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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO-PR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA- PPGA MESTRADO ÁCIDO SALICÍLICO COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA AO Tetranychus urticae (Koch) E Helicoverpa armigera EM CULTIVARES DE MORANGUEIRO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO RENATA FAVARO Guarapuava-PR 2017

ÁCIDO SALICÍLICO COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA AO ... · ... de AS nas plantas de ... a doenças e pragas, muitas delas de difícil analise ... pragas como de doenças e de difícil

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO-PR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA- PPGA

MESTRADO

ÁCIDO SALICÍLICO COMO INDUTOR DE

RESISTÊNCIA AO Tetranychus urticae (Koch) E

Helicoverpa armigera EM CULTIVARES DE

MORANGUEIRO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

RENATA FAVARO

Guarapuava-PR

2017

RENATA FAVARO

Dissertação apresentada à Universidade

Estadual do Centro-Oeste, como parte das

exigências do Programa de Pós-Graduação em

Agronomia, área de concentração em

Produção Vegetal, para a obtenção do título de

Mestre.

Prof. Dr. Juliano Tadeu Vilela de Resende

Orientador

Dr. Rafael Gustavo Ferreira Morales

Coorientador

GUARAPUAVA-PR

2017

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por me guiar, iluminar e me dar

tranquilidade para seguir em frente com os meus objetivos e não desanimar com as

dificuldades.

Agradeço em especial aos meus pais Dilio e Dilma, por serem modelos de coragem,

pelo seu apoio incondicional, incentivo, amizade e paciência demonstrada e total ajuda na

superação dos obstáculos que ao longo desta caminhada foram surgindo. A eles dedico este

trabalho.

Aos meus irmãos Carlos e Simone e a minha sobrinha Isabella pelo apoio sempre

prestado.

Ao meu orientador Juliano Tadeu Vilela de Resende pela orientação prestada, pelo seu

incentivo, disponibilidade e apoio que sempre demonstrou. Aqui a minha gratidão.

Ao meu colega e amigo Rafael Morales pelo apoio e incentivo para seguir o caminho

acadêmico, sem sua ajuda não teria seguido nessa trajetória.

A minhas companheiras de casa Ely e Ana, por me apoiarem e me aguentarem em

meus dias de desespero e angustia. Obrigada pelas palavras de incentivo sempre.

A todos os funcionários e professores, especialmente a Lucília, pela disponibilidade,

simpatia e gentileza de sempre.

Aos meus colegas do Núcleo de Pesquisa em Hortaliças por todo o auxílio e ajuda

prestada, em especial aos meus amigos Jorge Luis Favaro Jr e Ely Cristina Cordeiro por toda

ajuda a mim concedida em toda essa caminhada.

Agradeço a CAPES pela concessão da bolsa durante todo o período de realização

deste mestrado.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Frequência de escolhas realizadas pelo ácaro rajado, em relação às cultivares de

morangueiro. ................................................................................................................... 22

Figura 2. Sobrevivência (A) e oviposição (B) do ácaro rajado na superfície de discos foliares

das cultivares de morangueiro Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes doses de

ácido salicílico em teste sem chance de escolha. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.25

Figura 3. Ciclo de vida da Helicoverpa armigera em cultivares de morangueiro (Aromas e

Sweet Charlie) conduzidas sob doses de AS (0, 25, 50, 75, 100 mg L-1). Guarapuava-PR,

UNICENTRO, 2016. ...................................................................................................... 27

Figura 4. Cinco avaliações dos pesos e tamanhos das Helicoverpa armigera nas doses (0, 25,

50, 75, 100 mgL-1) de AS nas plantas de morangueiro das cultivares (Aromas e Sweet

Charlie). .......................................................................................................................... 29

Figura 5. Representação dos tipos de tricomas A) Glandulares e B) Não Glandulares, em

cultivares de morangueiro, Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. ............................... 32

Figura 6. Densidade de tricomas glandulares (mm2) nas superfícies abaxial e adaxial de

folíolos das cultivares Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes doses de ácido

salicílico. A) Tricomas glandulares na parte abaxial B) Tricomas glandulares na parte adaxial

dos folíolos. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. ..................................................... 33

Figura 7. Densidade de tricomas não glandulares (mm2) nas superfícies abaxial e adaxial de

folíolos das cultivares Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes doses de ácido

salicílico. A) Tricomas não glandulares na parte abaxial. B) Tricomas não glandulares na

parte adaxial. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. .................................................... 34

Figura 8. Densidade de tricomas tectores, na cultivar Aromas. A - Testemunha; B - 25mgL-1

;

C – 50mgL-1

; D - 75mgL-1

; E - 100mgL-1

; de ácido salicílico e na cultivar Sweet Charlie F -

Testemunha; G - 25mgL-1

; H – 50mgL-1

; I - 75mgL-1

; J - 100mgL-1

; de ácido salicílico.

Guarapuava-PR, UNICENTRO 2016............................................................................. 34

Figura 9. Análise de parâmetros de fluorescência Fo (fluorescência inicial) em relação às

doses aplicadas de AS em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A) Cultivar

Aromas B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. ................. 37

Figura 10. Análise de parâmetros de fluorescência Fm (fluorescência máxima) em relação as

doses aplicadas em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A) Cultivar

Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. ................ 38

Figura 11. Análise de parâmetros de fluorescência Fv/Fo (atividade potencial do PSII) em

relação as doses aplicadas em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A)

Cultivar Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. .. 40

Figura 12. Análise de parâmetros de fluorescência Y(II) (rendimento quântico fotoquímico

efetivo do PSII, conversão fotoquímica) em relação às doses aplicadas, nas cultivares Aromas

e Sweet Charlie. A) Cultivar Aromas B) Cultivar Sweet Charlie. . Guarapuava-PR,

UNICENTRO, 2016. ...................................................................................................... 41

Figura 13. Análise dos dados não-paramétricos de fluorescência qP (coeficiente de dissipação

fotoquímica) em relação as doses aplicadas de AS, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A)

Cultivar Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. .. 42

Figura 14. Análise dos dados não-paramétricos de fluorescência ETR Análise dos dados não-

paramétricos de fluorescência ETR (taxa de transferência relativa de elétrons) em relação as

doses aplicadas de AS, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A) Cultivar Aromas, B)

Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016. .................................... 42

SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................................................... i

ABSTRACT ................................................................................................................................................ ii

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1

2. OBJETIVO ............................................................................................................................................ 3

2.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 3

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 3

3. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................................... 4

3.1. Histórico do morangueiro............................................................................................................. 4

3.2. Botânica e taxonomia ................................................................................................................... 5

3.3. Pragas do morangueiro ................................................................................................................. 5

3.4. Ácaro rajado Tetranychus urticae Koch ...................................................................................... 6

3.5. Lagarta Helicoverpa armigera ..................................................................................................... 8

3.6. Resistência induzida ..................................................................................................................... 9

3.7. Ácido salicílico como indutor de resistência .............................................................................. 10

3.8. Tricomas como fator de defesa .................................................................................................. 12

3.9. Mecanismos de defesa das plantas ............................................................................................. 14

3.10. Fluorescência ............................................................................................................................ 15

4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................................... 17

4.1. Local do experimento ................................................................................................................. 17

4.2. Cultivares de morangueiro e cultivo das plantas ........................................................................ 17

4.3. Obtenção dos ácaros e criação ................................................................................................... 18

4.4. Bioensaio com chance de escolha .............................................................................................. 19

4.5. Bioensaio sem chance de escolha ............................................................................................... 19

4.6. Bioensaios com larvas de H. armigera ....................................................................................... 20

4.6.1. Obtenção e criação das larvas de H. Armigera.................................................................... 20

4.6.2. Bioensaios para avaliação da biologia ................................................................................. 20

4.7. Identificação e quantificação de tricomas .................................................................................. 21

4.8. Fluorescência .............................................................................................................................. 21

4.9. Análises Estatísticas ................................................................................................................... 22

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................................. 22

5.1. Bioensaio com chance de escolha – Ácaro rajado ..................................................................... 22

5.2. Bioensaio sem chance de escolha – Ácaro rajado ...................................................................... 24

5.3. Bioensaios com larvas de H. armigera ...................................................................................... 27

5.4. Identificação e quantificação de tricomas foliares ..................................................................... 31

5.5. Fluorescência .............................................................................................................................. 37

6. CONCLUSÕES ..................................................................................................................................... 44

7. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 45

i

RESUMO

FAVARO, Renata. ÁCIDO SALICÍLICO COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA

AO Tetranychus urticae (Koch) EM MORANGUEIRO. Guarapuava: UNICENTRO,

2017. (Dissertação – Mestrado em Agronomia).

No presente trabalho, objetivou-se avaliar o efeito do ácido salicílico na indução

de resistência ao ácaro rajado e a Helicovera armigera. Para além disso, foram

avaliadas a densidade de tricomas e a fluorescência, em cultivares de morangueiro. As

cultivares avaliadas foram Aromas e Sweet Charlie. Foram utilizadas cinco doses de

ácido salicílico (AS) (0, 25, 50, 75, 100 mg L-1

). Para verificar efeitos de antixenose e

antibiose, ácaros foram submetidos aos testes com e sem chance de escolha, onde foram

avaliadas a sobrevivência e a oviposição. Foram analisados a densidade e o tipo de

tricomas foliares nas faces abaxial e adaxial dos folíolos das cultivares de morangueiro.

Foi avaliado o efeito do AS na biologia da H. armigera. Para além disso, foram

avaliadas a fluorescência das plantas sob os tratamentos e sua relação com o nível de

estresse. Nos testes sem chance de escolha ao ácaro rajado, houve redução da

sobrevivência nas doses intermediárias de ácido salicílico 25, 50 e 75mg L-1

, em ambas

as cultivares. Para o número de ovos depositados sobre folíolo, verificou-se efeito

significativo de dose, com ajuste quadrático da equação. A cultivar Sweet Charlie, foi

mais efetiva que a Aromas na redução da oviposição e na sobrevivência dos ácaros

sobre os folíolos tratados com o indutor de resistência. Para biologia da Helicoverpa

armigera, notou-se uma redução no ciclo de vida, no peso e no comprimento das larvas,

nas doses 25 e 50 mgL-1

. No teste com a fluorescência monitorando a capacidade

fotossintética detectou-se efeitos de estresse e injúrias, onde a dose 100 mgL-1

,

proporcionou maior estresse nas plantas em relação as demais. O teor de AS interferiu

na morfologia da planta, mediante alteração na densidade de tricomas glandulares e

tectores nos folíolos, demonstrando ter efeito positivo no aumento dessas estruturas,

quando aplicadas doses intermediárias. Concentrações de 25, 50 e 75 mg L-1

AS foram

as mais eficientes para as características avaliadas permitido inferir o seu potencial

como indutor de resistência em artrópodos-praga em morangueiro.

Palavras-chave: Fragaria x ananassa, Tetranychus urticae, fluorescência, tricomas

foliares.

ii

ABSTRACT

Favaro, Renata. Salicylic Acid as inductor of resistance to Tetranychus urticae

(koch) and Helicoverpa armigera in strawberry.

This work aimed to evaluate the effect of salicylic acid on induction of

resistance to spider mite (Tetranychus urticae (Koch) and Helicoverpa armigera. The

density of trichomes and fluorescence were evaluated in strawberry cultivars. The

evaluated cultivars were Aromas and Sweet Charlie. Five doses of salicylic acid (AS)

(0, 25, 50, 75, 100 mg L-1

) were used. To verify the effects of antixenosis and antibiosis,

mites were submitted to the with and without choice test, where survival and

oviposition were evaluated. The density and type of leaf trichomes were analyzed in the

abaxial and adaxial faces of the leaflets of the strawberry cultivars. The effect of AS on

the biology of H. armigera was evaluated. In addition, the fluorescence of the plants

under the treatments and their relation with the level of stress was measured. In the

without choice test, the survival mites rates were reduced of the intermediate doses of

salicylic acid 25, 50 and 75mg L-1

in both cultivars. For the number of eggs deposited

on leaflet, there was a significant dose effect, with a quadratic adjustment of the

equation, where the Sweet Charlie cultivar was more effective than Aromas in reducing

oviposition and mite survival on leaflets treated with resistance inducer. For the biology

of H. armigera, a reduction in the life cycle in weight and length was observed at doses

25 and 50 mgL-1

. In the fluorescence test monitoring the photosynthetic capacity, stress

and injury effects were detected, where the 100 mgL-1

dose provided higher stress in the

plants compared to the others. The AS doses interfered in plant morphology by altering

the density of glandular trichomes and tectors in the leaflets, showing a positive effect

on the increase of these structures when intermediate doses were applied.

Concentrations of 25, 50 and 75 mg L-1 AS were the most efficient for the evaluated

characteristics allowed to infer its potential as inducer of resistance in arthropod-pest in

strawberry.

Keywords: Fragaria x ananassa, Tetranychus urticae, fluorescence, leaf

trichomes.

1

1. INTRODUÇÃO

O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch) é uma cultura de grande

importância econômica para produtores brasileiros, tendo maior destaque nos estados de

Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e

Distrito Federal. A produção de morango no Brasil é de cerca de 105 mil toneladas

anuais, cultivadas em área de aproximadamente 4.000 hectares (ANTUNES e REISSER

JÚNIOR, 2015).

