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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Mecânica Relatório da disciplina ES952 - Trabalho de Graduação II Autor: Márcio Santos Maciel Orientador: Luiz Otávio Saraiva Ferreira Projeto de acionador termo-pneumático para micro- bomba peristáltica Campinas 2006

Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

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Universidade Estadual de CampinasFaculdade de Engenharia Mecânica

Relatório da disciplinaES952 - Trabalho de Graduação II

Autor: Márcio Santos MacielOrientador: Luiz Otávio Saraiva Ferreira

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica

Campinas2006

Page 2: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Universidade Estadual de CampinasFaculdade de Engenharia Mecânica

Márcio Santos Maciel

Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Controle e Automação, sob a orientação do Prof. Dr. Luiz Otávio Saraiva Ferreira.

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica

Campinas2006

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Márcio Santos Maciel

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica

Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Controle e Automação.06/12/2006

________________________________Prof. Dr. Luiz Otávio Saraiva Ferreira - UNICAMP

________________________________Prof. Dr. Eurípedes G. de O. Nóbrega - UNICAMP

________________________________Prof. Dr. Pablo Siqueira Meirelles - UNICAMP

Campinas2006

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Agradecimentos

Agradeço imensamente a meu orientador Prof. Luiz Otávio

Saraiva Ferreira pela paciência e atenção.

Agradeço o apoio teórico e prático de Júlio Cesar Fernandes e

Alexey Marques Spíndola.

Agradeço aos professores Eurípedes Nóbrega, Pablo Siqueira

Meirelles e Renato Pavanello por participarem da avaliação

deste trabalho.

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Resumo

Micro-bombas são elementos de grande importância para manipulação de pequenos

volumes de gás ou fluídos, e por isso, com muitas aplicações em micro-sistemas químicos e

biológicos (Lab-On-a-Chip). Neste projeto, foi projetada, construída e testada a viabilidade de

uma microbomba peristáltica termopneumática a partir da tecnologia de micro-válvulas de

elastômero, já desenvolvida em projeto de iniciação científica anteriormente. Também foi

necessário desenvolver a atuação termopneumática utilizando resistências elétricas e implementar

o sistema de controle em microcontroladores. Este trabalho abre caminho para o desenvolvimento

de sistemas miniaturizados para análises químicas e biológicas com microválvulas e

microbombas a bordo.

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Sumário

Universidade Estadual de Campinas................................................................................................1

Faculdade de Engenharia Mecânica.................................................................................................1

Relatório da disciplina......................................................................................................................1

ES952 - Trabalho de Graduação II...................................................................................................1

Autor: Márcio Santos Maciel...........................................................................................................1

Orientador: Luiz Otávio Saraiva Ferreira.........................................................................................1

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica..........................................1

Campinas..........................................................................................................................................1

2006..................................................................................................................................................1

Universidade Estadual de Campinas................................................................................................2

Faculdade de Engenharia Mecânica.................................................................................................2

Márcio Santos Maciel.......................................................................................................................2

Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual

de Campinas, para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Controle e Automação, sob

a orientação do Prof. Dr. Luiz Otávio Saraiva Ferreira....................................................................2

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica..........................................2

Campinas..........................................................................................................................................2

2006..................................................................................................................................................2

Márcio Santos Maciel.......................................................................................................................3

Projeto de acionador termo-pneumático para micro-bomba peristáltica..........................................3

Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual

de Campinas, para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Controle e Automação.......3

06/12/2006........................................................................................................................................3

________________________________..........................................................................................3

Prof. Dr. Luiz Otávio Saraiva Ferreira - UNICAMP......................................................................3

________________________________..........................................................................................3

Prof. Dr. Eurípedes G. de O. Nóbrega - UNICAMP.......................................................................3

________________________________..........................................................................................3

Prof. Dr. Pablo Siqueira Meirelles - UNICAMP..............................................................................3

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Campinas..........................................................................................................................................3

2006..................................................................................................................................................3

Agradecimentos................................................................................................................................4

Resumo.............................................................................................................................................5

1.Introdução......................................................................................................................................8

2.Revisão Bibliográfica..................................................................................................................10

3.Materiais e Métodos....................................................................................................................13

4.Resultados....................................................................................................................................33

5.Análise dos Resultados................................................................................................................36

6.Conclusão....................................................................................................................................39

7.Referências..................................................................................................................................41

8.Anexos.........................................................................................................................................43

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Fig.1) Esquema do canal

1.Introdução

Sistemas micro-fluídicos têm encontrado cada vez mais aplicações em biologia, química,

medicina até exploração espacial. A miniaturização de sistemas de análise química e biológica

pode reduzir quantidades de amostras e reagentes requeridos e muitas vezes permitem ensaios

mais rápidos e com menos intervenção manual. Também permite sistemas portáveis de análise,

assim como substratos descartáveis, que ajudam a evitar contaminações e erros de análise, por

exemplo. Apesar de, naturalmente, os fluídos terem de ser introduzidos nos sistemas

miniaturizados de análise, poucos apresentam geradores de corrente. A maioria precisa de uso de

pipetas ou fonte pneumática externa. O uso restrito de micro-bombas deve-se a necessidade de

combinação satisfatória de custo e desempenho. Justamente com

esse propósito, esse projeto visa o desenvolvimento de bomba

peristáltica a partir da tecnologia de construção de válvulas de

membrana, construída monoliticamente com material

elastomérico, técnicas essas já dominadas pelo laboratório.

A micro-válvula desenvolvida utiliza o conceito de Quake

[1]. Basicamente ela consiste em um canal de fluxo e um canal de controle, construído

transversalmente ao primeiro, separados por uma fina membrana (Fig.1). Quando é aplicada uma

pressão no canal de controle, a membrana é defletida e obstrui a passagem do fluído pelo canal de

fluxo. Acontece que, quando a deflexão ocorre, desloca-se uma certa quantidade de fluído para os

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dois sentidos do canal de fluxo. Essa característica possibilita uma espécie de movimento

peristáltico utilizando 3 ou mais válvulas dispostas em série e controladas de forma conveniente.

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2.Revisão Bibliográfica

Laser e Santiago [2] estudaram diversos artigos publicados nos últimos anos,

categorizaram as micro-bombas de acordo com a maneira e meio com que elas produzem fluxo e

pressão (Fig.2), e consideraram as várias categorias de micro-bombas individualmente.

Enfatizaram-se na análise o fluxo volumétrico máximo e a pressão diferencial medidos. Também

consideraram o tamanho de empacotamento total, a relação do tamanho total com o fluxo

produzido, e também alguns parâmetros de operação, como voltagem, freqüência de operação,

potência consumida, e a eficiência termodinâmica. O artigo também constata que bombas com

acionamento termopneumático produzem baixas taxas de fluxo e diferença de pressão, porém têm

baixos custos de produção.

