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I Leitura: Ez 18,25-28; Salmo: 24 (25); II Leitura: Filip 2,1-11; Evangelho: Mt 21,28-32 Dias úteis | 10h - 12h | 15h30 - 18h30 Sáb | 17h00 - 18h30 Prct. Pe. João Cabeçadas nº 60, Estoril 214661819 carto[email protected] Cartório Adoração ao Santíssimo Sacramento www.paroquiaspedroesjoao.pt Celebrações Eucarísticas (missas) Igreja Paroquial 2ªf a Sáb |10h00; 18h30 Dom | 9h; 11h30; 18h30 verão: 19h Capela do Livramento Dom | 10h00 Capela Saint Mary's Dom | 10h15 Capela Nª Srª da Paz Sáb | 15h30 5ªfeira | 14h30 às 16h30 2ª a 6ª | 10h30 às 11h30 17h30 às 18h30 1ª e 3ª - 5ªfeira | 10h45 às 18h45 Lectio Divina 3ªfeira e 6ªferia | 15h às 17h Acção Social "Mar Solidário" 2ªfeira a 6ªferia | 11h às 18h Confissões Devoção dos Primeiros 5 Sáb. Sábado, 7 de Outubro, após a celebração da manhã, haverá, como habitualmente, a devoção dos primeiros cinco sábados. O grupo da LIAM irá realizar, como habitualmen- te, o almoço missionário no próximo dia 22. Os ofertórios do fim-de-semana de 7 e 8 de Outubro revertem em favor das obras de requalifi- cação e beneficiação da igreja. Uma vez mais, apelamos à generosidade de todos os paroquia- nos. Say YES "Quando Jesus diz que SIM, ninguém pode dizer que NÃO!" Este é o lema da peregrinação dos adolescentes do 7° ao 10° ano de catequese a Fátima, no dia 14 de Outubro. Para as inscrições devem dirigir-se aos respectivos catequistas ou à Direção da Catequese. Esperamos um grande SIM a Jesus e Maria! Missa das Universidades A tradicional Missa das Universidades, celebrada no início do ano académico e pastoral, decorre no próximo dia 26 de outubro, às 18h45, na igreja do Coração de Jesus. Lembramos que continuam abertas as inscri- ções para a Catequese de infância e adolescên- cia. Deverão, igualmente, proceder à sua inscri- ção os adultos que desejarem receber o Sacra- mento do Crisma ou Confirmação. As inscrições devem ser feitas no cartório paroquial. Acontece... XXVI Domingo do Tempo Comum | Ano A | 6/ n. 1 | 1 a 7 Out Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 814.85803.99944.01744.83978.05834.52* 655.18878.55... ... ... Ofertório para Obras | Podemos Contar Consigo? NIB Santander Totta | 0018 0003 2237679 2020 89 | Total - 38.078,58* Ofertório para as vítimas dos incêndios de Perdigão Grande 2017 "Segue o que sentes" Mais que simples ‘spot’ publicitário, esta frase - “segue o que sentes” - caracteriza a sociedade dos nossos dias, marcada por uma predominância tal dos sentimentos que se pode falar em autêntico “império dos sentidos”. Assim: porque ‘não me ape- tece’, já não faço; porque ‘já não gosto’, já não amo; etc. É a trágica capitulação da di- mensão intelectual e volitiva do ser huma- no aos caprichos da sua natureza corpórea e sensitiva. A Palavra do Senhor deste domingo, se, por um lado, reconhece implicitamente o desalinhamento destas duas dimensões da pessoa humana, afirma, por outro, que é possível e indispensável que a última pala- vra pertença à vontade. Lembra-nos ainda que não somos um ser predeterminado, mas em construção, sen- do, por isso, possível, em qualquer altura, haver inversão de rumo: do errado para o certo, mas também do bem para o mal. Portanto, à partida, ninguém está irreme- diavelmente salvo ou condenado: as contas fazem-se à chegada. O texto de S. Paulo mostra-nos que não basta ter uma vontade forte, férrea até. A dimensão afetiva faz parte da nossa perso- nalidade e é com ela que podemos lubrifi- car a nossa relação com os outros. Precisa- mos de cultivar os nossos afetos e senti- mentos, pois também eles podem ser tra- balhados e orientados para uma sintonia cada vez mais perfeita com a inteligência e a vontade. Daí o seu apelo: “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”. Por sua vez, à história que Jesus conta no texto do evangelho parece faltar uma ter- ceira alternativa de resposta à ordem do pai - “filho, vai trabalhar para a vinha” - e que, à partida, até seria a mais normal: di- Pe. José de Castro Oliveira zer: “sim, eu vou” e ir mesmo! Aliás é para esta meta que S. Paulo aponta na segunda leitura, ao apresentar-nos Cristo como o modelo a ser imitado: “Ele, que era de con- dição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si próprio, assumindo a condição de servo”. Ele, de facto, disse: “sim, eu vou” e foi mesmo, cumprindo integralmente a vontade do Pai. Só que em nós a harmonia entre a vontade e a sensibilidade é algo que está por reali- zar e, por isso, nem sempre a inteligência e a vontade assumem o comando das nos- sas decisões. É por isso que, sendo nós um ser em construção, para Deus não conta tanto o que fomos, mas aquilo que procura- mos ser: não estamos irremediavelmente salvos ou condenados à partida, mas as contas serão feitas no fim. A estranheza revelada em relação a esta maneira do Senhor proceder tem a ver com a nossa preferência por um tipo de deter- minismo fatalista, que divide o mundo em ‘maus’ e ‘bons’, sem possibilidade de alte- ração, o que faria com que o destino de ca- da um estivesse definido à partida, daí re- sultando uma desresponsabilização e um descompromisso mais cómodos. Aliás, es- te determinismo fatalista está mais espa- lhado do que possa parecer - basta reparar nas expressões frequentes: “é o destino”, “já tinha que acontecer”… De facto, a verdadeira liberdade e a felici- dade autêntica não se encontram no “se- gue o que sentes”, mas no “segue o que deves”! E pode ser que, um dia, até che- guemos ao “sente o que deves”. Então, a nossa resposta ao Senhor será não só fir- me, mas também alegre e entusiasta, co- mo a de Jesus: “Aqui estou, ó Pai, para fa- zer a tua vontade” ou a de Maria: “faça-se em mim segundo a vossa palavra”. O “Mar Solidário” – projeto social da paróquia – continua a aceitar móveis em bom estado que já não precise, para posterior venda e angaria- ção de fundos para ajudar as famílias pobres da paróquia. Neste momento a despensa do “Mar Solidário” está vazia. Vimos, por isso, pedir a vossa generosa ajuda em bens não pe- recíveis – necessitamos de tudo. Podem entre- gar no Cartório ou na loja social que fica na antiga capela.

