu para Concepo de Desenho Universal.

    PRINCPIOS BSICOS DO DESENHO LIVRE DE BARREIRA

    Acomodar as diferenas antropomtricas, permitindo que pessoas de diver-sos padres, em situaes diferentes, possam interagir, sem restrio com o ambiente projetado;

    Reduzir a quantidade de energia necessria para a utilizao de forma que no obrigue o indivduo a um esforo adicional ou cansao fsico;

    Adequar ambientes e produtos mais compreensveis, criando solues espe-ciais por meio de cores vibrantes, sinais tteis e sonoros;

    Integrar produtos e ambiente para que sejam concebidos como sistemas e partes isoladas.

  • 13

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Ainda a ABNT NBR 9050 define:

    Acessvel Espao, edificao, mobilirio, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcanado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessvel implica tanto acessibilidade fsica como de comunicao.

    Adaptado Espao, edificao, mobilirio, equipamento urbano ou elemento cujas caractersticas originais foram alteradas posteriormente para serem acessveis.

    Adaptvel Espao, edificao, mobilirio, equipamento urbano ou elemento cujas caractersticas possam ser alteradas para que se torne acessvel.

  • 14 Ibape/SP

    4. ANLISE DE ASPECTOS DE ACESSIBILIDADE

    Acessos - As entradas devem ser acessveis, bem como todas as rotas de interligao s principais funes do edifcio (em edificaes j existentes, adaptar acessos a cada 50m);

    - Percurso livre de obstculos, com largura mnima de 1,20m, sendo na transposio de obstculos largura mnima de 0,80m

    - Piso ttil para sinalizao e indicao de mudana de plano da superfcie do piso e presena de obstculos;

    - Smbolo internacional de acesso SIA.

  • 15

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Circulao horizontal

    - O percurso deve estar livre de obstculos, atender s caractersticas referentes ao piso e apresentar dimenses mnimas de circulao;

    - Sinalizao ttil direcional, indicando caminho a ser percorrido desprovido de guias de balizamento, a ser utilizado em reas de circulao e em espaos amplos.

    Piso - Superfcie regular, firme, contnua, antiderrapante e livre de barreiras e obstculos;

    - Inclinao transversal da superfcie de no mximo 2% piso interno e 3% piso externo;

    - Capachos embutidos no piso e no ultrapassando 5mm acima do piso;

    - Carpetes e forrao firmemente fixados no piso

    - Desnvel mximo de 5mm. Quando o desnvel for de 5mm at 15mm, executar rampa com comprimento em dobro altura. Desnvel com mais de 15mm deve ser tratado como degrau;

  • 16 Ibape/SP

    Circulao Vertical

    (rampas)

    - Largura recomendada 1,5m, aceita mnima de 1,20m;

    - Guia de balizamento com altura mnima de 5cm;

    - Patamares no incio e no final de cada segmento da rampa, com dimenso longitudinal mnima de 1,2m, sendo recomendvel 1,5m;

    - Piso ttil para sinalizao, com largura entre 25cm e 60cm, antes do incio e aps o trmino de cada segmento;

    - Inclinao transversal de no mximo 2% em pisos internos e 3% em pisos externos;

    - No caso de rampas projetadas em curva, devem ser observadas inclinaes mximas de 8,33% e raio de 3,00m no mnimo, medidos no permetro interno curva.

    Escadas e Degraus

    - Dimenses idnticas de piso, entre 28cm e 32cm;

    - Dimenses idnticas de espelho, entre 16cm e 18cm;

    - Considerar a restrio: a soma da largura do piso mais duas vezes a altura do espelho com valor menor que 65cm e maior que 63cm, uniformes em toda a escada (63cm

  • 17

    Inspeo Predial Acessibilidade

    - Faixa foto luminescente nas extremidades de cada pisada;

    Corrimo - Seo entre 3,0 4,5cm e distante da parede no mnimo 4,0cm;

    - Prolongamento mnimo de 30cm do incio e trmino da escada e rampa;

    - Acabamento recurvado nas extremidades;

    - Altura de 92cm do piso para corrimo em escadas e degraus isolados;