Kwang e Chong [3] fizeram uma revisão de micro-válvulas, na mesma linha do anterior.

Constataram que a atuação termopneumática produz altas forças de acionamento e altas deflexões

de membrana, mas é relativamente lenta e pode ser não compatível com alguns fluídos por causa

da dissipação de calor.

Jacques Goulpeau [4] fez um estudo do de comportamento de micro-bombas peristálticas,

com o objetivo de encontrar parâmetros básicos que otimizem seu funcionamento. Sendo essas

características a pressão de atuação e a freqüência do ciclo. Fez um modelo à base de circuito

elétrico equivalente de uma única válvula para comparar qualitativamente e quantitativamente

com os experimentos. Nos experimentos utilizou uma fonte externa para fornecer a pressão de

atuação. Ele propõe que há uma pressão ótima de atuação (Pop) em que o fluxo é maximizado,

independentemente da freqüência. essa pressão varia com a geometria do canal. A partir do

modelo de circuito elétrico equivalente, sugere que a pressão ótima de atuação é próxima de

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Pop=1,2Pc, Pc sendo a pressão de fechamento total da válvula. Conclui que a resistência hidráulica

do sistema também influi na freqüência ótima de funcionamento.

Fig.2-Classificação de micro-bombas

Knight e House [5] apresentam um modelo, também baseado em circuito elétrico

equivalente, para a atuação termopneumática. Porém o modelo não é preditivo, mas é muito útil

para melhor ajuste dos parâmetros de projeto. Mostra que para diminuir o tempo de resposta da

atuação e, conseqüentemente, aumentar a velocidade de operação, é necessário uma melhor

dissipação de calor para o ambiente. Para isso, nesse trabalho, a camada suporte da resistência

teve sua espessura reduzida nas proximidades das próprias resistências. Também sugerem que o

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calor transferido entre válvulas vizinhas não é um limitante para a configuração das válvulas em

série.

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3.Materiais e Métodos

3.1.Materiais

-A resina escolhida para a construção da válvula é baseada nos monômeros uretana e acrilato, no

nosso caso a resina F5000 fabricada pela MacDermid, usada pela indústria gráfica para

flexografia. A partir de agora nos referiremos a ela por PUA (poli-uretana-acrilato). Os critérios

de sua escolha foram: fácil litografia por ultravioleta, boa razão de aspecto, poder de adesão,

resistência química, facilidade de manipulação, facilidade de remoção, baixo custo, baixa rigidez

(importante para o bom funcionamento da membrana);

-Transparências para impressão a Laser;

-Detergente de uso residencial para revelação das estruturas;

-Filme antiaderente;

-Agulhas e seringas de uso médico-hospitalar;

-Tubos TYGON®;

-Filamento de Tungstênio;

-Resistências SMD;

-Placa PCB;

-Microcontrolador PIC16F877

-Transístores TIP120, potenciômetro 200Ohm, diodo 1N914 e resistências para o circuito

eletrônico de acionamento dos atuadores;

3.2.Equipamentos

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-A litografia ultravioleta foi feita usando-se duas expositoras de fabricação caseira, construídas

no próprio laboratório. A primeira possui fonte de luz puntiforme por uma lâmpada de 400 W

nominais, que a uma distância de 60 cm fornece uma dose de exposição de 0,95 mW/cm². A

outra possui fonte de luz linear formada por duas lâmpadas fluorescentes de 15 W nominais, que

fornecem UVA e UVB e irradiam um comprimento de onda predominante em torno de 320nm.

Foram utilizadas duas lâminas de vidro fixadas com presilhas para exposição da resina.. A

remoção do polímero foi realizada por imersão do substrato exposto no banho revelador sob

agitação ou sob banho de ultra-som;

-Cuba de ultras-som marca Branson, modelo 1210;

-Micrômetro e wafer de silício, como padrão, para medições dimensionais;

-Uso do software AutoCAD® para criação de máscaras;

-Paquímetro.

3.3.Procedimentos

3.3.1.Modelagem Matemática do Sistema Termopneumático

Para fazer a modelagem matemática do sistema de acionamento termopneumático da

micro-bomba foi usado a técnica de circuito termo-elétrico equivalente. O objetivo é ter uma base

para analisar o desempenho qualitativamente e nortear um melhor dimensionamento do

dispositivo.

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O primeiro passo para a modelagem é fazer um modelo construtivo aproximado do

dispositivo e após identificar os componentes do modelo elétrico equivalente. A seguir, segue o

esboço inicial do atuador:

1) Resistência elétrica SMD, fonte de calor para o acionamento;

2) Conexões elétricas para alimentação da resistência;

3) Câmera de ar a ser aquecido;

4) Bloco do canal construído de elastômero;

5) Membrana, que será defletida pela pressão resultante do aquecimento da câmera de ar;

6) Placa de PCB, onde serão incluídos os componentes (resistências elétricas, etc), pode ou não

ser recoberta (em ambos os lados) por uma camada de cobre.

No modelo eletro-termo equivalente, a corrente elétrica é interpretada como fluxo de

calor, a diferença de potencial como diferença de temperatura, a resistência elétrica como

resistência térmica, e a capacitância elétrica como capacitância térmica. Assim foram presumidos

os seguintes componentes do circuito equivalente:

26

34

1 5

15

R1

CR

CAR

R3

R5

R2

R4C

BASE

CPAREDES

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Sendo:

Resistência térmica equivalente;

Capacitância térmica equivalente;

CR = Capacitância térmica da Resistência elétrica;

CAR = Capacitância do volume de ar, considerando que há apenas o efeito de condução térmica e

sendo um fluído incompressível;

CPAREDES = Capacitância do bloco elastomérico;

CBASE = Capacitância da base, que inclui a placa de PCB e as conexões da resistência, bem como

as possíveis camadas de cobre que possam recobrir a placa;

R1 = Resistência térmica condutiva da resistência-ar;

R2 = Resistência térmica condutiva ar-bloco;

R3 = Resistência térmica convectiva e por radiação do bloco-ambiente;

R4 = Resistência térmica condutiva resistência-base;

R5 = Resistência térmica convectiva e por radiação da base-ambiente.

A resistência térmica do dispositivo funciona como gerador de calor, logo nesse modelo

deve sar interpretada como uma fonte de corrente. A partir dessas configurações, chegou-se ao

seguinte circuito elétrico equivalente:

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No circuito, além dos componentes já citados anteriormente, nota-se a fonte de corrente à

esquerda; um medidor de corrente e dois de voltagem para análise no osciloscópio, à direita. VR

VAR indicam, respectivamente, a diferença de temperatura em relação ao ambiente da superfície

da resistência e do volume de ar.

