66

Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Nós, da 7C, compilamos para vocês, leitores, acontecimentos, crônicas, poemas e poesias que produzimos durante este ano. Boa leitura a todos!

Citation preview

Page 1: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 2: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 3: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas e margens lisas ou recortadas,

e capas (isto é copas) e capítulos de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,

as mais fantásticas aventuras, que se podem ler nas suas páginas, no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,

e até há florestas especializadas, com faias, bétulas e um letreiro

a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar no teu quarto, plátanos ou azinheiras.

Para começar a construir uma biblioteca, basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga

Page 4: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Matheus Cedraz

Page 5: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 6: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Procurar o quê?

O que a gente procura muito e sempre não é isto nem aquilo. É outra coisa. Se me perguntam que coisa é essa, não respondo, porque não é da conta de ninguém o que estou procurando. Mesmo que quisesse responder, eu não podia. Não sei o que procuro. Deve ser por isso mesmo que procuro. Me chamam de bobo porque vivo olhando aqui e ali, nos ninhos, nos caramujos, nas panelas, nas folhas de bananeiras, nas gretas do muro, nos espaços vazios. Até agora não encontrei nada. Ou encontrei coisas que não eram a coisa procurada sem saber, e desejada. Meu irmão diz que não tenho mesmo jeito, porque não sinto o prazer dos outros na água do açude, na comida, na manja, e procuro inventar um prazer que ninguém sentiu ainda. Ele tem experiência de mato e de cidade, sabe explorar os mundos, as horas. Eu tropeço no possível, e não desisto de fazer a descoberta do que tem dentro da casca do impossível. Um dia descubro. Vai ser fácil, existente, de pegar na mão e sentir. Não sei o que é. Não imagino forma, cor, tamanho. Nesse dia vou rir de todos. Ou não. A coisa que me espera, não poderei mostrar a ninguém. Há de ser invisível para todo mundo, menos para mim, que de tanto procurar fiquei com merecimento de achar e direito de esconder.

Carlos Drummond de Andrade

Page 7: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

quem RI por último, RI melhor

quem RI por último, RI melhor

quem RI por último, RI melhor

quem RI por último, RI melhor

quem RI por último, RI melhor

quem RI por último, RI melhor

Matheus Cedraz

Page 8: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quem disse que vovó também não rouba?

Dona Benta era uma vovó bem velhinha, tinha 61 anos, era aposentada e bem ruim. Ela era má e arrogante, mas ao mesmo tempo engraçada e tinha dois netos.

Ela foi à floricultura da Dona Josefa com seus netos. A floricultura era grande, cheia de tulipas, margaridas, rosas e vasos etc. Enquanto os netos distraíam todos a Dona Josefa, a vovó Benta foi roubar o lugar.

Mas ela foi roubar de um modo diferente, ela abriu um buraco no teto, se amarrou em uma corda e foi descendo devagar. De repente a corda arrebentou e Dona Benta caiu.

Quebraram-se todas as coisas, então Dona Josefa ligou para a polícia e para o SAMU. Agora você me pergunta, por que SAMU? Porque Dona Benta ficou presa em um vaso gigante e não conseguia sair.

Os netos, Renata e Ricardo não sabiam o que fazer, então eles foram para o hospital e depois para trás das grades. Isso foi para todas as manchetes de jornal, para a telinha e tudo mais. Este assunto rendeu aqui no bairro do Limoeiro. Todos falam: cuidado, a sua vó também pode ficar presa!

Iris Oliveira

Page 9: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Meu nome é Dona Maria, tenho 95 anos, moro em uma rua fechada. Muitos dizem que sou falsa, e na verdade só posso concordar. Hoje ao meio dia eu fui fazer o almoço, fui olhar no armário e não tinha nada que eu pudesse me deliciar.

Como sempre, tomei meu banho e usei um traje para disfarçar-me. Fui até a sala, levantei a almofada, peguei a arma e fui até a padaria. Parei no balcão e falei com a moça do caixa. Seu nome era Maria Eduarda, ela tinha 16 anos de idade, era seu primeiro dia de trabalho. Perguntei a ela se havia guardas ou câmeras em funcionamento. Ela negou. Apontei a arma em sua cabeça, ameacei atirar se ela não me desse todo o dinheiro do caixa. Ela me deu todo o dinheiro. Eu ouvi sirenes, provavelmente da polícia. Entrei em desespero, atirei na Dona Amélia por acidente, mas foi de raspão. Por descuido a polícia me pegou no local, devolveram o dinheiro, me algemaram e assim fui para a cadeia. Tirei meus acessórios, fiquei sozinha na cela cinco dias. Percebi um buraco na parede, eu consegui escapar e fugir. Fugi para bem longe e agora sou assassina. Passaram-se dois anos e eu continuo matando e roubando e nunca mais me viram. Só vocês, que leram essa história.