Entre as pequenas frutas, o morango é uma das mais importantes, pois

proporciona paladar apreciado em diversas regiões do mundo, versatilidade de uso, alto

retorno financeiro ao produtor e, ainda, nos últimos anos, tem despertado atenção por

ser fonte de compostos bioativos como as vitaminas C e E, β-caroteno e compostos

fenólicos, principalmente antocianinas (OSZMIANSKI e WOJDYLO, 2009).

Assim como a maioria das olerácea, o morangueiro é muito suscetível a doenças

e pragas, muitas delas de difícil analise para identificação da procedência dos sintomas,

podendo estes serem oriundos tanto de pragas como de doenças e de difícil controle, e

que podem ocasionar grandes perdas, mesmo considerando-se o ciclo de produção

relativamente curto. Por este motivo, é compreensível a grande preocupação

demonstrada pelos agricultores com a ocorrência ou infestação de pragas e doenças. De

modo geral, os produtores usam preventivamente várias aplicações de agrotóxicos,

principalmente inseticidas-acaricidas e fungicidas. No entanto, estes causam problemas

de acúmulo de resíduos nos frutos comercializados, sendo prejudiciais ao ambiente aos

aplicadores e os consumidores (LORENZETTI, 2012).

Uma das principais pragas da cultura do morangueiro é o ácaro-rajado

(Tetranychus urticae), principalmente em ambiente protegido, podendo reduzir a

produção de frutos em até 80%, no ponto máximo de desenvolvimento da população.

Elevadas infestações podem causar descoloração de folhas, perda da capacidade

fotossintética e, eventualmente, a morte das folhas (CHIAVEGATO e MISCHAN,

1981; FLECHTMANN, 1985; DEVINE et al., 2001). Um grande problema que está

associado ao controle químico do ácaro rajado é seu elevado potencial reprodutivo e seu

curto ciclo de vida, que favorecem o rápido desenvolvimento de resistência a acaricidas

(STUMPF e NAUEN, 2001).

Outra praga de grande importância que vem atacando diversas culturas é a

lagarta Helicoverpa armigera. Esta pode se alimentar tanto dos órgãos vegetativos

2

como reprodutivos de várias espécies de plantas de importância econômica. Estima-se

que a perda mundial causada por essas lagartas, nas diferentes culturas em que atacam,

chega anualmente a 5 bilhões de dólares (LAMMERS e MACLEOD, 2007).

Em plantas de morangueiro compreende-se que existem mecanismos

constitutivos e indutivos que atuam na proteção das plantas contra o ataque de pragas

(FADINI et al., 2007). Em ambos os mecanismos, em especial os constitutivos, a

produção e liberação de metabólitos secundários de defesa são de extrema importância

para a expressão das barreiras físicas e químicas das plantas. Vale salientar que grande

parte destes compostos estão contidos no interior de tricomas glandulares evidenciando

a importância dos mesmos na defesa das plantas (STEINITE e IEVINSH, 2003).

Algumas técnicas de controle aos artrópodos-praga foram estudadas por Freddi

et al. (2007). Nesse sentido, estudos com o uso do ácido salicílico (AS) concebe uma

tecnologia ambientalmente correta, sustentável, com amplo potencial para diminuir a

frequência e o uso de agrotóxicos (SILVA et al., 2010). O AS atua na regulação de

processos biológicos nas plantas, incluindo defesa (KUMAR et al., 2015). É

responsável pelo acúmulo de superóxido e peróxido de hidrogênio no apoplasto, que

ocasionam a morte de células no local da infecção, promove também a síntese de

lignina na parede celular, que dificulta a penetração de estiletes e a mastigação pelas

pragas, em decorrência do enrijecimento da estrutura de parede das células vegetais

(DATNOFF et al., 1991; EPSTEIN, 1994; MARSCHNER, 1995), atuando no

estabelecimento da resistência sistêmica adquirida (GAO et al., 2015).

A atuação do AS como indutor de resistência está relacionado á capacidade de

detectar os efeitos de estresse e injúrias nos processos fotossintéticos causados por

fatores bióticos ou abióticos (BAKER e ROSENQVIST, 2004; YUSUF et al., 2010).

Esses mecanismos de defesa podem ser explorados pelo homem para o controle de

artrópodos-praga, mediante aplicação do AS que é um indutor capaz de produzir uma

resposta de defesa nas plantas contra o ataque.

3

2. OBJETIVO

2.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar o efeito do ácido salicílico como indutor de resistência a artrópodos-

praga em morangueiro.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar os efeitos do ácido salicílico na biologia e no comportamento do ácaro

rajado em morangueiro;

Identificar e quantificar os tipos de tricomas foliares em morangueiro em função

da aplicação de AS.

Avaliar o efeito do ácido salicílico na biologia da Helicoverpa armigera.

Identificar o(s) mecanismo(s) de resistência(s) envolvido(s) na relação de

indução de resistência pelo AS entre o hospedeiro e o herbívoro.

Avaliar o efeito do AS na fluorescência e sua relação com estresses nas plantas

de morangueiro.

4

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Histórico do morangueiro

As primeiras referências sobre o cultivo do morangueiro datam em torno do ano

1300. As plantas cultivadas nesse período pertenciam à espécie Fragaria vesca e essas

por sua vez apresentavam frutos pequenos, sendo destinadas para fins ornamentais. A

partir de 1500 as citações sobre a cultura ficaram mais constantes e seu cultivo passou a

ser frequente (COSTA et al., 2014).

O morangueiro atualmente cultivado é um híbrido proveniente do cruzamento de

duas espécies, uma do Chile e outra da América do Norte, Fragaria Chiloensis x

Fragaria virginiana, respectivamente. Esse híbrido natural (Fragaria x ananassa Duch)

surgiu há aproximadamente 250 anos (DARROW, 1966). A hibridação combinou

características dessas duas espécies, incluindo-se maior tamanho e

firmeza de frutos, vindos da F. chiloensis L. e a coloração vermelho

escuro e frutos mais aromáticos da F. virginiana M. (STEGMEIR et al.,

2010).

Apesar dessas espécies silvestres serem oriundas do continente americano, foi na

Europa, em meados de 1760, que ocorreram os cruzamentos casuais que originaram o

híbrido. Tal fato aconteceu depois que franceses cultivaram as plantas no mesmo

jardim, lado a lado (COSTA et al., 2014). De acordo com Duchesne (1766), os frutos

que se originaram tinham o gosto ácido do abacaxi, e um perfume delicioso, e devido a

essas características o nome do híbrido foi designado “morango-ananás”. A partir deste

híbrido, os ingleses iniciaram o programa de melhoramento, seguidos por franceses e

americanos. Conforme relatos este fato ocorreu somente após a Segunda Guerra

Mundial, nos Estados Unidos, onde foram desenvolvidas as principais cultivares

utilizadas, com características morfofisiológicas específicas.

A cultura do morangueiro apresentou nos últimos anos, evolução considerável

em todo o Mundo. No Brasil, a cultura começou a se expandir a partir da década de

1960, por meio do melhoramento genético, surgiram as principais cultivares, com

melhores adaptações e novas técnicas de cultivo (SILVA, 2013).

5

A cultura do morangueiro destaca-se no Brasil por sua grande importância

econômica, principalmente nas pequenas propriedades rurais, que utilizam mão-de-obra

familiar, em virtude dos valores de produção, comercialização e alta demanda de

insumos e do elevado rendimento por área (CAMARGO et al., 2000).

3.2. Botânica e taxonomia

O morangueiro é uma hortaliça que pertence à família Rosaceae, subfamília

Rosoideae, gênero Fragaria L., que abrange mais de vinte espécies, as quais diferem

tanto funcional como estruturalmente (SILVA et al., 2007). Tal gênero apresenta sete

cromossomos básicos, comuns a todas as espécies, e quatro níveis de ploidia: diploides,

tetraploides, hexaploides e octoploides. Espécies diploides, tetraploides e hexaploides

são comuns na Europa e Ásia, já as octoploides são encontradas nas Américas e Ásia

(ANTUNES e HOFFMANN, 2012).

As plantas pertencentes ao gênero Fragaria são herbáceas, rasteiras, e podem

formar touceiras que atingem de 15 a 30 cm de altura. O caule é um rizoma estolhoso,

cilíndrico e retorcido, com entrenós curtos, de onde surgem as folhas, estolhos e

inflorescências. Os frutos são secos, do tipo aquênio, e apresentam uma semente por

fruto. Após a fecundação dos óvulos, estes transformam-se em aquênios, que por sua

vez estimulam o engrossamento do receptáculo floral, tornando-o carnoso e originando

o pseudofruto ou infrutescência, chamado de morango. O pseudofruto é doce, carnoso e

suculento, possui polpa firme e coloração vermelha (SILVA et al., 2007). As sementes

são encontradas dentro dos aquênios, no exterior do pseudofruto. As sementes

estimulam o crescimento uniforme do receptáculo carnoso. Se a polinização ocorrer

bem, haverá formação de um fruto uniforme, caso contrário, poderá acontecer

deformação pela falta de estímulo hormonal. A semente serve para multiplicação

sexuada, que é útil em programas de melhoramento genético (GALVÃO et al., 2014).

3.3. Pragas do morangueiro

Existem várias pragas diferentes na cultura do morangueiro, podendo mencionar

os pulgões [(Capitophorus fragaefolii (Cockerell); Cerosipha forbesi (Weed)], lagartas-

de-solo (Agrotis sp.), Spodoptera spp.; ácaro rajado (Tetranychus urticae), ácaro-

6

rajado-do-enfezamento [Phytonemus pallidus (Banks)], broca-dos-frutos [Lobiopa

insularis (Castelnau)], tripes [Frankliniella occidentalis (Pergande)]. Estas pragas, se

não controladas, podem afetar severamente a produção de morangos no Brasil

(ANTONIOLLI et al., 2007). Outra praga de grande importância que vem atacando

diversas culturas é a lagarta Helicoverpa armigera, esta praga pode se alimentar tanto

dos órgãos vegetativos como reprodutivos de várias espécies de plantas de importância

econômica (LAMMERS e MACLEOD, 2007).

Na cultura do morangueiro é grande a incidência de pragas que atingem as várias

fases do ciclo da cultura, desde a muda recém-plantada até os frutos na fase final de

produção (OSHITA, 2012). A cultura do morangueiro tem sido uma das culturas com

maior utilização de pesticidas na agricultura nacional em consequência de práticas

agrícolas incorretas e também de sua elevada susceptibilidade a pragas. A

predominância do controle químico, além de comprometer a qualidade do produto final,

pode ser bastante impactante ao ambiente, e pode interferir na ação dos inimigos

naturais que são reguladores da densidade populacional de ácaros e insetos-praga (VAN

DE VRIE et al., 1972). Entre as pragas que prejudicam a cultura do morangueiro,

destaca-se o ácaro rajado (Tetranychus urticae Koch.), considerado como a principal

praga desta cultura (MORAES e FLECHMANN, 2008; FIGUEIREDO et al., 2010).

3.4. Ácaro rajado Tetranychus urticae Koch

Pertencente à família Tetranychidae, o ácaro rajado (Tetranychus urticae Koch)

é considerado uma das espécies mais importantes de ácaros-praga, cosmopolita e

polífaga. Ataca mais de 150 culturas de importância econômica, em meio a 1200

espécies de plantas em 70 gêneros (ZHANG, 2003). O ácaro rajado é praga importante

em frutíferas (morangueiro, mamoeiro, pessegueiro, etc.), plantas ornamentais

(crisântemo, rosa, etc.), além de várias outras culturas (CHAPMAN e MARTIN, 2005;

FADINI et al., 2006; MORAES e FLECHTMANN, 2008).

Consiste também em uma das principais pragas em cultivos protegidos. A

manutenção de condições ambientais relativamente estáveis para o desenvolvimento de

plantas geralmente favorece o rápido desenvolvimento da praga, aumentando a

população antes mesmo que o produtor perceba.

7

Frequentemente por se tratar de um ambiente protegido, dificulta o

aparecimento de inimigos naturais e favorece a rápida evolução da resistência (ZHANG,

2003). Seus ovos apresentam coloração amarelada, esféricos e de difícil visualização a

“olho nu” (FADINI et al., 2006).

A larva é incolor e translúcida, subesférica, com quatro pares de pernas e de

tamanho aproximadamente igual ao do ovo e apresentam duas manchas ocelares

vermelhas. Sua coloração muda gradativamente à medida que se alimentam (MORAES

e FLECHTMANN, 2008). As fases de protoninfa e deutoninfa difere-se entre si

somente pelo tamanho (o segundo estágio é pouco maior do que o primeiro). É na fase

de deutoninfa que se iniciam as distinções entre fêmeas (cerca de 0,46 mm de

comprimento e com manchas ocelares mais pronunciadas) e machos (aproximadamente

0,26 mm de comprimento e com o opistossoma afilado posteriormente). O dorso das

formas adultas, de coloração amarela esverdeada escura, apresenta-se coberto por

longas setas e duas manchas escuras em cada lado (FADINI et al., 2006; MORAES e

FLECHTMANN, 2008). A coloração torna-se alaranjada ou avermelhada quando

entram em diapausa. A indução ocorre quando o comprimento do dia é curto, o alimento

é escasso e a temperatura é baixa (ZHANG, 2003).

