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Em nota, empresa diz que equipamento que explodiu passou por vistoria Duas pessoas morreram e vinte ficaram feridas na explosão de auto-clave Silvia Frias Entre em contato Local onde explodiu uma auto-clave, equipamento usado para tirar gordura de couro in-natura Galeria de Imagens A Indústria e Comércio de Couros Pantanal (Induspan) divulgou uma nota sobre o acidente ocorrido no sábado, em que duas pessoas morreram em conseqüência da explosão da auto-clave, no setor de graxaria da empresa. A empresa explica que o equipamento passou por vistoria em novembro de 2007 e que é de praxe a manutenção preventiva, mas que está sendo feita uma perícia para detectar o que aconteceu. Veja também: Cinco feridos em explosão no curtume permanecem internados Gerente de curtume confirma onde houve explosão que matou duas pessoas Pelo menos 20 podem ter sido feridos na explosão em curtume Indústria onde operários morreram em explosão deve divulgar nota Vítima de explosão espera há cinco horas por atendimento no HU Confira a relação das vítimas da explosão de caldeira em curtume de CG Identificados os mortos na explosão de caldeira em curtume de Campo Grande Explosão em caldeira de curtume mata duas pessoas em Campo Grande O equipamento de auto-clave explodiu na manhá de sábado, ferindo cerca de vinte pessoas. Valdenir Torres Nogueira, de 38 anos, e Lourival Rosa Mendes, de 28 anos, morreram no acidente. O gerente da empresa, Edson Antônio de Freitas, disse que foi contratada uma

Acidentes Com Autoclave

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Em nota, empresa diz que equipamento que explodiu passou por vistoria

Duas pessoas morreram e vinte ficaram feridas na explosão de auto-clave

Silvia FriasEntre em contato

Local onde explodiu uma auto-clave, equipamento usado para tirar gordura de couro in-natura

Galeria de Imagens

A Indústria e Comércio de Couros Pantanal (Induspan) divulgou uma nota sobre o acidente ocorrido no sábado, em que duas pessoas morreram em conseqüência da explosão da auto-clave, no setor de graxaria da empresa. A empresa explica que o equipamento passou por vistoria em novembro de 2007 e que é de praxe a manutenção preventiva, mas que está sendo feita uma perícia para detectar o que aconteceu.

Veja também:

Cinco feridos em explosão no curtume permanecem internadosGerente de curtume confirma onde houve explosão que matou duas pessoasPelo menos 20 podem ter sido feridos na explosão em curtumeIndústria onde operários morreram em explosão deve divulgar nota 2ªVítima de explosão espera há cinco horas por atendimento no HUConfira a relação das vítimas da explosão de caldeira em curtume de CGIdentificados os mortos na explosão de caldeira em curtume de Campo GrandeExplosão em caldeira de curtume mata duas pessoas em Campo Grande

O equipamento de auto-clave explodiu na manhá de sábado, ferindo cerca de vinte pessoas. Valdenir Torres Nogueira, de 38 anos, e Lourival Rosa Mendes, de 28 anos, morreram no acidente. O gerente da empresa, Edson Antônio de Freitas, disse que foi contratada uma perícia para avaliar os prejuízos causados no acidente. A equipe do Corpo de Bombeiros já passou pelo local e fez uma avaliação.

Leia a nota da Induspan na íntegra:

Induspan – Indústria e Comércio de Couros Pantanal Ltda, com sede na Rodovia BR 060 KM 2,5, zona rural de Campo Grande – MS., diante do acidente ocorrido nas suas instalações no dia 16/02/2008 e das notícias veiculadas nos meios de comunicação no mesmo dia, à bem da verdade, vem prestar os seguintes esclarecimentos: · com pesar comunicamos a perda dos nossos colaboradores, Sr. Waldemir Torres Nogueira (nosso primeiro colaborador e amigo) e Sr. Lourival Rosa, e o ferimento de mais treze colaboradores, sendo que quatro ainda estão recebendo cuidados médicos.

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· o acidente ocorreu numa auto-clave, setor de graxaria. A auto-clave que ocasionou a tragédia havia passado por vistoria em novembro de 2007, por Engenheiro mecânico, conforme determina a legislação. A manutenção preventiva de nossos equipamentos é constante, respeitando todos os itens de segurança, sendo o nosso primeiro acidente com perda de vida, em onze anos de atividades;

· a Induspan é uma empresa familiar e Sul-matogrossense, que sempre priorizou o respeito à vida e à sociedade. Todos os colaboradores fazem parte desta família;

· a empresa adotou todas as medidas necessárias para o pronto atendimento dos colaboradores atingidos pela explosão, sendo certo que os mesmos foram levados aos hospitais e postos de saúde desta Capital;

· quanto aos óbitos dos seus estimados e especializados colaboradores, a Indústria adotou e está adotando todas as medidas necessárias para amparar seus familiares, seja com o funeral dos mesmos, seja com apoio psicológico e financeiro;

· é fato que os colaboradores que atuavam diretamente com a auto-clave, eram e são treinados, estando aptos a desenvolver suas atividades;

· também é fato que a Indústria preza pela manutenção de todos os seus equipamentos, sendo certo que a auto-clave, na qual ocorreu o acidente, foi rigorosamente inspecionada, dentro do prazo legal, e sua manutenção é realizada por empresa especializada, como já acima esclarecido, e que já está providenciando perícia no local para apurar o ocorrido;

· a Induspan agradece a solidariedade dos amigos e parceiros de negócios. Neste momento difícil, com muita fé em Deus e na justiça, nos colocamos à disposição da sociedade, imprensa e órgãos públicos para qualquer esclarecimento.