    - Sinalizao em Braile nas extremidades dos corrimos para indicar os pavimentos em que o usurio se encontra

  • 18 Ibape/SP

    - Alturas associadas de 70cm e de 92cm do piso para corrimo de rampas e opcionalmente para escadas;

    - Instalao obrigatria contnua e dos dois lados da escada e rampa;

    - Instalao central em escadas e rampas quando estas apresentarem largura superior a 2,40m. O corrimo central deve ser interrompido quando estiver instalado em patamares com comprimento superior a 1,40m, garantindo espaamento mnimo de 80cm;

    Plataforma Deve ser instalada em posio que no obstrua a escada. Caso no seja possvel, utilizar plataforma basculante na lateral da escada, no podendo ser utilizada em escada de rota de fuga;

    - As portas ou barras da plataforma no podem permitir a abertura se o desnvel entre ela e o piso for superior a 7,5cm;

    - Barras de proteo acionadas manualmente pelo usurio;

    - Proteo de guarda-corpo na plataforma;

    - Anteparos com funo de guarda-rodas com altura mnima de 10cm em todas as laterais, com ngulo recomendado de 90 graus e se manter elevada se houver queda de energia;

    - Disponibilidade de botoeira parada de emergncia, com sinalizao de socorro sonora e visual, posicionada em local visvel para funcionrio treinado atender chamada;

    - Projeo do percurso da plataforma sinalizado no piso;

    - Insero do smbolo internacional de acesso SIA;

    - Possibilitar a retirada do usurio em caso de queda de energia

  • 19

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Elevadores - Acesso a todos os pavimentos;

    - Botoeiras fixadas entre 0,80m e 1,20m do piso e com sinalizao em Braile no lado esquerdo;

    - Sinalizao visual e sonoro do percurso;

    - Sinal sonoro diferenciado, sendo uma nota para subida e duas para descida;

    - Comunicao auditiva indicando o andar em que o elevador se encontra parado;

    - Identificao do pavimento em Braile fixada em ambos os lados do batente do elevador altura entre 0,90m e 1,10m e ser visvel a partir do interior da cabina e do acesso externo;

    - Espelho fixado na parede oposta porta em caso de elevadores com dimenso mnima de 1,10m e 1,40m para permitir a visualizao de indicadores dos pavimentos;

    - Sinalizao com smbolo internacional de acesso SIA

    Portas - Largura mnima de 80cm, incluindo as portas com mais de uma folha;

    - Maaneta e fechadura tipo alavanca;

    - Revestimento resistente a impactos na extremidade inferior, com altura mnima de 40cm do piso;

    - Conter barra horizontal para auxlio do fechamento;

  • 20 Ibape/SP

    - Instalao de visor em portas tipo vai-vm;

    - rea de aproximao para abertura da porta;

    - Nos sanitrios deve ser instalado na face interna das portas barra horizontal;

    - Caso haja na edificao porta giratria, catraca ou qualquer outro tipo de obstculo, dever ser previsto acesso alternativo devidamente indicado e sinalizado.

    Janelas - Abertura em nico movimento, empregando o mnimo de esforo;

    - Fechamento com trincos tipo alavanca.

    Dispositivos de acionamento

    Dispositivos: Variao de altura

    Interruptor 0,80m 1,00m

    Cabina/alarme 0,60m 1,20m

    Tomada 0,40m 1,15m

    Comando de janela 0,40m 1,15m

    Maaneta de porta 0,90m 1,10m

    Comando de aquecedor 1,00m

    Registro 1,00m

    Interfone 1,15m

    Quadro de luz 1,5m

  • 21

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Sanitrios e

    Vestirios

    - No mnimo 5% do total de peas sanitrias e vestirios adequados ao uso das pessoas portadoras de necessidades especiais;

    - Localizao prxima circulao principal;

    - Portas com abertura externa nos boxes sanitrios e vestirios;

    - Barras de apoio com material resistente, fixadas em superfcie rgida e estvel;

    - rea de transferncia: espao mnimo de transposio, necessrio para a utilizao da pea;

    - rea de aproximao: espao mnimo de alcance, necessrios para a utilizao da pea;