Como já dito antes, foi feita uma análise qualitativa da influência desses parâmetros,

analisando como a alteração de cada componente pode afetar o resultado. Para uma boa atuação

da membrana, é desejada alta temperatura em VAR em regime permanente e constante de tempo

baixa para o transiente da temperatura do ar, com o objetivo de garantir alta pressão na câmera e

rapidez de atuação. Por isso, as simulações foram feitas aplicando onda quadrada na fonte de

corrente. Primeiro simulou-se o circuito com todos os componentes tendo valor igual a 1, exceto

CR que foi desconsiderado. Depois foram alterados valores (dividindo por 2) de acordo com que

possíveis mudanças do projeto possam influir nos mesmos.

Os resultados foram os seguintes:

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-Simulação 1:

Todos os componentes iguais a 1

ζ = 1.8sVARmax = 0.8V

-Simulação 2:

CAR e R1 = 0.5

ζ =1.07s

VARmax = 0.9V

-Simulação 3:

CPAREDES e R2 = 0.5

ζ =1.5s

VARmax = 0.67V

-Simulação 4:

R3 = 0.5

ζ =1.4s

VARmax = 0.67V

-Simulação 5:

CBASE e R5

ζ =1.4s

VARmax = 0.67V

Todas as simulações tiveram comportamentos semelhantes, abaixo segue o resultado da

primeira simulação, sendo o primeiro gráfico a corrente fornecida pela fonte, o segundo a

temperatura na superfície da resistência(VR) e o último a temperatura do ar (VAR):

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3.3.2.Fotolitografia

Fotolitografia é a técnica usada para transferir cópias de uma máscara para a superfície de

um sólido. É um processo essencialmente 2D, mas quando feita em sucessivas exposições pode

criar estruturas 3D multicamadas bastante complexas.

Neste processo a foto-máscara é o elemento usado para transferir um modelo para um

polímero sensível à luz, chamado fotoresina (photoresist). Usualmente a máscara é constituída

por partes transparente à luz e outras partes opacas. A tonalidade da máscara depende da resina

utilizada. Se a resina for positiva, as partes que foram irradiadas se tornam solúveis e depois são

removidas. O material que fica é a estrutura desejada. Caso seja negativa, ocorre o contrário: a

parte que recebe luz torna-se insolúvel e o restante é removido.

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Fig.3) Esquema de fechamento da microválvula para canal quadrado. As linhas pontilhadas indicam o

contorno da parte superior do canal a medida em que a pressão aumenta

[1].

Nesse trabalho foi usada a fotolitografia por luz ultravioleta e a fotoresina utilizada é do

tipo negativo, a PUA. Essa resina já foi usada com sucesso em projetos anteriores para fabricação

de camadas espessas (de 0.4 a 3mm) e também para baixas espessuras (até 10 mµ ).

3.3.3.Fabricação das membranas

Porém é conhecido que a presença de oxigênio inibe a sua cura. Quando se expõe uma

camada espessa em contato com o ar atmosférico, as partes inferiores curam normalmente, mas

uma fina camada superior não. Esse fenômeno impossibilita a construção de camadas de baixa

espessura (menores de 0.2mm) quando em contato com a atmosfera.

Para resolver esse problema, usa-se a técnica de revestir uma face das faces de duas

lâminas de vidro com filme antiaderente e colocam-se espaçadores com o tamanho desejado

sobre umas das faces. Após aplicar a resina, a outra lâmina é prensada sobre a primeira, de

maneira que a resina escorre entre elas sem possibilitar a acumulação de ar na resina. Depois as

duas lâminas são fixa por presilhas e exposta em luz UV.

3.3.4.Construção das Camadas

O processo de litografia, como normalmente é

utilizado, produz canais com perfis quadrados. É preferível

que a seção transversal seja semicircular para facilitar o

fechamento do canal e, conseqüentemente diminuir a pressão

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necessária para atuação da válvula (Fig. 3). Por conta disso foram pesquisados vários processos

para esse objetivo até encontrar-se uma solução viável.

Uma das possibilidades estudadas foi fazer moldes por métodos mecânicos convencionais.

Além das dificuldades de fabricação, a cada novo modelo do canal seria preciso construir um

novo molde, o que fugiria da proposta de prototipagem.

Desenvolveram-se duas técnicas. A primeira foi utilizar um material de sacrifício,

aplicando-o com um gabarito do modelo do canal. O gabarito é feito por litografia profunda, o

que é uma grande vantagem por poder usar a mesma tecnologia de fabricação dos canais e ter

flexibilidade quanto à forma e facilidade de obtenção. O filme assim depositado tem perfil

quadrado, mas depois de aquecido até o ponto de transição vítrea, a tensão superficial o faz

assumir forma arredondada. Após o resfriamento, o material de sacrifício mantém a nova forma,

e a fotoresina é depositada sobre ele e curada por exposição ao UV (Ultravioleta). Removido

material de sacrifício, resta o canal com o perfil arredondado. Um fator importante a ser analisado

é a razão de aspecto (altura/largura) do filete de material de sacrifício aplicado com gabarito, pois

se tiver razão-de-aspecto elevada tenderá a se espalhar excessivamente quando aquecido acima

da temperatura de transição vítrea, resultando em um perfil de canal inadequado, mais largo e

irregular que o desejado, como mostrado na parte direita da Fig. 4.

Fig. 4) Arredondamento de perfil por escoamento e influência da razão de aspecto

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Page 22: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

A segunda técnica consiste em utilizar uma fonte de luz ultravioleta "linear" (uma

lâmpada fluorescente, no caso) em vez da fonte puntual. O canal deveria ser exposto de maneira

cruzada em relação à fonte (o canais ficam limitados a apenas uma direção). Como os feixes de

luz passam por baixo das bordas dos padrões da máscara, formam-se cavidades de perfil

arredondado na amostra (Fig.5). A exposição deve ocorrer nas duas faces, pois caso contrário o

perfil do canal fica triangular. Além disso, é possível controlar-se a profundidade do canal

balanceando-se os tempos de exposição em cada face.

Fig. 5) Influência do tipo de fonte luminosa e o perfil de canal obtido. À direita, uma fonte puntiforme fornece um

perfil quadrado e, à esquerda, fonte linear resulta em perfil arredondado.

3.3.5.Selagem das Camadas

Para uma boa selagem das camadas do dispositivo, uma solução eficiente é a

polimerização sobreposta das camadas, dispensando-se a colagem e conferindo-se um caráter

mais uniforme ao dispositivo. Porém a adesão por colagem utilizando a própria resina também

fornece bons resultados.