Paola Castelan

Page 10: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

no aviãO serVe pão cOm

Gabriel Nozela

Page 11: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

no aviãO não serVe pão cOm

Gabriel Dias

Page 12: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

O mundo gira

Heider Feitosa

Page 13: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

nossO deUs é valoRosO

Bruno Lacerda

Page 14: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

A ignorância

é a mãe

de todas as

do

en

ças

Será?

Page 15: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Estava em um belo dia ensolarado uma velhinha bem carinhosa chamada Dona Margarida, ela tinha 77 anos, cabelos grisalhos e morava na Avenida Antenor Navarro, 787 em uma casa cor de laranja, toda enfeitada com rosas, tulipas, orquídeas e etc. Dona Margarida tinha o costume de passear com seus dois cachorros chamados Lili e Snoopy. Ela era aposentada, dona de casa, viúva e não tinha filhos. Tinha extinto para assaltar bancos desde os 17 anos e a pobre vovó tinha muitos motivos para isso: perdeu sua mãe aos 5 anos e seu pai faleceu 3 anos mais tarde. Ela teve que sobreviver sozinha nas ruas de São Paulo. Ao completar 17 anos começou a assaltar. Nessa vida conheceu um menino que também tinha o mesmo histórico de vida dela. Ele se chamava Wanderson e tinha olhos verdes. Segundo Margarida ele era seu príncipe encantado. Passou-se o tempo, os dois casaram e compraram uma casa. Ao invés de terem filhos, eles adotaram 2 cachorros. Margarida era muito feliz e eles viveram 25 anos juntos, até que infelizmente Wanderson faleceu aos 42 anos de idade. Depois que ela perdeu o seu marido, ela não teve condições de se sustentar e não tinha amigos, familiares e muito menos cúmplices. Ela já tinha um plano em mente há muito tempo: o disfarce de Dona Margarida era um gorro vermelho, uma bengala e um óculos escuros. Esse assalto não foi um dos melhores, porque ela sacou o dinheiro da conta da vítima que se chamava João Carlos e ao invés de guardá-lo em sua bolsa, ela levantou a saia e o pôs em sua bermuda, sem disfarçar. Os clientes do banco avisaram a polícia que, logo ao chegar no local, ouviu uma única palavra: - Eu sou inocente, sou uma pobre velhinha!

Yasmin Ribeiro

Page 16: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Em um certo dia os chineses estavam tentando carregar mercadorias para fora do país. No dia seguinte eles não levaram as cargas porque o navio estava arrumando. Chegou a noite

e os piratas acabaram sequestrando o navio e quando os chineses foram ao local, ele não estava mais lá. Eles ficaram preocupados porque se não levassem as cargas o presidente da China ia demiti-los.

Os chineses foram atrás do navio e o encontraram no oceano Indico sem os piratas que morreram de fome. Eles ficaram felizes porque puderam levar a carga e não foram demitidos.

Jonatan Silva

Page 17: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Vovó bandida

Dona Maria (assim era chamada a vovó bandida), era dona de casa, aposentada, viúva e tinha

uma mania inconfundível: roubar dinheiro de bancos, fazer barquinhos de dinheiro e soltá-los no mar, passando horas e horas por lá desperdiçando dinheiro e divertindo-se, pois não tinha filhos, somente dois netos órfãos de 15 e 13 anos.

Viúva, não tinha de onde tirar dinheiro para essa louca mania, resolveu então assaltar bancos com seus netos. Maurício, seu neto de 15 anos, tinha planejado tudo, e Lucas seu neto de 13 anos ficava vigiando do lado de fora dos bancos para ver se não tinha policiais, com isso ela assaltava 5 bancos a cada duas semanas, até uma denúncia anônima delatar tudo isso. A polícia a pegou em flagrante, mas ela não foi presa, foi levada ao Centro de Ajuda ao Idoso (CAI), para curar essa mania, e seus dois netos foram para um abrigo de menores para adoção.

Mayara Mylet

Page 18: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

A história de uma senhorinha

Era uma vez, uma senhorinha que tinha 72 anos ou mais. Ela era bem velhinha, e andava com o auxílio de uma bengala, mas mesmo com dificuldade para

andar ela ia na casa de seus filhos, para passear, filhos esses que também construíram famílias. A Daniela, que era a filha mais velha tinha 2 filhos e 5 netos. Mesmo com essa família, a

senhorinha sentia muita solidão. Certo dia, durante esses passeios que ela fazia, a senhora foi induzida a fazer um assalto num banco das redondezas. Foi aí que essa senhorinha ficou famosa e ganhou o nome de Vovó Bandida, pois tudo que essa velhinha fazia era roubar, dar golpes e se fazer de vítima. O pior é que Vovó Bandida estava tão envolvida nesse assalto que ela já até formou uma gangue. A gangue também já tem nome, sabe qual? “A gangue é!”

Vovó bandida e as suas decepções, com polícia, algemas e por fim as grades.

Ana Lúcia

Page 19: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

As quadrilhas (a de Drummond e as nossas)

Quadrilha: Grupo de quatro pares que executam um bailado. Dança figurada de quatro ou mais pares que se defrontam uns com os outros. Música de contradança. Dança popular brasileira.