Acontece - paroquiaspedroesjoao.ptparoquiaspedroesjoao.pt/wp-content/uploads/2017/10/BP_1-Out.pdf · No princípio do Ano pastoral, ... no canto, na proclamação da Palavra,

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I Leitura: Ez 18,25-28; Salmo: 24 (25); II Leitura: Filip 2,1-11; Evangelho: Mt 21,28-32

Dias úteis | 10h - 12h | 15h30 - 18h30Sáb | 17h00 - 18h30

Prct. Pe. João Cabeçadasnº 60, Estoril

[email protected]

Cartório

Adoração ao SantíssimoSacramento

www.paroquiaspedroesjoao.ptCelebrações Eucarísticas

(missas)Igreja Paroquial

2ªf a Sáb |10h00; 18h30 Dom | 9h; 11h30; 18h30

verão: 19h

Capela do LivramentoDom | 10h00

Capela Saint Mary'sDom | 10h15

Capela Nª Srª da PazSáb | 15h30

5ªfeira | 14h30 às 16h302ª a 6ª | 10h30 às 11h30

17h30 às 18h30

1ª e 3ª - 5ªfeira | 10h45 às 18h45

Lectio Divina3ªfeira e 6ªferia | 15h às 17h

Acção Social "Mar Solidário"2ªfeira a 6ªferia | 11h às 18h

Confissões

Devoção dos Primeiros 5 Sáb.Sábado, 7 de Outubro, após a celebração da manhã, haverá, como habitualmente, a devoção dos primeiros cinco sábados.

O grupo da LIAM irá realizar, como habitualmen-te, o almoço missionário no próximo dia 22.

Os ofertórios do fim-de-semana de 7 e 8 de Outubro revertem em favor das obras de requalifi-cação e beneficiação da igreja. Uma vez mais, apelamos à generosidade de todos os paroquia-nos.

Say YES"Quando Jesus diz que SIM, ninguém pode dizer que NÃO!" Este é o lema da peregrinação dos adolescentes do 7° ao 10° ano de catequese a Fátima, no dia 14 de Outubro. Para as inscrições devem dirigir-se aos respectivos catequistas ou à Direção da Catequese. Esperamos um grande SIM a Jesus e Maria!