Foi necessário pensar uma nova forma de exposição que permitisse lidar com as diferentes

espessuras de camadas, “empilhadas” ou não. A solução foi utilizar duas lâminas de vidro com

espaçadores entre elas da mesma espessura da camada desejada. Além disso, uma lâmina de

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Page 23: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

vidro deve ser coberta com filme antiaderente e a outra deve ser coberta com a máscara

litográfica. Presilhas são usadas para manter as lâminas unidas. Com esse procedimento é

possível fazer camadas com uma grande faixa de espessuras, incluindo as mais finas, em torno de

30 μm, que foram utilizadas para fazer a membrana de atuação.

Quando o modelo da máscara da camada a ser sobreposta abrange o da camada suporte,

não há problemas, pois a resina (não polimerizada) que está nas cavidades da camada suporte não

será curada e, portanto, não alterará a sua forma. Se a máscara não contém o desenho anterior é

preciso um material de sacrifício que preencha as cavidades da camada suporte e impeça seu

preenchimento com a fotoresina.

Optando por fazer as camadas separadamente, pode-se fazer uma espécie de colagem

utilizando a própria resina. Para isso é necessário aplicar uma fina camada da resina na face de

uma das camadas a ser aderida à outra, colocar as camadas em contato, e em seguida expô-las em

luz UV.

3.3.6.Interconexões

Para comunicação dos canais com o meio externo foram utilizadas agulhas de seringas de

injeção e tubos de TYGON®. Estes últimos se mostraram mais aplicáveis pois mostraram maior

adesão. As agulhas, por serem muito rígidas, acabam rompendo a resina. Para vedação usou-se

com sucesso a própria fotoresina.

3.3.7.Projeto, construção do protótipo exploratório

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Page 24: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

O projeto do atuador partiu de alguns preceitos construtivos. A primeira delas é que seria

usado um substrato feito de placa de circuito impresso, e depois seriam outras camadas por

litografia da resina poli-uretana-acrilato (PUA), que é do tipo negativa. À princípio, a fonte de

calor seria implementada utilizando resistência SMD.

O intuito de se utilizar o substrato de placa de circuito interno é, além da função de

sustentação, aproveitar a facilidade de se fazer as conexões elétricas e também eventualmente

promover o escoamento de calor, ambos utilizando o recobrimento de cobre da placa. As placas

foram feitas após corte, transferência do padrão de “trilhas” desejado, corrosão em solução

apropriada, e limpeza. O atuador foi projetado para ocupar uma área de 1cm x 1cm, mas as placas

foram cortadas de tamanho maior pra facilitar a manipulação. Em seguida foi soldada uma

resistência SMD no local onde deve ficar a câmara de atuação. As resistências utilizadas têm

dimensões 3,10 x 1,55 x 0,55 mm. Segue-se abaixo a figura das placas construídas já contendo as

resistências:

O próximo passo é fazer as camadas elastômero por litografia. Esse dispositivo de teste é

constituído de três níveis: a câmara de atuação, membrana, e sustentação da membrana. Foram

feitas duas espessuras para a câmara de atuação, uma de aproximadamente 1mm, para minimizar

o volume de ar, e outra de 2mm, para evitar contato da membrana com a resistência e com isso

saber se a pegajosidade da membrana tem efeito importante. Essa camada é litografada

diretamente sobre a placa de circuito impresso. A desenho da máscara deve garantir o espaço da

1

Fig.6). Placa de PCB, já feitas as ligações elétricas e soldadas as

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Page 25: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

câmara de ar e resistência elétrica, 4mm x 2mm, e a área para serem soldados os fios de

alimentação da resistência. A máscara feita por impressão de transparência é colocada sobre uma

lâmina de vidro e depois as mesmas são cobertas por um filme antiaderente. A seguir é colocado

um espaçador para garantir a espessura desejada da camada, espalha-se a resina sobre a placa de

PCB e sobrepõe-se a lâmina de vidro, depois o conjunto é exposto em luz UV para cura da resina.

Após isso a superfície é lavada em água e detergente para remoção da resina não polimerizada,

também é usado um banho de ultra-som. Retira-se a também a parte polimerizada que não

interessa à montagem (fora da área de 1cm2 do atuador). A seguir as fotos do conjunto pronto

para ser exposto e da camada após remoção da resina:

Fig.7)Conjunto antes da exposição em UV para formação da camada da

câmara de ar. (1) espaçador, (2) máscara.

1

2

25

Page 26: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

A membrana e a camada de sustentação foram feitas sobrepostas, porém separadas do

conjunto obtido até então. A membrana foi feita conforme processo já descrito, com uma

espessura de 30 mµ . A camada de sustentação tem espessura de 1mm e possui o mesmo padrão

da camada da câmara de ar. Também é feita com os mesmo procedimentos, porém agora sobre a

membrana. Abaixo a foto do conjunto obtido:

Para selagem das camadas, espalhou-se uma fina camada de resina sobre a camada da

câmara de ar, tomando-se cuidado para não atingir a resistência. Em seguida a camada da

membrana foi sobreposta e expôs-se o conjunto em UV. Por fim, soldaram-se os fios para

Fig.8) Camada da câmara de ar já revelada.

Fig.9)Membrana e sua camada de sustentação.

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Page 27: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

alimentação da membrana. Segue-se a figura dos primeiros conjuntos prontos para serem

testados:

Outros protótipos, usando filamento de tungstênio de lâmpada incandescente como fonte

de calor, também foram construídos. O processo de fabricação foi o mesmo, a exceção da placa

de PCB, que não era coberta pela camada de cobre. O segmento de resistência foi soldado em fio

de cobre e depois fixado à placa através de furos passantes. Sabe-se que o tungstênio se oxida

facilmente quando se eleva sua temperatura. Assim, a voltagem só foi aplicada quando a câmara

de ar já estava selada pela membrana. Como a volume de ar é pequeno, o filamento sofre pequena

oxidação até que todo o oxigênio da câmara é consumido. Abaixo, foto do dispositivo com

filamento de tungstênio:

Fig.10) Dispositivos já prontos.

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Page 28: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

3.3.8.Software de Controle

Será descrita a seguir a lógica do controlador do acionamento da bomba. Considerou-se

que o controlador receberia os comandos pela porta serial, utilizaria 3 saídas digitais para

acionamento de LEDs para sinalização de quais atuadores estão ativos, e também 3 saídas digitais

para o acionamento dos atuadores. Haverá um circuito eletrônico de potência para alimentar as

resistências.

Os comandos a serem enviados serão:

- ‘TXXXX’: aciona a máquina de estado que faz a seqüência de acionamento de

bombeamento, sendo ‘XXXX’ dígitos que determinem o tempo que o controlador passará em

cada estado;

- ‘D’: desativa todos os atuadores;

Fig.11) Dispositivo feito com filamento de tungstênio como fonte de calor.