Page 20: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém. João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história

Carlos Drummond de Andrade

Page 21: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha da ficação

Raimundo queria ficar com a Rebeca, que queria ficar com o Lucas, que queria ficar com a

Dinéia, que queria ficar com a Ingrid, que ficou com as pipas do irmão dela.

Matheus Cedraz

Page 22: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

A quadrilha da morte

Silvio amava Teresa, que não estava interessada em relacionamento porque um dia viu o seu amado a traindo. Para arejar um pouco, ela saiu para dar uma volta e se encontrar com Raimundo, um antigo namorado. Ela lembrou-se dos seus velhos tempos de namoro e se apaixonou novamente. Mal sabia ela que Raimundo se interessava por Maria, que estava casada com Joaquim, que era muito, ou melhor, loucamente apaixonada por Lili, que não amava ninguém, pois já havia sofrido muito no passado. Silvio, triste, querendo se afastar, foi para os Estados Unidos e se casou. Teresa, também triste, já que seu amado havia morrido, foi para o convento. Raimundo foi atravessar a rua bêbado e caiu um guindaste em cima dele. Maria ficou triste e doente. Joaquim suicidou-se por causa da Lili, que havia sido forçada a casar-se com João Pinto Fernandes, que vinha de uma cidade distante.

Guilherme Santos

Page 23: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Maldito casamento

João amava Tereza, que era noiva de Raimundo, que só iludia a Maria, que brigava com

Joaquim, que morria de amores por Lili, uma moça que não queria ninguém. João, angustiado ao saber do noivado de Tereza, fugiu para os Estados Unidos. Maria foi

convidada para ser madrinha do casamento e Joaquim para padrinho. Lili ficou de fora. No dia do casamento João voltou, pois estava decidido a dar um basta em tudo: se ele não

vivesse com Tereza, ninguém viveria. Chegou a ansiada hora, todos estavam preparados: madrinha, padrinho e noivo, faltava apenas a noiva chegar. E foi aquela cena cansativa (que todo casamento é). E chegou o momento mais esperado, não só para os convidados, como também para João, que chegou na hora do “se tiver alguém contra, levante-se agora ou cale-se para sempre”. João abriu a porta e matou todos os convidados e noivos e voltou para os Estados Unidos. No final das contas, quem se deu bem foi Lili que, já que não foi convidada para o casamento, foi para uma festa de rock para se libertar e conhecer J. Pinto Fernandes.

Kevellyn Moreira

Page 24: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha

Era uma festa junina de 2010, eu ia dançar com o João, apesar de não gostar dele. Eu gosto do

Raimundo, mas ele também não gosta de mim, ele gosta da Maria, que é irmã de José, um cara traficante que bate em qualquer um que mexe com ela. E ela gosta na verdade de Joaquim, que gosta da Lili, que não gosta de ninguém.

E nessa festa ocorreram vários fatos: o irmão da Maria viu Joaquim beijar sua irmã e bateu muito nele, matando-o de traumatismo craniano. O seu amigo Raimundo foi tentar ajudar e levou uma facada no pescoço. A cabeça dele saiu rolando por aí e até hoje não a achamos e estamos procurando-a.

Eu fui para o convento porque o amor da minha vida casou-se e foi para os Estados Unidos com sua mulher e filho. Penso em sair, só que acho que vou sofrer muito mais.

A Lili casou-se também, só que não foi aquele casamento perfeito. Ela se divorciou de J. Pinto Fernandes e vive de pensão com seus três filhos.

Você deve estar se perguntando: quem sou eu? Eu sou a Teresa. E a festa foi muito boa, tirando todos esses fatos ;-).

Milene Marcondes

Page 25: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha diferente

Era uma vez o Bairro do Amor. Josenildo que amava a Nilda, que amava o Credesnaldo, que

amava a Maobina, que amava o Lorisvaldo, que amava a Josevalda, que não amava ninguém. Josenildo foi andar de moto e tomou relo com uma linha do Chile que cortou o seu pescoço. A Nilda foi para a Síria. O Credesnaldo com depressão começou a beber pinga no bar Diaço e morreu de tanto beber. Maobina morreu de diarréia e o Lorisvaldo casou-se com a Jesevalda, vivendo com ela feliz para sempre.

Gabriel Dias

Page 26: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 27: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quem ama quem

João era um advogado muito bem sucedido, que era completamente apaixonado por Teresa,

sua excelente secretária, que amava Raimundo seu vizinho, que era jornalista, que gostava de sua chefe Maria, que amava Joaquim Barbosa, que era presidente do Tribunal Federal de Justiça, que amava Lili, sua assessora, que era uma mulher livre que não queria relacionamento com ninguém.

Dois anos depois, João foi para os Estados Unidos defender o presidente acusado de propina, Teresa foi para um convento porque amava e não era correspondida pelo marido de Maria, que foi preso. Maria ficou para tia. Joaquim suicidou-se após ser expulso do Tribunal e Lili resolveu criar uma família e casou-se com J. Pinto Fernandes.