Missa das UniversidadesA tradicional Missa das Universidades, celebrada no início do ano académico e pastoral, decorre no próximo dia 26 de outubro, às 18h45, na igreja do Coração de Jesus.

Lembramos que continuam abertas as inscri-ções para a Catequese de infância e adolescên-cia. Deverão, igualmente, proceder à sua inscri-ção os adultos que desejarem receber o Sacra-mento do Crisma ou Confirmação. As inscrições devem ser feitas no cartório paroquial.

Acontece...

XXVI Domingo do Tempo Comum | Ano A | 6/ n. 1 | 1 a 7 Out

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez814.85€ 803.99€ 944.01€ 744.83€ 978.05€ 834.52€ * 655.18€ 878.55€ ... ... ...

Ofertório para Obras | Podemos Contar Consigo? NIB Santander Totta | 0018 0003 2237679 2020 89 | Total - 38.078,58€

* Ofertório para as vítimas dos incêndios de Perdigão Grande

2017

"Segue o que sentes"

Mais que simples ‘spot’ publicitário, esta frase - “segue o que sentes” - caracteriza a sociedade dos nossos dias, marcada por uma predominância tal dos sentimentos que se pode falar em autêntico “império dos sentidos”. Assim: porque ‘não me ape-tece’, já não faço; porque ‘já não gosto’, já não amo; etc. É a trágica capitulação da di-mensão intelectual e volitiva do ser huma-no aos caprichos da sua natureza corpórea e sensitiva.A Palavra do Senhor deste domingo, se, por um lado, reconhece implicitamente o desalinhamento destas duas dimensões da pessoa humana, afirma, por outro, que é possível e indispensável que a última pala-vra pertença à vontade.Lembra-nos ainda que não somos um ser predeterminado, mas em construção, sen-do, por isso, possível, em qualquer altura, haver inversão de rumo: do errado para o certo, mas também do bem para o mal. Portanto, à partida, ninguém está irreme-diavelmente salvo ou condenado: as contas fazem-se à chegada. O texto de S. Paulo mostra-nos que não basta ter uma vontade forte, férrea até. A dimensão afetiva faz parte da nossa perso-nalidade e é com ela que podemos lubrifi-car a nossa relação com os outros. Precisa-mos de cultivar os nossos afetos e senti-mentos, pois também eles podem ser tra-balhados e orientados para uma sintonia cada vez mais perfeita com a inteligência e a vontade. Daí o seu apelo: “Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”.Por sua vez, à história que Jesus conta no texto do evangelho parece faltar uma ter-ceira alternativa de resposta à ordem do pai - “filho, vai trabalhar para a vinha” - e que, à partida, até seria a mais normal: di-

Pe. José de Castro Oliveira

zer: “sim, eu vou” e ir mesmo! Aliás é para esta meta que S. Paulo aponta na segunda leitura, ao apresentar-nos Cristo como o modelo a ser imitado: “Ele, que era de con-dição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si próprio, assumindo a condição de servo”. Ele, de facto, disse: “sim, eu vou” e foi mesmo, cumprindo integralmente a vontade do Pai.Só que em nós a harmonia entre a vontade e a sensibilidade é algo que está por reali-zar e, por isso, nem sempre a inteligência e a vontade assumem o comando das nos-sas decisões. É por isso que, sendo nós um ser em construção, para Deus não conta tanto o que fomos, mas aquilo que procura-mos ser: não estamos irremediavelmente salvos ou condenados à partida, mas as contas serão feitas no fim.A estranheza revelada em relação a esta maneira do Senhor proceder tem a ver com a nossa preferência por um tipo de deter-minismo fatalista, que divide o mundo em ‘maus’ e ‘bons’, sem possibilidade de alte-ração, o que faria com que o destino de ca-da um estivesse definido à partida, daí re-sultando uma desresponsabilização e um descompromisso mais cómodos. Aliás, es-te determinismo fatalista está mais espa-lhado do que possa parecer - basta reparar nas expressões frequentes: “é o destino”, “já tinha que acontecer”… De facto, a verdadeira liberdade e a felici-dade autêntica não se encontram no “se-gue o que sentes”, mas no “segue o que deves”! E pode ser que, um dia, até che-guemos ao “sente o que deves”. Então, a nossa resposta ao Senhor será não só fir-me, mas também alegre e entusiasta, co-mo a de Jesus: “Aqui estou, ó Pai, para fa-zer a tua vontade” ou a de Maria: “faça-se em mim segundo a vossa palavra”.