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Page 29: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

- ‘AXXX’: estabelece quais acionadores devem ficar ativos até outro comando posterior, os

caracteres ‘XXX’ definem o estado de cada atuador na ordem estabelecida, se ‘0’ será

desativado, e ativado caso contrário.

A lógica de acionamento dos atuadores quando ocorre bombeamento é descrita no

quadro a seguir, sendo V a representação da quantidade de volume deslocada por cada

atuador quando ativado:

Do esquema acima, podemos notar que, a cada ciclo inteiro, é bombeado duas vezes o

volume deslocado pelos atuadores quando ativados ou desativados.

Á partir dessas considerações, chegou-se à seguinte máquina de estado para o

funcionamento do sistema:

½V-½V

1V

1V

1V

½V -½V

Estado A => Saída ‘000’

Estado B => Saída ‘100’

Estado C => Saída ‘110’

Estado D => Saída ‘011’

Estado E => Saída ‘001’

Estado A => Saída ‘000’

Sentido de fluxo

1V

Fluxode

Entrada

Fluxode

Saída

Total2V 2V

29

Page 30: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Para melhor compreensão do sistema, também foi identificado o seguinte diagrama de

partição:

Também o diagrama de interação entre blocos:

‘D’

‘AXXX’

X00

‘T****’‘AXXX’

A00

B10

C11

D01

E00

T

T

T

T

T

YXXX

‘D’

‘T****’

‘T****’

‘D’

‘AXXX’

Temporização Saídas Comunicação Serial

Eletrônica de Potência

LEDs

Controlador

Controle

30

Page 31: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Seguem no Anexo I os fluxogramas para o sistema. No Anexo II, o código C para

implementação no controlador PIC 16F877.

3.3.9.Eletrônica para Atuação das Resistências

Como o controlador consegue fornecer em suas saídas digitais a 5V uma corrente máxima

de 0,125 A, foi necessário para atuação um circuito de eletrônica de potência para alimentação

dos atuadores. Como o controlador tem voltagem de operação igual a 5V, adotou-se a mesma

tensão para o circuito de potência. A determinação da potência a ser entregue na resistência será

ajustada manualmente através de potenciômetros. O circuito construído para cada atuador foi o

seguinte:

Comunicação Serial

Controle

Temporização

Eletrônica de Potência

LEDs

Atualiza

Comandos

31

Page 32: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Sendo Vc a conexão que liga com a saída do controlador, quando seu estado é de sinal de

nível baixo, ela drena a corrente, impedindo de haver condução ba base do transistor do tipo

darlington TIP120, e conseqüentemente não há corrente no resistor do atuador R. Porém, quando

o sinal da conexão é de sinal alto (5V), o diodo 1N914 é polarizado inversamente e a corrente

passa pela base do par darlington, logo a corrente será amplificada e alimentará o resistor R do

atuador.

TIP120

1N914 R

1kΩ

1kΩ

220Ω

Vc

Vcc

GND

32

Page 33: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

4.Resultados

4.1.Construção dos Canais de Perfil arredondado

Foram feitos canais com ambas as técnicas e os resultados chegaram ao objetivo final,

como mostra a Fig.12, onde podemos visualizar melhor o resultado de cada técnica: exposição

com fonte puntiforme e camada de sacrifício e exposição em fonte linear.

Fig.12) À esq.: perfil de canal obtido com fonte puntiforme e material de sacrifício (2 mm de largura e 0,42mm de

altura) e, à dir, pela exposição com fonte linear (2 mm de largura e 0,75 mm de altura).

4.2.Teste do Protótipo Exploratório do Atuador Termopneumático

A utilização de resistências SMD como fonte de calor foi implementada pois apresentava

vantagens como tamanho apropriado e facilidade de montagem. Mesmo a potência nominal, de

0.125W, seria interessante, pois essa é a potência máxima que o microcontrolador utilizado

(PIC16F877) pode fornecer através de suas saídas digitais, o que facilitaria muito na construção

do circuito de controle da bomba, pois dispensaria multiplicadores de potência. Porém quando os

dispositivos foram testados aplicando-se a tensão de 5 V necessária para garantir a potência

nominal da resistência, não houve deflexão perceptível da membrana.

33

Page 34: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Foi por conta disso que foi construído o dispositivo com filamento de tungstênio.

Aplicando-se uma potência de 1,5W foi possível observar-se a deflexão da membrana.

Dobrando-se a tensão, e portanto quadruplicando-se a potência, a membrana não resistiu e

queimou-se. Foram previstos testes com vibrômetro a laser para medição da deflexão da

membrana no tempo, de modo a identificar a deflexão máxima e a constante de tempo da mesma,

porém não foi possível realizá-los devido a problemas técnicos com o vibrômetro.

4.3.Construção do Protótipo da Microbomba

A microbomba é um conjunto de três atuadores termopneumáticos, semelhantes ao

apresentado no item anterior, dispostos ao longo de um canal de trabalho. O protótipo construído

tem dimensões 21,7 x 10 x 5 mm3 (sem os tubos de conexão, pinos de conexão elétrica, e a placa

de PCB). A membrana tem aproximadamente 0,03 mm, e o canal de fluxo tem 1,9 mm de largura

e aproximadamente 0,2 mm de altura na seção transversal. As dimensões do volume de ar dos

atuadores são 4 x 1,9 x 1,83 mm3. A Fig.13 mostra fotos tiradas do dispositivo.

Fig.13: Protótipo construído, dimensões 21,7 x 10 x 5 mm3.

34

Page 35: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

4.4.Teste do Protótipo da Microbomba

Para o protótipo realizar o bombeamento, é necessário que os atuadores sejam capazes de

selar o canal de trabalho, isto é, fechar completamente cada microválvula. Com o objetivo de

checar essa condição, foi montada uma bancada de testes onde é provocado um fluxo de água no

canal de trabalho. A configuração utilizada (Fig.14) fornece uma contra-pressão no canal de

fluxo de 0.005 bar, que corresponde à altura do reservatório (H) estabelecida. Logo em seguida,

foram aplicadas tensões em cada uma das resistências com o intuito de verificar com que

potência cada um dos atuadores interromperia o fluxo no canal. Simultaneamente foi observado o

valor da corrente, pois como há grande variação de temperatura do filamento de tungstênio, sua

resistência também sofre grande variação. Foi verificado que a potência de atuação ficou próxima

de 1W para os três canais (0,90 W, 1,02 W e 1,13 W).

Neste caso também houve degradação das membranas devido ao calor gerado pelos

aquecedores, de forma que foi possível apenas demonstrar-se o funcionamento individual dos

atuadores termopneumáticos, não se chegando a testar o funcionamento do conjunto completo

que forma a microbomba.