Mayara Milet

Page 28: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha do amor

Josefina amava Matheus, que amava Iris, que amava Marcos, que amava Milene, que amava

William, que não amava ninguém. Josefina virou assaltante e seqüestradora. Sequestrou Matheus e casou-se com ele. Matheus foi seqüestrado e casou-se forçado, com uma arma em suas costas. Se ele falasse “não”

na hora do casamento, levaria um tiro. Iris ficou rica e Marcos ficou correndo atrás dela pedindo-a em casamento. Ela recusou

afirmando que ele era golpista e interesseiro. Marcos virou de fato golpista e matador de aluguel e corre atrás de Iris para vê-la se casar com

ele. Milene levou um tiro e morreu em um assalto. William virou cientista louco e ressuscitou Milene para que ela lhe desse uma chance de

conquistá-la.

Léo Jaime

Page 29: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 30: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Mortes e Paixão

O Ronald que amava Ingrid, que amava Renato, que amava Joaquina, que amava Souza, que

amava Silvano, que não amava ninguém. Ronald não conquistou Ingrid e ele mudou-se para os Estados Unidos e abriu um bar. Ingrid

que amava Renato morreu porque para provar que amava Renato pulou de pára-quedas e tragicamente ele não abriu. Renato foi preso. Joaquim lá nos Estados Unidos, dentro do bar de Ronald, morreu depois de tomar muita pinga. Souza virou jogador de basquete e Silvano ficou rico, mas foi assassinado com uma seringa no olho.

Pedro Martins

Page 31: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Quadrilha

Em uma cidade vivia uma quadrilha de amigos. Entre eles havia uma paixão muito louca, era assim: João, o mais velho, tinha 17 anos e era bonito, ele gostava da Teresa, que tinha 15 anos e era linda. Mas ela não gostava do João, falava que ele era feio e que gostava mesmo era de Raimundo. Ele, porém, não gostava da Teresa, falava que melhor amigo não gosta de amigo e que ele gostava da Maria, a segunda menina mais bonita da quadrilha, ela tinha 13 anos e não sentia nada por ele. Ela gostava de Joaquim, da mesma idade dela e seu vizinho, menino apaixonado por Lili, a primeira mais bonita da quadrilha. Ela tinha 16 anos e só queria brincar com os sentimentos dos outros. “Não adianta nada ser bonita e não ser legal”, dizia ela. Então os dias foram passando e passando e numa certa tarde anunciou para a quadrilha que iria para os Estados Unidos e ficaria por lá mesmo. Tereza também tinha uma notícia para dar: “Vou para um convento e vou ficar por lá”. Passaram-se vários anos. Raimundo morreu de desastre porque não tinha conseguido o amor de Maria, que tinha ido para a casa de sua tia. Joaquim quando soube que Lili casou-se com J. Pinto Fernandes suicidou-se. E fim.

Fabiana Machado

(essa quadrilha é coisa de louco até no final!)

Page 32: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 33: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 34: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 35: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Circuito Fechado

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

Ricardo Ramos

Page 36: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Minha vida é corrida até demais, ao acordar eu pego o meus chinelos, e sento no vazo da privada, faço minhas necessidades, lavo minhas mãos, pego a minha escova, creme dental e escovo meus dentes. Logo depois pego o meu roupão, minha calcinha, tiro o traje de dormir e pronto, solto meus cabelos, pego a bucha e o sabonete e me ensabôo toda. Depois pego o xampú e condicionador e lavo os meus cabelos. Após uma hora e meia debaixo do chuveiro finalmente ponho minha calcinha e meu roupão, aproveito e dou uma secadinha de leve no cabelo.

Abro o guarda-roupa, olho muito bem a hora e putz, estou atrasada, pego um vestido básico, uma sandália qualquer, passo um batom básico e pronto. Pego a minha bolsa, chaves, maquiagens de tudo quanto é jeito, dou uma olhadinha rápida no espelho, uma balançadinha nos cabelos e pronto. Desço para o estacionamento, pego o meu carro, jogo a bolsa no banco do passageiro, sento, aperto o cinto e vamos lá. O lugar que trabalho é bem longe e como já estava atrasada, e como não tinha comido nada resolvi parar numa padaria só para comer algo para eu não desmaiar de fome. Pedi um café com leite bem reforçado, e um pão com manteiga. Pago a atendente e sem pensar duas vezes como tudo tão rápido que nem sinto o gosto, peguei o troco e rapidamente entrei no carro e sai acelerando. Look pronto, agora é só partir para a ação, fiz tudo conforme o combinado. Logo depois de quatro horas de gravação, finalmente acabei.

Logo depois vou ao vestiário me troco e vou ao camarim comer alguma coisa, dou conta que deixei meu celular em casa em cima da cama. Então resolvi pedir o celular do Caio Castro. Dei uma ligado já para umas amigas para irmos a um restaurante comer, colocar as fofocas em dia. Chegando do jantar tomei aquele banho gostoso e depois coloquei o traje de dormir, tirei a maquiagem e pronto, capotei de tanto cansaço.