O ciclo de vida dura de 11 a 20 dias, quanto maior a temperatura, mais curto é o

tempo de desenvolvimento de ovo até adulto. Em condições ótimas de temperatura (30-

32°C), o ciclo de vida pode ser completo em menos de uma semana. Machos se

desenvolvem mais rápido que fêmeas (ZHANG, 2003). São encontrados geralmente na

face inferior das folhas, onde formam suas teias. A postura dos ovos é feita nestas teias

ou, quando diretamente nas folhas, ocorrem geralmente próximo à nervura. Uma fêmea

é capaz de ovipositar aproximadamente 10 ovos por dia, e até 100 ovos em duas

semanas, numa temperatura de 25°C (FLECHTMANN, 1985; ZHANG, 2003; FADINI

et al., 2006). A disseminação desses ácaros pode ser ativa (caminhamento) ou passiva

(vento, plantas, ferramentas ou pessoas) (ZHANG, 2003).

Quanto à alimentação, adultos e formas imaturas alimentam-se da clorofila e da

seiva, geralmente das folhas mais velhas. Eles introduzem seus estiletes nas células dos

vegetais e ingerem o conteúdo intracelular que extravasa. Em grandes infestações,

podem também atacar folhas jovens (MORAES e FLECHTMANN, 2008; VAN DER

GEEST, 1986).

Os ácaros são considerados pragas primárias para a cultura de morangueiro.

Algumas cultivares são mais preferidas pelo ácaro-rajado, sendo mais danificados

8

(LOURENÇÃO et al., 2000, FIGUEIREDO et al 2010). Esta preferência está

relacionada a fatores intrínsecos das cultivares ou mesmo da planta. Figueiredo et al.

(2010), associaram maior resistência da cultivar Camino Real ao ácaro rajado, em

decorrência da elevada densidade de tricomas glandulares, presentes na superfície foliar.

No morango, os ácaros desenvolvem-se na face inferior das folhas abertas, formando

manchas branco-prateadas, e na face superior aparecem áreas inicialmente cloróticas,

que passam a bronzeadas. As folhas podem secar e cair. Em casos de forte estresse,

pode haver redução na fotossíntese e na produtividade, afetando a qualidade e a

quantidade de frutos e folhas novas. Quando não controlado, o ataque do ácaro no

morangueiro pode reduzir a produção de frutos em até 80% (CHIAVEGATO e

MISCHAN, 1981).

A ocorrência é maior em condições de temperatura elevada e baixa umidade,

favorecida também pela presença de poeira (TANAKA et al., 2000). De uma maneira

geral, a praga determina a formação de manchas cloróticas ou descoloridas nas folhas

que depois se tornam bronzeadas e secas. Por fim, ocorre a desfolha, algumas vezes,

total (CRUZ, 2000). Outros danos causados à cultura são: redução de crescimento das

plantas e formação de teias, o que deprecia o produto final (BARBOSA, 2003).

3.5. Lagarta Helicoverpa armigera

A lagarta H. armigera é considerada uma espécie altamente polífaga, ou seja,

que apresenta a capacidade de se desenvolver em ampla gama de plantas hospedeiras.

Suas larvas têm sido registradas se alimentando causando sérios danos em mais de 100

espécies de plantas, sejam elas cultivadas ou não, incluindo cerca de 45 famílias, sendo

Asteraceae, Fabaceae, Malvaceae, Poaceae e Solanaceae (ALI e CHOUDHURY, 2009;

FITT,1989; PAWAR et al., 1986; POGUE, 2004;). No Brasil, as lagartas H. armigera já

foram constatadas se alimentando de diversas culturas de extrema importância

econômica, tais como algodão, soja, milho, tomate, feijão, sorgo, milheto, guandu, trigo

e crotalária, e também em algumas espécies de plantas daninhas. (FITT, 1989).

As lagartas se alimentam de folhas e hastes dessas plantas, mas tem preferência

pelas estruturas reprodutivas como frutos, maças, botões florais, espigas e

inflorescências, ocasionando podridões ou deformações nestas estruturas ou até mesmo

a sua queda. Essa inerente capacidade da H. armigera causar danos nas partes

9

reprodutivas das culturas, em associação à sua habilidade de atacar grande número de

hospedeiros, são fatores que abrangem o status de importância econômica desta praga

(CUNNINGHAM et al., 1999). Na Espanha, é também considerada espécie devastadora

nos cultivos de tomate para a indústria (ARNÓ et al., 1999).

3.6. Resistência induzida

Diversos estudos vêm sendo realizados a partir do sistema imune das plantas, a

fim de se entender quais são os processos celulares envolvidos na percepção dos

patógenos, assim como, as vias de sinalização que resultam na resistência do vegetal.

As plantas não apresentam um sistema imune adaptativo com células móveis, como nos

animais, pois são dotadas de um sistema inato de defesa constituído por um aparato

estrutural e bioquímico (CAVALCANTI et al., 2014). Desta maneira, elas dependem

que cada célula, individualmente, apresente a capacidade de perceber o patógeno,

sinalizar ás células vizinhas e produzir uma resposta de defesa (SPOEL e DONG, 2012;

FU e DONG, 2013).

O sistema de defesa permanece inativo ou latente, só sendo ativado após ser

exposto aos agentes de indução. Dessa maneira, a resistência é chamada de induzida, ou

seja, as plantas percebem as agressões, e sua alta capacidade de adaptação permite que

sobrevivam, mesmo tendo muitas vezes seu desenvolvimento prejudicado (BONALDO

et al., 2005). Deste modo, indutores de resistência são substâncias químicas que incitam

respostas morfofisiológicas do organismo vegetal, responsáveis por essa resistência

(POIATTI et al., 2009; JANUS et al., 2013; PO-WEN et al., 2013).

Depois de a planta apresentar a resistência induzida, esta não possui caráter

específico e se expressa por toda a planta, sendo chamada de resistência sistêmica

adquirida (SAR) (HEIDRICH et al., 2012; DAVIDSSON et al., 2013). Uma

característica evidente no SAR é o tempo no qual as defesas da planta permanecem

ativadas, podendo perdurar de semanas a meses (FU e DONG, 2013).

A resistência sistêmica nas plantas ocorre pela ação de agentes externos bióticos

ou abióticos, sem qualquer alteração do genoma da planta, sendo estes chamados, de

elicitores (HAMMERSCHMIDT et al., 2000). Segundo Campos (2009), o elicitor AS, é

um mensageiro que ativa a resistência, por meio da síntese de proteínas relacionadas à

patogênese (proteínas- RP) entre as quais as quitinases e glucanases. O aumento da

atividade das enzimas proporciona a síntese de compostos fenólicos e o acúmulo de

10

lignina em tecidos adjacentes, enrijecendo a parede das células vegetais, no local de

penetração da estrutura de ataque (DURRANT e DONG, 2004) e esse acúmulo de

lignina dificulta a mastigação e penetração de estiletes pelas pragas sugadoras (FAWE

et al., 2001; GOMES et al., 2005). Segundo Crusciol et al. (2013), além do aumento da

espessura da cutícula pela deposição de lignina nos tecidos, o acúmulo deste elicitor

promove a polimerização nos espaços extracelulares das paredes das células

epidérmicas, das folhas e dos vasos condutores (xilema e floema), fortificando essas

estruturas além de formar fitoalexinas (substâncias de defesa) e também aumentar a

capacidade fotossintética (BÉLANGER e MENZIES, 2003).

3.7. Ácido salicílico como indutor de resistência

Há compostos orgânicos que funcionam como indutores de resistência e são

chamados de reguladores vegetais. As plantas produzem uma ampla variedade de

hormônios entre os quais se incluem as auxinas, giberelinas, ácido abscísico, citocininas

e etileno. Atualmente, outros compostos que podem afetar o crescimento e o

desenvolvimento vegetal têm sido descritos, dentre eles se destaca AS (GONÇALVES

et al., 2014; PULGA, 2016).

O AS é um metabólito secundário produzido por uma vasta gama de organismo

procariotas e eucariotas incluindo as plantas (ABERG, 1981). Pertence a um grupo

bastante diverso dos compostos fenólicos, usualmente definidos como substâncias com

um anel aromático ligado a um grupo hidroxil ou ao seu derivado funcional (COLLI,

2008).

De acordo com Kerbauy (2004), Souza (2007) e Vlot et al. (2009), a biossíntese

do AS pode ocorrer por meio de duas vias enzimáticas diferentes: pela via dos

fenilpropanóides, a partir da L-fenilalanina que por ação da enzima fenilalanina-

amonialiase (FAL), é convertida em ácido trans-cinâmico que irá formar o ácido

benzóico e será convertido em AS por ação da enzima ácido benzóico-2-hidroxilase; e

pela via do isicorismato, sendo que o corismato é convertido em isocorismato por ação

da enzima isocorismato sintase (ICS) e transforma-se em AS por ação da enzima

isocorismato piruvato liase (IPL).

11

O AS produzido nas plantas pode ser convertido em SA O-β-glucosídeo (SAG),

saliciloil éster glucosa SEG, metil salicilato (MeSA) e metil salicilato O-β-glucosídeo

(MeSAG) (KERBAUY, 2004; SOUZA, 2007; VLOT et al., 2009).

Os compostos de carbono das plantas decorrem da via de síntese do ácido

chiquímico, causando grande variedade de aminoácidos aromáticos. A via do ácido

chiquímico em seu princípio forma o ácido corísmico que é um intermediário comum

para a síntese do triptofano, fenilalanina, tirosina e vários outros compostos aromáticos,

como o ácido salicílico (VELINI et al., 2009; MARTÍN, 2009), que atua como um

regulador vegetal, devido a sua implicação na regulação das plantas e induz diversos

processos fisiológicos, incluindo a fotossíntese (KUHN, 2007).

Seu transporte é realizado via floema para as partes não infectadas da planta,

especialmente na forma de metil salicilato, composto sinalizador, que regula

mecanismos de resistência no local de infecção e por meio da resistência sistêmica

adquirida, que opera na expressão (VELINI et al., 2009) e regulação de genes de defesa

nas plantas (SPOEL e DONG, 2012; FU e DONG, 2013).

O estudo do AS teve início a partir de observações de um análogo (aspirina) que

prolongava a vida pós-colheita de flores, possivelmente por interferir na biossíntese de

etileno (SOBRINHO et al., 2005). Embora o conhecimento dos diversos efeitos

fisiológicos e bioquímicos da aplicação de AS em plantas ser antigo, o seu desempenho

como regulador endógeno só foi estabelecido em um estudo de termogênese em plantas

em 1987 (RASKIN, 1992). O uso de AS no controle de perdas pós-colheita de produtos

hortícolas vêm sendo considerado uma alternativa com grande potencial. Recentemente,

o estudo do AS tem sido amplamente explorado, já que é uma molécula chave para a

expressão de resistência a estresses nas plantas, principalmente a estresses abióticos

(luz, seca, salinidade, frio, UV e choque térmico) e ao ataque de patógenos. A ação

antifúngica do ácido também vem sendo descrita (ASGHARI e AGHDAM, 2010). Os

trabalhos envolvendo compostos fenólicos já comprovaram que os mesmos

desempenham papel fundamental na regulação de diversos processos fisiológicos,

dentre eles o crescimento e desenvolvimento das plantas, a fotossíntese e a captação de

íons (POPOVA et al., 1997).

De acordo com Lee et al., (1995) e Asghari e Aghdam, (2010), o AS é essencial

na regulação das respostas ao estresse e nos processos de desenvolvimento da planta,

provocando efeitos fisiológicos e bioquímicos, incluindo a indução da floração, a

produção de calor (termogênese), a fotossíntese, a condutância estomática, a

12

transpiração, a absorção e o transporte de íons (inibição de fosfato e captação de

potássio), a germinação de sementes, a inibição da biossíntese / ação do etileno e a

resistência a doenças. O AS pode agir de modo isolado, associado ou controlar os

efeitos de outros hormônios. Os hormônios metil jasmonato e etileno induzem a

ativação genética de diversas proteínas, que por sua vez são inibidas pelo AS (SOARES

e MACHADO, 2007).

O AS é responsável pelo acúmulo de superóxido e peróxido de hidrogênio no

apoplasto, que acarretam a morte de células no local da infecção, também promovem

no local do ataque a síntese de lignina na parede celular, dificultando a penetração de

estiletes e a mastigação pelos insetos, em decorrência do enrijecimento da parede das

células vegetais (DATNOFF et al., 1991; EPSTEIN, 1994; MARSCHNER, 1995), e,

em locais distantes da infecção promovem a síntese de proteínas RP e compostos

fenólicos (GRÜNER et al., 2003).