35

Reservatórios

H

Bomba

Fig.14: Esquema do sistema utilizado no teste da válvula

Page 36: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

5.Análise dos Resultados

5.1.Canais arredondados

As duas técnicas utilizadas trouxeram resultados satisfatórios. Para a construção dos

protótipos porém, foi utilizado o método por exposição em fonte linear, por requerer menos

etapas como de limpeza, e portanto simplificando a construção dos canais em relação à técnica de

exposição em fonte puntiforme e camada de sacrifício.

5.2.Microfabricação de membranas

A técnica desenvolvida possibilita a obtenção de membranas de até 10 mµ de espessura,

porém foram utilizadas nos protótipos membranas de 30 mµ , pois valores inferiores dificultam

muito sua manipulação.

5.3.Modelo matemático por circuito equivalente

Interpretando as simulações, pode-se concluir que a simulação 2 foi a que apresentou

resultados melhores, pois foi a que causou maior queda na constante de tempo e a única que

causou aumento de VARmax. Dessa forma, é desejável no projeto que CAR e R1 sejam o menor

possível, ou seja, o volume de ar da câmera deve ser o menor possível, como já era esperado.

As simulações 3, 4 e 5 mostram que, facilitando-se a dispersão do calor para o ambiente,

pode-se diminuir a constante do tempo, porém também diminui VARmax. Portanto o ajuste de

parâmetros vai depender dos resultados experimentais. Por exemplo, se houver uma boa pressão

36

Page 37: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

de atuação, mas a constante de tempo estiver alta, muda–se as dimensões para facilitar o

escoamento de calor, e vice-versa. A alteração que é menos efetiva para esse fim é a mudança de

CPAREDES e R2, pois é desejável uma baixa espessura de membrana para facilitar a sua deflexão.

Por conta disso o calor tende a ser escoado predominantemente pela própria membrana ao invés

das paredes laterais. Uma possibilidade para facilitar o fluxo de calor para o ambiente é deixar

uma camada de cobre nas faces da placa de circuito impresso, ou aumentar sua área.

A partir dessas considerações foi possível direcionar melhor os parâmetros do projeto do

atuador e fazer ajustes para obter comportamento mais desejável.

5.4.Atuação com resistores SMD e Filamento de Tungstênio

Como o resistor SMD fica em contato com o substrato, estima-se que a perda de calor

pelo substrato foi muito elevada, e por isso seria necessária uma potência maior que a potência

nominal do dispositivo para funcionamento do atuador. A atuação por filamento de tungstênio

foi bem sucedida porque, além do fato da potência dissipada ser maior, filamento tem forma

espiral, assim tem menos contato com a superfície do substrato e libera melhor o calor para o

volume de ar, facilitando a atuação (Fig.15).

Membrana

Resistência

Substrato

Fig.15) Ilustração que mostra a diferença entre a resistência em contato com o substrato e a resistência suspensa dentro do volume do ar, que possibilita melhor aproveitamento da

energia dissipada para o volume de ar.

37

Page 38: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

5.5.Protótipo da microbomba

Cada um dos atuadores termopneumáticos da microbomba, individualmente, foi capaz de

impedir o fluxo pelo canal, caracterizando um funcionamento de válvula, o que demonstra sua

viabilidade como bomba peristáltica. Porém não foi possível checar esse comportamento, pois

houve degradação da membrana devido ao calor durante os testes.

5.6.Sistema de controle microcontrolado

Foi aprovado nos testes funcionais mas não chegou a ser conectado ao protótipo da

microbomba, pois esta não foi aprovada nos testes funcionais.

5.7.Circuito eletrônico de potência

Foi projetado mas não chegou a ser implementado, pois a microbomba não foi aprovada

nos testes funcionais.

38

Page 39: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

6.Conclusão

Foram feitos estudos preliminares para construção de uma microbomba peristáltica com

acionamento termopneumático. Utilizou-se na sua construção a resina poliuretana-acrilato, que

tem boas características para microfabricação. Desenvolveu-se um método simples e eficaz para

fazer membranas tão finas quanto 30 mµ . O processo de microfabricação desenvolvido mostrou-

se satisfatório para a produção de dispositivos multi-camandas com canais arredondados de

elastômero sem vazamentos entre camadas, possibilitando assim a fabricação de sistemas

microfluídicos monolíticos.

Foram testados dois tipos de atuador térmico para deflexão das membranas, à base de

resistores SMD e de fios de tungstênio. Um protótipo de microbomba foi construído. A atuação

termopneumática mostrou-se viável, sendo necessário em torno de 1W para que cada um dos

atuadores selasse o canal de fluxo. A degradação das membranas impossibilitou o teste de

bombeamento, mas ficou demonstrado que as três válvulas que compõem a bomba funcionaram

individualmente. Um código de controle para o dispositivo foi desenvolvido e testado no

controlador PIC16F877 com sucesso. Sugeriu-se um circuito eletrônico de potência para fornecer

a potência necessária aos atuadores e ser comandado pelo controlador.

Ficou assim demonstrada a viabilidade de microfabricação de uma microbomba

peristáltica de elastômero à base da resina poliuretana-acrilato com acionamento

termopneumático.

No próximo item serão apresentadas sugestões de futuros trabalhos visando superar os

problemas relatados.

39

Page 40: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

6.1.Futuros Trabalhos

Sugere-se o desenvolvimento de um método mais eficaz, com maior repetibilidade, para

construção das resistências dos atuadores, onde as resistências devem ficar afastadas do substrato,

para melhorar a transferência de calor para o volume de ar, e também fora de contato com a

membrana, para evitar a degradação da mesma. É importante também se encontrar uma solução

para eliminar a pegajosidade da resina após a cura, pois o fato da membrana aderir nas paredes do

canal pode prejudicar o desempenho da bomba.

Sugere-se ainda a realização de uma modelagem quantitativa do dispositivo, visando seu

dimensionamento no projeto de sistemas microfluídicos.

40

Page 41: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

7.Referências

1. MARC A. UNGER, HOU-PU CHOU, TODD THORSEN, AXEL SCHERERr and STEPEHN

R. QUAKE, “Monolithic Microfabricated Valves and Pumps by Multilayer Soft

Lithography”, SCIENCE, Vol. 288, pp.113-116, 7 April 2000.

2. D. J. Laser and J. G. Santiago, “A Review of Micropumps”, Journal of Micromechanics and

Microengineering, Vol. 14, R35-R64, 19 April 2004.

3. Kwang W Oh1, and Chong H Ahn, “A Review of Microvalves”, Journal of Micromechanics

and Microengineering, Vol. 16, R13-R39, 24 March 2006.