Débora Nascimento

Page 37: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Grafite também é arte

Minha vida é muito louca, pura adrenalina, mas tem horas que eu tenho que enfrentar bullying,

pois nem todo mundo entende o poder da arte. Arte não é apenas corações ou caricaturas é muito mais que isso, vai muito mais a fundo, muito mais além.

Mas fora isso, é tudo legal, quando eu pego o spray parece que o mundo pára, dá até um friozinho na barriga, mas logo passa. Sou uma pessoa normal como qualquer outra.

Sou uma menina grafite! Grafite não é só para os homens, eu amo o grafite e isso é a minha vida, mas amo também passar batom, maquiagem, chapinha e etc.

Enfim vamos acabar com todos os preconceitos, vamos ser feliz do jeito que somos.

Ketlyn Adélia

Page 38: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Decorador

Ele acorda, vai ao banheiro, faz xixi ou outra coisa, e pega a toalha para tomar banho. Acabou, se seca, toma café, escova os dentes, veste roupas velhas de ficar em casa e começa a decorar as coisas que faltavam, tipo: copos, pratos, talheres, e sai de casa para se encontrar com os outros amigos decoradores e se divertir. Ele vai para a casa dos amigos ajudar a decorar os desenhos.

Mais tarde naquele dia, o decorador foi trabalhar, voltou para casa depois de um dia cansativo, fez comida, comeu, escovou os dentes, tomou outro banho e se deitou para dormir.

Gabriel Almeida

Page 39: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Logo cedo eu acordo para me exercitar... Levo uma vida corrida, pego meus chinelos, toalha, creme dental, creme para o cabelo, xampu e sabonete. Tomo um banho maravilhoso e saio. Vou para os quartos, coloco o sutiã, calcinha, calça social, blusa branca, casaco social, chaves bolsa, maquiagem, batom. Tomo café e vou para o teatro de São Paulo para um grande espetáculo.

O espetáculo foi maravilhoso, fui para o camarim descansar um pouco e comer pão, achocolatado, uma barra de chocolate e balas de hortelã para a garganta.

Volto para o show e para o meu banquinho para continuar meu espetáculo para um público imenso. Toco suave o meu piano. Terminado o show, vou para casa comer arroz, feijão, salada, suco, maionese, carne e frango. Termino de comer. Corro para o banho, coloco meu pijama, assisto televisão e vou dormir para no outro dia fazer a mesma coisa...

Gabriela Cristina

Page 40: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

A rotina de um jardineiro

Eu acordo de manhã e olha na televisão uma bicicleta muito da hora e fico com aquela vontade de comprá-la. Sou um jardineiro que cuida das flores e também vende algumas. Vou direto escovar os dentes, tomar café, comer pão com mortadela e queijo na padaria do Senhor Gabriel. Todos os dias, ao me atender, ele fala: “Vai querer o quê, DJ Adenilson?”.

Vou para o meu trabalho cortar grama da casa ao lado da do Marcos. Quando eu começo a cantar MC Daleste, o Marcos fala: “Cala a boca, pára de cantar e de fazer barulho com o seu cortador, a minha barata está dormindo”.

Depois de um dia cheio, vou para a Academia, malho um pouco e volto para casa para ir depois ao cinema.

Adenilson Ferreira

Page 41: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Desenhista

Eu quero ser desenhista quando eu crescer. Apesar desse sonho para o futuro, agora, no presente, eu já sou desenhista. Também quero ser uma pessoa boa, inteligente. Minha mãe também quer que eu seja desenhista. Até as outras pessoas querem o mesmo. Quando eu crescer eu vou fazer primeiro faculdade e depois trabalhar. Eu tenho 13 anos de idade e posso ser desenhista sim. Eu mesma pego o papel limpo, lápis, borracha e desenho. Eu comecei a desenhar quando eu tinha 4 anos. Todo mundo falava que desenhava bem. Todo dia eu mesma pego um papel para desenhar e nunca paro. Uma folha limpa é só.

Gabrielly Lima

Page 42: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Sete da manhã, levanto, vou ao banheiro, faço minhas necessidades, tomo meu café bem balanceado. Saio de casa as oito horas, vou para a minha academia de dança e encontro meus alunos. A aula começa, os alunos dançam lindamente. Depois disso vou para o meu show, estou muito nervosa, pego meu carro, vou voando para lá. Chego e vou colocar minha roupa novamente: o meu collant, meu tutu, sapatilha, renda de cabelo. Volto para casa muito cansada. Boa noite, eu sou a Gaby, a bailarina.

Gabrielly

Page 43: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Decoradora

Num belo dia uma menina chamada Karol sonhava em ser uma decoradora. Quando uma das suas amigas perguntou: “O que você quer ser quando crescer, Karol?”. Ela disse: “Eu quero ser decoradora”. As amigas ficaram debochando dela. Mas uma amiga chamada Cris não debochou e disse: “Que nada, parem de rir dela”. E Karol disse: “Vocês vão ver, eu vou ser uma decoradora bem famosa e vou ganhar milhões, garanto a vocês”.