Desta forma, a aplicação exógena de AS tem sido testada em diferentes cultivos

agrícolas a fim de investigar a capacidade deste em atenuar os efeitos adversos causados

pela deficiência hídrica (AZOOZ e YOUSSEF, 2010), como exemplo, estão as

pesquisas desenvolvidas por Singh e Usha (2003) e Horváth et al. (2007) em trigo,

Hussain et al. (2008a) em girassol, Carvalho et al. (2007) em calêndula, Mardani et al.

(2012) em pepino e Durães (2006) em feijão. Para além disso, é usada a aplicação

exógena na germinação das sementes (RAJOU et al., 2006), no estabelecimento de

plântulas (ALONSO- RAM’IREZ et al., 2009), crescimento celular (VANACKER et

al., 2001), respiração (NORMAN et al., 2004), senescência (RAO et al. 2001 e 2002) e

nodulação (STACEY et al., 2006), hormônios vegetais (ROBERT–SEILANIANTZ et

al., 2007; PIETERSE et al., 2009), como sinalizador de moléculas na resposta imune

das plantas (VLOT et al., 2009) e a resistência induzida reduzem a preferência dos

herbívoros pelas plantas (CORNELISSEN e FERNANDEZ, 2003; PULGA 2016).

3.8. Tricomas como fator de defesa

Em plantas de morangueiro sabe-se que existem mecanismos de defesas

constitutivos e indutivos que atuam na proteção das plantas contra o ataque de pragas

(FADINI et al. 2007). Nesses mecanismos há produção e liberação de metabólitos

secundários de defesa que são de importância para a expressão das barreiras físicas e

13

químicas das plantas e vale destacar que grande parte destes compostos estão contidos

no interior de tricomas glandulares evidenciando a importância dos mesmos na defesa

das plantas (STEINITE e LEVINSH, 2003).

Os tricomas são anexos epidérmicos que estão presentes sobre a superfície dos

vegetais, variando no formato, densidade, tipo e função. Em morangueiro foram

descritos dois tipos de tricomas recobrindo os seus órgãos: os não-glandulares ou

tectores e os tricomas glandulares (STEINITE e IEVINSH 2003; BRAGA et al. 2009;

FIGUEIREDO et al. 2010). Os não glandulares têm tamanho maior, unicelulares,

longos e finos podendo ser observados a “olho nu”. Já os tricomas glandulares são

pequenos, unisseriados e multicelulares com uma única célula arredondada presente no

ápice do pêlo, tendo a função de glândula, ou seja, capaz de liberar compostos químicos

presentes em seu interior quando tocados (STEINITE e LEVINSH, 2003).

Na cultura do morangueiro, grande parte da resistência das cultivares ao ácaro

rajado é atribuída à densidade de tricomas glandulares, que armazenam enzimas

oxidativas que dificultam a locomoção e alimentação do ácaro quando em contato com

o tricoma (STEINITE e LEVINSH, 2003; FIGUEIREDO et al, 2010), que funcionam

como mecanismos de defesa direta de plantas contra o ataque de artrópodo-praga

(STEINITE e LEVINSH, 2002).

Entre as funções mais estudadas dos tricomas pode-se citar o aumento da

resistência a pragas devido à formação de uma barreira física que dificulta o

caminhamento e alimentação dos artrópodos-praga (LARA, 1991). Fernandez et al.

(2006), evidenciaram o efeito inibitório da herbivoria em duas espécies de Tanchagem

(Plantago spp.) aonde os resultados comprovaram que, P. lanceolata por possuir uma

maior quantidade de tricomas apresentou taxa de herbivoria reduzida perante a P. major

que não possuía tricomas em nenhuma das faces das folhas. Logo se conclui que os

tricomas desempenham um papel importante na defesa de plantas contra o ataque de

pragas.

Quando se diz respeito aos artrópodos-pragas, são raros os trabalhos existentes,

sendo a maioria com outros reguladores vegetais que não o AS. Isso explica a

importância do presente trabalho, visando diminuir o uso dos agroquímicos utilizados

no combate a pragas.

14

3.9. Mecanismos de defesa das plantas

A resistência contra artropodo-praga é resultado de várias estratégias que as

plantas usam para tornarem-se menos atrativas a fim de dificultar a sua localização ou

se defender, tornando-se um alimento inadequado para herbívoros ou ainda sobreviver

por meio de mecanismos que podem ser denominados de tolerância ou

sobrecompensação (CORNELISSEN e FERNANDES, 2003; ALMEIDA- CORTEZ,

2005; CINGOLANI et al., 2005; MACDONALD e BACH, 2005).

A distribuição e o índice de ataque de artrópodos-pragas sofrem ampla

influência das características das plantas. Conhecer essas características permite uma

melhor compreensão das relações interespecíficas, além de determinar quais delas

afetam e, quais seus níveis de ataque, dessa forma, explicando os motivos da preferência

por determinadas espécies vegetais (PEETERS, 2002). Segundo Pizzamilgio-Gutierrez

(2009), todo o conhecimento sobre as relações entre as plantas e os herbívoros, auxilia

no desenvolvimento de cultivares resistentes e consiste em uma estratégia fundamental

para o sucesso do manejo integrado de pragas (MIP).

Algumas estruturas anatômicas são conhecidas por influenciarem o

comportamento das pragas (PEETERS, 2002). Características estruturais que

contribuem para o aumento da espessura ou a dureza dos tecidos foliares podem resultar

em obstáculo contra o ataque desses organismos (WEI et al., 2000; EDWARD; W

RATTEN, 1981; PEETERS, 2002). Os tricomas têm sido considerados uma forma de

proteção contra insetos sugadores (HOFFMAN e MCEVOY ,1985). O tamanho e a

densidade do tecido vascular também foram correlacionados com a distribuição de

fitófagos (GIBSON, 1972; COHEN et al., 1996).

A antibiose é uma modalidade de resistência, onde altera alguns dos seus

padrões biológicos, como a duração das fases imaturas, fecundidade, oviposição e

mortalidade, por exemplo. Desta forma, a ingestão pela praga destes metabólitos

deletérios produzidos pelas plantas são a causa deste tipo de resistência.

A resistência do tipo não preferência ou antixenose ocorre quando a planta

apresenta algum fator que cause uma resposta negativa na praga, deixando a planta com

menor atratividade para algumas funções básicas da praga como alimentação,

oviposição e abrigo.

Provavelmente os fatores envolvidos nessa resistência estejam relacionados aos

aspectos morfológicos, físicos e químicos apresentados pelos vegetais. Por fim, a

15

resistência do tipo tolerância acontece quando a planta não altera o comportamento ou a

biologia dos insetos, mas mantém as principais características produtivas perante outras

plantas, sobre o mesmo ataque de artrópodos-praga, compensando as perdas causadas

pelas pragas com o aumento da espessura da cutícula, aumento da área foliar, ou

mesmo, de suas brotações (GALLO et al., 2002).

3.10. Fluorescência

O sinal básico da fluorescência possui níveis característicos, que nos mostra

como está a planta naquele momento, em relação ao seu próprio metabolismo

(RIBEIRO et al., 2004; BAKER, 2008) permitindo definir o grau de tolerância a

diversos tipos de estresses bióticos e abióticos (STIRBET e GOVINDJEE, 2011).

Segundo Santos et al. (2010), a avaliação da fluorescência da clorofila a revela o nível

de excitação da energia que dirige a fotossíntese e fornece subsídios para estimar o

processo de transferência de elétrons do FSII. A energia radiante que incide sobre as

plantas pode seguir por diferentes rotas, como: a via fotoquímica, que representa a

porção energética efetivamente absorvida, e que é responsável pela assimilação do

carbono em moléculas orgânicas; e as vias de dissipação da energia que não é

consumida pela planta, que pode ocorrer na forma de calor e/ou re-emissão de fótons

pela molécula de clorofila.

A via fotoquímica é caracterizada pela fixação do carbono atmosférico em uma

molécula orgânica pela enzima Ribulose-1,5-bifosfato carboxilase/oxigenase (Rubisco)

que age no ciclo de Calvin. Para que tal ciclo ocorra, são necessários precursores

metabólicos formados na cadeia transportadora de elétrons. É nesta fase que os

pigmentos fotossintéticos exercem sua função, pois eles constituem os complexos

antena, e evitam que a energia solar incida diretamente nos centros de reação (YEOM et

al., 2014). Desta maneira, tais pigmentos, como a clorofila, atuam transferindo a energia

luminosa para os centros de reação e dissipando parte desta energia que seria danosa aos

centros de reação. Por deste motivo, tais pigmentos também são chamados de moléculas

fotoprotetoras (JOHNSON e RUBAN, 2009). É neste processo de excitação da

molécula da clorofila que ocorrem as outras duas vias de dissipação de energia:

dissipação na forma de calor e dissipação por fluorescência.

16

Quando a clorofila recebe um fóton e assume seu estado de excitação, ela torna-

se-se altamente instável, e tende a retornar rapidamente ao seu estado basal de energia.

A primeira forma dissipação é a perda de calor para o ambiente. Neste caso da

fluorescência, a clorofila excitada reemite um fóton com comprimento de onda mais

longo e menor nível energético que o absorvido (MURCHIE e LAWSON, 2013). Nesse

modo a fluorescência da clorofila a pode ser utilizada, indiretamente, como um

indicativo da eficiência no uso da radiação pela via fotoquímica e, consequentemente da

assimilação líquida de carbono (TESTER e BACIC, 2005) e sanidade do aparato

fotossintético, mais especificamente do fotossistema II.

As avaliações da fluorescência proporcionam dados que podem estimar o estado

de organização e eficiência do fotossistema II (PSII), e a taxa de transporte de elétrons

(ETR) entre os centros de reação, além da capacidade resiliente das plantas quando

expostas à pulsos de luz saturante (GENTY et al., 1989).

Nas medidas realizadas em plantas adaptadas ao escuro, é possível de avaliar a

plasticidade do PSII com relação ao estado basal da própria planta e à adaptação ao

ambiente em que se encontra. Quando plantas nestas condições são expostas a um pulso

de luz actínica fraca, é fornecido o nível mínimo de fluorescência, chamado de F0, que é

obtido quando os centros de reação do PSII estão totalmente abertos e os aceptores de

elétrons da quinona primária (QA) do PSII ficam completamente oxidados (BAKER e

ROSENQVIST, 2004; MAXWELL e JOHNSON, 2000).

Em seguida, quando se aplica um pulso saturante, é fornecido o nível de

fluorescência máxima (Fm), que informa a dissipação por re-emissão de fótons no

momento em que os centros de reação do PSII estão completamente reduzidos

(saturados). A diferença entre estes dois parâmetros determina a fluorescência variável

11 (Fv) (BAKER e ROSENQVIST, 2004) que demonstra a habilidade do PSII em

desempenhar as reações fotoquímicas primárias (fotorredução da QA).

Segundo Henschel (2016), a estimativa da fluorescência da clorofila pode servir

como uma forma rápida e não-destrutiva de mensurar a eficiência e a sanidade do

aparato fotossintético, indicando se as plantas se encontram, ou não, sob condições de

estresse. Tais avaliações tornam-se ferramentas bastante úteis para investigar a

influência da qualidade e intensidade luminosas sobre as plantas, já que estão

diretamente relacionadas ao processo fotossintético. Desse modo, a emissão da

fluorescência, permite avaliar o efeito do AS na fotossíntese, sendo que essa prática

quando combinada com outras medidas não destrutivas, permite realizar análise

17

qualitativa e quantitativa da absorção e aproveitamento da energia luminosa por meio do

fotossistema, sendo uma poderosa ferramenta para estudar o desempenho fotossintético

(BAKER, 2008).

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Local do experimento

O experimento foi realizado no Setor de Olericultura e no Laboratório de

Fisiologia Vegetal/Horticultura, localizados no Departamento de Agronomia, no

Campus Cedeteg da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Unicentro, em

Guarapuava-PR, que está localizada nas coordenadas 25°23’00’’ de latitude Sul e

51°29’38.50’’ de longitude Oeste, a uma altitude de 1.024 metros.

4.2. Cultivares de morangueiro e cultivo das plantas

Para os bioensaios foram utilizadas mudas das cultivares Aromas e Sweet

Charlie.

A cultivar Aromas é de dias neutros, para mesa, tem bom tamanho de fruto, com

ciclo precoce, cor vermelho-brilhante, bom sabor e vigor médio. Sweet Charlie é uma

cultivar de fotoperíodo curto, de ciclo precoce, com pouca exigência ao frio e de boa

produtividade. Produz frutos grandes, com boas características qualitativas, firmeza

moderada e coloração vermelho-alaranjada externamente e alaranjada internamente.

As mudas de morangueiro foram transplantadas em vasos com capacidade para 3

dm3. O solo foi adubado com o formulado 4:14:8 em conjunto com substrato comercial

tropstrato®.

Os vasos permaneceram em casa de vegetação com irrigação diária por

microaspersão. Durante o desenvolvimento das plantas foram realizados todos os tratos

culturais rotineiros, como adubação, irrigação, toalhetes das plantas exceto o manejo

fitossanitário.

Os tratamentos foram espaçados em cerca de 3 m de distância para que não

ocorresse interferência de um tratamento sobre outro, tendo em vista que o AS, quando

convertido em metil salicilato, composto volátil, pode induzir resistência nas plantas

adjacentes.