O “Mar Solidário” – projeto social da paróquia – continua a aceitar móveis em bom estado que já não precise, para posterior venda e angaria-ção de fundos para ajudar as famílias pobres da paróquia. Neste momento a despensa do “Mar Solidário” está vazia. Vimos, por isso, pedir a vossa generosa ajuda em bens não pe-recíveis – necessitamos de tudo. Podem entre-gar no Cartório ou na loja social que fica na antiga capela.

O meu marido apontou a objetiva para a piscina, ajustou o zoom e tentou enquadrar na tela a nossa filha que competia numa piscina com um grupo de outras meninas. Queríamos muito registar aquele momento, guardá-lo para memória futura. Mas, subi-tamente, a jornalista em mim protestou: «Por favor, fotografa é aqueles pais comple-tamente desvairados que ali estão, a gritar com os filhos e a insultar os treinadores.» Esses, sim, mereciam uma reportagem so-bre como não se comportar perante miúdos que praticam desporto, verdadeiros bullies de pobres crianças que, a seguir já nos balneários, continuavam a ter que levar com os protestos dos pais por não terem alcançado os resultados exigidos. Lembro--me de assistir, indignada, a uma mãe (não são só os pais!) que sacudia o filho de seis anos, enquanto o pobre se justificava entre soluços: «Mas, mãe, não tive culpa, caíram--me os óculos.» Como me recordo, tam-bém, de ver treinadores acusados nos cor-redores, ameaçados de “perder” a criança para outro clube, onde os progenitores es-tavam certos de que o seu menino-prodígio (real ou imaginário, para o caso tanto faz) seria justamente elevado ao nível que me-recia!Aliás, a reportagem para ser completa de-via acompanhar estas famílias todos os se-te dias da semana, porque se eventual-mente a pressão atingia o clímax nas pro-vas, quase que aposto que contaminava negativamente todos os momentos da vida daquela criança ou adolescente.Não é preciso ser psicólogo encartado pa-ra entender que os pais que transformam militantemente os filhos em “cavalinhos de corrida”, seja em que área for, limitam-se a procurar de forma narcísica a taça que eles próprios nunca chegaram a conquistar, a oportunidade de subir ao pódio, sob a luz dos holofotes. E não largam facilmente o infeliz “osso”.É claro que todos os pais são um bocadi-nho vaidosos, e todos nós temos orgulho em que o nosso filho seja bom aluno, uma extraordinária bailarina ou um jogador de futebol, e é claro que vamos partilhar com os nossos amigos os seus êxitos e não vem mal nenhum ao mundo por isso, antes pelo contrário. O orgulho que sentimos neles é,

também, uma forma de os incentivar a de-dicarem-se mais e a irem mais longe, a aperfeiçoarem méritos extraordinários, a adquirirem uma disciplina e capacidade de trabalho que só nos pode deixar de boca aberta e legitimamente vaidosos. Ou seja, o que está em causa não é a competição, nem sequer a alta competição, mas os pais, a partir do momento em que dão maus exemplos, esquecidos de que faz parte do pacote tanto ganhar como perder, que o desporto é suposto dar prazer; es-quecidos de que os treinadores e professo-res são, na sua imensa maioria, gente pro-fissional e dedicada, capaz de “puxar” pe-los miúdos, mas também de os proteger e consolar – e se não são assim, então não deviam entregar-lhes as nossas crianças.O fenómeno dos pais transformados em agentes e treinadores dos seus filhos, num mundo desportivo cada vez mais competiti-vo, foi, aliás, tema de capa da revista Time de quatro de setembro, com o título: «Como é que o desporto infantil se tornou profissio-nal – viagens loucas, custos loucos, stresse louco». Ler o texto deixa bem claro que as cenas a que assisti há uns anos só podem tender a agravar-se. Invariavelmente, di-zem-se dispostos porque «o meu filho é especial». Sinceramente, neste regresso às aulas, pense que é exatamente por o seu filho ser certamente o melhor do mundo que mere-ce uma infância e uma adolescência feli-zes. É claro que pode beneficiar de todas as vantagens do desporto, e até da alta competição, desde que tenha em casa pais que o amam por aquilo que ele é, e não pelas medalhas que traz ao peito.