4. Jacques Goulpeau, “Experimental study and modeling of polydimethylsiloxane

peristaltic micropumps”, Journal of Applied Physics, 98, 044914 (2005),26 August 2005.

5. M. Knight, J. House, “Design, fabrication, and test of a peristaltic micropump”,

Microsystem Technologies, Vol. 10(2004), 426-431, 12 November 2003.

6. JÚLIO C. B. FERNADES; Relatório Final do PD-PAÍS referente ao processo FAPESP

01/06262-0: “Desenvolvimento de sistemas de micro-fluídica para associação com

microsensores químicos visando a aplicação em análises clínicas in vitro”, agosto de 2003.

7. Júlio Cesar B. Fernandes and Luiz Otávio Ferreira, “Manufacturing of Miniature Fluidic

Modules for Lab-On-a-Chip using UA Photoresin from Flexografic Platemaking Process”,

J. Bras. Chem. Soc., Published on the Web: April 28, 2006,

http://jbcs.sbq.org.br/online/fpapers/edicao.php.

41

Page 42: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

12. Márcio Santos Maciel; Relatório Final de Iniciação Científica referente ao processo FAPESP

03/12454-4: “Projeto, Construção e Teste de Microválvula de Elastômero”, maio de 2006.

42

Page 43: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

8.Anexos

Anexo I: Fluxogramas para o código de controle implementado

interrupção()

FIM

T0IF

TMR0 = 250

S

N

T0IF = 0

comando()

bombeamento()

43

Page 44: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

= 0

STT_CMD

CTG_CMD--

STT_CMD_1 STT_CMD_2 STT_CMD_3

STT_CMD_4 STT_CMD_5 STT_CMD_6 STT_CMD_7 STT_CMD_8

comando()

1 2 3 4 5 6 7 8

CTG_CMD = CTE

CHAR_RX= RECEBE()

= 0

S

N

N

S

default

FIM

STT_CMD = CTE

44

Page 45: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

STT_CMD_1

CHAR_RX

SAIDAS=’000’

STT_BOMBA=0

STT_CMD=2 SAIDAS=’000’

STT_BOMBA=0

STT_CMD = 6

default

‘D’ ‘T’ ‘A’

FIM

STT_CMD_3

isdigit(CHAR_RX

STT_CMD=1 VALOR[1]=CHAR_RX

STT_CMD = 4

SN

FIM

transmite(‘E’)=0

STT_CMD_2

isdigit(CHAR_RX

STT_CMD=1 VALOR[0]=CHAR_RX

STT_CMD = 3

SN

FIM

transmite(‘E’)=0

45

Page 46: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

STT_CMD_5

isdigit(CHAR_RX

STT_CMD=1 VALOR[3]=CHAR_RX

STT_CMD = 1

SN

FIM

PERIODO=atoi(VALOR)

CTG_PRD=0

STT_BOMBA=1

transmite(‘E’)=0

STT_CMD_4

isdigit(CHAR_RX

STT_CMD=1 VALOR[2]=CHAR_RX

STT_CMD = 5

SN

FIM

transmite(‘E’)=0

46

Page 47: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

STT_CMD_6

CHAR_RX == ’0’

STT_CMD = 7

SN

FIM

SAIDAS[1]=1

STT_CMD_7

CHAR_RX == ’0’

STT_CMD = 8

SN

FIM

SAIDAS[2]=1

STT_CMD_8

CHAR_RX == ’0’

STT_CMD = 1

SN

FIM

SAIDAS[3]=1

47

Page 48: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

SAIDAS=’000’

STT_BOMBA=2

default

1

bombeamento()

STT_BOMBAFIM

SAIDAS=’100’

STT_BOMBA=3

2

SAIDAS=’110’

STT_BOMBA=4

3

SAIDAS=’011’

STT_BOMBA=5

4

SAIDAS=’001’

STT_BOMBA=1

5

CTG_PRD = 0

S

N

CTG_PRD = PERIODOCTG_PRD - -

48

Page 49: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

Anexo II: Código do sistema para o controlador PIC16F877

#include <io16f877a.h>//__set_configuration_word( DEBUG_OFF & XT_OSC & CP_OFF & WDT_OFF & BODEN_ON & PWRTE_ON & LVP_OFF & CPD_OFF )// Obs: se não quiser depurar o programa, use DEBUG_OFF.#include <stdlib.h> // Definição das funções padrão do ANSI C#include <inpic.h> // Definição das funções intrínsecas do compilador

char i; // Auxiliar;//char COMANDO; // Armazena o comando recebido da serialchar VALOR[4]; // String que armazena o valor recebido pela serialchar CHAR_RX; // Armazena caracter vindo da conexao serial

// Estados:char STT_BOMBA, STT_CMD;

char AUX;

// Contagens:int CTG_PRD; // contagem do tempo do períodoint PERIODO; // períodochar CTG_CMD; // contagem do tempo do período

// Definição dos canais mapeados no conector de expansão do kit MODULO2 da MOSAICO#define CANAL_A RE2 // Canal A mapeado no pino 2 de PORTE#define CANAL_B RA2 // Canal B mapeado no pino 2 de PORTE#define CANAL_C RC2 // Canal C mapeado no pino 2 de PORTE

/* Atribui nomes aos pinos das portas */#define TXFLAG TXIF /* Flag de esvaziamento de TXREG */#define RXFLAG RCIF /* Flag de chegada de byte pela serial */

//*****************************************************************************/* Função que recebe caractere pela serial *//* Não tem argumento de entrada, e o argumento de saida é caractere ASCII *//* recebido ou o número 0 em caso de nenhum caractere recebido *///-----------------------------------------------------------------------------char recebe(void){ if (OERR == 1 | FERR == 1) { CREN = 0; CREN = 1;// return 0;

49

Page 50: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

} if (RXFLAG == 0) return 0; return RCREG;}

//*****************************************************************************/* Função que transmite caractere pela serial *//* O argumento de entrada é o caractere a ser transmitido. *//* Não tem argumento de saida. *///-----------------------------------------------------------------------------void transmite (char DADO_TX){

while (TXFLAG == 0) {};TXREG = DADO_TX;

}

//*****************************************************************************/* Função que controla estados de bombeamento *//* Não tem argumento de entrada e de saida. *///-----------------------------------------------------------------------------void bombeamento(void){ if(CTG_PRD-- == 0){ CTG_PRD = PERIODO; switch(STT_BOMBA){ case(1): PORTB=0x00; CANAL_A=0; CANAL_B=0; CANAL_C=0; STT_BOMBA = 2; break; case(2): PORTB=0x01; CANAL_A=1; CANAL_B=0; CANAL_C=0; STT_BOMBA = 3; break; case(3): PORTB=0x03; CANAL_A=1; CANAL_B=1; CANAL_C=0; STT_BOMBA = 4; break; case(4): PORTB=0x06;