18

Cerca de 30 dias após o transplantio iniciou-se a aplicação do ácido salicílico

(AS) com borrifador manual. As aplicações foram realizadas semanalmente totalizando

60 aplicações. O AS foi preparado e diluído em água destilada nas concentrações (0, 25,

50, 75, 100 mg L-1

).

O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas no espaço, sendo a

parcela principal a concentração de ácido salicílico e a subparcela as cultivares de

morangueiro, em 6 repetições, com um vaso por parcela.

Com a finalidade de induzir os mecanismos de defesa das plantas, foram

adicionados em cada tratamento um vaso contendo plantas com elevada infestação de

pulgões Myzus persicae, estimulando a ocorrência da indução de resistência.

4.3. Obtenção dos ácaros e criação

Para início da criação controlada foram recebidos indivíduos de T. urticae da

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP. Com os adultos foi

estabelecida uma criação estoque, na qual os ácaros foram mantidos e multiplicados em

plantas de feijão de porco (Canavalia ensiformis DC.), cultivadas em vasos com

capacidade para 5 dm3 e acondicionadas em sala climatizada (25±2ºC, fotofase de 12

horas), sob irrigação diária. Os vasos contendo as plantas de feijão de porco e os ácaros

foram substituídos por plantas novas à medida que as plantas colonizadas pelos ácaros

apresentaram sintomas intensos de ataque ou início de senescência. Essa substituição foi

realizada colocando-se folhas com alta infestação do ácaro das plantas antigas, sobre as

plantas novas. A partir da criação estoque, deu-se início à criação programada, a qual

consistia em 10 ácaros adultos (3 machos e 7 fêmeas) mantidos em folíolos individuais

de feijão de porco, obtidos na parte mediana das plantas. Cada folíolo foi mantido em

bandejas plásticas (200 x 300 mm), com a face abaxial voltada para cima, e sobre uma

esponja umedecida em água destilada.

Os ácaros foram mantidos nos folíolos durante 24 horas, e em seguida os adultos

foram retirados, permanecendo apenas os ovos. Para a renovação e preparo de novas

bandejas, os folíolos antigos em estádio de senescência foram colocados sobre outros

folíolos, permitindo a passagem dos ácaros. A criação programada foi realizada em

câmara climatizada tipo BOD (temperatura 25±1ºC, umidade de 70±10% e fotofase de

12 horas).

19

4.4. Bioensaio com chance de escolha

Com o objetivo de avaliar a preferência das fêmeas do ácaro rajado em relação

as cultivares de morangueiro e as diferentes doses da aplicação de AS, foram realizados

experimentos com chance de escolha em arenas. Estas arenas consistiram em placas de

petri (60 mm de diâmetro) contendo uma camada de algodão, sobreposta a uma esponja

saturada em água. Nas extremidades opostas das placas foram inseridos discos foliares

(30 mm de diâmetro) de dois tratamentos distintos, sendo a testemunha com os demais

tratamentos em suas respectivas doses, os quais foram conectados por uma lamínula de

plástico (18 x 18 mm).

Todos os discos foliares foram obtidos de folhas das plantas de morangueiro

com 450 dias de desenvolvimento e dispostos em placa de petri com a face abaxial

voltada para cima. Após montadas as arenas, seis fêmeas adultas dos ácaros foram

liberadas na porção mediana da lamínula, a qual permitia a livre passagem e o acesso

dos ácaros aos folíolos de ambas as extremidades. A liberação dos indivíduos foi

realizada com auxílio de pincel de cerdas finas com auxílio de estereomicroscópio

(NIKON 1510). As placas foram mantidas durante 24 horas em câmara climatizada tipo

BOD (temperatura 25±1ºC, umidade de 70±10% e fotofase de 12 horas). Após esse

período, realizou-se a contagem do número de ácaros presentes em cada um dos discos.

O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com fatorial 2 x

5 (duas cultivares de morangueiro e cinco doses de AS) com 10 repetições.

4.5. Bioensaio sem chance de escolha

Estes bioensaios foram realizados em placas de petri (60 mm de diâmetro),

preenchidas com uma espuma umedecida em água destilada. Sobre esta espuma foi

inserido, individualmente, um disco foliar de cada um dos tratamentos (30 mm de

diâmetro), mantendo-se a face abaxial voltada para cima. Sobre cada disco foram

transferidas seis fêmeas adultas oriundas da criação, com auxílio de um pincel de cerdas

finas e um estereomicroscópio (OLYMPUS SZ51). As fêmeas foram mantidas sobre os

discos durante 24 horas, após o qual se contabilizou o número de ácaros vivos e o

número de ovos depositados sobre cada disco foliar. O experimento foi realizado em

delineamento inteiramente casualizado em fatorial 2 x 5 com 10 repetições, sendo que o

20

conjunto de placas foi mantido em câmara climatizada do tipo BOD (temperatura

25±1ºC, umidade de 70±10% e fotofase de 12 horas.

4.6. Bioensaios com larvas de H. armigera

4.6.1. Obtenção e criação das larvas de H. Armigera

Para formação da criação estoque, foram adquiridos ovos de H. armigera de

uma criação massal (Bug Agentes Biológicos, Piracicaba, SP, Brasil). Os ovos foram

acondicionados em recipientes plásticos (250 mL) até eclosão das larvas.

As larvas recém-eclodidas foram repicadas em quantidade de 10 indivíduos em

copos plástico de 50 mL, contendo dieta artificial, preparada de acordo com a

metodologia de Greene et al. (1976), à base de feijão, germe de trigo, farelo de soja,

caseína, levedura de cerveja, antibióticos e proteínas. Os copos foram fechados com

tampas de acrílico e furados com alfinete entomológico, as larvas foram mantidas no

recipiente até fase de pupa.

As pupas foram colocadas em recipientes plásticos revestida interiormente com

papel toalha e fechados com tecido voil até a fase adulta, quando foram transferidas para

gaiolas de PVC 100 mm, forradas com papel absorvente e cobertas com tecido voil,

onde ocorria a oviposição. No interior das gaiolas foi colocada solução de mel a 10%,

embebida em algodão, para a alimentação.

Todas as fases foram mantidas em câmaras climatizadas, tipo BOD, (25±3ºC,

umidade relativa de 70 ± 5% e fotofase de 14 horas).

4.6.2. Bioensaios para avaliação da biologia

Estes bioensaios foram realizados em placas de petri (60 mm de diâmetro),

preenchidas com uma espuma umedecida em água destilada. Sobre esta espuma, foi

inserido, individualmente, uma folha de cada um dos tratamentos. Sobre cada folha foi

inserido uma lagarta, com auxílio de um pincel de cerdas finas e um estereomicroscópio

(OLYMPUS SZ51). As lagartas foram mantidas sobre os discos e a cada 72 horas,

trocava-se as folhas e contabilizava o número de lagartas vivas, pesava-se com auxilio

de uma balança de precisão (SHIMADZU AUW220D) e também media-se o diâmetro

de cada com o auxilio de um paquímetro digital (STARRETT 799). O experimento foi

21

realizado em delineamento inteiramente casualizado em fatorial 2 x 5 com 10

repetições, sendo que o conjunto de placas foi mantido em câmara climatizada do tipo

BOD (temperatura 25±1ºC, umidade de 70±10% e fotofase de 12 horas.

4.7. Identificação e quantificação de tricomas

Para identificação e quantificação dos tricomas foram coletados folíolos

expandidos das plantas de cada tratamento, com idade de 420-450 dias. Esses folíolos

foram previamente lavados com água destilada e posteriormente secos a sombra.

Para cada folíolo recém coletado foram montadas 4 amostras da face abaxial e 4

da face adaxial e fixados em stubs metálicos com auxílio de esmalte cosmético incolor

acrescido de grafite moído que são inseridos em um disco contendo sete espaços. Esse

composto atua de forma equivalente a fibra de carbono, facilitando o bombeamento de

elétrons, permitindo formação de imagens mais nítidas do tricomas e com uma boa

resolução. As amostras foram levadas para obtenção de imagens em microscopia

eletrônica de varredura (MEV) (Vega3 Tescan XM) HV a 30kv, de 2 mm2.

Foram observados o comprimento, a presença ou não de glândula na

extremidade apical e o formato de cada glândula.

4.8. Fluorescência

As leituras de fluorescência da clorofila a nas plantas mantidas em casa de

vegetação foram realizadas utilizando um fluorômetro portátil (Portable Chlorophyll

Fluorometer- PAM-2500, Walz, 2008). As avaliações foram iniciadas (16 de maio a 05

junho de 2016) totalizando três leituras em dias de pleno sol, no período das 08h ás 11h

da manhã, com adaptação ao escuro de 20 minutos, em folhas completamente

expandidas, localizadas no terço médio da planta. O experimento foi realizado em

delineamento inteiramente casualizado em fatorial 2 x 5 com 3 repetições.

A partir da resposta dos primeiros pulsos de luz da indução de curva, foram

obtidos os parâmetros: F0 (fluorescência inicial da folha); Fm (Fluorescência máxima da

folha); Y (II) (rendimento quântico fotoquímico do FSII); qP (coeficiente de dissipação

de fluorescência fotoquímica); ETR (taxa de transferência relativa de elétrons). E foram

calculado o seguinte parâmetro: Fv/Fo (atividade potencial do FSII).

22

4.9. Análises Estatísticas

O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a normalidade dos dados para

comprovar a distribuição de probabilidade associada ao conjunto de dados obtidos. Foi

verificada também a homogeneidade de variâncias pelo teste Bartlett. Os dados foram

submetidos ao programa estatístico Sisvar e realizou-se análise de variância, e as médias

foram agrupadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, (FERREIRA, 2008). Para

os dados de antixenose com chance de escolha foi analisado a tendência utilizando as

percentagens de escolha, calculadas pelos gráficos gerados pelo software Microsoft

Excel (2016). As equações foram derivadas para se determinar o ponto de máxima dose

aplicada, com melhor eficiência de indução de resistência. Os dados de densidade de

tricomas e teste de antixenose sem chance de escolha e com chance de escolha foram

transformados pela equação √(X+0,5). Os dados da fluorescência foram submetidos ao

programa estatístico Sisvar e as médias foram agrupadas pelo teste de Tukey, a 5 %.

Correlações de Pearson foram estimadas comparando as doses de AS com as fontes de

variação. A significância dos valores estimados de correlação e do R2

foram obtidas por

meio do teste de t a 5%.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Bioensaio com chance de escolha – Ácaro rajado

No bioensaio com chance de escolha houve diferença significativa na frequência

de escolha do ácaro rajado em relação às diferentes doses do AS aplicadas. Não houve

diferença significativa entre as cultivares e doses de AS aplicadas nas plantas de

morangueiro (Figura 1).

A) Cultivar Aromas sem tratamentos com AS (T0) e demais tratamentos referentes as

doses do eleicitor aplicadas (T25, T50, T75, T100), B) Cultivar Aromas sem

Figura 1. Frequência de escolhas realizadas pelo ácaro rajado, em relação às cultivares de

morangueiro.

23

tratamentos com AS (T0) e demais tratamentos referentes as doses do elicitor aplicadas

(T25, T50, T75, T100). Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

Para ambas cultivares testadas, observou-se que houve preferência dos ácaros

em se deslocar na direção da testemunha (sem aplicação de AS), quando comparada aos

demais tratamentos, ou seja, para este bioensaio o elicitor foi eficaz na repelência ao

ácaro rajado.

Entre as doses avaliadas, observou-se que a aplicação nas concentrações de 25,

50 e 75 mg L-1

foram as mais efetivas no sentido de repelir o deslocamento do ácaro

rajado. Esse efeito pode ser explicado em decorrência do mecanismo de resistência que

manifesta-se para sobrevivência da planta ao ataque, devidamente identificada ou

reconhecida. Por essa razão, tal mecanismo de defesa recebe a denominação de

Resistência Sistêmica Adquirida (SAR). A SAR é resultante da identificação do

invasor, acompanhado da indução da síntese de substâncias específicas, como quitinases

e outras enzimas hidrolíticas, devido à ação do elicitor, que funciona como um sinal

endógeno para o desencadeamento da ação de defesa. As estratégias básicas envolvidas

são barreira bioquímica e equilíbrio nutricional (FANCELLI, 2008).

Em estudos realizados por Habibi (2012) recomenda-se a quantidade de 500 μM

de ácido salicílico para aumentar o conteúdo relativo de água, a taxa fotossintética,

transpiração e condutância estomática em plantas de cevada (Hordeum vulgare L.). Isto

significa dizer que o uso de AS em concentrações adequadas aumenta a capacidade

fotossintética da cultura e que a resposta da planta a este hormônio depende das

condições ambientais, cultivar, época de aplicação dose e forma de uso

(NIVEDITHADEVI et al., 2012).

Observou-se que a dose mais elevada de AS (100 mg L-1

) não demostrou efeito

satisfatório na repelência ao Tetranychus urticae, quando comparada as doses de 25, 50

e 75 mg L-1

(Figura 1), comportando-se de forma similar a testemunha.