As meninas não disseram nada. Passaram-se alguns meses e Karol já tinha 17 anos. Ela seguiu sua carreira de decoradora e a primeira casa que ela trabalhou foi a de Silvio Santos. Quando ela terminou de decorar a sala dela, Silvio Santos ficou chocado. Ele se inspirou e deu um milhão pelo trabalho dela e disse: “Eu vou mandar publicar nos jornais isso que você fez, isso é um verdadeiro trabalho de uma artista”. E Karol disse: “Não precisa se incomodar”.

Ela apareceu nos jornais e fez sucesso. As pessoas começaram a contratá-la e ela ganha milhões até hoje. Ficou famosa e casou-se recentemente.

Rafaela Botelho

Page 44: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Chinelo, pia, água, geladeira, leite, cereal, água, copo. Blusa, calça, tênis. Pátio, calçada, casa, portão, mesa, caderno, lápis, borracha, desenho. Noite, porta, calçada, muro, grafite, calçada, muro, grafite, calçada, parede, dona, grito, fuga, polícia. Chutes, socos. Calçada, casa, portão. Farmácia, faixa, curativo. Geladeira, lanche, TV, cama. Chinelo, pia, água, geladeira, leite, cereal, água, copo. Blusa, calça, tênis. Pátio, calçada, casa, portão, mesa, caderno, lápis, borracha, desenho.

Bruno Rafael

Page 45: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Era uma vez um locutor da rádio caipira. Marcos da Radio todos os dias mandava um abraço para dona Maria e para a Terezinha, ela eram muito fãs dele. Todo dia de manhã quando elas acordavam iam correndo ouvir aquela rádio. Ele sempre colocava as músicas que pediam por telefone e só fazia o que mais gostava: falar naquela radio, mandar uns abraços e escolher as músicas. Era uma vida não muito agitada.

Um certo dia ele demorou para chegar e as senhoras receberam a triste notícia: o Marcos da rádio tinha falecido. As senhoras ficaram chocadas e a radio ficou triste, sem graça e chata.

Locutor Marcos da Radio

Page 46: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Jornal: Cidade da escola

Ao Vivo: aconteceu uma tragédia na escola E.M.E.F. Alberto Santos Dumont. O comandante

Raimundo vai passar mais informação sobre o ocorrido na escola do bairro Jardim Brasil: “A escola pegou fogo e deixou 15 mortos e 8 feridos e a causa foi um botijão de gás que

estourou. O fogo invadiu as salas de aula, queimando os professores e os alunos que estudavam tranquilamente e faziam suas lições. O fogo invadiu também as classes dos alunos que morreram queimados, os moradores chamaram o bombeiro para apagar o fogo que cobriu a escola inteira. Os bombeiros ficaram horas e horas para combater o fogo”

Obrigado

Jornalista Marcelo sem dente

Page 47: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Acordo as 4h da manhã vou ao banheiro e tomo banho, faço a barba, escovo os dentes e vou

para meu quarto. Coloco o meu uniforme e vou para a cozinha, preparo meu café, esquento o leite, corto pão e passo margarina.

As 4h30 eu saio da minha casa e chego na padaria em 20 minutos, cumprimento meus colegas e vou para cozinha, faço muitas massas, sonho no forno, brigadeiro, mousses e bolos. As 13h eu vou para o almoço, como e descanso um pouco, volto para a cozinha faço mais massas, sonho no forno, mas só que dessa segunda vez, eu manuseei e deixei torrar os pães, meu patrão ficou uma fera, e me demitiu.

Fui, cheguei em casa abatido porque gostava do meu serviço, tirei o uniforme e fui tomar um banho.

Liguei para a minha esposa, e ela ficou triste também, mas só que não desisti, fui atrás, consegui um serviço em uma concessionaria, mas não gostei desse serviço, era muito assalto, pedi demissão, até que fiquei desempregado, fiquei nas custas da minha esposa.

Kaio Castro

Page 48: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Minha história e minha vida

Acordei de manhã e desci para a cozinha, fui fazer omelete e panqueca para meus 2 meninos e

meu marido tomar café. Fui pegar meu carro que estava na garagem da casa onde moro para ir ao mercado fazer compra, para a minha casa e para o meu restaurante, assim que terminei, segui para o meu restaurante e comecei a cozinhar. Prato do dia: arroz, feijão, carne moída com batatas. Os clientes começaram a chegar, os de sempre: Kawany, Lorena, e a minha mãe, a Kawany e a Lorena, eram minhas melhores amigas, desde criança e falei:

- Mas já? Ainda é cedo demais! Agora são 11:30 A Lorena respondeu: - Sua mãe queria vir cedo! Falei para a minha mãe: - O que foi mãe, porque a senhora está assim? - Tenho uma coisa para te contar... - O que é mãe? Me fala! - Seu pai morreu no hospital Vermelhinho... - O que é isso, não pode ser! Comecei a chorar e falei: esta é a pior notícia que escutei, peguei meu carro e fechei meu

restaurante. Fui para o hospital com a minha mãe, chegando lá, meus irmãos estavam chorando, e comecei a chorar mais ainda quando abracei minha mãe e meus 4 irmãos.