Campo Grande – MS., 18 de fevereiro de 2008.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO34ª Câmara – Seção de Direito PrivadoJulgamento sem segredo de justiça: 12 de novembro de 2007, v.u.Relator: Desembargador Irineu Pedrotti.

 Apelação Cível nº 781.030-00/6 Comarca de Itu

Apelantes: F. C. G. da S. e I. R. da S.Apelada: I. M. L.

RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DO TRABALHO. MORTE DO TRABALHADOR POR CULPA DA EMPREGADORA. EQUIPAMENTO PARA VULCANIZAÇÃO (AUTOCLAVE) ANTIGO E SEM A SEGURANÇA NECESSÁRIA. CARACTERIZAÇÃO. Uma circunstância colocada sob a estrita responsabilidade da Apelada conduziu ao fato: a pressurização devia ocorrer somente com a porta da máquina totalmente fechada e, nela, não havia dispositivo de segurança que impedisse o acionamento com a porta aberta ou semi-aberta ou, que, nessas duas situações, abortasse ciclo eventualmente iniciado. Utilização de

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máquina antiga e ultrapassada para a execução de tarefas com potencial risco aos empregados. Sem o “pressostato com alarme para excesso de pressão”, sem a calibragem adequada das válvulas de alívio e sem “uma vedação satisfatória na junta da tampa”, a ocorrência do fato investigado nestes autos dependia apenas do fator tempo que, infelizmente, fluiu apressado!

Voto nº 11.130.

Concluiu a Perícia Judicial que:

"A autoclave vistoriada da empresa ré, I. M. L. tem sua vida útil esgotada, cerca de 15 anos e não possui nenhum sistema de proteção, dispondo tão somente de dois dispositivos de verificação de travamento da sua porta que não garantem a segurança da máquina. Tais dispositivos são visíveis ao operador, porém o travamento da porta na autoclave, não. A referida máquina é obsoleta sem dispositivos que garantam a segurança do operador, desta forma contribuiu para o acidente fatal com a vítima, o Sr. O. P. da S...." (folha 237 – destaque do original).

A condenação ao pagamento de indenização pelos danos morais atrela-se a valor que inspire a Requerida a tomar providências no sentido de que o fato malsão não volte a se repetir, porém evitando-se o enriquecimento sem causa.

Diante das circunstâncias envolvendo o caso concreto, o dano moral tem a sua fixação em 300 salários mínimos para cada um dos Apelantes, com pagamento único, observando-se o valor na data da quitação.

Parcialmente procedente a pretensão, fica a empresa Requerida condenada a pagar aos Apelantes:

1. pensão mensal de 2/3 sobre o vencimento lançado no último demonstrativo de pagamento do finado (folha 39), 1/3 para cada um dos Requerentes (para a viúva, vitalícia; para o filho, até a data em que completar 21 anos, ou, se universitário, até concluir o curso no máximo ao alcançar 25 anos de idade, reconhecido o direito de acrescer a parte daquele que se encerrar), com termo inicial na data do acidente e correção monetária de acordo com a Tabela Prática deste Tribunal de Justiça, acrescida de juros de mora de 0,5% ao mês da citação até 11 de janeiro de 2003 e, daí em diante, de 1% ao mês;

2. dano moral de 300 salários mínimos atuais para cada um dos Apelantes, com pagamento de uma só vez;

3. constituição de capital na forma do artigo 475-Q do Código de Processo Civil, facultando-se à Apelada solicitar autorização judicial para a inclusão em folha de pagamento;

4. custas e despesas processuais; honorários do Perito Judicial na forma já fixada pelo r. Juízo de Direito a quo;

5. honorários advocatícios de 10% sobre o valor das prestações vencidas até a data da sentença de primeiro grau, mais um ano das vincendas, somadas à indenização por danos morais[4].

Em face ao exposto, dá-se parcial provimento ao recurso na forma ut supra.

IRINEU PEDROTTIDesembargador Relator

17/04/2001 - 19h29

Donos de fábrica em GO deverão depor amanhã; explosão matou 3

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ADRIANA CHAVESda Agência Folha

A explosão de uma autoclave (espécie de caldeira usada para esterilização) da indústria farmacêutica Equiplex, em Aparecida de Goiânia (GO), deixou três mortos e pelo menos sete feridos. O equipamento opera com água (vapor) a uma temperatura de 180ºC.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Nadir Almeida, do 1º Distrito Policial de Aparecida de

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Goiânia, os donos da Equiplex (que fabrica soro fisiológico) foram intimados a falar amanhã.

"Há informações de que essa caldeira já apresentara problemas no começo da manhã de segunda-feira. Precisamos saber se os responsáveis tomaram providências e quais as causas da explosão."

O acidente aconteceu por volta das 19h de ontem, após uma falha no sistema de pressão do equipamento.

O operador Rossilei Vieira morreu ao dar entrada no Hospital de Queimados. Outros dois funcionários _Sérgio Rodrigues e Aldo Dias da Silva_ também não resistiram às queimaduras de terceiro grau e acabaram morrendo.

Quatro vítimas continuam internadas em estado grave. Os outros socorridos foram liberados logo após receberem medicação. Havia cerca de 200 funcionários no local no momento da explosão.

Uma equipe formada pela delegada Regional do Trabalho Odessa Arruda, fiscais da DRT e peritos criminais estiveram durante todo o dia de hoje vistoriando a fábrica.

Outro LadoA empresa não deu maiores informações sobre o acidente. Mas informou que o sistema de operação da autoclave é quase todo informatizado.

De acordo com a empresa, só as operações de carga e descarga são manuais.