Uma das funções do AS na defesa é a produção de espécies reativas de oxigênio

(EROs), tais como o radical superóxido (O2•-), radical hidroxila (OH-), peróxido de

hidrogênio (H2O2) e oxigênio singleto (1O2), (JALEEL et al., 2009). Estes atuam nas

células ou tecido danificados, promovendo a sua morte e, consequentemente,

eliminando o agente danificador. As EROs formam-se naturalmente no interior das

células e a sua produção está relacionada com organelas que possuem alta atividade

oxidativa ou com uma intensa taxa de fluxo de elétrons. Mitocôndrias, cloroplastos e

24

microcorpos (peroxissomos) são considerados as principais fontes de espécies reativas,

como produtos secundários oriundos da fotossíntese e da respiração (MATAMOROS et

al., 2006; DEL RIO et al., 2006).

No entanto, o excesso de AS pode promover elevada produção de EROs,

originando o fenômeno conhecido como “explosão oxidativa” (MATAMOROS et al.,

2006; DEL RIO et al., 2006), resultando em efeito antagônico na proteção da planta.

Este fato poderia explicar os efeitos negativos da elevada dose de AS no controle do

ácaro encontrado na presente pesquisa, pois ao invés de proteger as regiões atacadas, as

EROs aceleraram a degradação do tecido, deixando a planta ainda mais vulnerável. Se o

estresse for mais severo, aumenta consideravelmente a produção de radicais livres que

podem levar a uma cascata de eventos que inicia com a peroxidação de lipídeos,

avançando para a degradação de membranas e morte celular (GREGGAINS et al.,

2000).

Outro efeito de elevadas concentrações de AS na planta, é a termogênese,

fenômeno que promove a perda de energia por entalpia, mediante reações de

oxirredução nos fotossistemas ou no aparato respiratório, como exemplo o

desacoplamento de ATP, que libera o equivalente a 15 kcal por molécula para o meio.

Essa relação do AS como regulador endógeno só foi estabelecida em um estudo de

termogênese em plantas em 1987 (RASKIN, 1992). A energia recebida do sistema por

meio dos processos endergônicos é distribuída a três processos metabólicos da planta,

fluorescência e termogênese (catabolismo) e fotossíntese (anabolismo). Quando em

altas concentrações o AS prove aumento da termogênese e fluorescência, reduzindo a

disponibilidade para a fotossíntese, diminuindo assim a quantidade de trioses P para a

própria manutenção (respiração) e para ativação de rotas metabólicas secundárias, em

especial a defesa, por meio da redução da fitoalexinas (STANGARLIN et al., 1999;

2008).

5.2. Bioensaio sem chance de escolha – Ácaro rajado

No bioensaio sem chance de escolha foram analisadas a sobrevivência de adultos

e o número de ovos em diferentes doses do AS, para as cultivares de morangueiro

Aromas e Sweet Charlie. Nas cultivares avaliadas (Aromas e Sweet Charlie), houve

25

interação significativa entre cultivar e doses para oviposição e sobrevivência de ácaros

adultos nos folíolos pulverizados com o AS (Figura 2A e 2B).

Figura 2. Sobrevivência (A) e oviposição (B) do ácaro rajado na superfície de discos

foliares das cultivares de morangueiro Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes

doses de ácido salicílico em teste sem chance de escolha. Guarapuava-PR,

UNICENTRO, 2016.

Para sobrevivência de ácaros na superfície do folíolo foi observado ajuste

quadrático das equações para as doses aplicadas para ambas cultivares avaliadas (Figura

2A). Ou seja, ocorreu a redução da sobrevivência dos ácaros em doses intermediárias,

onde proporcionou a máxima redução da sobrevivência, nas doses de 55,50 mg L-1

e

45,66 mg L-1

de AS para as cultivares Aromas e Sweet Charlie, respectivamente.

Para o número de ovos depositados sobre folíolo, verificou-se efeito

significativo de dose, com ajuste quadrático da equação. Os pontos de mínima

oviposição foram estimados em 47,27 mg L-1

e 67,63 mg L-1

para as cultivares Aromas

e Sweet Charlie, respectivamente (Figura 2B).

Esse comportamento na biologia do ácaro-rajado pode ocorrer em decorrência

das respostas adivindas da interação entre as concentrações de AS, genótipo e a praga.

De acordo com Nivedithadevi et al. (2012), a resposta da planta ao regulador vegetal AS

depende das condições ambientais, genótipo, época de aplicação, dose e forma de

aplicação.

De acordo com Pulga (2016), a aplicação de AS em tomateiro para controle do

ácaro rajado, mosca branca e traça do tomateiro foi efetiva com máxima redução de

danos, quando aplicadas doses entre 51 mg L-1

e 76 mg L-1

. Esses resultados

corroboram com os obtidos na presente pesquisa.

y = 0,0006x2 - 0,0548x + 5,9863R² = 0,9725

y = 0,0002x2 - 0,0222x + 5,8829R² = 0,6082

4,00

4,50

5,00

5,50

6,00

6,50

7,00

0 25 50 75 100

acar

os

vivo

s e

m 2

3m

m2

Dose de AS (mgL-1)

SOBREVIVÊNCIA

Sweet Charlie Aromas

**y = 0,0043x2 - 0,5187x + 23,109

R² = 0,6133

y = 0,0045x2 - 0,4255x + 21,649R² = 0,5875

2

5

8

11

14

17

20

23

26

29

0 25 50 75 100

ovo

s e

m 2

3m

m2

Dose de AS (mgL-1)

N ÚM ERO DE OVOS

Sweet Charlie Aromas

*

*

*

A B

26

A eficiência do AS aplicado via foliar no controle da praga em plantas de

morangueiro, provavelmente, ocorreu devido aos seus efeitos de não preferência ou

antibiose, pois o comportamento do ácaro rajado variou de acordo com a dose aplicada.

O AS, é um regulador vegetal que funciona como sinalizador, ativando as

respostas das plantas após o ataque de pragas. O acúmulo desse composto nos tecidos

das plantas induz a resistência sistêmica adquirida (SAR), uma forma de resistência

induzida (WALLING, 2000). Herbívoros que possuem uma interação próxima e de

longa duração com a planta, ativam respostas de defesa que dependem do ácido

salicílico.

O AS atua na resposta das plantas após ataque de pragas, alterando a atividade e

aumentando a expressão de genes de defesa do vegetal, potencializando sua resposta

(PONSTEIN et. al., 1994). Estudos realizados por SILVA et al. (2005), demonstram

que as pragas podem ter dificuldades de ovopositar sob células silicificadas, dessa

forma, diminuindo a herbivoria das fases imaturas desses artrópodos.

Estes resultados estão de acordo com os obtidos na presente pesquisa, tendo em

vista que o AS atuou como regulador vegetal, na indução de resistência, ativando

respostas das plantas após o ataque do ácaro rajado. Além disso, ocorreu a conversão do

AS em salicilato de metila, composto volátil, que induz resistência, nas partes não

atacadas da mesma planta, bem como em plantas adjacentes (RASKIN et al., 2000).

O salicilato de metila promove a comunicação entre uma planta estressada com

as plantas vizinhas, alertando-as da ameaça. Pesquisadores demostraram em laboratório

que uma planta pode aumentar suas defesas se estiver ligada, de alguma maneira, a

outra planta que esteja liberando essa substância. (FERNANDES et; al; 2009). Neste

trabalho, como citado na metodologia, foram adicionados em cada parcela um vaso com

elevada infestação de pulgões para induzir os mecanismos de defesa, onde observou-se

a promoção da resistência através do estresse das plantas, ocorrendo a liberação desse

composto que ativou o mecanismo de defesa dessas plantas.

Essa ativação do mecanismo de defesa da planta ocorre por meio de sucessivos

eventos e sinais que se iniciam no reconhecimento pela planta do agente agressor e

culmina com a ativação das barreiras físicas e químicas envolvidas na sua constituição

(FERNANDES et; al.; 2009).

O AS atua na alteração da atividade ou síntese de enzimas, o que aumenta a

expressão de genes de defesa, potencializando a resposta das plantas após a alimentação

27

de herbívoros sugadores (LITTLE et al., 2007; KANT et al. 2008), como moscas

brancas e afídeos, que possuem uma interação de longa duração com a célula vegetal.

5.3. Bioensaios com larvas de H. armigera

Na avaliação do ciclo de vida das lagartas Helicoverpa armigera, observou-se

diferença significativa relacionada ao número de dias para sobrevivência em relação ás

diferentes doses aplicadas de AS. Não houve diferença significativa entre as cultivares,

mas foi observada interação significativa entre as mesmas nas plantas de morangueiro,

com o decorrer dos dias, mostrando curvas de regressão com ajuste quadrático (Figura

3).

Para este teste, o elicitor foi eficaz para o controle do antrópodo-praga,

demonstrando ocorrer como mecanismo de resistência a antibiose. Esse regulador

vegetal possui uma ampla gama de mensageiros secundários que estão envolvidos em

resposta e sinalização em vários tipos de estresse (DAT et.al., 1998), isso explicar a

resistência da planta com referência ao ataque da praga.

O AS na planta é uma molécula sinalizadora, capaz de induzir a resistência

contra ataques de predadores. Esta indução ocorre em decorrência do AS acumular em

y = 0,0037x2 - 0,3632x + 20,006 R² = 0,6742

y = 0,003x2 - 0,343x + 20,563 R² = 0,9319

7

9

11

13

15

17

19

21

23

0 25 50 75 100

Cic

lo d

e v

ida

(Dia

s)

Doses ácido salicílico( mg L1)

Aromas

Sweet Charlie

Figura 3. Ciclo de vida da Helicoverpa armigera em cultivares de

morangueiro (Aromas e Sweet Charlie) conduzidas sob doses de AS (0, 25,

50, 75, 100 mg L-1). Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

28

plantas submetidas a condições adversas, quer seja por ataque patogênicos, ou pelos

tratamentos com elicitores químicos, e por sua propriedade de induzir a expressão de

genes ligados a várias proteínas de resistência, (Pathogen ReladtiProtein-PR)

(MARTINEZ et.al., 2000).

O AS está diretamente envolvido com a defesa do vegetal, mais especificamente

contra a ação de patógenos hemi-biotrófico, biótroficos, além de ser um hormônio

indutor da resistência sistêmica adquirida (SAR) (GRANT e LAMB, 2006). Desta

forma, o aumento da concentração de AS em plantas cultivadas ocorre em resposta a

estresse causado por patógenos, pragas e estresse abiótico (GLAZEBROOK, 2005;

LORENZO e SOLANO, 2005; BROEKAERT et al., 2006; LOAKE e GRANT, 2007;

BALBI e DEVOTO, 2008). Em plantas mutantes de Arabidopsis thaliana que sofreram

ataques de patógenos notou-se o aumento na concentração de AS, entretanto plantas

deficientes na produção de AS se tornaram mais susceptíveis ao ataque de patógenos

(PARK et al., 2007).

Para os resultados obtidos, verificou-se efeito significativo de doses. Os pontos

de mínima a sobrevivência foram estimados em 49,08 mg L-1

e 57,16mg L-1

para as

cultivares Aromas e Sweet Charlie, respectivamente. Tendo em vista que o ciclo de vida

na testemunha foi de aproximadamente 23 dias, enquanto que nas doses 25 mg L-1

foi

de 9 dias, na dose 50mg L-1

de 10 dias, 75 mg L-1

13 dias e por fim, de 21 dias na dose

de 100 mg L-1

. Matthews (1999) afirma que o período larval é constituído por 5 a 6

instares e pode durar de 2 a 3 semanas, dependendo das condições climáticas e etc. Esse

resultado demostra a relevância das aplicações do AS nas doses intermediárias que fez

com que ocorresse menor ciclo do artropodo-praga Helicoverpa armigera. As medidas

dos pesos e comprimentos das larvas foram feitas a cada 72 horas totalizando cinco

avaliações para determinar os parâmetros. Nas cinco avaliações observou-se que nessas

variáveis, houve diferença entre as doses aplicadas e que a testemunha e as doses

maiores (75 e 100 mg L-1

) apresentaram maior peso das larvas comparadas com as

demais, praticamente em todas as avaliações realizadas (Figura 4).

29

A) Avaliação1- Peso das larvas nas cultivares Aromas e Sweet Charlie, B)

Avaliação2- Peso das larvas nas cultivares Aromas e Sweet Charlie, C) Avaliação3-

Peso das larvas nas cultivares Aromas Sweet Charlie, D) Avaliação4- Peso das larvas

nas cultivares Aromas e Sweet Charlie, E) Avaliação cinco- Peso das larvas nas

Figura 4. Cinco avaliações dos pesos e tamanhos das Helicoverpa armigera nas doses (0,

25, 50, 75, 100 mgL-1) de AS nas plantas de morangueiro das cultivares (Aromas e Sweet

Charlie).