    - rea de giro: espao mnimo necessrio para a rotao completa da cadeira de rodas;

    - Sinalizao com o smbolo internacional de acesso SIA;

    Acessrios - Dever estar instalado ao alcance do usurio na faixa de parede compreendida de 0,80m a 1,00m de altura;

    - Papeleira ao alcance da pessoa sentada no vaso, instalada entre 50cm a 60cm de altura. Quando utilizada papeleira de tipo papel bobinado, esta deve estar instalada entre 1,00m e 1,20m de altura;

    - Saboneteiras instaladas a 1m do piso;

    - Cabides e toalheiros 1m do piso;

    - Espelho plano instalado com a borda inferior a 90cm do piso. Quando instalado entre 90cm a 1,10m, a instalao dever respeitar inclinao de 10 e a borda superior dever estar no mnimo a 1,80m.

  • 22 Ibape/SP

    Bacias Sanitrias

    - rea de transferncia lateral, diagonal e frontal, para usurios de cadeira de rodas;

    - Instalao a uma altura de 46cm com acento, medida da borda superior do sanitrio at o piso;

    - Barras horizontais com 90cm de comprimento fixadas a 76cm de altura;

    - Vlvula de descarga de leve presso a 1m do piso;

  • 23

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Mictrios - Barras verticais com 70cm de comprimento, instaladas dos dois lados da pea, a 75cm de altura do piso e vo de 60cm;

    - Vlvula de descarga de leve presso a 1m do piso;

    - Instalao a uma altura de 60 a 65cm da boca inferior.

  • 24 Ibape/SP

    Lavatrios - rea de aproximao frontal livre de 25cm;

    - Altura de 80cm do piso em relao face superior da pea e altura livre de 73cm. Deve ser suspenso e sem colunas ou gabinetes;

    - Dispositivo de proteo para sifo e a tubulao na face externa frontal;

    - Comando de torneira do tipo monocomando, alavanca ou clula fotoeltrica.

    - Barra frontal de apoio em formato U ou L quando lavatrio isolado, instalado a 80cm do piso. Em caso de bancadas, as barras devero contemplar as peas dos extremos e estas devem seguir as mesmas dimenses do lavatrio isolado.

  • 25

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Boxes de chuveiro

    - rea de transferncia paralela estendida no mnimo a 30cm da instalao do banco;

    - Banco com dimenses mnimas de 45 x 70 cm instalado a 70 cm, com cantos arredondados e superfcie antiderrapante impermevel;

    - Barras sendo 1 vertical e 1 horizontal ou 1 em formato L;

    - Torneiras do tipo monocomando, acionadas por alavanca;

    - Ducha manual;

    Vestirios - rea de giro;

    - Bancos com encosto com rea de aproximao;

    - Barras de apoio e espelhos;

    - Cabides prximos aos bancos;

    - Armrio com reas de aproximao frontal e altura entre 30cm e 1,20m do piso.

  • 26 Ibape/SP

    Bebedouros - rea de aproximao frontal;

    - Dispositivo de acionamento tipo alavanca;

    - Bacias, bicas e comandos a 80cm de altura;

    - Altura de 90cm do piso em relao face superior da pea e altura livre de 73cm. Deve ser suspenso com vo livre de 50cm.

  • 27

    Inspeo Predial Acessibilidade

    Vagas de Estacionamento

    - Localizao prxima ao acesso principal, garantindo que o percurso a ser percorrido seja o menor possvel e livre de obstculos;

    - Piso regular, nivelado, firme e estvel;

    - Faixa adicional vaga para circulao de cadeira de rodas;

    - Rebaixamento de guia;

    - Sinalizao horizontal pintada no piso e vertical identificada com placa de acordo com o smbolo internacional de acesso SIA;

    - Atender ao nmero exigido de vagas reservadas

    Vegetao -

    No utilizar

    - Plantas venenosas ou com espinhos;

    - Plantas cujas razes possam danificar o piso ou prejudicar os elementos de drenagem;

    - rvores com ramos de altura inferior a 2,10m.