No princípio do Ano pastoral, reiteramos o sentido da corresponsabilidade de todos na salvação de cada um. Esta corresponsabilidade estentende-se também à necessária humildade e coragem, para darmos o primeiro passo, na disponibilidade generosa, para os diversos serviços e ministérios reconhecidos na comunidade de que fazemos parte. Eis alguns serviços e ministérios que carecem de colaboradores:Faz-nos falta quem torne a liturgia mais viva, no acolhimento, no canto, na proclamação da Palavra, no serviço ao Altar;Faz-nos falta quem reforce e rejuvenesça o grupo dos que visitam os doentes e apoiam os pobres no Projeto Social da Paróquia “Mar Solidário”, assim como na Conferência de São Vicente de Paulo; Faz-nos falta quem se ocupe da preparação dos casais;Faz-nos falta quem torne presente a vida da nossa paróquia nos lugares, bairros e ruas da cidade!Avancemos, conscientes de que é sempre o amor de Deus que nos impulsiona a dar o primeiro passo! Respondamos, pronta e generosamente!

Não transforme o seu filho em “Cavalinho de Corrida”

Recomendações pastorais

Isabel Stilwel, in Família Cristã

São recorrentes as críticas ao Papa Fran-cisco. Sobremaneira do seio da Igreja, que se sente “ameaçada” pelas palavras, desa-fios e gestos com “sabor” a Evangelho!

Para muitos, o Papa, figura da Igreja, era intocável, inquestionável, inviolável! Mas pelos vistos desde que os Pontífices dis-sessem e fizessem aquilo que gostavam de ver e de ouvir!Agora tudo questionam!De tudo apelidam Francisco!Tudo discutem e colocam em questão!Eminências “pardas” colocam dúvidas!“Doutos” teólogos, pastores, leigos, fazem

manifestos e buscam assinaturas e segui-dores para “provarem” as heresias do Papa!Como se costuma dizer, estes venerandos senhores e senhoras, morreram já e nin-guém lhes disse!Morreram para a “verdadeira liberdade” ao dogmatizarem opiniões e verdades pes-soais, em detrimento da comunhão e da unidade da Igreja. Ficaram presos a “es-quemas” teológicos, moralistas, jurídicos, que apenas agrilhoam consciências, cora-ções, vidas... De facto, morreram e nin-guém lhes disse!Morreram para a humildade!Quando se arvoram em senhores, sábios, doutores, de tudo e acima de todos - inclu-sive e sobretudo do Papa - esquecem a mais nobre das virtudes e coabitam na órbita dos seus umbigos religiosos, espiri-tualistas, sobranceiros e presunçosos!Morreram já e ninguém lhes disse!Morreram para a caridade!Debruçados que estão sobre as normas e as regras, as suas conveniências espiritua-lizantes e os seus “saberes” únicos e defi-nitivos, facilmente caem na ofensa, na ma-ledicência, na calúnia e na difamação. Em nome da caridade não o será certamente!Já morreram e ninguém lhes disse!Morreram para a ternura e a misericórdia!De olhos fixos e imutáveis sobre “doutri-nas” e “tradições” que demasiadas vezes esquecem o coração e a vida concreta, decidem quem está na posse da verdade, quem pode - ou não - receber a Eucaristia, quem professa o verdadeiro credo ou é apóstata ou herege! Vale tudo para essas “inteligências” iluminadas e esses “cris-tãos” envernizados!

Morreram e ninguém lhes disse!Morreram para o serviço e a simplicidade!Obcecados que estão nas suas “verda-des”, afincos que vivem nos seus “estudos teológico-espiritualistas”, já não conse-guem entender que Evangelho e Reino de Deus são sinónimo de serviço, de lava-pés, de mandamento novo, de caridade frater-na!Morreram e ninguém lhes disse!Sim, prefiro uma “Igreja acidentada”, “su-ja”, com “cheiro a ovelhas”, que grupetas de pseudo-intelectuais com odor a naftali-na!Uma Igreja que caminha ao lado dos ho-mens - de todos os homens - sem medo nem vergonha de dar a mão e o coração a quem caiu nas estradas da vida, sussurran-do-lhes que Deus é amor, perdão, abraço, misericórdia.Uma Igreja que vive, ferida, “hospital de campanha”, mas imensamente mais que um conjunto de gente que já morreu e ninguém lhes disse!Prefiro ser mais uma Igreja que se debruça diante dos irmãos caídos que ficar especa-do e “estupefacto” porque o Papa não res-ponde a “dúvidas”, a “provocações”, a “mundanidades” pintadas de religioso e de sagrado. Santo Padre, com cada gesto, com cada palavra, com cada atitude, com cada abra-ço, já respondeu a estes novos farisaísmos que grassam no coração da Igreja que guia, ensina e encaminha para o Céu.Com cada proposta, cada silêncio, cada “novidade” e cada “surpresa”, está a res-ponder categoricamente a estas ilusões e estes snobismos que já morreram e nin-guém lhes disse!«Morreram e ninguém lhes disse»

Pe. António Teixeira