30

cultivares Aromas e Sweet Charlie, F) Avaliação1- Tamanho das larvas nas cultivares

Aromas e Sweet Charlie, G) Avaliação2- Tamanho das larvas nas cultivares Aromas e

Sweet Charlie, H) Avaliação3- Tamanho das larvas nas cultivares Aromas e Sweet

Charlie, I) Avaliação4- Tamanho das larvas nas cultivares Aromas e Sweet Charlie, J)

Avaliação cinco- Tamanho das larvas nas cultivares Aromas e Sweet Charlie.

Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

Foi positiva a eficiência do AS aplicado via foliar no controle de H. armigera,

os pontos de mínima no peso das larvas foi de 31,82 mg L-1

e 43,21mg L-1

. Como

Pieterse e Van Loom (1999) descrevem, o AS está envolvido em múltiplas vias de

defesa da planta, ativando independentemente sua resposta. Na presente pesquisa, o AS

deve ter atuado como regulador vegetal, na indução de resistência, ativando respostas

das plantas após o ataque da H. armigera e interferindo no peso da praga, portanto,

caracterizando o efeito de antibiose. Pickett e Poppy (2001) e Park et al. (2007) também

citam que o AS age como um composto sinalizador e amplificador de respostas

induzidas a agentes patogênicos e herbívoros. No caso do ensaio da avaliação dessa

praga os compostos produzidos pela aplicação do AS, podem ter interferido na

alimentação e com isso proporcionando as diferenças no peso do artrópodo-praga. De

acordo com Ruan e Wu (2001) e Barton e Raubenheimer (2003), a Helicoverpa

armigera precisa de condições nutricionais adequadas para seu crescimento e

proliferação, precisando de quantidade e da qualidade do alimento consumido, bem

como a eficiência de como este é utilizado.

Na quinta e última avaliação observou-se o efeito de antibiose e antixenose do

ácido salicílico em reduzir o peso e comprimento da H. armigera. Foi possível constatar

que a menor média de peso no ponto de mínima, como já mencionado foi de 31,82 mg

L-1

e 43,21 mg L-1

e no tamanho os pontos de mínima foi de 26,45 mg L-1

e 45,78 mg L-

1, respectivamente para Aromas e Sweet Charlie, enquanto a maior média foi constatada

na testemunha e nos pontos de máxima 75 e 100 mg L-1

.

Como observado, a aplicação do AS interferiu na biologia da larva e promoveu a

resistência induzida no morangueiro em quase todas as avaliações. Fu e Dong (2013),

observaram que a resistência induzida nas plantas permanece ativada por um longo

período de tempo podendo perdurar por semanas a meses. Isso evidencia a efetividade

da aplicação de ácido salicílico, como pode ser observado no presente estudo, conforme

o decorrer desse ensaio.

31

Além disso, esse regulador vegetal pode gerar, em diversas plantas, a produção

de um composto volátil, o metil-salicilato (MeSA) que, por sua vez, pode induzir

plantas próximas a sintetizar o AS, podendo torna-lás sadias, resistentes, induzindo a

produção de proteínas-PR e a ativação de genes de resistência (SHULAEV et al., 1997).

Desta forma, nesse ensaio pode ter ocorrido a conversão para o salicilato de metila que

normalmente repele os herbívoros, interferindo na evolução do artropodo-praga.

Segundo Ulland et al. (2008), o salicilato de metila inibe a oviposição da traça do

repolho (Plutella xylostella). Na literatura consta que mais de 40 variedades de insetos,

apresentam receptores olfativos para salicilato de metila (CHAMBERLAIN et al., 2000;

PICKETT et al., 2003). Se esse composto volátil foi produzido pelos morangueiros e

com os tratamentos dispostos e juntos, na mesma casa de vegetação pode ter

influenciado no comportamento biológico e de resistência da H.armigera.

5.4. Identificação e quantificação de tricomas foliares

Em relação aos tricomas foliares, os resultados indicam a existência de dois tipos

em ambas as cultivares de morangueiro analisadas. O primeiro tipo de tricoma

identificado foi o tipo I, com tamanho maior e unicelular, não glandular (Figura 5B). O

outro tipo de tricoma refere-se ao glandular, sendo pequeno, segmentado, com tamanho

variado e sempre com a glândula localizada no final da estrutura (Figura 5A).

Figueiredo et. al (2010), ao analisar dez cultivares de morangueiro, identificaram os

dois tipos de tricomas presentes na superfície foliar de todas as cultivares, conforme

obtido na presente pesquisa..

32

Quanto à densidade de tricomas foliares, verificou-se que para os glandulares,

não houve diferença estatística entre as cultivares (Tabela 2). No entanto, para os não

glandulares ou tectores, observou-se maior densidade na cultivar Aromas. As diferenças

observadas entre as cultivares, pode ocorrer em decorrência das características genéticas

inerentes a cada cultivar, ou mesmo em resposta a interação com as doses aplicadas do

AS ou ainda por ação de fatores abióticos.

Tabela 2. Densidade de tricomas glandulares e não glandulares nas cultivares de

morangueiro, Aromas e Sweet Charlie, UNICENTRO, Guarapuava, PR, 2016.

Medias seguidas da mesma letra na coluna não diferem estatisticamente pelo teste de

tukey a 95 (p<0,05) de probabilidade.

Figura 5. Representação dos tipos de tricomas A) Glandulares e B) Não Glandulares,

em cultivares de morangueiro, Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

33

Os resultados obtidos na tabela 2 estão de acordo com os valores de densidade

de tricomas obtidos por Figueiredo et al. (2010), para a cultivar Sweet Charlie,

demonstrando ser a cultivar avaliada que apresentou menor densidade.

Não foi observada interação significativa entre cultivares de morangueiro e

doses de AS para densidade de tricomas glandulares na superfície abaxial (AB) dos

folíolos analisados (Figuras 6A e 6B). No entanto, as doses isoladas como as 25, 50, 75

e 100mg L-1

promoveram modificações nas densidades de tricomas glandulares, tanto

na superfície adaxial, quanto abaxial dos folíolos, independente da cultivar (Figura 6A e

6B). Na superfície abaxial dos folíolos das cultivares Aromas e Sweet Charlie foi

observado ajuste quadrático para as equações, com os pontos de máxima dose estimados

em 72,04 mg L-1

e 67,52 mg L-1

de AS, respectivamente, para maiores densidades de

tricomas glandulares. Na superfície adaxial (AD) para a cultivar Aromas, houve ajuste

linear da equação, ou seja, quanto maior a dose de AS aplicada, maior a densidade de

tricomas glandulares presentes nos folíolos. Para a cultivar Sweet Charlie, na superfície

adaxial o ajuste foi quadrático para a equação, com o ponto de máxima dose de AS

estimado em 47,58 mg L-1

(Figuras 6A e 6B).

Para os tricomas não glandulares houve interação significativa entre dose e

cultivar para ambas as superfícies dos folíolos das cultivares analisadas. Para a

característica em questão, na superfície adaxial observou-se um efeito contrário do AS.

Para a cultivar Sweet Charlie o aumento linear da dose de AS promoveu incremento nos

Figura 6. Densidade de tricomas glandulares (mm2) nas superfícies abaxial e adaxial de

folíolos das cultivares Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes doses de ácido

salicílico. A) Tricomas glandulares na parte abaxial B) Tricomas glandulares na parte

adaxial dos folíolos. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

34

tricomas tectores (Figuras 8F, 8G, 8H, 8I e 8J), enquanto, que para a cultivar Aromas o

aumento da dose contribuiu para redução linear na densidade dos tricomas tectores

(Figura 8A, 8B, 8C, 8D e 8E). Para a superfície abaxial, em ambas cultivares, ocorreu

ajuste quadrático da equação, demonstrando que o aumento da densidade de tricomas

não glandulares em morangueiro, ocorre mediante aplicação de doses intermediárias.

Os pontos de máxima dose do elicitor para maior densidade de tricomas foram

estimados em 55,76 mg L-1

e 73,63 mg L-1

para as cultivares Sweet Charlie e Aromas,

respectivamente.

Figura 8. Densidade de tricomas tectores, na cultivar Aromas. A - Testemunha; B -

25mgL-1

; C – 50mgL-1

; D - 75mgL-1

; E - 100mgL-1

; de ácido salicílico e na cultivar Sweet

Charlie F - Testemunha; G - 25mgL-1

; H – 50mgL-1

; I - 75mgL-1

; J - 100mgL-1

; de ácido

salicílico. Guarapuava-PR, UNICENTRO 2016.

Figura 7. Densidade de tricomas não glandulares (mm2) nas superfícies abaxial e

adaxial de folíolos das cultivares Aromas e Sweet Charlie em função de diferentes doses

de ácido salicílico. A) Tricomas não glandulares na parte abaxial. B) Tricomas não

glandulares na parte adaxial. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

35

Esses resultados evidenciam haver respostas diferentes das cultivares para

desenvolvimento de estruturas morfológicas de caráter físico e químico para defesa. A

maior densidade de tricomas tectores na cultivar Aromas está provavelmente,

relacionada a fatores genéticos inerentes a mesma. É salutar mencionar que houve

efeito do elicitor AS promovendo o aumento de tricomas glandulares e não glandulares,

independente da superfície e da cultivar analisada, exceto para a cultivar Sweet Charlie,

na superfície adaxial, onde o AS promoveu a redução dos tricomas tectores.

A maior relevância está no efeito do AS em proporcionar alterações

morfológicas e químicas na estrutura foliar, aumentando a densidade de tricomas

glandulares e não glandulares, responsáveis pela defesa da planta ao ataque de

artrópodos-praga.

Correlações foram estimadas para densidade de tricomas glandulares, não

glandulares e totais, de ambas as superfícies do folíolo, com o número de ovos

depositados nas duas superfícies dos folíolos de morangueiro e na sobrevivência de

ácaros adultos, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. Valores altos, negativos e

significativos foram obtidos ao correlacionar número de ovos depositados em todo o

folíolo com a densidade de tricomas glandulares (-0.88 e -0.70), tectores (-0.94 e -0.87)

e tricomas totais (-0.97 e -0.92), para as cultivares Sweet Charlie e Aromas,

respectivamente.

Para a sobrevivência dos ácaros na superfície dos discos foliares, foram

estimadas correlações com valores mais baixos, porém significativas e negativas. Para

tricomas glandulares foram observados valores de -0.66 e -0.70, não glandulares de -

0.72 e -0.82 e tricomas totais de -0.74 e -0.86, respectivamente para as cultivares Sweet

Charlie e Aromas. Esses valores de correlação estimados indicam que a oviposição e

sobrevivência dos ácaros foram afetadas pela presença dos tricomas, glandulares e não

glandulares na superfície dos folíolos das cultivares de morangueiro.

Na interação inseto-planta, o crescimento das populações de pragas é inibido por

características bioquímicas e morfológicas da planta hospedeira, afetando o desempenho

ou metabolismo do artrópodo-praga, reduzindo o nível de dano causado (LARA, 1991).

No presente trabalho observou-se que com a aplicação do elecitor AS houve aumento

no número de tricomas em relação às doses. Acredita-se que o efeito hormonal do AS

ativa genes responsáveis por rotas metabólicas alternativas que induzem a síntese de

substâncias que atuam como defesa química sendo repelente ao inseto e outros

36

organismos, formando assim uma combinação de defesa da planta, tanto estrutural

quanto química.

Sengundo War et al. (2012), os metabólitos secundários são os compostos que

não afetam o crescimento normal e o desenvolvimento da planta, mas reduzem a

palatabilidade dos tecidos (metabólitos secundários) e podem ser armazenados como

formas inativas ou induzida, em constitutiva resposta ao ataque de invasores. São

conhecidos como fitoalexinas. As fitoalexinas incluem isoflavonas, terpenóides,

alcalóides, etc, que influenciam o desempenho e sobrevivência dos herbívoros.

Os metabólitos secundários não apenas defendem as plantas de diferentes

tensões, mas também aumentam a aptidão das plantas. Assim constatou-se que o AS

provavelmente formam metabólitos secundários como as fitoalexinas e, com isso

repelem as pragas. Formam barreiras específicas que defendem as plantas do ataque, a

exemplo a lignificação da parede celular, aumento da espessura da epiderme,

desenvolvimento de estruturas físicas como os tricomas tectores e glandulares.

Alguns trabalhos têm demonstrado que a aplicação exógena de indutores

responsáveis por produção de proteinases (PIs) e enzimas de síntese de fitoalexinas,

aumentam a defesa estrutural, por meio da presença de pelos, espinhos, tricomas e ceras

na superfície de caules e frutos, bem como a biossíntese de flavanóides, terpenos e

compostos fenólicos (ROHWER e ERWIN, 2008; DI PIERO et al., 2005; JUNIOR,

2009; COUTO, 2006), que podem ser exsudatos pelos tricomas glandulares.

Os mecanismos estruturais atuam como barreiras físicas, promovendo o atraso

na penetração e/ou colonização pelo agressor; cutícula, estômatos, tricomas e vasos

condutores são exemplos de defesa estrutural pré-formadas e, papilas, halos, tiloses e

lignificação são pós-formados. Os mecanismos bioquímicos, por sua vez, atuam

mediante produção de substâncias tóxicas (fitoantecipinas, catecol, saponinas, espécies

reativas de oxigênio e fitoalexinas), inibindo a ação do colonizador ou criando

condições adversas ao estabelecimento do mesmo na planta (SCHWAN-ESTRADA et

al., 2008; PASCHOLATI e LEITE, 1995).