50

Page 51: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

CANAL_A=0; CANAL_B=1; CANAL_C=1; STT_BOMBA = 5; break; case(5): PORTB=0x04; CANAL_A=0; CANAL_B=0; CANAL_C=1; STT_BOMBA = 1; break; default: break; } }}

//*****************************************************************************/* Função que interpreta comandos *///-----------------------------------------------------------------------------void comando(void){ // Inicio da Máquina de Estados interpretadora de comandos. if(CTG_CMD-- == 0){ CTG_CMD=100; // Leitura de comandos a cada 100ms. CHAR_RX = recebe (); // Lê caractere na porta serial if(CHAR_RX!=0){ switch (STT_CMD) { case (1): /* ESTADO 1: identifica comandos, se 'D'ou 'A', desativa canais */ switch(CHAR_RX){ case('D'): // desativa todos os canais PORTB=0x00; CANAL_A=0; CANAL_B=0; CANAL_C=0; STT_BOMBA=0; // desativa os stados de bombeamento break; case('T'): STT_CMD=2; break; case('A'): PORTB=0x00; // desativa todos os canais CANAL_A=0; CANAL_B=0; CANAL_C=0; STT_CMD=6; STT_BOMBA=0; // desativa os stados de bombeamento

51

Page 52: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

break; default: break; } break; case (2): /* ESTADO 2: espera chegar o primeiro digito do periodo */ if(isdigit(CHAR_RX)){ VALOR[0]=CHAR_RX; STT_CMD = 3; }else{ // se nao, aborta comando e envia erro ('E') STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos transmite('E'); } break; case (3): /* ESTADO 3: espera chegar o segundo digito do periodo */ if(isdigit(CHAR_RX)){ VALOR[1]=CHAR_RX; STT_CMD = 4; }else{ // se nao, aborta comando e envia erro ('E') STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos transmite('E'); } break; case (4): /* ESTADO 4: espera chegar o terceiro digito do periodo */ if(isdigit(CHAR_RX)){ VALOR[2]=CHAR_RX; STT_CMD = 5; }else{ // se nao, aborta comando e envia erro ('E') STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos transmite('E'); } break; case (5): /* ESTADO 5: espera chegar o quarto digito do periodo, e calcula PERIODO */ if(isdigit(CHAR_RX)){ VALOR[3]=CHAR_RX; PERIODO=atoi(VALOR); STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos CTG_PRD = 0; // contagem do periodo igual a 0 STT_BOMBA=1; // inicia estado de bombeamento }else{ // se nao, aborta comando e envia erro ('E') STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos transmite('E'); } STT_CMD = 1; break; case (6): /* ESTADO 6: se valor diferende de '0', ativa CANAL_A */

52

Page 53: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

if(CHAR_RX!='0'){ CANAL_A=1; PORTB = PORTB | 0x01; // ativa primeiro LED } STT_CMD = 7; break; case (7): /* ESTADO 6: se valor diferende de '0', ativa CANAL_B */ if(CHAR_RX!='0'){ CANAL_B=1; PORTB = PORTB | 0x02; // ativa segundo LED// PORTB = 0x02; // ativa segundo LED } STT_CMD = 8; break; case (8): /* ESTADO 6: se valor diferende de '0', ativa CANAL_C */ if(CHAR_RX!='0'){ CANAL_C=1; PORTB = PORTB | 0x04; // ativa terceiro LED// PORTB = 0x04; // ativa segundo LED } STT_CMD = 1; // reinicia aquisicao de comandos break; default: STT_CMD = 1; break; } } }}

/* ROTINA DE SERVIÇO DA INTERRUPCÃO DO TIMER0 Esta rotina distribui o tempo do processador entre os processos Como todos os processos são chamados a cada interrupção, esta rotina é chamada de Executor Cíclico */#pragma vector=0x04extern __interrupt void executor_ciclico(void){ if (T0IF) { // Se o TIMER0 gerou um pedido de interrupção // Rotina de serviço da interrupção // TIMER0 interrompe a cada 5 ms TMR0 = -250; // 4us * 250 = 1 ms @ 4MHz // Prescaler = 4 (001) T0IF = 0; // Zera flag de interrupção do TIMER0

comando(); bombeamento(); }

53

Page 54: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

} // Fim da rotina de serviço da interrupção do TIMER0

//Programa Principal:void main(void){ // Configurações Iniciais: // Configuração dos LEDs TRISB = 0x00; /* Pinos 0 a 7 do PORTB configurados como saídas: Display Select */

// Configuração das Saídas para a eletronica de potencia TRISE = 0x00; /* Pino 2 (canal A) do conector de espansão configurado como saída. Bit 2=0 */ TRISA = 0xFB; /* Pino 4 (canal B) do conector de expansão configurado como saida. Bit 2=0 */ TRISC = 0xC1; /* Pino 8 (canal C) do conector de expansão configurado como saida. Bits 2=0 */

// Estados iniciais: STT_BOMBA=0; STT_CMD=1; PORTB=0x00; CANAL_A=0; CANAL_B=0; CANAL_C=0; CTG_CMD=100; CTG_PRD=100; PERIODO=100;

//OPTION_REG = OPTION_REG && 0xD1 // PRESCALER = (4/Fosc)*4 = 4us // Inicializa o TIMER0 OPTION = 0xD1; // Bit 7, RBPU: 1=PORTB pull-ups disabled

// Bit 6, INTEDG: 1=Interrupt on rising edge of INT pin// Bit 5, T0CS: 0=Internal instruction cycle clock// Bit 4, T0SE: 1=Increment on high-to-low transition on

T0CKl pin// Bit 3, PSA: 0=Prescaler assignetd to the TIMER0

module// Bits 2-0. PS2:PS0: Prescaller Rate Selection Bits: = 1:4

TMR0 = -250; // Atribui valor inicial do TIMER0 tal que // o atrazo total seja 4us * 250 = 1 ms

// para um clock de 4 MHz // Inicializa as interrupções T0IE = 1; // Habilita interrupções do TIMER0 __enable_interrupt(); // Habilitação global de interrupções

/* Inicialização da porta serial */ TXSTA = 0x26; //0b.0010.0110 = Modo assíncrono 8 bits SPBRG = 0x19;

54

Page 55: Acionamento termo-pneumático de microbombas pneumáticas de

RCSTA = 0x90; //0b.1001.0000 = Habilita a transmissão serial TXIE = 0; //Desabilita interrupção da transm. serial. RCIE = 0; //Desabilita interrupção da recep. serial.

//Laço Principal: while (1){ }}

55