No outro dia foi o enterro do meu pai, nem fui para a minha casa, fui para a casa da minha mãe, de manhã fui comprar a roupar para o meu pai com minha mãe, comprei e fui para o hospital, dei a roupa e segui para o cemitério, e meu pai chegou no caixão, vestido com o terno que comprei, e assim ele foi enterrado.

Graciela S. B.

Page 49: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Poeta milionário

Era uma vez um homem chamado Junior, morava em um bairro pobre, tinha vários amigos.

Um belo dia, um de seus amigos chamado Fernando o chamou para ir no Bar dos Talentos, porém Junior não gostava de sair, ele adorava fazer poesia em casa e ninguém sabia. Então, ele decidiu ir, todos seus amigos subiram no palco, para dançar, cantar, imitar clowns, etc. Junior não queria subir, mas só faltava ele, que morrendo de vergonha, foi ao palco declamar sua poesia e todas as pessoas que estavam no bar adoraram. Até que ele virou um poeta milionário e publicou 5 livros de poesia, e todos os adoravam. Junior continua até hoje e está fazendo um grande sucesso, e uma coisa boa que ele fala até hoje em seus shows, “não precisa ter vergonha, se você não consegue nada!”.

Essa é a bela história dele.

Moral: Uma simples poesia, pode construir um simples milionário.

Bia Rodrigues

Page 50: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 51: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Estrela do meu coração

estrela por favor escute o que vou falar

quero te amar mesmo que o sol aparecer

eu não vou mudar de opinião não me deixe

aqui no chão estrela do meu coração

estrela por favor escute o que vou falar

quero te amar mesmo que o sol aparecer

eu não vou mudar de opinião não me deixe

aqui no chão estrela do meu coração

estrela por favor escute o que

vou falar quero te amar

mesmo que o sol aparecer eu não vou mudar de opinião

não me deixe aqui no chão estrela do meu coração

estrela por favor escute o que vou falar

quero te amar mesmo que o sol aparecer

eu não vou mudar de opinião não me deixe

aqui no chão estrela do meu coração

Page 52: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 53: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 54: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 55: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Como comportar-se no bonde

Ocorreu -me compor uma certas regras para uso dos que freqüentam bondes. O

desenvolvimento que tem sido entre nós esse meio de locomoção, essencialmente democrático, exige que ele não seja deixado ao puro capricho dos passageiros. Não posso dar aqui mais do que alguns extratos do meu trabalho; basta saber que tem nada menos de setenta artigos. Vão apenas dez.

Art. I - Dos encatarroados Os encatarroados podem entrar nos bondes com a condição de não tossirem mais de três vezes

dentro de uma hora, e no caso de pigarro, quatro. Quando a tosse for tão teimosa, que não permita esta limitação, os encatarroados têm dois

alvitres: ou irem a pé, que é bom exercício, ou meterem-se na cama. Também podem ir tossir para o diabo que os carregue.

Os encatarroados que estiverem nas extremidades dos bancos, devem escarrar para o lado da rua, em vez de o fazerem no próprio bonde, salvo caso de aposta, preceito religioso ou maçônico, vocação, etc., etc.

Art. II - Da posição das pernas As pernas devem trazer-se.de modo que não constranjam os passageiros do mesmo banco. Não

se proíbem formalmente as pernas abertas, mas com a condição de pagar os outros lugares, e fazê-los ocupar por meninas pobres ou viúvas desvalidas, mediante uma pequena gratificação.

Art. III - Da leitura dos jornais Cada vez que um passageiro abrir a folha que estiver lendo, terá o cuidado de não roçar as

ventas dos vizinhos, nem levar-lhes os chapéus. Também não é bonito encostá-los no passageiro da frente.

Art. IV - Dos quebra-queixos É permitido o uso dos quebra-queixos em duas circunstâncias: a primeira quando não for

ninguém no bonde, e a segunda ao descer. Art. V - Dos amoladores Toda a pessoa que sentir necessidade de contar os seus negócios íntimos, sem interesse para

ninguém, deve primeiro indagar do passageiro escolhido para uma tal confidência, se ele é assaz cristão e resignado. No caso afirmativo, perguntar-se-lhe-á se prefere a narração ou uma descarga de pontapés. Sendo provável que ele prefira os pontapés, a pessoa deve imediatamente pespegá-los. No caso, aliás extraordinário e quase absurdo, de que o passageiro prefira a narração, o proponente deve fazê-lo minuciosamente, carregando muito nas circunstâncias mais triviais, repelindo os ditos, pisando e repisando as coisas, de modo que o paciente jure aos seus deuses não cair em outra.