Nesse contexto, observa-se que a aplicação exógena do indutor de resistência,

propiciou o maior desenvolvimento de barreiras físicas (tricomas tectores) e físico

químicas (tricomas glandulares) na superfície dos folíolos das cultivares de

morangueiro, Aromas e Sweet Charlie.

37

5.5. Fluorescência

Quando se considerou o cultivo das plantas com aplicação do AS os valores para as

duas cultivares de morangueiro em relação à fluorescência inicial (Fo) não diferiram

estatisticamente, apesar de apresentarem pequenas diferenças. Na Figura 9 consta a

fluorescência inicial (Fo) em plantas de morangueiro durante os três tempos de

avaliações realizadas.

A fluorescência mínima (Fo) é obtida quando todos os centros de reação do

fotossistema II (PSII) estão abertos, com capacidade total de receber elétrons. Isto é,

pode ser um indicativo da plena atividade dos centros de reação e pigmentos

fotossintéticos. Sem, no entanto, estar envolvida no processo fotoquímico, pois,

corresponde a uma parte perdida da energia absorvida pelos complexos antena, antes

que seja transferida aos centros de reação (ASTROM et al., 2015).

Neste caso, a menor Fo foi obtida, nas doses 25, 50 e 75 mg L-1

,

independentemente do tempo de avaliação, onde pode indicar maior eficiência no

transporte da energia de excitação capturada pelos pigmentos do complexo antenas. O

Fo expressa inversamente o potencial máximo do uso da energia de excitação no

processo fotoquímico (LAZÁR, 1999) e aumentos nessa variável podem ocorrer quando

há algum dano no centro de reação do FSII, ou por uma redução na transferência de

energia de excitação do sistema coletor de luz para o centro de reação (OUZOUNIDOU,

1993). Cabe salientar que essas plantas foram mantidas em casa de vegetação sob

infestação do pulgão Myzus persicae, sem qualquer outra forma de controle químico,

tanto para pragas quanto para doenças.

Figura 9. Análise de parâmetros de fluorescência Fo (fluorescência inicial) em relação

às doses aplicadas de AS em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A)

Cultivar Aromas B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

38

Deste modo, pode afirmar que houve, nas doses de 25, 50 e 75 mg L-1

, maior

aproveitamento da energia radiante, quando comparadas a testemunha e a dose 100 mg

L-1

onde obteve-se maiores valores. Isso indica a ocorrência de estresse na planta,

refletindo diretamente na fotossíntese. A aplicação de AS em doses adequadas aumenta

a capacidade fotossintética e, consequentemente, produtividade da cultura e que a

resposta da planta a este hormônio depende da época de aplicação dose e forma de uso,

das condições ambientais e cultivar (NIVEDITHADEVI et al., 2012)

Com relação à fluorescência máxima (Fm), que é obtida quando os centros de

reação estão fechados (todas as quinonas reduzidas). Foi possível observar que valores

mais elevados foram obtidos nas folhas sob as doses 25, 50 e 75 mgL-1

, quando

comparada com a testemunha e a dose de 100 mg L1(Figura 10). A fluorescência

máxima é obtida quando os centros de reação estão oxidados, e deste modo, em folhas

adaptadas ao escuro, a dissipação que ocorre neste momento é basicamente não-

fotoquímica (dissipação térmica e por fluorescência) (MAXWELL e JOHNSON, 2000).

Na Figura 10 observa-se que na primeira avaliação (Tempo 1) houve um aumento no

rendimento da fluorescência máxima, exceto para a testemunha e para as plantas

cultivadas com a dose de 100 mg L-1

, na segunda avaliação e na terceira obteve-se um

equilíbrio nas doses em sí, onde os tratamentos com 25, 50 e 75 mg L-1

resultaram

maior rendimento de fluorescência em relação a dose de 100 mg L-1

, refletindo,

portanto, maiores condições de estresse fotossintético.

Figura 10. Análise de parâmetros de fluorescência Fm (fluorescência máxima) em

relação as doses aplicadas em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A)

Cultivar Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

39

Quanto maior é a Fm maior a capacidade da planta em transferir a energia dos

elétrons ejetados das moléculas dos pigmentos para a formação do poder redutor

NADPH, ATP e Fd e, consequentemente, maior a capacidade de assimilação do CO2 na

fase bioquímica da fotossíntese (ROHÁČEK, 2002; BAKER, 2008). Estudos realizados

com a cultura do girassol (Helianthus annuus L) (EL-TAYEB et al., 2006) revelaram

que o uso do AS aumenta substancialmente os teores de clorofila a, b, e os teores de

carotenoides, além das proteínas solúveis nas raízes e folhas ao aplicarem a dose de 0,5

mM de AS. Por outro lado, a aplicação da dose de 100 mg L-1

de AS (DAWOOD et al.,

2012) promoveu drástica redução nos teores de carboidratos solúveis, sugerindo a

necessidade de estudos mais aprofundados no tocante a definição de doses, fontes,

formas de aplicação, sazonalidade e idade fisiológica da planta para se obter um

resultado mais consistente. O que corrobora com os resultados deste presente trabalho,

em relação à dose de 100 mg L-1

, que está demostrando baixa eficiência na fotossíntese,

em comparação como a testemunha.

Segundo Iqpal et al. (2006) e Shehata et al. (2001), o AS ocorre naturalmente na

plantas em quantidades muito baixas e participa na regulação de processos fisiológicos

dos vegetais, tais como abertura e fechamento estomático, absorção de nutrientes,

síntese de clorofila, síntese proteica. Sendo assim, a importância da aplicação exógena

desse regulador vegetal torna-se clara, contribuindo ainda mais para esses processos

fisiológicos que afetam positivamente o desenvolvimento da planta.

A Figura 11 representa os parâmetros de atividade potencial do PSII (Fv/Fo) que

tem sido recomendada para detectar mudanças induzidas pelos estresses

(LICHTENTHALER et al., 2005). O que pode-se observar na Figura 11 é que houve

uma maior atividade do PSII refletindo condições de estresses fotossintéticos e os

valores mais altos foram encontrados na maior dose (100 mg L-1

) podendo explicar que

o PSII teve que gerar mais energia, sendo assim, ocorrendo efeito de estresse mais

proeminente.

40

O AS é um regulador vegetal que participa de vários processos nas plantas

(PULGA, 2016). Neste sentido, Nivedithadevi et al. (2012), estudou os efeitos de

diferentes substâncias sobre os aspectos fisiológicos de plantas de Thuthuvalai

(Solanum trilobatum L.) (500 µg L-1

de AS, 10 mg L-1

de Paclobutrazol e 10 µg L-1 de

ácido abcísico), e constatou que o AS aumenta os teores de clorofila a, b, total e

carotenoides em plantas de Thuthuvalai, aumentando e fortalecendo a proteção das

plantas contra alguns estresses, como os provocados pelo excesso de radiação solar e

temperatura.

A análise da fluorescência da clorofila a é capaz de detectar com segurança e

confiabilidade efeitos de estresse e injúrias no processo fotossintético. As mudanças na

cinética de emissão de fluorescência a partir de organismos autotróficos são resultados

de frequentes modificações na atividade fotossintética, principalmente com relação à

eficiência quântica do transporte de elétrons através do FSII em folhas (BAKER e

ROSENQVIST, 2004; YUSUF et al., 2010).

Analisando o rendimento quântico fotoquímico efetivo do PSII Y(II) nas

cultivares (Aromas e Sweet Charlie) observa-se diferenças em relação à dose e cultivar.

(Figura 12).

Figura 11. Análise de parâmetros de fluorescência Fv/Fo (atividade potencial do PSII)

em relação as doses aplicadas em três avaliações, nas cultivares Aromas e Sweet

Charlie. A) Cultivar Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR,

UNICENTRO, 2016.

41

O maior rendimento quântico fotoquímico FSII (YII) foi obtido nas doses

intermediárias para as ambas as cultivares. Fica evidente que altas doses de AS podem

causar estresse na planta, pois o rendimento quântico fotoquímico do PSII (Y(II) ou

PSII) mede a proporção de luz absorvida pelas moléculas de clorofila associadas ao

PSII que é usada fotoquimicamente, além de estimar a taxa de transporte linear de

elétrons, e, em condições de laboratório, estar fortemente relacionado à fixação de

carbono (MAXWELL e JOHNSON, 2000).

O AS exerce função central nos processos fisiológicos dos vegetais e nas

respostas de defesa contra fatores de estresse bióticos e abióticos (SHI e ZHU, 2008).

Essa resposta está diretamente relacionada a mecanismos que regulam a expressão de

genes, que controlam a síntese de proteínas e enzimas que são protagonistas na

produção de metabólitos secundários, responsáveis pelas defesas das plantas (DHONDT

et al., 2002).

Na presente pesquisa o AS potencializou as respostas de defesa do morangueiro,

para os ensaios testados com artrópodos-pragas e influenciou na fotossíntese em relação

às doses aplicadas, aumentando a interação entre as doses e os materiais testados. Além

disso, supõem-se que houve a conversão do ácido salicílico em salicilato de metila,

composto volátil, que induz resistência (RASKIN et al., 2000), o que pode ter alterado

os parâmetros avaliados de fluorescência para as doses.

Com relação ao coeficiente de dissipação de fluorescência fotoquímica (qP), este

é utilizado para estimar a fração de centros de reações (CR) do FSII abertos, cuja

estimativa não requer adaptação da folha ao escuro (KRAMER et al., 2004). Houve

Figura 12. Análise de parâmetros de fluorescência Y(II) (rendimento quântico

fotoquímico efetivo do PSII, conversão fotoquímica) em relação às doses aplicadas, nas

cultivares Aromas e Sweet Charlie. A) Cultivar Aromas B) Cultivar Sweet Charlie. .

Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

42

diferença significativa para este parâmetro durante na avaliação. Com relação às doses

de AS testadas a dose 100 mg L-1

e a testemunha foram as que obtiveram os menores

coeficiente de dissipação de fluorescência, ou seja, as mais baixas frações de CR do

FSII aberto (Figura 13).

Já a estimativa da taxa relativa de transferência de elétrons (ETR) reflete a

densidade de fluxo de fótons absorvidas pelo FSII (PFÜNDEL et al., 2007). Na Figura

14 observa-se que o menor valor ETR deu-se, para a testemunha em ambas as

cultivares. Porém na cultivar Aromas o maior valor ETR deu-se na dose 100 mg L-1

não

apresentando, portanto, efetividade, pois em todos os outros parâmetros essa dose foi

negativa para as plantas em relação a resistência.

Figura 13. Análise dos dados não-paramétricos de fluorescência qP (coeficiente de

dissipação fotoquímica) em relação as doses aplicadas de AS, nas cultivares Aromas e

Sweet Charlie. A) Cultivar Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR,

UNICENTRO, 2016.

Figura 14. Análise dos dados não-paramétricos de fluorescência ETR Análise dos dados

não-paramétricos de fluorescência ETR (taxa de transferência relativa de elétrons) em

relação as doses aplicadas de AS, nas cultivares Aromas e Sweet Charlie. A) Cultivar

Aromas, B) Cultivar Sweet Charlie. Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2016.

43

As doses de AS 25 e 50 mg L-1

proporcionaram valores médios na avaliação

para a taxa de transferência relativa de elétrons (ETR) causando possível indução de

resistência e maior eficiência na fotossíntese.

A aplicação exógena de ácidos orgânicos, como o salicílico, cítrico e ascórbico,

é utilizada como forma de combate ao estresse, sendo que destes o primeiro pode agir

como indutor de proteínas de tolerância ao estresse (McCUE et al., 2000 e BOWLER e

FLUHR, 2000), e neste contexto o trabalho nos mostra maior eficiência para a

fotossíntese em relação as doses aplicadas, pois o AS ativa os metabolitos secundários e

com isso traz defesa nas plantas e diminui o estresse causado.

Segundo Pulga (2016), a aplicação de AS em tomateiro em relação a ETR, na

dose 100 mg L-1

apresentou o maior valor, também não apresentando efetividade.

Ocorrendo que nas doses 25 e 50 mg L-1

proporcionaram valores médios para a taxa de

transferência de elétrons, estando de acordo com o presente trabalho.

44

6. CONCLUSÕES

O AS foi eficiente como indutor de resistência ao ácaro rajado e a Helicoverpa

armigera, reduzindo a sobrevivência de adultos e a oviposição nos folíolos das

cultivares de morangueiro, Aromas e Sweet Charlie, caracterizando assim os

mecanismos de resistência do tipo antibiose e antixenose.

O AS aplicado de forma exógena promoveu maior densidade de tricomas

glandulares e não glandulares nas folhas de morangueiro.

AS Doses de AS entre 41,75 e 56,75 mg L-1

foram as mais efetivas em induzir

resistência do morangueiro ao ácaro rajado.

O AS aplicado nas doses 25, 50, 75 mg L-1

resultam em eficiência e melhores

condições do aparato fotossintético, mais especificamente do fotossistema II.

45

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