    Piscina (vide legislao municipal)

    - 5% do permetro da piscina para o acesso;

    - No mnimo, um acesso localizado na parte rasa;

    - Acesso gua por meio de equipamentos de transferncia frontal e lateral, tais como: rampa, degraus submersos, plataforma mvel, escada retrtil ou removvel;

    - No caso de acesso por degrau submersos, que estes tenham piso de no mnimo 46cm e espelho com altura mxima de 20cm, que ambos os lados do degrau tenha corrimos triplo, com altura de 45cm e 90cm, prolongando-se 30cm para o lado externo da borda da piscina;

    - Banco de transferncia com altura de 46cm, largura de 45cm e ligao deste plataforma submersa com profundidade de 46cm. Avanar os bancos 20cm da base, permitindo aproximao frontal;

    - Barras de apoio sobre o banco com distncia entre si a cada 1,00m;

    - Superfcie antiderrapante ao redor da piscina, do banco de transferncia, da plataforma submersa e dos degraus;

    - Borda da piscina, banco de transferncia e degraus arredondados.

  • 28 Ibape/SP

    Comunicao e sinalizao

    -visual - feita por meio do smbolo internacional de acesso SIA, que tem padro internacional de cores e proporo.

    - Dimenses e localizao adequada visualizao;

    - Pictograma branco sobre fundo azul escuro.

    Ttil - Informaes em Braile ou alto e baixo relevo.

    - Superfcie com textura diferenciada

    Sonora - Cabinas de elevador, identificando o andar de parada

    Esta cartilha trata assuntos comuns a empreendimentos residenciais multifamiliares.

    Assuntos especficos no compreendidos neste documento devero ser apreciados na ABNT 9050

  • 29

    Inspeo Predial Acessibilidade

    5. BIBLIOGRAFIA

    1 - Lei n 10.048/2000 D prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e d outras providncias

    2 - Lei n 10.098/2000 Estabelece Normas Gerais e Critrios Bsicos para a Promoo da Acessibilidade das pessoas Portadoras de Deficincia ou Mobilidade Reduzida, e d outras Providncias

    3 - Decreto n 5.296/04 Regulamenta as Leis 10.048 e 10.098, e d outras providncias.

    4 - ABNT NBR 9050:2004 Acessibilidade a edificaes , mobilirio, espaos e equipamentos urbanos.

    5 - Site educao on line www.educacaoonline.pro.br Romeu Kazumi Sassaki Consultor de Reabilitao e Incluso 1998

    6 - Guia de Acessibilidade em Edificaes Roteiro bsico para Vistoria - Comisso Permanente de Acessibilidade d Prefeitura Municipal de So Paulo Critrios de Acessibilidade

    7 - Apostila do curso de Capacitao Tcnica em Acessibilidade e Mobilidade Urbana Mdulo I ministrado pelo GT acessibilidade CREA- SP

    8 - Critrios de Acessibilidade da Comisso Permanente de Acessibilidade CPA da Prefeitura de So Paulo

    9 Desenho Universal Um conceito para todos, Ana Claudia Carletto e Silvana Cambiaghi, realizao Mara Gabrilli.

  • Sndicos e administradores prediais do Brasil h quase 15 anos tm sua disposio a INSPEO PREDIAL como ferramenta de auxlio para o desenvolvimento de uma gesto de manuteno eficiente. Partindo de anlises documentais e tcnicas, a INSPEO PREDIAL possibilita ao gestor predial conhecer o real estado de conservao da edificao e, ainda, estabelecer prioridades de intervenes.

    A Cmara de Tcnica de Inspeo Predial nasceu no IBAPE/SP e, com pioneirismo, os trabalhos desenvolvidos resultaram em cursos, normas tcnicas e diversas publicaes sobre o tema, sempre com o objetivo da formao profissional e informao sociedade.

    Em continuidade aos trabalhos desenvolvidos, o IBAPE/SP iniciou, em 2012, a publicao de cartilhas informativas. A primeira conhecida como Inspeo Predial A Sade dos edifcios, a segunda como Ins-peo Predial Preveno e Combate a Incndios e, agora, integra a coletnea a terceira publicao, Inspeo Predial Acessibilidade, que visa elucidar aspectos particulares da acessibilidade, garantindo as-sim conforto e segurana aos usurios.