Art. VI - Dos perdigotos Reserva-se o banco da frente para a emissão dos perdigotos, salvo nas ocasiões em que a chuva

obriga a mudar a posição do banco. Também podem emitir-se na plataforma de trás, indo o passageiro ao pé do condutor, e a cara para a rua.

Page 56: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Art. VII - Das conversas Quando duas pessoas, sentadas a distância; quiserem dizer alguma coisa em voz alta, terão

cuidado de não gastar mais de quinze ou vinte palavras, e, em todo caso, sem alusões maliciosas, principalmente se houver senhoras.

Art. VIII - Das pessoas com morrinha As pessoas com morrinha podem participar do bondes indiretamente: ficando na calçada, e

vendo-os passar de um lado para outro. Será melhor que morem em rua por onde eles passem, porque então podem vê-lo mesmo da janela

Art. IX - Da passagem às senhoras Quando alguma senhora entrar o passageiro da ponta deve levantar-se e dar passagem, não só

porque é incômodo para ele ficar sentado, apertando as pernas como porque é uma grande má-criação.

Machado de Assis 4/jul./1883

Page 57: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Como comportar-se transportes públicos

Ocorreu-nos compor certas regras para uso dos que freqüentam transportes públicos. O respeito a elas é essencial para que possamos disfrutar de fato desse bem coletivo.

Art. I – Dos estudantes Os estudantes podem entrar no ônibus e no metrô com a condição de não pagarem passagem; Art. II – Das pernas abertas (ou da posição das pernas) Os homens que sentarem com as pernas abertas deverão pagar duas passagens. Ora, as pernas

devem trazer-se de modo que não constranja os passageiros de modo geral. Art. III – Do pagamento Alguns passageiros entram no ônibus confiantes de que possuem créditos. Quando os mesmos

tentam passar, descobrem que não têm nada nem no bilhete, nem nos bolsos. Nestes casos, uma pessoa humilde (wool!) deverá pagar a passagem e você agradecerá;

Art. IV - Do CC As pessoas que tiverem CC podem utilizar tranquilamente o recinto, uma vez que depois de

tantas horas de trabalho, não merecem ser amoladas. Caso as mesmas fiquem constrangidas, podem segurar-se nos lugares mais baixos, evitando deixar o odor na cabeça das pessoas mais baixas.

Art. V - Da música alta As pessoas devem usar fones de ouvido se tiverem necessidade de ouvirem música alta Art. VI - Das conversas (ou dos amoladores) Quando duas pessoas tiverem conversando ou falando ao celular em voz alta, devem diminuir

o tom ou se retirarem do local. Fica proibido tentar ficar puxando idéia sem a devida intimidade. Lembrando-se também que as pessoas não devem contar segredos em voz alto dentro do ônibus.

Art. VII - Dos lugares reservados Quando sentarmos nos lugares reservados às senhoras, devemos levantar imediatamente

quando uma senhora chegar; Art. VIII - Das mochilas Os ônibus devem ter lugares reservados para mochilas. Caso não tenham, as mesmas devem

ser utilizadas de modo a não incomodar outras pessoas ou machuca-las; Art. IX- Do preço em geral Os ônibus devem ser de graça e de qualidade; Art. X - Do respeito Os homens devem ter respeito às mulheres;

Page 58: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Art. XI - Das freadas É importante se segurar firme durante as freadas dos motoristas. É necessário sempre se

segurar no ferro ou no banco do busão, nunca no passageiro ao lado. Art. XII - Da ocupação do espaço das portas É obrigatório manter-se longe das portas do ônibus. Art. XIII - Das histórias Pessoas com pequenas histórias para contar a cada minuto ficam proibidas de usarem o

transporte público no horário de pico; Art. XIV - Das cochiladas As pessoas que dormem no transporte público devem evitar roncar ou cair em cima dos outros

passageiros.

7C 27/08/2013

Page 59: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 60: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 61: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 62: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 63: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 64: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 65: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias
Page 66: Acontecimentos, crônicas, poemas e poesias

Agradecimentos

Agradecemos à professora Tássia pelo seu trabalho e por nos ajudar a fazer este livro; A professora Naciett, pela competência, paciência e as atividades elaboradas conosco. Ao tio Marcelo, pela competência e paciência; À professora Danielly e ao professor Irrael, pela forma de nos ensinar; À professora Andrea, pela gentileza, simpatia e todo o seu trabalho. Ao professor Ivo, por nos deixar fazer bagunça; Ao professor Vicente, por se enturmar conosco; À professora Celeste, por mudar o seu jeito de ser e nos ensinar; À professora Neusa, pelos trabalhos na sala e por nos ensinar tecnologia; À professora Vanessa, por nos ensinar sobre o corpo humano e pela dedicação; Às funcionárias da limpeza; Aos alunos, por participarem do livro; Aos familiares e responsáveis por nós; Aos leitores em geral; Agradecemos a todos os funcionários da Escola; À Escola em geral; Ah, e agradecemos ao Machado de Assis, pela inspiração.